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FORMAÇÃO
PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO
“E, aos que a certeza da morte
entristece, a promessa da imortalidade
consola. Senhor, para os que creem em
Vós, a vida não é tirada, mas
transformada. E, desfeito o nosso corpo
mortal, nos é dado, nos céus, um corpo
imperecível”.
(Prefácio dos Fiéis Defuntos)
RAZÃO DE SER DA
PASTORAL DA ESPERANÇA
O que é a Pastoral da Esperança?
A Pastoral da Esperança busca
confortar as pessoas nos momentos
mais difíceis de suas vidas, quando
da perda de um ente querido. Realiza
as exéquias e torna a Igreja presente
na vida das famílias enlutadas.
Por que uma pastoral específica
para as exéquias?
A Pastoral da Esperança se justifica na
necessidade de assistir as famílias
enlutadas e de evangelizar as pessoas.
Muitas pessoas vivem sem se lembrarem
de Deus. Mas na hora da morte, é o
momento das voltas. Por este motivo
torna-se necessário o acolhimento e o ser
“solidário”.
Sentido das exéquias cristãs
A Igreja, por meio das exéquias, reza pelo
defunto e dá ensinamentos aos vivos, mas
principalmente "celebra" o fato da morte,
não evidentemente por si mesmo, mas
enquanto acontecimento de salvação, já
que está ligado à fonte originária de toda
salvação, que não é outra senão a morte
e ressurreição do Senhor.
Veneração cristã do corpo
Nas exéquias a Igreja honra o
corpo do defunto por razões
relacionadas com a fé: o corpo
do cristão foi instrumento do
Espírito Santo e é chamado à
ressurreição gloriosa.
“Tudo o que se faz quanto ao sepultamento digno dos
falecidos não é para obter a sua salvação, mas para cumprir
um dever de humanidade, conforme o sentimento natural
de que "ninguém odeia a sua própria carne". Portanto, é
certo que se tenha pelo corpo do próximo o cuidado que
ele próprio não pode mais se dar por ter deixado esta vida.
E, já que esse cuidado é tido até mesmo por aqueles que
negam a ressurreição da carne, nada mais justo que aqueles
que creem [na ressurreição] o façam ainda com maior
solicitude. Assim, que o cuidado tributado a esse corpo sem
vida - mas que haverá de ressuscitar e permanecer por toda
a eternidade - se constitua no testemunho claro dessa
mesma fé”. Santo Agostinho.
Não há “justificativa para abandonar sem
cuidados os despojos dos falecidos,
principalmente dos justos e fiéis, que são órgãos
e instrumentos do espírito para toda boa obra.
Se a roupa, o anel ou qualquer outro objeto
pertencente ao pai é precioso para os filhos,
muito mais terna é a piedade filial. Acaso o
corpo não merece mais cuidados por estar
muito mais intimamente ligado a nós do que a
roupa, seja ela qual for?”. Santo Agostinho.
Adianta rezar por quem morreu?
Rezar pelos que já morreram não
só é útil como é necessário. A
nossa oração por eles pode não
somente ajudá-los, mas também
tornar eficaz a sua intercessão
por nós.
A própria Sagrada Escritura nos recorda:
“Se não tivesse esperança na ressurreição
dos que tinham morrido na batalha, seria
coisa inútil e tola rezar pelos mortos. Mas,
considerando que existe uma bela
recompensa guardada para aqueles que
são fiéis até a morte, então esse é um
pensamento santo e piedoso” (2Mac
12,44-45a).
“A Igreja tomou para si o encargo de orar
por todos aqueles que morreram dentro da
comunhão cristã e católica. Ainda que não
conheça todos os nomes [de seus fiéis
defuntos], ela os inclui numa comemoração
geral. Dessa forma, aqueles que não
possuem mais pais, filhos ou outros parentes
e amigos para auxiliá-los, são amparados
pelo sufrágio dessa piedosa Mãe comum”.
Santo Agostinho.
Exéquias nas Sagradas Escrituras
A prática de rituais de exéquias pode ser
encontrada muitas vezes nas Sagradas
Escrituras, tanto no Antigo quanto no
Novo Testamento. Para o povo da Bíblia,
enterrar os mortos sempre foi um ato de
misericórdia, assim como é uma obra de
misericórdia corporal, para a Igreja
Católica hoje.
* O enterro de Abraão: “Abraão expirou e morreu
numa velhice feliz, idoso, e se reuniu com seus
parentes. Isaac e Ismael, seus filhos, o enterraram na
gruta de Macpela, no campo de Efron (...) Nele foram
enterrados Abraão e sua mulher Sara” (Gen 25,8-10);
* Morte e exéquias de Jacó: foi embalsamado pelos
médicos e os egípcios lhe guardaram luto por 70
Jacó teve um cortejo muito importante até o túmulo
de seu pai, onde lhe fizeram um funeral grandioso e
solene (Cf.: Gn 50,2-3; 9-10);
* Os ossos de José: o Povo de Deus ao sair do Egito
levou consigo os ossos de José, pois este lhe pedira:
“quando Deus intervier em favor de vocês, levem meus
ossos daqui” (Ex 13,19);
* As exéquias do velho profeta de Betel: “o profeta
ergueu o cadáver do homem de Deus, o acomodou
o jumento e o conduziu para a cidade onde morava para
fazer o funeral e enterrá-lo. Colocou no seu próprio
túmulo o cadáver, e cantou a lamentação: Ai, meu
(1Rs 13,29-30);
* O enterro de Estevão: “Algumas pessoas piedosas
sepultaram Estevão e fizeram um grande luto por causa
dele” (At 8, 2).
As exéquias na história da Igreja
Ao longo da história da Igreja foram se
desenvolvendo as orações de
encomendações da alma, as quais foram
incorporadas ao Ritual Romano, e eram
usadas pelo sacerdote que, em nome da
Igreja, acompanhava o moribundo nos
últimos momentos, ajudando-lhe a bem
morrer e encomendando a sua alma à
piedade e misericórdia de Deus.
CONSIDERAÇÕES DIVERSAS
SOBRE A MORTE
Privatização da morte e alienação do
morrer
A morte perdeu o seu caráter de cerimônia pública e
tornou-se ato de caráter cada vez mais privado. E à
medida que o internamento de doentes incuráveis
acompanhou o aperfeiçoamento da assistência
médica, assim o hospital também se tornou o lugar
normal para se morrer. Isso não significa só a
privatização do morrer, mas, na maioria dos casos, a
alienação do morrer. Alienação esta que pode
alcançar até a exclusão dos próprios familiares.
“Alimentando os mecanismos de negação da morte a
pessoa tem a falsa ideia de que não há limites para a vida,
de que a juventude pode ser eterna, assim como o poder e
a fortaleza. Dessa forma, ela se lança cada vez mais fundo
na engrenagem alienante da cultura capitalista sem se
preocupar com o fim. A pessoa faz projetos dentro dessa
perspectiva, produz e consome como se fosse imortal”.
Raquel Neto Alves
“Mas, enquanto o nascimento é motivo de comemoração, a morte
transforma-se em terrível e inexprimível assunto, a ser evitado de
todas as maneiras na sociedade moderna. Talvez porque nos
relembra a nossa vulnerabilidade humana, apesar de todos os
avanços tecnológicos”. Elisabeth Kübler-Ross
As etapas do processo de morrer
A morte de uma pessoa estará consumada quando não
forem mais registradas ondas elétricas cerebrais.
Do ponto de vista da medicina, o morrer acontece da
seguinte forma: Morte do coração==morrer clínico /
Morte do cérebro==morte clínica==Morte vital.
O homem é um ser que, mal nasceu, já começa a
morrer. O morrer está intimamente ligado à existência
humana... Assim, o morrer inicia-se de fato com o
nascimento da pessoa.
Experiências do homem perto da morte
As experiências vividas perto da morte
não podem ser usadas como provas
científicas de que ali o homem se
encontrou com Deus. Tampouco podem
ser usadas como prova da vida eterna. O
que elas provam, de fato, é que, depois da
morte clínica, certo número de pessoas,
pelo período de alguns minutos, não
“apagam” ainda a sua consciência.
O ser humano é uma unidade indivisível
A ressurreição da pessoa inteira acontece na
morte e não há tempo para separação
entre alma e corpo; na eternidade não há
tempo e a prática pastoral atual deve
superar o esquema corpo-alma. Devemos
orar pelos nossos irmãos e irmãs falecidos,
entendidos como unidades indivisíveis, e
não apenas pelas “almas” dos falecidos.
O luto e suas etapas
O luto é uma tristeza ou sentimento de pena
profundo em decorrência de uma perda. A
perda pode ser algo grande e pequeno. Pode
ser de algo positivo ou negativo. O luto é um
processo de sofrimento geralmente relacionado
à morte de uma pessoa amada. Tentar negar o
sofrimento ou evitá-lo parece apenas criar mais
problemas graves no futuro.
Fases do Luto: antes de uma pessoa
em luto se sentir plena ou cicatrizada,
ela geralmente passa por 4 fases:
1. Choque;
2. Negação ou procura;
3. Sofrimento e desorganização;
4. Recuperação e aceitação.
Conhecer esses fatores é fundamental
para a Pastoral da Esperança, visto que
o seu papel fundamental será levar uma
palavra de conforto, em nome da Igreja,
para as pessoas enlutadas. Como é
evidente, para cada situação se deve
escolher com muito jeito o que dizer.
Como ajudar as pessoas enlutadas?
Quando estamos perto de uma pessoa querida
que sofreu uma perda, às vezes ficamos com
medo de provocar mais dor e sofrimento, ficamos
cheios de dúvida e sem saber que caminho
escolher. O enlutado está fragilizado e precisa de
acolhimento, paciência e atenção. Ele pode estar
desorganizado, incoerente, assustado, paralisado.
Nessa situação, não é possível antecipar qual será
sua reação e o leque de reações pode ser bem
amplo.

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  • 2. “E, aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Senhor, para os que creem em Vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”. (Prefácio dos Fiéis Defuntos)
  • 3. RAZÃO DE SER DA PASTORAL DA ESPERANÇA
  • 4. O que é a Pastoral da Esperança? A Pastoral da Esperança busca confortar as pessoas nos momentos mais difíceis de suas vidas, quando da perda de um ente querido. Realiza as exéquias e torna a Igreja presente na vida das famílias enlutadas.
  • 5. Por que uma pastoral específica para as exéquias? A Pastoral da Esperança se justifica na necessidade de assistir as famílias enlutadas e de evangelizar as pessoas. Muitas pessoas vivem sem se lembrarem de Deus. Mas na hora da morte, é o momento das voltas. Por este motivo torna-se necessário o acolhimento e o ser “solidário”.
  • 6. Sentido das exéquias cristãs A Igreja, por meio das exéquias, reza pelo defunto e dá ensinamentos aos vivos, mas principalmente "celebra" o fato da morte, não evidentemente por si mesmo, mas enquanto acontecimento de salvação, já que está ligado à fonte originária de toda salvação, que não é outra senão a morte e ressurreição do Senhor.
  • 7. Veneração cristã do corpo Nas exéquias a Igreja honra o corpo do defunto por razões relacionadas com a fé: o corpo do cristão foi instrumento do Espírito Santo e é chamado à ressurreição gloriosa.
  • 8. “Tudo o que se faz quanto ao sepultamento digno dos falecidos não é para obter a sua salvação, mas para cumprir um dever de humanidade, conforme o sentimento natural de que "ninguém odeia a sua própria carne". Portanto, é certo que se tenha pelo corpo do próximo o cuidado que ele próprio não pode mais se dar por ter deixado esta vida. E, já que esse cuidado é tido até mesmo por aqueles que negam a ressurreição da carne, nada mais justo que aqueles que creem [na ressurreição] o façam ainda com maior solicitude. Assim, que o cuidado tributado a esse corpo sem vida - mas que haverá de ressuscitar e permanecer por toda a eternidade - se constitua no testemunho claro dessa mesma fé”. Santo Agostinho.
  • 9. Não há “justificativa para abandonar sem cuidados os despojos dos falecidos, principalmente dos justos e fiéis, que são órgãos e instrumentos do espírito para toda boa obra. Se a roupa, o anel ou qualquer outro objeto pertencente ao pai é precioso para os filhos, muito mais terna é a piedade filial. Acaso o corpo não merece mais cuidados por estar muito mais intimamente ligado a nós do que a roupa, seja ela qual for?”. Santo Agostinho.
  • 10. Adianta rezar por quem morreu? Rezar pelos que já morreram não só é útil como é necessário. A nossa oração por eles pode não somente ajudá-los, mas também tornar eficaz a sua intercessão por nós.
  • 11. A própria Sagrada Escritura nos recorda: “Se não tivesse esperança na ressurreição dos que tinham morrido na batalha, seria coisa inútil e tola rezar pelos mortos. Mas, considerando que existe uma bela recompensa guardada para aqueles que são fiéis até a morte, então esse é um pensamento santo e piedoso” (2Mac 12,44-45a).
  • 12. “A Igreja tomou para si o encargo de orar por todos aqueles que morreram dentro da comunhão cristã e católica. Ainda que não conheça todos os nomes [de seus fiéis defuntos], ela os inclui numa comemoração geral. Dessa forma, aqueles que não possuem mais pais, filhos ou outros parentes e amigos para auxiliá-los, são amparados pelo sufrágio dessa piedosa Mãe comum”. Santo Agostinho.
  • 13. Exéquias nas Sagradas Escrituras A prática de rituais de exéquias pode ser encontrada muitas vezes nas Sagradas Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Para o povo da Bíblia, enterrar os mortos sempre foi um ato de misericórdia, assim como é uma obra de misericórdia corporal, para a Igreja Católica hoje.
  • 14. * O enterro de Abraão: “Abraão expirou e morreu numa velhice feliz, idoso, e se reuniu com seus parentes. Isaac e Ismael, seus filhos, o enterraram na gruta de Macpela, no campo de Efron (...) Nele foram enterrados Abraão e sua mulher Sara” (Gen 25,8-10); * Morte e exéquias de Jacó: foi embalsamado pelos médicos e os egípcios lhe guardaram luto por 70 Jacó teve um cortejo muito importante até o túmulo de seu pai, onde lhe fizeram um funeral grandioso e solene (Cf.: Gn 50,2-3; 9-10);
  • 15. * Os ossos de José: o Povo de Deus ao sair do Egito levou consigo os ossos de José, pois este lhe pedira: “quando Deus intervier em favor de vocês, levem meus ossos daqui” (Ex 13,19); * As exéquias do velho profeta de Betel: “o profeta ergueu o cadáver do homem de Deus, o acomodou o jumento e o conduziu para a cidade onde morava para fazer o funeral e enterrá-lo. Colocou no seu próprio túmulo o cadáver, e cantou a lamentação: Ai, meu (1Rs 13,29-30); * O enterro de Estevão: “Algumas pessoas piedosas sepultaram Estevão e fizeram um grande luto por causa dele” (At 8, 2).
  • 16. As exéquias na história da Igreja Ao longo da história da Igreja foram se desenvolvendo as orações de encomendações da alma, as quais foram incorporadas ao Ritual Romano, e eram usadas pelo sacerdote que, em nome da Igreja, acompanhava o moribundo nos últimos momentos, ajudando-lhe a bem morrer e encomendando a sua alma à piedade e misericórdia de Deus.
  • 17.
  • 19. Privatização da morte e alienação do morrer A morte perdeu o seu caráter de cerimônia pública e tornou-se ato de caráter cada vez mais privado. E à medida que o internamento de doentes incuráveis acompanhou o aperfeiçoamento da assistência médica, assim o hospital também se tornou o lugar normal para se morrer. Isso não significa só a privatização do morrer, mas, na maioria dos casos, a alienação do morrer. Alienação esta que pode alcançar até a exclusão dos próprios familiares.
  • 20. “Alimentando os mecanismos de negação da morte a pessoa tem a falsa ideia de que não há limites para a vida, de que a juventude pode ser eterna, assim como o poder e a fortaleza. Dessa forma, ela se lança cada vez mais fundo na engrenagem alienante da cultura capitalista sem se preocupar com o fim. A pessoa faz projetos dentro dessa perspectiva, produz e consome como se fosse imortal”. Raquel Neto Alves “Mas, enquanto o nascimento é motivo de comemoração, a morte transforma-se em terrível e inexprimível assunto, a ser evitado de todas as maneiras na sociedade moderna. Talvez porque nos relembra a nossa vulnerabilidade humana, apesar de todos os avanços tecnológicos”. Elisabeth Kübler-Ross
  • 21. As etapas do processo de morrer A morte de uma pessoa estará consumada quando não forem mais registradas ondas elétricas cerebrais. Do ponto de vista da medicina, o morrer acontece da seguinte forma: Morte do coração==morrer clínico / Morte do cérebro==morte clínica==Morte vital. O homem é um ser que, mal nasceu, já começa a morrer. O morrer está intimamente ligado à existência humana... Assim, o morrer inicia-se de fato com o nascimento da pessoa.
  • 22. Experiências do homem perto da morte As experiências vividas perto da morte não podem ser usadas como provas científicas de que ali o homem se encontrou com Deus. Tampouco podem ser usadas como prova da vida eterna. O que elas provam, de fato, é que, depois da morte clínica, certo número de pessoas, pelo período de alguns minutos, não “apagam” ainda a sua consciência.
  • 23. O ser humano é uma unidade indivisível A ressurreição da pessoa inteira acontece na morte e não há tempo para separação entre alma e corpo; na eternidade não há tempo e a prática pastoral atual deve superar o esquema corpo-alma. Devemos orar pelos nossos irmãos e irmãs falecidos, entendidos como unidades indivisíveis, e não apenas pelas “almas” dos falecidos.
  • 24. O luto e suas etapas O luto é uma tristeza ou sentimento de pena profundo em decorrência de uma perda. A perda pode ser algo grande e pequeno. Pode ser de algo positivo ou negativo. O luto é um processo de sofrimento geralmente relacionado à morte de uma pessoa amada. Tentar negar o sofrimento ou evitá-lo parece apenas criar mais problemas graves no futuro.
  • 25. Fases do Luto: antes de uma pessoa em luto se sentir plena ou cicatrizada, ela geralmente passa por 4 fases: 1. Choque; 2. Negação ou procura; 3. Sofrimento e desorganização; 4. Recuperação e aceitação.
  • 26. Conhecer esses fatores é fundamental para a Pastoral da Esperança, visto que o seu papel fundamental será levar uma palavra de conforto, em nome da Igreja, para as pessoas enlutadas. Como é evidente, para cada situação se deve escolher com muito jeito o que dizer.
  • 27. Como ajudar as pessoas enlutadas? Quando estamos perto de uma pessoa querida que sofreu uma perda, às vezes ficamos com medo de provocar mais dor e sofrimento, ficamos cheios de dúvida e sem saber que caminho escolher. O enlutado está fragilizado e precisa de acolhimento, paciência e atenção. Ele pode estar desorganizado, incoerente, assustado, paralisado. Nessa situação, não é possível antecipar qual será sua reação e o leque de reações pode ser bem amplo.