O documento discute vários tipos de aborto, incluindo aborto espontâneo, aborto induzido e os riscos associados a cada um. Detalha métodos como aspiração uterina a vácuo e dilatação e curetagem para realizar abortos no primeiro e segundo trimestres da gravidez.
2. Um aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou
expulsão prematura de um embrião ou feto do útero,,
resultando na sua morte ou sendo por esta causada. Isto pode
ocorrer de forma espontânea ou induzida, provocando-se o
fim da gestação, e consequente fim da atividade biológica do
embrião ou feto, mediante uso de medicamentos, ou
realização de cirurgias. A história do aborto, segundo a
Antropologia, remonta à Antiguidade. Há evidências que
sugerem que, historicamente, dava-se fim à gestação, ou seja,
provocava-se o aborto, utilizando diversos métodos, como
ervas abortivas, o uso de objetos cortantes, a aplicação de
pressão abdominal entre outras técnicas.
CONCEITO
3. Aborto espontâneo
Aborto espontâneo, involuntário ou casual, é a
expulsão não intencional de um embrião ou feto
antes de 20-22 semanas de idade gestacional. Uma
gravidez que termina antes de 37 semanas de idade
gestacional que resulta em um recém-nascido vivo é
conhecida como parto prematuro ou pré-termo.
Quando um feto morre no interior do útero após a
viabilidade, ou durante o parto, geralmente é
chamado de natimorto.
TIPOS
4. Aborto induzido
O aborto induzido, também denominado aborto provocado ou
interrupção voluntária da gravidez, é o aborto causado por uma
ação humana deliberada. Ocorre pela ingestão de medicamentos
ou por métodos mecânicos. A ética deste tipo de abortamento é
fortemente contestada em muitos países do mundo mas é
reconhecida como uma prática legal em outros locais do mundo,
sendo inclusive em alguns totalmente coberta pelo sistema
público de saúde. Os dois pólos desta discussão passam por
definir quando o feto ou embrião se torna humano ou vivo (se na
concepção, no nascimento ou em um ponto intermediário) e na
primazia do direito da mulher grávida sobre o direito do feto ou
embrião.
5. O risco de mortalidade relacionada ao aborto
aumenta com a idade gestacional, mas permanece
menor do que o do parto até pelo menos 21 semanas
de gestação. Isso contrasta com algumas leis
presentes em alguns países que exigem que os
médicos informem aos pacientes que o aborto é um
procedimento de alto risco.
RISCOS
6. A aspiração uterina a vácuo no primeiro trimestre é o
método de aborto não-farmacológico mais seguro, e
pode ser realizado em uma clínica de atenção
primária em saúde, clínica de aborto ou hospital. As
complicações são raras e podem incluir perfuração
uterina, infecção pélvica e retenção dos produtos da
concepção necessitando de um segundo
procedimento para evacuá-los.
Há uma hipótese de relação causal entre o aborto
induzido e o risco de desenvolvimento de câncer de
mama.
7. Consequências a longo prazo para a
criança não desejada
Muitos membros de grupos pró-escolha consideram
haver um risco maior de crianças não desejadas
(crianças que nasceram apenas porque a interrupção
voluntária da gravidez não era uma opção, quer por
questões legais, quer por pressão social) terem um
nível de felicidade inferior às outras crianças
incluindo problemas que se mantêm mesmo quando
adultas, entre estes problemas incluem-se:
8. doença e morte prematura
pobreza
problemas de desenvolvimento
abandono escolar
delinquência juvenil
abuso de menores
instabilidade familiar e divórcio
necessidade de apoio psiquiátrico
falta de auto estima
9. Aborto cirúrgico ou por procedimentos
Os procedimentos no primeiro trimestre podem
geralmente ser realizados usando anestesia local,
enquanto os realizados no segundo trimestre podem
necessitar de sedação ou anestesia geral.
1: Bolsa amniótica
2: Embrião
3: Endométrio
4: Especulo
5: Cureta de aspiração
6: Saída para a bomba à
vácuo
10. Dilatação e evacuação
O procedimento de curetagem é aplicável ainda no
começo do segundo trimestre, mas se não for
possível terá de recorrer-se a métodos como a
dilatação e evacuação. Neste procedimento o médico
promove primeiro a dilatação cervical (um dia antes).
Na intervenção que é feita sob anestesia é inserido
um aparelho cirúrgico na vagina para cortar o
material intra-uterino em pedaços, e retirá-los de
dentro do útero. No final é feita a aspiração.
12. Outros Métodos
Existem também outros métodos como: Dilatação e
Evacuação, Eliminação ou exclusão fetal, Aborto por
esvaziamento craniano intrauterino e outros.