Este documento discute o uso da inteligência artificial, telemedicina e telessaúde no setor da saúde. Ele descreve como a IA pode analisar grandes volumes de dados médicos para apoiar diagnósticos e tratamentos, e como sistemas como Watson e DeepMind já estão sendo usados para esse fim. Também discute como a telemedicina permite o acesso remoto a especialistas e exames médicos através da internet e dispositivos vestíveis.
2. Inteligência artificial é o uso
de computadores que,
analisando um grande
volume de dados e seguindo
algoritmos definidos por
especialistas na matéria, são
capazes de propor soluções
a problemas, entre os quais
os da saúde.
IA
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3. Outra definição de Inteligência
Artificial indica que seria a
criação de sistemas inteligentes
de computação capazes de
realizar tarefas sem receber
instruções diretas de humanos
(os “robôs” são exemplos
disso).
IA
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4. Como começou a jornada?
Jacquard 1804 –tear mecânico (cartões perfurados) - revolta dos
“canuts” em Lyon em 1831 causada pelo desemprego e baixos
salários dos tecelões
Charles Babbage 1822 – máquina analítica (resolvia polinômios
levando à construção de tabelas de logaritmos)
Ada Lovelace 1840 – primeiro algoritmo para ser processado
Hollerith 1880 – máquina de leitura de cartão perfurado
Hollerith e Whatson 1914 –CRT “ComputingTabulating Recording
Corporation”
Whatson 1924 – IBM cartões de 80 colunas e 11 linhas usando o
código EBCDIC para registrar dados alfanuméricos
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8. 1974
DEC PDP-15
32 kbyte de
memó ria
discos de 20 mbyte
US$140.000
1975
Alunos de Medicina,
Odontologia e Enfermagem
em cursos auto-instrucionais
de fisiologia e biofísica
2015
Smartphone 32 Gb
US$ 250
9. IBM WATSON – 2011 - 80 TRILHÕES DE
OPERAÇÕES/SEG.
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18. O supercomputador Watson da
IBM registrou toda a informação
médica disponível no PubMed e
Medline, idealmente tornando
mais fácil o acesso à informação
médica
IA
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19. O programa “Precision Medicine Iniciative”
prevê estabelecer uma base de dados
genéticos de 1 milhão de pessoas para avaliar
a eficácia de drogas em condições específicas.
Nos EEUU o programa de pesquisa em câncer
estabeleceu o projeto “ NCI-MATCH” buscando
parear tipos de tumor e terapias prescritas.
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20. O supercomputador “Deep Mind” da
Google registrou 26.000 prontuários de
pacientes do SNS da Inglaterra e permite
cruzamento de informações e discussão
de problemas entre médicos e entre
médicos e pacientes
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21. Sistemas funcionando em
“background” podem ser utilizados
para verificar dados de pacientes,
como interação e incompatibilidade
de medicamentos, dados de exames
complementares discrepantes,
exames solicitados e/ou a serem
realizados
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22. Usando diferentes
algoritmos e estratégias
de tomada de decisão e
um grande volume de
dados, sistemas IA são
capazes de propor e
tomar ações quando
solicitados.
IA
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23. Sistemas com inteligência artificial são
capazes de aprender com seus erros,
corrigindo seus algoritmos de decisão,
configurando uma “machine learning”.
IA
ML
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24. Garry Kasporov, campeão mundial
de xadrez por 10 anos seguidos,
ganhou do Watson inicialmente, mas
depois de alguns empates com o
computador passou a perder todas
as partidas.
O “Deep Mind” ganhou, depois de
vários tentativas, o jogo chinês “GO”,
de infinitas opções, de campeões
chineses e coreanos 25
25. “Big data “ está sendo gradualmente
introduzido no sistema de atenção à
saúde.
Dados de prevalência, incidência e
evolução de enfermidades, permitiriam
gerar dados estatísticos, antecipar surtos
epidemiológicos e prescrever ações
preventivas.
Permite, diagnosticar, tratar e
avaliar a evolução de pacientes IA
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26. IA e TELEMEDICINA e TELESSAÚDE
Acesso a Facilidades Centralizadas
Acesso Individualizado
TMS
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27. Acesso a facilidades centralizadas
1.Acesso a um especialista
2.Acesso a sistemas de apoio à decisão
disponibilizados via internet para acesso de
profissionais (DxPlain, Isabel Health)
“clinical decision support coalition”
indicando parâmetros como transparência
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28. Acesso a facilidades centralizadas
3. Acesso a informações médicas
disponíveis em Bancos de Dados
(Watson, Deep Mind, CIDACS -FIOCRUZ)
4. Acesso a redes de informação
(Patients like me, CrowdMed,
SmartPatients, ACOR)
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29. Em 2015, Thrun (Stanford University) e equipe
começaram a validar a IA usando um conjunto
de 14.000 imagens que haviam sido
diagnosticadas por dermatologistas para
reconhecer três tipos de lesão: benignas,
malignas e crescimentos não cancerosos.
O sistema acertou 72% das vezes, comparando-
se com um acerto de 66% feito por
dermatologistas qualificados.
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30. Deep Mind da Google avaliando um
conjunto de imagens dermatológicas
na pesquisa de melanoma indicou um
desempenho maior do que o de
especialistas (76% versus 70,5%)
com uma especificidade de 62%
versus 59% e uma sensibilidade de
82%.
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31. Pesquisadores da IBM, usando redes
neurais, conseguiram obter uma acurácia de
86% no diagnóstico de retinopatia diabética
feito em 35.000 imagens de retina
acessadas através da tecnologia “EyePACs”
da IBM de identificação de lesões e outros
sinais observados em vasos sanguíneos.
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32. O reconhecimento de padrões (pattern
recognition) pelo computador poderá
indicar o “know what” de um problema
de saúde. Mas caberá ao médico discutir
o caso com seu paciente agregando o
seu “know-why”, orientando-o e aliviando
suas tensões já que o computador não
tem emoções e uma compreensão do
“outro” . 33
33. Acesso Individualizado à Distância
1.Uso de dispositivos vestíveis (“wearable
devices”) no acompanhamento de
diabéticos e cardíacos (Abbot free style
sensor glicêmico e Meditronic controle de
bomba de insulina)
2.Diagnóstico de infarto coronariano
(interpretação de ECG)
3.Regulagem de marcapassos cardíacos
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34. Acesso Individualizado à Distância
4. Acompanhamento de pacientes em suas
residências (Amazon Rekognition e Alexa e
Google Home)
5. Comunicação médico paciente (e-mails,
WhatsApp)
6. Telecardiologia
7. Teleoftalmologia
8. Telerradiologia
9. Telepsiquiatria
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35. Segundo o CFM a telemedicina deve
contribuir para favorecer a relação médico-
paciente
Diz o CFM ainda que “a informação sobre o
paciente identificado só pode ser transmitida
a outro profissional sob rígidas normas de
segurança, capazes de garantir a
confidencialidade e integridade dos dados
Como fica o empoderamento dos
pacientes? E as pesquisas clínicas 36
36. De acordo com cirurgião Milton Steinman,
coordenador de Telemedicina do Hospital
Albert Einstein, em São Paulo, que estuda o
progresso da telemedicina nos Estados
Unidos, mais de 15 milhões de consultas
virtuais são realizadas por ano naquele país,
onde o serviço já é aplicado em 32 estados.
Os médicos são cadastrados e o seguro
de saúde do paciente é responsável por
pagar o atendimento
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37. A Telemedicina deverá crescer muito.
Dados globais indicam gastos atuais com
atendimento virtual da ordem de US$18
bilhões de dólares, com expectativa de
crescer para US$38 bilhões nos próximos 6
anos.
75% dos pacientes dizem aceitar o
atendimento por telemedicina, indicando
uma tendência mundial nesse recurso.
Fonte:
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