O documento discute metodologias ativas de ensino-aprendizagem, destacando a importância da participação dos estudantes no processo. Apresenta teóricos históricos que defenderam abordagens ativas e discute desafios atuais como a personalização do aprendizado e o desenvolvimento de competências relevantes para o século 21. Também reflete sobre as transformações necessárias na educação a distância para melhor atender as necessidades dos alunos.
3. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
Cone da Aprendizagem
Edgar Dale (1900 - 1985).
4. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
METODOLOGIA ATIVA DE
APRENDIZAGEM
Metodologia ativa de aprendizagem é um
processo amplo e possui como principal
característica a inserção do aluno/estudante
como agente principal responsável pela sua
aprendizagem, comprometendo-se com seu
aprendizado.
5. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
Metodologia ativa não é algo novo...
SÓCRATES (469-399 a.C.) - Método Maiêutica – levar as
pessoas a reconhecer que não sabiam o que pensavam saber.
JOHN DEWEY (1859 – 1952) - Nós só pensamos quando nos
defrontamos com um problema.
PAULO FREIRE (1921 – 1997) – “...ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção
ou a sua construção.” .
Vygotsky (1896 – 1934) - A aprendizagem é uma experiência
social, mediada pela interação entre a linguagem e a ação.
PIAGET (1896 - 1980 ) - O conhecimento não nasce no sujeito,
nem no objeto, mas origina-se da interação "sujeito-objeto”.
6. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
Informação & Aprendizagem
• INFORMAÇÃO – Uma informação pode ser
relevante para um individuo e a mesma informação
pode não ter significado para outro individuo.
• APRENDIZAGEM – É o processo pelo qual os
competências, habilidades,
conhecimentos,
comportamento ou valores são adquiridos ou
modificados como resultado de estudos,
experiências, observação, interpretação e raciocínio.
• Aprendizagem sempre implica em internalização.
8. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
VETERANOS
Nascidos entre
1922 e 1945
• Cresceram entre duas
guerras mundiais e foram
educados para a disciplina
rígida e o respeito às
hierarquias. O amor à
pátria é um valor absoluto.
• No trabalho, valorizam o
comprometimento e a
lealdade.
• Como consumidores,
evitam parcelamento e
privilegiam as compras à
vista. Investem de forma
conservadora, sem riscos.
• Como funcionários, sabem
aguardar a hora certa para
receberem a recompensa
pelo trabalho.
• Acreditam na lógica e não
na magia. Têm religião, mas
sem superstição.
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9. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
• Otimistas em relação a mudança do
mundo político, viveram uma fase de
engajamento contra ditaduras e poderes
tiranos.
• Workaholics, valorizam o status e o crescimento profissional. São políticos, formam
alianças para atingirem seus objetivos.
• São responsáveis pelo estilo de vida que se tem hoje, de conquistas materiais,
como casa, carro e acesso ao entretenimento.
• Funcionários fiéis às organizações em que trabalham, fazem vínculo com a
empresa.
• Necessitam de justificativas profundas e estruturadas para tomar decisões.
GERAÇÃO
BABY BOOMER
Nascidos entre
1946 e 1965
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10. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
GERAÇÃO X
Nascidos entre
1966 e 1977
• Céticos e politicamente apáticos,
refletem as frustrações da geração
anterior e assumem a posição de
expectadores da cena política.
• Gostam da informalidade no trabalho e buscam o equilíbrio entre a vida
profissional e pessoal.
• Sentem-se a vontade com a tecnologia e já têm gosto pelo consumo de
equipamentos eletrônicos.
• Não se fidelizam às organizações, priorizam os interesses pessoais e não
vêem com bons olhos um currículo de 20 anos numa mesma empresa.
• Trabalham com entusiasmo quando possuem foco definido e têm
necessidade de feedback.
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11. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
GERAÇÃO Y
Nascidos entre
1978 e 2000
• Otimistas em relação ao futuro e
comprometidos em mudar o mundo
na esfera ecológica. Têm senso de
justiça social e se engajam em
voluntariados.
• São extremamente informais,
agitados, ansiosos e impacientes e
imediatistas. Acompanham a
velocidade da internet.
• Tecnologia e diversidade são coisas
naturais na vida. Usam todos os
recursos do celular e precisam estar
conectados.
• A falta de cerimônia com os pais leva à indiferença sobre autoridade.
Admiram a competência real e não a hierarquia.
• Vivem com sobrecarga de informações, dificultando a correlação de
conteúdos.
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12. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
Em 2001, o termo nativo digital foi utilizado pela primeira vez por Marc Prensky,
escritor e palestrante americano em educação. A expressão foi criada no início do
século XXI para definir aqueles que cresceram em uma cultura digital e que, por isso,
teriam habilidades diferenciadas, como processar múltiplas vias de informação e usar
intuitivamente as ferramentas tecnológicas.
Com a evolução da interação das pessoas com as tecnologias e com o espaço que os
dispositivos eletrônicos e ferramentas digitais foram ganhando no cotidiano da
humanidade, o significado do termo nativo digital tem sido muito discutido.
https://transformacaodigital.com/transformacao-digital/nativos-digitais-quem-sao-e-por-que-sao-considerados-um-mito/
NATIVO DIGITAL
13. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
Que escola os jovens
querem?
• Pesquisa com 132.000 alunos e ex-alunos, de 13 a 21 anos,
de todos os Estados (http://porvir.org/jovens-desejam-uma-
escola-participacao-atividades-praticas-tecnologia/)
• Querem uma escola com maior participação,
atividades práticas e tecnologia
• Um currículo mais flexível, em que possam escolher
parte da trajetória, em que aprendam mais com a mão na
massa do que só com aulas expositivas (autonomia,
experimentação)
http://www.eca.usp.br/prof/moran
14. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
A visão dos gestores e dos
empregadores sobre as escolas
• 96% dos gestores universitários nos
EUA afirmam que preparam bem os
alunos para a vida profissional
• 89% dos empregadores, que recebem os
formandos, afirmam que não
desenvolveram nos seus cursos as
habilidades e competências
profissionais necessárias
Pesquisa Gallup-Lumina – Revista Chronicle of Higher
Education, fev. 2014
15. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
Onde nos encontramos ?
• Qualquer um pode ensinar, aprender e empreender sozinho, em
grupo, informal e formalmente: youtubers, canais pessoais,
redes sociais, plataformas abertas e fechadas...
• Desafio: Ampliar os diferenciais da EAD - personalização,
flexibilidade, mobilidade, compartilhamento - para todas as
situações de ensino e aprendizagem
• Implementar as metodologias ativas, a experimentação, a
aprendizagem por competências e projetos nos cursos online.
(itinerários individuais e aprendizagem por pares)
• Tornar todas as formas de ensinar e aprender – presenciais,
híbridas, online - relevantes, interessantes, adequadas às
necessidades de cada um.
http://www.eca.usp.br/prof/moran
16. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
• Predominam os modelos de design fechado, de
roteiros com sequências de materiais e atividades
iguais para todos, com ênfase mais no conteúdo do
que nas competências e nas necessidades de cada
estudante (Textos, vídeos, quizzes, discussões,
atividades e avaliações em tempos certos e iguais
para todos).
• Desafio de combinar qualidade com quantidade,
planejamento pedagógico estruturado e flexível;
atender a muitos ao mesmo tempo e conseguir
que cada um encontre sentido e relevância,
podendo personalizar ao máximo o processo de
aprender.
A EAD precisa de profundas
transformações
http://www.eca.usp.br/prof/moran
17. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
Diferenciais das instituições educacionais
que apontam novos caminhos
• Gestores, docentes e espaços muito abertos e acolhedores.
• Professores valorizados e trabalhando juntos
• Projeto de vida, aprendizagem-serviço
• Itinerários pessoais (personalização progressiva). Escolhas mais
amplas, autoconfiança
• Metodologias ativas, projetos, compartilhamento
• Tecnologias interessantes, diversificadas, móveis e adaptativas
• Três palavras-chave:
• Misturar (mix): híbrido, blended
• Experimentar: (maker) mão-na-massa, criação, design
• Compartilhar
http://www.eca.usp.br/prof/moran
18. DÉBORA BUENO MUNIZ OLIVEIRA
Referências Bibliográficas
BACICH, L.; NETO, A. T.; TREVISANI, F. de M. (orgs.). Ensino Híbrido: Personalização e tecnologia na
educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
BATES, Tony. Educar na Era Digital: design, ensino e aprendizagem. São Paulo: Artesanato
Educacional, 2016.
BERGMAN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de Aula Invertida: uma metodologia ativa de
aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
HORN, Michael B.; STAKER, Heather. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a
educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
LITTO, Fredric M. Aprendizagem a distância. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.
MORAN, José. Mudando a Educação com Metodologias Ativas. Disponível em:
<http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf>. Publicado
em: 2015.
MORESI, Eduardo. (org.). Metodologia da pesquisa. UCB. Disponível em:
<http://ftp.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/1370886616.pdf> Publicado em: mar 2003.
PALLOF, Rena M.; PRATT, Keith. Estimulando a Aprendizagem Colaborativa. In: Construindo
Comunidades de Aprendizagem no Ciberespaço: estratégias eficientes para salas de aula on-line.
Porto Alegre: Artmed, 2002.
SANTOS, Miguel C. Damasco dos. Contribuições para uma Aprendizagem Ativa e Colaborativa:
relato de experiência em EaD. 20º CIAED. Curitiba-PR, 2014.
VALENTE, José A. Aprendizagem Ativa no Ensino Superior: a proposta da sala de aula invertida.
Disponível em: <http://www.pucsp.br/sites/default/files/img/aci/27-
8_agurdar_proec_textopara280814.pdf > Acesso em: 19 abr 2021.