1. Profa. Ma. Karine N. Silva
IBIRATAIA - BA
COMO PROMOVER UMA EDUCAÇÃO
ANTIRRACISTA E ANTI MISÓGINA?
2. [...] amorosidade, respeito aos outros, tolerância, humildade,
gosto da alegria, gosto da vida, abertura ao novo, disponibilidade
à mudança, persistência na luta, recusa aos fatalismos,
identificação com a esperança, abertura à justiça.
(FREIRE, 2017, p. 118 [1998, p. 108]).
3. Acolhida: Música “De toda cor”, reflexão sobre a mensagem da canção;
Sensibilização: Dinâmica – “Fala professor/a”, narrar um evento ocorrido em sua prática de
sala de aula que remeta a canção, promover um levantamento de informações com a turma;
Aprofundamento: Bloco I – Educação Antirracista, estudo dirigido através dos slides, dialogo
com os/as professores/as;
Dinâmica de Trabalho: Em trios ou quartetos os grupos devem propor intervenção pedagógica
para as situações problemas propostas nos textos disponibilizados pela formadora. Tempo de
trabalho 20 min.
Socialização : Apresentação de cada grupo, tempo de 10 minutos para o/a representante do
grupo;
Intervalo do café:
Aprofundamento: Bloco II – Educação Anti misógina, estudo dirigido;
Dinâmica de Trabalho: Em trio, os/as professores/as irão elaborar o planejamento
Da ação pedagógica.
Mensagem final: Vídeo “ O que é o racismo estrutural”
PAUTA
4. SENSIBILIZAÇÃO
Dinâmica – “Fala professor/a”, narrar um evento ocorrido em sua prática
de sala de aula que remeta a canção, promover um levantamento de
informações com a turma.
5. PARA PENSAR ...
• Lembre-se de seu percurso na educação básica, desde os anos iniciais
até
Imagine que você está andando por alguns lugares e coloca o pescoço
para dentro destes espaços:
até o final do ensino médio: Você se lembra dos/as
seus/suas professores/as? A maioria deles/as eram
pessoas brancas ou negras? Quem eram as pessoas
negras de quem você se recorda?
• Pensando em escolas particulares: olhe para dentro
das salas e conte quantos/as alunos/as negros/as há.
Aproveite e conte quantos/as professores/as são
negros/as e quantos estão varrendo o chão.
6. PARA PENSAR NO ASSUNTO
• Agora pense quando você frequentou a faculdade. Naquele
ambiente, de todos/as as/os professoras/es, quantos destas/es
são negras/os? E as/os alunas/os? E as/os funcionárias/os do
admin
administrativo? E as/os funcionárias/os da
limpeza e da segurança?
• Em seu ambiente de trabalho: Você vê mais
pessoas brancas ou negras? Em quais funções
ou cargos elas estão?
7. PARA PENSAR NO ASSUNTO
• Nos programas de TV, conte quantos/as apresentadores/as,
jornalistas ou âncoras de jornal, artistas em estado de estrelato
são negros/as. Onde as crianças negras se veem
representadas?
• No seu cotidiano e vivências, quem são as pessoas que ocupam
lugares de destaque e liderança?
8. Como foi fazer essa atividade? O que você pensou
e sentiu?
Insira sua resposta no papel ofício
Aquecimento
11. O que é uma educação antirracista?
Aplicação das legislações e
normativas
Reconhecimento do racismo estrutural e
seus impactos
Práticas que desconstruam preconceitos
e discriminações
Valorização da diversidade
12. Educação antirracista: Características
Reconhecer as desigualdades raciais;
Uma educação antirracista precisa:
Refletir de forma contínua sobre o racismo e seus derivados no
ambiente escolar;
Repudiar atitudes preconceituosas e discriminatórias, tanto na
sociedade quanto nos espaços escolares;
Cuidar para que as relações entre adultos e crianças, negros/as e
brancos/as, sejam sempre respeitosas.
13. Educação antirracista: Características
Valorizar a diversidade e promover a igualdade no cotidiano da escola;
Abordar uma visão crítica da história sobre os diferentes grupos que
constituem a nossa história;
Utilizar materiais que contemplem a diversidade racial e a temática das
relações étnico-raciais;
Educar para o reconhecimento positivo da diversidade racial;
Desenvolver práticas que fortaleçam a autoestima dos/as estudantes
pertencentes a grupos discriminados.
Uma educação antirracista precisa:
16. • Incluir [...] o estudo da história da África e dos/as africanos/as, a luta dos/as
negros/as e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena
brasileira e o/a negro/a e o/a indígena na formação da sociedade nacional,
resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política,
pertinentes à história do Brasil.
LEI 10.639/2003 E LEI 11.645/2008
(BRASIL, 2003)
• Ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de
educação artística e de literatura e história brasileira.
(BRASIL, 2008)
19. PRINCIPAIS DESAFIOS
(GOMES, 2012)
Visão conservadora e
autoritária de alguns
profissionais e/ou
comunidade escola.
Resistência verificada
em alguns/algumas
profissionais e/ou
comunidade escolar.
Intolerância religiosa.
Práticas
individualizadas
restritas apenas aos/as
diretamente
envolvidos/as.
Ausência da temática
na formação inicial.
21. Dandara dos Palmares
Participou de decisões
políticas e militares em prol
da luta pela abolição da
escravatura e assumiu o
compromisso de lutar pela
liberdade das cerca de 30 mil
pessoas que chegaram a
compor o quilombo.
Líder feminina do Quilombo dos Palmares,
Dandara era companheira de Zumbi dos
Palmares.
Elaborado por Priscila Lourenço.
22. Carolina Maria de Jesus
Publicou Quarto de Despejo:
Diário de uma Favelada, obra
que vendeu mais de 100 mil
exemplares em 40 países e foi
traduzida em 13 línguas.
Foi uma das primeiras escritoras negras do
Brasil e é considerada uma das mais
relevantes para a literatura nacional.
Carolina Maria de Jesus, 1960. Acervo Arquivo Nacional. Domínio Público/Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carolina_Maria_de_Jesus,_1960.tif. Acesso em: 19 ago. 2021.
23. Aída dos Santos Menezes
Participou de duas edições dos Jogos Olímpicos. Em
Tóquio 1964, ficou em quarto lugar no salto em
altura.
Atleta brasileira, especialista no salto em altura.
Aída dos Santos nos Jogos Panamericanos de
1971. Domínio Público/Acervo Arquivo
Nacional. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A%C3
%ADda_dos_Santos_nos_Jogos_Panamericanos
_de_1971.tif?uselang=pt-br. Acesso em: 19 ago.
2021.
altura. Naquela edição dos Jogos,
Aída foi a única mulher da
delegação brasileira, e a única do
atletismo. Transformou-se na
primeira mulher do Brasil a
disputar uma final olímpica.
24. Dinâmica de Trabalho
Em trios ou quartetos os grupos devem propor intervenção pedagógica
para as situações problemas propostas nos textos disponibilizados pela
formadora. Tempo de trabalho 20 min.
25. DISCUSSÃO EM GRUPOS
Perguntas norteadoras para a discussão:
• Como relacionar essas questões ao trabalho em sala de aula ?
• De que formas é possível contemplar a efetivação de uma
pedagogia que respeite as diferenças?
• Como tratar a questão racial como conteúdo inter e
multidisciplinar durante todo o ano letivo, estabelecendo
um diálogo permanente entre o tema étnico-racial e os
demais conteúdos trabalhados na escola?
31. • Existem esportes só de meninos? Quais?
• E de meninas?
• Em que esporte as mulheres se saem melhor?
• E os homens?
• Existe violência nos esportes?
• Em quais modalidades?
• Quem pratica atos violentos durante os jogos?
• Homens ou mulheres?
QUESTÕES
32. • SEXUALIDADE – envolve, além do corpo, a história, costumes, relações
afetivas, cultura, é mais do que sexo, é uma parte biológica que permite a
reprodução.
• GÊNERO – construção de atitudes, expectativas e comportamentos com
base no que a sociedade atribui o masculino e feminino, marcado pela
hierarquia do masculino sobre o feminino.
• DIVERSIDADE SEXUAL – diferentes possibilidades de expressão da
sexualidade: heterossexualidade, homossexualidade e bissexualidade,
assexuados.
• IDENTIDADE DE GÊNERO – apresentação de cada um sobre como se
sente em relação ao masculino e ao feminino, ou ambos, independe do
sexo biológico e da orientação sexual.
Reflexões
33. • Trabalho de homem, trabalho de mulher: O que é trabalho?
• Em uma família, uma mulher geralmente é responsável por :______________
• Em uma família, um homem geralmente é responsável por: ______________
• A maior parte do tempo a mulher é dedicado ao trabalho: ________________
• No cuidado com os/as filhos/as uma mulher ___________________________
• No cuidado com os filhos, um homem ________________________________
• Geralmente, quando uma criança ou adolescente faz algo de errado, a
responsabilidade é _____________________________
• Geralmente, quando falta comida dentro de casa, a responsabilidade é
_____________________________________
Complete a frase:
35. MORAL – calúnia, difamação ou injúria.
SEXUAL – ato sexual não desejado ou a tentativa de obtê-lo por
meio da intimidação psicológica ou emocional que: a constranja a
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não
desejada; a induza a comercializar ou a utilizar sua sexualidade; a
impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante
coação, chantagem, suborno ou manipulação; limite ou anule o
exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.
36. • OMS define violência como o uso da força física ou do poder
intencionalmente e pode ser contra si mesmo, contra outras pessoas ou
grupo. Toda ação que resulte ou possa resultar de lesão, morte, problemas
psicológicos e privação de alguma coisa – educação, saúde, liberdade, etc.
TIPOS DE VIOLÊNICA:
• INTERPESSOAL – por outra pessoa ou grupo. É dividida em: violência da
família e parceiros íntimos , violência comunitária;
• AUTOINFLIGIDA – contra si mesmo, sendo comportamento suicida,
pensamentos suicidas e tentativa de suicídios – atos de automutilação;
• COLETIVA – social, política e econômica, por grupos organizados
e a forma como somos tratados pelos serviços públicos.
37. Desafios
• Visão conservadora e autoritária de alguns profissionais e/ou
comunidade escolar;
• Resistência verificada em alguns profissionais
e/ou comunidade escolar;
• Práticas individualizadas restritas apenas aos/as
diretamente envolvidos/as;
• Desconhecimento acerca da temática e das
legislações.
38. Dinâmica de Trabalho
Em trio, os/as professores/as irão elaborar o planejamento de ação
pedagógica.
42. Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria Especial de Políticas da promoção da Igualdade Social. Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana, 2004. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/centrais-de-conteudo/acervo-linha-editorial/publicacoes-
diversas/temas-interdisciplinares/diretrizes-curriculares-nacionais-para-a-educacao-das-relacoes-etnico-raciais-e-para-o-ensino-
de-historia-e-cultura-afro-brasileira-e-africana. Acesso em: 19 ago. 2021.
________. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
"História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 19 ago. 2021.
_______. Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e Ações para
Educação das Relações Étnico-Raciais, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf.
Acesso em: 19 ago. 2021.
______. Ministério da Educação. Contribuições para implementação da lei 10.639/2003: Proposta de plano nacional de implementação
das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana – Lei 10.639/2003. Brasília: MEC/UNESCO, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação/ Conselho Nacional da Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 27 de outubro de 2020. Dispõe sobre as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para
a Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC-Formação Continuada). Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-
/resolucao-cne/cp-n-1-de-27-de-outubro-de-2020-285609724. Acesso em: 19 ago. 2021.
CAVALLEIRO, Eliane. Educação antirracista: compromisso indispensável para um mundo melhor. In: _______. (Org.). Racismo e
antirracismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2021.
43. Referências
MATTOS, Wilson Roberto de. Valores civilizatórios afro-brasileiros, políticas educacionais e currículos escolares. In:
Educação contemporaneidade. v.12, n.19, p. 231, jan./jun. 2003.
https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/issue/view/238/137. Acesso em: 20 ago. 2021.
MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o Racismo na Escola. Brasília: MEC–SECAD, 2005.
NASCIMENTO, Daniele Galvani do. A Lei 10639/03 entre a teoria e a prática escolar: história e cultura afro-brasileira
e africana em uma escola no município de Franca/SP. Dissertação (Mestrado em Planejamento e Análise de Políticas
Públicas) – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. 2018.
PONTE, Gina Vieira. ENTREVISTA | Gina Vieira Ponte. [Entrevista concedida a] Mariana Niederauer. Correio
Braziliense, 2018. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/escolhaaescola/2017/entrevista-e-artigos/.
Acesso em: 24 ago. 2021.
SOUZA, Luh de. Quer saber se ainda o racismo existe no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra. GELEDÉS
Instituto da Mulher Negra, 2015. Disponível em: https://www.geledes.org.br/quer-saber-se-ainda-o-racismo-existe-no-
brasil-faca-o-teste-pescoco-parte-ii/#ixzz3ZBGnGRpC. Acesso em: 20 ago. 2021.