A fé cristã explicada pelo Catecismo da Igreja Católica
1. A síntese da fé explicada pelo
Catecismo da Igreja Católica
(CIC).
Seminarista, Leitor Instituído
João Miguel Pereira
joaofreigil@hotmail.com
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2. CREIO EM UM SÓ SENHOR, JESUS CRISTO,
FILHO UNIGÉNITO DE DEUS,
O nome de Deus YHWH é proferido como SENHOR. Essa é a forma mais habitual de
designar a própria divindade do Deus de Israel. É nesse sentido que o N T o aplica
tanto para ao Pai como ao Filho e ao Espirito, reconhecendo-os como Deus. CIC446
Em hebraico, JESUS quer dizer «Deus salva». Exprime, ao mesmo tempo, a sua
identidade e a sua missão.
CRISTO vem da tradução grega do termo hebraico «Messias», que quer dizer
«ungido». Eram ungidos com óleo aqueles incumbidos de uma missão divina o caso
dos reis, dos sacerdotes e, dos profetas. Jesus recebe a perfeita unção, pelo Espírito
do Senhor CIC 436 a 438.
Movidos pela graça do Espírito Santo e atraídos pelo Pai, nós cremos e confessamos
a respeito de Jesus: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16, 16). Foi sobre o
rochedo desta fé, confessada por Pedro, que Cristo edificou a sua Igreja CIC 424.
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3. H V H Y
YHAVE
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4. NASCIDO DO PAI ANTES DE TODOS OS SÉCULOS:
DEUS DE DEUS, LUZ DA LUZ, DEUS VERDADEIRO DE
DEUS VERDADEIRO
«No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele
estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e
sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos
homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.»
(Jo1, 1-5).
Através dos seus gestos, milagres e palavras, foi revelado que «n'Ele habita
corporalmente toda a plenitude da Divindade» (Cl 2, 9). A sua humanidade
aparece, assim, como «sacramento», isto é, sinal e instrumento da sua divindade
e da salvação que Ele veio trazer CIC515.
Jesus pode dizer: «Quem Me vê, vê o Pai» (Jo 14, 9); e o Pai: «Este é o meu Filho
predilecto: escutai-O» (Lc 9, 35).
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6. GERADO, NÃO CRIADO, CONSUBSTANCIAL AO
PAI
Cristo não é uma criatura de Deus. Ele é gerado a partir do próprio Deus.
Os Apóstolos confessam que Jesus é «o Verbo [que] estava [no princípio] junto de
Deus» e que é Deus (Jo 1, 1), «a imagem do Deus invisível» (Cl 1, 15), «o
resplendor da sua glória e a imagem da sua substância» (Heb 1, 3).
Na esteira deles, seguindo a tradição apostólica, no primeiro concílio ecuménico de
Niceia, em 325, a Igreja confessou que o Filho é «CONSUBSTANCIAL» ao Pai, quer
dizer, um só Deus com Ele.
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8. POR ELE TODAS AS COISAS FORAM FEITAS
«No princípio era o VERBO [JESUS], e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio
dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz
dos homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.»
(Jo1, 1-5).
«No princípio criou Deus os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia; e havia
trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das
águas. Disse Deus: haja [VERBO] luz. E houve luz» (Gn 1, 1-3).
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10. E POR NÓS, HOMENS, PARA NOSSA
SALVAÇÃO
Toda a VIDA DE CRISTO É MISTÉRIO DE REDENÇÃO. A redenção vem-nos, antes de
mais, pelo sangue da cruz. Mas este mistério está actante em toda a vida de Cristo:
já na sua Encarnação, pela qual, fazendo-Se pobre, nos enriquece com a sua
pobreza (cf. Cor 8,9); na vida oculta que, pela sua obediência, repara a nossa
insubmissão; na palavra que purifica os seus ouvintes: nas curas e expulsões dos
demónios, pelas quais «toma sobre Si as nossas enfermidades e carrega com as
nossas doenças» (Mt 8, 17); na ressurreição, pela qual nos justifica CIC517.
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12. DESCEU DOS CÉUS E ENCARNOU PELO ESPÍRITO
SANTO, NO SEIO DA VIRGEM MARIA, E SE FEZ
HOMEM.
A necessidade de afirmar a NATUREZA HUMANA DE CRISTO: «Quando chegou a
plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à
Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos
adotivos» (Gl 4, 4-5). CIC 422 a 423. «Nisto haveis de reconhecer o Espírito de
Deus: todo o espírito que confessa a Jesus Cristo encarnado é de Deus» (1 Jo 4, 2).
Isto para levar a efeito a nossa salvação CIC 461.
O Concílio de Éfeso proclamou, em 431d.C., que Maria se tornou, com toda a
verdade, Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio
CIC467.
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13. DESCEU DOS CÉUS E ENCARNOU PELO ESPÍRITO
SANTO, NO SEIO DA VIRGEM MARIA, E SE FEZ
HOMEM.
O Espírito Santo, que é «o Senhor que dá a Vida», é enviado para SANTIFICAR O
SEIO DA VIRGEM MARIA E PARA A FECUNDAR pelo poder divino, fazendo-a
conceber o Filho eterno do Pai, numa humanidade originada da sua CIC484.
Desde as primeiras formulações da fé, a Igreja confessou que Jesus foi concebido
unicamente pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, afirmando
igualmente o aspeto corporal deste acontecimento: Jesus foi concebido «do Espírito
Santo, sem sémen [de homem]». Os Santos Padres vêem, na conceição virginal, o
sinal de que foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio ao mundo numa
humanidade como a nossa CIC496.
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15. TAMBÉM POR NÓS FOI CRUCIFICADO SOB
PÔNCIO PILATOS;
Aos que temiam que «todos acreditassem n'Ele e os romanos viessem destruir o
templo e a nação» (Jo 11, 48), o sumo sacerdote Caifás propôs, profetizando: «É do
vosso interesse que morra um só homem pelo povo e não pereça a nação inteira»
(Jo 11, 50). O Sinédrio, tendo declarado Jesus «réu de morte» (cf. Mt 26,66) como
blasfemo, mas tendo perdido o direito de condenar à morte fosse quem fosse (cf.
Jo 18,31), entregou Jesus aos romanos, acusando-O de revolta política (cf. Lc
23,2) — o que O colocava em pé de igualdade com que Barrabás, acusado de
«sedição» (Lc 23, 19). São também de carácter político as ameaças que os sumos-
sacerdotes fazem a Pôncio Pilatos, pressionando-o a condenar Jesus à morte
CIC596.
Jesus é uma PERSONAGEM HISTÓRICA. Ele realmente existiu.
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17. PADECEU E FOI SEPULTADO.
SENTIU AS DORES E AS ANGÚSTIAS DO SER HUMANO SOFREDOR:
«Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?» (Mc 15, 34).
«Meu Pai, se é possível, que se afaste de Mim este cálice [...]» (Mt 26, 39). Exprime
desse modo o horror que a morte representa para a sua natureza humana
CIC612.
Morreu realmente:
Cristo desceu à mansão dos mortos e ressuscitou dos mortos ao terceiro dia
CIC631.
Desceu lá como salvador proclamando a Boa-Nova aos espíritos que ali estavam
prisioneiros CIC632 e para dali libertar os justos que O tinham precedido CIC633.
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19. RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA,
CONFORME AS ESCRITURAS;
A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo, acreditada
e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como
fundamental pela Tradição CIC638.
Maria Madalena e as santas mulheres foram as primeiras mensageiras da
ressurreição de Cristo para os próprios Apóstolos. Em seguida, foi a eles que Jesus
apareceu: primeiro a Pedro, depois aos Doze CIC641.
A fé da primeira comunidade dos crentes está fundada no testemunho de homens
concretos. Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus
apareceu em conjunto, além de Tiago e de todos os Apóstolos (cf. 1Cor 15, 4-8)
CIC642.
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20. RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA,
CONFORME AS ESCRITURAS;
O abalo provocado pela paixão foi tão forte que os discípulos (pelo menos alguns)
não acreditaram imediatamente na notícia da ressurreição. Os evangelhos
apresentam-nos os discípulos abatidos (de «rosto sombrio»: Lc 24, 17) e
apavorados (cf. Jo 20,19). Por isso que não acreditaram nas santas mulheres,
regressadas da sua visita ao túmulo, e «as suas narrativas pareceram-lhe um
desvario» (Lc 24, 11).
Quando Jesus apareceu aos onze, na tarde do dia de Páscoa, «censurou-lhes a
falta de fé e a teimosia em não quererem acreditar naqueles que O tinham visto
ressuscitado» (Mc 16, 14) CIC643.
Mesmo confrontados com a realidade de Jesus Ressuscitado, os discípulos ainda
duvidam de tal modo isso lhes parecia impossível: julgavam ver um fantasma (cf. Lc
24, 37). «Por causa da alegria, estavam ainda sem querer acreditar e cheios de
assombro» (Lc 24, 41).
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21. RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA,
CONFORME AS ESCRITURAS;
«Se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é vã e também é vã a vossa
fé» (1 Cor 15, 14). A ressurreição constitui, antes de mais, a confirmação de tudo
quanto Cristo em pessoa fez e ensinou. Todas as verdades, mesmo as mais
inacessíveis ao espírito humano, encontram a sua justificação se, ressuscitando, Cristo
deu a prova definitiva, que tinha prometido, da sua autoridade divina CIC651.
A ressurreição de Cristo é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (Lc
24, 26-27.44-48) e do próprio Jesus, durante a sua vida terrena (cf. Mt 28, 6; Mc
16, 7; Lc 24, 6-7). A expressão «segundo as Escrituras» (1 Cor 15, 3-4) indica que a
ressurreição de Cristo cumpriu essas predições CIC652.
Confirmação da identidade divina de Jesus: «Quando elevardes o Filho do Homem,
então sabereis que "Eu Sou"» (Jo 8, 28) CIC563.
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22. Corpo Glorioso CIC 645. Jesus Ressuscitado estabeleceu
com os seus discípulos relações diretas, através do contacto
físico (cf. Lc 24, 39; Jo 20, 27) e da participação na
refeição (cf. Lc 24, 30.41-43). Desse modo, convida-os a
reconhecer que não é um espírito (cf. Lc 24, 39), e
sobretudo a verificar que o corpo ressuscitado, com o
qual se lhes apresenta, é o mesmo que foi torturado e
crucificado, pois traz ainda os vestígios da paixão (cf. Lc
24, 40). No entanto, este corpo autêntico e real possui, ao
mesmo tempo, as propriedades novas dum corpo
glorioso: não está situado no espaço e no tempo, mas
pode, livremente, tornar-se presente onde e quando quer
(cf. Mt 28,9.16-17 etc), porque a sua humanidade já não
pode ser retida sobre a terra e já pertence exclusivamente
ao domínio divino do Pai (cf Jo 20,17). Também por este
motivo, Jesus Ressuscitado é soberanamente livre de
aparecer como quer: sob a aparência dum jardineiro (Jo
20, 14-15) ou «com um especto diferente» (Mc 16, 12)
daquele que era familiar aos discípulos; e isso,
precisamente, para lhes despertar a fé (Jo 20, 14.16; 21,
4.7).
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24. E SUBIU AOS CÉUS, ONDE ESTÁ SENTADO À
DIREITA DE DEUS;
Durante quarenta dias vai comer e beber familiarmente com os discípulos (At 10,
41) e instruí-los sobre o Reino (At 1, 3), a sua glória fica ainda velada sob as
aparências duma humanidade normal (Mc 16, 12; Lc 24, 15; Jo 20, 14-15; 21, 4). A
última aparição de Jesus termina com a entrada irreversível da sua humanidade
na glória divina, simbolizada pela nuvem (At 1, 9; Lc 9, 34-35; Ex 13, 22) e pelo
céu (Lc 24, 51). «Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi elevado ao
céu e sentou-se à direita de Deus» (Mc 16, 19).
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25. E SUBIU AOS CÉUS, ONDE ESTÁ SENTADO À
DIREITA DE DEUS;
Cristo está sentado à direita do Pai: «Por direita do Pai entendemos a glória e a
honra da divindade, em cujo seio Aquele que, antes de todos os séculos, existia
como Filho de Deus, como Deus e consubstancial ao Pai, tomou assento corporalmente
desde que encarnou e o seu corpo foi glorificado» (S. João Damasceno).
Sentar-se à direita do Pai significa a inauguração do Reino messiânico,
cumprimento da visão do profeta Daniel a respeito do Filho do Homem: «Foi-Lhe
entregue o domínio, a majestade e a realeza, e todos os povos, nações e línguas O
serviram. O seu domínio é um domínio eterno, que não passará jamais, e a sua
realeza não será destruída» (Dn 7, 14). A partir deste momento, os Apóstolos
tornaram-se as testemunhas do «Reino que não terá fim» CIC664.
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27. DE NOVO HÁ DE VIR EM SUA GLÓRIA, PARA
JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS; E O SEU REINO NÃO
TERÁ FIM.
A partir da ascensão, a vinda de Cristo na glória está iminente (Ap 22, 20) mesmo
que não nos «pertença saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a
sua autoridade» (Act 1, 7) (Mc 13, 32) CIC673.
E Pedro quem diz aos judeus de Jerusalém, após o Pentecostes: «Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos, para que os pecados vos sejam perdoados. Assim, o Senhor
fará que venham os tempos de alívio e vos mandará o Messias Jesus, que de
antemão vos foi destinado. O céu tem de O conservar até à altura da restauração
universal, que Deus anunciou pela boca dos seus santos profetas de outrora» (Act
3, 19-21) CIC674.
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28. DE NOVO HÁ DE VIR EM SUA GLÓRIA, PARA JULGAR
OS VIVOS E OS MORTOS; E O SEU REINO NÃO
TERÁ FIM.
Na sequência dos profetas (Dn 7, 10; Jl 3-4; Ml 3,19) e de João Baptista (Mt 3, 7-
12), Jesus anunciou, na sua pregação, o Juízo do último dia.
Então será revelado o procedimento de cada um (Mc 12, 38-40) e o segredo dos
corações (Lc 12, 1-3; Jo 3, 20-21). Então, será condenada a incredulidade
culpável, que não teve em conta a graça oferecida por Deus (Mt 11, 20-24; 12,
41-42).
A atitude tomada para com o próximo revelará a aceitação ou a recusa da graça
e do amor divino (Mt 5, 22; 7, 1-5). No último dia, Jesus dirá: «Sempre que o
fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25, 40).
CIC678.
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29. DE NOVO HÁ DE VIR EM SUA GLÓRIA, PARA JULGAR
OS VIVOS E OS MORTOS; E O SEU REINO NÃO
TERÁ FIM.
Cristo é Senhor da vida eterna. O pleno direito de julgar definitivamente as obras
e os corações dos homens pertence-Lhe a Ele, enquanto redentor do mundo. Ele
«adquiriu» este direito pela sua cruz. Por isso, o Pai entregou «ao Filho todo o poder
de julgar» (Jo 5, 22) (Jo 5, 27; Mt 25, 31; At 10, 42; 17, 31; 2 Tm 4,1). Ora, o Filho
não veio para julgar, mas para salvar (Jo 3, 17) e dar a vida que tem em Si (Jo 5,
26).
É pela recusa da graça nesta vida que cada qual se julga já a si próprio (Jo 3, 18;
12, 42), recebe segundo as suas obras (1Cor 3, 12-15) e pode, mesmo, condenar-
se para a eternidade, recusando o Espírito de amor (Mt 12, 32; Heb 6, 4-6; 10,
26-31).
CIC679.
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30. A SIGLA "CIC" SIGNIFICA "CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA"; É SEGUIDA PELO NÚMERO DO PARÁGRAFO | JOÃO PEREIRA - JOAOFREIGIL@HOTMAIL.COM
31. DE NOVO HÁ DE VIR EM SUA GLÓRIA, PARA JULGAR OS
VIVOS E OS MORTOS; E O SEU REINO NÃO TERÁ
FIM.
Jesus Cristo é Senhor: Ele possui todo o poder nos céus e na Terra. Está «acima de
todo o principado, poder, virtude e soberania», porque o Pai «tudo submeteu a
seus pés»(Ef 1, 20-22). Cristo é o Senhor do cosmos (Ef 4, 10) e da história, N'Ele, a
história do homem, e até a criação inteira, encontram a sua «recapitulação» (Ef 1,
10), o seu acabamento transcendente CIC668.
É também a cabeça da Igreja, que é o seu corpo (Ef 1, 22). Elevado ao céu e
glorificado, tendo assim cumprido plenamente a sua missão, continua na terra por
meio da Igreja. A redenção é a fonte da autoridade que Cristo, em virtude do
Espírito Santo, exerce sobre a Igreja (E 4, 11-13). «O Reino de Cristo já está
misteriosamente presente na Igreja» (LG 6), «gérmen e princípio deste mesmo
Reino na Terra» (LG 8) CIC669.
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32. DE NOVO HÁ DE VIR EM SUA GLÓRIA, PARA JULGAR OS
VIVOS E OS MORTOS; E O SEU REINO NÃO TERÁ
FIM.
Já presente na sua Igreja, o Reino de Cristo, contudo, ainda não está acabado
«em poder e glória» (Lc 21, 27) pela vinda do Rei à terra. Este Reino ainda é
atacado pelos poderes do mal, embora estes já tenham sido radicalmente vencidos
pela Páscoa de Cristo. Até que tudo Lhe tenha sido submetido, «enquanto não se
estabelecem os novos céus e a nova terra, em que habita a justiça, a Igreja
peregrina, nos seus sacramentos e nas suas instituições, que pertencem à presente
ordem temporal, leva a imagem passageira deste mundo e vive no meio das
criaturas que gemem e sofrem as dores do parto, esperando a manifestação dos
filhos de Deus». Por este motivo, os cristãos oram, sobretudo na Eucaristia, para que
se apresse o regresso de Cristo, dizendo-Lhe: «Vem, Senhor» (Ap 22, 20) CIC671.
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33. DE NOVO HÁ DE VIR EM SUA GLÓRIA, PARA JULGAR OS
VIVOS E OS MORTOS; E O SEU REINO NÃO TERÁ
FIM.
Cristo afirmou, antes da sua ascensão, que ainda não era a hora do estabelecimento
glorioso do Reino messiânico esperado por Israel (At 1, 6-7), o qual devia trazer a
todos os homens, segundo os profetas (Is 11, 1-9), a ordem definitiva da justiça, do
amor e da paz.
O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do testemunho (At 1,
8) mas é também um tempo ainda marcado pela «desolação» (1Cor 7, 26) e pela
provação do mal (Ef 5, 16), que não poupa a Igreja (1Pe 4, 17) e inaugura os
combates dos últimos dias (1Jo 2, 18 4, 3; 1Tm 4, 1). É um tempo de espera e de
vigília (Mt 25, 1-13; Mc 13, 33-37) CIC672.
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