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1820 E O LIBERALISMO



Trabalho realizado por:
-   Sofia M.
-   Joana P.
-   Da escola Michel Giacometti
 Tudo começou quando, em 1789, uma revolução
  pôs fim á Monarquia absoluta em França. Os
  revolucionários, sendo estes na maior parte os
  burgueses e o povo, defendiam novas ideias, como
  a igualdade de todos perante a lei e a liberdade.
  Defendiam ainda a separação de poderes, que na
  Monarquia Absoluta estavam todos concentrados
  numa só pessoa, o rei.
 Durante a revolução, foram mortos o rei Luís XVI, a
  sua mulher e muitos outros elementos do clero e
  da nobreza.
 Após a vitória dos revolucionários franceses, os
  reis absolutos da Europa sentiram o seu poder
  ameaçado. Alguns deles uniram-se e declararam
  guerra a França. Foram derrotados, em grande
  parte, devido á ação do general Napoleão
  Bonaparte, comandante das tropas francesas.
 Só Inglaterra continuou a resistir. Para a isolar e
  destruir o seu comércio, Napoleão ordenou que
  todos os países da Europa fechassem os seus
  portos aos navios ingleses. Esta medida, tomada
  em 1806, ficou conhecida por Bloqueio
  Continental.
 Portugal recusou obedecer ás ordens de
  Napoleão, porque existia uma velha aliança entre o
  nosso país e a Inglaterra, mas também porque
  tinham relações comerciais.
   Já era tarde quando o príncipe D. João decidiu
    ordenar a saída dos navios ingleses dos portos
    portugueses. França e Espanha, sua aliada, já
    tinham decidido invadir Portugal. Quando os
    exércitos de Napoleão já entravam em Portugal, o
    príncipe regente partiu para o Brasil com a família
    real, para resguardar a independência! O governo
    do país ficou entregue a uma regência.
   Junot, comandante das tropas invasoras, instalou-
    se em Lisboa sem encontrar resistência. Tomou
    medidas que muito desagradaram os Portugueses.
● mandou substituir a bandeira nacional pela
francesa, no castelo de S. Jorge.
● demitiu a “Regência” nomeada pelo príncipe regente D.
João e começou a governar Portugal como terra
conquistada.


   Além disto, os soldados franceses, com os seus
    aliados espanhóis, cometiam roubos e violência por
    todo o país, provocando a revolta da população.
 Portugal pediu auxílio aos Ingleses. As tropas
  inglesas, chefiadas pelo general Wellington, e
  reforçadas pelas portuguesas, derrotaram os
  Franceses nas batalhas de Roliça e de Vimeiro.
  Apesar de vencidos, os Franceses negociaram
  com os Ingleses a sua saída de Portugal-
  Convenção de Sintra- tendo levado com eles tudo
  o que tinham roubado.
 Mesmo tendo sido derrotados, Napoleão não
  desistiu. Em 1809, os Franceses, comandados pelo
  general Soult, entraram em Portugal por Trás-os-
  Montes e conquistaram o Norte até ao rio Douro.
  Ocuparam a cidade do Porto durante algum tempo.
  A vitória pouco durou. Os soldados ingleses e
  portugueses, com o apoio dos
  populares, obrigaram os franceses a refugiar-se na
  Galiza (Espanha).
 Em 1810, os Franceses, comandados pelo general
  Massena, invadiram de novo Portugal, agora pela
  Beira Alta. Apesar de derrotados no
  Bucaço, continuaram a marcha em direção a Lisboa.
  Foram detidos nas linhas defensivas de Torres
  Vedras, conjunto de fortificações que os Ingleses
  tinham feito construir, a norte de Lisboa.
 Em 1811, os Franceses abandonaram
  definitivamente Portugal!!!
   As invasões tinham acabado, mas o país ficara
    numa situação muito difícil: perda de vidas
    humanas, comércio e indústria paralisados, pontes
    cortadas, casas e monumentos destruídos e
    saqueados. Depois da saída dos Franceses, eram
    os Ingleses que controlavam o exército, o comércio
    e o governo português. Além disto tudo, D. João e a
    Corte continuavam no Brasil, sem mostrar intenções
    de preocupação com o que se passava em Portugal.
    E em 1808 D. João, pressionado por burgueses
    brasileiros, abriu os portos brasileiros ao comércio
    estrangeiro, o que prejudicava muito os
    comerciantes portugueses. Todo este
    descontentamento levava muitos portugueses a
    desejar fazer uma revolução, de acordo com as
    Novas Ideias vindas de França.
 A primeira conspiração liberal para fazer regressar a
  Portugal a família real e acabar com o domínio inglês
  foi em 1817. Este movimento foi descoberto e o
  general Gomes Freire de Andrade, suspeito de ser o
  chefe, foi enforcado juntamente com outros
  conspiradores. O seu corpo foi queimado e deitado
  ao mar.
 Em 1818, um grupo de liberais, onde predominavam
  comerciantes, militares, proprietários e
  juízes, dirigidos por Manuel Fernandes
  Tomás, formou, no Porto, uma organização
  secreta, o Sinédrio, para preparar a revolução.
 A 24 de Agosto de 1820, militares do
  Porto, chefiados pelo general Sepúlveda, que
  também fazia parte do Sinédrio, revoltaram-se contra
  o regime absoluto e a situação do reino.
 A 1 de Outubro, os revolucionários do Porto uniram-
  se aos defensores das ideias liberais de Lisboa. A
  revolução espalhou-se, então, por todo o país. Os
  Ingleses foram afastados das suas funções políticas
  e militares e foi criado um governo provisório- a
  Junta Provisional do Governo do Reino- que incluía
  revolucionários de Lisboa e do Porto.

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1820 Revolução Liberal

  • 1. 1820 E O LIBERALISMO Trabalho realizado por: - Sofia M. - Joana P. - Da escola Michel Giacometti
  • 2.  Tudo começou quando, em 1789, uma revolução pôs fim á Monarquia absoluta em França. Os revolucionários, sendo estes na maior parte os burgueses e o povo, defendiam novas ideias, como a igualdade de todos perante a lei e a liberdade. Defendiam ainda a separação de poderes, que na Monarquia Absoluta estavam todos concentrados numa só pessoa, o rei.  Durante a revolução, foram mortos o rei Luís XVI, a sua mulher e muitos outros elementos do clero e da nobreza.
  • 3.  Após a vitória dos revolucionários franceses, os reis absolutos da Europa sentiram o seu poder ameaçado. Alguns deles uniram-se e declararam guerra a França. Foram derrotados, em grande parte, devido á ação do general Napoleão Bonaparte, comandante das tropas francesas.  Só Inglaterra continuou a resistir. Para a isolar e destruir o seu comércio, Napoleão ordenou que todos os países da Europa fechassem os seus portos aos navios ingleses. Esta medida, tomada em 1806, ficou conhecida por Bloqueio Continental.  Portugal recusou obedecer ás ordens de Napoleão, porque existia uma velha aliança entre o nosso país e a Inglaterra, mas também porque tinham relações comerciais.
  • 4. Já era tarde quando o príncipe D. João decidiu ordenar a saída dos navios ingleses dos portos portugueses. França e Espanha, sua aliada, já tinham decidido invadir Portugal. Quando os exércitos de Napoleão já entravam em Portugal, o príncipe regente partiu para o Brasil com a família real, para resguardar a independência! O governo do país ficou entregue a uma regência.
  • 5. Junot, comandante das tropas invasoras, instalou- se em Lisboa sem encontrar resistência. Tomou medidas que muito desagradaram os Portugueses. ● mandou substituir a bandeira nacional pela francesa, no castelo de S. Jorge. ● demitiu a “Regência” nomeada pelo príncipe regente D. João e começou a governar Portugal como terra conquistada.  Além disto, os soldados franceses, com os seus aliados espanhóis, cometiam roubos e violência por todo o país, provocando a revolta da população.
  • 6.  Portugal pediu auxílio aos Ingleses. As tropas inglesas, chefiadas pelo general Wellington, e reforçadas pelas portuguesas, derrotaram os Franceses nas batalhas de Roliça e de Vimeiro. Apesar de vencidos, os Franceses negociaram com os Ingleses a sua saída de Portugal- Convenção de Sintra- tendo levado com eles tudo o que tinham roubado.  Mesmo tendo sido derrotados, Napoleão não desistiu. Em 1809, os Franceses, comandados pelo general Soult, entraram em Portugal por Trás-os- Montes e conquistaram o Norte até ao rio Douro. Ocuparam a cidade do Porto durante algum tempo. A vitória pouco durou. Os soldados ingleses e portugueses, com o apoio dos populares, obrigaram os franceses a refugiar-se na Galiza (Espanha).
  • 7.  Em 1810, os Franceses, comandados pelo general Massena, invadiram de novo Portugal, agora pela Beira Alta. Apesar de derrotados no Bucaço, continuaram a marcha em direção a Lisboa. Foram detidos nas linhas defensivas de Torres Vedras, conjunto de fortificações que os Ingleses tinham feito construir, a norte de Lisboa.  Em 1811, os Franceses abandonaram definitivamente Portugal!!!
  • 8. As invasões tinham acabado, mas o país ficara numa situação muito difícil: perda de vidas humanas, comércio e indústria paralisados, pontes cortadas, casas e monumentos destruídos e saqueados. Depois da saída dos Franceses, eram os Ingleses que controlavam o exército, o comércio e o governo português. Além disto tudo, D. João e a Corte continuavam no Brasil, sem mostrar intenções de preocupação com o que se passava em Portugal. E em 1808 D. João, pressionado por burgueses brasileiros, abriu os portos brasileiros ao comércio estrangeiro, o que prejudicava muito os comerciantes portugueses. Todo este descontentamento levava muitos portugueses a desejar fazer uma revolução, de acordo com as Novas Ideias vindas de França.
  • 9.  A primeira conspiração liberal para fazer regressar a Portugal a família real e acabar com o domínio inglês foi em 1817. Este movimento foi descoberto e o general Gomes Freire de Andrade, suspeito de ser o chefe, foi enforcado juntamente com outros conspiradores. O seu corpo foi queimado e deitado ao mar.  Em 1818, um grupo de liberais, onde predominavam comerciantes, militares, proprietários e juízes, dirigidos por Manuel Fernandes Tomás, formou, no Porto, uma organização secreta, o Sinédrio, para preparar a revolução.
  • 10.  A 24 de Agosto de 1820, militares do Porto, chefiados pelo general Sepúlveda, que também fazia parte do Sinédrio, revoltaram-se contra o regime absoluto e a situação do reino.  A 1 de Outubro, os revolucionários do Porto uniram- se aos defensores das ideias liberais de Lisboa. A revolução espalhou-se, então, por todo o país. Os Ingleses foram afastados das suas funções políticas e militares e foi criado um governo provisório- a Junta Provisional do Governo do Reino- que incluía revolucionários de Lisboa e do Porto.