A revolução liberal de 1820 em Portugal ocorreu após anos de ocupação francesa e domínio inglês no país, deixando os portugueses insatisfeitos. Em agosto de 1820, militares do Porto, liderados pelo general Sepúlveda, se revoltaram contra o regime absoluto, desencadeando uma revolução que se espalhou pelo país e resultou na criação de um governo provisório que incluía revolucionários de Lisboa e do Porto.
2º ano capítulo 2 a era napoleonica e seus desdobramentos
1820 Revolução Liberal
1. 1820 E O LIBERALISMO
Trabalho realizado por:
- Sofia M.
- Joana P.
- Da escola Michel Giacometti
2. Tudo começou quando, em 1789, uma revolução
pôs fim á Monarquia absoluta em França. Os
revolucionários, sendo estes na maior parte os
burgueses e o povo, defendiam novas ideias, como
a igualdade de todos perante a lei e a liberdade.
Defendiam ainda a separação de poderes, que na
Monarquia Absoluta estavam todos concentrados
numa só pessoa, o rei.
Durante a revolução, foram mortos o rei Luís XVI, a
sua mulher e muitos outros elementos do clero e
da nobreza.
3. Após a vitória dos revolucionários franceses, os
reis absolutos da Europa sentiram o seu poder
ameaçado. Alguns deles uniram-se e declararam
guerra a França. Foram derrotados, em grande
parte, devido á ação do general Napoleão
Bonaparte, comandante das tropas francesas.
Só Inglaterra continuou a resistir. Para a isolar e
destruir o seu comércio, Napoleão ordenou que
todos os países da Europa fechassem os seus
portos aos navios ingleses. Esta medida, tomada
em 1806, ficou conhecida por Bloqueio
Continental.
Portugal recusou obedecer ás ordens de
Napoleão, porque existia uma velha aliança entre o
nosso país e a Inglaterra, mas também porque
tinham relações comerciais.
4. Já era tarde quando o príncipe D. João decidiu
ordenar a saída dos navios ingleses dos portos
portugueses. França e Espanha, sua aliada, já
tinham decidido invadir Portugal. Quando os
exércitos de Napoleão já entravam em Portugal, o
príncipe regente partiu para o Brasil com a família
real, para resguardar a independência! O governo
do país ficou entregue a uma regência.
5. Junot, comandante das tropas invasoras, instalou-
se em Lisboa sem encontrar resistência. Tomou
medidas que muito desagradaram os Portugueses.
● mandou substituir a bandeira nacional pela
francesa, no castelo de S. Jorge.
● demitiu a “Regência” nomeada pelo príncipe regente D.
João e começou a governar Portugal como terra
conquistada.
Além disto, os soldados franceses, com os seus
aliados espanhóis, cometiam roubos e violência por
todo o país, provocando a revolta da população.
6. Portugal pediu auxílio aos Ingleses. As tropas
inglesas, chefiadas pelo general Wellington, e
reforçadas pelas portuguesas, derrotaram os
Franceses nas batalhas de Roliça e de Vimeiro.
Apesar de vencidos, os Franceses negociaram
com os Ingleses a sua saída de Portugal-
Convenção de Sintra- tendo levado com eles tudo
o que tinham roubado.
Mesmo tendo sido derrotados, Napoleão não
desistiu. Em 1809, os Franceses, comandados pelo
general Soult, entraram em Portugal por Trás-os-
Montes e conquistaram o Norte até ao rio Douro.
Ocuparam a cidade do Porto durante algum tempo.
A vitória pouco durou. Os soldados ingleses e
portugueses, com o apoio dos
populares, obrigaram os franceses a refugiar-se na
Galiza (Espanha).
7. Em 1810, os Franceses, comandados pelo general
Massena, invadiram de novo Portugal, agora pela
Beira Alta. Apesar de derrotados no
Bucaço, continuaram a marcha em direção a Lisboa.
Foram detidos nas linhas defensivas de Torres
Vedras, conjunto de fortificações que os Ingleses
tinham feito construir, a norte de Lisboa.
Em 1811, os Franceses abandonaram
definitivamente Portugal!!!
8. As invasões tinham acabado, mas o país ficara
numa situação muito difícil: perda de vidas
humanas, comércio e indústria paralisados, pontes
cortadas, casas e monumentos destruídos e
saqueados. Depois da saída dos Franceses, eram
os Ingleses que controlavam o exército, o comércio
e o governo português. Além disto tudo, D. João e a
Corte continuavam no Brasil, sem mostrar intenções
de preocupação com o que se passava em Portugal.
E em 1808 D. João, pressionado por burgueses
brasileiros, abriu os portos brasileiros ao comércio
estrangeiro, o que prejudicava muito os
comerciantes portugueses. Todo este
descontentamento levava muitos portugueses a
desejar fazer uma revolução, de acordo com as
Novas Ideias vindas de França.
9. A primeira conspiração liberal para fazer regressar a
Portugal a família real e acabar com o domínio inglês
foi em 1817. Este movimento foi descoberto e o
general Gomes Freire de Andrade, suspeito de ser o
chefe, foi enforcado juntamente com outros
conspiradores. O seu corpo foi queimado e deitado
ao mar.
Em 1818, um grupo de liberais, onde predominavam
comerciantes, militares, proprietários e
juízes, dirigidos por Manuel Fernandes
Tomás, formou, no Porto, uma organização
secreta, o Sinédrio, para preparar a revolução.
10. A 24 de Agosto de 1820, militares do
Porto, chefiados pelo general Sepúlveda, que
também fazia parte do Sinédrio, revoltaram-se contra
o regime absoluto e a situação do reino.
A 1 de Outubro, os revolucionários do Porto uniram-
se aos defensores das ideias liberais de Lisboa. A
revolução espalhou-se, então, por todo o país. Os
Ingleses foram afastados das suas funções políticas
e militares e foi criado um governo provisório- a
Junta Provisional do Governo do Reino- que incluía
revolucionários de Lisboa e do Porto.