Como transformar a liderança em através de uma visão holística e se tornar um líder mais consciente de si e de seu papel. Entenda como temas como complexidade, pensamento sistêmico, consciência e visão de mundo se relacionam e influenciam a formação de um líder.
2. ESTE EBOOK É ADEQUADO
PARA MIM?
Um dos objetivos da UNUS MIND
é sensibilizar e ensinar líderes e
empreendedores a transformar
a gestão organizacional em um
promotor da evolução humana.
Produzimos artigos, ebooks,
posts e outros materiais para
auxiliar nessa jornada. Ao lado
você confere o grau de
conhecimento necessário para
um melhor aproveitamento
deste material.
NÍVEL BÁSICO:
Focados em abordagens mais superciais e com linguagem simples
para falar sobre conceitos importantes. Se este é seu primeiro
contato com os temas trabalhados, esse material é o ideal para
aprender algo novo sem a necessidade de nenhuma conhecimento
prévio.
NÍVEL INTERMEDIÁRIO:
Aqui estão condensadas disciplinas que aprofundam conceitos básicos.
Incluem a explicação sobre a utilização de técnicas especícas; Exigem
do leitor um conhecimento prévio sobre os temas tratados, pois, os
conceitos são abordados sem um suporte teórico introdutório.
NÍVEL AVANÇADO:
Voltado a quem já possui bom conhecimento sobre as disciplinas
utilizadas e possui experiência na pratica de suas ferramentas e
técnicas. Envolve estudos de caso e análises detalhadas de contextos
problema. Especíco para quem busca aprofundamento na área.
3. 01
INTRODUÇÃO
Por que precisamos de uma cultura regenerativa
02
Considerando aspectos da consciência humana
03
O poder moral da empatia
04
Abraçando a complexidade e a incerteza
05
Ondas de evolução
0607
A morte do ego
08
CONCLUSÃO
Os 4 passos básicos para a evolução
As soft skills
4. INTRODUÇÃO
Como qualquer outra, o sentido da palavra líder,
e as características atreladas ao seu exercício,
mudou ao longo da história.
Mesmo adaptando-se aos paradigmas vigentes
de cada tempo, a liderança sempre revelou uma
estreita associação com a habilidade de
coordenação e de orientação de um indivíduo
para com um determinado grupo.
Compreender o papel do líder e a abrangência
da inuência só é possível se também for em
conhecidos o contexto histórico, as
características psicológicas individuais, bem
como as de grupo e da sociedade.
Não sendo mais considerada uma habilidade
puramente inata, hoje se entende que a
liderança pode ser aprendida e desenvolvida por
aqueles que se proponham ao estudo de suas
competências e habilidades.
‘’O progresso é impossível sem mudança, e aqueles que não
conseguem mudar as suas mentes não conseguem mudar nada’’
Bernard Shaw
Um fator crítico para esse aprendizado é a
percepção de quais paradigmas regem a visão
de mundo dos que se propõem a sua prática.
Por não se tratatar de uma ciência exata,
mente aberta para novas ideias mostra-se de
grande valia na jornada de desenvolvimento
destas características.
Mas, quais são os conceitos que hoje, diante
de tantas e constantes mudanças, se fazem
necessários para que o papel de um líder seja
relevante e de impacto? Que paradigmas
precisam ser revistos para que esse conceito se
adapte as necessidades atuais de nossa
sociedade?
Estas são apenas algumas questões que se
mostram pertinentes para qualquer um em
qualquer campo e que serão respondidas ao
longo deste e-book.
5. 01
Porqueprecisamos
deumaculturaregenerativa
O conceito de regeneração implica ‘’dar nova
vida’’. É considerando esse sentido, e diante
dos problemas ambientais, econômicos e
sociais que estamos enfrentando hoje, que se
faz urgente e necessário repensar a forma de se
gerir organizações e de se exercer liderança.
Dar nova vida ao papel da liderança no entanto
só, e somente só, é possível através da
regeneração do próprio indivíduo que a pratica.
Portanto, repensar o papel de um líder só se
torna viável quando se critica a visão de mundo
do indivíduo que a exerce.
É preciso compreender que as ações humanas
são o reexo direto de sua forma de entender e
se relacionar com o mundo. Assim, para que
uma liderança seja regenerativa e provoque a
regeneração da gestão dentro de uma
organização é preciso que o líder realize uma
profunda revisão de seus paradigmas.
‘’Quando você reclama, você se torna vítima.
Deixe a situação, mude a situação ou aceite-a ’’
Eckhart Tolle
Somente o líder que se permite a autocrítica e a
reavaliação de seus valores pessoais mais
íntimos desenvolve as habilidades
regenerativas que despontam hoje como
extremamente relevantes para o desempenho
de uma gestão disruptiva.
Esse processo é visto como um processo
contínuo de aprendizagem, conhecido como
Long Life Learning, e que permite ao líder o
desenvolvimento da habilidade de revisão de
paradigmas de forma natural e orgânica.
Além de conhecimentos técnicos generalistas
que permitem uma visão macro das diversas
funções organizacionais, a liderança
regenerativa envolve conhecimentos de
disciplinas como complexidade, losoa,
história, sociologia e psicologia, formando um
grande conjunto de conhecimento que o
capacitam a uma liderança mais assertiva.
6. Cada vez mais, os recentes estudos da
psicologia e da neurobiologia revolucionam
nosso entendimento sobre esse conceito ainda
tão complexo, mas central a evolução humana.
A consciência é o que permite ao ser humano
vivenciar, experimentar e compreender aspectos
de seu mundo, como permite o sentimento e a
percepção do que é moralmente certo ou
errado. Então, o mérito maior da questão não
está no conceito em si, mas em como se dá sua
aplicação prática para a liderança.
Quanto mais o líder é sensível aos valores e
limitações de seus paradigmas mais consciente
do momento presente e mais assertiva é sua
construção da realidade. Consequentemente,
todo planejamento estratégico e toda política,
todo aspecto comportamental e cultural, todo
senso moral quanto a coletividade e a
individualidade é consequência direta de seu
‘’O inimigo mais poderozo que você pode enconrtrar
será sempre você mesmo’’
Frederich Nietzsche
estágio de consciência. Estágio esse que possui
o poder de fomentar ou limitar a evolução da
organização como um todo.
Um líder consciente é hábil em perceber que
parâmetros precisam ser revisados, quais
devem ser descartados e sensível a novos que
devem ser adotados, modicando a estratégia
de forma mais natural e menos danosa para
toda a empresa, permitindo uma maior
agilidade e uma tomada de decisões mais
assertiva.
É válido frisar que não é possível determinar
como estratégia ter uma gestão “mais
consciente”. Essa sensibilidade é reexo do
paradigma pessoal do líder, não um método em
si. Contudo, qualquer líder que busque
conhecer mais do que signica estar consciente
automaticamente modica e transforma sua
forma de gestão.
02
Considerandoaspectos
daconsciênciahumana
7. De acordo com os estudos de Wilber, Graves,
Aurobindo, Piaget e outros autores, nossa
consciência não evolui de forma linear. O
processo de evolução na verdade se assemelha
a ondas, numa espécie de espiral.
Esse entendimento revela a existência de
diversos estágios de consciência, que podem
ser divididos em grandes blocos, cujas
características ajudam a entender os
paradigmas que cultivamos em nossa jornada.
Outro ponto interessante é a revelação de que
esse processo não é excludente. Isso signica
que ao migrar de um estágio para o outro não
abandonamos na totalidade as características
do estágio anterior. Ainda, porém em menor
grau, apresentaremos comportamentos de
estágios anteriores. Compreender essa premissa
é fundamental para o exercício da liderança e
para a gestão organizacional regenerativa.
‘’Eu não quero que o mal desejado a mim volte para ninguém. Eu quero que o bem chegue
até aquela pessoa. Que ela desperte e não queira mais o mal de ninguém’’
Monja Coen
Cada estágio na verdade é o resultado de todos
os estágios anteriores. Quanto mais evoluído,
mais inclusivo e mais sensível quanto ao
processo evolutivo em si. Não se trata de ser
‘’superior’’, mas de estar mais sábio e desperto
quanto as próprias limitações e qualidades.
O líder ciente desse processo torna-se
automaticamente ciente dos estágios evolutivos
das pessoas com as quais se relaciona. Com
isso, percebe que habilidades apresentam
necessidade de desenvolvimento e quais devam
ser potencializadas. Em adição, não se torna
refém de situações de forma fácil, nem reage
sem ponderação.
O processo de decisão e de entendimento de
cenários, a resolução de problemas e de
conitos, a gestão de tempo, a empatia nas
relações se tornam muito mais assertivas e
centradas.
03
Ondasde
evolução
8. Há quatro momentos básicos para a evolução
da consciência – primeiro, dominamos as
características gerais de um determinado
estágio; segundo, ocorre uma desconexão com
o estágio atual que deixa de nos representar;
terceiro, há o insight que nos permite
reconhecer e aceitar que versões de mundo
diferentes da nossa podem ser válidas; e por
último ocorre a abertura, que possibilita e
permite a absorção de novos conhecimentos.
Um líder regenerativo, ao ser capaz de
compreender as características dos estágios
evolutivos e do necessário para a evolução,
torna-se capaz de lidar mais facilmente com
qualquer contexto complexo, pois os
compreende não pela ótica no medo, além de
não reagir de forma a se proteger, mas, assume
um papel proativo com muito mais segurança e
ciente de sua responsabilidade enquanto líder.
‘’Toda caminhada começa com um simples passo’’
Ditado budista
Essa percepção passa a inuenciar a forma pelo
qual lida com o contraditório e o capacita no
exercício da empatia e da humildade, uma vez
que se torna mais consciente das variáveis que
o cerca e de seu não controle sobre todas elas.
A constante autocrítica quanto a sua forma de
construir a realidade permite que haja uma
abertura maior para ideias inovadoras, pois,
reconhece no diferente uma oportunidade de
aprendizagem, não um ataque.
Isso o faz sempre buscar conhecimentos além
de suas habilidades usuais, o que permite uma
expansão de visão e possibilita insights
criativos com muito mais frequênca.
Ciente de suas próprias limitações, cerca-se de
talentos sem medo de perder sua posição, pois
sabe que seu papel é o de exemplo para o
despertar as habilidades de quem o cerca.
04
Os4passosbásicos
paraaevolução
9. A liderança de base regenerativa se expande e
evolui do interno para o externo.
No início de sua jornada o foco é o pessoal,
todas as suas ações são voltadas para dentro e
no desenvolvimento de suas habilidades.
Somente quando o aspecto pessoal está
maduro, o líder consegue romper a barreira do
ego que o faz olhar somente para si, e passa a
considerar o grupo, incluindo as pessoas com
as quais se relaciona e agindo de forma
empática e inclusiva. Num terceiro momento
ocorre a consideração ampla que inclui outros
grupos para além do seu. O líder nesse estágio
passa a considerar em suas ações o que seja
melhor para o mundo.
Esse sentido é uma expansão que parte do ego,
mas no nal, resulta em sua ‘’morte’’,
caracterizando uma visão integral ampla e
incrivelmente rica da realidade.
05
Amorte
doego ‘’Enquanto imperar a losoa de que há uma raça inferior e outra superior
o mundo estará permanentemente em guerra’’
Haile Selassie
EGO
GRUPO
MUNDO
SENTIDO DE
EVOLUÇÃO
10. Um código moral pode ser denido como um
sistema de padrões éticos pelos quais uma
dada sociedade controla o comportamento de
seus membros. É produto do ambiente,
resultado de uma mistura de pressões políticas,
psicológicas e econômicas, que em desarmonia,
causa desvio no desenvolvimento social e leva
a uma mentalidade aquisitiva, que justica a
agressão, a conquista, e recompensa indivíduos
por agir dessa forma. O resultado é a
desigualdade, fazendo pender a balança aos
extremos do excesso ou moderação, e
distorcendo a distribuição de renda no trabalho.
Vários estudos ao longo dos anos indicam que
são as percepções pessoais as mais importantes
para induzir a cooperação, pois, existem mesmo
na ausência de restrições externas. É nossa
régua pessoal a maior e mais pesada regra, que
nos indica o correto e limita as ações.
“Quando nosso coração está repleto de empatia, um forte desejo
de eliminar o sofrimento alheio surge dentro de nós”
Matthew Quiick
Adam Smith em seu livro “A Riqueza das
Nações”, e o posterior cunhado termo homo
economicus, fez surgir a errônea ideia de que o
homem somente age em prol de seus próprios
interesses, de forma egoísta e vil. Essa visão
limitada com que foi tratada, ignora os
princípios do próprio autor, que em obra
anterior, denominada “Teoria dos Sentimentos
Morais”, demonstra que o comportamento
consciente e empático é o que determina
naturalmente nossas relações sociais.
Portanto, ao invés de elaborar regulamentos
controladores sob o pressuposto de que todos
não possuem ética, o líder regenerativo
entende ser mais produtivo reconhecer que
existem restrições morais pessoais e encontra
maneiras pelas quais elas devem ser utilizadas
ou fortalecidas para desenvolver as relações de
grupo e evoluir as práticas da gestão.
06
Opodermoral
daempatia
11. Na medida em que uma postura de liderança
passa a ser exigida, o espaço para o domínio
em uma única habilidade e a especialização em
uma tarefa vão se perdendo. As demandas e os
problemas surgem em diversas frentes e
exigem múltiplas habilidades.
É nesse momento em que a capacidade de lidar
com a complexidade se faz mais presente.
O estudo da complexidade possibilita a
liderança agir com muito mais segurança,
justamente por ser um conceito voltado ao
entendimento da subjetividade e da incerteza.
Mesmo parecendo contraditório, é possível se
tornar muito mais ecaz com a complexidade.
Isso porque o líder se obriga a parar e observar
antes de decidir; a ponderar antes de agir; a
relacionar antes de focar; e a antecipar ao invés
de instintivamente reagir.
‘’A única coisa que podemos ter certeza,
é a incerteza’
Zygmunt Bauman
Enquanto na lógica de análise usual o líder tem
um papel de manipulador que o põe fora do
contexto, o pensamento complexo o submerge
no problema e o torna ao mesmo tempo
inuenciador e inuenciado.
Há um certo medo inicial inerente ao exercício
da complexidade, mas sua prática torna o líder
muito mais consciente de seu papel, muito mais
crítico e desperto do quanto e do como seu
conhecimento e visão de mundo faz parte do
problema.
O resultado do estudo sobre a complexidade
quando associado ao processo evolutivo
possibilita o exercício do sensemaking (dar
sentido aos fenômenos organizacionais), o que
implica na construção de uma estratégia
robusta e na resolução ecaz de conitos na
organização como um todo.
07
Abraçandoacomplexidade
eaincerteza
12. As soft skills são justamente as competências
e habilidades opostas ao conhecimento
técnico.
Considerando que na jornada evolutiva de um
prossional é muito difícil que o início ocorra
por algum cargo de liderança, posto que sua
prática exige experiência e demanda tempo
para ser dominada, as soft skills são
habilidades demandadas em um líder.
As disciplinas aqui tratadas (consciência,
empatia e complexidade) mostram-se não
apenas mais algumas importantes soft skills,
mas possuem a capacidade de promover uma
profunda regeneração do papel exercido pelo
líder dentro da organização.
Porém, é importante salientar que desenvolver
essas habilidades deve ser não uma estratégia
em si, mas a consequência da regeneração
pessoal paradigmática do líder.
‘’Aquilo que eu escuto, eu esqueço. Aquilo que eu vejo, eu lembro.
Aquilo que eu faço, eu aprendo’
Confúcio
- Comunicação: A habilidade de dialogar com
colegas para evitar conitos, resolver
divergências e eliminar ruídos;
- Flexibilidade e resiliência: Capacidade de se
adaptar e continuar ativo diante das mudanças
de cenários;
- Trabalho em equipe: Habilidade de cooperar
em grupos de pessoas diversas, dando a sua
contribuição individual para o coletivo;
- Criatividade: Capacidade de inovação, de
pensar fora do status quo e de apresentar
soluções diferentes para problemas antigos;
- Proatividade: Capacidade de arregaçar as
mangas, avaliar cenários e encontrar
caminhos;
- Atitude positiva: Manter-se motivado e com
otimismo, com foco nas possibilidades reais e
mais nos acertos do que nos erros.
08
Assoft
skills
PRINCIPAISSOFTSKILLS
13. CONCLUSÃO
Tornar-se um líder regenerativo não é uma
estratégia em si. Não se constitui tal
competência através de um método pré-
formatado e nem pode ser replicado no volume.
A capacidade de ser uma veículo regenerativo
depende, exclusivamente, da mudança de
postura pessoal, fruto de uma profunda revisão
de valores paradigmáticos pessoais, que se
reetirão, por consequência, na visão de mundo
e nas ações quando exercido o papel de líder.
Porém, mesmo que essa jornada seja pessoal,
única e particular a cada indivíduo, as
disciplinas e os conhecimentos de suporte
seguem uma linha geral que vão muito além de
aspectos puramente técnicos.
Essa nova visão sobre o conceito de liderança é
apenas um aspecto das organizações
regenerativas.
‘’A vida é um eco. Se você não gosta do que está recebendo.
Observe o que está emitindo’
Buda
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14. O nome UNUS MIND trás na essência dois radicais que traduzem nossa
mensagem. A palavra UNUS vêm do latim e representa o conceito de “unidade”,
enquanto a palavra MIND é o radical anglo saxão para “mente”. Com essa junção
reforçamos a ideia de que somos uma única mente, uma coletividade guiada por
valores que remetem a conexão, respeito e empatia.
Nosso foco é ensinar como um entendimento holístico inuencia na resolução de
problemas e melhoria de processos organizacionais, capacita empreendedores e
líderes na prática de uma gestão que promove, acima de tudo, o
desenvolvimento humano.
Através de jogos voltados para organizações e líderes que desejem implementar
uma cultura baseada no amor, contribuímos para a melhoria de situações
complexas ao investir nossa energia na evolução da consciência humana.
Fazemos do bem comum nossa proposta de valor, com o intuito de causar a
disruptiva e necessária quebra de paradigma rumo à construção de organizações
+Assertivas e +Conscientes.
Somos movidos pelo amor.
E acreditamos que somente através dele podemos desenvolver organizações e
lideranças mais responsivas e conscientes.