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Descolonização da Ásia e África
ÍNDICE
1. Breve histórico.
2. Descolonização da Ásia: Índia, Indonésia e Indochina.
Descolonização da África: Argélia, Egito, África
Portuguesa, África Britânica, África Belga e África do
Sul.
3. Sugestão de atividade.
1. Breve histórico
A descolonização da Ásia e África está diretamente ligada ao forte
sentimento nacionalista surgido no início do século XX, que se tornou
mais forte ao fim da Segunda Guerra Mundial, e seus reflexos. Somando-
se a isso, o enfraquecimento das principais potências europeias que
colonizaram esses dois continentes. O mapa abaixo representa a divisão
desses continentes no pós-guerra.
Imagem:
Colonização
em
1945
/
Autor
desconhecido
/
disponibilizado
por
Hamodi1234
/
Creative
Commons
Attribution-
Share
Alike
3.0
Unported.
Reino Unido
Domínios Britânicos
França
Portugal
Espanha
Bélgica
Estados Unidos
Holanda
Somado aos reflexos do Pós-guerra, temos inserida a Guerra Fria
entre os Estados Unidos (EUA) capitalistas e a União Soviética (URSS)
socialista, os quais viam no surgimento de novas nações a
possibilidade do aumento de suas áreas de influência. No mapa
abaixo se observam as áreas em azul claro, os países alinhados dos
EUA, e em vermelho, os aliados da URSS.
Imagem: Mapa do mundo em 1980, durante as últimas fases da Guerra Fria / Chabacano baseado em Sancebau / GNU
Free Documentation License.
2. Descolonização da Ásia:
Índia
O processo de independência da
Índia teve seu início na década
de 1920, através do Partido do
Congresso, sob a liderança
de Mahatma Gandhi e
Jawarhalal Nerhu.
Gandhi com Nehru em 1929, no
período em que este assumiu a
presidência do congresso.
Imagem:
Gandhi
com
Nehru
em
1929
/
Autor
Desconhecido
/
Public
Domain.
A campanha de Gandhi foi caracterizada pela desobediência civil,
não violência e resistência passiva. Um exemplo disso foi a
marcha do sal, em que ele e seus seguidores foram presos por
protestar contra a proibição de fabricação do sal pelos indianos.
Imagem: Gandhi durante a Marcha do Sal, março 1930 / Yann / Public Domain.
Em 1947, os ingleses reconheceram a independência da
Índia. Em face das rivalidades religiosas, o território foi
dividido: a maioria hinduísta, governada por Nerhu,
formou a União Indiana; a parte islâmica, governada por
Ali Junnah, formou o Paquistão. Em 1971, o Paquistão
Oriental proclamou sua independência do Paquistão
Ocidental, originando a República de Bangladesh.
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Descolonização da Ásia e da África
Indonésia
No século XVII, a Indonésia e suas principais ilhas, Java e
Sumatra, passaram a fazer parte do domínio colonial dos
Países Baixos (Holanda), mas os japoneses, com sua política
imperialista posta em prática no início do século XX, acabaram
ocupando a região e prometeram autonomia para o país,
promessa não cumprida.
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Descolonização da Ásia e da África
Em 1945, com a derrota do Japão na 2º Guerra Mundial, foi
declarada a independência da República Indonésia, mas a
Holanda não a reconheceu e iniciou-se um período de lutas
entre o exército holandês e os guerrilheiros nacionalistas.
Apenas em 1949, depois da medição da ONU e dos Estados
Unidos - que estavam interessados em estabelecer sua
influência na região -, a Holanda reconheceu a independência
da Indonésia.
Bandeira hasteada logo após a declaração independência
Imagem:
Bandeira
da
Indonésia
levantada
17
de
agosto
de
1945
/
Frans
Mendur
/
Public
Domain.
Indochina
As regiões do Vietnã (representado no mapa na cor salmão), Laos (verde) e Camboja (amarelo)
faziam parte da antiga Indonésia. A região do Camboja, em 1863, tornou-se protetorado
francês. Em 1940, o Japão dominou toda a Indochina. Em 1941, como resistência à ocupação
japonesa, formou-se um movimento nacionalista, assim como no Vietnã, onde se formou um
movimento nacionalista para lutar contra os invasores denominados Vietminh (Liga
Revolucionária para a independência do Vietnã), liderados por Ho Chimin, que, em 1931,
fundou o partido comunista indochinês.
Imagem:
SEE-PE.
Com a derrota do Japão na Guerra, Ho Chi Minh proclamou a independência da
República Democrática do Vietnã, embora a França não a tenha reconhecido,
partindo para tentar reconquistar o território perdido em 1946, dando início à
chamada Guerra da Indochina. Em 1954, foi convocada a conferência de
Genebra para restabelecimento da paz, que serviu também para dividir o
Vietnã em dois estados: Vietnã do sul, com capital Saigon, e o Vietnã do Norte,
com capital em Hanói, além de reconhecer a independência de Laos, do
Camboja e do Vietnã.
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Descolonização da Ásia e da África
A Frente de Libertação
Nacional formada em 1956,
apoiada pelos Vietcong, fazia
oposição ao governo do
Vietnã do Sul, que tinha o
apoio dos Estados Unidos. O
cancelamento das eleições
de 1960 deu início à Guerra
do Vietnã, que se estendeu
até 1975, com a retirada dos
Estados Unidos da Região.
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Descolonização da Ásia e da África
Imagem: Montagem feita por MachoCarioca / Public Domain / Utilizando as
seguintes imagens: (a) Batalha da Vila Hamo Durante a ofensiva do Tet /
Department of Defense. Department of the Navy. U.S. Marine Corps / Public
Domain. (b) helicópteros no Vietnã 1966 / James K. F. Dung, SFC, Photographer /
Public Domain.(c) Mortos do massacre de My Lai na estrada / Ronald L. Haeberle /
Public Domain.(d) Acampamento viatinamita sendo queimado / Army Specialist
Fourth Class Dennis Kurpius / Public Domain.
Argélia
A França, na primeira década do século XIX, dominou a Argélia interessada
na exploração econômica. O movimento nacionalista argelino começou em
1945, liderado por muçulmanos, e inicialmente foi reprimido, o que elevou
o nível de tensão com o aumento das manifestações ocorridas no país. Em
1954, forma-se a Frente de Libertação Nacional, influenciada pelo
fundamentalismo islâmico; no mesmo ano tem início a guerra pela
independência. Em 1958, começam as negociações para independência e,
no ano de 1962, ocorre a assinatura do acordo de Evian, reconhecendo a
Argélia como país independente.
3. Descolonização da África:
Congo
De colonização belga, ocorrida no início do
século XX, o Congo sofreu com uma série de
conflitos até a proclamação de sua
independência. O líder nacionalista Patrice
Lumumba passa a lutar pela descolonização
do Congo, o que levou a agressivas
manifestações por parte da população. A
Bélgica se viu pressionada a conceder a
independência do Congo em 28 de junho de
1960.
Imagem:
Patrice
Lumumba
,
1980
/
Autor
Desconhecido
/
Public
Domain.
Após o processo de independência, o
país mergulha numa guerra civil que
leva a ONU a uma intervenção que não
teria muita eficácia, sendo levada a se
retirar em 1964. O Congo continuou
mergulhado em um sangrento conflito
armado, com muitos mortos e pessoas
multiladas, como mostra a imagem ao
lado.
Imagem:
Crianças
mutiladas
do
congo
/
Autor
Desconhecido/
United
States
Public
Domain.
Egito
Com o término da Segunda Guerra Mundial, o sentimento
anticolonialista estava no seu auge e, no ano de 1948, quando
da criação do Estado de Israel, ocorreram grandes
manifestações contra o novo estado, o que posteriormente se
transformou em conflito. Países árabes liderados pelo Egito
atacaram o recém-criado estado israelense, esse conflito ficou
conhecido como a Primeira Guerra Árabe-Israelense. Outros
quatro conflitos, posteriores a esse, foram vencidos por Israel,
que aumentou o seu território e elevou o nível de tensão na
região.
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Descolonização da Ásia e da África
Mas foi depois da Primeira Guerra
Árabe-Israelense que ocorreram
grandes manifesta-ções populares
contra a Monarquia. Em contexto
de insatisfação pela corrupção
nos meios governamentais, foi
criado, dentro do exército egípcio,
um grupo nacionalista chamado
Movimento dos Oficiais Livres -
comandado por Gamal Abdel
Nasser e Muhammad Naguib - e
que, através de um golpe de
estado, fundaram a República do
Egito em 1952.
Gamal Abdel Nasser e o líder soviético Nikita Krushchov
celebrando a aproximação do Egito com a então União
Soviética para obtenção de novas tecnologias para o
represamento de rios.
Imagem:
Nikita
Khrushchev
com
Nasser
/
Autor
Desconhecido
/
Disponibilizado
por
Makthorpe
/
Public
Domain.
África Portuguesa
A partir da década de 1950, os países africanos sob o
domínio português começaram a se organizar em
movimentos separatistas. Angola, Moçambique, Guiné-
Bissau e os arquipélagos de Cabo Verde, São Tomé e
Príncipe foram os que mais tardiamente conseguiram
sua libertação.
Observe as regiões sob colonização
portuguesa no mapa ao lado (destacadas em
roxo), como já foi visto. Perceba que, no início
do século XX, a África encontrava-se toda
partilhada pelas grandes potências.
Imagem:
Mapa
da
África
colonial
como
em
1913,
com
fronteiras
modernas
/
Eric
Gaba
/
GNU
Free
Documentation
License.
Mapa da África Colonial em 1913.
Bélgica
França
Alemanha
Grã-Bretanha
Itália
Portugal
Espanha
Estados independentes (Libéria e
Etiópia)
Em Angola, vários movimentos surgiram
como o de 1956, Movimento Popular pela
Libertação de Angola, liderado por
Agostinho Neto. Posteriormente, surgiram
a Frente Nacional de Libertação de Angola
(FNLA), que criou, conforme imagem ao
lado, um jornal como meio de divulgar
suas ideias, e a União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA),
criada por Jonas Savimbi em 1966. Esses
movimentos abriram novas frentes na luta
pela independência, que só seria
alcançada após a Revolução dos Cravos
(queda do Salazarianismo) em Portugal,
em 1974, e com a assinatura do acordo de
Alvor, que estabeleceu a independência da
Angola para o ano seguinte.
http://tomar-santarem.olx.pt
/angola-jornal-liberdade-e-
terra-orgao-da-fnla-1975-muito-
raro-iid-61135350
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Descolonização da Ásia e da África
Veja a imagem no link abaixo:
Em 1961, começa a rebelião na Guiné-Bissau sob o comando de
Amílcar Cabral, pertencente ao Partido Africano de
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). À revelia de
Portugal, o PAIGC anuncia a independência da Guiné-Bissau em
1973, com o governo de Luís Cabral sendo reconhecido pela
ONU.
A imagem ao lado ilustra
o posto de controle
montado pelo PAIGC logo
após a declaração de
independência.
Imagem: Posto de controle montado pelo PAIGC na Guiné-Bissau em 1974, depois da
declaração de independência / João Carvalho / Public Domain.
Em setembro de 1964, é criada a Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO), que se revolta após o assassinato de seu líder Eduardo Mondlane
em 1969, retardando o seu processo de independência. Surgiu então a figura
de Samora Machel, que reivindicou a independência do país e, assim com
aconteceu com Angola, o governo português, após a queda do regime
fascista, assinou acordos para o aceleramento da descolonização em Argel
(1974), com FRELIMO, sendo a
independência definitiva da Guiné-Bissau
conseguida em 10 de setembro de 1974 e a
de Moçambique em 24 de junho de 1975.
A imagem ao lado ilustra a propaganda
usada pelo governo português contra a
Frente de libertação.
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Descolonização da Ásia e da África
Imagem:
Imagem
da
Guerra
Colonial
Portuguesa
/
Joaquim
Coelho
/
The
use
of
this
image
is
free
for
any
purpose.
Diferente do que ocorreu com as áreas dominadas por outras
potências, a descolonização da África, sob influência britânica, deu-se
de forma pacífica. Gana (antiga Costa do Ouro) é a primeira das
colônias britânicas a declarar sua independência já em 1957. Até
1968, todas as colônias e protetorados de influência inglesa tornaram-
se independentes, a Nigéria em 1960, Serra Leoa e Tanganica em
1961, Uganda em 1962, Quênia em 1963, Zâmbia, Malavi e Zanzibar
em 1964, Gâmbia em 1965, Botsuana e Lesoto em 1966, Suazilândia e
Maurício em 1968. Entretanto, em 1964, Tanganica e Zanzibar
unificam-se formando a Tanzânia. A Rodésia tem sua independência
declarada por uma minoria branca, em 1965, mas só ganha o
reconhecimento internacional em 1980, quando a maioria negra
assume o governo e o país passa a se chamar Zimbábue.
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Descolonização da Ásia e da África
África do Sul
A África do Sul foi um país de colonização sobretudo de ingleses, alemães e holandeses de
forma mais intensa entre os séculos XVII e XVIII. A forma de dominação estabelecida gerou
uma série de conflitos entre os colonos, em sua grande maioria de origem holandesa e
inglesa, que ficaram conhecidos como a Primeira e a Segunda Guerra dos Boêres. Depois
desses conflitos, a Inglaterra aumentou seu domínio na região. No início do século XX foi
criada a União Sul-Africana, que incluía diversas colônias como as Colônias do Cabo, de Natal
e Rio Orange.
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Descolonização da Ásia e da África
O regime colonial estabelecido era essencialmente racista, em que uma
minoria branca suprimia violentamente a maioria negra, sendo, a partir dessa
época, a consolidação do modelo do APARTHEID, que só chegou ao fim nos
anos 90 com a chagada de Nelson Mandela à Presidência da República.
A imagem ao lado
ilustra a placa do
período do Regime de
Apartheid sugerindo
para “o uso de
pessoas brancas”.
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
Descolonização da Ásia e da África
Imagem: “Para uso de pessoas brancas "- placa do tempo do apartheid / El C / Public Domain.
Questionário
1 . Em qual contexto histórico se deu a descolonização da Ásia e África?
2. O que levou os povos dos continentes asiático e africano a
reivindicarem sua independência?
3.Quais as principais potências que ocuparam os continentes asiático e
africano?
4.Qual a principal característica ocorrida no processo de descolonização da
Índia e seu principal idealizador?
5.Qual a relação entre o processo de descolonização dos continentes asiático
e africano e sua situação atual?

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Descolonização da Ásia e África: Processos de Independência

  • 2. ÍNDICE 1. Breve histórico. 2. Descolonização da Ásia: Índia, Indonésia e Indochina. Descolonização da África: Argélia, Egito, África Portuguesa, África Britânica, África Belga e África do Sul. 3. Sugestão de atividade.
  • 3. 1. Breve histórico A descolonização da Ásia e África está diretamente ligada ao forte sentimento nacionalista surgido no início do século XX, que se tornou mais forte ao fim da Segunda Guerra Mundial, e seus reflexos. Somando- se a isso, o enfraquecimento das principais potências europeias que colonizaram esses dois continentes. O mapa abaixo representa a divisão desses continentes no pós-guerra. Imagem: Colonização em 1945 / Autor desconhecido / disponibilizado por Hamodi1234 / Creative Commons Attribution- Share Alike 3.0 Unported. Reino Unido Domínios Britânicos França Portugal Espanha Bélgica Estados Unidos Holanda
  • 4. Somado aos reflexos do Pós-guerra, temos inserida a Guerra Fria entre os Estados Unidos (EUA) capitalistas e a União Soviética (URSS) socialista, os quais viam no surgimento de novas nações a possibilidade do aumento de suas áreas de influência. No mapa abaixo se observam as áreas em azul claro, os países alinhados dos EUA, e em vermelho, os aliados da URSS. Imagem: Mapa do mundo em 1980, durante as últimas fases da Guerra Fria / Chabacano baseado em Sancebau / GNU Free Documentation License.
  • 5. 2. Descolonização da Ásia: Índia O processo de independência da Índia teve seu início na década de 1920, através do Partido do Congresso, sob a liderança de Mahatma Gandhi e Jawarhalal Nerhu. Gandhi com Nehru em 1929, no período em que este assumiu a presidência do congresso. Imagem: Gandhi com Nehru em 1929 / Autor Desconhecido / Public Domain.
  • 6. A campanha de Gandhi foi caracterizada pela desobediência civil, não violência e resistência passiva. Um exemplo disso foi a marcha do sal, em que ele e seus seguidores foram presos por protestar contra a proibição de fabricação do sal pelos indianos. Imagem: Gandhi durante a Marcha do Sal, março 1930 / Yann / Public Domain.
  • 7. Em 1947, os ingleses reconheceram a independência da Índia. Em face das rivalidades religiosas, o território foi dividido: a maioria hinduísta, governada por Nerhu, formou a União Indiana; a parte islâmica, governada por Ali Junnah, formou o Paquistão. Em 1971, o Paquistão Oriental proclamou sua independência do Paquistão Ocidental, originando a República de Bangladesh. HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental Descolonização da Ásia e da África
  • 8. Indonésia No século XVII, a Indonésia e suas principais ilhas, Java e Sumatra, passaram a fazer parte do domínio colonial dos Países Baixos (Holanda), mas os japoneses, com sua política imperialista posta em prática no início do século XX, acabaram ocupando a região e prometeram autonomia para o país, promessa não cumprida. HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental Descolonização da Ásia e da África
  • 9. Em 1945, com a derrota do Japão na 2º Guerra Mundial, foi declarada a independência da República Indonésia, mas a Holanda não a reconheceu e iniciou-se um período de lutas entre o exército holandês e os guerrilheiros nacionalistas. Apenas em 1949, depois da medição da ONU e dos Estados Unidos - que estavam interessados em estabelecer sua influência na região -, a Holanda reconheceu a independência da Indonésia. Bandeira hasteada logo após a declaração independência Imagem: Bandeira da Indonésia levantada 17 de agosto de 1945 / Frans Mendur / Public Domain.
  • 10. Indochina As regiões do Vietnã (representado no mapa na cor salmão), Laos (verde) e Camboja (amarelo) faziam parte da antiga Indonésia. A região do Camboja, em 1863, tornou-se protetorado francês. Em 1940, o Japão dominou toda a Indochina. Em 1941, como resistência à ocupação japonesa, formou-se um movimento nacionalista, assim como no Vietnã, onde se formou um movimento nacionalista para lutar contra os invasores denominados Vietminh (Liga Revolucionária para a independência do Vietnã), liderados por Ho Chimin, que, em 1931, fundou o partido comunista indochinês. Imagem: SEE-PE.
  • 11. Com a derrota do Japão na Guerra, Ho Chi Minh proclamou a independência da República Democrática do Vietnã, embora a França não a tenha reconhecido, partindo para tentar reconquistar o território perdido em 1946, dando início à chamada Guerra da Indochina. Em 1954, foi convocada a conferência de Genebra para restabelecimento da paz, que serviu também para dividir o Vietnã em dois estados: Vietnã do sul, com capital Saigon, e o Vietnã do Norte, com capital em Hanói, além de reconhecer a independência de Laos, do Camboja e do Vietnã. HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental Descolonização da Ásia e da África
  • 12. A Frente de Libertação Nacional formada em 1956, apoiada pelos Vietcong, fazia oposição ao governo do Vietnã do Sul, que tinha o apoio dos Estados Unidos. O cancelamento das eleições de 1960 deu início à Guerra do Vietnã, que se estendeu até 1975, com a retirada dos Estados Unidos da Região. HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental Descolonização da Ásia e da África Imagem: Montagem feita por MachoCarioca / Public Domain / Utilizando as seguintes imagens: (a) Batalha da Vila Hamo Durante a ofensiva do Tet / Department of Defense. Department of the Navy. U.S. Marine Corps / Public Domain. (b) helicópteros no Vietnã 1966 / James K. F. Dung, SFC, Photographer / Public Domain.(c) Mortos do massacre de My Lai na estrada / Ronald L. Haeberle / Public Domain.(d) Acampamento viatinamita sendo queimado / Army Specialist Fourth Class Dennis Kurpius / Public Domain.
  • 13. Argélia A França, na primeira década do século XIX, dominou a Argélia interessada na exploração econômica. O movimento nacionalista argelino começou em 1945, liderado por muçulmanos, e inicialmente foi reprimido, o que elevou o nível de tensão com o aumento das manifestações ocorridas no país. Em 1954, forma-se a Frente de Libertação Nacional, influenciada pelo fundamentalismo islâmico; no mesmo ano tem início a guerra pela independência. Em 1958, começam as negociações para independência e, no ano de 1962, ocorre a assinatura do acordo de Evian, reconhecendo a Argélia como país independente. 3. Descolonização da África:
  • 14. Congo De colonização belga, ocorrida no início do século XX, o Congo sofreu com uma série de conflitos até a proclamação de sua independência. O líder nacionalista Patrice Lumumba passa a lutar pela descolonização do Congo, o que levou a agressivas manifestações por parte da população. A Bélgica se viu pressionada a conceder a independência do Congo em 28 de junho de 1960. Imagem: Patrice Lumumba , 1980 / Autor Desconhecido / Public Domain.
  • 15. Após o processo de independência, o país mergulha numa guerra civil que leva a ONU a uma intervenção que não teria muita eficácia, sendo levada a se retirar em 1964. O Congo continuou mergulhado em um sangrento conflito armado, com muitos mortos e pessoas multiladas, como mostra a imagem ao lado. Imagem: Crianças mutiladas do congo / Autor Desconhecido/ United States Public Domain.
  • 16. Egito Com o término da Segunda Guerra Mundial, o sentimento anticolonialista estava no seu auge e, no ano de 1948, quando da criação do Estado de Israel, ocorreram grandes manifestações contra o novo estado, o que posteriormente se transformou em conflito. Países árabes liderados pelo Egito atacaram o recém-criado estado israelense, esse conflito ficou conhecido como a Primeira Guerra Árabe-Israelense. Outros quatro conflitos, posteriores a esse, foram vencidos por Israel, que aumentou o seu território e elevou o nível de tensão na região. HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental Descolonização da Ásia e da África
  • 17. Mas foi depois da Primeira Guerra Árabe-Israelense que ocorreram grandes manifesta-ções populares contra a Monarquia. Em contexto de insatisfação pela corrupção nos meios governamentais, foi criado, dentro do exército egípcio, um grupo nacionalista chamado Movimento dos Oficiais Livres - comandado por Gamal Abdel Nasser e Muhammad Naguib - e que, através de um golpe de estado, fundaram a República do Egito em 1952. Gamal Abdel Nasser e o líder soviético Nikita Krushchov celebrando a aproximação do Egito com a então União Soviética para obtenção de novas tecnologias para o represamento de rios. Imagem: Nikita Khrushchev com Nasser / Autor Desconhecido / Disponibilizado por Makthorpe / Public Domain.
  • 18. África Portuguesa A partir da década de 1950, os países africanos sob o domínio português começaram a se organizar em movimentos separatistas. Angola, Moçambique, Guiné- Bissau e os arquipélagos de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe foram os que mais tardiamente conseguiram sua libertação.
  • 19. Observe as regiões sob colonização portuguesa no mapa ao lado (destacadas em roxo), como já foi visto. Perceba que, no início do século XX, a África encontrava-se toda partilhada pelas grandes potências. Imagem: Mapa da África colonial como em 1913, com fronteiras modernas / Eric Gaba / GNU Free Documentation License. Mapa da África Colonial em 1913. Bélgica França Alemanha Grã-Bretanha Itália Portugal Espanha Estados independentes (Libéria e Etiópia)
  • 20. Em Angola, vários movimentos surgiram como o de 1956, Movimento Popular pela Libertação de Angola, liderado por Agostinho Neto. Posteriormente, surgiram a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), que criou, conforme imagem ao lado, um jornal como meio de divulgar suas ideias, e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), criada por Jonas Savimbi em 1966. Esses movimentos abriram novas frentes na luta pela independência, que só seria alcançada após a Revolução dos Cravos (queda do Salazarianismo) em Portugal, em 1974, e com a assinatura do acordo de Alvor, que estabeleceu a independência da Angola para o ano seguinte. http://tomar-santarem.olx.pt /angola-jornal-liberdade-e- terra-orgao-da-fnla-1975-muito- raro-iid-61135350 HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental Descolonização da Ásia e da África Veja a imagem no link abaixo:
  • 21. Em 1961, começa a rebelião na Guiné-Bissau sob o comando de Amílcar Cabral, pertencente ao Partido Africano de Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). À revelia de Portugal, o PAIGC anuncia a independência da Guiné-Bissau em 1973, com o governo de Luís Cabral sendo reconhecido pela ONU. A imagem ao lado ilustra o posto de controle montado pelo PAIGC logo após a declaração de independência. Imagem: Posto de controle montado pelo PAIGC na Guiné-Bissau em 1974, depois da declaração de independência / João Carvalho / Public Domain.
  • 22. Em setembro de 1964, é criada a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que se revolta após o assassinato de seu líder Eduardo Mondlane em 1969, retardando o seu processo de independência. Surgiu então a figura de Samora Machel, que reivindicou a independência do país e, assim com aconteceu com Angola, o governo português, após a queda do regime fascista, assinou acordos para o aceleramento da descolonização em Argel (1974), com FRELIMO, sendo a independência definitiva da Guiné-Bissau conseguida em 10 de setembro de 1974 e a de Moçambique em 24 de junho de 1975. A imagem ao lado ilustra a propaganda usada pelo governo português contra a Frente de libertação. HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental Descolonização da Ásia e da África Imagem: Imagem da Guerra Colonial Portuguesa / Joaquim Coelho / The use of this image is free for any purpose.
  • 23. Diferente do que ocorreu com as áreas dominadas por outras potências, a descolonização da África, sob influência britânica, deu-se de forma pacífica. Gana (antiga Costa do Ouro) é a primeira das colônias britânicas a declarar sua independência já em 1957. Até 1968, todas as colônias e protetorados de influência inglesa tornaram- se independentes, a Nigéria em 1960, Serra Leoa e Tanganica em 1961, Uganda em 1962, Quênia em 1963, Zâmbia, Malavi e Zanzibar em 1964, Gâmbia em 1965, Botsuana e Lesoto em 1966, Suazilândia e Maurício em 1968. Entretanto, em 1964, Tanganica e Zanzibar unificam-se formando a Tanzânia. A Rodésia tem sua independência declarada por uma minoria branca, em 1965, mas só ganha o reconhecimento internacional em 1980, quando a maioria negra assume o governo e o país passa a se chamar Zimbábue. HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental Descolonização da Ásia e da África
  • 24. África do Sul A África do Sul foi um país de colonização sobretudo de ingleses, alemães e holandeses de forma mais intensa entre os séculos XVII e XVIII. A forma de dominação estabelecida gerou uma série de conflitos entre os colonos, em sua grande maioria de origem holandesa e inglesa, que ficaram conhecidos como a Primeira e a Segunda Guerra dos Boêres. Depois desses conflitos, a Inglaterra aumentou seu domínio na região. No início do século XX foi criada a União Sul-Africana, que incluía diversas colônias como as Colônias do Cabo, de Natal e Rio Orange. HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental Descolonização da Ásia e da África
  • 25. O regime colonial estabelecido era essencialmente racista, em que uma minoria branca suprimia violentamente a maioria negra, sendo, a partir dessa época, a consolidação do modelo do APARTHEID, que só chegou ao fim nos anos 90 com a chagada de Nelson Mandela à Presidência da República. A imagem ao lado ilustra a placa do período do Regime de Apartheid sugerindo para “o uso de pessoas brancas”. HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental Descolonização da Ásia e da África Imagem: “Para uso de pessoas brancas "- placa do tempo do apartheid / El C / Public Domain.
  • 26. Questionário 1 . Em qual contexto histórico se deu a descolonização da Ásia e África? 2. O que levou os povos dos continentes asiático e africano a reivindicarem sua independência? 3.Quais as principais potências que ocuparam os continentes asiático e africano? 4.Qual a principal característica ocorrida no processo de descolonização da Índia e seu principal idealizador? 5.Qual a relação entre o processo de descolonização dos continentes asiático e africano e sua situação atual?