O documento discute teorias geopolíticas como a de Mahan sobre o poder marítimo, Mackinder sobre o poder terrestre e Spykman sobre a geografia na política externa dos EUA. A teoria de Mackinder argumenta que quem controlar o "Heartland" da Eurásia controlará o mundo. Spykman defende que os EUA devem manter alianças para controlar o "Rimland" da Eurásia e impedir o avanço do comunismo.
2. Geografia política e geopolítica – discursos geopolíticos.
TEORIA DO PODER MARÍTIMO - Elaborador: Alfred Thayer Mahan (EUA, 1840-1914) –
•Ótica Estado-unidense para as transformações mundiais;
•Maior potência do mundo Inglaterra (pequena Ilha com grande frota de navios);
•Toda teoria geopolítica implica numa forma de pensar a história;
•Compete ao ocidente civilizar o mundo - a guerra é inevitável (Filósofo naval do
imperialismo)
•Obra analisando a influência e as estratégias do e para o poder marítimo (capacidade de uma
nação aproveitar o mar):
•O domínio dos mares seria indispensável ao desenvolvimento e à segurança;
•Domínio dos mares - concepção integrada de todas as atividades ligadas ao mar: poder
naval e mercante (controle de rotas, acessos, bases e do comércio);
•Concepção dos oceanos e mares como espaço social e político com características
próprias;
•Fundamentos do poder marítimo:
•Posição geográfica: caso da Inglaterra - posição privilegiada
– controle dos portos continentais e proteção territorial
– controle estratégico: Gibraltar, Suez, Esperança e
bases em todos os continentes;
EUA: grande ilha - combinar recursos e posição:
• proteger os acessos, construir o canal do
Panamá, postos no Caribe e Ásia, de forma
a articular Pacífico e o Atlântico.
3. • Fundamentos do poder marítimo:
• Configuração física: características do litoral - recortados, baias X costas
inóspitas; embocaduras de grandes rios navegáveis – permitem articulação.
– EUA: tendência continental – critica a conquista do interior;
• Extensão do território: relativo. A extensão do litoral e suas características é
fundamental – Densidade de população/distribuição sobre o território, com
atividades ligadas ao mar:
– EUA: Possui apenas potencialidade – população não ligada ao mar;
• Caráter nacional: concretização de empreendimentos nacionais voltados
aos mares – direcionar ações nessa direção conscientemente;
– Requisitos: produção, transporte e bases (colônias)
– EUA: Seguir exemplo da Inglaterra – transformar o comércio em
potencialidades interna;
• Caráter de governo: Combinação de governo e instituições – políticas de
governo democráticos e despóticos. Só governos democráticos conseguem
construir a vontade nacional;
EUA: compor um sistema defensivo e um sistema
de ataque baseado numa marinha de guerra.
Realizado do controle do canal Panamá, domínio
de arquipélagos como Havaí e Filipinas - controle do
Pacifico –
Influência direta em toda política externa
dos EUA.
4. TEORIA DO PODER TERRESTRE
• Geógrafo Halford John Mackinder (Inglaterra, 1861-1947).
Contexto:
• Transformações no continente Europeu na transição do séc. XIX p/ XX;
• O Império Britânico e as disputas imperialistas que causaram a primeira guerra;
• As conseqüências da guerra, no período interguerras e a segunda guerra mundial.
Pressupostos:
• Cada século produz sua própria perspectiva geográfica – (superação do poder marítimo);
• Visão global do mundo: há uma interdependência entre fatores físicos, econômicos ou
militares;
– Concepção do mundo como sistema político fechado;
• Mares dominados pela Europa ocidental e a maior extensão de massa terrestre dominada
pela Rússia;
• História: conflito entre o continentalismo e o oceanismo:
– Potências terrestres com estratégia p/ domínio das
áreas periféricas, buscando saídas para mares e oceanos;
– Potências insulares com estratégia de domínio das linhas
exteriores para manter potências terrestres dentro dos seus limites;
• O poder terrestre poderia lançar-se ao mar,
usando a plataforma continental, com mais
facilidade do que o poder marítimo lançar-se
às massas terrestres, a partir do mar;
5. Conceitos da teoria:
Great Ocean: Existe apenas um grande
oceano que cobre ¾ da superfície do
globo;
World Island: Europa, Ásia e África
formam um único continente (85%
população) – Américas e Austrália
consideradas ilhas satélites;
Heartland (área pivô): leitura física e
social da Eurásia - 23 milhões de km2
de terra situados no interior da World
Island, formando uma fortaleza natural
inacessível;
Inner crescent: regiões anfíbias – pontos
de fricção entre poderes – espaço de
expansão ou barreira de contenção;
Outer crescent: localização das
potências marítimas;
Quem dominar a Europa Oriental
controlará o coração continental;
Quem dominar o coração continental
controlará a ilha mundial;
Quem dominar a ilha mundial controlará
o mundo”
6. Leitura política
• Realismo - visão de que Estados despóticos tendiam a
expansão;
• Desenvolvimento tecnológico: durante séculos foi
centrado em comunicação marítima;
– Nova fase: a comunicação passou a ser por terra
(trem) – Exemplo russo (transiberiana-rumo a Ásia) e
alemão (ferrovia até o Golfo Pérsico);
• Alemanha: nova potência ameaçando a Rússia (terrestre) e
Inglaterra (marítima)
• Primeira Guerra: teste da teoria - vitória do poder Marítimo
Anglo-americano – com auxílio Russo –
• Pós 1917 - Pela primeira o Heartland estava guarnecido por
um grande poder;
• Domínio pela Alemanha do Heartland ou vice-versa –
projetaria grande Poder mundial
– Hipótese leva no Pós-Guerra a isolar a Alemanha da
Rússia – Criação do “cordão sanitário” - Conferência
de Versalhes (1919).
• Criação de oito Estados (mais os bálticos) entre Rússia e
Alemanha com territórios dos impérios destruídos pela
guerra;
• 1938/39 – Alemanha e Rússia partilham a Polônia – Rússia
invade os estados Bálticos;
• A partir de 1940 – todo leste Europeu é sucessivamente
invadido pela Alemanha – fim do cordão sanitário;
• Invasão da Rússia:
– Obtenção do espaço vital (Alemanha) - geopolítica
alemã
– Heartland como retaguarda estratégica + contra-
ofensiva (Rússia);
7. • Haushofer e a escola Alemã de Geopolítica
– Karl Haushofer (Munique, Alemanha – 1869-1946)
– Prof. Escola de Estado Maior – representante alemão no exército Japonês – livre
docente na Universidade de Munique (Geografia e geopolítica)
– Combateu na primeira guerra (França, Itália, Turquia e Rússia)
– Influências: Ratzel e Mackinder (domínio do Heartland);
– Organizou e dirigiu o Instituto de Geopolítica e a revista de geopolítica;
• Arquivo sistemático abarcando assuntos do mundo inteiro – o mais completo
posto a disposição no período;
– Contexto alemão após primeira guerra;
– Concepção: o espaço “rege a história da humanidade” - modela e determina todas as
esferas da vida social;
– A teoria
– Cinco conceitos fundamentais:
• Autarquia: Ideal da auto-suficiência econômica nacional – ou cada unidade
política deve produzir tudo o que necessita
• Só pode ser atingido para quem possuísse espaços amplos, com tipos climáticos
variados e recursos naturais diversificados;
• Lebensraum(espaço vital): direito que uma nação tem de ampliar o espaço para
sua população, levando em conta todos os recursos;
– Direito pautado no crescimento diferencial dos estados e do Estado
enquanto organismo: aqueles jovens, em crescimento, devem expandir-se;
busca de reservas territoriais.
– Hitler escreve sobre a relação do espaço vital e segurança de uma nação
(liberdade e segurança relacionadas a dimensão do território - pequenas
nações são convite à conquista);
8. A teoria
• Pan-regiões: área supercontinentais que permitiriam a realização do ideal de autarquia – divisão do
mundo em 04 grandes áreas:
– Pan-América: Ártico à Antártida – liderada pelos Estados Unidos;
– Pan-Ásia: Parte oriental do continente asiático, Austrália e ilhas adjacentes -liderada pelo Japão;
– Euráfrica: Compreenderia a Europa e a África – liderada pela Alemanha;
– Pan-Rússia: Concessão dado as dificuldades de equilíbrio – União Soviética e Índia;
• Poder terrestre x poder marítimo: Caminho mais seguro para Alemanha é tomar a Rússia e, numa
segunda e terceira fases, o crescente interior e exterior; - Acordo com a Rússia, em 1939;
• Fronteira: A fronteira é um campo de batalha –
– As fronteiras são apenas expressões do poder num momento considerado - São temporárias e os
tratados não podem impedir o crescimento de uma nação;
9. • A discussão Haushofer x Hitler
• Teses diferenciadas sobre a influência de Haushofer sobre Hitler e a política externa
Alemã;
• Para Haushofer:
– Mackinder: visão de mundo numa ótica antigermânica
– Haushofer apropria-se da teoria para uma ótica antibritânica;
• Defesa do bloco Euro-asiático, formado por Rússia, Japão e Alemanha como forma de se
contrapor ao poder Inglês;
– Os imperativos geopolíticos devem se sobrepor às divergências ideológicas;
• Oposição a guerra contra a Rússia;
– Para Hitler:
– O inimigo maior era a França e a Rússia, pois poderiam rivalizar o poder continental
Alemão;
• Proposição de um acordo (antes e durante a Guerra) com a Inglaterra;
– Invasão da Rússia em 1941
• concepção: diferente das tentativas anteriores, o Exército Alemão tinha alto preparo e
condições tecnológicas venceria a Rússia;
10. SPYKMAN – A GEOGRAFIA NA POLÍTICA EXTERIOR – EUA
• Nicholas J. Spykman (1891-1943) – Holandês naturalizado nos EUA
• Escreveu A estratégia dos Estados Unidos no Quadro Mundial (1942) e a
Geografia da Paz (1944) – obras editadas durante a segunda guerra;
• Contexto: no interior dos EUA duas posições excludentes
– O idealismo – defesa da idéia da paz mundial por meio de uma comunidade
de poder (isolamento em relação a política internacional) – buscava
política de contenção no hemisfério ocidental;
– O realismo – a paz só poderia ser mantida por uma política de segurança
internacional (intervenção na política internacional - forma de proteção);
• Para Spykman:
– a ordem internacional tem que ser garantida por um grupo de estados
(diplomacia ou força) que controlam e subordinam médias e pequenas
potências;
– Primeira linha de defesa dos EUA no outro lado do Atlântico e do Pacifico;
– A extensão territorial afeta o poder relativo;
– A estrutura econômica, densidade demográfica e os recursos naturais;
– A posição do país determina o grau de proximidade com centros de poder,
zonas de conflito;
– Os estados que querem conservar seu poder devem preparar seu
planejamento estratégico e político em escala global;
• Os EUA estão em vantagem em relação aos itens;
11. • Adoção do mapa de projeção polar
– Ressalta a continuidade das massas
terrestres no entorno do Ártico;
– Mostram posição privilegiada do hemisfério
ocidental (antes era periférica)
– As massas continentais estão concentradas
no hemisfério norte e se dispersam sob forma
de uma estrela do mar;
– Os continentes do norte são próximos e há
um isolamento do sul;
– As relações entre os EUA com as frentes
atlântica e pacífica da Eurásia definem a
política mundial
– O hemisfério ocidental e a Eurásia
confrontam-se no ártico – nova perspectiva
de ações com o poder aéreo;
• As analises geopolíticas devem ser apoiadas num mapa-múndi que destaque o estado
considerado;
• Geoestratégia dos EUA - colocado no centro do mundo e, a partir daí analisa a posição das
outras massas continentais e mares;
• Relações políticas sempre foram representadas em mapas de projeção cilíndrica – a
Europa como centro
• O surgimento de outros centros de poder a margem do continente europeu levou a novos
tipos de mapas que pudessem representar mais precisamente as relações internacionais;
12. Política de segurança dos EUA;
• Existem diferentes níveis de desenvolvimento entre os Estados - quem está satisfeito
defende o status quo político e territorial – A guerra é a opção dos que desejam modificar a
situação;
– Todo estado tem o direito de se organizar para se proteger pela força, se necessário;
• Organizar-se para gerar poder não compensado - disponível para exercer papel decisivo
no continente europeu - determinar a sua política;
• A Europa precisa continuar dividida e equilibrada (compensação interna do poder);
– Não interessava para os EUA um país (Rússia ou Alemanha) fortes ou uma Federação
de Estados forte;
– A segurança dos EUA - Eurásia sem poder influente na Europa e no Oriente;
• Os poderes marítimos e aéreo: instrumentos para alcançar decisões terrestres – Aos EUA
importa as áreas marginais da Eurásia – a primeira linha de defesa;
• Os EUA devem manter hegemonia incontestável e não compartilhada no hemisfério
ocidental, a segunda linha de defesa;
13. – Otan: aliança com o
rimland europeu –vedava
o acesso russo à periferia
da Europa ocidental e
Atlântico;
– Otase (Sudeste asiático)
aliança com o rimland
asiático: bloqueio do
acesso russo ao Oceano
Pacífico;
– Cento (Tratado central)
aliança com o rimland do
oriente médio: fechava a
passagem para o golfo
Pérsico e o oceano índico;
• Substitui o Haertland pelo Rimland (região das fímbrias) que será fundamental estratégia pós-guerra dos
EUA; “quem controla o rimland domina a Eurásia; quem domina a Eurásia controla os destinos do
mundo”
– Impedir o avanço do comunismo e proteger o sistema dos EUA
14. • Teoria do Poder Aéreo
• Durante a primeira guerra foram usados aviões para operações de observações,
reconhecimento e orientação (1914) com pouco poder de fogo – Em 1918 começou a ser
utilizado contra tropas; Resultados pontuais;
• Primeiro teórico: Giulio Douhet (Itália, 1869-1930) – filósofo do poder aéreo;
• Obras e idéias influenciaram a formação do poder aéreo de vários países, especialmente
EUA e Inglaterra;
– Willian Mitchel: defende a organização de uma força aérea independente nos EUA – A
marinha já não era o suficiente para a defesa do País;
• A partir da obra de Douhet foram estabelecidos os conceitos fundamentais para o emprego
do avião como um novo poder - O domínio do ar passa ser fundamental para segurança de
uma nação e para o resultado dos conflitos; (teorização sobre ofensiva, defensiva,
interdição, propósitos estratégicos; raio de ação, mobilidade, etc);
• Na segunda guerra tais conceitos são utilizados:
– Inglaterra, primeira grande luta aérea - 3.000 aviões são fundamentais para impedir a
invasão alemã;
– Normandia: 6.000 aviões interditam a força alemã e permitem o desembarque aliado;
• O avião passa a ser considerado em todas as estratégias e a partir da década de 60 se
insere ao poder Aeroespacial – Compressão do tempo/espaço;
15. • Concepção Geoestratégia:
• O mundo é dividido em duas grandes áreas de
domínio aéreo:
• Soviético: cobre Eurásia, quase toda África e
América do Norte;
• EUA: norte da África, todas as Américas e Ásia;
• As duas áreas se superpõem – zona de decisão
que cobre América do Norte, norte da África,
Europa e parte Ásia;
• Dentro dessa área estão os Heartlands
industriais dos dois países;
• Continente Americano divide-se em três faixas:
Alasca, Canadá e Terra Nova (desenvolvimento
de operações – ponto de partida), EUA ( faixa
industrial – produção dos meios e concentração
da defesa); América Central e do Sul (faixa de
suprimentos – reservatório de alimentos e
materiais – preparar para apoiar o esforço nas
outras faixas);
• Alexander Seversky, (Russo, naturalização nos EUA)
– Principal elaborador de como usar poder aéreo em estratégias globais e articulação no conjunto das forças
de uma nação;
– Somente após a segunda guerra é que se tornou possível a autonomia aérea transoceânica;
16. Aula II - A AFIRMAÇÃO DA GEOGRAFIA POLÍTICA COMO DISCIPLINA CIENTÍFICA
EUA
•Status acadêmico: busca estudar a relação Estado/Sociedade/território;
•Recupera os temas clássicos inovando-os; propõem novos temas - gestão interna do
território.
Autores destacados
Richard Hartshorne
•Corrigir os desvios não científicos da geografia política;
•Papel das fronteiras. Raça x cultura. Fronteira política x nacional.
•Estado: organização política complexa - adesão consentida dos cidadãos: base social –
fenômeno político-geográfico que se expressa nas interações entre centralidade e
diversidade.
•Abandonar preocupações morfológicas: forma, localização, regiões naturais, em prol de
estudar as relações de funcionamento: interações entre unidades políticas – como os grupos
sociais definem seu comportamento político.
Derwent Whittlesey
•Estado: principal fato político que se localiza na terra e fator centralizador das relações
•Desigual distribuição na superfície, com estruturas diferentes, mas com tendências gerais
semelhantes (possibilidade de analisar sob leis universais)
•Fatores de coesão/circulação como forma de evitar desintegração e regionalismos
17. Jean Gottmann
• Trata do significado do território para os grupos humanos:
– Os povos aspiraram a universalidade, mas sempre dividiram o espaço ajustando-se a
outros grupos, criando unidades políticas;
• Território - duplo sentido em aparente contradição: cercear a liberdade e lugar ao sol -
acesso do grupo ao sistema de relações;
– A divisão do espaço organiza as relações internas e externas do grupo:
• Interna - cria um elemento de centralidade, representado por uma autoridade que
exercitaria a soberania naquele espaço/ ajusta os recursos em função das suas
políticas – segurança;
– A blindagem é seletiva, em função dos valores e opções políticas dos
grupos;
• Externa- acessibilidade ao outro, ou seja, a divisão política como oportunidade
para relações;
• Segurança e oportunidade requerem a organização interna, com organização
subseqüente das relações externas;
• Conflito: a procura da segurança pode ser antagônica ao anseio por maiores
oportunidades. A primeira revelaria a busca de um isolamento relativo e a segunda a um
grau de interdependência com o exterior;
• Atualidade: confronto - Forças de circulação X iconografia
– Circulação: capital, informações, mercadorias – tendem a abertura;
– Iconografia: Estados, nacionalismos, regionalismos, identidades.
18. Stephen Jones
• Preocupação com a fragmentação do estudo sobre o estado: propõe campo teórico unificado- geografia
política/ciência política – unificação dos conceitos e linguagem – análise das comunidades políticas
(bairro, família, região, povos).
Lucile Carlson
• Estudo sistemático sobre relações internacionais: base - articulação dos conceitos, teorias e fatos da
situação internacional;
• Relatividade dos fatores espaciais: localização, dimensão, forma – importante em situações especificas;
• Relações sociais, tecnológicas, industriais – combinação de fatores num mesmo espaço político;
• Análise dos blocos – diferença: acordo X dominação – futuro: organizações supranacionais;
• A geografia política é a culminância do pensamento geográfico: objeto e método; integram a geografia, a
história, a ciência política e as relações internacionais.
. Norman Pounds
• Estado como conceito chave: não possui consciência ou vontade, mas sim os indivíduos
que o mantém; (?)
• Fronteira como lugar a separação – políticas obstruem a interação;
– Conflitos de fronteira encobrem conflitos de outras escalas;
• Estrutura político-territorial em diversas escalas – central ao local;
• Federalismo: estrutura, hierarquia, autonomia;
• Geografia eleitoral - análise do comportamento eleitoral de cada espaço
19. EUROPA
• Entre 1945 e 1975 – ausente nos meios acadêmicos
• Centro político das tensões internacionais –
• Crise – 1974 – liderança dos EUA perde força - procura por saída Européia;
• Acordos, projetos de desarmamento e cooperações diminuem o clima de
tensão/movimentos pacifistas;
• Autonomia estratégica – França/Alemanha em relação aos EUA e URSS;
• Fortalecimento da Comunidade Econômica Européia;
• Renovação a geografia
• Processos de planejamento regional, conceitos da economia, novas técnicas de gestão do
território;
• Surgimento da geografia critica (Justiça Social e a cidade – David Harvey – Inglaterra)
20. A geografia política retorna renovada
Autores destacados
Claude Raffestin –
Trabalho sobre fronteiras/geografia do poder;
Yves Lacoste
A geografia serve, antes de tudo para fazer a guerra!
• O livro: polêmico – causou debates sobre a geografia no mundo inteiro. Desvenda as
contradições, fragilidades e comprometimentos do discurso geográfico.
– “Geografia dos Estados” – geografia dos “professores” – absoluta despolitização;
– Criação da revista Hérodote: politizar a geografia - não ser só pragmática e incorporar
o debate político e ideológico;
Paul Claval
• Analisa o que já havia sido produzido e rompe com a idéia de relacionar Espaço/Estado
como forma exclusiva de poder.
– Essa relação tem que considerar as formas complexas das sociedades contemporâneas
– geografia do poder, para desvendar as relações.
Temas de pesquisa da geografia política
• Modelos locacionais;
• Geografia comportamental;
• Gestão do espaço nacional;
• Organização do poder público;
• Autonomia local e regional;
• Organização e problemas do mundo subdesenvolvido;