SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
Geografia política e geopolítica – aula II, discursos geopolíticos.
TEORIA DO PODER MARÍTIMO - Elaborador: Alfred Thayer Mahan (EUA, 1840-1914) –
•Ótica Estado-unidense para as transformações mundiais;
•Maior potência do mundo Inglaterra (pequena Ilha com grande frota de navios);
•Toda teoria geopolítica implica numa forma de pensar a história;
•Compete ao ocidente civilizar o mundo - a guerra é inevitável (Filósofo naval do
imperialismo)
•Obra analisando a influência e as estratégias do e para o poder marítimo (capacidade de uma
nação aproveitar o mar):
•O domínio dos mares seria indispensável ao desenvolvimento e à segurança;
•Domínio dos mares - concepção integrada de todas as atividades ligadas ao mar: poder
naval e mercante (controle de rotas, acessos, bases e do comércio);
•Concepção dos oceanos e mares como espaço social e político com características
próprias;
•Fundamentos do poder marítimo:
•Posição geográfica: caso da Inglaterra - posição privilegiada
– controle dos portos continentais e proteção territorial
– controle estratégico: Gibraltar, Suez, Esperança e
bases em todos os continentes;
EUA: grande ilha - combinar recursos e posição:
• proteger os acessos, construir o canal do
Panamá, postos no Caribe e Ásia, de forma
a articular Pacífico e o Atlântico.
• Fundamentos do poder marítimo:
• Configuração física: características do litoral - recortados, baias X costas
inóspitas; embocaduras de grandes rios navegáveis – permitem articulação.
– EUA: tendência continental – critica a conquista do interior;
• Extensão do território: relativo. A extensão do litoral e suas características é
fundamental – Densidade de população/distribuição sobre o território, com
atividades ligadas ao mar:
– EUA: Possui apenas potencialidade – população não ligada ao mar;
• Caráter nacional: concretização de empreendimentos nacionais voltados
aos mares – direcionar ações nessa direção conscientemente;
– Requisitos: produção, transporte e bases (colônias)
– EUA: Seguir exemplo da Inglaterra – transformar o comércio em
potencialidades interna;
• Caráter de governo: Combinação de governo e instituições – políticas de
governo democráticos e despóticos. Só governos democráticos conseguem
construir a vontade nacional;
EUA: compor um sistema defensivo e um sistema
de ataque baseado numa marinha de guerra.
Realizado do controle do canal Panamá, domínio
de arquipélagos como Havaí e Filipinas - controle do
Pacifico –
Influência direta em toda política externa
dos EUA.
TEORIA DO PODER TERRESTRE
• Geógrafo Halford John Mackinder (Inglaterra, 1861-1947).
Contexto:
• Transformações no continente Europeu na transição do séc. XIX p/ XX;
• O Império Britânico e as disputas imperialistas que causaram a primeira guerra;
• As conseqüências da guerra, no período interguerras e a segunda guerra mundial.
Pressupostos:
• Cada século produz sua própria perspectiva geográfica – (superação do poder marítimo);
• Visão global do mundo: há uma interdependência entre fatores físicos, econômicos ou
militares;
– Concepção do mundo como sistema político fechado;
• Mares dominados pela Europa ocidental e a maior extensão de massa terrestre dominada
pela Rússia;
• História: conflito entre o continentalismo e o oceanismo:
– Potências terrestres com estratégia p/ domínio das
áreas periféricas, buscando saídas para mares e oceanos;
– Potências insulares com estratégia de domínio das linhas
exteriores para manter potências terrestres dentro dos seus limites;
• O poder terrestre poderia lançar-se ao mar,
usando a plataforma continental, com mais
facilidade do que o poder marítimo lançar-se
às massas terrestres, a partir do mar;
Conceitos da teoria:
Great Ocean: Existe apenas um grande
oceano que cobre ¾ da superfície do
globo;
World Island: Europa, Ásia e África
formam um único continente (85%
população) – Américas e Austrália
consideradas ilhas satélites;
Heartland (área pivô): leitura física e
social da Eurásia - 23 milhões de km2
de terra situados no interior da World
Island, formando uma fortaleza natural
inacessível;
Inner crescent: regiões anfíbias – pontos
de fricção entre poderes – espaço de
expansão ou barreira de contenção;
Outer crescent: localização das
potências marítimas;
Quem dominar a Europa Oriental
controlará o coração continental;
Quem dominar o coração continental
controlará a ilha mundial;
Quem dominar a ilha mundial controlará
o mundo”
Leitura política
• Realismo - visão de que Estados despóticos tendiam a
expansão;
• Desenvolvimento tecnológico: durante séculos foi
centrado em comunicação marítima;
– Nova fase: a comunicação passou a ser por terra
(trem) – Exemplo russo (transiberiana-rumo a Ásia) e
alemão (ferrovia até o Golfo Pérsico);
• Alemanha: nova potência ameaçando a Rússia (terrestre) e
Inglaterra (marítima)
• Primeira Guerra: teste da teoria - vitória do poder Marítimo
Anglo-americano – com auxílio Russo –
• Pós 1917 - Pela primeira o Heartland estava guarnecido por
um grande poder;
• Domínio pela Alemanha do Heartland ou vice-versa –
projetaria grande Poder mundial
– Hipótese leva no Pós-Guerra a isolar a Alemanha da
Rússia – Criação do “cordão sanitário” - Conferência
de Versalhes (1919).
• Criação de oito Estados (mais os bálticos) entre Rússia e
Alemanha com territórios dos impérios destruídos pela
guerra;
• 1938/39 – Alemanha e Rússia partilham a Polônia – Rússia
invade os estados Bálticos;
• A partir de 1940 – todo leste Europeu é sucessivamente
invadido pela Alemanha – fim do cordão sanitário;
• Invasão da Rússia:
– Obtenção do espaço vital (Alemanha) - geopolítica
alemã
– Heartland como retaguarda estratégica + contra-
ofensiva (Rússia);
• Haushofer e a escola Alemã de Geopolítica
– Karl Haushofer (Munique, Alemanha – 1869-1946)
– Prof. Escola de Estado Maior – representante alemão no exército Japonês – livre
docente na Universidade de Munique (Geografia e geopolítica)
– Combateu na primeira guerra (França, Itália, Turquia e Rússia)
– Influências: Ratzel e Mackinder (domínio do Heartland);
– Organizou e dirigiu o Instituto de Geopolítica e a revista de geopolítica;
• Arquivo sistemático abarcando assuntos do mundo inteiro – o mais completo
posto a disposição no período;
– Contexto alemão após primeira guerra;
– Concepção: o espaço “rege a história da humanidade” - modela e determina todas as
esferas da vida social;
– A teoria
– Cinco conceitos fundamentais:
• Autarquia: Ideal da auto-suficiência econômica nacional – ou cada unidade
política deve produzir tudo o que necessita
• Só pode ser atingido para quem possuísse espaços amplos, com tipos climáticos
variados e recursos naturais diversificados;
• Lebensraum(espaço vital): direito que uma nação tem de ampliar o espaço para
sua população, levando em conta todos os recursos;
– Direito pautado no crescimento diferencial dos estados e do Estado
enquanto organismo: aqueles jovens, em crescimento, devem expandir-se;
busca de reservas territoriais.
– Hitler escreve sobre a relação do espaço vital e segurança de uma nação
(liberdade e segurança relacionadas a dimensão do território - pequenas
nações são convite à conquista);
A teoria
• Pan-regiões: área supercontinentais que permitiriam a realização do ideal de autarquia – divisão do
mundo em 04 grandes áreas:
– Pan-América: Ártico à Antártida – liderada pelos Estados Unidos;
– Pan-Ásia: Parte oriental do continente asiático, Austrália e ilhas adjacentes -liderada pelo Japão;
– Euráfrica: Compreenderia a Europa e a África – liderada pela Alemanha;
– Pan-Rússia: Concessão dado as dificuldades de equilíbrio – União Soviética e Índia;
• Poder terrestre x poder marítimo: Caminho mais seguro para Alemanha é tomar a Rússia e, numa
segunda e terceira fases, o crescente interior e exterior; - Acordo com a Rússia, em 1939;
• Fronteira: A fronteira é um campo de batalha –
– As fronteiras são apenas expressões do poder num momento considerado - São temporárias e os
tratados não podem impedir o crescimento de uma nação;
• A discussão Haushofer x Hitler
• Teses diferenciadas sobre a influência de Haushofer sobre Hitler e a política externa
Alemã;
• Para Haushofer:
– Mackinder: visão de mundo numa ótica antigermânica
– Haushofer apropria-se da teoria para uma ótica antibritânica;
• Defesa do bloco Euro-asiático, formado por Rússia, Japão e Alemanha como forma de se
contrapor ao poder Inglês;
– Os imperativos geopolíticos devem se sobrepor às divergências ideológicas;
• Oposição a guerra contra a Rússia;
– Para Hitler:
– O inimigo maior era a França e a Rússia, pois poderiam rivalizar o poder continental
Alemão;
• Proposição de um acordo (antes e durante a Guerra) com a Inglaterra;
– Invasão da Rússia em 1941
• concepção: diferente das tentativas anteriores, o Exército Alemão tinha alto preparo e
condições tecnológicas venceria a Rússia;
SPYKMAN – A GEOGRAFIA NA POLÍTICA EXTERIOR – EUA
• Nicholas J. Spykman (1891-1943) – Holandês naturalizado nos EUA
• Escreveu A estratégia dos Estados Unidos no Quadro Mundial (1942) e a
Geografia da Paz (1944) – obras editadas durante a segunda guerra;
• Contexto: no interior dos EUA duas posições excludentes
– O idealismo – defesa da idéia da paz mundial por meio de uma comunidade
de poder (isolamento em relação a política internacional) – buscava
política de contenção no hemisfério ocidental;
– O realismo – a paz só poderia ser mantida por uma política de segurança
internacional (intervenção na política internacional - forma de proteção);
• Para Spykman:
– a ordem internacional tem que ser garantida por um grupo de estados
(diplomacia ou força) que controlam e subordinam médias e pequenas
potências;
– Primeira linha de defesa dos EUA no outro lado do Atlântico e do Pacifico;
– A extensão territorial afeta o poder relativo;
– A estrutura econômica, densidade demográfica e os recursos naturais;
– A posição do país determina o grau de proximidade com centros de poder,
zonas de conflito;
– Os estados que querem conservar seu poder devem preparar seu
planejamento estratégico e político em escala global;
• Os EUA estão em vantagem em relação aos itens;
• Adoção do mapa de projeção polar
– Ressalta a continuidade das massas
terrestres no entorno do Ártico;
– Mostram posição privilegiada do hemisfério
ocidental (antes era periférica)
– As massas continentais estão concentradas
no hemisfério norte e se dispersam sob forma
de uma estrela do mar;
– Os continentes do norte são próximos e há
um isolamento do sul;
– As relações entre os EUA com as frentes
atlântica e pacífica da Eurásia definem a
política mundial
– O hemisfério ocidental e a Eurásia
confrontam-se no ártico – nova perspectiva
de ações com o poder aéreo;
• As analises geopolíticas devem ser apoiadas num mapa-múndi que destaque o estado
considerado;
• Geoestratégia dos EUA - colocado no centro do mundo e, a partir daí analisa a posição das
outras massas continentais e mares;
• Relações políticas sempre foram representadas em mapas de projeção cilíndrica – a
Europa como centro
• O surgimento de outros centros de poder a margem do continente europeu levou a novos
tipos de mapas que pudessem representar mais precisamente as relações internacionais;
Política de segurança dos EUA;
• Existem diferentes níveis de desenvolvimento entre os Estados - quem está satisfeito
defende o status quo político e territorial – A guerra é a opção dos que desejam modificar a
situação;
– Todo estado tem o direito de se organizar para se proteger pela força, se necessário;
• Organizar-se para gerar poder não compensado - disponível para exercer papel decisivo
no continente europeu - determinar a sua política;
• A Europa precisa continuar dividida e equilibrada (compensação interna do poder);
– Não interessava para os EUA um país (Rússia ou Alemanha) fortes ou uma Federação
de Estados forte;
– A segurança dos EUA - Eurásia sem poder influente na Europa e no Oriente;
• Os poderes marítimos e aéreo: instrumentos para alcançar decisões terrestres – Aos EUA
importa as áreas marginais da Eurásia – a primeira linha de defesa;
• Os EUA devem manter hegemonia incontestável e não compartilhada no hemisfério
ocidental, a segunda linha de defesa;
– Otan: aliança com o
rimland europeu –vedava
o acesso russo à periferia
da Europa ocidental e
Atlântico;
– Otase (Sudeste asiático)
aliança com o rimland
asiático: bloqueio do
acesso russo ao Oceano
Pacífico;
– Cento (Tratado central)
aliança com o rimland do
oriente médio: fechava a
passagem para o golfo
Pérsico e o oceano índico;
• Substitui o Haertland pelo Rimland (região das fímbrias) que será fundamental estratégia pós-guerra dos
EUA; “quem controla o rimland domina a Eurásia; quem domina a Eurásia controla os destinos do
mundo”
– Impedir o avanço do comunismo e proteger o sistema dos EUA
• Teoria do Poder Aéreo
• Durante a primeira guerra foram usados aviões para operações de observações,
reconhecimento e orientação (1914) com pouco poder de fogo – Em 1918 começou a ser
utilizado contra tropas; Resultados pontuais;
• Primeiro teórico: Giulio Douhet (Itália, 1869-1930) – filósofo do poder aéreo;
• Obras e idéias influenciaram a formação do poder aéreo de vários países, especialmente
EUA e Inglaterra;
– Willian Mitchel: defende a organização de uma força aérea independente nos EUA – A
marinha já não era o suficiente para a defesa do País;
• A partir da obra de Douhet foram estabelecidos os conceitos fundamentais para o emprego
do avião como um novo poder - O domínio do ar passa ser fundamental para segurança de
uma nação e para o resultado dos conflitos; (teorização sobre ofensiva, defensiva,
interdição, propósitos estratégicos; raio de ação, mobilidade, etc);
• Na segunda guerra tais conceitos são utilizados:
– Inglaterra, primeira grande luta aérea - 3.000 aviões são fundamentais para impedir a
invasão alemã;
– Normandia: 6.000 aviões interditam a força alemã e permitem o desembarque aliado;
• O avião passa a ser considerado em todas as estratégias e a partir da década de 60 se
insere ao poder Aeroespacial – Compressão do tempo/espaço;
• Concepção Geoestratégia:
• O mundo é dividido em duas grandes áreas de
domínio aéreo:
• Soviético: cobre Eurásia, quase toda África e
América do Norte;
• EUA: norte da África, todas as Américas e Ásia;
• As duas áreas se superpõem – zona de decisão
que cobre América do Norte, norte da África,
Europa e parte Ásia;
• Dentro dessa área estão os Heartlands
industriais dos dois países;
• Continente Americano divide-se em três faixas:
Alasca, Canadá e Terra Nova (desenvolvimento
de operações – ponto de partida), EUA ( faixa
industrial – produção dos meios e concentração
da defesa); América Central e do Sul (faixa de
suprimentos – reservatório de alimentos e
materiais – preparar para apoiar o esforço nas
outras faixas);
• Alexander Seversky, (Russo, naturalização nos EUA)
– Principal elaborador de como usar poder aéreo em estratégias globais e articulação no conjunto das forças
de uma nação;
– Somente após a segunda guerra é que se tornou possível a autonomia aérea transoceânica;
Aula II - A AFIRMAÇÃO DA GEOGRAFIA POLÍTICA COMO DISCIPLINA CIENTÍFICA
EUA
•Status acadêmico: busca estudar a relação Estado/Sociedade/território;
•Recupera os temas clássicos inovando-os; propõem novos temas - gestão interna do
território.
Autores destacados
Richard Hartshorne
•Corrigir os desvios não científicos da geografia política;
•Papel das fronteiras. Raça x cultura. Fronteira política x nacional.
•Estado: organização política complexa - adesão consentida dos cidadãos: base social –
fenômeno político-geográfico que se expressa nas interações entre centralidade e
diversidade.
•Abandonar preocupações morfológicas: forma, localização, regiões naturais, em prol de
estudar as relações de funcionamento: interações entre unidades políticas – como os grupos
sociais definem seu comportamento político.
Derwent Whittlesey
•Estado: principal fato político que se localiza na terra e fator centralizador das relações
•Desigual distribuição na superfície, com estruturas diferentes, mas com tendências gerais
semelhantes (possibilidade de analisar sob leis universais)
•Fatores de coesão/circulação como forma de evitar desintegração e regionalismos
Jean Gottmann
• Trata do significado do território para os grupos humanos:
– Os povos aspiraram a universalidade, mas sempre dividiram o espaço ajustando-se a
outros grupos, criando unidades políticas;
• Território - duplo sentido em aparente contradição: cercear a liberdade e lugar ao sol -
acesso do grupo ao sistema de relações;
– A divisão do espaço organiza as relações internas e externas do grupo:
• Interna - cria um elemento de centralidade, representado por uma autoridade que
exercitaria a soberania naquele espaço/ ajusta os recursos em função das suas
políticas – segurança;
– A blindagem é seletiva, em função dos valores e opções políticas dos
grupos;
• Externa- acessibilidade ao outro, ou seja, a divisão política como oportunidade
para relações;
• Segurança e oportunidade requerem a organização interna, com organização
subseqüente das relações externas;
• Conflito: a procura da segurança pode ser antagônica ao anseio por maiores
oportunidades. A primeira revelaria a busca de um isolamento relativo e a segunda a um
grau de interdependência com o exterior;
• Atualidade: confronto - Forças de circulação X iconografia
– Circulação: capital, informações, mercadorias – tendem a abertura;
– Iconografia: Estados, nacionalismos, regionalismos, identidades.
Stephen Jones
• Preocupação com a fragmentação do estudo sobre o estado: propõe campo teórico unificado- geografia
política/ciência política – unificação dos conceitos e linguagem – análise das comunidades políticas
(bairro, família, região, povos).
Lucile Carlson
• Estudo sistemático sobre relações internacionais: base - articulação dos conceitos, teorias e fatos da
situação internacional;
• Relatividade dos fatores espaciais: localização, dimensão, forma – importante em situações especificas;
• Relações sociais, tecnológicas, industriais – combinação de fatores num mesmo espaço político;
• Análise dos blocos – diferença: acordo X dominação – futuro: organizações supranacionais;
• A geografia política é a culminância do pensamento geográfico: objeto e método; integram a geografia, a
história, a ciência política e as relações internacionais.
. Norman Pounds
• Estado como conceito chave: não possui consciência ou vontade, mas sim os indivíduos
que o mantém; (?)
• Fronteira como lugar a separação – políticas obstruem a interação;
– Conflitos de fronteira encobrem conflitos de outras escalas;
• Estrutura político-territorial em diversas escalas – central ao local;
• Federalismo: estrutura, hierarquia, autonomia;
• Geografia eleitoral - análise do comportamento eleitoral de cada espaço
EUROPA
• Entre 1945 e 1975 – ausente nos meios acadêmicos
• Centro político das tensões internacionais –
• Crise – 1974 – liderança dos EUA perde força - procura por saída Européia;
• Acordos, projetos de desarmamento e cooperações diminuem o clima de
tensão/movimentos pacifistas;
• Autonomia estratégica – França/Alemanha em relação aos EUA e URSS;
• Fortalecimento da Comunidade Econômica Européia;
• Renovação a geografia
• Processos de planejamento regional, conceitos da economia, novas técnicas de gestão do
território;
• Surgimento da geografia critica (Justiça Social e a cidade – David Harvey – Inglaterra)
A geografia política retorna renovada
Autores destacados
Claude Raffestin –
Trabalho sobre fronteiras/geografia do poder;
Yves Lacoste
A geografia serve, antes de tudo para fazer a guerra!
• O livro: polêmico – causou debates sobre a geografia no mundo inteiro. Desvenda as
contradições, fragilidades e comprometimentos do discurso geográfico.
– “Geografia dos Estados” – geografia dos “professores” – absoluta despolitização;
– Criação da revista Hérodote: politizar a geografia - não ser só pragmática e incorporar
o debate político e ideológico;
Paul Claval
• Analisa o que já havia sido produzido e rompe com a idéia de relacionar Espaço/Estado
como forma exclusiva de poder.
– Essa relação tem que considerar as formas complexas das sociedades contemporâneas
– geografia do poder, para desvendar as relações.
Temas de pesquisa da geografia política
• Modelos locacionais;
• Geografia comportamental;
• Gestão do espaço nacional;
• Organização do poder público;
• Autonomia local e regional;
• Organização e problemas do mundo subdesenvolvido;

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Geog __Aula_II_2019.ppt

C A P 02 O P O D E R D O S E U A S O B R E A A MÉ R I C A L A T I N A
C A P 02  O  P O D E R  D O S  E U A  S O B R E  A  A MÉ R I C A  L A T I N AC A P 02  O  P O D E R  D O S  E U A  S O B R E  A  A MÉ R I C A  L A T I N A
C A P 02 O P O D E R D O S E U A S O B R E A A MÉ R I C A L A T I N AProfMario De Mori
 
O fim da guerra fria e o mundo final
O fim da guerra fria e o mundo finalO fim da guerra fria e o mundo final
O fim da guerra fria e o mundo finalPaulo Gomes
 
A uniao europeia_e_a_atual_crise_internacional
A uniao europeia_e_a_atual_crise_internacionalA uniao europeia_e_a_atual_crise_internacional
A uniao europeia_e_a_atual_crise_internacionalantonilofp
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e Históriakikirinhabt
 
Guerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e GeometriaGuerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e Geometriakikirinhabt
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e Históriakikirinhabt
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e Históriakikirinhabt
 
Guerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e GeometriaGuerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e Geometriakikirinhabt
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e Históriakikirinhabt
 
Guerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e GeometriaGuerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e Geometriakikirinhabt
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e Históriakikirinhabt
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e Históriakikirinhabt
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e Históriakikirinhabt
 
Guerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e GeometriaGuerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e Geometriakikirinhabt
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e Históriakikirinhabt
 

Semelhante a Geog __Aula_II_2019.ppt (20)

Geopolitica
GeopoliticaGeopolitica
Geopolitica
 
GUERRA FRIA I, BASES, BIPOLARIDADE, MURO DE BERLIM, CORRIDAS ESPACIAL E ARMAM...
GUERRA FRIA I, BASES, BIPOLARIDADE, MURO DE BERLIM, CORRIDAS ESPACIAL E ARMAM...GUERRA FRIA I, BASES, BIPOLARIDADE, MURO DE BERLIM, CORRIDAS ESPACIAL E ARMAM...
GUERRA FRIA I, BASES, BIPOLARIDADE, MURO DE BERLIM, CORRIDAS ESPACIAL E ARMAM...
 
Guerra Fria
Guerra FriaGuerra Fria
Guerra Fria
 
C A P 02 O P O D E R D O S E U A S O B R E A A MÉ R I C A L A T I N A
C A P 02  O  P O D E R  D O S  E U A  S O B R E  A  A MÉ R I C A  L A T I N AC A P 02  O  P O D E R  D O S  E U A  S O B R E  A  A MÉ R I C A  L A T I N A
C A P 02 O P O D E R D O S E U A S O B R E A A MÉ R I C A L A T I N A
 
2guerra
2guerra2guerra
2guerra
 
O fim da guerra fria e o mundo final
O fim da guerra fria e o mundo finalO fim da guerra fria e o mundo final
O fim da guerra fria e o mundo final
 
O apogeu da Europa
O apogeu da EuropaO apogeu da Europa
O apogeu da Europa
 
A uniao europeia_e_a_atual_crise_internacional
A uniao europeia_e_a_atual_crise_internacionalA uniao europeia_e_a_atual_crise_internacional
A uniao europeia_e_a_atual_crise_internacional
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e História
 
Guerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e GeometriaGuerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e Geometria
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e História
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e História
 
Guerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e GeometriaGuerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e Geometria
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e História
 
Guerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e GeometriaGuerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e Geometria
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e História
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e História
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e História
 
Guerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e GeometriaGuerra Fria - História e Geometria
Guerra Fria - História e Geometria
 
Guerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e HistóriaGuerra Fria - Geometria e História
Guerra Fria - Geometria e História
 

Último

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 

Último (20)

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 

Geog __Aula_II_2019.ppt

  • 1. Geografia política e geopolítica – aula II, discursos geopolíticos. TEORIA DO PODER MARÍTIMO - Elaborador: Alfred Thayer Mahan (EUA, 1840-1914) – •Ótica Estado-unidense para as transformações mundiais; •Maior potência do mundo Inglaterra (pequena Ilha com grande frota de navios); •Toda teoria geopolítica implica numa forma de pensar a história; •Compete ao ocidente civilizar o mundo - a guerra é inevitável (Filósofo naval do imperialismo) •Obra analisando a influência e as estratégias do e para o poder marítimo (capacidade de uma nação aproveitar o mar): •O domínio dos mares seria indispensável ao desenvolvimento e à segurança; •Domínio dos mares - concepção integrada de todas as atividades ligadas ao mar: poder naval e mercante (controle de rotas, acessos, bases e do comércio); •Concepção dos oceanos e mares como espaço social e político com características próprias; •Fundamentos do poder marítimo: •Posição geográfica: caso da Inglaterra - posição privilegiada – controle dos portos continentais e proteção territorial – controle estratégico: Gibraltar, Suez, Esperança e bases em todos os continentes; EUA: grande ilha - combinar recursos e posição: • proteger os acessos, construir o canal do Panamá, postos no Caribe e Ásia, de forma a articular Pacífico e o Atlântico.
  • 2. • Fundamentos do poder marítimo: • Configuração física: características do litoral - recortados, baias X costas inóspitas; embocaduras de grandes rios navegáveis – permitem articulação. – EUA: tendência continental – critica a conquista do interior; • Extensão do território: relativo. A extensão do litoral e suas características é fundamental – Densidade de população/distribuição sobre o território, com atividades ligadas ao mar: – EUA: Possui apenas potencialidade – população não ligada ao mar; • Caráter nacional: concretização de empreendimentos nacionais voltados aos mares – direcionar ações nessa direção conscientemente; – Requisitos: produção, transporte e bases (colônias) – EUA: Seguir exemplo da Inglaterra – transformar o comércio em potencialidades interna; • Caráter de governo: Combinação de governo e instituições – políticas de governo democráticos e despóticos. Só governos democráticos conseguem construir a vontade nacional; EUA: compor um sistema defensivo e um sistema de ataque baseado numa marinha de guerra. Realizado do controle do canal Panamá, domínio de arquipélagos como Havaí e Filipinas - controle do Pacifico – Influência direta em toda política externa dos EUA.
  • 3. TEORIA DO PODER TERRESTRE • Geógrafo Halford John Mackinder (Inglaterra, 1861-1947). Contexto: • Transformações no continente Europeu na transição do séc. XIX p/ XX; • O Império Britânico e as disputas imperialistas que causaram a primeira guerra; • As conseqüências da guerra, no período interguerras e a segunda guerra mundial. Pressupostos: • Cada século produz sua própria perspectiva geográfica – (superação do poder marítimo); • Visão global do mundo: há uma interdependência entre fatores físicos, econômicos ou militares; – Concepção do mundo como sistema político fechado; • Mares dominados pela Europa ocidental e a maior extensão de massa terrestre dominada pela Rússia; • História: conflito entre o continentalismo e o oceanismo: – Potências terrestres com estratégia p/ domínio das áreas periféricas, buscando saídas para mares e oceanos; – Potências insulares com estratégia de domínio das linhas exteriores para manter potências terrestres dentro dos seus limites; • O poder terrestre poderia lançar-se ao mar, usando a plataforma continental, com mais facilidade do que o poder marítimo lançar-se às massas terrestres, a partir do mar;
  • 4. Conceitos da teoria: Great Ocean: Existe apenas um grande oceano que cobre ¾ da superfície do globo; World Island: Europa, Ásia e África formam um único continente (85% população) – Américas e Austrália consideradas ilhas satélites; Heartland (área pivô): leitura física e social da Eurásia - 23 milhões de km2 de terra situados no interior da World Island, formando uma fortaleza natural inacessível; Inner crescent: regiões anfíbias – pontos de fricção entre poderes – espaço de expansão ou barreira de contenção; Outer crescent: localização das potências marítimas; Quem dominar a Europa Oriental controlará o coração continental; Quem dominar o coração continental controlará a ilha mundial; Quem dominar a ilha mundial controlará o mundo”
  • 5. Leitura política • Realismo - visão de que Estados despóticos tendiam a expansão; • Desenvolvimento tecnológico: durante séculos foi centrado em comunicação marítima; – Nova fase: a comunicação passou a ser por terra (trem) – Exemplo russo (transiberiana-rumo a Ásia) e alemão (ferrovia até o Golfo Pérsico); • Alemanha: nova potência ameaçando a Rússia (terrestre) e Inglaterra (marítima) • Primeira Guerra: teste da teoria - vitória do poder Marítimo Anglo-americano – com auxílio Russo – • Pós 1917 - Pela primeira o Heartland estava guarnecido por um grande poder; • Domínio pela Alemanha do Heartland ou vice-versa – projetaria grande Poder mundial – Hipótese leva no Pós-Guerra a isolar a Alemanha da Rússia – Criação do “cordão sanitário” - Conferência de Versalhes (1919). • Criação de oito Estados (mais os bálticos) entre Rússia e Alemanha com territórios dos impérios destruídos pela guerra; • 1938/39 – Alemanha e Rússia partilham a Polônia – Rússia invade os estados Bálticos; • A partir de 1940 – todo leste Europeu é sucessivamente invadido pela Alemanha – fim do cordão sanitário; • Invasão da Rússia: – Obtenção do espaço vital (Alemanha) - geopolítica alemã – Heartland como retaguarda estratégica + contra- ofensiva (Rússia);
  • 6. • Haushofer e a escola Alemã de Geopolítica – Karl Haushofer (Munique, Alemanha – 1869-1946) – Prof. Escola de Estado Maior – representante alemão no exército Japonês – livre docente na Universidade de Munique (Geografia e geopolítica) – Combateu na primeira guerra (França, Itália, Turquia e Rússia) – Influências: Ratzel e Mackinder (domínio do Heartland); – Organizou e dirigiu o Instituto de Geopolítica e a revista de geopolítica; • Arquivo sistemático abarcando assuntos do mundo inteiro – o mais completo posto a disposição no período; – Contexto alemão após primeira guerra; – Concepção: o espaço “rege a história da humanidade” - modela e determina todas as esferas da vida social; – A teoria – Cinco conceitos fundamentais: • Autarquia: Ideal da auto-suficiência econômica nacional – ou cada unidade política deve produzir tudo o que necessita • Só pode ser atingido para quem possuísse espaços amplos, com tipos climáticos variados e recursos naturais diversificados; • Lebensraum(espaço vital): direito que uma nação tem de ampliar o espaço para sua população, levando em conta todos os recursos; – Direito pautado no crescimento diferencial dos estados e do Estado enquanto organismo: aqueles jovens, em crescimento, devem expandir-se; busca de reservas territoriais. – Hitler escreve sobre a relação do espaço vital e segurança de uma nação (liberdade e segurança relacionadas a dimensão do território - pequenas nações são convite à conquista);
  • 7. A teoria • Pan-regiões: área supercontinentais que permitiriam a realização do ideal de autarquia – divisão do mundo em 04 grandes áreas: – Pan-América: Ártico à Antártida – liderada pelos Estados Unidos; – Pan-Ásia: Parte oriental do continente asiático, Austrália e ilhas adjacentes -liderada pelo Japão; – Euráfrica: Compreenderia a Europa e a África – liderada pela Alemanha; – Pan-Rússia: Concessão dado as dificuldades de equilíbrio – União Soviética e Índia; • Poder terrestre x poder marítimo: Caminho mais seguro para Alemanha é tomar a Rússia e, numa segunda e terceira fases, o crescente interior e exterior; - Acordo com a Rússia, em 1939; • Fronteira: A fronteira é um campo de batalha – – As fronteiras são apenas expressões do poder num momento considerado - São temporárias e os tratados não podem impedir o crescimento de uma nação;
  • 8. • A discussão Haushofer x Hitler • Teses diferenciadas sobre a influência de Haushofer sobre Hitler e a política externa Alemã; • Para Haushofer: – Mackinder: visão de mundo numa ótica antigermânica – Haushofer apropria-se da teoria para uma ótica antibritânica; • Defesa do bloco Euro-asiático, formado por Rússia, Japão e Alemanha como forma de se contrapor ao poder Inglês; – Os imperativos geopolíticos devem se sobrepor às divergências ideológicas; • Oposição a guerra contra a Rússia; – Para Hitler: – O inimigo maior era a França e a Rússia, pois poderiam rivalizar o poder continental Alemão; • Proposição de um acordo (antes e durante a Guerra) com a Inglaterra; – Invasão da Rússia em 1941 • concepção: diferente das tentativas anteriores, o Exército Alemão tinha alto preparo e condições tecnológicas venceria a Rússia;
  • 9. SPYKMAN – A GEOGRAFIA NA POLÍTICA EXTERIOR – EUA • Nicholas J. Spykman (1891-1943) – Holandês naturalizado nos EUA • Escreveu A estratégia dos Estados Unidos no Quadro Mundial (1942) e a Geografia da Paz (1944) – obras editadas durante a segunda guerra; • Contexto: no interior dos EUA duas posições excludentes – O idealismo – defesa da idéia da paz mundial por meio de uma comunidade de poder (isolamento em relação a política internacional) – buscava política de contenção no hemisfério ocidental; – O realismo – a paz só poderia ser mantida por uma política de segurança internacional (intervenção na política internacional - forma de proteção); • Para Spykman: – a ordem internacional tem que ser garantida por um grupo de estados (diplomacia ou força) que controlam e subordinam médias e pequenas potências; – Primeira linha de defesa dos EUA no outro lado do Atlântico e do Pacifico; – A extensão territorial afeta o poder relativo; – A estrutura econômica, densidade demográfica e os recursos naturais; – A posição do país determina o grau de proximidade com centros de poder, zonas de conflito; – Os estados que querem conservar seu poder devem preparar seu planejamento estratégico e político em escala global; • Os EUA estão em vantagem em relação aos itens;
  • 10. • Adoção do mapa de projeção polar – Ressalta a continuidade das massas terrestres no entorno do Ártico; – Mostram posição privilegiada do hemisfério ocidental (antes era periférica) – As massas continentais estão concentradas no hemisfério norte e se dispersam sob forma de uma estrela do mar; – Os continentes do norte são próximos e há um isolamento do sul; – As relações entre os EUA com as frentes atlântica e pacífica da Eurásia definem a política mundial – O hemisfério ocidental e a Eurásia confrontam-se no ártico – nova perspectiva de ações com o poder aéreo; • As analises geopolíticas devem ser apoiadas num mapa-múndi que destaque o estado considerado; • Geoestratégia dos EUA - colocado no centro do mundo e, a partir daí analisa a posição das outras massas continentais e mares; • Relações políticas sempre foram representadas em mapas de projeção cilíndrica – a Europa como centro • O surgimento de outros centros de poder a margem do continente europeu levou a novos tipos de mapas que pudessem representar mais precisamente as relações internacionais;
  • 11. Política de segurança dos EUA; • Existem diferentes níveis de desenvolvimento entre os Estados - quem está satisfeito defende o status quo político e territorial – A guerra é a opção dos que desejam modificar a situação; – Todo estado tem o direito de se organizar para se proteger pela força, se necessário; • Organizar-se para gerar poder não compensado - disponível para exercer papel decisivo no continente europeu - determinar a sua política; • A Europa precisa continuar dividida e equilibrada (compensação interna do poder); – Não interessava para os EUA um país (Rússia ou Alemanha) fortes ou uma Federação de Estados forte; – A segurança dos EUA - Eurásia sem poder influente na Europa e no Oriente; • Os poderes marítimos e aéreo: instrumentos para alcançar decisões terrestres – Aos EUA importa as áreas marginais da Eurásia – a primeira linha de defesa; • Os EUA devem manter hegemonia incontestável e não compartilhada no hemisfério ocidental, a segunda linha de defesa;
  • 12. – Otan: aliança com o rimland europeu –vedava o acesso russo à periferia da Europa ocidental e Atlântico; – Otase (Sudeste asiático) aliança com o rimland asiático: bloqueio do acesso russo ao Oceano Pacífico; – Cento (Tratado central) aliança com o rimland do oriente médio: fechava a passagem para o golfo Pérsico e o oceano índico; • Substitui o Haertland pelo Rimland (região das fímbrias) que será fundamental estratégia pós-guerra dos EUA; “quem controla o rimland domina a Eurásia; quem domina a Eurásia controla os destinos do mundo” – Impedir o avanço do comunismo e proteger o sistema dos EUA
  • 13. • Teoria do Poder Aéreo • Durante a primeira guerra foram usados aviões para operações de observações, reconhecimento e orientação (1914) com pouco poder de fogo – Em 1918 começou a ser utilizado contra tropas; Resultados pontuais; • Primeiro teórico: Giulio Douhet (Itália, 1869-1930) – filósofo do poder aéreo; • Obras e idéias influenciaram a formação do poder aéreo de vários países, especialmente EUA e Inglaterra; – Willian Mitchel: defende a organização de uma força aérea independente nos EUA – A marinha já não era o suficiente para a defesa do País; • A partir da obra de Douhet foram estabelecidos os conceitos fundamentais para o emprego do avião como um novo poder - O domínio do ar passa ser fundamental para segurança de uma nação e para o resultado dos conflitos; (teorização sobre ofensiva, defensiva, interdição, propósitos estratégicos; raio de ação, mobilidade, etc); • Na segunda guerra tais conceitos são utilizados: – Inglaterra, primeira grande luta aérea - 3.000 aviões são fundamentais para impedir a invasão alemã; – Normandia: 6.000 aviões interditam a força alemã e permitem o desembarque aliado; • O avião passa a ser considerado em todas as estratégias e a partir da década de 60 se insere ao poder Aeroespacial – Compressão do tempo/espaço;
  • 14. • Concepção Geoestratégia: • O mundo é dividido em duas grandes áreas de domínio aéreo: • Soviético: cobre Eurásia, quase toda África e América do Norte; • EUA: norte da África, todas as Américas e Ásia; • As duas áreas se superpõem – zona de decisão que cobre América do Norte, norte da África, Europa e parte Ásia; • Dentro dessa área estão os Heartlands industriais dos dois países; • Continente Americano divide-se em três faixas: Alasca, Canadá e Terra Nova (desenvolvimento de operações – ponto de partida), EUA ( faixa industrial – produção dos meios e concentração da defesa); América Central e do Sul (faixa de suprimentos – reservatório de alimentos e materiais – preparar para apoiar o esforço nas outras faixas); • Alexander Seversky, (Russo, naturalização nos EUA) – Principal elaborador de como usar poder aéreo em estratégias globais e articulação no conjunto das forças de uma nação; – Somente após a segunda guerra é que se tornou possível a autonomia aérea transoceânica;
  • 15. Aula II - A AFIRMAÇÃO DA GEOGRAFIA POLÍTICA COMO DISCIPLINA CIENTÍFICA EUA •Status acadêmico: busca estudar a relação Estado/Sociedade/território; •Recupera os temas clássicos inovando-os; propõem novos temas - gestão interna do território. Autores destacados Richard Hartshorne •Corrigir os desvios não científicos da geografia política; •Papel das fronteiras. Raça x cultura. Fronteira política x nacional. •Estado: organização política complexa - adesão consentida dos cidadãos: base social – fenômeno político-geográfico que se expressa nas interações entre centralidade e diversidade. •Abandonar preocupações morfológicas: forma, localização, regiões naturais, em prol de estudar as relações de funcionamento: interações entre unidades políticas – como os grupos sociais definem seu comportamento político. Derwent Whittlesey •Estado: principal fato político que se localiza na terra e fator centralizador das relações •Desigual distribuição na superfície, com estruturas diferentes, mas com tendências gerais semelhantes (possibilidade de analisar sob leis universais) •Fatores de coesão/circulação como forma de evitar desintegração e regionalismos
  • 16. Jean Gottmann • Trata do significado do território para os grupos humanos: – Os povos aspiraram a universalidade, mas sempre dividiram o espaço ajustando-se a outros grupos, criando unidades políticas; • Território - duplo sentido em aparente contradição: cercear a liberdade e lugar ao sol - acesso do grupo ao sistema de relações; – A divisão do espaço organiza as relações internas e externas do grupo: • Interna - cria um elemento de centralidade, representado por uma autoridade que exercitaria a soberania naquele espaço/ ajusta os recursos em função das suas políticas – segurança; – A blindagem é seletiva, em função dos valores e opções políticas dos grupos; • Externa- acessibilidade ao outro, ou seja, a divisão política como oportunidade para relações; • Segurança e oportunidade requerem a organização interna, com organização subseqüente das relações externas; • Conflito: a procura da segurança pode ser antagônica ao anseio por maiores oportunidades. A primeira revelaria a busca de um isolamento relativo e a segunda a um grau de interdependência com o exterior; • Atualidade: confronto - Forças de circulação X iconografia – Circulação: capital, informações, mercadorias – tendem a abertura; – Iconografia: Estados, nacionalismos, regionalismos, identidades.
  • 17. Stephen Jones • Preocupação com a fragmentação do estudo sobre o estado: propõe campo teórico unificado- geografia política/ciência política – unificação dos conceitos e linguagem – análise das comunidades políticas (bairro, família, região, povos). Lucile Carlson • Estudo sistemático sobre relações internacionais: base - articulação dos conceitos, teorias e fatos da situação internacional; • Relatividade dos fatores espaciais: localização, dimensão, forma – importante em situações especificas; • Relações sociais, tecnológicas, industriais – combinação de fatores num mesmo espaço político; • Análise dos blocos – diferença: acordo X dominação – futuro: organizações supranacionais; • A geografia política é a culminância do pensamento geográfico: objeto e método; integram a geografia, a história, a ciência política e as relações internacionais. . Norman Pounds • Estado como conceito chave: não possui consciência ou vontade, mas sim os indivíduos que o mantém; (?) • Fronteira como lugar a separação – políticas obstruem a interação; – Conflitos de fronteira encobrem conflitos de outras escalas; • Estrutura político-territorial em diversas escalas – central ao local; • Federalismo: estrutura, hierarquia, autonomia; • Geografia eleitoral - análise do comportamento eleitoral de cada espaço
  • 18. EUROPA • Entre 1945 e 1975 – ausente nos meios acadêmicos • Centro político das tensões internacionais – • Crise – 1974 – liderança dos EUA perde força - procura por saída Européia; • Acordos, projetos de desarmamento e cooperações diminuem o clima de tensão/movimentos pacifistas; • Autonomia estratégica – França/Alemanha em relação aos EUA e URSS; • Fortalecimento da Comunidade Econômica Européia; • Renovação a geografia • Processos de planejamento regional, conceitos da economia, novas técnicas de gestão do território; • Surgimento da geografia critica (Justiça Social e a cidade – David Harvey – Inglaterra)
  • 19. A geografia política retorna renovada Autores destacados Claude Raffestin – Trabalho sobre fronteiras/geografia do poder; Yves Lacoste A geografia serve, antes de tudo para fazer a guerra! • O livro: polêmico – causou debates sobre a geografia no mundo inteiro. Desvenda as contradições, fragilidades e comprometimentos do discurso geográfico. – “Geografia dos Estados” – geografia dos “professores” – absoluta despolitização; – Criação da revista Hérodote: politizar a geografia - não ser só pragmática e incorporar o debate político e ideológico; Paul Claval • Analisa o que já havia sido produzido e rompe com a idéia de relacionar Espaço/Estado como forma exclusiva de poder. – Essa relação tem que considerar as formas complexas das sociedades contemporâneas – geografia do poder, para desvendar as relações. Temas de pesquisa da geografia política • Modelos locacionais; • Geografia comportamental; • Gestão do espaço nacional; • Organização do poder público; • Autonomia local e regional; • Organização e problemas do mundo subdesenvolvido;