DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
APOGEU E DECLÍNIO DA INFLUÊNCIA EUROPEIA.docx
1. APOGEUEDECLÍNIODAINFLUÊNCIAEUROPEIA
Supremacia europeia sobre o mundo
Ao começar o século XX a Europa é…
A fábrica do mundo
O maior banqueiro mundial
O principal centro do comércio
O mais ativo foco cultural
A supremacia europeia justifica-se pelos progressos técnicos e a expansão de capitalismo industrial e
financeiro, ocorridos ao do século XIX.
A concorrência americana e japonesa
Estados Unidos da América:
ricos em matérias-primas e em mão de obra
burguesia dinâmica e empreendedora
mercado vasto para colocar os produtos transformados
Japão
técnicas importadas da Europa
mão de obra barata
Interesse pelos territórios da África, Ásia e América do Sul
Os países mais desenvolvidos procuram alargar os seus territórios devido:
à necessidade de procurar novas novas fontes de matérias primas a baixos preços
à possibilidade de alargar mercados
à exploração de novos produtos
à existência de capitais disponíveis para investir
Colonialismo – sistema de dominação politica, económica e cultural exercida por um estado
(metrópole) sobre um ou mais territórios (as colónias) cujo o principal objetivo é a exploração
económica.
Imperialismo – politica de expansão e domínio territorial efetivo, civilizacional e / ou económico de
uma nação sobre outras.
Clima de tensão entre os países europeus
Os países mais industrializados entraram em competição pelos territórios ricos em matérias primas,
criando-se assim rivalidades entre eles. Para além destas rivalidades económicas e de disputas
territoriais havia tensões nacionalistas em que vários povos na região dos Balcãs estavam contra o
domínio do império Austro-Húngaro.
Nacionalismo – atitude e prática politica, de alguns Estados, de exaltação patriótica. Geralmente,
esse patriotismo glorifica o passado e os valores nacionais com vista a garantir a unidade nacional.
2. As viagens de exploração
A Europa possuía vastos domínios coloniais e algumas dessas áreas eram ainda pouco conhecidas,
sobretudo as do interior do continente africano. Com o objectivo de explorar e efectivar a posse
dessas regiões, foram organizadas várias expedições.
Principais exploradores: Livingstone; Standley; Brazza; Serpa Pinto; Roberto Ivens; Brito Capelo
Conferência de Berlim
Para resolver a partilha de África realizou-se a conferencia de Berlim onde ficou estabelecido que os
territórios africanos pertencessem aos países que demonstrassem capacidade para os
ocupar. (principio da ocupação efectiva)
Mapa cor-de-rosa
Após a conferencia de Berlim, Portugal apresentou o mapa cor-de-rosa, que consistia na pretensão
de unir os territórios de Angola a Moçambique.
Ultimato Inglês
O projeto português colidia com os interesses ingleses que pretendiam juntar os territórios que iam
do Cairo (Egipto) ao Cabo (África do Sul). Sendo assim, a Inglaterra fez um ultimato exigindo a
retirada das tropas portuguesas dos territórios entre Angola e Moçambique. Portugal, sem
possibilidade de enfrentar a mais forte das potências coloniais da época, cedeu ás suas exigências.
Os antecedentes da 1ª Guerra Mundial
A rivalidade económica e os nacionalismos
O desejo de exercer influência e dominar os mais ricos territórios mundiais criou rivalidades entre
os países da Europa e intensificou o orgulho patriótico de algumas nações:
a Alemanha, a França e a Inglaterra, disputavam os territórios coloniais mais ricos ou
estrategicamente situados;
a França queria recuperar os territórios da Alsácia e da Lorena, anexados pela
Alemanha;
na Alemanha crescia um movimento politico que defendia a união de todos os povos
germânicos e proclamava a superioridade da sua raça;
a região dos Balcãs era constituída por povos que desejam tornar-se independentes dos
Impérios Austro-Húngaro e Otomano (Turco);
a Itália reclamava alguns territórios a norte da Península Itálica que se encontravam
integrados no Império Austro-Húngaro;
a Polónia, dividida pela Áustria, Rússia e Alemanha, ambicionava tornar-se unida e
autónoma.
3. A Politica das Alianças
Perante este contexto de rivalidades económicas e politicas, os países europeus formaram duas
alianças:
a Tríplice Aliança, em 1882, e que integrava a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a
Itália;
a Tríplice Entente, em 1907, composta pela Inglaterra, a França e a Rússia.
Qualquer situação conflituosa ocorrida entre dois países adversários arrastaria os seus aliados,
obrigados a prestar-lhes apoio militar. Devido a esta instabilidade, as grandes potencias procuram
armar-se, apesar de ainda se manterem em paz. A Europa viveu, assim, nos primeiros anos do
século XX, um clima de paz armada.
O que despoletou a Guerra?
No dia 28 de Junho de 1914, o herdeiro do Império Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco
Fernando, é assassinado em Sarajevo, por um estudante sérvio.
O Império Austro-Húngaro responsabilizou a Sérvia pelo atentado e, com o apoio da Alemanha,
declara guerra á Sérvia, aliada da Rússia, o que desencadeia o sistema das alianças. As sucessivas
declarações de guerra, entre países das duas alianças, deram origem ao inicio da 1ª Guerra Mundial.
Na Europa, o conflito desenrolou-se em três frentes:
na frente ocidental, do mar do Norte à fronteira da Suiça e desta ao mar Adriático;
na frente oriental, do mar Báltico ao mar Negro;
na frente balcânica, do mar Adriático à Turquia.
As Fases da Guerra
1ª Fase – Guerra de movimentos (1914)
A 1ª Fase da Guerra foi caracterizada pelos movimentos ofensivos rápidos;
A Alemanha invadiu a Bélgica (país neutro) e entrou no Norte de França. Com algum êxito; desejava
chegar rapidamente a Paris.
Em Novembro de 1914, o exercito Francês deteve o avanço dos alemães (1ª batalha de Marne),
impedindo-os de tomar Paris.
Na frente oriental os exércitos alemães conseguiram grandes vitórias sobre os Russos.
4. 2ª Fase – Guerra de defesa de posições (1915 – 1918)
Para conservar as regiões ocupadas, as tropas em confronto escavaram uma extensa rede de valas e
abrigos.
Ao longo desta etapa a situação militar é marcada por vários acontecimentos:
Adesão de outros países à guerra.
- do lado dos Aliados: Itália, China, Brasil e Portugal
- do lado das Potências Centrais: Bulgária
Aperfeiçoamento dos meios de ataque que se tornaram cada vez mais mortíferos:
Canhões de longo alcance; morteiros; carros blindados; granadas de mão; metralhadoras
Zepelins¸aviões; submarinos; gás de cloro.
Travaram-se grandes batalhas, das quais se destacam:
Batalha de Verdun – ofensiva alemã (1916)
Batalha de Somme – iniciativa franco-britânica (1916)
Batalha da Jutlândia – no mar do Norte, entre a armada inglesa e a alemã (1916)
Novos fatores alteravam a situação de conflito:
Entrada dos americanos na guerra ao lado dos Aliados (Abril de 1917) – apoio económico e bélico e
participação de cerca de um milhão de militares à Europa.
A Rússia abandonou a guerra assinando o armistício de Brest-Litovsk com a Alemanha (Dezembro de
1917)
Os Alemães uma vez libertos da frente oriental, lançaram uma ofensiva no norte da França para
ocuparem Paris antes da chegada das tropas americanas. Recomeçava a guerra de movimentos.
3ª Fase – O retorno à guerra de movimentos (1915 – 1918)
A vitória dos Aliados
As crescentes dificuldades dos alemães devido ao bloqueio económico que os privou de alimentos e
matérias-primas.
Na frente Balcânica os exércitos das potências centrais sofreram pesadas derrotas, a Bulgária (28 de
Setembro) e a Turquia (30 de Outubro) renderam-se, solicitando o fim das hostilidades.
na Itália, o exército Austro-Húngaro foi derrotado e rendeu-se.
A Alemanha, face a esta situação sentiu-se isolada e impotente. A 11 de Novembro de 1918, o
governo Alemão assinou o Armistício em Rethondes (França) que terminava a 1ª Guerra Mundial.