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Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
cópias iguais.
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
cópias iguais.
Distanciamento entre o
sujeito poético e a
sociedade
Paradoxo entre o “não
cansaço” e a desilusão
presente no sujeito
poético
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
Pausa na reflexão do
sujeito poético
O sujeito poético ganha
consciência daquilo que
sente e admite o seu
cansaço
Tentativa de expressão
do sujeito poético,
ausência de respostas e
conclusão de que o
cansaço expresso pelo
sujeito poético é falso
Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
cópias iguais.
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
cópias iguais.
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
Não, não é cansaço…5
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É um domingo ás avessas 6
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E afinal é a mesma coisa variada em cópias
iguais.16
Não. Cansaço porquê?5
É uma sensação abstrata5
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Qualquer coisa como um grito7
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Por sofrer,3
Ou por sofrer completamente,7
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Isso mesmo como…5
Como o quê? …3
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.15
(Ai cegos que cantam na rua,7
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Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
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Porque oiço, vejo.4
Confesso: é cansaço! ...5
Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
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Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
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Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
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cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
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Que é a guitarra de um, a viola do outro e a
voz dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
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E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
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E afinal é a mesma coisa variada em
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Não. Cansaço porquê?
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Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
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Análise do poema "Não, não é cansaço"

  • 1.
  • 2. Não, não é cansaço… É uma quantidade de desilusão Que se me entranha na espécie de pensar, É um domingo ás avessas Do sentimento, Um feriado passado no abismo… Não, cansaço não é… É eu estar existindo E também o mundo, Com tudo aquilo que contém, Com tudo aquilo que nele se desdobra E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais. Não. Cansaço porquê? É uma sensação abstrata Da vida concreta- Qualquer coisa como um grito Por dar Qualquer coisa como uma angustia Por sofrer, Ou por sofrer completamente, Ou por sofrer, como … Isso mesmo como… Como o quê? … Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço. (Ai cegos que cantam na rua, Que formidável realejo Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz dela!) Porque oiço, vejo. Confesso: é cansaço! ...
  • 3. Não, não é cansaço… É uma quantidade de desilusão Que se me entranha na espécie de pensar, É um domingo ás avessas Do sentimento, Um feriado passado no abismo… Não, cansaço não é… É eu estar existindo E também o mundo, Com tudo aquilo que contém, Com tudo aquilo que nele se desdobra E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais. Distanciamento entre o sujeito poético e a sociedade Paradoxo entre o “não cansaço” e a desilusão presente no sujeito poético
  • 4. Não. Cansaço porquê? É uma sensação abstrata Da vida concreta- Qualquer coisa como um grito Por dar Qualquer coisa como uma angustia Por sofrer, Ou por sofrer completamente, Ou por sofrer, como … Isso mesmo como… Como o quê? … Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço. (Ai cegos que cantam na rua, Que formidável realejo Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz dela!) Porque oiço, vejo. Confesso: é cansaço! ... Pausa na reflexão do sujeito poético O sujeito poético ganha consciência daquilo que sente e admite o seu cansaço Tentativa de expressão do sujeito poético, ausência de respostas e conclusão de que o cansaço expresso pelo sujeito poético é falso
  • 5. Não, não é cansaço… É uma quantidade de desilusão Que se me entranha na espécie de pensar, É um domingo ás avessas Do sentimento, Um feriado passado no abismo… Não, cansaço não é… É eu estar existindo E também o mundo, Com tudo aquilo que contém, Com tudo aquilo que nele se desdobra E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais. Não. Cansaço porquê? É uma sensação abstrata Da vida concreta- Qualquer coisa como um grito Por dar Qualquer coisa como uma angustia Por sofrer, Ou por sofrer completamente, Ou por sofrer, como … Isso mesmo como… Como o quê? … Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço. (Ai cegos que cantam na rua, Que formidável realejo Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz dela!) Porque oiço, vejo. Confesso: é cansaço! ...
  • 6. Não, não é cansaço… É uma quantidade de desilusão Que se me entranha na espécie de pensar, É um domingo ás avessas Do sentimento, Um feriado passado no abismo… Não, cansaço não é… É eu estar existindo E também o mundo, Com tudo aquilo que contém, Com tudo aquilo que nele se desdobra E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais. Não. Cansaço porquê? É uma sensação abstrata Da vida concreta- Qualquer coisa como um grito Por dar Qualquer coisa como uma angustia Por sofrer, Ou por sofrer completamente, Ou por sofrer, como … Isso mesmo como… Como o quê? … Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço. (Ai cegos que cantam na rua, Que formidável realejo Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz dela!) Porque oiço, vejo. Confesso: é cansaço! ...
  • 7. Não, não é cansaço…5 É uma quantidade de desilusão10 Que se me entranha na espécie de pensar,10 É um domingo ás avessas 6 Do sentimento,4 Um feriado passado no abismo…10 Não, cansaço não é…5 É eu estar existindo6 E também o mundo,5 Com tudo aquilo que contém,6 Com tudo aquilo que nele se desdobra10 E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.16 Não. Cansaço porquê?5 É uma sensação abstrata5 Da vida concreta-5 Qualquer coisa como um grito7 Por dar2 Qualquer coisa como uma angustia8 Por sofrer,3 Ou por sofrer completamente,7 Ou por sofrer, como …5 Isso mesmo como…5 Como o quê? …3 Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.15 (Ai cegos que cantam na rua,7 Que formidável realejo8 Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz dela!)14 Porque oiço, vejo.4 Confesso: é cansaço! ...5
  • 8. Não, não é cansaço… É uma quantidade de desilusão Que se me entranha na espécie de pensar, É um domingo ás avessas Do sentimento, Um feriado passado no abismo… Não, cansaço não é… É eu estar existindo E também o mundo, Com tudo aquilo que contém, Com tudo aquilo que nele se desdobra E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais. Não. Cansaço porquê? É uma sensação abstrata Da vida concreta- Qualquer coisa como um grito Por dar Qualquer coisa como uma angustia Por sofrer, Ou por sofrer completamente, Ou por sofrer, como … Isso mesmo como… Como o quê? … Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço. (Ai cegos que cantam na rua, Que formidável realejo Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz dela!) Porque oiço, vejo. Confesso: é cansaço! ...
  • 9. Não, não é cansaço… É uma quantidade de desilusão Que se me entranha na espécie de pensar, É um domingo ás avessas Do sentimento, Um feriado passado no abismo… Não, cansaço não é… É eu estar existindo E também o mundo, Com tudo aquilo que contém, Com tudo aquilo que nele se desdobra E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais. Não. Cansaço porquê? É uma sensação abstrata Da vida concreta- Qualquer coisa como um grito Por dar Qualquer coisa como uma angustia Por sofrer, Ou por sofrer completamente, Ou por sofrer, como … Isso mesmo como… Como o quê? … Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço. (Ai cegos que cantam na rua, Que formidável realejo Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz dela!) Porque oiço, vejo. Confesso: é cansaço! ...