Poema de Fernando pessoa mais concretamente o seu heterónimo , Álvaro Campos.
Poema:
Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
Recursos Estilisticos:
- Repetição/ anafora ( cores variadas no slide 8)
- Metáfora ( a vermelho no slide 6)
- Antítese ( roxo no slide 9)
- Repetição (a preto no slide 9)
Métrica :
- irregular
- nº de silabas métricas no slide 7 a vermelho
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Análise do poema "Não, não é cansaço"
1.
2. Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
cópias iguais.
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
3. Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
cópias iguais.
Distanciamento entre o
sujeito poético e a
sociedade
Paradoxo entre o “não
cansaço” e a desilusão
presente no sujeito
poético
4. Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
Pausa na reflexão do
sujeito poético
O sujeito poético ganha
consciência daquilo que
sente e admite o seu
cansaço
Tentativa de expressão
do sujeito poético,
ausência de respostas e
conclusão de que o
cansaço expresso pelo
sujeito poético é falso
5. Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
cópias iguais.
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
6. Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
cópias iguais.
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
7. Não, não é cansaço…5
É uma quantidade de desilusão10
Que se me entranha na espécie de pensar,10
É um domingo ás avessas 6
Do sentimento,4
Um feriado passado no abismo…10
Não, cansaço não é…5
É eu estar existindo6
E também o mundo,5
Com tudo aquilo que contém,6
Com tudo aquilo que nele se desdobra10
E afinal é a mesma coisa variada em cópias
iguais.16
Não. Cansaço porquê?5
É uma sensação abstrata5
Da vida concreta-5
Qualquer coisa como um grito7
Por dar2
Qualquer coisa como uma angustia8
Por sofrer,3
Ou por sofrer completamente,7
Ou por sofrer, como …5
Isso mesmo como…5
Como o quê? …3
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.15
(Ai cegos que cantam na rua,7
Que formidável realejo8
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
dela!)14
Porque oiço, vejo.4
Confesso: é cansaço! ...5
8. Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
cópias iguais.
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a
voz dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...
9. Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo ás avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…
Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em
cópias iguais.
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta-
Qualquer coisa como um grito
Por dar
Qualquer coisa como uma angustia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer, como …
Isso mesmo como…
Como o quê? …
Se soubesse, não haveria em mim este falso
cansaço.
(Ai cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, a viola do outro e a voz
dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço! ...