SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Grau Complementar
______________________________________________________________________
Módulo C-1
V
Va
am
mo
os
s v
ve
er
r e
e o
ou
uv
vi
ir
r o
o M
Mu
un
nd
do
o
_______________________________________________________________________________________________
2
Grau Complementar
Módulo: VAMOS VER E OUVIR O MUNDO
35 horas
Este módulo constituí um espaço de abertura a acontecimentos/notícias do mundo em que vivemos
ou a interesses específicos dos formandos. Por isso, deverá ser gerido de forma participada, como
um espaço onde formandos e formadores poderão debater e decidir em conjunto as temáticas a
desenvolver e as metodologias a utilizar. Com efeito, entende-se como grande finalidade deste
módulo a criação de um espaço de discussão e abordagem de questões e/ou problemas que pela sua
centralidade ou especificidade se revelem pertinentes para o desenvolvimento de competências dos
formandos, reforçando a sua autonomia em relação ao saber e à própria formação.
Este módulo aponta ainda para um trabalho interdisciplinar1 e constitui uma oportunidade para
promover atitudes essenciais à compreensão e à participação activa no mundo actual: o
desenvolvimento de atitudes de maior disponibilidade para a formação permanente, de maior
autonomia (crítica) face à informação e aos media, de promoção da acessibilidade à informação
em suporte digital, de gosto pela compreensão e pela intervenção no mundo que nos rodeia.
Recomenda-se, por isso, que na abordagem deste módulo se dê prioridade à negociação das
temáticas a estudar e das metodologias a utilizar, na convicção de que as competências de recolha,
selecção, análise e tratamento de informação, de identificação de estratégias de abordagem
adequadas aos conteúdos e aos contextos e de planeamento das tarefas serão procuradas pelos
próprios formandos e reconhecidas como centrais ao seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Poderão ser exemplos de alguns temas a abordar as questões relacionadas com o trabalho, o
emprego e a profissão, questões associadas aos grandes problemas do mundo contemporâneo (as
desigualdades, o desenvolvimento tecnológico e os seus impactos sociais, o ambiente, etc.) e, como
é natural, os problemas do grupo, das relações interpessoais e do desenvolvimento pessoal e social.
1 Nomeadamente com o domínio de “Língua e Cultura portuguesa” e, eventualmente, com domínios da componente
tecnológica, no âmbito das ciências sociais, da língua estrangeira, etc.
3
Considera-se, no entanto, que a decisão sobre que temas abordar deverá surgir através de processos
de auscultação e negociação que, por um lado, garantam uma real implicação dos formandos e, por
outro, favoreçam interacções que permitam tomada(s) de posição - tanto quanto possível –
consensuais, sem prejuízo de, num mesmo grupo-turma de formandos coexistirem diferentes
processos e objectos de trabalho-estudo.
1 - Competências
As competências valorizadas neste módulo são essencialmente de natureza metodológica e
centram-se, quer no desenvolvimento de capacidades de pesquisa, organização e análise de
informação - essenciais a uma capacidade (auto-sustentada) de compreensão do mundo actual –
quer no domínio de metodologias e de instrumentos de auto-formação, perspectivando-se assim a
intervenção dos formandos como cidadãos activos num mundo em constante mudança.
Neste sentido, deverão aqui privilegiadas as seguintes competências tranversais, que procuram
“cobrir” os domínios do saber, do saber-fazer e do saber-ser:
 Saber observar e ser capaz de recolher, organizar e analisar informação
 Relacionar factos de modo a estabelecer generalizações, hipóteses, teorias
 Analisar diferentes tipos de tratamento (técnico, político, ...) de problemáticas do mundo
actual
 Identificar valores éticos, políticos e religiosos nas mensagens / nos fenómenos que analisa
 Cooperar e compreender princípios de cooperação e ser capaz de estabelecer compromissos
 Reconhecer e respeitar a diversidade de perspectivas e gerir interesses divergentes
 Identificar problemas significativos para o seu desenvolvimento pessoal e social
 Aprender a aprender e ser capaz de ensinar os outros
 Mobilizar conhecimentos adquiridos na busca de soluções para problemas que afectam o
grupo-turma, a instituição de formação ou o meio local
 Conduzir negociações e ser capaz de gerir e negociar disputas
4
Às competências tranversais atrás explicitadas deverão juntar-se algumas competências específicas
mais associadas aos conteúdos inerentes às temáticas que vierem a ser estudas ou aprofundadas,
devendo o formador explicitá-las assim que estas forem escolhidas pelos formandos.
Estas competências, numa perspectiva de trabalho interdisciplinar, irão surgir muito próximas das
que venham a ser privilegiadas em módulos de outros domínios com os quais, formal ou
informalmente, seja desenvolvida uma articulação de práticas de formação.
2. - Conteúdos
Apesar de não ser possível antecipar aqui, desde já, quaisquer conteúdos para este módulo, é
desejável que, em função dos temas seleccionados pelos formandos, o formador defina objectos de
estudo e explicite alguns conteúdos pertinentes, que virão a ser “trabalhados” no âmbito das
actividades de formação e que constituem suporte para a aquisição e desenvolvimento das
competências atrás listadas, e em particular das competências específicas.
3. – Sugestões metodológicas
Sugere-se que o formador utilize metodologias que permitam:
. a recolha de informação por parte dos formandos
. a definição pelos próprios formandos de metodologias de trabalho
. o tratamento da informação recolhida através, nomeadamente, da organização de dossiers
temáticos, “jornais de parede”, expositores, etc.
. a discussão das temáticas trabalhadas, dando ocasião ao debate de ideias.
A título de exemplo apresentam-se em seguida duas actividades possíveis. A primeira actividade
está mais direccionada para promover o estudo de 1 ou 2 temas de actualidade, sendo a sua escolha
motivada por uma consulta aos media; a segunda actividade pretende privilegiar a construção de
uma relação mais distanciado e crítica dos media – para onde a primeira actividade, aliás, já aponta
– comparando o modo como estes reportam um mesmo acontecimento, isto é, como apresentam
dados informativos e quais os pontos de vista veiculados.
5
Por último apresentam-se ainda, diversas sugestões de actividades de pesquisa de terreno e/ou de
animação do contexto (turma, instituição formadora, meio local) que poderão ser implementadas
quando a opção dos formandos se oriente mais nesse sentido.
Actividade A Da informação à notícia, da notícia à informação
Numa 1ª fase poderá negociar-se a escolha de 1 ou 2 temas ou problemas considerados
significativos para o grupo-turma. Para isso, os formandos, individualmente ou em pequeno grupo,
poderão recolher livremente, a partir dos meios de comunicação social2, notícias sobre 1 ou 2
temas, fundamentando a sua escolha e apresentando-a à turma. Considera-se ainda extremamente
importante que se utilizem “jornais” em suporte digital (por ex: o Diário Digital ou o Jornal Digital)
Com base nas recolhas feitas, a turma poderá discutir a relevância das diferentes notícias com vista
a integrá-las no seu jornal de parede, procurando: (i) organizá-las por secções (Política, Ciência,
Sociedade, Desporto, etc.), discutindo o próprio entendimento atribuida às diversas secções do
jornal; (ii) reescrever e/ou aprofundar algumas delas, com contribuições próprias e/ou com
informação recolhida noutros meios de comunicação social que abordaram o mesmo
acontecimento, dele fazendo “notícia”; (iii) decidir quais serão os destaques de 1ª página
desse”seu” jornal de parede, seleccionando desse modo as “notícias” que irão ajudar a explicitar o
ou os temas a aprofundar por toda a turma.
Numa 2ª fase, explicitado(s) o(s) tema(s) a aprofundar, poderá utilizar-se uma metodologia de
projecto3 para, em pequeno grupo, se desenvolver uma definição mais precisa dos respectivos
objectos de estudo, das estratégias a implementar (selecção de fontes, recolha e análise de
informação) e dos processos meios que irão ser utilizados na apresentação das conclusões do
trabalho de grupo. O recurso à Internet, à imprensa, em suporte papel ou em suporte digital, à
2 Poderão ser jornais diários ou semanários, de âmbito nacional ou local, ou poderão mesmo ser notícias apresentadas
em Telejornais ou em noticiários radiofónicos, emestações nacionais ou locais.
3
E, neste caso, deverão ser consideradas as várias fases no desenrolar de umprojecto: (i) identificação/negociação de
um (sub-)problema; (ii) definição de metas, produtos e/ou objectivos; (iii) faseamento e calendarização dos trabalhos;
(iv) levantamento de recursos/"design" de suportes escritos destinados à recolha de informação; (v) pesquisa de terreno
e recolha de informação; (vi) tratamento da informação /organização do material; (vii) produção e apresentação do
produto final; (viii) discussão e avaliação de resultados.
6
documentação existente no Centro de Recursos da instituição formadora ou, se tal for adequado e
oportuno, a realização de uma pequena “pesquisa empírica” (observação do meio local, entrevistas
a informadores privilegiados ou a especialistas no tema, etc), poderão ser consideradas soluções a
considerar na realização do projecto.
Neste contexto, considera-se que as estratégias a implementar deverão privilegiar o trabalho de
grupo e metodologias que fomentem a pesquisa autónoma por parte dos formandos. Para tal o
formador poderá construir - ou recolher e organizar - e disponibilizar aos formandos diversos
instrumentos metodológicos, quer para apoio do trabalho de pesquisa, quer para o de produção de
informação em diversos suportes. São particularmente indicados instrumentos de trabalho que
facilitem a aquisição e/ou o desenvolvimento das competências enunciadas para este módulo,
através da exploração adequada das fontes e dos materiais utilizados, tais como roteiros de
exploração, fichas de leitura e fichas de trabalho visando a recolha de informação (por ex: como se
faz um inquérito ou uma entrevista), ou ainda materiais diversos que permitam a organização da
informação recolhida (por ex: como organizar a documentação, com se prepara uma comunicação à
turma, ideias para grelhas, tabelas e gráficos, etc).
Um momento decisivo da realização do projecto será a apresentação e comentário / discussão dos
produtos construídos pelos diferentes grupos, o qual é um momento de aprendizagem, quer pela
socialização de produtos-resultados, quer pela oportunidade de auto e hetero-avaliação que encerra.
Finalmente, numa 3ª fase, a turma poderá convidar um jornalista de um jornal ou de uma rádio
local e elabora (primeiro em pequeno grupo e depois em grupo alargado) as questões a colocar-lhe
acerca do modo como se recolhem informações e se “fabricam” as notícias. Debate com o mesmo
jornalista o(s) tema(s) escolhido(s) e a “distância” entre a informação produzida na 2ª fase desta
actividade, isto é, no contexto do trabalho de projecto / de grupo, e a informação sucinta contida na
notícia que lhe deu origem.
Actividade B Com mais e melhor informação... se forma o cidadão !
Com esta actividade pretende-se analisar o modo como um mesmo acontecimento é objecto de
notícia em diferentes meios de comunicação social, e identificar a diversidade de pontos de vista
7
sobre as mesmas questões e/ou os mesmos temas, assumindo-os também como instrumento
pertinente de debate e formação.
Assim, num primeiro momento deverá desenvolver-se, em pequeno grupo, um processo de
consulta de jornais diários, incluindo jornais em formato digital, com vista a identificar /
seleccionar notícias e a propôr à turma um tema-objecto de trabalho. Nesta fase, o objectivo
principal será o de identificar UM dado acontecimento que seja notícia em vários orgãos de
comunicação e que, desejavelmente, tenha modos de abordagem diferentes – no destaque, no
desenvolvimento, nos factos seleccionados/ reportados, nos pontos de vista veiculados, etc.
A estes “objectos” poderão juntar-se mais tarde, outros, isto é aqueles que sobre o MESMO
acontecimento sejam apresentados em programas informativos de rádio e de televisão (telejornais e
jornais radiofónicos), gravando-os. Teremos assim oportunidade de vir a considerar também, no
nosso objecto de estudo, as especificidades da notícia decorrentes das linguagens próprias dos
diferentes media - jornais escritos ou em suporte digital, programas televisivos, de rádio, etc.
Num segundo momento será desenvolvida em pequeno grupo, uma análise comparativa
sintemática das abordagens / notícias que os diferentes media produziram. A comparação dos dados
informativos (presentes/ ausentes) e a identificação dos pontos de vista veiculados é aqui
fundamental, embora não sejam de descurar os restantes aspectos da “notícia” (destaques, etc.).
Cada um dos grupos de formandos, por si, deverá elaborar um registo de conclusões e preparar a
sua apresentação à turma, devendo fazê-lo através de um ou dois relatores. A apresentação de
comunicações, que constitui o terceiro momento da actividade, poderá assumir a forma de um
debate, onde: (i) a defesa dos pontos de vista veículados e/ou das posições divergentes possa ser
assumida por quem com ela mais se identifique; (ii) os papéis de moderador e/ou de comentador de
comunicações e/ou “pontos de vista” possam ser assumida pelos outros elementos do grupo, isto é,
por aqueles que não são relatores.
Finalmente, num quarto momento, poderá realizar-se aqui, em alternativa, o convite ao jornalista –
ou a um especialista no campo da(s) temática(s) estudadas – que foi proposto para o fim da
actividade A, realizando-se um sessão final de debate/ síntese sobre o tema, com um nível de
participação e de exigência de qualidade nas intervenções dos formandos.
8
Outras actividades Actividades de Pesquisa de Terreno e de Animação
Tendo em conta que este módulo pretende privilegiar processos de negociação, onde os formandos
se assumam como intervenientes directos na escolha dos temas e problemas que considerem mais
importantes para serem debatidos e aprofundados, as actividades seguintes não impõem quaisquer
conteúdos ou temas pré-definidos nem pretendem que os mesmos sejam induzidos pela
comunicação social mas antes pelo quotidiano dos formandos.
A selecção da(s) problemática(s) deverá ser feita pela construção de consensos e/ou pelo confronto
de argumentos em torno da explicitação dos objectivos inerentes à pertinência da abordagem de
cada um dos temas/problemas identificados. A opção pode ser determinada pela conjuntura politica
nacional ou internacional, pela identificação de um problema interno ao grupo ou sugerida pela
relação que este constrói com os diversos contextos em que está inserido, pelo interesse em intervir
ou divulgar uma situação de âmbito profissional ou laboral ou em conhecer melhor um problema
do meio local, etc., etc...
A negociação deverá ainda estender-se às formas de organização do trabalho, ao tipo de produtos a
elaborar, à calendarização e à avaliação, devendo esta incidir sobre as competências adquiridas
pelos formandos; os conteúdos surgirão naturalmente no decurso do trabalho, devendo o formador
promover a sua explicitação progressiva por parte dos grupos e a sua abordagem obrigatória, de
modo a que sejam visíveis nos produtos-resultados dos trabalhos de grupo.
A titulo exemplificativo, apresentam-se algumas sugestões de actividades possíveis definidas a
partir de problemas considerados significativos para o grupo-turma, ou ainda a partir de questões
emergentes da interacção entre o grupo e os seus contextos ou que a estes digam especificamente
respeito (curso de formação, empresa, sector de actividade, profissão, comunidade, região, país,
mundo,...).
As sugestões aqui apresentados estão organizadas segundo os seguintes itens: (i) objectos de
estudo; (ii) processos e produtos de aprendizagem; (iii) meios de suporte e outros instrumentos de
apoio. E poderão ser apresentadas como tal aos formandos sugerindo desta forma actividades de
formação legítimas e um campo de (in)definição e de negociação em aberto.
9
A - TEMAS / OBJECTOS POSSÍVEIS DE TRABALHO
1 - ENTRE NÓS... NA TURMA... NO GRUPO...
. conflitos e segregações;
. atitudes (face ao trabalho, à formação, à profissão, ao grupo)
2 - PROBLEMAS DO GRUPO OU SIGNIFICATIVOS PARA O GRUPO
. saídas profissionais;
. trabalho precário e trabalho a tempo parcial;
. formação profissional e polivalência;
. trabalho, carreira e formação permanente;
. desemprego e exclusão social;
. droga, sida;
. atitudes (face ao trabalho, à pol¡tica, aos outros, ...);
3 - CONFLITOS / DIVISÕES / BARREIRAS :
(na empresa, na comunidade, na associação cultural/ desportiva,...)
. segregação/ etnocentrismo étnico, religioso, técnico, profissional;
. integração dos formandos na empresa ou na instituição de formação;
. exclusão e marginalização social
4 - ACONTECEU ... E AGORA ?
. acidentes/ segurança no trabalho;
. crise/ (re)conversão d(e um)a empresa;
. poluição de cursos de água.
B - PROCESSOS / PRODUTOS / RESULTADOS
1 - TRABALHO JORNALISTICO (para o jornal de parede/ da turma)
. reportagem
. entrevistas
2 - MINI-ESTUDO DE CASO
3 - EXPOSIÇÃO TEMATICA
10
. na turma
. na empresa
. na associação cultural/ desportiva
4 - DEBATE/ PAINEL TEMÁTICO
. a realizar na turma
5 - COLOQUIO/ DEBATE PUBLICO (com convidados exteriores)
. na empresa
. na associação cultural/ desportiva
6 - EDIÇÃO DE UM JORNAL
(com distribuição/ venda)
. na empresa
. na comunidade
7 – EDIÇÃO DE UMA PÁGINA WEB
. com divulgação no site da instituição de formação
. com links sobre o tema / objecto de estudo
C – RECURSOS DE FORMAÇÃO e MEIOS DE SUPORTE
Dossier/ fichas informativas
1) Como fazer
. uma comunicação à turma
. uma entrevista/ um questionário
. uma sondagem relâmpago
. um mini-estudo de caso
. um mini-relatório
. um mini-jornal
. uma pagina Web
2) Como organizar
. o trabalho de grupo
. uma exposição temática
. um colóquio/ um debate
3) Como Pesquisar
. na WEB
. na biblioteca
11
4. Avaliação
Tendo como base os trabalhos realizados pelos formandos, a avaliação deverá privilegiar as suas
aquisições e o desenvolvimento de competências nos domínios da:
- recolha e organização da informação;
- metodologias de pesquisa e de organização do trabalho4;
- capacidade de análise do material recolhido;
- capacidade de produção de informação sobre as temáticas abordadas;
- participação no trabalho e no debate de ideias.
Considera-se ainda que a abordagem destes temas se deve efectuar através de processos de
auscultação e negociação que, por um lado, garantam uma real implicação dos formandos e, por
outro, favoreçam situações de interacção que permitam uma tomada de posição dos formandos e o
desenvolvimento de competências de intervenção e/ou de animação do grupo e dos contextos.
Sendo a negociação o fulcro deste módulo, como atrás se referiu, os formandos assumem-se aqui
como co-responsáveis pela sua formação. Neste sentido, a definição e negociação da avaliação (o
que é avaliado, por quem e com que instrumentos?) é outro dos elementos que deve ser considerado
pelos formandos no planeamento do seu trabalho assim como constituir objecto de negociação
entre estes e destes com o formador. Deste modo, a avaliação deverá incluir duas componentes: (i)
a avaliação da(s) actividade(s) desenvolvida(s) e dos seus produtos; (ii) a auto e hetero-avaliação
dos desempenhos (formandos e/ou grupos de formandos); (iii) e, no caso de serem desenvolvidas
actividades dirigidas ao exterior (exposição, jornal, etc.) poderá ainda integrar processos de
participação do(s) público(s)-alvo na avaliação (sondagem relâmpago, registo de opiniões no livro
ficial da exposição, inquérito à audiência do colóquio/debate, etc.).
4 Como parâmetros sugerem-se neste campo: (i) organização do trabalho (divisão de tarefas no seio do grupo); (ii)
adequação dos meios/suportes utilizados; (iii) cooperação e autonomia; (iv) expressão de ideias e valores próprios.
12
5. - Recursos
1) Suportes diversificados:
. imprensa local e nacional;
. documentos em formato digital;
. documentação video (telejornais e outros programas televisivos, filmes, etc.);
. conjuntos de fotografias.
2) Para apoio teórico e metodológico ao formador sugerem-se as seguintes obras, algumas das
quais utilizáveis igualmente pelos formandos:
- CARITA, A. E SILVA, A. Como Ensinar a Estudar, Lisboa, Ed. Presença, 1998
- ESTANQUEIRO, A. , Aprender a Estudar – um guia para o sucesso na escola, Lisboa, Texto
Editora, 1995
- GÓMEZ, P. E GARCIA, A., Manual de TTI – Procedimientos para aprender a aprender,
Editoraila EOS, s/d
- PINTO, Manuel , Educar para a comunicação, Ministério da Educação, Lisboa, 1988
- PINTO, Manuel, A imprensa na escola, Porto, Jornal O Público, 1999 (bem como diversas outras
publicações – os “dossiers” - do projecto “O PÚBLICO na Escola”)
- RODRIGUES, A. et al Comunicação social e jornalismo - O fabrico da actualidade Lisboa, A
regra do Jogo, 1981
- RODRIGUES, A. et al Comunicação social e jornalismo - Os media escritos Lisboa, A Regra do
Jogo, 1981
- RODRIGUES, A. et al Comunicação social e jornalismo - Os media audiovisuais Lisboa, A regra
do Jogo, 1981
13
3) Como exemplos de recursos metodológicos utilizáveis pelos formandos sugerem-se ainda:
- GOMES, Isabel et al Eu vou fazer um trabalho – do 7º ao 12º , Porto, Porto Ed., 1994
- BELL, Judith Como realizar um projecto de investigação, Lisboa, Gradiva, 1997
- ZENHAS, A., SILVA, C., et al., Ensinar a estudar, aprender a estudar, Porto, Porto Ed. 1999
4) ... e indicam-se ainda alguns sites onde, quer o formador, quer os formandos, poderão encontrar
jornais do mundo, e em particular jornais em língua portuguesa, publicados em Portugal ou no
estrangeiro, as principais agências noticiosas, jornais em formato digital, bem como os canais da
lusofonia:
http://canais.sapo.pt/jornais
http://www.lusomundo.net
http://www.jornaldigital.com/portugal
http://www.diariodigital.pt
Aconselha-se ainda o recursos aos principais portais portugueses (sapo, cusco, aeiou, netc,
lusomundo) e de língua portuguesa, nomeadamente brasileiros (cade, webguide, ...), domínio onde,
como sabemos, estão sempre a surgir novidades.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Módulo sobre atualidades e interesses dos alunos

7-metodologia-da-pesquisa-ac3a7c3a3o.pdf
7-metodologia-da-pesquisa-ac3a7c3a3o.pdf7-metodologia-da-pesquisa-ac3a7c3a3o.pdf
7-metodologia-da-pesquisa-ac3a7c3a3o.pdfMarcosLucena22
 
PORTARIA 1432/2018 - NOVO ENSINO MÉDIO
PORTARIA 1432/2018 - NOVO ENSINO MÉDIOPORTARIA 1432/2018 - NOVO ENSINO MÉDIO
PORTARIA 1432/2018 - NOVO ENSINO MÉDIOPaulo Alexandre
 
Planejamento de Pesquisas qualitativas
Planejamento de Pesquisas qualitativasPlanejamento de Pesquisas qualitativas
Planejamento de Pesquisas qualitativasSonia Matos Moutinho
 
Programa de área de integração
Programa de área de integraçãoPrograma de área de integração
Programa de área de integraçãoJoana
 
Roteiro para elaboração do pitec2 (1)
Roteiro para elaboração do pitec2 (1)Roteiro para elaboração do pitec2 (1)
Roteiro para elaboração do pitec2 (1)Tânia Maria
 
Projeto em Educação/Animação Comunitária.
Projeto em Educação/Animação Comunitária.Projeto em Educação/Animação Comunitária.
Projeto em Educação/Animação Comunitária.Henrique Santos
 
Abp Aprendizagem Baseada em Projetos resumo
Abp Aprendizagem Baseada em Projetos resumoAbp Aprendizagem Baseada em Projetos resumo
Abp Aprendizagem Baseada em Projetos resumoDaniel Boppré
 
Mac-Plano De trabalho
Mac-Plano De trabalhoMac-Plano De trabalho
Mac-Plano De trabalhoAmun.raa
 
Regulamento PPM Luci
Regulamento PPM  LuciRegulamento PPM  Luci
Regulamento PPM LuciLuci Bonini
 
Inquietações sobre o Design Instrucional
Inquietações sobre o Design InstrucionalInquietações sobre o Design Instrucional
Inquietações sobre o Design InstrucionalMiguel Siano da Cunha
 
Planejamento-projeto
Planejamento-projetoPlanejamento-projeto
Planejamento-projetofabcapita
 
Novas tecnologias cap 3 slide
Novas tecnologias cap 3 slideNovas tecnologias cap 3 slide
Novas tecnologias cap 3 slideIsrael serique
 
Como elaborar um_projeto
Como elaborar um_projetoComo elaborar um_projeto
Como elaborar um_projetomlfmlopes
 

Semelhante a Módulo sobre atualidades e interesses dos alunos (20)

Unidade3 roteiro atividades
Unidade3 roteiro atividadesUnidade3 roteiro atividades
Unidade3 roteiro atividades
 
mappa do proficiencia.pdf
mappa do proficiencia.pdfmappa do proficiencia.pdf
mappa do proficiencia.pdf
 
7-metodologia-da-pesquisa-ac3a7c3a3o.pdf
7-metodologia-da-pesquisa-ac3a7c3a3o.pdf7-metodologia-da-pesquisa-ac3a7c3a3o.pdf
7-metodologia-da-pesquisa-ac3a7c3a3o.pdf
 
PORTARIA 1432/2018 - NOVO ENSINO MÉDIO
PORTARIA 1432/2018 - NOVO ENSINO MÉDIOPORTARIA 1432/2018 - NOVO ENSINO MÉDIO
PORTARIA 1432/2018 - NOVO ENSINO MÉDIO
 
Planejamento de Pesquisas qualitativas
Planejamento de Pesquisas qualitativasPlanejamento de Pesquisas qualitativas
Planejamento de Pesquisas qualitativas
 
Programa de área de integração
Programa de área de integraçãoPrograma de área de integração
Programa de área de integração
 
Roteiro para elaboração do pitec2 (1)
Roteiro para elaboração do pitec2 (1)Roteiro para elaboração do pitec2 (1)
Roteiro para elaboração do pitec2 (1)
 
Projeto em Educação/Animação Comunitária.
Projeto em Educação/Animação Comunitária.Projeto em Educação/Animação Comunitária.
Projeto em Educação/Animação Comunitária.
 
Abp Aprendizagem Baseada em Projetos resumo
Abp Aprendizagem Baseada em Projetos resumoAbp Aprendizagem Baseada em Projetos resumo
Abp Aprendizagem Baseada em Projetos resumo
 
Guia Curso
Guia CursoGuia Curso
Guia Curso
 
Mac-Plano De trabalho
Mac-Plano De trabalhoMac-Plano De trabalho
Mac-Plano De trabalho
 
Regulamento PPM Luci
Regulamento PPM  LuciRegulamento PPM  Luci
Regulamento PPM Luci
 
Inquietações sobre o Design Instrucional
Inquietações sobre o Design InstrucionalInquietações sobre o Design Instrucional
Inquietações sobre o Design Instrucional
 
Planejamento-projeto
Planejamento-projetoPlanejamento-projeto
Planejamento-projeto
 
Novas tecnologias cap 3 slide
Novas tecnologias cap 3 slideNovas tecnologias cap 3 slide
Novas tecnologias cap 3 slide
 
Elaboração de projetos
Elaboração de projetosElaboração de projetos
Elaboração de projetos
 
Desafiar alunos, professores e empresas a pensar criticamente os problemas do...
Desafiar alunos, professores e empresas a pensar criticamente os problemas do...Desafiar alunos, professores e empresas a pensar criticamente os problemas do...
Desafiar alunos, professores e empresas a pensar criticamente os problemas do...
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
Como elaborar um_projeto
Como elaborar um_projetoComo elaborar um_projeto
Como elaborar um_projeto
 

Último

Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 

Último (20)

Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 

Módulo sobre atualidades e interesses dos alunos

  • 1. Grau Complementar ______________________________________________________________________ Módulo C-1 V Va am mo os s v ve er r e e o ou uv vi ir r o o M Mu un nd do o _______________________________________________________________________________________________
  • 2. 2 Grau Complementar Módulo: VAMOS VER E OUVIR O MUNDO 35 horas Este módulo constituí um espaço de abertura a acontecimentos/notícias do mundo em que vivemos ou a interesses específicos dos formandos. Por isso, deverá ser gerido de forma participada, como um espaço onde formandos e formadores poderão debater e decidir em conjunto as temáticas a desenvolver e as metodologias a utilizar. Com efeito, entende-se como grande finalidade deste módulo a criação de um espaço de discussão e abordagem de questões e/ou problemas que pela sua centralidade ou especificidade se revelem pertinentes para o desenvolvimento de competências dos formandos, reforçando a sua autonomia em relação ao saber e à própria formação. Este módulo aponta ainda para um trabalho interdisciplinar1 e constitui uma oportunidade para promover atitudes essenciais à compreensão e à participação activa no mundo actual: o desenvolvimento de atitudes de maior disponibilidade para a formação permanente, de maior autonomia (crítica) face à informação e aos media, de promoção da acessibilidade à informação em suporte digital, de gosto pela compreensão e pela intervenção no mundo que nos rodeia. Recomenda-se, por isso, que na abordagem deste módulo se dê prioridade à negociação das temáticas a estudar e das metodologias a utilizar, na convicção de que as competências de recolha, selecção, análise e tratamento de informação, de identificação de estratégias de abordagem adequadas aos conteúdos e aos contextos e de planeamento das tarefas serão procuradas pelos próprios formandos e reconhecidas como centrais ao seu desenvolvimento pessoal e profissional. Poderão ser exemplos de alguns temas a abordar as questões relacionadas com o trabalho, o emprego e a profissão, questões associadas aos grandes problemas do mundo contemporâneo (as desigualdades, o desenvolvimento tecnológico e os seus impactos sociais, o ambiente, etc.) e, como é natural, os problemas do grupo, das relações interpessoais e do desenvolvimento pessoal e social. 1 Nomeadamente com o domínio de “Língua e Cultura portuguesa” e, eventualmente, com domínios da componente tecnológica, no âmbito das ciências sociais, da língua estrangeira, etc.
  • 3. 3 Considera-se, no entanto, que a decisão sobre que temas abordar deverá surgir através de processos de auscultação e negociação que, por um lado, garantam uma real implicação dos formandos e, por outro, favoreçam interacções que permitam tomada(s) de posição - tanto quanto possível – consensuais, sem prejuízo de, num mesmo grupo-turma de formandos coexistirem diferentes processos e objectos de trabalho-estudo. 1 - Competências As competências valorizadas neste módulo são essencialmente de natureza metodológica e centram-se, quer no desenvolvimento de capacidades de pesquisa, organização e análise de informação - essenciais a uma capacidade (auto-sustentada) de compreensão do mundo actual – quer no domínio de metodologias e de instrumentos de auto-formação, perspectivando-se assim a intervenção dos formandos como cidadãos activos num mundo em constante mudança. Neste sentido, deverão aqui privilegiadas as seguintes competências tranversais, que procuram “cobrir” os domínios do saber, do saber-fazer e do saber-ser:  Saber observar e ser capaz de recolher, organizar e analisar informação  Relacionar factos de modo a estabelecer generalizações, hipóteses, teorias  Analisar diferentes tipos de tratamento (técnico, político, ...) de problemáticas do mundo actual  Identificar valores éticos, políticos e religiosos nas mensagens / nos fenómenos que analisa  Cooperar e compreender princípios de cooperação e ser capaz de estabelecer compromissos  Reconhecer e respeitar a diversidade de perspectivas e gerir interesses divergentes  Identificar problemas significativos para o seu desenvolvimento pessoal e social  Aprender a aprender e ser capaz de ensinar os outros  Mobilizar conhecimentos adquiridos na busca de soluções para problemas que afectam o grupo-turma, a instituição de formação ou o meio local  Conduzir negociações e ser capaz de gerir e negociar disputas
  • 4. 4 Às competências tranversais atrás explicitadas deverão juntar-se algumas competências específicas mais associadas aos conteúdos inerentes às temáticas que vierem a ser estudas ou aprofundadas, devendo o formador explicitá-las assim que estas forem escolhidas pelos formandos. Estas competências, numa perspectiva de trabalho interdisciplinar, irão surgir muito próximas das que venham a ser privilegiadas em módulos de outros domínios com os quais, formal ou informalmente, seja desenvolvida uma articulação de práticas de formação. 2. - Conteúdos Apesar de não ser possível antecipar aqui, desde já, quaisquer conteúdos para este módulo, é desejável que, em função dos temas seleccionados pelos formandos, o formador defina objectos de estudo e explicite alguns conteúdos pertinentes, que virão a ser “trabalhados” no âmbito das actividades de formação e que constituem suporte para a aquisição e desenvolvimento das competências atrás listadas, e em particular das competências específicas. 3. – Sugestões metodológicas Sugere-se que o formador utilize metodologias que permitam: . a recolha de informação por parte dos formandos . a definição pelos próprios formandos de metodologias de trabalho . o tratamento da informação recolhida através, nomeadamente, da organização de dossiers temáticos, “jornais de parede”, expositores, etc. . a discussão das temáticas trabalhadas, dando ocasião ao debate de ideias. A título de exemplo apresentam-se em seguida duas actividades possíveis. A primeira actividade está mais direccionada para promover o estudo de 1 ou 2 temas de actualidade, sendo a sua escolha motivada por uma consulta aos media; a segunda actividade pretende privilegiar a construção de uma relação mais distanciado e crítica dos media – para onde a primeira actividade, aliás, já aponta – comparando o modo como estes reportam um mesmo acontecimento, isto é, como apresentam dados informativos e quais os pontos de vista veiculados.
  • 5. 5 Por último apresentam-se ainda, diversas sugestões de actividades de pesquisa de terreno e/ou de animação do contexto (turma, instituição formadora, meio local) que poderão ser implementadas quando a opção dos formandos se oriente mais nesse sentido. Actividade A Da informação à notícia, da notícia à informação Numa 1ª fase poderá negociar-se a escolha de 1 ou 2 temas ou problemas considerados significativos para o grupo-turma. Para isso, os formandos, individualmente ou em pequeno grupo, poderão recolher livremente, a partir dos meios de comunicação social2, notícias sobre 1 ou 2 temas, fundamentando a sua escolha e apresentando-a à turma. Considera-se ainda extremamente importante que se utilizem “jornais” em suporte digital (por ex: o Diário Digital ou o Jornal Digital) Com base nas recolhas feitas, a turma poderá discutir a relevância das diferentes notícias com vista a integrá-las no seu jornal de parede, procurando: (i) organizá-las por secções (Política, Ciência, Sociedade, Desporto, etc.), discutindo o próprio entendimento atribuida às diversas secções do jornal; (ii) reescrever e/ou aprofundar algumas delas, com contribuições próprias e/ou com informação recolhida noutros meios de comunicação social que abordaram o mesmo acontecimento, dele fazendo “notícia”; (iii) decidir quais serão os destaques de 1ª página desse”seu” jornal de parede, seleccionando desse modo as “notícias” que irão ajudar a explicitar o ou os temas a aprofundar por toda a turma. Numa 2ª fase, explicitado(s) o(s) tema(s) a aprofundar, poderá utilizar-se uma metodologia de projecto3 para, em pequeno grupo, se desenvolver uma definição mais precisa dos respectivos objectos de estudo, das estratégias a implementar (selecção de fontes, recolha e análise de informação) e dos processos meios que irão ser utilizados na apresentação das conclusões do trabalho de grupo. O recurso à Internet, à imprensa, em suporte papel ou em suporte digital, à 2 Poderão ser jornais diários ou semanários, de âmbito nacional ou local, ou poderão mesmo ser notícias apresentadas em Telejornais ou em noticiários radiofónicos, emestações nacionais ou locais. 3 E, neste caso, deverão ser consideradas as várias fases no desenrolar de umprojecto: (i) identificação/negociação de um (sub-)problema; (ii) definição de metas, produtos e/ou objectivos; (iii) faseamento e calendarização dos trabalhos; (iv) levantamento de recursos/"design" de suportes escritos destinados à recolha de informação; (v) pesquisa de terreno e recolha de informação; (vi) tratamento da informação /organização do material; (vii) produção e apresentação do produto final; (viii) discussão e avaliação de resultados.
  • 6. 6 documentação existente no Centro de Recursos da instituição formadora ou, se tal for adequado e oportuno, a realização de uma pequena “pesquisa empírica” (observação do meio local, entrevistas a informadores privilegiados ou a especialistas no tema, etc), poderão ser consideradas soluções a considerar na realização do projecto. Neste contexto, considera-se que as estratégias a implementar deverão privilegiar o trabalho de grupo e metodologias que fomentem a pesquisa autónoma por parte dos formandos. Para tal o formador poderá construir - ou recolher e organizar - e disponibilizar aos formandos diversos instrumentos metodológicos, quer para apoio do trabalho de pesquisa, quer para o de produção de informação em diversos suportes. São particularmente indicados instrumentos de trabalho que facilitem a aquisição e/ou o desenvolvimento das competências enunciadas para este módulo, através da exploração adequada das fontes e dos materiais utilizados, tais como roteiros de exploração, fichas de leitura e fichas de trabalho visando a recolha de informação (por ex: como se faz um inquérito ou uma entrevista), ou ainda materiais diversos que permitam a organização da informação recolhida (por ex: como organizar a documentação, com se prepara uma comunicação à turma, ideias para grelhas, tabelas e gráficos, etc). Um momento decisivo da realização do projecto será a apresentação e comentário / discussão dos produtos construídos pelos diferentes grupos, o qual é um momento de aprendizagem, quer pela socialização de produtos-resultados, quer pela oportunidade de auto e hetero-avaliação que encerra. Finalmente, numa 3ª fase, a turma poderá convidar um jornalista de um jornal ou de uma rádio local e elabora (primeiro em pequeno grupo e depois em grupo alargado) as questões a colocar-lhe acerca do modo como se recolhem informações e se “fabricam” as notícias. Debate com o mesmo jornalista o(s) tema(s) escolhido(s) e a “distância” entre a informação produzida na 2ª fase desta actividade, isto é, no contexto do trabalho de projecto / de grupo, e a informação sucinta contida na notícia que lhe deu origem. Actividade B Com mais e melhor informação... se forma o cidadão ! Com esta actividade pretende-se analisar o modo como um mesmo acontecimento é objecto de notícia em diferentes meios de comunicação social, e identificar a diversidade de pontos de vista
  • 7. 7 sobre as mesmas questões e/ou os mesmos temas, assumindo-os também como instrumento pertinente de debate e formação. Assim, num primeiro momento deverá desenvolver-se, em pequeno grupo, um processo de consulta de jornais diários, incluindo jornais em formato digital, com vista a identificar / seleccionar notícias e a propôr à turma um tema-objecto de trabalho. Nesta fase, o objectivo principal será o de identificar UM dado acontecimento que seja notícia em vários orgãos de comunicação e que, desejavelmente, tenha modos de abordagem diferentes – no destaque, no desenvolvimento, nos factos seleccionados/ reportados, nos pontos de vista veiculados, etc. A estes “objectos” poderão juntar-se mais tarde, outros, isto é aqueles que sobre o MESMO acontecimento sejam apresentados em programas informativos de rádio e de televisão (telejornais e jornais radiofónicos), gravando-os. Teremos assim oportunidade de vir a considerar também, no nosso objecto de estudo, as especificidades da notícia decorrentes das linguagens próprias dos diferentes media - jornais escritos ou em suporte digital, programas televisivos, de rádio, etc. Num segundo momento será desenvolvida em pequeno grupo, uma análise comparativa sintemática das abordagens / notícias que os diferentes media produziram. A comparação dos dados informativos (presentes/ ausentes) e a identificação dos pontos de vista veiculados é aqui fundamental, embora não sejam de descurar os restantes aspectos da “notícia” (destaques, etc.). Cada um dos grupos de formandos, por si, deverá elaborar um registo de conclusões e preparar a sua apresentação à turma, devendo fazê-lo através de um ou dois relatores. A apresentação de comunicações, que constitui o terceiro momento da actividade, poderá assumir a forma de um debate, onde: (i) a defesa dos pontos de vista veículados e/ou das posições divergentes possa ser assumida por quem com ela mais se identifique; (ii) os papéis de moderador e/ou de comentador de comunicações e/ou “pontos de vista” possam ser assumida pelos outros elementos do grupo, isto é, por aqueles que não são relatores. Finalmente, num quarto momento, poderá realizar-se aqui, em alternativa, o convite ao jornalista – ou a um especialista no campo da(s) temática(s) estudadas – que foi proposto para o fim da actividade A, realizando-se um sessão final de debate/ síntese sobre o tema, com um nível de participação e de exigência de qualidade nas intervenções dos formandos.
  • 8. 8 Outras actividades Actividades de Pesquisa de Terreno e de Animação Tendo em conta que este módulo pretende privilegiar processos de negociação, onde os formandos se assumam como intervenientes directos na escolha dos temas e problemas que considerem mais importantes para serem debatidos e aprofundados, as actividades seguintes não impõem quaisquer conteúdos ou temas pré-definidos nem pretendem que os mesmos sejam induzidos pela comunicação social mas antes pelo quotidiano dos formandos. A selecção da(s) problemática(s) deverá ser feita pela construção de consensos e/ou pelo confronto de argumentos em torno da explicitação dos objectivos inerentes à pertinência da abordagem de cada um dos temas/problemas identificados. A opção pode ser determinada pela conjuntura politica nacional ou internacional, pela identificação de um problema interno ao grupo ou sugerida pela relação que este constrói com os diversos contextos em que está inserido, pelo interesse em intervir ou divulgar uma situação de âmbito profissional ou laboral ou em conhecer melhor um problema do meio local, etc., etc... A negociação deverá ainda estender-se às formas de organização do trabalho, ao tipo de produtos a elaborar, à calendarização e à avaliação, devendo esta incidir sobre as competências adquiridas pelos formandos; os conteúdos surgirão naturalmente no decurso do trabalho, devendo o formador promover a sua explicitação progressiva por parte dos grupos e a sua abordagem obrigatória, de modo a que sejam visíveis nos produtos-resultados dos trabalhos de grupo. A titulo exemplificativo, apresentam-se algumas sugestões de actividades possíveis definidas a partir de problemas considerados significativos para o grupo-turma, ou ainda a partir de questões emergentes da interacção entre o grupo e os seus contextos ou que a estes digam especificamente respeito (curso de formação, empresa, sector de actividade, profissão, comunidade, região, país, mundo,...). As sugestões aqui apresentados estão organizadas segundo os seguintes itens: (i) objectos de estudo; (ii) processos e produtos de aprendizagem; (iii) meios de suporte e outros instrumentos de apoio. E poderão ser apresentadas como tal aos formandos sugerindo desta forma actividades de formação legítimas e um campo de (in)definição e de negociação em aberto.
  • 9. 9 A - TEMAS / OBJECTOS POSSÍVEIS DE TRABALHO 1 - ENTRE NÓS... NA TURMA... NO GRUPO... . conflitos e segregações; . atitudes (face ao trabalho, à formação, à profissão, ao grupo) 2 - PROBLEMAS DO GRUPO OU SIGNIFICATIVOS PARA O GRUPO . saídas profissionais; . trabalho precário e trabalho a tempo parcial; . formação profissional e polivalência; . trabalho, carreira e formação permanente; . desemprego e exclusão social; . droga, sida; . atitudes (face ao trabalho, à pol¡tica, aos outros, ...); 3 - CONFLITOS / DIVISÕES / BARREIRAS : (na empresa, na comunidade, na associação cultural/ desportiva,...) . segregação/ etnocentrismo étnico, religioso, técnico, profissional; . integração dos formandos na empresa ou na instituição de formação; . exclusão e marginalização social 4 - ACONTECEU ... E AGORA ? . acidentes/ segurança no trabalho; . crise/ (re)conversão d(e um)a empresa; . poluição de cursos de água. B - PROCESSOS / PRODUTOS / RESULTADOS 1 - TRABALHO JORNALISTICO (para o jornal de parede/ da turma) . reportagem . entrevistas 2 - MINI-ESTUDO DE CASO 3 - EXPOSIÇÃO TEMATICA
  • 10. 10 . na turma . na empresa . na associação cultural/ desportiva 4 - DEBATE/ PAINEL TEMÁTICO . a realizar na turma 5 - COLOQUIO/ DEBATE PUBLICO (com convidados exteriores) . na empresa . na associação cultural/ desportiva 6 - EDIÇÃO DE UM JORNAL (com distribuição/ venda) . na empresa . na comunidade 7 – EDIÇÃO DE UMA PÁGINA WEB . com divulgação no site da instituição de formação . com links sobre o tema / objecto de estudo C – RECURSOS DE FORMAÇÃO e MEIOS DE SUPORTE Dossier/ fichas informativas 1) Como fazer . uma comunicação à turma . uma entrevista/ um questionário . uma sondagem relâmpago . um mini-estudo de caso . um mini-relatório . um mini-jornal . uma pagina Web 2) Como organizar . o trabalho de grupo . uma exposição temática . um colóquio/ um debate 3) Como Pesquisar . na WEB . na biblioteca
  • 11. 11 4. Avaliação Tendo como base os trabalhos realizados pelos formandos, a avaliação deverá privilegiar as suas aquisições e o desenvolvimento de competências nos domínios da: - recolha e organização da informação; - metodologias de pesquisa e de organização do trabalho4; - capacidade de análise do material recolhido; - capacidade de produção de informação sobre as temáticas abordadas; - participação no trabalho e no debate de ideias. Considera-se ainda que a abordagem destes temas se deve efectuar através de processos de auscultação e negociação que, por um lado, garantam uma real implicação dos formandos e, por outro, favoreçam situações de interacção que permitam uma tomada de posição dos formandos e o desenvolvimento de competências de intervenção e/ou de animação do grupo e dos contextos. Sendo a negociação o fulcro deste módulo, como atrás se referiu, os formandos assumem-se aqui como co-responsáveis pela sua formação. Neste sentido, a definição e negociação da avaliação (o que é avaliado, por quem e com que instrumentos?) é outro dos elementos que deve ser considerado pelos formandos no planeamento do seu trabalho assim como constituir objecto de negociação entre estes e destes com o formador. Deste modo, a avaliação deverá incluir duas componentes: (i) a avaliação da(s) actividade(s) desenvolvida(s) e dos seus produtos; (ii) a auto e hetero-avaliação dos desempenhos (formandos e/ou grupos de formandos); (iii) e, no caso de serem desenvolvidas actividades dirigidas ao exterior (exposição, jornal, etc.) poderá ainda integrar processos de participação do(s) público(s)-alvo na avaliação (sondagem relâmpago, registo de opiniões no livro ficial da exposição, inquérito à audiência do colóquio/debate, etc.). 4 Como parâmetros sugerem-se neste campo: (i) organização do trabalho (divisão de tarefas no seio do grupo); (ii) adequação dos meios/suportes utilizados; (iii) cooperação e autonomia; (iv) expressão de ideias e valores próprios.
  • 12. 12 5. - Recursos 1) Suportes diversificados: . imprensa local e nacional; . documentos em formato digital; . documentação video (telejornais e outros programas televisivos, filmes, etc.); . conjuntos de fotografias. 2) Para apoio teórico e metodológico ao formador sugerem-se as seguintes obras, algumas das quais utilizáveis igualmente pelos formandos: - CARITA, A. E SILVA, A. Como Ensinar a Estudar, Lisboa, Ed. Presença, 1998 - ESTANQUEIRO, A. , Aprender a Estudar – um guia para o sucesso na escola, Lisboa, Texto Editora, 1995 - GÓMEZ, P. E GARCIA, A., Manual de TTI – Procedimientos para aprender a aprender, Editoraila EOS, s/d - PINTO, Manuel , Educar para a comunicação, Ministério da Educação, Lisboa, 1988 - PINTO, Manuel, A imprensa na escola, Porto, Jornal O Público, 1999 (bem como diversas outras publicações – os “dossiers” - do projecto “O PÚBLICO na Escola”) - RODRIGUES, A. et al Comunicação social e jornalismo - O fabrico da actualidade Lisboa, A regra do Jogo, 1981 - RODRIGUES, A. et al Comunicação social e jornalismo - Os media escritos Lisboa, A Regra do Jogo, 1981 - RODRIGUES, A. et al Comunicação social e jornalismo - Os media audiovisuais Lisboa, A regra do Jogo, 1981
  • 13. 13 3) Como exemplos de recursos metodológicos utilizáveis pelos formandos sugerem-se ainda: - GOMES, Isabel et al Eu vou fazer um trabalho – do 7º ao 12º , Porto, Porto Ed., 1994 - BELL, Judith Como realizar um projecto de investigação, Lisboa, Gradiva, 1997 - ZENHAS, A., SILVA, C., et al., Ensinar a estudar, aprender a estudar, Porto, Porto Ed. 1999 4) ... e indicam-se ainda alguns sites onde, quer o formador, quer os formandos, poderão encontrar jornais do mundo, e em particular jornais em língua portuguesa, publicados em Portugal ou no estrangeiro, as principais agências noticiosas, jornais em formato digital, bem como os canais da lusofonia: http://canais.sapo.pt/jornais http://www.lusomundo.net http://www.jornaldigital.com/portugal http://www.diariodigital.pt Aconselha-se ainda o recursos aos principais portais portugueses (sapo, cusco, aeiou, netc, lusomundo) e de língua portuguesa, nomeadamente brasileiros (cade, webguide, ...), domínio onde, como sabemos, estão sempre a surgir novidades.