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Gilberto Souza
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Origem e significado da doutrina da Trindade
O verdadeiro povo de Elohim precisa conhecer as Escrituras Sagradas e também a história.
Há atualmente uma diversidade de ensinamentos tidos como verdadeiros. De um lado temos
os ensinamentos de Deus e do outro lado os ensinamentos dos homens. Os que não
pesquisam ou não se aprofundam nas investigações, acabam sendo enganados por aqueles
que dizem serem os portadores da verdadeira mensagem de Deus.
É lamentável que para muitos as palavras de Jesus sejam totalmente ignoradas, pois se
fossem aceitas, este estudo seria desnecessário, pois todos entenderiam que há um só Deus e
esse Deus é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. As palavras de Jesus foram muito claras a
esse respeito:
“E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, como único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo,
aquele que Tu enviaste.” Jo~o 17:3.
Certa oportunidade, um escriba perguntou a Jesus: “Qual é o primeiro de todos os
mandamentos?” O Mestre respondeu: “...Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.”
Marcos 12:29.
Ao Se referir como “nosso Deus”, o Senhor Jesus está chamando a atenção à todos os que
buscam a salvação, que o Seu Pai é o único Deus verdadeiro.
O apóstolo Paulo, o escolhido para pregar aos gentios, também apresentou o mesmo Deus de
nosso Senhor Jesus: “Pois, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no
céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só
Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, jesus
Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por Ele nós também.” I Coríntios 8:5-6.
Essa rejeição às palavras de Jesus e às palavras do apóstolo Paulo tem sua história. Por isso
precisamos entendê-la.
1. Conhecendo a história
Muitas doutrinas foram introduzidas gradativamente pelo paganismo no seio do
cristianismo durante os primeiros séculos da era da Igreja, sendo que a mais importante
delas é a doutrina da trindade.
Na revista “Parousia”, ano 4 – No. 2, p. 5, editada especialmente para defender a doutrina da
trindade, há um importante comentário: “...os cristãos do segundo ao quarto século, ...foram
forçados gradualmente na direç~o da formulaç~o explícita da doutrina da trindade.” (grifo
nosso).
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Como os cristãos primitivos do primeiro século desconheciam a doutrina da trindade, esta
tinha que ser imposta gradualmente pela Igreja Romana já a partir do segundo século.
Um destacado evangelista, em seu livro “O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse”,
escreveu o seguinte a respeito daquele período, quando a apostasia começou a penetrar no
cristianismo:
“Naquele período, a igreja crist~ passou a ter conflitos internos por causa de doutrinas
estranhas que pretendiam misturar-se às verdades bíblicas. Entre as doutrinas em conflito,
podemos mencionar: o pecado original, a Trindade, a natureza de Cristo, o papel da virgem
Maria, o celibato e a autoridade da Igreja. ...Nesse período da história, a Igreja não foi capaz
de manter pura a adoração ao único e verdadeiro Deus, nem prestou obediência fiel à
Sagrada Escritura. Contaminou-se com uma montanha de tradições humanas e costumes
pag~os.” O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, pp. 41 e 42 – 10ª. Edição (grifo
nosso).
De acordo com a Revista Superinteressante, de março/2004, p. 28, “os primeiros crist~os,
porém não seguiam o conceito da Trindade. Foi somente a partir do século 4 que a realidade
trinitária de Deus passou a ser discutida na Igreja Católica. ...O Islamismo e o Judaísmo
chegaram a acusar o Cristianismo de ter pervertido o monoteísmo por causa da trindade.”
(grifo nosso).
As igrejas crist~s, em sua maioria, concordam que “foi a Igreja em tempos posteriores quem
elaborou os detalhes da Trindade.” Revista “Parousia”, ano 4, No. 2, p. 10. Esta afirmaç~o tem
fundamento, pois foi através o trabalho dos apologistas que a doutrina da trindade começou
a ser estudada e defendida no seio da igreja cristã. O apologista, Atenágoras, foi
possivelmente o primeiro a defender “filosoficamente” a doutrina da trindade.
Uma grande equipe de pesquisadores, colaboradores e consultores trabalharam
incansavelmente na elaboraç~o de um livro editado pela Reader’s Digest: “Depois de Jesus, o
Triunfo do Cristianismo”. Neste livro, os historiadores resgataram a verdadeira história do
cristianismo dos primeiros séculos, confirmando o que os teólogos publicam na atualidade.
Deste livro extraímos um fato histórico de grande relevância: “Era o ano 177. Aten|goras fez
notar que, se tantas doutrinas religiosas diferentes eram toleradas no seio do Império, seria
justo que o cristianismo o fosse também. Servindo-se dos seus vastos conhecimentos de
filosofia grega, explicou como a fé cristã num Deus único era semelhante ao conceito clássico
da unidade de Deus. Foi possivelmente o primeiro a defender filosoficamente a Trindade, ao
tentar demonstrar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Ser. O objetivo dos
apologistas foi demonstrar que o cristianismo incorporava os ideais gregos de virtude e
razão. Mas alguns cristãos discordavam: achavam que a filosofia estava demasiadamente
imersa na cultura pagã e recusavam-se a ver a sua fé em Jesus, recentemente revelada,
apoiada por argumentos filosóficos.” Depois de Jesus, o Triunfo de Cristianismo, p. 141.
(Grifo nosso).
Do mesmo livro, na página 140, lemos o seguinte:
“O mais famoso dos primeiros apologistas foi Justino, o M|rtir. ...Pagão, nascido por volta de
100 em Flávia Neápolis, aprendeu filosofia grega, especialmente a doutrina de Platão,
convertendo-se ao cristianismo ainda jovem.” (Grifo nosso)
A doutrina da trindade não é uma doutrina bíblica. Esta teoria não é mencionada e nem
ensinada na Bíblia. Esta teoria era desconhecida pelos israelitas do Velho Testamento e
pelos cristãos primitivos do Novo Testamento. Não há autoridade bíblica para a trindade.
A verdade é que os teólogos buscam nas entrelinhas das Escrituras algum gancho para
defender tal doutrina, utilizando-se inclusive de meios ardilosos, tais como a prática de
torcer os textos sagrados da Bíblia.
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A doutrina da trindade é de origem pagã. A trindade, assim como outras doutrinas, tais como
imortalidade da alma, domingo como dia de repouso, morada nos céus e muitas outras,
foram gradativamente incorporadas pelos filósofos e teólogos da Igreja durante os
primeiros séculos da era do cristianismo. Eles eram pagãos não completamente convertidos
e tornaram-se membros da Igreja cristã. Como esses homens assumiram lugares de
liderança, como professores e teólogos, a teologia da Igreja gradualmente paganizou-se. Os
ensinamentos da Bíblia foram reinterpretados e ajustados para se adaptarem aos
ensinamentos da filosofia pagã.
2. Origem da palavra “trindade”.
O primeiro uso da palavra “trindade” em sua forma grega ‘trinas’ foi de autoria de Teófilo,
bispo de Antioquia da Síria, no oitavo ano do reinado de Marco Aurélio (168 A.D.). Ele usou a
palavra no segundo dos três livros que escreveu, endereçados ao seu amigo Autólico. Ao
comentar o quarto dia da criaç~o no Gênesis, ele escreveu: “Da mesma maneira também os
três dias que foram antes dos luminares, são tipos da trindade, de Deus, de Sua palavra, e
Sua sabedoria. (“ Teófilo”, “Para Autólico”, The Ante-Nicene Fathers).
Tertuliano (160-220 A.D.) foi o primeiro a usar a palavra latina “trinitas”. Educado em Roma
e presbítero em Cártago, Tertuliano lançou as bases da Teologia Latina, a qual mais tarde foi
apoiada por Cipriano e Agostinho. Tertuliano expressou sua teologia nos termos da filosofia
de Platão. Ele estava entre os primeiros a ensinar a imortalidade da alma e a tortura eterna
dos ímpios. A trindade e a imortalidade da alma foram desenvolvidas dentro de um sistema
de teologia por Agostinho.
Os escritos de Agostinho tornaram-se a teologia básica da Igreja Romana. Tertuliano
menciona a trindade em seu livro escrito contra Praxeas que apoiava a teoria monarquiana.
Ele escreveu: O mistério da dispensação ainda está guardada, que distribui a Unidade numa
trindade, colocando em sua ordem as Três Pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.”
(Tertuliano. “Contra Praxeas” – The Anti-Nicene Fathers).
Na revista “Parousia”, ano 4, No. 2, p. 34, encontramos uma declaração reveladora:
“Mas talvez alguém pergunte: por que este termo (trindade) n~o aparece na Bíblia? Para
responder a esta questão é preciso compreender que, a partir do século segundo, o centro
missiológico da Igreja transferiu-se em definitivo do ambiente judeu-palestino para o
mundo greco-romano. O trabalho iniciado por Paulo entre os gentios vê-se finalmente
estabilizado no ambiente gentílico e começa a gravitar em torno de questões que não haviam
sido levantadas no ambiente judaico. A Igreja viu-se, então, obrigada a expressar sua fé de
um modo compreensível para aqueles que não vinham de uma cultura vétero-testamentária,
mas tinham seu pensamento regido pelos conceitos da filosofia grega.”
O autor deste artigo confessa publicamente que a questão da trindade não havia sido
levantada no ambiente judaico. Ora, se os judeus (incluindo aí o Senhor Jesus e todos os
apóstolos) não ensinaram a doutrina da trindade, concluímos que esta falsa doutrina foi
idealizada fora do ambiente judaico, mais precisamente pela Igreja Romana, através seus
apologistas, os quais expressaram seus conhecimentos teológicos com base na filosofia
grega de Platão. A partir de então o cristianismo paganizou-se, afastando-se definitivamente
das orientações de Deus.
3. Controvérsia entre Ário e Atanásio
A formulação da doutrina da trindade gerou controvérsias entre dois líderes da Igreja em
Alexandria, no início do quarto século: Ário (256-336 AD) e Atanásio (293-373 AD). Ário
mantinha a idéia de que Jesus, embora grande, era de alguma maneira inferior à Deus.
Atanásio, pelo contrário, afirmava que Cristo era igual à Deus em todos os aspectos. Em 318
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AD, a controvérsia veio à tona. Ário afirmou que se Jesus era realmente Filho de Deus, então
deveria ter havido um tempo em que havia um Pai, mas nenhum Filho. O Pai, portanto, era
maior do que o Filho. Num Concílio da Igreja local celebrado em 321 AD, Ário e seus
colaboradores foram excomungados da Igreja por causa de sua opinião.
A falsa teoria da trindade levou algum tempo para alcançar uma posição dominante na
Igreja. Nesse meio tempo, o imperador Constantino tornara-se o maior partidário do
Cristianismo. O imperador considerava a Igreja como uma grande força unificadora e estava
ansioso para que o Cristianismo se tornasse a religião universal do Império Romano. Ele
queria evitar todas as lutas internas da Igreja, arrazoando que deveria haver uma Igreja
unida e consequentemente um império unificado.
Para buscar restaurar a unidade, Constantino convocou uma assembléia de prelados da
Igreja celebrada na cidade de Nicéia, em 325 AD. Bispos e o clero de todas as Igrejas foram
convidados para assistirem ao Concílio com todas as despesas pagas pelo imperador. O
Concílio de Nicéia, entretanto, não era verdadeiramente representativo, pois entre os 318
bispos presentes, além de oficiais eclesiásticos menores, destes nem sequer dez bispos da
região oeste se fizeram presentes. Assim, o Concílio de Nicéia foi um Concílio de Igrejas
maciçamente representado apenas pela região oriental do Império.
Eusébio, conhecido como o Pai da história da Igreja, no início do Concílio ofereceu um credo
com uma linguagem idêntica das Escrituras Sagradas, em vez dos termos filosóficos usados
por Atanásio. Os seguidores de Atanásio percebendo que ao darem um voto para Eusébio,
estariam dando um voto a Ário, decidiram rejeitar o credo. O imperador Constantino,
embora ignorante com relação aos fatos teológicos em discussão, mas ansioso por alcançar
unidade, apoiou Atanásio. Aqueles que não assinaram, incluindo Ário, Eusébio e Teognis de
Nicéia, foram banidos e seus livros queimados publicamente.
O debate sobre o tema prosseguiu, até que em 381 AD o imperador Teodósio convocou um
Concílio em Constantinopla. Foi assistido por cerca de 150 bispos do oriente. Foi neste
Concílio que a doutrina da trindade tornou-se oficial em todas as fronteiras do império.
Todos os que discordaram foram expulsos de seus púlpitos e excomungados de suas igrejas.
Era o regime totalitário dos imperadores romanos e mais tarde da Igreja Romana. Como
vimos, esta doutrina espúria foi imposta pela Igreja Romana. Desde aquela época até hoje,
milhares de fiéis seguidores da Palavra de Deus são perseguidos e expulsos de suas igrejas
por não apoiarem esta teoria anti-bíblico. Esta doutrina, vigente até hoje, é designada por
alguns historiadores como Credo Niceno-Constantinopolitano.
Hoje, esta doutrina tornou-se o elo principal de ligação das igrejas cristãs com a Igreja
Romana. Na Carta Encíclica “Ut Unun Sint”, de 25 de maio de 1995, o papa Jo~o Paulo II
declarou textualmente o seguinte: “Também surgiu entre os nossos irm~os separados, por
moção da graça do Espírito Santo, um movimento cada vez mais intenso em ordem à
restauração da unidade de todos os cristãos. Este movimento de unidade é chamado de
ecumenismo. Participam dele os que invocam o Deus Trino...” (grifo nosso)
A única exigência para ingressar e iniciar o diálogo ecumênico é invocar o Deus Trino. Para a
Igreja Romana, as outras doutrinas como a guarda do sábado, o batismo por imersão, a
crença na mortalidade da alma, etc., não interferem no diálogo inicial para a unidade dos
cristãos. Segundo esse documento, as discussões serão progressivas com a finalidade de
diminuir as demais divergências.
4. Definição de Trindade
Trindade é a crença na existência de um Ser divino que subsiste em três pessoas: Pai, Filho e
Espírito Santo. O dicionário Webster define a palavra da seguinte maneira: “A uni~o de três
pessoas (o Pai, o Filho, e o Espírito Santo) numa Divindade, de modo que todos os três são
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um Deus, com relaç~o { subst}ncia, mas três pessoas com relaç~o { individualidade.”
Webster´s Collegiate Dictionary – 5ª. Edição.
Os trinitarianos, assim denominados os que defendem a doutrina da trindade, não creem
que as três pessoas são uma pessoa ou que as três pessoas são três deuses. Eles creem em
três pessoas que constituem um Deus.
Existem três propostas primárias envolvidas na doutrina da trindade:
a) A unidade composta de Deus
Os trinitarianos afirmam acreditar na unidade composta de Deus. Caso eles não
acreditassem em um Deus único, sua doutrina seria interpretada como politeísta. Eles não
creem na unidade de Deus como é ensinada na Bíblia. Rejeitam a verdade bíblica de que
existe apenas uma Pessoa que é Deus. Os trinitarianos creem que existe uma única
substância, uma inteligência e um propósito na Divindade, mas que três pessoas
eternamente coexistem daquela essência única e exercitam aquela única inteligência, e
único propósito.
b) A divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo
O segundo ponto que os trinitarianos buscam estabelecer é que o Pai é Deus, o Filho é Deus e
o Espírito Santo é Deus. Tentam mostrar que cada um é mencionado como sendo Deus e que
cada um possui os atributos da Divindade como: imortalidade inerente, onipotência,
onipresença e onisciência.
c) A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Os trinitarianos procuram provar que o Pai é uma pessoa, que o Filho é uma pessoa e que o
Espírito Santo também o é. Cada pessoa da trindade é admitida como completamente Deus,
dentro de Si mesma. Juntas, as três pessoas compartilham em comum a essência única, todos
os atributos, uma substância, uma inteligência e um propósito.
5. Desmontando a doutrina da Trindade
A doutrina da trindade é baseada sobre três propostas. É como uma mesa construída sobre
três pernas. Caso uma das pernas seja removida, a mesa por inteiro cairá. O fracasso na
prova de qualquer uma destas três propostas apresentadas anteriormente resultará no
colapso desta teoria. Para anular a doutrina da trindade, é necessário comprovar apenas um
dos seguintes três fatos:
a) A unidade de Deus não é composta.
b) Jesus não é Deus.
c) O Espírito Santo não é uma pessoa.
O ÚNICO E VERDADEIRO DEUS
1. A UNIDADE DE DEUS NÃO É COMPOSTA
Existe apenas uma pessoa que é Deus. Ele é a Fonte e o Dominador do universo. Ele é o Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo. A unidade de Deus é simples, e não composta como dizem os
trinitarianos.
1.1 - Um Deus significa uma pessoa
Deus é único. Ele é individual e singular, uma unidade, um único Ser. Há várias referências
bíblicas sobre esta questão:
“Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, n~o procurais a
glória que vem do Deus único?” Jo~o 5:44.
“Um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus, e Pai de todos, o qual é sobre todos e
por todos e em todos.” Efésios 4:5-6.
“Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o creem e estremecem.” Tiago
2:19.
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“Ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade,
império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém.” Judas 25.
“Porquanto h| um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.”
I Timóteo 2:5.
“...e que n~o h| outro Deus, sen~o um só.” I Coríntios 8:4.
“Eu sou o Senhor, e n~o h| outro; fora de Mim não há Deus;...para que se saiba desde o
nascente do sol, e desde o poente, que fora de Mim não há outro; Eu sou o Senhor, e não há
outro.” Isaías 45:5 e 6.
“E disse-Lhe o diabo: Dar-Te-ei toda a autoridade e glória destes reinos; porque a mim me foi
entregue, e dou-a a quem quero; portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu. E Jesus,
respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e
só a Ele servir|s.” Lucas 4:6-8.
Todas as evidências são claras. Tanto no Velho Testamento como no Novo testamento, as
orientações são de que devemos adorar o Deus único. A certeza se cristaliza quando o
próprio Senhor Jesus disse { Satan|s: “Adorar|s o Senhor teu Deus, e só a Ele servir|s.” O
Senhor Jesus não transmitiu a idéia de uma adoração a três deuses. Ele disse à Satanás que
deveria adorar unicamente a Deus (Pai), o Todo-Poderoso.
Analisaremos outros textos que se referem ao único Deus:
a) “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” Deuteronômio 6:4.
Estas palavras foram proferidas inicialmente por Moisés e depois repetidas pelo nosso
Senhor Jesus ao ser indagado pelo escriba: “O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve,
Israel, o Senhor Deus é o único Senhor. ...E o escriba Lhe disse: Muito bem, Mestre, e com
verdade disseste que h| um só Deus, e que n~o h| outro além dEle.” Marcos 12:29 e 32. N~o
teria sido esta uma grande oportunidade do Mestre Jesus orientar os Seus ouvintes com
relação ao Deus triúno? Teria o Senhor Jesus coragem de enganar o Seu povo como fazem os
atuais mestres e doutores em teologia? Como Jesus era judeu e os judeus formam uma nação
estritamente monoteísta. (adoração a um único Deus), eles jamais poderiam imaginar um
Deus em três pessoas.
b) “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste.” Jo~o 17:3.
O Senhor Jesus fez referência { Seu Pai como “único Deus verdadeiro”. O adjetivo “único” tem
o seguinte significado: “que é só um”. A verdade é que Ele estava falando com uma única
Pessoa: Seu Pai. Há nesta passagem bíblica uma evidência clara que esta questão é de suma
importância para nossa salvação e reforça o conceito que Deus é único, individual e singular,
um único Ser: “que Te conheçam a Ti só”. O dicion|rio Aurélio define o adjetivo “só” como
sendo: “Que é só um; único; desacompanhado.” Esta declaraç~o do Senhor Jesus confirma
indiscutivelmente que Seu Pai é o único Deus verdadeiro. A fé judaica centralizava-se neste
Deus. Todos os profetas acreditavam e ensinavam assim. Defensor da fé judaica, Jesus Cristo
não veio para destruir os ensinamentos dos profetas que O antecederam, mas veio para
cumpri-los: “N~o penseis que vim destruir a lei ou os profetas; n~o vim destruir, mas
cumprir.” Mateus 5:17. Perguntamos: Por que acreditar nos teólogos e não acreditar nas
palavras de Jesus? Será que o Messias tinha menos entendimento sobre o assunto do que os
doutores da atualidade?
c) “Todavia, para nós h| um só Deus, o Pai, de quem s~o todas as coisas e para quem
existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por Ele.”
I Coríntios 8:6.
O apóstolo Paulo era judeu e também teve esta compreensão. Ele afirmou que há um só Deus
e acrescentou um detalhe muito importante: identificou esse Deus como sendo o Pai. Em
seguida, referindo-se a Jesus Cristo, ele O identifica como sendo “Senhor” e n~o como Deus.
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Paulo foi separado pelo próprio Senhor Jesus, como um vaso escolhido para pregar também
aos gentios: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para Mim um vaso escolhido,
para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.” Atos 9:15. Se a
doutrina da trindade é bíblica e foi estabelecida por Deus como dizem os atuais teólogos
cristãos, não seria lógico o apóstolo Paulo ensinar corretamente os gentios e corrigir os
judeus sobre uma questão tão séria como esta? Não estava ele sendo guiado pelo Espírito de
Deus? Por que não ensinou a doutrina da trindade aos gentios? Ele não o fez por uma razão
muito simples: estava pregando uma verdade advinda do próprio Deus – “A minha palavra e
a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em
demonstração de espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos
homens, mas no poder de Deus.” I Cor. 2:4-5.
1.2 - Pronomes Pessoais Singulares
O fato de que pronomes pessoais singulares são usados em referência a Deus é excelente
testemunho da unidade simples de Deus.
“Às dezenas, {s centenas, de fato aos milhares, os pronomes da Bíblia em relação à Deus
permanecem como faróis em cada página do Gênesis ao Apocalipse, nos revelando a
singularidade pessoal, literal e individual de Deus com uma clareza tal, que nenhum
trinitariano, nem qualquer outro argumento pode negar com sucesso. “Eu, Mim, Meu” e “Ele,
dEle, Ele mesmo”, “Tu, Ti, Teu”, jamais foi e nunca ser| corretamente aplicado { mais do que
uma personalidade individual; tais palavras levam consigo uma dignidade e uma certeza que
não pode ser expressa nem por uma doutrina ou por qualquer outro método.” Judd, R.H. Op.
cit. p.32.
Alguns exemplos:
Êxodo 20:1 – “Eu sou o Senhor teu Deus…”
Êxodo 20: 3 – “N~o ter|s outros deuses diante de Mim.”
Êxodo 20:24 – “...em todo o lugar em que Eu fizer recordar o Meu nome, virei a ti...”
Mateus 6:9 – “Pai nosso que est|s nos céus, santificado seja o Teu nome...”
Mateus 4:10 – “...Ao Senhor teu Deus adorar|s, e só a Ele servir|s.”
João 17:3 – “...que Te conheçam a Ti só, como único Deus verdadeiro, ...”
1.3 – Esta única Pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus
O testemunho da Bíblia é que existe uma única Pessoa que é Deus. Sem dúvida alguma esta
Pessoa é o Pai. Muitos textos bíblicos identificam o único Deus como o Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo. Apresentamos abaixo algumas destas passagens das Escrituras:
João 17:1 e 3 – “...Pai, é chegada a hora... que Te conheçam { Ti só, por único Deus
verdadeiro...”
Romanos 15:6 – “...glorifiques ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.”
I Coríntios 8:6 – “...para nós, h| um só Deus, o Pai...”
I Coríntios 15:24 – “...quando tiver entregado o reino a Deus, o Pai,...”
II Coríntios 1:3 – “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo...”
Efésios 1:17 – “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória...”
Efésios 4:6 – “Um só Deus e Pai de todos...”
I Tessalonicenses 3:13 – “...diante de nosso Deus e Pai...”
Tiago 3:9 – “Com ela bendizemos a Deus e Pai...”
II João 3 – “... da parte de Deus Pai e da parte de Jesus Cristo, o Filho do Pai...”
A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma pessoa. Esta única Pessoa é o Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo.
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1.4 – ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS
1.4.1 – A palavra plural hebraica
– ELOHIM – (Tradução: deuses)
Argumento trinitariano: Para os trinitarianos “ELOHIM” (deuses) é um termo plural,
portanto, uma unidade composta e sempre significa dois ou mais deuses. Citam como
exemplo:
Gênesis 1:1 “No princípio criou Deus (Elohim no hebraico) os céus e a terra.”
Gênesis 1:1“bereshit bara elohim et hashamayim veet haaretz.” (original hebraico)
O que diz a Bíblia?
Essa teoria não expressa a verdade, porque no hebraico o verbo sempre acompanha o
sujeito. No caso de Gênesis 1:1 o verbo é “bara” e est| no singular, exigindo desta forma um
sujeito singular e não plural.
Se “Deus” fosse plural, como dizem os trinitarianos, o verbo teria que ser “criaram”. De
acordo com essa falsa teoria, o texto em an|lise teria que ser lido assim: “No princípio
criaram os deuses os céus e a terra.” Vemos que n~o é esta a construç~o da frase, segundo a
Bíblia.
O substantivo plural “Elohim” denota a plenitude da força divina, a soma de poderes
revelados por Deus, referindo-se ao “plural de majestade”.
Importante: O termo “Elohim” é usado também para deuses e pessoas que n~o eram
trindades. Portanto, esse termo também pode significar “um”. Exemplos:
a) I Reis 18:27
Baal era uma divindade adorada em todas as povoações fenícias e em Canaã. Era o deus sol
dos fenícios. O seu significado é: dono, senhor. Essa divindade representava uma única
pessoa. Segundo a crença, fecundava a terra por meio de suas fontes e como era considerado
dono divino, a ele se devia tributo. O relato abaixo se refere à experiência do profeta Elias,
no monte Carmelo. O culto ao deus Baal, foi introduzido em Israel por Acabe.
I Reis 18:27 – “vayihi vatzohorayim vayihatel bahem eliyahu vayomer kiru vekol-gadol ki-
elohim hu ki siyahh vekhi-sig lo vekhi-derekh lo ulai yashen hu veyikatz.” (Traduç~o para o
hebraico)
I Reis 18:27 – “E sucedeu que ao meio-dia Elias zombava deles, e dizia: Clamai em altas vozes,
porque ele é um deus; [pode ser] que esteja falando, ou que tenha [alguma] cousa que fazer,
ou que intente [alguma] viagem; porventura dorme, e despertar|.”
A frase em hebraico “ki elohim hu (porque ele é um deus)” foi utilizada a Baal, uma única
“divindade”.
Assim, o texto original em hebraico prova que o termo “elohim” n~o significa sempre dois ou
mais deuses. Neste caso o deus Baal era “um”.
b) Êxodo 4:16 e 7:1
Esta outra passagem bíblica tem a ver com o profeta Moisés. Ele era para ser “elohim” diante
do faraó:
Êxodo 4:16 – “vediber-hu lekha el-haam vehaya hu yihye-lekha lefe veata tihye-lo lelohim”.
(Tradução para o hebraico)
Êxodo 4:16 – “E ele falar| por ti ao povo; e acontecer| que ele te ser| por boca, e tu lhe ser|s
por Deus”.
Êxodo 7:1 –“vayomer ADONAI el-moshe ree netatikha elohim lefaro veaharon ahhikha yihye
neviekha”. (Traduç~o para o hebraico)
Êxodo 7:1- “Ent~o disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto [por] Deus sobre Faraó, e
Aarão, teu irm~o, ser| o teu profeta.”
Neste caso Moisés era apenas uma pessoa e não duas ou mais.
c) Gênesis 1:26 e 27
Outra passagem bíblica onde “Elohim” é usado, encontra-se em Gênesis 1:26:
Gênesis 1:26 – “vayomer elohim naase adam betzalmenu kidmutenu veyirdu vidgat hayam
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uvof hashamayim uvabehema uvkhol-haaretz uvkhol-haremes haromes al-haaretz”. Gênesis
1:27 – “vayivra elohim et-haadam betzalmo betzelem elohim bara oto zakhar unkeva bara
otam”.
Gênesis 1:26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa
semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e
sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” Gênesis 1:27 – “E criou
Deus o homem { Sua imagem; { imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.”
Embora o verbo e os pronomes pessoais estejam no plural no versículo 26, eles referem-se
sem dúvida à um Deus singular. Isto está claro pelo fato de que no versículo seguinte (27), o
pronome e o verbo estão no singular em referência à Deus – “criou Deus”.
A criação está intimamente ligada Àquele que é o Autor dos dez mandamentos, escritas pelo
Seu próprio dedo em duas tábuas de pedra. O Criador é identificado como sendo uma única
Pessoa:
“Guardar~o, pois, o s|bado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações como pacto
perpétuo. Entre Mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque em seis dias
fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério. “E deu a Moisés,
quando acabou de falar com ele no monte Sinal, as duas tábuas do testemunho, tábuas de
pedra, escritas pelo dedo de Deus.” Êxodo 31:16-18.
Estes textos estão associados à proclamação final do evangelho:
“...Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que
fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das |guas.”
d) Isaías 6:8
Um outro texto que segue esse princípio encontra-se em Isaías 6:8:
“Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? e quem ir| por nós?...”
É interessante notar que o Senhor disse: “A quem enviarei”?
Quando falando de Si mesmo, Deus diz: “Eu, Meu, Mim.” Quando homens falam { respeito de
Deus dizem: “Ele, dEle, Lhe.” Caso os pronomes plurais destes textos fizessem referência {
uma pluralidade de pessoas dentro de Deus, porque então não é Deus sempre designado por
pronomes plurais?
Além do mais, se estes pronomes plurais denotassem realmente pluralidade em Deus, não
haveria absolutamente nada que revelasse quantos haveriam naquela pluralidade, se
seriam dois, três, dez, ou mesmo mil. Aplicar pluralidade a Deus resultaria em politeísmo,
mas não trinitarianismo.e) II Reis 1:2
Além do termo “Elohim”, temos o termo em hebraico:
“Elohei” (Traduç~o: deus de...).
Na maioria dos casos, encontramos o termo “Elohei” que é a contraç~o no genitivo da
palavra “elohim”.
Este termo está no plural, e mesmo estando no plural é utilizado para designar a apenas uma
única “divindade”. Exemplo:
II Reis 1:2 – “vayipol ahhazya bead hasevakha baaliyato asher beshomron vayahhal
vayishlahh malakhim vayomer alehem lekhu dirshu bevaal zevuv elohei ekron im-ehhye
mehholi ze.”
II Reis 1:2 – “E caiu Acazias pelas grades dum quarto alto, que [tinha] em Samaria, e adoeceu:
e enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebu, deus de Ecrom, se sararei
desta doença.”
1.4.2 – Um único Deus
- ECHAD – (Traduzido como: um, único)
Argumento trinitariano: Os trinitarianos ensinam que o termo “Echad” é uma unidade
composta, aplicado sempre quando se apresentam vários componentes da mesma espécie e
substância. Para defenderem a doutrina da trindade, dizem que esse termo significa sempre
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dois ou mais deuses. Exemplo:
Gênesis 2:24 – “Portanto deixar| o homem a seu pai e a sua m~e, e unir-se-á à sua mulher, e
ser~o uma carne.”
Gênesis 2:24 – “al-ken yaazav-ish et-aviv veet-imo vedavak beishto vehayu levasar echad.”
(original hebraico)
O que diz a Bíblia?
O termo “Echad” significa “um”, “único”. Com base no exemplo acima, pode-se pensar que
“Echad” é sempre sinônimo de uma unidade composta, isto é, significando sempre dois ou
mais da mesma espécie. Como o verdadeiro intuito é enganar, nenhum teólogo, defensor da
trindade, ir| apresentar algum texto bíblico que apresente o termo “Echad” significando
apenas “um” e “único” ao tratar de uma só pessoa. Por que os defensores da trindade omitem
os seguintes textos bíblicos abaixo?
Deuteronômio 17:6 – “al-pi shenayim edim o shelosha edim yumat hamet lo yumat al-pi ed
echad.”
Deuteronômio 17:6 - “Por boca de duas testemunhas, ou três testemunhas, ser| morto o que
houver de morrer: por boca duma só testemunha não morrer|.”
Eclesiastes 4:8 – “yesh echad veen sheni gam ben vaahh en-lo veen ketz lekhol-amalo gam-
enav (eno) lo-tisba osher ulmi ani amel umhhaser et-nafshi mitova gam-ze hevel veinyan ra
hu.”
Eclesiastes 4:8 - “H| um [que é] só, e n~o tem segundo; sim, ele n~o tem filho nem irm~; e
contudo de todo o seu trabalho não [há] fim, nem os seus olhos se fartam de riquezas; e não
diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto [é] vaidade e
enfadonha ocupaç~o.”
Nos dois versículos acima a mesma palavra hebraica é usada, e a palavra "echad" está
claramente referindo-se a apenas um e não a uma unidade composta.
O povo de Israel sempre tem adorado uma única Pessoa como sendo seu Deus. Se alguém
tiver alguma dúvida, pergunte a um judeu, e ele responderá. Agora podemos entender o
verdadeiro significado da profissão de fé do israelita:
Deuteronômio 6:4 – “shema yisrael Adonai Eloheinu Adonai echad.”
Deuteronômio 6:4 – “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus [é] o único Senhor.”
O termo “Senhor” em hebraico é “Adonai”. É um vocativo que significa: Poderoso.
Observaç~o: O termo “Eloheinu” é uma variante de “Elohim”, podendo significar um ou mais
deuses. Exemplo onde a palavra “Eloheinu” é utilizada para indicar um deus:
I Samuel 5:7 – “vayiru anshe-ashdod ki-khen veameru lo-yeshev aron elohe yisrael imanu ki-
kasheta yado alenu veal dagon eloheinu.”
I Samuel 5:7 - “Vendo ent~o os homens de Asdode que assim era, disseram: N~o fique
conosco a arca do Deus de Israel; pois a sua mão é dura sobre nós, e sobre Dagom, nosso
deus.”
1.4.3 – Frases repetidas três vezes
Argumento trinitariano: Os defensores da doutrina da trindade ensinam que as três palavras
seguidas em Isaías 6:3, provam a existência da trindade.
“E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a
terra toda está cheia da Sua glória.” Isaías 6:3.
O que diz a Bíblia?
Qualquer pessoa sabe que esta repetição é entendida como um superlativo absoluto. É dado
ênfase à Pessoa de Deus, considerando-O como SANTÍSSIMO.
Como os trinitarianos entenderiam as seguintes passagens bíblicas, onde ocorrem
semelhantes repetições?
”Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor.” Jeremias 22:29
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“Ao revés, ao revés, ao revés o porei; também o que é n~o continuar| assim, até que venha
Aquele a quem pertence de direito; e lho darei a Ele.” Ezequiel 21:27.
Repetições para dar ênfase é uma prática comum entre os escritores da Bíblia.
Um verso similar nós encontramos em Apocalipse 4:8:
“Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios
de olhos; e não têm descanso nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, santo, santo é o
Senhor Deus, o Todo Poderoso, aquele que era, e que é, e que h| de vir.”
O contexto deste verso nos mostra que estas palavras foram dirigidas somente ao Pai. O
contexto descreve Deus assentado sobre Seu trono no Céu, tendo nas mãos um livro selado
com sete selos (Apocalipse 5:1). Um anjo forte clama, perguntando quem é digno de abrir o
livro e romper os seus selos (Apocalipse 5:2-4). Finalmente após tornar-se claro que
ninguém mais era digno, Jesus é descrito como o Cordeiro que vem e toma o livro da mão
direita de Deus (Apocalipse 5:5-7). Jesus não era aquele que Se assentava sobre o trono, nem
parte d´Ele. Aquele que se assentava no trono não era uma trindade. Em Apocalipse 4:2-3,
notamos que “um” estava assentado sobre o trono. Esta pessoa única era o Pai, o Criador. Era
Ele que estava assentado sobre o trono a quem as quatro criaturas viventes adoravam com
as palavras: Santo, santo, santo.
Este texto, assim como Isaias 6:3 absolutamente não apóia a falsa doutrina da trindade.
1.4.4 – Pronomes pessoais singulares
Quando Deus fala de Si mesmo, Ele diz: “Eu, Meu, Mim” O fato de que pronomes pessoais
singulares são usados em referência à Deus é excelente testemunho da unidade simples de
Deus. Apenas alguns exemplos:
“Eu sou o Senhor teu Deus...” Êxodo 20:1.
“N~o ter|s outros deuses diante de Mim.” Êxodo 20:3.
“Pai nosso que est|s nos céus, santificado seja o Teu nome...” Mateus 6:9.
“Ao Senhor teu Deus adorar|s, e só a Ele servir|s.” Mateus 4:10.
“...que Te conheçam a Ti só, como único Deus verdadeiro.” Jo~o 17:3.
“...em todo o lugar em que Eu fizer recordar o Meu nome, virei a ti...” Êxodo 20:24.
1.4.5 – Esta única Pessoa é o Pai
A doutrina da trindade não era conhecida pelos apóstolos. Eles sempre exaltaram o Pai de
nosso Senhor Jesus como sendo o único Deus:
“...glorifiques ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” Romanos 15:6.
“...para nós, h| um só Deus, o Pai...” I Coríntios 8:6.
“...{ Deus, o Pai.” I Coríntios 15:24.
“...o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo...” II Coríntios 1:3.
“...o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo...” Efésios 1:17.
“...um só Deus e Pai de todos...” Efésios 4:6.
“ ...nosso Deus e Pai...” I Tessalonicenses 3:13.
“...{ Deus e Pai...” Tiago 3:9.
“...da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai.” II Jo~o 3.
1.4.6 – Somente uma única Pessoa é Deus
Deus Se identificou aos profetas como sendo uma única Pessoa:
“A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há sen~o Ele.”
Deuteronômio 4:35.
“N~o temos nós todos um mesmo Pai? N~o nos criou um mesmo Deus...” Malaquias 2:10
“...Porventura n~o sou Eu, o Senhor? Pois n~o h| outro Deus sen~o Eu; Deus justo e Salvador
não h| além de Mim.” Isaías 45:21.
“Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás
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outros deuses diante de Mim.” Êxodo 20:2-3.
O Senhor Jesus apresentou o Seu Pai como único Deus verdadeiro e ao confirmar os
ensinamentos dos profetas, Ele provou ser o verdadeiro Messias:
“E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, como único Deus verdadeiro...” Jo~o 17:3.
A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma Pessoa. Esta única Pessoa é o Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo.
JESUS O FILHO DE DEUS
1. JESUS NÃO É DEUS
1.1 – Somente uma única pessoa é Deus
Jesus não é Deus porque há somente uma Pessoa que é Deus. Essa Pessoa única tem sido
identificada como sendo Pai de Jesus. Seguindo esse raciocínio, Jesus não pode ser também
Deus. Não há outra pessoa que possa ser Deus no mesmo sentido em que o Pai é Deus.
“Para nós h| um só Deus, o Pai, de quem é tudo, e para quem nós vivemos.” I Cor. 8:6.
“Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.” Efésios 4:6.
Entendemos que Jesus é divino, mas não divindade. Ele é o divino Filho de Deus, mas não é a
divindade, o Ser Supremo. Por Sua vitória sobre o pecado, sejam dados a Ele o louvor, a
honra e a glória.
1.2 – Jesus é o Filho de Deus
Os trinitarianos ensinam que Jesus é Deus Filho. Esse ensinamento não é bíblico. O Senhor
Jesus nunca Se identificou desta maneira. O que nós encontramos na Bíblia, são afirmações
de que Jesus é o Filho de Deus. Ele não pode ser Deus e Filho de Deus ao mesmo tempo.
As passagens bíblicas a seguir provam que Jesus é o Filho de Deus:
a) Afirmações de Jesus:
“Aquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque Eu disse:
Sou Filho de Deus?” Jo~o 10:36.
“Jesus, porém, guardava silêncio. E o sumo sacerdote disse-Lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo
que nos digas se Tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Jesus: É como disseste...”
Mateus 26:63-64.
b) Afirmações dos discípulos:
“Mas vos, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que Eu sou? Respondeu-Lhe Simão Pedro: Tu és
o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Mateus 16:15-16.
“Respondeu-Lhe Natanael: Rabi, Tu és o Filho de Deus, Tu és rei de Israel.” Jo~o 1:49.
João Batista deu o seu testemunho:
“Eu mesmo vi e j| vos dei testemunho de que este é o Filho de Deus.” Jo~o 1:34.
1.3 – Jesus como mediador não poder ser o próprio Deus
Diz o texto sagrado: “Porque h| um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo homem.” I Timóteo 2:5.
Jesus é Mediador entre Deus e os homens, portanto, não é Ele o próprio Deus. Se o próprio
Jesus fosse Deus e igual à Deus, conforme os trinitarianos declaram, Ele não estaria numa
posição para servir como Mediador. Como mediador alguém deve ser a terceira parte, pois
caso Cristo sendo Deus ou igual à Deus, seria uma das duas partes, e não teria condições de
ministrar como Mediador entre os dois – Deus e o homem.
O fato de que Jesus é um Mediador, anula a possibilidade de que Ele seja parte de uma
trindade. Ele e Seu Pai são de personalidades separadas. Ele declarou que Ele e Seu Pai
constituem duas testemunhas separadas:
“E na vossa lei est| também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o
que testifico de Mim mesmo, e de Mim testifica também o Pai que Me enviou.” Jo~o 8:17-18.
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1.4 – O Pai é o Deus de Jesus
Jesus reconheceu o Pai, o único Deus verdadeiro, como Seu Deus. Jesus jamais reivindicou a
Si próprio como sendo Deus. Não pretendia ser igual a Deus. Ele sempre Se referiu ao Pai
como sendo superior a Ele, Seu Deus. Nos textos bíblicos abaixo, Jesus faz referência ao Pai
como Seu Deus:
“Deus Meu, Deus Meu, porque Me desamparaste?” Mateus 27:46.
“...Pai, é chegada a hora... que Te conheçam { Ti só, por único Deus verdadeiro...” Jo~o 17:1 e
3.
“Eu subo para o Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus...” Jo~o 20:17.
“Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. A quem
vencer, Eu o farei coluna no templo do Meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o
nome do Meu Deus, e o nome da cidade do Meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do
Meu Deus, e também o Meu novo nome.” Apocalipse 3:11 e 12.
Muitos dos escritores do Novo Testamento descrevem Deus como o Deus de Jesus:
“Deus e Pai de nosso Senhor Jesus...” II Coríntios 1:3.
“O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus...” II Coríntios 11:31.
”O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus...” Efésios 1:3.
“O Deus de nosso Senhor Jesus...” Efésios 1:7.
“O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus...” I Pedro 1:3.
1.5 – Jesus orou ao Seu Deus, o Pai
Jesus revelou que Ele próprio não era Deus quando orou a Seu Pai, identificando-O como
único Deus verdadeiro. Caso Jesus fosse igual a Deus, porque orou Ele então a Deus? O
cristianismo lança suas falsas doutrinas ensinando que o homem Jesus nunca deixou de ser
Deus. Consideram-no como DEUS HOMEM.
Os trinitarianos afirmam que Deus, Jesus e o Espírito têm uma mesma inteligência e poder.
Precisaria Jesus orar a outra pessoa da trindade, pedindo ajuda, mesmo tendo todos os
atributos divinos, por continuar sendo Deus, mesmo em forma humana? Não seria
contraditória uma questão como esta?
Ao orar a Deus, Jesus mostrou ser dependente de Seu Pai:
“Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, ...” Mateus 11:25.
“E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o Seu rosto, orando e dizendo: Meu
Pai, se é possível, passe de Mim este cálice, todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu
queres....E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai Meu, se este cálice não pode passar de Mim
sem Eu o beber, faça-se a Tua vontade.” Mateus 26:39 e 42.
“E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oraç~o a Deus.”
Lucas 6:12.
1.6 – Jesus é inferior a Deus
Jesus não é igual à Seu Pai, pois o Pai é maior do que o Filho, consequentemente, Ele é
inferior à Seu Pai. Jesus, portanto, não é Deus. Ao reconhecer este fato, não quer dizer que
não estejamos dando a glória devida a Cristo. O objetivo é entender e reconhecer a
verdadeira relação entre o Pai e Seu Filho. Jesus deixou claro que Ele é hierarquicamente
inferior a Seu Pai ao declarar o seguinte:
“Meu Pai e maior do que Eu.” João 14:28.
O próprio contexto de onde foi extraída a passagem bíblica acima, confirma que o Senhor
Jesus veio para cumprir um propósito do Pai, isto é, tornar conhecido o Pai ( O Deus
Altíssimo). Assim, a submissão da obra do Senhor Jesus é claramente entendida nos
seguintes textos sagrados:
“...as palavras que Eu vos digo, n~o as digo por Mim mesmo; mas o Pai, que permanece em
Mim, é quem faz as Suas obras.” Jo~o 14:10.
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“...a palavra que estais ouvindo n~o é Minha, mas do Pai que Me enviou.” Jo~o 14:24.
Quando Jesus disse: “Eu e o Pai somos um.” Jo~o 10:30, Ele n~o ensinou que Ele e Seu Pai
eram um em essência ou ser (como afirmam os trinitarianos). Nem tampouco Ele quis dizer
que Ele e o Pai possuem os mesmos atributos, tais como: onipotência, onipresença e
onisciência. O entendimento correto é que Ele referiu-Se à unidade de propósito e perfeita
concordância que existe entre Ele e Seu Pai. Mais adiante Jesus orou para que esta mesma
unidade tornasse possível entre Seus seguidores:
“E rogo n~o somente por estes, mas também, por aqueles que pela Sua palavra hão de crer
em Mim; para que todos sejam um, assim como Tu ó Pai, és em Mim e Eu em Ti, que também
eles sejam um em nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste.” Jo~o 17:20-21.
Pelo fato de nós sermos um com o Pai e o Filho em caráter e propósito, não nos torna
partícipes desta divindade, isto é, que sejamos iguais a Deus, possuindo os mesmos
atributos.
Jesus sempre reconheceu que Seu Pai é maior do que Ele. Isto claramente expõe o fato de
que Jesus não pode ser parte de um Deus triuno.
Muitos textos bíblicos comprovam a inferioridade de Jesus em relação a Deus:
“Meu Pai...é maior do que todos; ...” Jo~o 10:29.
“...porque o Pai é maior do que Eu.” Jo~o 14:28.
“... vós de Cristo, e Cristo de Deus.” I Coríntios 3:23.
“...o homem a cabeça da mulher e Deus a cabeça de Cristo.” I Coríntios 11:3.
“...ent~o também o próprio Filho se sujeitar| Àquele que todas as coisas Lhe sujeitou, para
que Deus seja tudo em todos.” I Coríntios 15:28.
Esta última passagem bíblica refere-se à sujeição de Cristo ao Seu Pai depois de haver sido
completada a obra redentora e depois de haver destruído todo domínio e toda a autoridade
e todo o poder na Terra. Quando todos os inimigos estiverem debaixo de Seus pés e quando
o último inimigo, a morte, for destruído, Deus (o Pai de Jesus) será supremo; será tudo em
todos.
Jesus viveu como Servo de Deus. Ele rendeu perfeita obediência à Seu Pai, sempre fazendo
aquilo que agradava a Deus. Ele reconhecia ser inferior a Deus.
“...eis que Eu farei vir o Meu Servo, o Renovo.” Zacarias 3:8.
“Eis aqui o Meu servo que escolhi...” Mateus 12:18.
“Mas esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a forma de Servo...” Filipenses 2:7-8.
“Disse-lhes Jesus: A Minha comida é fazer a vontade dAquele que Me enviou...” João 4:34
“...porque n~o procuro a Minha vontade, mas a vontade dAquele que Me enviou.” João 5:30.
“Porque Eu desci do céu, n~o para fazer a Minha vontade, mas a vontade dAquele que Me
enviou.” Jo~o 6:38.
“E Aquele que Me enviou est| comigo; n~o Me tem deixado só; porque faço sempre o que é do
Seu agrado.” Jo~o 8:29.
“...Pai, se queres afasta de Mim este c|lice; todavia n~o se faça a Minha vontade, mas a Tua.”
L:ucas 22:42.
Sobre a questão da inferioridade do Senhor Jesus em relação ao Pai, os teólogos trinitarianos
dizem que esta inferioridade é aplicada unicamente enquanto o Senhor Jesus assumiu a
natureza humana, em virtude de suas limitações como ser humano. Todavia, os mesmos
teólogos ensinam que Jesus não deixou de ser Deus quando assumiu a forma humana.
1.7– Jesus é inferior a Deus em atributos
O Novo Testamento revela Jesus Cristo como inferior a Deus em atributos. Esta é uma
indicação definitiva de que Jesus em si mesmo não é Deus. Não é nem igual ou idêntico ao
Pai, tão pouco parte de um Deus triuno. Deus é infinito e perfeito em todos os Seus atributos.
Em todas estas coisas, Deus é imutável; Sua perfeição infinita não pode nem aumentar, tão
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pouco diminuir. O que Ele tem sido, sempre será.
1.8 – Jesus é inferior a Deus em conhecimento
Deus é onisciente e perfeito em conhecimento. Jesus, por outro lado, não era onisciente.
Jesus crescia em sabedoria:
“E crescia Jesus em sabedoria...” Lucas 2:52.
Se Jesus continuava sendo Deus com conhecimento infinito, como poderia Ele ter “crescido
em sabedoria”? Jesus recebeu Seu conhecimento de Deus:
“...e que nada faço de Mim mesmo; mas como o Pai Me ensinou, assim falo.” Jo~o 8:28.
O conhecimento de Deus inclui todas as coisas, presentes, passadas e futuras. Ele conhece
todas as coisas:
“(Jesus) respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai
reservou à Sua própria autoridade.” Atos 1:7.
Jesus, por outro lado, era limitado em conhecimento inclusive com relação à data de Sua
volta:
“Quanto, porém, ao dia e { hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu nem o Filho, senão o
Pai.” Marcos 13:32.
1.9 – Jesus é inferior a Deus em poder
Deus é onipotente. Ele é Todo-Poderoso; tem poder infinito. O poder de Deus originou-Se
dEle próprio. Através de Seu poder, Deus executa todas as Suas obras.
Jesus, por outro lado, não era onipotente. O poder que Cristo exercia quando operava
milagres era recebido de Deus:
“...A Jesus, o nazareno, var~o aprovado por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais,
que Deus por Ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis.” Atos 2:22.
“Disse-lhes, pois, Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho de si mesmo nada pode
fazer,...” Jo~o 5:19.
“Eu n~o posso de Mim mesmo fazer coisa alguma; ...” Jo~o 5:30.
“...e que nada faço de Mim mesmo; ...” Jo~o 8:28.
1.10 – Jesus é inferior a Deus em vida
Deus sempre existiu. Nunca houve um tempo no qual Deus não existisse. Deus não somente
viverá para sempre no futuro, mas também viveu eternamente no passado. A vida de Deus
foi sem começo:
“Aquele que possui, Ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos
homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.” I Timóteo
6:16.
A vida de Cristo, no entanto, teve um começo definido; houve um tempo, em que Jesus não
existia. Se não fosse por Deus, Jesus jamais teria existido. Jesus foi gerado do Pai, portanto,
Sua vida foi derivada de Deus. O poder de Deus fez com Maria concebesse e desse à luz à um
filho. Se não fosse pelo santo poder de Deus, Jesus não teria nascido:
“Descer| sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo
que também o Santo que de ti há de nascer será chamado Filho de Deus.” Lucas 1:35.
O Senhor Jesus não teve vida eterna em Si mesmo. Esta vida foi dada pelo Pai. Sua vida foi
derivada de Deus:
“Pois assim como o Pai tem vida em Si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em Si
mesmo.” Jo~o 5:26.
Depois de morrer no Calvário, Jesus também recebeu vida ressurreta do Pai. Deus levantou
Jesus dos mortos através de Seu poder:
“Ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte,...” Atos 2:24.
“Ora, a este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.” Atos 2:32.
“A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e Lhe concedeu que Se manifestasse.” Atos 10:40.
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“Mas Deus O ressuscitou dentre os mortos.” Atos 13:30.
“...como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, ...” Romanos 6:4.
“Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coraç~o creres que
Deus O ressuscitou dentre os mortos, ser|s salvo.” Romanos 10:9.
“Ora, Deus n~o somente ressuscitou ao Senhor, mas também nos ressuscitar| a nós pelo Seu
poder.” I Coríntios 6:14.
“E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos
de Deus que Ele ressuscitou a Cristo,...” I Coríntios 15:15.
“Sabendo que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos ressuscitar| a nós com Jesus, e nos
apresentará convosco.” II Coríntios 4:14.
Jesus não ressurgiu dos mortos por Si mesmo. Ele foi levantado da morte através o poder de
Deus, pois somente Ele é a fonte de toda a vida. Acreditar nisto é uma questão de salvação:
“...se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coraç~o creres que Deus O
ressuscitou dentre os mortos, ser| salvo.” Romanos 10:9.
1.11 – Deus não pode morrer
Deus é imortal, e não pode estar sujeito à morte:
“Aquele que possui, Ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos
homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.” I Timóteo
6:16.
Jesus, ao contrário, nasceu mortal, pois é sabido que experimentou a morte. Jesus tinha as
características de um homem mortal. Ele experimentou:
a) Fome
“E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome.” Mateus 4:2.
b) Sede
“Depois, sabendo Jesus que todas as coisas já estavam consumadas, para que se cumprisse a
Escritura, disse: Tenho sede.” Jo~o 19:28.
c) Cansaço
“Achava-se ali o poço de Jacó. Jesus, pois, cansado da viagem, sentou-Se assim junto do poço;
era cerca da hora sexta.” Jo~o 4:6.
d) Tentação
“Ent~o foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo.” Mateus
4:1.
e) Sofrimento
“E disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre
os mortos.” Lucas 24:46.
Jesus morreu:
“Mas vindo a Jesus, e vendo que j| estava morto, n~o Lhe quebraram as pernas.” Jo~o 19:33.
“...que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.” I Coríntios 15:3.
Deus não pode morrer, mas Jesus morreu. Jesus tornou-Se imortal quando Deus O levantou
da sepultura, assim sendo, recebeu a imortalidade de Deus. A partir de então Jesus jamais
poderá morrer novamente:
“Sabendo que, tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, j| n~o morre mais; a morte n~o
mais tem domínio sobre Ele.” Romanos 6:9.
Quando Jesus voltar, todos os verdadeiros crentes serão feitos imortais como Ele:
“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta
soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque
é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é
mortal se revista da imortalidade.” I Coríntios 15:52-53
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1.12 – Atributos e posições divinas recebidas de Deus
Alguns acreditam que Jesus deve ser Deus porque exerce certa autoridade divina, e revela
certos atributos divinos. Exaltado à mão direita de Deus, Jesus recebeu autoridade e poder
divinos de Deus. Isto, entretanto, não prova que Jesus é igual a Deus ou que Ele é o próprio
Deus ou que Ele é uma parte de Deus.
O fato de Jesus ter sido exaltado pelo Pai, mostra que Ele é menor do que Deus:
“De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito
Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” Atos 2:33.
“Pelo que também Deus O exaltou soberanamente, e Lhe deu o nome que é sobre todo
nome.” Filipenses 2:9.
O fato de Jesus receber posição e obras divinas mostra que Ele é inferior a Deus. Hoje, Jesus
tem sido exaltado à mais alta posição no universo, depois de Deus.
Jesus disse:
“Todo o poder Me é dado no céu e na terra.” Mateus 28:18.
Jesus sempre entendeu que Seu Pai era superior a Ele em autoridade. Ele viveu em perfeita
obediência a Deus. Após Sua ressurreição Jesus recebeu autoridade divina de Deus. Se Jesus
é Deus, não precisaria receber poder (autoridade) de ninguém. Isto prova que Jesus é
inferior a Deus e consequentemente Ele não é Deus.
1.13 – Obra de julgamento
Deus autorizou Jesus a ser o juiz da humanidade. Deus entregou o julgamento ao Seu Filho.
Deus julgará a humanidade através da obra de Cristo, o juiz. Jesus recebeu esta posição e
obra de Deus:
“Porque o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o julgamento....E deu-Lhe autoridade
para julgar, porque é o Filho do homem.” Jo~o 5:22 e 27.
“Este nos mandou pregar ao povo, e testificar que Ele é o que por Deus foi constituído juiz
dos vivos e dos mortos.” Atos 10:42.
“Mas Deus, n~o levando em conta os tempos da ignor}ncia, manda agora que todos os
homens em todo lugar se arrependam; porquanto determinou um dia em que com justiça há
de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a
todos, ressuscitando-O dentre os mortos.” Atos 17:30-31.
O fato de que Jesus recebeu esta prerrogativa de Seu Pai, indica que o Pai é superior a Ele.
Por isso, Jesus não é Deus.
1.14 – Sua presença invisível
Embora Jesus esteja nos céus, Ele pode estar presente em todos os lugares com Seus
seguidores. Ele disse:
“Eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumaç~o dos séculos.” Mateus 28:20.
Jesus pode fazer isto através do poder de Deus, o Espírito. Jesus recebeu este poder de Deus:
“Quando vier o Ajudador, que Eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que do
Pai procede, esse dar| testemunho de Mim.” Jo~o 15:26.
“De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito
Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” Atos 2:33.
Durante Seu ministério terrestre Jesus pode curar o servo do centurião (Mateus 8:5-13),
mesmo estando o servo doente a uma grande distância daquele lugar que Se encontrava. Ele
também podia conhecer o que havia no coração do homem. Jesus pode fazer essas coisas,
não porque Ele é parte de um Deus triúno, mas, porque Deus O revestiu de poder para
executar essas obras.
Ao Jesus iniciar o Seu ministério, quando foi batizado, Seu Pai derramou sobre Ele o poder
do Espírito:
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“E o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-Se do céu
esta voz: Tu és o Meu Filho amado; em Ti Me comprazo.” Lucas 3:22.
2 – ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS
Vemos com muita tristeza os argumentos debilitados que lançam mão os trinitarianos para
defender sua teoria. Eles apresentam textos fora do contexto para provarem que Jesus é
Deus. Relacionamos a seguir alguns desses argumentos:
2.1 - Isaías 44:6
Argumento trinitariano: Os trinitarianos ensinam que nessa passagem Jesus Se revela como
Deus.
“Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro, e
Eu sou o último, e fora de Mim não h| Deus.” Isaías 44:6.
O que diz a Bíblia?
Para um atento pesquisador da Palavra de Deus, esse texto prova que Deus é um só. Além
dessa única Pessoa não há outro Deus. É uma Pessoa que está falando. Essa Pessoa é o Pai de
Jesus. Poucas passagens adiante o mesmo Deus que está falando em Isaías 44:6 profetiza
sobre a vinda de Ciro (uma figura representativa de Jesus). A seu respeito Ele diz: “Ele é Meu
Pastor, e cumprir| tudo o que Me apraz; ... Assim diz o Senhor ao Seu Ungido...” Isaías 44:28.
O livro de Isaías se divide em partes. A parte que abrange os capítulos 40 a 66 é chamada de
“Livro de Conforto”, pois o tema principal é: O Servo do Senhor. Os escritores do Novo
Testamento, reputando a missão de Israel consumada em Jesus Cristo, O consideram, a Ele
somente, o israelita típico no mais elevado sentido e Lhe atribuem tudo quanto consta no
Livro de Conforto concernente ao Servo.
Um pouco antes, ou seja, em Isaias 42:1, o mesmo Deus que fala em Isaías 44:6, apresenta o
Seu futuro Servo, o Messias vindouro:
“Eis aqui o Meu Servo, a quem sustenho; o Meu escolhido, em quem se compraz a Minha
alma; pus o Meu Espírito sobre Ele; Ele trará justiça às nações.” Isaías 42:1.
Essa mesma passagem bíblica é mencionada em Mateus 12:18, referindo-Se ao cumprimento
dessa profecia de Isaías.
Concluímos, pois, que as palavras registradas em Isaías 44:6 não foram proferidas por Jesus.
Quem Se apresenta aí é o Deus Altíssimo, o Todo Poderoso de Israel, o Pai de Jesus, que
também é o nosso Redentor, por ter enviado o Seu Filho para nos salvar.
2.2 - Apocalipse 1:8
Argumento trinitariano: Os que defendem a doutrina da trindade ensinam que esta
passagem é prova de que Jesus é o Deus Todo Poderoso.
Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo
Poderoso.” Apocalipse 1:8.
O que diz a Bíblia?
O grande problema dos trinitarianos é que eles não querem aceitar os ensinamentos de
Deus. Ao lermos alguns versículos anteriores a esta passagem bíblica, encontramos a
resposta:
“Jo~o, {s sete igrejas que estão na Ásia: Graça a vós e paz da parte dAquele que é, e que era, e
que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do Seu trono.” Apocalipse 1:4
Esta passagem bíblica apresenta-nos Aquele que está assentado no trono. Esse é o Pai de
Jesus, o Deus Todo Poderoso. Observem agora, o que diz o versículo seguinte:
“E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o Príncipe
dos reis da terra. Àquele que nos ama, e pelo Seu sangue nos libertou dos nossos pecados e
nos fez reino, sacerdotes para Deus, Seu Pai, a Ele seja glória e domínio pelos séculos dos
séculos. Amém”. Apocalipse 1:5-6.
Notamos que uma outra Pessoa é apresentada. Essa Pessoa é Jesus Cristo, que virá nas
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nuvens e todo o olho O verá (Apocalipse 1:7). A dúvida lançada por parte dos trinitarianos é
com relaç~o aos seguintes dizeres: “que é, que era, e que h| de vir”. Para eles, o único que h|
de vir é Jesus. No entanto, a Bíblia diz que, quando a Nova Jerusalém descer do Céu para se
estabelecer na Terra, Deus estará com os salvos e com eles habitará (Apocalipse 21:3).
Observem agora o que diz Apocalipse 4:8-11:
“Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios
de olhos; e não têm descanso, nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo Santo é o
Senhor Deus, o Todo Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir. E, sempre que os
seres viventes dava m glória e honra e ações de graças ao que estava assentado sobre o
trono, ao que vive pelos séculos dos séculos, os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante
do que estava assentado sobre o trono, e adoravam ao que vive pelos séculos dos séculos; e
lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de
receber a glória e a honra e o poder, porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade
existiram e foram criadas.” Apocalipse 4:8-11.
Não há dúvida alguma que o texto está se referindo ao Pai de Jesus, aquele que está
assentado no trono. Qualquer dúvida é dirimida se lermos Apocalipse 5:1-7. É o momento
em que se apresenta o Cordeiro de Deus, o único digno de abrir os selos. Diz a Palavra de
Deus que o Cordeiro “veio e tomou o livro da destra do que estava assentado sobre o trono.”
Apocalipse 5:7.
Claramente estão expostas duas Pessoas:
a) Deus, que é o Todo Poderoso, assentado no trono, aquele que era, e que é, que há de vir.
b) Jesus, o Cordeiro, que toma o livro da mão direita de Deus.
2.3 - Salmos 110:1
Argumento trinitariano: Os defensores da doutrina da trindade alegam que está havendo um
diálogo entre as Pessoas da Divindade.
“Disse o Senhor ao Meu Senhor: Assenta-Te à Minha direita, até que Eu ponha os Teus
inimigos por escabelo dos Teus pés.” Salmos 110:1.
Que diz a Bíblia?
Esta passagem bíblica revela um fato futuro. Após cumprir com a Sua missão na Terra, Jesus
subiu ao Céu e Se assentou à direita de Deus. (Atos 7:56). O apóstolo Paulo fala a esse
respeito:
“...Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual est| {
direita de Deus, e também intercede por nós.” Romanos 8:34.
Todo o contexto fala de uma profecia a se cumprir na Pessoa do Messias vindouro. Basta ler
um pouco adiante;
“...Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” Salmos 110:4.
O livro de Hebreus trata sobre esse assunto, identificando Jesus Cristo em Sua função de
Sumo Sacerdote (Hebreus 7).
A passagem de Salmos 110:1 não identifica à Jesus como sendo uma divindade. As palavras
de Pedro não deixam dúvidas:
“Ora, a este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que,
exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo,
derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio
declara: Disse o Senhor ao Meu Senhor: Assenta-Te à Minha direita, até que Eu ponha os
Teus inimigos por escabelo de Teus pés. Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a
esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus O fez Senhor e Cristo.” Atos 2:32-36.
Podemos comparar essa passagem com a de Atos 5:30-31:
“O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-O no
madeiro; sim, Deus, com a sua destra, O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o
arrependimento e remissão de pecado.” Atos 5:30-31.
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Deixamos algumas indagações aos defensores da doutrina da trindade:
1. Eles crêem que Jesus é Deus. Por que, segundo o texto acima, o Seu Pai teve que ressuscitá-
Lo dentre os mortos? Jesus não teria ressuscitado através o Seu próprio poder?
2. Para os que defendem a doutrina da trindade, Jesus é Deus. Quem é esse Deus que elevou à
Jesus para ser Príncipe e Salvador? Para eles Jesus não deveria voltar a ocupar a posição de
Deus?
2.4 - Isaías 25:9
Argumento Trinitariano: Os defensores da doutrina da trindade ensinam que Jesus é o
esperado Deus que se manifestará na segunda vinda. Eles se baseiam nos seguintes textos:
“E naquele dia se dir|: Eis que este é o nosso Deus; por Ele temos esperado, para que nos
salve. Este é o Senhor, por Ele temos esperado; na Sua salvação gozaremos e nos
alegraremos.” Isaías 25:9.
“Aguardando a bem aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus
e Salvador Cristo Jesus.” Tito 2:13.
O que diz a Bíblia?
OBSERVAÇÃO: Os dois versos apresentados pelos defensores da doutrina da trindade não se
referem ao mesmo evento.
a) Analisaremos em primeiro lugar a passagem bíblica de Isaías 25:9. Para entendê-la, temos
que ler a passagem anterior e lá encontramos a resposta quanto ao momento em que se dará
o encontro de Deus com Seu povo:
“Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os
rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do Seu povo; porque o Senhor o disse.” Isaías 25:8.
Quando será aniquilada a morte para sempre? É evidente que a morte não será aniquilada
na segunda vinda do Messias. Ela será aniquilada no final do milênio. O apóstolo Paulo diz
que é necess|rio que Jesus, “reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de Seus pés.
Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte.” I Coríntios 15:25-26. “Ent~o vir| o fim
quando Ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda
autoridade e todo poder.” I Coríntios 15:24. O que o apóstolo Paulo quer dizer é que Jesus ir|
reinar e ao terminar o Seu reinado, quando a Terra estiver toda regenerada, quando os
inimigos de Deus estiverem todos destruídos (Satanás, seus anjos e os ímpios) e quando a
morte estiver aniquilada para sempre, então será o fim da era do pecado e da morte. Isto
ocorrerá no final do milênio. A Terra então estará preparada para receber a
Santa Cidade, a Nova Jerusalém, que descerá do Céu. É o momento de Jesus entregar o reino
ao Seu Pai, o Deus Todo Poderoso, o qual passará a habitar junto com o Seu povo para todo o
sempre. O profeta João descreve esse momento maravilhoso da seguinte maneira:
“E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como
uma noiva ataviada para o seu noivo. E ouvi uma grande voz, vinda do trono que dizia: Eis
que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará e eles serão o Seu
povo e Deus mesmo estará com eles.” Apocalipse 21:2-3.
Dá para observar que Deus se fará presente junto ao Seu povo, somente após a descida da
nova Jerusalém. Somente então Ele habitará com eles. Em seguida o profeta João repete a
profecia de Isaías 25:8:
“Ele enxugar| de seus olhos toda l|grima; e n~o haver| mais morte, nem haver| mais pranto,
nem lamento, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4.
É o Senhor Deus, o Pai de Jesus, é que vai enxugar as lágrimas. Livres finalmente da morte e
da dor, os salvos finalmente poderão exclamar ao Deus Todo Poderoso, o Pai de Jesus:
“...Eis que este é o nosso Deus; por ele temos esperado, para que nos salve. Este é o Senhor;
por Ele temos esperado; na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos.” Isaías 25:9
b) Analisaremos agora o outro texto apresentado pelos trinitarianos – Tito 2:13.
OBSERVAÇÃO: O apóstolo Paulo não cria na trindade. Ele não deixa dúvidas em todos os seus
escritos quanto à sua crença num só Deus. Talvez seja interessante rever o texto escrito pelo
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apóstolo Paulo: “Todavia para nós h| um só Deus, o Pai...” I Coríntios 8:6. Ele deixou
registrado que o seu Deus é o Pai de nosso Senhor Jesus.
Partindo desse princípio, analisaremos agora o que o apóstolo Paulo escreveu no início de
sua epístola endereçada a Tito:
“A Tito, meu verdadeiro filho segundo a fé que nos é comum, graça e paz da parte de Deus
Pai, e de Cristo Jesus, nosso Salvador.” Tito1:4.
Se Paulo estivesse apresentando { Jesus como sendo “nosso grande Deus”, estaria em
contradição consigo mesmo. O apóstolo Paulo sempre se mantinha fiel às orientações de
Deus.
O texto que está sob análise aparece da seguinte forma em outras traduções:
“Aguardando a bem aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e de
nosso Salvador Jesus Cristo.” Tito 2:13.
Esta tradução está de acordo com as que foram preparadas por notáveis eruditos dos
idiomas originais, extraídas do original grego:
The New Testament, por Cornelius Nary, 1719.
The New Testament in Greek and English, por Daniel Mace, Londres, 1729.
The New Testament, translated from the text of JJ Griesbach, Londres 1840.
The New Tesament, translated from the Greek text of Tischendorf, USA, 1869.
Falando da Sua segunda vinda, o Senhor Jesus apresentou um detalhe muito importante:
“Porque o Filho do homem h| de vir na glória de Seu Pai, com os Seus anjos...” Mateus 16:27
Esse foi o entendimento do apóstolo Paulo ao se referir sobre “o aparecimento da glória do
grande Deus.”
Tentar provar a divindade de Jesus através o texto de Tito 2:13 é desconhecer os escritos do
apóstolo Paulo. Ele foi um defensor de uma verdade e cria que Deus é o Pai de nosso Senhor
Jesus. Muitos textos escritos por ele confirmam esse entendimento:
“Graça seja convosco, e paz, da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” I Coríntios
1:3.
“Todavia para nós h| um só Deus, o Pai, de quem s~o todas as coisas e para quem nós
vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por Ele nós
também.” I Coríntios 8:6.
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria
e de revelação no pleno conhecimento dEle.” Efésios 1:17.
“Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos.” Efésios 4:6.
“Sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” Efésios
5:20.
“Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós.”
Colossenses 1:3.
A verdade é que ao longo dos séculos o inimigo de Deus serviu-se de agentes humanos para
praticar seus mais cruéis ataques contra a Palavra de Deus.
2.5 - João 10:33
Argumento trinitariano: Os defensores da doutrina da trindade utilizam esse texto para
provar que Jesus Se dizia Deus. Citam depois João 8:58.
“Responderam-Lhe os judeus: Não é por nenhuma obra boa que vamos apedrejar-Te, mas
por blasfêmia; e porque, sendo Tu homem, Te fazes Deus.” Jo~o 10:33.
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, Eu
sou.” Jo~o 8:58.
O que diz a Bíblia?
O Senhor Jesus nunca disse que Ele era Deus. Ele sempre Se apresentava como Filho de Deus.
O texto de João 10:33 registra uma acusação falsa contra Jesus por parte de alguns líderes
judeus. Lendo um pouco adiante, Jesus não disse ser Deus e nem disse ser Deus Filho.
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Transcrevemos a seguir o que Jesus disse para eles:
“Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque Eu disse:
Sou Filho de Deus?” Jo~o 10:36.
Os trinitarianos atualmente fazem a mesma coisa que esses líderes judeus. Ensinam
falsamente que Jesus é DEUS.
A express~o “Eu sou” usada por Jesus, conforme o texto de Jo~o 8:58, n~o prova que Jesus é
Deus. Precisamos entender o contexto. Novamente um grupo de judeus se envolveu para
acusar Jesus:
Disseram-Lhe os judeus. Agora sabemos que tens demônio. Abraão morreu, e também os
profetas; e Tu dizes: Se alguém guardar a Minha palavra, nunca provará a morte! Porventura
és Tu maior do que nosso pai Abraão, que morreu? Também os profetas morreram; quem
pretendes Tu ser? Respondeu-lhes Jesus: ...Abraão, vosso pai, exultou por ver o Meu dia; viu-
o e alegrou-se.” Jo~o 8:52-56.
Entre os heróis da fé, encontramos o nome do patriarca Abraão, que, embora não tendo
alcançado as promessas, viu-as e saudou-as (Hebreus 11:13). Cada vez que um cordeiro era
sacrificado, ali estava representado o Messias vindouro. Os profetas aguardaram com muita
ansiedade a vinda futura do Messias. Abraão teve o privilégio, através da fé, contemplar a
primeira vinda do Messias.
No verso 57 os judeus entenderam mal o que Jesus havia dito, crendo que Ele havia
declarado ser contemporâneo de Abraão. Jesus, porém, reafirma Sua absoluta preeminência
no plano de Deus com a surpreendente declaração:
“Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abra~o existisse Eu sou.” Jo~o 8:58.
O que Jesus queria dizer era: EU SOU O MESSIAS!
O propósito de João escrever seu evangelho é para provar que Cristo (o Messias) é o Filho de
Deus (Jo~o 20:31). Ao Jesus dizer “Eu sou” n~o significa que Ele estava se auto-declarando
como DEUS. A evidência nos mostra que a frase “EGO EIMI” traduzida por “EU SOU”,
conforme encontrada em Jo~o 8:58, significa “eu sou aquele” ou “aquele em quest~o”. Um
texto onde esta mesma palavra é utilizada, encontramos em João 9:9:
“Uns diziam: É ele. E outros: N~o é, mas se parece com ele. Ele dizia: Eu sou.” Jo~o 9:9.
De acordo com este texto, o homem cego se identifica a si mesmo dizendo: EU SOU (“Eu sou a
pessoa a qual est~o buscando” ou “eu sou aquele”). Quando Jesus utilizava a frase “EU SOU”,
Ele queria dizer o seguinte: “Eu sou esse (Filho do homem)” ou “Eu sou (o Messias)”.
2.6 - João 1:1
Argumento trinitariano: Os trinitarianos ensinam que João inicia o seu evangelho
apresentando Jesus como sendo Deus.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Jo~o 1:1.
O que diz a Bíblia?
Observação: João, o autor do evangelho que levou o seu nome, escreveu que esse livro foi
escrito para que “creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que crendo, tenhais vida
em Seu nome.” Jo~o 20:31. N~o seria contraditório o apóstolo Jo~o logo no primeiro capítulo
de seu livro ensinar o contrário, isto é, que Jesus é Deus?
Em diversas traduções bíblicas h| uma distorç~o. O texto originalmente fala “Deus era a
Palavra” e n~o como est| escrito atualmente: “A Palavra era Deus”. O texto original foi
escrito no idioma grego da seguinte maneira:
“en [NO] arch [PRINCÍPIO] hó [ERA] o [A] logos [PALAVRA] kai [E] o [A] logos [PALAVRA] hó
[ESTAVA] próston [EM] tón [O] yeon [DEUS] kai [E] yeov [DEUS] hó [ERA] o [A] logos
[PALAVRA] outov [ESTA] hó [ESTAVA] en [NO] arch [PRINCÍPIO] próston [EM] tón [O] yeon
[DEUS]”.
Tradução:
“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava no Deus, e Deus era a Palavra. Esta estava no
princípio no Deus”.
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A frase em latim de João 1:1 também lê-se da seguinte forma: DEUS ERAT VERBUM (Deus era
o verbo). Neste caso a palavra “DEUS” est| no nominativo, portanto, “Deus” é o sujeito da
oraç~o. Quando dizemos “Deus era a Palavra”, o sujeito da frase é “Deus”. Mas quando
dizemos “A Palavra era Deus”, o sujeito da frase passa a ser “A Palavra” e lhe damos um
atributo – “Ser Deus” - o que não está escrito no original grego e nem no latim.
Se formos ao livro do Gênesis vamos ver que todas as coisas foram criadas através da
palavra de Deus. Por exemplo: “Disse Deus: Haja luz. E houve luz”. Gênesis 1:3 Se admitirmos
que o verbo estava com Deus e o verbo era Deus, como está na maioria das traduções, então
temos dois deuses e não um, porque mesmo a doutrina da trindade admite que ela e
composta por pessoas distintas. Sendo assim, quebra-se o monoteísmo bíblico.
Mesmo que alguns tradutores teimem em colocar o artigo indefinido – “um” - entre colchetes
antes da palavra “Deus” (Ex.: E a Palavra era (um) Deus), no entanto, admitem que na
construção em grego não existe tal "artigo indefinido antes de THÉOS" (Deus). Eles cometem
o mesmo erro da maioria das traduções, ou seja, invertem o sentido da frase na tradução,
alterando, portanto, o seu significado e atribuindo ao LOGOS (Palavra) uma pessoalidade,
não uma característica. O LOGOS de João no Novo Testamento tem as mesmas características
do DAVAR do Antigo Testamento, o qual possui uma dimensão que comunica um
pensamento, uma intenção, ou seja , a palavra que cria e guia a história (ver Isaías 55:10-
11).
Esta leitura da passagem de João 1:1 em nossas traduções, fornece suporte vital para a
doutrina tradicional da Trindade, em partes iguais pelo Pai e o Filho desde a eternidade.
Parafraseando, as versões às vezes vão muito além do original em grego. As versões
contemporâneas interpretam este texto para dizer que dois seres estavam presentes no
início. Sem dúvida, de acordo com essa tradução, a palavra seria equivalente a um eterno
Filho. Seria certamente entendido neste sentido por aqueles que foram educados nos
concílios pós-bíblicos.
Mas por que os leitores pulam de "palavra" para "filho"? O texto simplesmente diz: "No
princípio era a palavra"; não diz "No princípio era o Filho". A substituição de "Filho" para
"palavra", que para milhões de leitores parece ser um reflexo automático, teve dramáticas
conseqüências. Ela tem exercido uma poderosa, mesmo hipnotizante influência sobre os
leitores da Bíblia. João escreveu: "No princípio era a palavra". Ele não disse: "No princípio
era o Filho de Deus". Não há, de fato, nenhuma menção direta ao Filho de Deus, até
chegarmos ao versículo 14, onde "a palavra se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua
glória, a glória do Filho único, cheio de graça e de verdade." Antes do versículo 14 estamos
no mesmo âmbito como falaram os pré-cristãos sobre a sabedoria. Estamos tratando com
PERSONIFICAÇÕES em lugar de pessoas, AÇÕES PERSONIFICADAS DE DEUS em lugar de um
Ser Divino individual como tal. O ponto está obscurecido pelo fato de que temos que traduzir
LOGOS como VERBO (ELE) através do texto. Porém se traduzirmos LOGOS como
"MANIFESTAÇÃO OU EXPRESSÃO DE DEUS" se fará mais evidente, pois o texto não tem a
intenção de que se pense no LOGOS dos versos 1 a 13 como um ser divino pessoal.
A ambiguidade no grego (DI AUTOU), "por ela" ou "por ele" de João 1:3 permite uma palavra
"impessoal" antes de Jesus nascer. A ambiguidade surge quando algo que está sendo dito
admite mais de um sentido, comprometendo a compreensão do conteúdo. Isso pode suscitar
dúvidas no leitor e levá-lo a conclusões equivocadas na interpretação do texto. Assim como a
impessoalidade da “palavra” est| sugerida no texto de Jo~o 1:1, assim ocorre com “vida
eterna” em I Jo~o 1:2:
“Pois a vida foi manifestada, e nós a temos visto, e dela testificamos, e vos anunciamos a vida
eterna, que estava com o Pai, e a nós foi manifestada.” I Jo~o 1:2.
A "vida eterna" impessoal que estava com o PAI (PROS TON THEON), isto é, a promessa da
vida eterna que seria provida por Cristo. Pedro parece fazer eco da mesma idéia quando
descreve Jesus como o Cordeiro de Deus que foi "predestinado antes da fundação do mundo,
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porém manifestado nestes últimos dias" (1 Pedro 1:20).
Uns versículos antes, ele usa o mesmo conceito de predestinação ao falar do plano de Deus
para chamar os cristãos à salvação:
“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai...” I Pedro 1:2.
A aplicação deste conceito a Jesus no verso 20 indica uma "preexistência ideal" nos eternos
conselhos de Deus e não uma existência real em outra dimensão antes de seu nascimento
como ser humano. Um paralelo interessante ocorre no livro do Apocalipse, onde todas as
coisas "são e foram criadas" por Deus:
“...porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade s~o e foram criadas.” Apocalipse
4:11.
Esta frase sugere que todas as coisas que são, existiram primeiro na vontade eterna de Deus
e por essa vontade vieram à sua real existência no seu devido tempo.
O significado de “palavra”
PALAVRA (Gr. logos) - (1) A expressão do pensamento; não o mero nome de um objeto: (a)
encarnando uma concepção ou idéia (por exemplo, em Lucas 7:7; I Coríntios 14:9,19); (b)
Um dito ou afirmação. (c) Discurso, prática, dito de instrução. (Dicionário Expositivo de
Vine).
PALAVRA (Gr. Logos) - Do ato de falar. Palavra proferida a viva voz que expressa uma
concepção ou idéia. O que alguém disse. Discurso, doutrina, ensino. (Léxico Grego de
Strong).
PALAVRA (Heb. Davar) - Ocorre cerca de 1455 vezes. Em contextos jurídicos, significa
disputa (Êxodo 18:16, 19; 24:14), acusação, sentença, a alegação, transferência e
disposição... [caso contrário o pedido], decreto, a conversa, o relatório, o texto de uma carta,
letra de uma canção, promessa, anais de eventos, mandamento, plano (Gênesis 41:37; II
Samuel 17:14, II Crônicas 10:4; Ester 2:2; Salmos 64:5, 6; Isaías 8:10), a língua ... Daniel 9:25:
decreto de um rei; [também:] coisa, assunto ou evento.
OBSERVAÇÃO: Pessoa literal não é encontrada em nenhuma das definições acima para
LOGOS.
2.7 - Isaías 9:6
Argumento trinitariano: Os trinitarianos ensinam que Jesus é o Deus forte e o Pai Eterno,
conforme está relatado em Isaías 9:6.
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os Seus
ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da
Paz.” Isaías 9:6.
O que diz a Bíblia?
De acordo com a Bíblia Hebraica, baseada nos textos originais, esse verso bíblico encontra-
se registrado da forma seguinte:
“Pois nasceu entre nós uma criança, um filho nos foi dado. E sobre seus ombros estar| a
autoridade; por isso o maravilhoso Conselheiro, o Deus Todo Poderoso e Pai Eterno,
alcunhou-o de Príncipe da Paz.” Isaías 9:6.
Como o texto é bem explicativo, não há necessidade de se fazer qualquer comentário a
respeito.
QUEM É O ESPÍRITO SANTO?
1. O ESPÍRITO SANTO NÃO É UMA PESSOA
O Espírito Santo não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho. O Espírito Santo é impessoal,
não é parte de uma trindade. É sim, a energia divina através da qual, Deus realiza Suas obras.
1.1 – O Espírito é o Poder de Deus
O Espírito não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho porque é o poder de Deus. O Espírito
Santo é o poder impessoal de Deus. Cada obra que Deus executa, é através de Seu poder, ou
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25
Espírito.
Em primeiro lugar precisamos encontrar o verdadeiro significado da palavra “Espírito”. Os
próprios defensores da doutrina da trindade nos esclarecem o assunto, como é o caso de um
renomado teólogo, o qual publicou uma matéria especialmente destinada para professores
da escola bíblica, referente 2o. trimestre de 1999, p. 41, da qual extraímos o seguinte:
“No Antigo Testamento, a palavra hebraica ‘ruach’ aparece 377 vezes e é traduzida como
‘vento’, ‘fôlego’ ou ‘espírito’, ‘princípio vital’, ‘coragem’, ‘vitalidade’ ou ‘força’, ‘disposiç~o’ e
‘car|ter moral’. ...Essa palavra também é traduzida como ‘Espírito de Deus’. No Novo
Testamento, a palavra grega ‘pneuma’ é igualmente traduzida como ‘espírito’ ou
‘respiraç~o’. Também significa ‘atitude’ ou ‘estado de espírito’. Da mesma forma que ‘ruach’,
algumas vezes é traduzida como ‘Espírito do Senhor.”...Nem no Antigo nem no Novo
Testamento ‘ruach’ ou ‘pneuma’ se referem a alguma entidade inteligente capaz de existir
independentemente do corpo.”
1.2 – A Definição de “Espírito” no Velho Testamento
A palavra hebraica “ruach”, encontrada no Velho Testamento é traduzida como “espírito” e
originalmente significa fôlego, vento, sopro e respiração. Aplica-se tanto ao espírito dos
animais quanto ao espírito dos homens, espíritos malignos e Espírito de Deus. Eis alguns
exemplos:
a) Ruach = Espírito de homem
“Na verdade h| um espírito (ruach) no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz
entendido.” Jó 32:8.
“...fala o Senhor, o que estendeu o céu, e que lançou os alicerces da terra, e que formou o
espírito (ruach) do homem dentro dele.” Zacarias 12:1.
b) Ruach = sopro, respiração
“Enquanto em mim estiver a minha vida, e o sopro (ruach) de Deus nos meus narizes.” Jó
27:3.
“...se lhes cortas a respiração (ruach), eles morrem, e voltam ao seu pó.” Salmos 104:29.
“Os céus por sua palavra se fizeram, e pelo sopro (ruach) de sua boca o exército deles.”
Salmos 33:6.
“A sua respiraç~o (ruach) é como a torrente que transborda e chega até ao pescoço.” Isaías
30:28.
c) Ruach = Espírito dos animais
Quando aplicada aos animais, a palavra “ruach” sempre é traduzida como “fôlego de vida” ou
“espírito de vida”:
“Porque estou para derramar |guas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em
que há fôlego (ruach) de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecer|.” Gênesis
6:17.
“Entraram para junto de Noé na arca, dois a dois de toda a carne em que havia espírito
(ruach) de vida.” Gênesis 7:15.
“Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; uma e a
mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego
(ruach); e o homem n~o tem vantagem sobre os animais; porque tudo é vaidade.” Eclesiastes
3:19.
d) Ruach = Vento
“...Deus fez soprar um vento (ruach) sobre a terra e baixaram as |guas.” Gênesis 8:1.
“No princípio, Deus criou o céu e a terra. “Ora a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o
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26
abismo, e um vento (ruach) de Deus pairava sobre as águas”.Gênesis 1:1.
e) Ruach = Mente
“Deu Davi a Salom~o, seu filho, a planta do pórtico com as suas casas, ...também a planta de
tudo quanto tinha em mente (ruach), com referência aos |trios da casa do Senhor.” I
Crônicas 28:11 e 12.
Fazendo uma comparação de alguns versos bíblicos, descobrimos que o Espírito de Deus é a
própria “mente” de Deus:
Isaías 40:13 – “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como seu conselheiro o ensinou?”
Observem que a palavra “Espírito” (ruach) de Isaías 40:13, foi traduzida pelo apóstolo Paulo
como “mente”:
Romanos 11:34 – “Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?”
I Coríntios 2:16 – “Pois, quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir?”
Entendemos desta forma que o “espírito de Jesus” é a mente de Cristo. Todas as instruções
saem da mente de Deus (Pai) e são transmitidas para a mente de Cristo. Este por sua vez
transmite para as nossas mentes as instruções de Deus. Esse entendimento é confirmado
pelo apóstolo Paulo:
“...Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho.” G|latas 4:6.
1.3 – Definição de “Espírito” no Novo Testamento
A palavra grega “pneuma” é traduzida no Novo Testamento como “espírito” e tem o mesmo
significado de “ruach” no hebraico, ou seja, é um sinônimo de espírito, fôlego, vento, sopro,
ar. Algumas palavras como pneu, pneumático, pneumonia, etc, todas relacionadas à
respiração ou ao ar, derivam da palavra “pneuma”.
A seguir apresentaremos algumas passagens bíblicas em que a palavra “pneuma” foi usada.
Quando os apóstolos escreveram a palavra “pneuma”, estavam eles se referindo a uma outra
pessoa da divindade? Ou estavam se referindo ao fôlego ou sopro de Deus?
(Ressurreição da filha de Jairo) – “Voltou-lhe o espírito (pneuma), e ela imediatamente se
levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer.” Lucas 8:55.
“Porque assim como o corpo sem espírito (pneuma) é morto, assim também a fé sem obras é
morta.” Tiago 2:26.
Obs.: O verso de Tiago reafirma nossa crença sobre a impossibilidade de um espírito
(pneuma) subsistir sem corpo. Segundo a Bíblia, para que uma pessoa tenha vida é
necessário o espírito (pneuma) e o corpo.
O “pneuma” do homem é parte integrante do seu ser. Da mesma forma o “pneuma” de Deus é
parte integrante de Deus, não uma outra pessoa.
Há um texto bíblico que deixa os defensores da doutrina da trindade bastante incomodados
e muito mais incomodados ficam aqueles que combatem a religião Espírita, que prega que é
possível o espírito (pneuma) existir independentemente ou separadamente do corpo do seu
possuidor:
“Porque qual dos homens sabe as coisas do homem senão o seu próprio espírito (pneuma)
que nele está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito
(pneuma) de Deus.” I Coríntios 2:11.
Se o Espírito (pneuma) de Deus é uma pessoa ou entidade consciente que vive
separadamente do corpo do possuidor, ent~o o “pneuma” do homem também o é. Este é um
conceito espírita. Ao escrever “assim também”, o apóstolo Paulo faz uma comparaç~o e liga
os dois pneumas. O apóstolo Paulo usou a mesma linguagem quando escreveu aos Romanos:
“Pois todos os que s~o guiados pelo Espírito (pneuma) de Deus s~o filhos de Deus. ...O
próprio Espírito (pneuma) testifica com o nosso espírito (pneuma) que somos filhos de
Deus.” Romanos 8:14 e 16.
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27
Esclarecemos que a palavra “pneuma” extraída do original grego não diferencia o espírito do
homem do Espírito de Deus através de letras minúsculas e maiúsculas.
Se o Espírito (pneuma) de Deus é uma pessoa, então o Espírito (pneuma) de Cristo é outra
pessoa. Como os trinitarianos explicam isto?
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito (pneuma), se é que o Espírito (pneuma) de
Deus habita em vós. E se alguém n~o tem o Espírito (pneuma) de Cristo, esse tal n~o é dele.”
Romanos 8:9.
O fato é que o Pai e o Filho são duas pessoas distintas, mas compartilham do mesmo espírito
ou em outras palavras do mesmo poder. Por isso Jesus disse o seguinte:
“Eu e o Pai somos um.” Jo~o 10:30.
Da mesma forma podemos ser um com Deus e com Cristo se recebermos em nós o Espírito
(pneuma) de Deus. Isso Jesus deixou claro em sua oração relatada em João 17:21:
“A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em
nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” Jo~o 17:21.
O plano de Deus é que sejamos um com Ele e com o Pai. Não fisicamente falando, mas que
sejamos uma unidade espiritual, ou seja, que tenhamos o mesmo Espírito (pneuma) de Deus
e de Cristo, mesmo sendo pessoas diferentes:
“Mas aquele que se une ao Senhor é um só espírito com Ele.” I Coríntios 6:17.
1.4 – A palavra “Espírito” é neutra
O Espírito n~o é uma personalidade porque a palavra grega “pneuma”, traduzido Espírito, é
neutra, em gênero. Artigos e pronomes referentes à essa palavra também são neutros.
1.5 – Símbolos impessoais
O poder impessoal de Deus, o Espírito Santo, é designado na Bíblia por símbolos impessoais.
Eis alguns:
a) Vento
“O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas n~o sabes donde vem, nem para onde
vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo~o 3:8.
“E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a
casa em que estavam assentados.” Atos 2:2.
b) Fogo
“E eu, em verdade, vos batizo com |gua, para o arrependimento; mas aquele que vem após
mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar, Ele vos batizará com
o Espírito Santo, e com fogo.” Mateus 3:11.
c) Água
“E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem
sede, venha a Mim, e beba. Quem crê em Mim, como diz a Escritura, rios d’|gua viva correr~o
do seu ventre. E isto disse Ele do Espírito que haviam de receber os que nele crescem;
porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.” Jo~o
7:37-39.
d) Óleo
“Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso Deus, o teu Deus te ungiu com óleo de
alegria, mais do que a teus companheiros.” Salmos 45:7.
“O Espírito do Senhor Jeov| est| sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas
novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos
cativos, e a abertura de pris~o aos presos.” Isaías 61:1.
e) Selo
“Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da
promessa.” Efésios 1:13.
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f) Pomba
“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da |gua, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito
de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele.” Mateus 3:16.
g) Lâmpadas
“E do trono saíam rel}mpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de
fogo, as quais são os sete Espíritos de Deus.” Apocalipse 4:5. h) Fôlego
“Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco,
morreu.” Gênesis 7:22.
1.6 – Características Impessoais
As características impessoais do Espírito revelam-no como o poder de Deus e não como uma
personalidade.
1.6.1 - O Espírito pode ser derramado
“Até que se derrame sobre nós o Espírito l| do alto; ent~o o deserto se tornar| em campo
fértil, e o campo fértil será reputado por um bosque.” Isaías 32:15.
“Porque derramarei |gua sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o Meu
Espírito sobre a tua posteridade, e a Minha bênção sobre os teus descendentes.” Isaías 44:3.
“E h| de ser que depois, derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e
vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões.”
Joel 2:28.
“E nos últimos dias acontecer|, diz Deus, que do Meu Espírito derramarei sobre toda a carne;
e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, e os
vossos velhos sonhar~o sonhos.” Atos 2:17.
“N~o pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos
salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente
Ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador.” Tito 3:5-6.
“De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito
Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” Atos 2:33-34.
1.6.2 - O Espírito pode ser assoprado
“E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” Jo~o 20:22.
1.6.3 - O Espírito pode encher pessoas
“E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a
casa em que estavam assentados. ...E todos foram cheios do Espírito Santo, ...” Atos 2:2-4.
“E n~o vos embriagueis com vinho, em que h| contenda, mas enchei-vos do Espírito.” Efésios
5:18.
1.6.4 - Jesus foi ungido com este poder
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o que andou
fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele.” Atos
10:38.
1.6.5 - Homens foram batizados nele
“...mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de
levar; Ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” Atos 3:11.
“Porque, na verdade, Jo~o batizou com |gua, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo;
não muito depois destes dias.” Atos 1:5
“Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um corpo, quer judeus, quer
gregos, quer servos, quer livres, ....” I Coríntios 12:13.
1.6.6 - As pessoas beberam dele
“...e todos temos bebido de um Espírito.” I Coríntios 12:13.
1.6.7 – O Espírito é comparado ao vento que sopra
“O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas n~o sabes donde vem, nem para onde
vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo~o 3:8.
O Espírito Santo é, portanto, impessoal. Perguntamos: Pode uma pessoa ser derramada,
espargida, assoprada? O Espírito não é uma pessoa.
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A origem pagã da doutrina da Trindade

  • 1. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 0 Gilberto Souza
  • 2. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 1 Origem e significado da doutrina da Trindade O verdadeiro povo de Elohim precisa conhecer as Escrituras Sagradas e também a história. Há atualmente uma diversidade de ensinamentos tidos como verdadeiros. De um lado temos os ensinamentos de Deus e do outro lado os ensinamentos dos homens. Os que não pesquisam ou não se aprofundam nas investigações, acabam sendo enganados por aqueles que dizem serem os portadores da verdadeira mensagem de Deus. É lamentável que para muitos as palavras de Jesus sejam totalmente ignoradas, pois se fossem aceitas, este estudo seria desnecessário, pois todos entenderiam que há um só Deus e esse Deus é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. As palavras de Jesus foram muito claras a esse respeito: “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, como único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que Tu enviaste.” Jo~o 17:3. Certa oportunidade, um escriba perguntou a Jesus: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” O Mestre respondeu: “...Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” Marcos 12:29. Ao Se referir como “nosso Deus”, o Senhor Jesus está chamando a atenção à todos os que buscam a salvação, que o Seu Pai é o único Deus verdadeiro. O apóstolo Paulo, o escolhido para pregar aos gentios, também apresentou o mesmo Deus de nosso Senhor Jesus: “Pois, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por Ele nós também.” I Coríntios 8:5-6. Essa rejeição às palavras de Jesus e às palavras do apóstolo Paulo tem sua história. Por isso precisamos entendê-la. 1. Conhecendo a história Muitas doutrinas foram introduzidas gradativamente pelo paganismo no seio do cristianismo durante os primeiros séculos da era da Igreja, sendo que a mais importante delas é a doutrina da trindade. Na revista “Parousia”, ano 4 – No. 2, p. 5, editada especialmente para defender a doutrina da trindade, há um importante comentário: “...os cristãos do segundo ao quarto século, ...foram forçados gradualmente na direç~o da formulaç~o explícita da doutrina da trindade.” (grifo nosso).
  • 3. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 2 Como os cristãos primitivos do primeiro século desconheciam a doutrina da trindade, esta tinha que ser imposta gradualmente pela Igreja Romana já a partir do segundo século. Um destacado evangelista, em seu livro “O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse”, escreveu o seguinte a respeito daquele período, quando a apostasia começou a penetrar no cristianismo: “Naquele período, a igreja crist~ passou a ter conflitos internos por causa de doutrinas estranhas que pretendiam misturar-se às verdades bíblicas. Entre as doutrinas em conflito, podemos mencionar: o pecado original, a Trindade, a natureza de Cristo, o papel da virgem Maria, o celibato e a autoridade da Igreja. ...Nesse período da história, a Igreja não foi capaz de manter pura a adoração ao único e verdadeiro Deus, nem prestou obediência fiel à Sagrada Escritura. Contaminou-se com uma montanha de tradições humanas e costumes pag~os.” O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, pp. 41 e 42 – 10ª. Edição (grifo nosso). De acordo com a Revista Superinteressante, de março/2004, p. 28, “os primeiros crist~os, porém não seguiam o conceito da Trindade. Foi somente a partir do século 4 que a realidade trinitária de Deus passou a ser discutida na Igreja Católica. ...O Islamismo e o Judaísmo chegaram a acusar o Cristianismo de ter pervertido o monoteísmo por causa da trindade.” (grifo nosso). As igrejas crist~s, em sua maioria, concordam que “foi a Igreja em tempos posteriores quem elaborou os detalhes da Trindade.” Revista “Parousia”, ano 4, No. 2, p. 10. Esta afirmaç~o tem fundamento, pois foi através o trabalho dos apologistas que a doutrina da trindade começou a ser estudada e defendida no seio da igreja cristã. O apologista, Atenágoras, foi possivelmente o primeiro a defender “filosoficamente” a doutrina da trindade. Uma grande equipe de pesquisadores, colaboradores e consultores trabalharam incansavelmente na elaboraç~o de um livro editado pela Reader’s Digest: “Depois de Jesus, o Triunfo do Cristianismo”. Neste livro, os historiadores resgataram a verdadeira história do cristianismo dos primeiros séculos, confirmando o que os teólogos publicam na atualidade. Deste livro extraímos um fato histórico de grande relevância: “Era o ano 177. Aten|goras fez notar que, se tantas doutrinas religiosas diferentes eram toleradas no seio do Império, seria justo que o cristianismo o fosse também. Servindo-se dos seus vastos conhecimentos de filosofia grega, explicou como a fé cristã num Deus único era semelhante ao conceito clássico da unidade de Deus. Foi possivelmente o primeiro a defender filosoficamente a Trindade, ao tentar demonstrar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Ser. O objetivo dos apologistas foi demonstrar que o cristianismo incorporava os ideais gregos de virtude e razão. Mas alguns cristãos discordavam: achavam que a filosofia estava demasiadamente imersa na cultura pagã e recusavam-se a ver a sua fé em Jesus, recentemente revelada, apoiada por argumentos filosóficos.” Depois de Jesus, o Triunfo de Cristianismo, p. 141. (Grifo nosso). Do mesmo livro, na página 140, lemos o seguinte: “O mais famoso dos primeiros apologistas foi Justino, o M|rtir. ...Pagão, nascido por volta de 100 em Flávia Neápolis, aprendeu filosofia grega, especialmente a doutrina de Platão, convertendo-se ao cristianismo ainda jovem.” (Grifo nosso) A doutrina da trindade não é uma doutrina bíblica. Esta teoria não é mencionada e nem ensinada na Bíblia. Esta teoria era desconhecida pelos israelitas do Velho Testamento e pelos cristãos primitivos do Novo Testamento. Não há autoridade bíblica para a trindade. A verdade é que os teólogos buscam nas entrelinhas das Escrituras algum gancho para defender tal doutrina, utilizando-se inclusive de meios ardilosos, tais como a prática de torcer os textos sagrados da Bíblia.
  • 4. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 3 A doutrina da trindade é de origem pagã. A trindade, assim como outras doutrinas, tais como imortalidade da alma, domingo como dia de repouso, morada nos céus e muitas outras, foram gradativamente incorporadas pelos filósofos e teólogos da Igreja durante os primeiros séculos da era do cristianismo. Eles eram pagãos não completamente convertidos e tornaram-se membros da Igreja cristã. Como esses homens assumiram lugares de liderança, como professores e teólogos, a teologia da Igreja gradualmente paganizou-se. Os ensinamentos da Bíblia foram reinterpretados e ajustados para se adaptarem aos ensinamentos da filosofia pagã. 2. Origem da palavra “trindade”. O primeiro uso da palavra “trindade” em sua forma grega ‘trinas’ foi de autoria de Teófilo, bispo de Antioquia da Síria, no oitavo ano do reinado de Marco Aurélio (168 A.D.). Ele usou a palavra no segundo dos três livros que escreveu, endereçados ao seu amigo Autólico. Ao comentar o quarto dia da criaç~o no Gênesis, ele escreveu: “Da mesma maneira também os três dias que foram antes dos luminares, são tipos da trindade, de Deus, de Sua palavra, e Sua sabedoria. (“ Teófilo”, “Para Autólico”, The Ante-Nicene Fathers). Tertuliano (160-220 A.D.) foi o primeiro a usar a palavra latina “trinitas”. Educado em Roma e presbítero em Cártago, Tertuliano lançou as bases da Teologia Latina, a qual mais tarde foi apoiada por Cipriano e Agostinho. Tertuliano expressou sua teologia nos termos da filosofia de Platão. Ele estava entre os primeiros a ensinar a imortalidade da alma e a tortura eterna dos ímpios. A trindade e a imortalidade da alma foram desenvolvidas dentro de um sistema de teologia por Agostinho. Os escritos de Agostinho tornaram-se a teologia básica da Igreja Romana. Tertuliano menciona a trindade em seu livro escrito contra Praxeas que apoiava a teoria monarquiana. Ele escreveu: O mistério da dispensação ainda está guardada, que distribui a Unidade numa trindade, colocando em sua ordem as Três Pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.” (Tertuliano. “Contra Praxeas” – The Anti-Nicene Fathers). Na revista “Parousia”, ano 4, No. 2, p. 34, encontramos uma declaração reveladora: “Mas talvez alguém pergunte: por que este termo (trindade) n~o aparece na Bíblia? Para responder a esta questão é preciso compreender que, a partir do século segundo, o centro missiológico da Igreja transferiu-se em definitivo do ambiente judeu-palestino para o mundo greco-romano. O trabalho iniciado por Paulo entre os gentios vê-se finalmente estabilizado no ambiente gentílico e começa a gravitar em torno de questões que não haviam sido levantadas no ambiente judaico. A Igreja viu-se, então, obrigada a expressar sua fé de um modo compreensível para aqueles que não vinham de uma cultura vétero-testamentária, mas tinham seu pensamento regido pelos conceitos da filosofia grega.” O autor deste artigo confessa publicamente que a questão da trindade não havia sido levantada no ambiente judaico. Ora, se os judeus (incluindo aí o Senhor Jesus e todos os apóstolos) não ensinaram a doutrina da trindade, concluímos que esta falsa doutrina foi idealizada fora do ambiente judaico, mais precisamente pela Igreja Romana, através seus apologistas, os quais expressaram seus conhecimentos teológicos com base na filosofia grega de Platão. A partir de então o cristianismo paganizou-se, afastando-se definitivamente das orientações de Deus. 3. Controvérsia entre Ário e Atanásio A formulação da doutrina da trindade gerou controvérsias entre dois líderes da Igreja em Alexandria, no início do quarto século: Ário (256-336 AD) e Atanásio (293-373 AD). Ário mantinha a idéia de que Jesus, embora grande, era de alguma maneira inferior à Deus. Atanásio, pelo contrário, afirmava que Cristo era igual à Deus em todos os aspectos. Em 318
  • 5. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 4 AD, a controvérsia veio à tona. Ário afirmou que se Jesus era realmente Filho de Deus, então deveria ter havido um tempo em que havia um Pai, mas nenhum Filho. O Pai, portanto, era maior do que o Filho. Num Concílio da Igreja local celebrado em 321 AD, Ário e seus colaboradores foram excomungados da Igreja por causa de sua opinião. A falsa teoria da trindade levou algum tempo para alcançar uma posição dominante na Igreja. Nesse meio tempo, o imperador Constantino tornara-se o maior partidário do Cristianismo. O imperador considerava a Igreja como uma grande força unificadora e estava ansioso para que o Cristianismo se tornasse a religião universal do Império Romano. Ele queria evitar todas as lutas internas da Igreja, arrazoando que deveria haver uma Igreja unida e consequentemente um império unificado. Para buscar restaurar a unidade, Constantino convocou uma assembléia de prelados da Igreja celebrada na cidade de Nicéia, em 325 AD. Bispos e o clero de todas as Igrejas foram convidados para assistirem ao Concílio com todas as despesas pagas pelo imperador. O Concílio de Nicéia, entretanto, não era verdadeiramente representativo, pois entre os 318 bispos presentes, além de oficiais eclesiásticos menores, destes nem sequer dez bispos da região oeste se fizeram presentes. Assim, o Concílio de Nicéia foi um Concílio de Igrejas maciçamente representado apenas pela região oriental do Império. Eusébio, conhecido como o Pai da história da Igreja, no início do Concílio ofereceu um credo com uma linguagem idêntica das Escrituras Sagradas, em vez dos termos filosóficos usados por Atanásio. Os seguidores de Atanásio percebendo que ao darem um voto para Eusébio, estariam dando um voto a Ário, decidiram rejeitar o credo. O imperador Constantino, embora ignorante com relação aos fatos teológicos em discussão, mas ansioso por alcançar unidade, apoiou Atanásio. Aqueles que não assinaram, incluindo Ário, Eusébio e Teognis de Nicéia, foram banidos e seus livros queimados publicamente. O debate sobre o tema prosseguiu, até que em 381 AD o imperador Teodósio convocou um Concílio em Constantinopla. Foi assistido por cerca de 150 bispos do oriente. Foi neste Concílio que a doutrina da trindade tornou-se oficial em todas as fronteiras do império. Todos os que discordaram foram expulsos de seus púlpitos e excomungados de suas igrejas. Era o regime totalitário dos imperadores romanos e mais tarde da Igreja Romana. Como vimos, esta doutrina espúria foi imposta pela Igreja Romana. Desde aquela época até hoje, milhares de fiéis seguidores da Palavra de Deus são perseguidos e expulsos de suas igrejas por não apoiarem esta teoria anti-bíblico. Esta doutrina, vigente até hoje, é designada por alguns historiadores como Credo Niceno-Constantinopolitano. Hoje, esta doutrina tornou-se o elo principal de ligação das igrejas cristãs com a Igreja Romana. Na Carta Encíclica “Ut Unun Sint”, de 25 de maio de 1995, o papa Jo~o Paulo II declarou textualmente o seguinte: “Também surgiu entre os nossos irm~os separados, por moção da graça do Espírito Santo, um movimento cada vez mais intenso em ordem à restauração da unidade de todos os cristãos. Este movimento de unidade é chamado de ecumenismo. Participam dele os que invocam o Deus Trino...” (grifo nosso) A única exigência para ingressar e iniciar o diálogo ecumênico é invocar o Deus Trino. Para a Igreja Romana, as outras doutrinas como a guarda do sábado, o batismo por imersão, a crença na mortalidade da alma, etc., não interferem no diálogo inicial para a unidade dos cristãos. Segundo esse documento, as discussões serão progressivas com a finalidade de diminuir as demais divergências. 4. Definição de Trindade Trindade é a crença na existência de um Ser divino que subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O dicionário Webster define a palavra da seguinte maneira: “A uni~o de três pessoas (o Pai, o Filho, e o Espírito Santo) numa Divindade, de modo que todos os três são
  • 6. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 5 um Deus, com relaç~o { subst}ncia, mas três pessoas com relaç~o { individualidade.” Webster´s Collegiate Dictionary – 5ª. Edição. Os trinitarianos, assim denominados os que defendem a doutrina da trindade, não creem que as três pessoas são uma pessoa ou que as três pessoas são três deuses. Eles creem em três pessoas que constituem um Deus. Existem três propostas primárias envolvidas na doutrina da trindade: a) A unidade composta de Deus Os trinitarianos afirmam acreditar na unidade composta de Deus. Caso eles não acreditassem em um Deus único, sua doutrina seria interpretada como politeísta. Eles não creem na unidade de Deus como é ensinada na Bíblia. Rejeitam a verdade bíblica de que existe apenas uma Pessoa que é Deus. Os trinitarianos creem que existe uma única substância, uma inteligência e um propósito na Divindade, mas que três pessoas eternamente coexistem daquela essência única e exercitam aquela única inteligência, e único propósito. b) A divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo O segundo ponto que os trinitarianos buscam estabelecer é que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Tentam mostrar que cada um é mencionado como sendo Deus e que cada um possui os atributos da Divindade como: imortalidade inerente, onipotência, onipresença e onisciência. c) A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo Os trinitarianos procuram provar que o Pai é uma pessoa, que o Filho é uma pessoa e que o Espírito Santo também o é. Cada pessoa da trindade é admitida como completamente Deus, dentro de Si mesma. Juntas, as três pessoas compartilham em comum a essência única, todos os atributos, uma substância, uma inteligência e um propósito. 5. Desmontando a doutrina da Trindade A doutrina da trindade é baseada sobre três propostas. É como uma mesa construída sobre três pernas. Caso uma das pernas seja removida, a mesa por inteiro cairá. O fracasso na prova de qualquer uma destas três propostas apresentadas anteriormente resultará no colapso desta teoria. Para anular a doutrina da trindade, é necessário comprovar apenas um dos seguintes três fatos: a) A unidade de Deus não é composta. b) Jesus não é Deus. c) O Espírito Santo não é uma pessoa. O ÚNICO E VERDADEIRO DEUS 1. A UNIDADE DE DEUS NÃO É COMPOSTA Existe apenas uma pessoa que é Deus. Ele é a Fonte e o Dominador do universo. Ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. A unidade de Deus é simples, e não composta como dizem os trinitarianos. 1.1 - Um Deus significa uma pessoa Deus é único. Ele é individual e singular, uma unidade, um único Ser. Há várias referências bíblicas sobre esta questão: “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, n~o procurais a glória que vem do Deus único?” Jo~o 5:44. “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus, e Pai de todos, o qual é sobre todos e por todos e em todos.” Efésios 4:5-6. “Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o creem e estremecem.” Tiago 2:19.
  • 7. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 6 “Ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém.” Judas 25. “Porquanto h| um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” I Timóteo 2:5. “...e que n~o h| outro Deus, sen~o um só.” I Coríntios 8:4. “Eu sou o Senhor, e n~o h| outro; fora de Mim não há Deus;...para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de Mim não há outro; Eu sou o Senhor, e não há outro.” Isaías 45:5 e 6. “E disse-Lhe o diabo: Dar-Te-ei toda a autoridade e glória destes reinos; porque a mim me foi entregue, e dou-a a quem quero; portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servir|s.” Lucas 4:6-8. Todas as evidências são claras. Tanto no Velho Testamento como no Novo testamento, as orientações são de que devemos adorar o Deus único. A certeza se cristaliza quando o próprio Senhor Jesus disse { Satan|s: “Adorar|s o Senhor teu Deus, e só a Ele servir|s.” O Senhor Jesus não transmitiu a idéia de uma adoração a três deuses. Ele disse à Satanás que deveria adorar unicamente a Deus (Pai), o Todo-Poderoso. Analisaremos outros textos que se referem ao único Deus: a) “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” Deuteronômio 6:4. Estas palavras foram proferidas inicialmente por Moisés e depois repetidas pelo nosso Senhor Jesus ao ser indagado pelo escriba: “O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor Deus é o único Senhor. ...E o escriba Lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que h| um só Deus, e que n~o h| outro além dEle.” Marcos 12:29 e 32. N~o teria sido esta uma grande oportunidade do Mestre Jesus orientar os Seus ouvintes com relação ao Deus triúno? Teria o Senhor Jesus coragem de enganar o Seu povo como fazem os atuais mestres e doutores em teologia? Como Jesus era judeu e os judeus formam uma nação estritamente monoteísta. (adoração a um único Deus), eles jamais poderiam imaginar um Deus em três pessoas. b) “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo~o 17:3. O Senhor Jesus fez referência { Seu Pai como “único Deus verdadeiro”. O adjetivo “único” tem o seguinte significado: “que é só um”. A verdade é que Ele estava falando com uma única Pessoa: Seu Pai. Há nesta passagem bíblica uma evidência clara que esta questão é de suma importância para nossa salvação e reforça o conceito que Deus é único, individual e singular, um único Ser: “que Te conheçam a Ti só”. O dicion|rio Aurélio define o adjetivo “só” como sendo: “Que é só um; único; desacompanhado.” Esta declaraç~o do Senhor Jesus confirma indiscutivelmente que Seu Pai é o único Deus verdadeiro. A fé judaica centralizava-se neste Deus. Todos os profetas acreditavam e ensinavam assim. Defensor da fé judaica, Jesus Cristo não veio para destruir os ensinamentos dos profetas que O antecederam, mas veio para cumpri-los: “N~o penseis que vim destruir a lei ou os profetas; n~o vim destruir, mas cumprir.” Mateus 5:17. Perguntamos: Por que acreditar nos teólogos e não acreditar nas palavras de Jesus? Será que o Messias tinha menos entendimento sobre o assunto do que os doutores da atualidade? c) “Todavia, para nós h| um só Deus, o Pai, de quem s~o todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por Ele.” I Coríntios 8:6. O apóstolo Paulo era judeu e também teve esta compreensão. Ele afirmou que há um só Deus e acrescentou um detalhe muito importante: identificou esse Deus como sendo o Pai. Em seguida, referindo-se a Jesus Cristo, ele O identifica como sendo “Senhor” e n~o como Deus.
  • 8. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 7 Paulo foi separado pelo próprio Senhor Jesus, como um vaso escolhido para pregar também aos gentios: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para Mim um vaso escolhido, para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.” Atos 9:15. Se a doutrina da trindade é bíblica e foi estabelecida por Deus como dizem os atuais teólogos cristãos, não seria lógico o apóstolo Paulo ensinar corretamente os gentios e corrigir os judeus sobre uma questão tão séria como esta? Não estava ele sendo guiado pelo Espírito de Deus? Por que não ensinou a doutrina da trindade aos gentios? Ele não o fez por uma razão muito simples: estava pregando uma verdade advinda do próprio Deus – “A minha palavra e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” I Cor. 2:4-5. 1.2 - Pronomes Pessoais Singulares O fato de que pronomes pessoais singulares são usados em referência a Deus é excelente testemunho da unidade simples de Deus. “Às dezenas, {s centenas, de fato aos milhares, os pronomes da Bíblia em relação à Deus permanecem como faróis em cada página do Gênesis ao Apocalipse, nos revelando a singularidade pessoal, literal e individual de Deus com uma clareza tal, que nenhum trinitariano, nem qualquer outro argumento pode negar com sucesso. “Eu, Mim, Meu” e “Ele, dEle, Ele mesmo”, “Tu, Ti, Teu”, jamais foi e nunca ser| corretamente aplicado { mais do que uma personalidade individual; tais palavras levam consigo uma dignidade e uma certeza que não pode ser expressa nem por uma doutrina ou por qualquer outro método.” Judd, R.H. Op. cit. p.32. Alguns exemplos: Êxodo 20:1 – “Eu sou o Senhor teu Deus…” Êxodo 20: 3 – “N~o ter|s outros deuses diante de Mim.” Êxodo 20:24 – “...em todo o lugar em que Eu fizer recordar o Meu nome, virei a ti...” Mateus 6:9 – “Pai nosso que est|s nos céus, santificado seja o Teu nome...” Mateus 4:10 – “...Ao Senhor teu Deus adorar|s, e só a Ele servir|s.” João 17:3 – “...que Te conheçam a Ti só, como único Deus verdadeiro, ...” 1.3 – Esta única Pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus O testemunho da Bíblia é que existe uma única Pessoa que é Deus. Sem dúvida alguma esta Pessoa é o Pai. Muitos textos bíblicos identificam o único Deus como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Apresentamos abaixo algumas destas passagens das Escrituras: João 17:1 e 3 – “...Pai, é chegada a hora... que Te conheçam { Ti só, por único Deus verdadeiro...” Romanos 15:6 – “...glorifiques ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” I Coríntios 8:6 – “...para nós, h| um só Deus, o Pai...” I Coríntios 15:24 – “...quando tiver entregado o reino a Deus, o Pai,...” II Coríntios 1:3 – “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo...” Efésios 1:17 – “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória...” Efésios 4:6 – “Um só Deus e Pai de todos...” I Tessalonicenses 3:13 – “...diante de nosso Deus e Pai...” Tiago 3:9 – “Com ela bendizemos a Deus e Pai...” II João 3 – “... da parte de Deus Pai e da parte de Jesus Cristo, o Filho do Pai...” A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma pessoa. Esta única Pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
  • 9. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 8 1.4 – ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS 1.4.1 – A palavra plural hebraica – ELOHIM – (Tradução: deuses) Argumento trinitariano: Para os trinitarianos “ELOHIM” (deuses) é um termo plural, portanto, uma unidade composta e sempre significa dois ou mais deuses. Citam como exemplo: Gênesis 1:1 “No princípio criou Deus (Elohim no hebraico) os céus e a terra.” Gênesis 1:1“bereshit bara elohim et hashamayim veet haaretz.” (original hebraico) O que diz a Bíblia? Essa teoria não expressa a verdade, porque no hebraico o verbo sempre acompanha o sujeito. No caso de Gênesis 1:1 o verbo é “bara” e est| no singular, exigindo desta forma um sujeito singular e não plural. Se “Deus” fosse plural, como dizem os trinitarianos, o verbo teria que ser “criaram”. De acordo com essa falsa teoria, o texto em an|lise teria que ser lido assim: “No princípio criaram os deuses os céus e a terra.” Vemos que n~o é esta a construç~o da frase, segundo a Bíblia. O substantivo plural “Elohim” denota a plenitude da força divina, a soma de poderes revelados por Deus, referindo-se ao “plural de majestade”. Importante: O termo “Elohim” é usado também para deuses e pessoas que n~o eram trindades. Portanto, esse termo também pode significar “um”. Exemplos: a) I Reis 18:27 Baal era uma divindade adorada em todas as povoações fenícias e em Canaã. Era o deus sol dos fenícios. O seu significado é: dono, senhor. Essa divindade representava uma única pessoa. Segundo a crença, fecundava a terra por meio de suas fontes e como era considerado dono divino, a ele se devia tributo. O relato abaixo se refere à experiência do profeta Elias, no monte Carmelo. O culto ao deus Baal, foi introduzido em Israel por Acabe. I Reis 18:27 – “vayihi vatzohorayim vayihatel bahem eliyahu vayomer kiru vekol-gadol ki- elohim hu ki siyahh vekhi-sig lo vekhi-derekh lo ulai yashen hu veyikatz.” (Traduç~o para o hebraico) I Reis 18:27 – “E sucedeu que ao meio-dia Elias zombava deles, e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; [pode ser] que esteja falando, ou que tenha [alguma] cousa que fazer, ou que intente [alguma] viagem; porventura dorme, e despertar|.” A frase em hebraico “ki elohim hu (porque ele é um deus)” foi utilizada a Baal, uma única “divindade”. Assim, o texto original em hebraico prova que o termo “elohim” n~o significa sempre dois ou mais deuses. Neste caso o deus Baal era “um”. b) Êxodo 4:16 e 7:1 Esta outra passagem bíblica tem a ver com o profeta Moisés. Ele era para ser “elohim” diante do faraó: Êxodo 4:16 – “vediber-hu lekha el-haam vehaya hu yihye-lekha lefe veata tihye-lo lelohim”. (Tradução para o hebraico) Êxodo 4:16 – “E ele falar| por ti ao povo; e acontecer| que ele te ser| por boca, e tu lhe ser|s por Deus”. Êxodo 7:1 –“vayomer ADONAI el-moshe ree netatikha elohim lefaro veaharon ahhikha yihye neviekha”. (Traduç~o para o hebraico) Êxodo 7:1- “Ent~o disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto [por] Deus sobre Faraó, e Aarão, teu irm~o, ser| o teu profeta.” Neste caso Moisés era apenas uma pessoa e não duas ou mais. c) Gênesis 1:26 e 27 Outra passagem bíblica onde “Elohim” é usado, encontra-se em Gênesis 1:26: Gênesis 1:26 – “vayomer elohim naase adam betzalmenu kidmutenu veyirdu vidgat hayam
  • 10. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 9 uvof hashamayim uvabehema uvkhol-haaretz uvkhol-haremes haromes al-haaretz”. Gênesis 1:27 – “vayivra elohim et-haadam betzalmo betzelem elohim bara oto zakhar unkeva bara otam”. Gênesis 1:26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” Gênesis 1:27 – “E criou Deus o homem { Sua imagem; { imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.” Embora o verbo e os pronomes pessoais estejam no plural no versículo 26, eles referem-se sem dúvida à um Deus singular. Isto está claro pelo fato de que no versículo seguinte (27), o pronome e o verbo estão no singular em referência à Deus – “criou Deus”. A criação está intimamente ligada Àquele que é o Autor dos dez mandamentos, escritas pelo Seu próprio dedo em duas tábuas de pedra. O Criador é identificado como sendo uma única Pessoa: “Guardar~o, pois, o s|bado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações como pacto perpétuo. Entre Mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério. “E deu a Moisés, quando acabou de falar com ele no monte Sinal, as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.” Êxodo 31:16-18. Estes textos estão associados à proclamação final do evangelho: “...Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das |guas.” d) Isaías 6:8 Um outro texto que segue esse princípio encontra-se em Isaías 6:8: “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? e quem ir| por nós?...” É interessante notar que o Senhor disse: “A quem enviarei”? Quando falando de Si mesmo, Deus diz: “Eu, Meu, Mim.” Quando homens falam { respeito de Deus dizem: “Ele, dEle, Lhe.” Caso os pronomes plurais destes textos fizessem referência { uma pluralidade de pessoas dentro de Deus, porque então não é Deus sempre designado por pronomes plurais? Além do mais, se estes pronomes plurais denotassem realmente pluralidade em Deus, não haveria absolutamente nada que revelasse quantos haveriam naquela pluralidade, se seriam dois, três, dez, ou mesmo mil. Aplicar pluralidade a Deus resultaria em politeísmo, mas não trinitarianismo.e) II Reis 1:2 Além do termo “Elohim”, temos o termo em hebraico: “Elohei” (Traduç~o: deus de...). Na maioria dos casos, encontramos o termo “Elohei” que é a contraç~o no genitivo da palavra “elohim”. Este termo está no plural, e mesmo estando no plural é utilizado para designar a apenas uma única “divindade”. Exemplo: II Reis 1:2 – “vayipol ahhazya bead hasevakha baaliyato asher beshomron vayahhal vayishlahh malakhim vayomer alehem lekhu dirshu bevaal zevuv elohei ekron im-ehhye mehholi ze.” II Reis 1:2 – “E caiu Acazias pelas grades dum quarto alto, que [tinha] em Samaria, e adoeceu: e enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebu, deus de Ecrom, se sararei desta doença.” 1.4.2 – Um único Deus - ECHAD – (Traduzido como: um, único) Argumento trinitariano: Os trinitarianos ensinam que o termo “Echad” é uma unidade composta, aplicado sempre quando se apresentam vários componentes da mesma espécie e substância. Para defenderem a doutrina da trindade, dizem que esse termo significa sempre
  • 11. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 10 dois ou mais deuses. Exemplo: Gênesis 2:24 – “Portanto deixar| o homem a seu pai e a sua m~e, e unir-se-á à sua mulher, e ser~o uma carne.” Gênesis 2:24 – “al-ken yaazav-ish et-aviv veet-imo vedavak beishto vehayu levasar echad.” (original hebraico) O que diz a Bíblia? O termo “Echad” significa “um”, “único”. Com base no exemplo acima, pode-se pensar que “Echad” é sempre sinônimo de uma unidade composta, isto é, significando sempre dois ou mais da mesma espécie. Como o verdadeiro intuito é enganar, nenhum teólogo, defensor da trindade, ir| apresentar algum texto bíblico que apresente o termo “Echad” significando apenas “um” e “único” ao tratar de uma só pessoa. Por que os defensores da trindade omitem os seguintes textos bíblicos abaixo? Deuteronômio 17:6 – “al-pi shenayim edim o shelosha edim yumat hamet lo yumat al-pi ed echad.” Deuteronômio 17:6 - “Por boca de duas testemunhas, ou três testemunhas, ser| morto o que houver de morrer: por boca duma só testemunha não morrer|.” Eclesiastes 4:8 – “yesh echad veen sheni gam ben vaahh en-lo veen ketz lekhol-amalo gam- enav (eno) lo-tisba osher ulmi ani amel umhhaser et-nafshi mitova gam-ze hevel veinyan ra hu.” Eclesiastes 4:8 - “H| um [que é] só, e n~o tem segundo; sim, ele n~o tem filho nem irm~; e contudo de todo o seu trabalho não [há] fim, nem os seus olhos se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto [é] vaidade e enfadonha ocupaç~o.” Nos dois versículos acima a mesma palavra hebraica é usada, e a palavra "echad" está claramente referindo-se a apenas um e não a uma unidade composta. O povo de Israel sempre tem adorado uma única Pessoa como sendo seu Deus. Se alguém tiver alguma dúvida, pergunte a um judeu, e ele responderá. Agora podemos entender o verdadeiro significado da profissão de fé do israelita: Deuteronômio 6:4 – “shema yisrael Adonai Eloheinu Adonai echad.” Deuteronômio 6:4 – “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus [é] o único Senhor.” O termo “Senhor” em hebraico é “Adonai”. É um vocativo que significa: Poderoso. Observaç~o: O termo “Eloheinu” é uma variante de “Elohim”, podendo significar um ou mais deuses. Exemplo onde a palavra “Eloheinu” é utilizada para indicar um deus: I Samuel 5:7 – “vayiru anshe-ashdod ki-khen veameru lo-yeshev aron elohe yisrael imanu ki- kasheta yado alenu veal dagon eloheinu.” I Samuel 5:7 - “Vendo ent~o os homens de Asdode que assim era, disseram: N~o fique conosco a arca do Deus de Israel; pois a sua mão é dura sobre nós, e sobre Dagom, nosso deus.” 1.4.3 – Frases repetidas três vezes Argumento trinitariano: Os defensores da doutrina da trindade ensinam que as três palavras seguidas em Isaías 6:3, provam a existência da trindade. “E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da Sua glória.” Isaías 6:3. O que diz a Bíblia? Qualquer pessoa sabe que esta repetição é entendida como um superlativo absoluto. É dado ênfase à Pessoa de Deus, considerando-O como SANTÍSSIMO. Como os trinitarianos entenderiam as seguintes passagens bíblicas, onde ocorrem semelhantes repetições? ”Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor.” Jeremias 22:29
  • 12. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 11 “Ao revés, ao revés, ao revés o porei; também o que é n~o continuar| assim, até que venha Aquele a quem pertence de direito; e lho darei a Ele.” Ezequiel 21:27. Repetições para dar ênfase é uma prática comum entre os escritores da Bíblia. Um verso similar nós encontramos em Apocalipse 4:8: “Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo Poderoso, aquele que era, e que é, e que h| de vir.” O contexto deste verso nos mostra que estas palavras foram dirigidas somente ao Pai. O contexto descreve Deus assentado sobre Seu trono no Céu, tendo nas mãos um livro selado com sete selos (Apocalipse 5:1). Um anjo forte clama, perguntando quem é digno de abrir o livro e romper os seus selos (Apocalipse 5:2-4). Finalmente após tornar-se claro que ninguém mais era digno, Jesus é descrito como o Cordeiro que vem e toma o livro da mão direita de Deus (Apocalipse 5:5-7). Jesus não era aquele que Se assentava sobre o trono, nem parte d´Ele. Aquele que se assentava no trono não era uma trindade. Em Apocalipse 4:2-3, notamos que “um” estava assentado sobre o trono. Esta pessoa única era o Pai, o Criador. Era Ele que estava assentado sobre o trono a quem as quatro criaturas viventes adoravam com as palavras: Santo, santo, santo. Este texto, assim como Isaias 6:3 absolutamente não apóia a falsa doutrina da trindade. 1.4.4 – Pronomes pessoais singulares Quando Deus fala de Si mesmo, Ele diz: “Eu, Meu, Mim” O fato de que pronomes pessoais singulares são usados em referência à Deus é excelente testemunho da unidade simples de Deus. Apenas alguns exemplos: “Eu sou o Senhor teu Deus...” Êxodo 20:1. “N~o ter|s outros deuses diante de Mim.” Êxodo 20:3. “Pai nosso que est|s nos céus, santificado seja o Teu nome...” Mateus 6:9. “Ao Senhor teu Deus adorar|s, e só a Ele servir|s.” Mateus 4:10. “...que Te conheçam a Ti só, como único Deus verdadeiro.” Jo~o 17:3. “...em todo o lugar em que Eu fizer recordar o Meu nome, virei a ti...” Êxodo 20:24. 1.4.5 – Esta única Pessoa é o Pai A doutrina da trindade não era conhecida pelos apóstolos. Eles sempre exaltaram o Pai de nosso Senhor Jesus como sendo o único Deus: “...glorifiques ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” Romanos 15:6. “...para nós, h| um só Deus, o Pai...” I Coríntios 8:6. “...{ Deus, o Pai.” I Coríntios 15:24. “...o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo...” II Coríntios 1:3. “...o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo...” Efésios 1:17. “...um só Deus e Pai de todos...” Efésios 4:6. “ ...nosso Deus e Pai...” I Tessalonicenses 3:13. “...{ Deus e Pai...” Tiago 3:9. “...da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai.” II Jo~o 3. 1.4.6 – Somente uma única Pessoa é Deus Deus Se identificou aos profetas como sendo uma única Pessoa: “A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há sen~o Ele.” Deuteronômio 4:35. “N~o temos nós todos um mesmo Pai? N~o nos criou um mesmo Deus...” Malaquias 2:10 “...Porventura n~o sou Eu, o Senhor? Pois n~o h| outro Deus sen~o Eu; Deus justo e Salvador não h| além de Mim.” Isaías 45:21. “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás
  • 13. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 12 outros deuses diante de Mim.” Êxodo 20:2-3. O Senhor Jesus apresentou o Seu Pai como único Deus verdadeiro e ao confirmar os ensinamentos dos profetas, Ele provou ser o verdadeiro Messias: “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, como único Deus verdadeiro...” Jo~o 17:3. A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma Pessoa. Esta única Pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. JESUS O FILHO DE DEUS 1. JESUS NÃO É DEUS 1.1 – Somente uma única pessoa é Deus Jesus não é Deus porque há somente uma Pessoa que é Deus. Essa Pessoa única tem sido identificada como sendo Pai de Jesus. Seguindo esse raciocínio, Jesus não pode ser também Deus. Não há outra pessoa que possa ser Deus no mesmo sentido em que o Pai é Deus. “Para nós h| um só Deus, o Pai, de quem é tudo, e para quem nós vivemos.” I Cor. 8:6. “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.” Efésios 4:6. Entendemos que Jesus é divino, mas não divindade. Ele é o divino Filho de Deus, mas não é a divindade, o Ser Supremo. Por Sua vitória sobre o pecado, sejam dados a Ele o louvor, a honra e a glória. 1.2 – Jesus é o Filho de Deus Os trinitarianos ensinam que Jesus é Deus Filho. Esse ensinamento não é bíblico. O Senhor Jesus nunca Se identificou desta maneira. O que nós encontramos na Bíblia, são afirmações de que Jesus é o Filho de Deus. Ele não pode ser Deus e Filho de Deus ao mesmo tempo. As passagens bíblicas a seguir provam que Jesus é o Filho de Deus: a) Afirmações de Jesus: “Aquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque Eu disse: Sou Filho de Deus?” Jo~o 10:36. “Jesus, porém, guardava silêncio. E o sumo sacerdote disse-Lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se Tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Jesus: É como disseste...” Mateus 26:63-64. b) Afirmações dos discípulos: “Mas vos, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que Eu sou? Respondeu-Lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Mateus 16:15-16. “Respondeu-Lhe Natanael: Rabi, Tu és o Filho de Deus, Tu és rei de Israel.” Jo~o 1:49. João Batista deu o seu testemunho: “Eu mesmo vi e j| vos dei testemunho de que este é o Filho de Deus.” Jo~o 1:34. 1.3 – Jesus como mediador não poder ser o próprio Deus Diz o texto sagrado: “Porque h| um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Timóteo 2:5. Jesus é Mediador entre Deus e os homens, portanto, não é Ele o próprio Deus. Se o próprio Jesus fosse Deus e igual à Deus, conforme os trinitarianos declaram, Ele não estaria numa posição para servir como Mediador. Como mediador alguém deve ser a terceira parte, pois caso Cristo sendo Deus ou igual à Deus, seria uma das duas partes, e não teria condições de ministrar como Mediador entre os dois – Deus e o homem. O fato de que Jesus é um Mediador, anula a possibilidade de que Ele seja parte de uma trindade. Ele e Seu Pai são de personalidades separadas. Ele declarou que Ele e Seu Pai constituem duas testemunhas separadas: “E na vossa lei est| também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de Mim mesmo, e de Mim testifica também o Pai que Me enviou.” Jo~o 8:17-18.
  • 14. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 13 1.4 – O Pai é o Deus de Jesus Jesus reconheceu o Pai, o único Deus verdadeiro, como Seu Deus. Jesus jamais reivindicou a Si próprio como sendo Deus. Não pretendia ser igual a Deus. Ele sempre Se referiu ao Pai como sendo superior a Ele, Seu Deus. Nos textos bíblicos abaixo, Jesus faz referência ao Pai como Seu Deus: “Deus Meu, Deus Meu, porque Me desamparaste?” Mateus 27:46. “...Pai, é chegada a hora... que Te conheçam { Ti só, por único Deus verdadeiro...” Jo~o 17:1 e 3. “Eu subo para o Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus...” Jo~o 20:17. “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. A quem vencer, Eu o farei coluna no templo do Meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do Meu Deus, e o nome da cidade do Meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do Meu Deus, e também o Meu novo nome.” Apocalipse 3:11 e 12. Muitos dos escritores do Novo Testamento descrevem Deus como o Deus de Jesus: “Deus e Pai de nosso Senhor Jesus...” II Coríntios 1:3. “O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus...” II Coríntios 11:31. ”O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus...” Efésios 1:3. “O Deus de nosso Senhor Jesus...” Efésios 1:7. “O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus...” I Pedro 1:3. 1.5 – Jesus orou ao Seu Deus, o Pai Jesus revelou que Ele próprio não era Deus quando orou a Seu Pai, identificando-O como único Deus verdadeiro. Caso Jesus fosse igual a Deus, porque orou Ele então a Deus? O cristianismo lança suas falsas doutrinas ensinando que o homem Jesus nunca deixou de ser Deus. Consideram-no como DEUS HOMEM. Os trinitarianos afirmam que Deus, Jesus e o Espírito têm uma mesma inteligência e poder. Precisaria Jesus orar a outra pessoa da trindade, pedindo ajuda, mesmo tendo todos os atributos divinos, por continuar sendo Deus, mesmo em forma humana? Não seria contraditória uma questão como esta? Ao orar a Deus, Jesus mostrou ser dependente de Seu Pai: “Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, ...” Mateus 11:25. “E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o Seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice, todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres....E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai Meu, se este cálice não pode passar de Mim sem Eu o beber, faça-se a Tua vontade.” Mateus 26:39 e 42. “E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oraç~o a Deus.” Lucas 6:12. 1.6 – Jesus é inferior a Deus Jesus não é igual à Seu Pai, pois o Pai é maior do que o Filho, consequentemente, Ele é inferior à Seu Pai. Jesus, portanto, não é Deus. Ao reconhecer este fato, não quer dizer que não estejamos dando a glória devida a Cristo. O objetivo é entender e reconhecer a verdadeira relação entre o Pai e Seu Filho. Jesus deixou claro que Ele é hierarquicamente inferior a Seu Pai ao declarar o seguinte: “Meu Pai e maior do que Eu.” João 14:28. O próprio contexto de onde foi extraída a passagem bíblica acima, confirma que o Senhor Jesus veio para cumprir um propósito do Pai, isto é, tornar conhecido o Pai ( O Deus Altíssimo). Assim, a submissão da obra do Senhor Jesus é claramente entendida nos seguintes textos sagrados: “...as palavras que Eu vos digo, n~o as digo por Mim mesmo; mas o Pai, que permanece em Mim, é quem faz as Suas obras.” Jo~o 14:10.
  • 15. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 14 “...a palavra que estais ouvindo n~o é Minha, mas do Pai que Me enviou.” Jo~o 14:24. Quando Jesus disse: “Eu e o Pai somos um.” Jo~o 10:30, Ele n~o ensinou que Ele e Seu Pai eram um em essência ou ser (como afirmam os trinitarianos). Nem tampouco Ele quis dizer que Ele e o Pai possuem os mesmos atributos, tais como: onipotência, onipresença e onisciência. O entendimento correto é que Ele referiu-Se à unidade de propósito e perfeita concordância que existe entre Ele e Seu Pai. Mais adiante Jesus orou para que esta mesma unidade tornasse possível entre Seus seguidores: “E rogo n~o somente por estes, mas também, por aqueles que pela Sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, assim como Tu ó Pai, és em Mim e Eu em Ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste.” Jo~o 17:20-21. Pelo fato de nós sermos um com o Pai e o Filho em caráter e propósito, não nos torna partícipes desta divindade, isto é, que sejamos iguais a Deus, possuindo os mesmos atributos. Jesus sempre reconheceu que Seu Pai é maior do que Ele. Isto claramente expõe o fato de que Jesus não pode ser parte de um Deus triuno. Muitos textos bíblicos comprovam a inferioridade de Jesus em relação a Deus: “Meu Pai...é maior do que todos; ...” Jo~o 10:29. “...porque o Pai é maior do que Eu.” Jo~o 14:28. “... vós de Cristo, e Cristo de Deus.” I Coríntios 3:23. “...o homem a cabeça da mulher e Deus a cabeça de Cristo.” I Coríntios 11:3. “...ent~o também o próprio Filho se sujeitar| Àquele que todas as coisas Lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.” I Coríntios 15:28. Esta última passagem bíblica refere-se à sujeição de Cristo ao Seu Pai depois de haver sido completada a obra redentora e depois de haver destruído todo domínio e toda a autoridade e todo o poder na Terra. Quando todos os inimigos estiverem debaixo de Seus pés e quando o último inimigo, a morte, for destruído, Deus (o Pai de Jesus) será supremo; será tudo em todos. Jesus viveu como Servo de Deus. Ele rendeu perfeita obediência à Seu Pai, sempre fazendo aquilo que agradava a Deus. Ele reconhecia ser inferior a Deus. “...eis que Eu farei vir o Meu Servo, o Renovo.” Zacarias 3:8. “Eis aqui o Meu servo que escolhi...” Mateus 12:18. “Mas esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a forma de Servo...” Filipenses 2:7-8. “Disse-lhes Jesus: A Minha comida é fazer a vontade dAquele que Me enviou...” João 4:34 “...porque n~o procuro a Minha vontade, mas a vontade dAquele que Me enviou.” João 5:30. “Porque Eu desci do céu, n~o para fazer a Minha vontade, mas a vontade dAquele que Me enviou.” Jo~o 6:38. “E Aquele que Me enviou est| comigo; n~o Me tem deixado só; porque faço sempre o que é do Seu agrado.” Jo~o 8:29. “...Pai, se queres afasta de Mim este c|lice; todavia n~o se faça a Minha vontade, mas a Tua.” L:ucas 22:42. Sobre a questão da inferioridade do Senhor Jesus em relação ao Pai, os teólogos trinitarianos dizem que esta inferioridade é aplicada unicamente enquanto o Senhor Jesus assumiu a natureza humana, em virtude de suas limitações como ser humano. Todavia, os mesmos teólogos ensinam que Jesus não deixou de ser Deus quando assumiu a forma humana. 1.7– Jesus é inferior a Deus em atributos O Novo Testamento revela Jesus Cristo como inferior a Deus em atributos. Esta é uma indicação definitiva de que Jesus em si mesmo não é Deus. Não é nem igual ou idêntico ao Pai, tão pouco parte de um Deus triuno. Deus é infinito e perfeito em todos os Seus atributos. Em todas estas coisas, Deus é imutável; Sua perfeição infinita não pode nem aumentar, tão
  • 16. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 15 pouco diminuir. O que Ele tem sido, sempre será. 1.8 – Jesus é inferior a Deus em conhecimento Deus é onisciente e perfeito em conhecimento. Jesus, por outro lado, não era onisciente. Jesus crescia em sabedoria: “E crescia Jesus em sabedoria...” Lucas 2:52. Se Jesus continuava sendo Deus com conhecimento infinito, como poderia Ele ter “crescido em sabedoria”? Jesus recebeu Seu conhecimento de Deus: “...e que nada faço de Mim mesmo; mas como o Pai Me ensinou, assim falo.” Jo~o 8:28. O conhecimento de Deus inclui todas as coisas, presentes, passadas e futuras. Ele conhece todas as coisas: “(Jesus) respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à Sua própria autoridade.” Atos 1:7. Jesus, por outro lado, era limitado em conhecimento inclusive com relação à data de Sua volta: “Quanto, porém, ao dia e { hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu nem o Filho, senão o Pai.” Marcos 13:32. 1.9 – Jesus é inferior a Deus em poder Deus é onipotente. Ele é Todo-Poderoso; tem poder infinito. O poder de Deus originou-Se dEle próprio. Através de Seu poder, Deus executa todas as Suas obras. Jesus, por outro lado, não era onipotente. O poder que Cristo exercia quando operava milagres era recebido de Deus: “...A Jesus, o nazareno, var~o aprovado por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus por Ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis.” Atos 2:22. “Disse-lhes, pois, Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho de si mesmo nada pode fazer,...” Jo~o 5:19. “Eu n~o posso de Mim mesmo fazer coisa alguma; ...” Jo~o 5:30. “...e que nada faço de Mim mesmo; ...” Jo~o 8:28. 1.10 – Jesus é inferior a Deus em vida Deus sempre existiu. Nunca houve um tempo no qual Deus não existisse. Deus não somente viverá para sempre no futuro, mas também viveu eternamente no passado. A vida de Deus foi sem começo: “Aquele que possui, Ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.” I Timóteo 6:16. A vida de Cristo, no entanto, teve um começo definido; houve um tempo, em que Jesus não existia. Se não fosse por Deus, Jesus jamais teria existido. Jesus foi gerado do Pai, portanto, Sua vida foi derivada de Deus. O poder de Deus fez com Maria concebesse e desse à luz à um filho. Se não fosse pelo santo poder de Deus, Jesus não teria nascido: “Descer| sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo que também o Santo que de ti há de nascer será chamado Filho de Deus.” Lucas 1:35. O Senhor Jesus não teve vida eterna em Si mesmo. Esta vida foi dada pelo Pai. Sua vida foi derivada de Deus: “Pois assim como o Pai tem vida em Si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em Si mesmo.” Jo~o 5:26. Depois de morrer no Calvário, Jesus também recebeu vida ressurreta do Pai. Deus levantou Jesus dos mortos através de Seu poder: “Ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte,...” Atos 2:24. “Ora, a este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.” Atos 2:32. “A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e Lhe concedeu que Se manifestasse.” Atos 10:40.
  • 17. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 16 “Mas Deus O ressuscitou dentre os mortos.” Atos 13:30. “...como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, ...” Romanos 6:4. “Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coraç~o creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, ser|s salvo.” Romanos 10:9. “Ora, Deus n~o somente ressuscitou ao Senhor, mas também nos ressuscitar| a nós pelo Seu poder.” I Coríntios 6:14. “E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus que Ele ressuscitou a Cristo,...” I Coríntios 15:15. “Sabendo que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos ressuscitar| a nós com Jesus, e nos apresentará convosco.” II Coríntios 4:14. Jesus não ressurgiu dos mortos por Si mesmo. Ele foi levantado da morte através o poder de Deus, pois somente Ele é a fonte de toda a vida. Acreditar nisto é uma questão de salvação: “...se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coraç~o creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, ser| salvo.” Romanos 10:9. 1.11 – Deus não pode morrer Deus é imortal, e não pode estar sujeito à morte: “Aquele que possui, Ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.” I Timóteo 6:16. Jesus, ao contrário, nasceu mortal, pois é sabido que experimentou a morte. Jesus tinha as características de um homem mortal. Ele experimentou: a) Fome “E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome.” Mateus 4:2. b) Sede “Depois, sabendo Jesus que todas as coisas já estavam consumadas, para que se cumprisse a Escritura, disse: Tenho sede.” Jo~o 19:28. c) Cansaço “Achava-se ali o poço de Jacó. Jesus, pois, cansado da viagem, sentou-Se assim junto do poço; era cerca da hora sexta.” Jo~o 4:6. d) Tentação “Ent~o foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo.” Mateus 4:1. e) Sofrimento “E disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos.” Lucas 24:46. Jesus morreu: “Mas vindo a Jesus, e vendo que j| estava morto, n~o Lhe quebraram as pernas.” Jo~o 19:33. “...que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.” I Coríntios 15:3. Deus não pode morrer, mas Jesus morreu. Jesus tornou-Se imortal quando Deus O levantou da sepultura, assim sendo, recebeu a imortalidade de Deus. A partir de então Jesus jamais poderá morrer novamente: “Sabendo que, tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, j| n~o morre mais; a morte n~o mais tem domínio sobre Ele.” Romanos 6:9. Quando Jesus voltar, todos os verdadeiros crentes serão feitos imortais como Ele: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.” I Coríntios 15:52-53
  • 18. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 17 1.12 – Atributos e posições divinas recebidas de Deus Alguns acreditam que Jesus deve ser Deus porque exerce certa autoridade divina, e revela certos atributos divinos. Exaltado à mão direita de Deus, Jesus recebeu autoridade e poder divinos de Deus. Isto, entretanto, não prova que Jesus é igual a Deus ou que Ele é o próprio Deus ou que Ele é uma parte de Deus. O fato de Jesus ter sido exaltado pelo Pai, mostra que Ele é menor do que Deus: “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” Atos 2:33. “Pelo que também Deus O exaltou soberanamente, e Lhe deu o nome que é sobre todo nome.” Filipenses 2:9. O fato de Jesus receber posição e obras divinas mostra que Ele é inferior a Deus. Hoje, Jesus tem sido exaltado à mais alta posição no universo, depois de Deus. Jesus disse: “Todo o poder Me é dado no céu e na terra.” Mateus 28:18. Jesus sempre entendeu que Seu Pai era superior a Ele em autoridade. Ele viveu em perfeita obediência a Deus. Após Sua ressurreição Jesus recebeu autoridade divina de Deus. Se Jesus é Deus, não precisaria receber poder (autoridade) de ninguém. Isto prova que Jesus é inferior a Deus e consequentemente Ele não é Deus. 1.13 – Obra de julgamento Deus autorizou Jesus a ser o juiz da humanidade. Deus entregou o julgamento ao Seu Filho. Deus julgará a humanidade através da obra de Cristo, o juiz. Jesus recebeu esta posição e obra de Deus: “Porque o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o julgamento....E deu-Lhe autoridade para julgar, porque é o Filho do homem.” Jo~o 5:22 e 27. “Este nos mandou pregar ao povo, e testificar que Ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.” Atos 10:42. “Mas Deus, n~o levando em conta os tempos da ignor}ncia, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam; porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-O dentre os mortos.” Atos 17:30-31. O fato de que Jesus recebeu esta prerrogativa de Seu Pai, indica que o Pai é superior a Ele. Por isso, Jesus não é Deus. 1.14 – Sua presença invisível Embora Jesus esteja nos céus, Ele pode estar presente em todos os lugares com Seus seguidores. Ele disse: “Eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumaç~o dos séculos.” Mateus 28:20. Jesus pode fazer isto através do poder de Deus, o Espírito. Jesus recebeu este poder de Deus: “Quando vier o Ajudador, que Eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que do Pai procede, esse dar| testemunho de Mim.” Jo~o 15:26. “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” Atos 2:33. Durante Seu ministério terrestre Jesus pode curar o servo do centurião (Mateus 8:5-13), mesmo estando o servo doente a uma grande distância daquele lugar que Se encontrava. Ele também podia conhecer o que havia no coração do homem. Jesus pode fazer essas coisas, não porque Ele é parte de um Deus triúno, mas, porque Deus O revestiu de poder para executar essas obras. Ao Jesus iniciar o Seu ministério, quando foi batizado, Seu Pai derramou sobre Ele o poder do Espírito:
  • 19. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 18 “E o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-Se do céu esta voz: Tu és o Meu Filho amado; em Ti Me comprazo.” Lucas 3:22. 2 – ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS Vemos com muita tristeza os argumentos debilitados que lançam mão os trinitarianos para defender sua teoria. Eles apresentam textos fora do contexto para provarem que Jesus é Deus. Relacionamos a seguir alguns desses argumentos: 2.1 - Isaías 44:6 Argumento trinitariano: Os trinitarianos ensinam que nessa passagem Jesus Se revela como Deus. “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro, e Eu sou o último, e fora de Mim não h| Deus.” Isaías 44:6. O que diz a Bíblia? Para um atento pesquisador da Palavra de Deus, esse texto prova que Deus é um só. Além dessa única Pessoa não há outro Deus. É uma Pessoa que está falando. Essa Pessoa é o Pai de Jesus. Poucas passagens adiante o mesmo Deus que está falando em Isaías 44:6 profetiza sobre a vinda de Ciro (uma figura representativa de Jesus). A seu respeito Ele diz: “Ele é Meu Pastor, e cumprir| tudo o que Me apraz; ... Assim diz o Senhor ao Seu Ungido...” Isaías 44:28. O livro de Isaías se divide em partes. A parte que abrange os capítulos 40 a 66 é chamada de “Livro de Conforto”, pois o tema principal é: O Servo do Senhor. Os escritores do Novo Testamento, reputando a missão de Israel consumada em Jesus Cristo, O consideram, a Ele somente, o israelita típico no mais elevado sentido e Lhe atribuem tudo quanto consta no Livro de Conforto concernente ao Servo. Um pouco antes, ou seja, em Isaias 42:1, o mesmo Deus que fala em Isaías 44:6, apresenta o Seu futuro Servo, o Messias vindouro: “Eis aqui o Meu Servo, a quem sustenho; o Meu escolhido, em quem se compraz a Minha alma; pus o Meu Espírito sobre Ele; Ele trará justiça às nações.” Isaías 42:1. Essa mesma passagem bíblica é mencionada em Mateus 12:18, referindo-Se ao cumprimento dessa profecia de Isaías. Concluímos, pois, que as palavras registradas em Isaías 44:6 não foram proferidas por Jesus. Quem Se apresenta aí é o Deus Altíssimo, o Todo Poderoso de Israel, o Pai de Jesus, que também é o nosso Redentor, por ter enviado o Seu Filho para nos salvar. 2.2 - Apocalipse 1:8 Argumento trinitariano: Os que defendem a doutrina da trindade ensinam que esta passagem é prova de que Jesus é o Deus Todo Poderoso. Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo Poderoso.” Apocalipse 1:8. O que diz a Bíblia? O grande problema dos trinitarianos é que eles não querem aceitar os ensinamentos de Deus. Ao lermos alguns versículos anteriores a esta passagem bíblica, encontramos a resposta: “Jo~o, {s sete igrejas que estão na Ásia: Graça a vós e paz da parte dAquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do Seu trono.” Apocalipse 1:4 Esta passagem bíblica apresenta-nos Aquele que está assentado no trono. Esse é o Pai de Jesus, o Deus Todo Poderoso. Observem agora, o que diz o versículo seguinte: “E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e pelo Seu sangue nos libertou dos nossos pecados e nos fez reino, sacerdotes para Deus, Seu Pai, a Ele seja glória e domínio pelos séculos dos séculos. Amém”. Apocalipse 1:5-6. Notamos que uma outra Pessoa é apresentada. Essa Pessoa é Jesus Cristo, que virá nas
  • 20. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 19 nuvens e todo o olho O verá (Apocalipse 1:7). A dúvida lançada por parte dos trinitarianos é com relaç~o aos seguintes dizeres: “que é, que era, e que h| de vir”. Para eles, o único que h| de vir é Jesus. No entanto, a Bíblia diz que, quando a Nova Jerusalém descer do Céu para se estabelecer na Terra, Deus estará com os salvos e com eles habitará (Apocalipse 21:3). Observem agora o que diz Apocalipse 4:8-11: “Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso, nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo Santo é o Senhor Deus, o Todo Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir. E, sempre que os seres viventes dava m glória e honra e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive pelos séculos dos séculos, os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam ao que vive pelos séculos dos séculos; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória e a honra e o poder, porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade existiram e foram criadas.” Apocalipse 4:8-11. Não há dúvida alguma que o texto está se referindo ao Pai de Jesus, aquele que está assentado no trono. Qualquer dúvida é dirimida se lermos Apocalipse 5:1-7. É o momento em que se apresenta o Cordeiro de Deus, o único digno de abrir os selos. Diz a Palavra de Deus que o Cordeiro “veio e tomou o livro da destra do que estava assentado sobre o trono.” Apocalipse 5:7. Claramente estão expostas duas Pessoas: a) Deus, que é o Todo Poderoso, assentado no trono, aquele que era, e que é, que há de vir. b) Jesus, o Cordeiro, que toma o livro da mão direita de Deus. 2.3 - Salmos 110:1 Argumento trinitariano: Os defensores da doutrina da trindade alegam que está havendo um diálogo entre as Pessoas da Divindade. “Disse o Senhor ao Meu Senhor: Assenta-Te à Minha direita, até que Eu ponha os Teus inimigos por escabelo dos Teus pés.” Salmos 110:1. Que diz a Bíblia? Esta passagem bíblica revela um fato futuro. Após cumprir com a Sua missão na Terra, Jesus subiu ao Céu e Se assentou à direita de Deus. (Atos 7:56). O apóstolo Paulo fala a esse respeito: “...Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual est| { direita de Deus, e também intercede por nós.” Romanos 8:34. Todo o contexto fala de uma profecia a se cumprir na Pessoa do Messias vindouro. Basta ler um pouco adiante; “...Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” Salmos 110:4. O livro de Hebreus trata sobre esse assunto, identificando Jesus Cristo em Sua função de Sumo Sacerdote (Hebreus 7). A passagem de Salmos 110:1 não identifica à Jesus como sendo uma divindade. As palavras de Pedro não deixam dúvidas: “Ora, a este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio declara: Disse o Senhor ao Meu Senhor: Assenta-Te à Minha direita, até que Eu ponha os Teus inimigos por escabelo de Teus pés. Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus O fez Senhor e Cristo.” Atos 2:32-36. Podemos comparar essa passagem com a de Atos 5:30-31: “O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-O no madeiro; sim, Deus, com a sua destra, O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão de pecado.” Atos 5:30-31.
  • 21. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 20 Deixamos algumas indagações aos defensores da doutrina da trindade: 1. Eles crêem que Jesus é Deus. Por que, segundo o texto acima, o Seu Pai teve que ressuscitá- Lo dentre os mortos? Jesus não teria ressuscitado através o Seu próprio poder? 2. Para os que defendem a doutrina da trindade, Jesus é Deus. Quem é esse Deus que elevou à Jesus para ser Príncipe e Salvador? Para eles Jesus não deveria voltar a ocupar a posição de Deus? 2.4 - Isaías 25:9 Argumento Trinitariano: Os defensores da doutrina da trindade ensinam que Jesus é o esperado Deus que se manifestará na segunda vinda. Eles se baseiam nos seguintes textos: “E naquele dia se dir|: Eis que este é o nosso Deus; por Ele temos esperado, para que nos salve. Este é o Senhor, por Ele temos esperado; na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos.” Isaías 25:9. “Aguardando a bem aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.” Tito 2:13. O que diz a Bíblia? OBSERVAÇÃO: Os dois versos apresentados pelos defensores da doutrina da trindade não se referem ao mesmo evento. a) Analisaremos em primeiro lugar a passagem bíblica de Isaías 25:9. Para entendê-la, temos que ler a passagem anterior e lá encontramos a resposta quanto ao momento em que se dará o encontro de Deus com Seu povo: “Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do Seu povo; porque o Senhor o disse.” Isaías 25:8. Quando será aniquilada a morte para sempre? É evidente que a morte não será aniquilada na segunda vinda do Messias. Ela será aniquilada no final do milênio. O apóstolo Paulo diz que é necess|rio que Jesus, “reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de Seus pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte.” I Coríntios 15:25-26. “Ent~o vir| o fim quando Ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder.” I Coríntios 15:24. O que o apóstolo Paulo quer dizer é que Jesus ir| reinar e ao terminar o Seu reinado, quando a Terra estiver toda regenerada, quando os inimigos de Deus estiverem todos destruídos (Satanás, seus anjos e os ímpios) e quando a morte estiver aniquilada para sempre, então será o fim da era do pecado e da morte. Isto ocorrerá no final do milênio. A Terra então estará preparada para receber a Santa Cidade, a Nova Jerusalém, que descerá do Céu. É o momento de Jesus entregar o reino ao Seu Pai, o Deus Todo Poderoso, o qual passará a habitar junto com o Seu povo para todo o sempre. O profeta João descreve esse momento maravilhoso da seguinte maneira: “E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo. E ouvi uma grande voz, vinda do trono que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará e eles serão o Seu povo e Deus mesmo estará com eles.” Apocalipse 21:2-3. Dá para observar que Deus se fará presente junto ao Seu povo, somente após a descida da nova Jerusalém. Somente então Ele habitará com eles. Em seguida o profeta João repete a profecia de Isaías 25:8: “Ele enxugar| de seus olhos toda l|grima; e n~o haver| mais morte, nem haver| mais pranto, nem lamento, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4. É o Senhor Deus, o Pai de Jesus, é que vai enxugar as lágrimas. Livres finalmente da morte e da dor, os salvos finalmente poderão exclamar ao Deus Todo Poderoso, o Pai de Jesus: “...Eis que este é o nosso Deus; por ele temos esperado, para que nos salve. Este é o Senhor; por Ele temos esperado; na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos.” Isaías 25:9 b) Analisaremos agora o outro texto apresentado pelos trinitarianos – Tito 2:13. OBSERVAÇÃO: O apóstolo Paulo não cria na trindade. Ele não deixa dúvidas em todos os seus escritos quanto à sua crença num só Deus. Talvez seja interessante rever o texto escrito pelo
  • 22. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 21 apóstolo Paulo: “Todavia para nós h| um só Deus, o Pai...” I Coríntios 8:6. Ele deixou registrado que o seu Deus é o Pai de nosso Senhor Jesus. Partindo desse princípio, analisaremos agora o que o apóstolo Paulo escreveu no início de sua epístola endereçada a Tito: “A Tito, meu verdadeiro filho segundo a fé que nos é comum, graça e paz da parte de Deus Pai, e de Cristo Jesus, nosso Salvador.” Tito1:4. Se Paulo estivesse apresentando { Jesus como sendo “nosso grande Deus”, estaria em contradição consigo mesmo. O apóstolo Paulo sempre se mantinha fiel às orientações de Deus. O texto que está sob análise aparece da seguinte forma em outras traduções: “Aguardando a bem aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e de nosso Salvador Jesus Cristo.” Tito 2:13. Esta tradução está de acordo com as que foram preparadas por notáveis eruditos dos idiomas originais, extraídas do original grego: The New Testament, por Cornelius Nary, 1719. The New Testament in Greek and English, por Daniel Mace, Londres, 1729. The New Testament, translated from the text of JJ Griesbach, Londres 1840. The New Tesament, translated from the Greek text of Tischendorf, USA, 1869. Falando da Sua segunda vinda, o Senhor Jesus apresentou um detalhe muito importante: “Porque o Filho do homem h| de vir na glória de Seu Pai, com os Seus anjos...” Mateus 16:27 Esse foi o entendimento do apóstolo Paulo ao se referir sobre “o aparecimento da glória do grande Deus.” Tentar provar a divindade de Jesus através o texto de Tito 2:13 é desconhecer os escritos do apóstolo Paulo. Ele foi um defensor de uma verdade e cria que Deus é o Pai de nosso Senhor Jesus. Muitos textos escritos por ele confirmam esse entendimento: “Graça seja convosco, e paz, da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” I Coríntios 1:3. “Todavia para nós h| um só Deus, o Pai, de quem s~o todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por Ele nós também.” I Coríntios 8:6. “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dEle.” Efésios 1:17. “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos.” Efésios 4:6. “Sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” Efésios 5:20. “Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós.” Colossenses 1:3. A verdade é que ao longo dos séculos o inimigo de Deus serviu-se de agentes humanos para praticar seus mais cruéis ataques contra a Palavra de Deus. 2.5 - João 10:33 Argumento trinitariano: Os defensores da doutrina da trindade utilizam esse texto para provar que Jesus Se dizia Deus. Citam depois João 8:58. “Responderam-Lhe os judeus: Não é por nenhuma obra boa que vamos apedrejar-Te, mas por blasfêmia; e porque, sendo Tu homem, Te fazes Deus.” Jo~o 10:33. “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, Eu sou.” Jo~o 8:58. O que diz a Bíblia? O Senhor Jesus nunca disse que Ele era Deus. Ele sempre Se apresentava como Filho de Deus. O texto de João 10:33 registra uma acusação falsa contra Jesus por parte de alguns líderes judeus. Lendo um pouco adiante, Jesus não disse ser Deus e nem disse ser Deus Filho.
  • 23. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 22 Transcrevemos a seguir o que Jesus disse para eles: “Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque Eu disse: Sou Filho de Deus?” Jo~o 10:36. Os trinitarianos atualmente fazem a mesma coisa que esses líderes judeus. Ensinam falsamente que Jesus é DEUS. A express~o “Eu sou” usada por Jesus, conforme o texto de Jo~o 8:58, n~o prova que Jesus é Deus. Precisamos entender o contexto. Novamente um grupo de judeus se envolveu para acusar Jesus: Disseram-Lhe os judeus. Agora sabemos que tens demônio. Abraão morreu, e também os profetas; e Tu dizes: Se alguém guardar a Minha palavra, nunca provará a morte! Porventura és Tu maior do que nosso pai Abraão, que morreu? Também os profetas morreram; quem pretendes Tu ser? Respondeu-lhes Jesus: ...Abraão, vosso pai, exultou por ver o Meu dia; viu- o e alegrou-se.” Jo~o 8:52-56. Entre os heróis da fé, encontramos o nome do patriarca Abraão, que, embora não tendo alcançado as promessas, viu-as e saudou-as (Hebreus 11:13). Cada vez que um cordeiro era sacrificado, ali estava representado o Messias vindouro. Os profetas aguardaram com muita ansiedade a vinda futura do Messias. Abraão teve o privilégio, através da fé, contemplar a primeira vinda do Messias. No verso 57 os judeus entenderam mal o que Jesus havia dito, crendo que Ele havia declarado ser contemporâneo de Abraão. Jesus, porém, reafirma Sua absoluta preeminência no plano de Deus com a surpreendente declaração: “Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abra~o existisse Eu sou.” Jo~o 8:58. O que Jesus queria dizer era: EU SOU O MESSIAS! O propósito de João escrever seu evangelho é para provar que Cristo (o Messias) é o Filho de Deus (Jo~o 20:31). Ao Jesus dizer “Eu sou” n~o significa que Ele estava se auto-declarando como DEUS. A evidência nos mostra que a frase “EGO EIMI” traduzida por “EU SOU”, conforme encontrada em Jo~o 8:58, significa “eu sou aquele” ou “aquele em quest~o”. Um texto onde esta mesma palavra é utilizada, encontramos em João 9:9: “Uns diziam: É ele. E outros: N~o é, mas se parece com ele. Ele dizia: Eu sou.” Jo~o 9:9. De acordo com este texto, o homem cego se identifica a si mesmo dizendo: EU SOU (“Eu sou a pessoa a qual est~o buscando” ou “eu sou aquele”). Quando Jesus utilizava a frase “EU SOU”, Ele queria dizer o seguinte: “Eu sou esse (Filho do homem)” ou “Eu sou (o Messias)”. 2.6 - João 1:1 Argumento trinitariano: Os trinitarianos ensinam que João inicia o seu evangelho apresentando Jesus como sendo Deus. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Jo~o 1:1. O que diz a Bíblia? Observação: João, o autor do evangelho que levou o seu nome, escreveu que esse livro foi escrito para que “creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que crendo, tenhais vida em Seu nome.” Jo~o 20:31. N~o seria contraditório o apóstolo Jo~o logo no primeiro capítulo de seu livro ensinar o contrário, isto é, que Jesus é Deus? Em diversas traduções bíblicas h| uma distorç~o. O texto originalmente fala “Deus era a Palavra” e n~o como est| escrito atualmente: “A Palavra era Deus”. O texto original foi escrito no idioma grego da seguinte maneira: “en [NO] arch [PRINCÍPIO] hó [ERA] o [A] logos [PALAVRA] kai [E] o [A] logos [PALAVRA] hó [ESTAVA] próston [EM] tón [O] yeon [DEUS] kai [E] yeov [DEUS] hó [ERA] o [A] logos [PALAVRA] outov [ESTA] hó [ESTAVA] en [NO] arch [PRINCÍPIO] próston [EM] tón [O] yeon [DEUS]”. Tradução: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava no Deus, e Deus era a Palavra. Esta estava no princípio no Deus”.
  • 24. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 23 A frase em latim de João 1:1 também lê-se da seguinte forma: DEUS ERAT VERBUM (Deus era o verbo). Neste caso a palavra “DEUS” est| no nominativo, portanto, “Deus” é o sujeito da oraç~o. Quando dizemos “Deus era a Palavra”, o sujeito da frase é “Deus”. Mas quando dizemos “A Palavra era Deus”, o sujeito da frase passa a ser “A Palavra” e lhe damos um atributo – “Ser Deus” - o que não está escrito no original grego e nem no latim. Se formos ao livro do Gênesis vamos ver que todas as coisas foram criadas através da palavra de Deus. Por exemplo: “Disse Deus: Haja luz. E houve luz”. Gênesis 1:3 Se admitirmos que o verbo estava com Deus e o verbo era Deus, como está na maioria das traduções, então temos dois deuses e não um, porque mesmo a doutrina da trindade admite que ela e composta por pessoas distintas. Sendo assim, quebra-se o monoteísmo bíblico. Mesmo que alguns tradutores teimem em colocar o artigo indefinido – “um” - entre colchetes antes da palavra “Deus” (Ex.: E a Palavra era (um) Deus), no entanto, admitem que na construção em grego não existe tal "artigo indefinido antes de THÉOS" (Deus). Eles cometem o mesmo erro da maioria das traduções, ou seja, invertem o sentido da frase na tradução, alterando, portanto, o seu significado e atribuindo ao LOGOS (Palavra) uma pessoalidade, não uma característica. O LOGOS de João no Novo Testamento tem as mesmas características do DAVAR do Antigo Testamento, o qual possui uma dimensão que comunica um pensamento, uma intenção, ou seja , a palavra que cria e guia a história (ver Isaías 55:10- 11). Esta leitura da passagem de João 1:1 em nossas traduções, fornece suporte vital para a doutrina tradicional da Trindade, em partes iguais pelo Pai e o Filho desde a eternidade. Parafraseando, as versões às vezes vão muito além do original em grego. As versões contemporâneas interpretam este texto para dizer que dois seres estavam presentes no início. Sem dúvida, de acordo com essa tradução, a palavra seria equivalente a um eterno Filho. Seria certamente entendido neste sentido por aqueles que foram educados nos concílios pós-bíblicos. Mas por que os leitores pulam de "palavra" para "filho"? O texto simplesmente diz: "No princípio era a palavra"; não diz "No princípio era o Filho". A substituição de "Filho" para "palavra", que para milhões de leitores parece ser um reflexo automático, teve dramáticas conseqüências. Ela tem exercido uma poderosa, mesmo hipnotizante influência sobre os leitores da Bíblia. João escreveu: "No princípio era a palavra". Ele não disse: "No princípio era o Filho de Deus". Não há, de fato, nenhuma menção direta ao Filho de Deus, até chegarmos ao versículo 14, onde "a palavra se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, a glória do Filho único, cheio de graça e de verdade." Antes do versículo 14 estamos no mesmo âmbito como falaram os pré-cristãos sobre a sabedoria. Estamos tratando com PERSONIFICAÇÕES em lugar de pessoas, AÇÕES PERSONIFICADAS DE DEUS em lugar de um Ser Divino individual como tal. O ponto está obscurecido pelo fato de que temos que traduzir LOGOS como VERBO (ELE) através do texto. Porém se traduzirmos LOGOS como "MANIFESTAÇÃO OU EXPRESSÃO DE DEUS" se fará mais evidente, pois o texto não tem a intenção de que se pense no LOGOS dos versos 1 a 13 como um ser divino pessoal. A ambiguidade no grego (DI AUTOU), "por ela" ou "por ele" de João 1:3 permite uma palavra "impessoal" antes de Jesus nascer. A ambiguidade surge quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido, comprometendo a compreensão do conteúdo. Isso pode suscitar dúvidas no leitor e levá-lo a conclusões equivocadas na interpretação do texto. Assim como a impessoalidade da “palavra” est| sugerida no texto de Jo~o 1:1, assim ocorre com “vida eterna” em I Jo~o 1:2: “Pois a vida foi manifestada, e nós a temos visto, e dela testificamos, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e a nós foi manifestada.” I Jo~o 1:2. A "vida eterna" impessoal que estava com o PAI (PROS TON THEON), isto é, a promessa da vida eterna que seria provida por Cristo. Pedro parece fazer eco da mesma idéia quando descreve Jesus como o Cordeiro de Deus que foi "predestinado antes da fundação do mundo,
  • 25. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 24 porém manifestado nestes últimos dias" (1 Pedro 1:20). Uns versículos antes, ele usa o mesmo conceito de predestinação ao falar do plano de Deus para chamar os cristãos à salvação: “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai...” I Pedro 1:2. A aplicação deste conceito a Jesus no verso 20 indica uma "preexistência ideal" nos eternos conselhos de Deus e não uma existência real em outra dimensão antes de seu nascimento como ser humano. Um paralelo interessante ocorre no livro do Apocalipse, onde todas as coisas "são e foram criadas" por Deus: “...porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade s~o e foram criadas.” Apocalipse 4:11. Esta frase sugere que todas as coisas que são, existiram primeiro na vontade eterna de Deus e por essa vontade vieram à sua real existência no seu devido tempo. O significado de “palavra” PALAVRA (Gr. logos) - (1) A expressão do pensamento; não o mero nome de um objeto: (a) encarnando uma concepção ou idéia (por exemplo, em Lucas 7:7; I Coríntios 14:9,19); (b) Um dito ou afirmação. (c) Discurso, prática, dito de instrução. (Dicionário Expositivo de Vine). PALAVRA (Gr. Logos) - Do ato de falar. Palavra proferida a viva voz que expressa uma concepção ou idéia. O que alguém disse. Discurso, doutrina, ensino. (Léxico Grego de Strong). PALAVRA (Heb. Davar) - Ocorre cerca de 1455 vezes. Em contextos jurídicos, significa disputa (Êxodo 18:16, 19; 24:14), acusação, sentença, a alegação, transferência e disposição... [caso contrário o pedido], decreto, a conversa, o relatório, o texto de uma carta, letra de uma canção, promessa, anais de eventos, mandamento, plano (Gênesis 41:37; II Samuel 17:14, II Crônicas 10:4; Ester 2:2; Salmos 64:5, 6; Isaías 8:10), a língua ... Daniel 9:25: decreto de um rei; [também:] coisa, assunto ou evento. OBSERVAÇÃO: Pessoa literal não é encontrada em nenhuma das definições acima para LOGOS. 2.7 - Isaías 9:6 Argumento trinitariano: Os trinitarianos ensinam que Jesus é o Deus forte e o Pai Eterno, conforme está relatado em Isaías 9:6. “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” Isaías 9:6. O que diz a Bíblia? De acordo com a Bíblia Hebraica, baseada nos textos originais, esse verso bíblico encontra- se registrado da forma seguinte: “Pois nasceu entre nós uma criança, um filho nos foi dado. E sobre seus ombros estar| a autoridade; por isso o maravilhoso Conselheiro, o Deus Todo Poderoso e Pai Eterno, alcunhou-o de Príncipe da Paz.” Isaías 9:6. Como o texto é bem explicativo, não há necessidade de se fazer qualquer comentário a respeito. QUEM É O ESPÍRITO SANTO? 1. O ESPÍRITO SANTO NÃO É UMA PESSOA O Espírito Santo não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho. O Espírito Santo é impessoal, não é parte de uma trindade. É sim, a energia divina através da qual, Deus realiza Suas obras. 1.1 – O Espírito é o Poder de Deus O Espírito não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho porque é o poder de Deus. O Espírito Santo é o poder impessoal de Deus. Cada obra que Deus executa, é através de Seu poder, ou
  • 26. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 25 Espírito. Em primeiro lugar precisamos encontrar o verdadeiro significado da palavra “Espírito”. Os próprios defensores da doutrina da trindade nos esclarecem o assunto, como é o caso de um renomado teólogo, o qual publicou uma matéria especialmente destinada para professores da escola bíblica, referente 2o. trimestre de 1999, p. 41, da qual extraímos o seguinte: “No Antigo Testamento, a palavra hebraica ‘ruach’ aparece 377 vezes e é traduzida como ‘vento’, ‘fôlego’ ou ‘espírito’, ‘princípio vital’, ‘coragem’, ‘vitalidade’ ou ‘força’, ‘disposiç~o’ e ‘car|ter moral’. ...Essa palavra também é traduzida como ‘Espírito de Deus’. No Novo Testamento, a palavra grega ‘pneuma’ é igualmente traduzida como ‘espírito’ ou ‘respiraç~o’. Também significa ‘atitude’ ou ‘estado de espírito’. Da mesma forma que ‘ruach’, algumas vezes é traduzida como ‘Espírito do Senhor.”...Nem no Antigo nem no Novo Testamento ‘ruach’ ou ‘pneuma’ se referem a alguma entidade inteligente capaz de existir independentemente do corpo.” 1.2 – A Definição de “Espírito” no Velho Testamento A palavra hebraica “ruach”, encontrada no Velho Testamento é traduzida como “espírito” e originalmente significa fôlego, vento, sopro e respiração. Aplica-se tanto ao espírito dos animais quanto ao espírito dos homens, espíritos malignos e Espírito de Deus. Eis alguns exemplos: a) Ruach = Espírito de homem “Na verdade h| um espírito (ruach) no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz entendido.” Jó 32:8. “...fala o Senhor, o que estendeu o céu, e que lançou os alicerces da terra, e que formou o espírito (ruach) do homem dentro dele.” Zacarias 12:1. b) Ruach = sopro, respiração “Enquanto em mim estiver a minha vida, e o sopro (ruach) de Deus nos meus narizes.” Jó 27:3. “...se lhes cortas a respiração (ruach), eles morrem, e voltam ao seu pó.” Salmos 104:29. “Os céus por sua palavra se fizeram, e pelo sopro (ruach) de sua boca o exército deles.” Salmos 33:6. “A sua respiraç~o (ruach) é como a torrente que transborda e chega até ao pescoço.” Isaías 30:28. c) Ruach = Espírito dos animais Quando aplicada aos animais, a palavra “ruach” sempre é traduzida como “fôlego de vida” ou “espírito de vida”: “Porque estou para derramar |guas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego (ruach) de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecer|.” Gênesis 6:17. “Entraram para junto de Noé na arca, dois a dois de toda a carne em que havia espírito (ruach) de vida.” Gênesis 7:15. “Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; uma e a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego (ruach); e o homem n~o tem vantagem sobre os animais; porque tudo é vaidade.” Eclesiastes 3:19. d) Ruach = Vento “...Deus fez soprar um vento (ruach) sobre a terra e baixaram as |guas.” Gênesis 8:1. “No princípio, Deus criou o céu e a terra. “Ora a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o
  • 27. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 26 abismo, e um vento (ruach) de Deus pairava sobre as águas”.Gênesis 1:1. e) Ruach = Mente “Deu Davi a Salom~o, seu filho, a planta do pórtico com as suas casas, ...também a planta de tudo quanto tinha em mente (ruach), com referência aos |trios da casa do Senhor.” I Crônicas 28:11 e 12. Fazendo uma comparação de alguns versos bíblicos, descobrimos que o Espírito de Deus é a própria “mente” de Deus: Isaías 40:13 – “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como seu conselheiro o ensinou?” Observem que a palavra “Espírito” (ruach) de Isaías 40:13, foi traduzida pelo apóstolo Paulo como “mente”: Romanos 11:34 – “Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” I Coríntios 2:16 – “Pois, quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir?” Entendemos desta forma que o “espírito de Jesus” é a mente de Cristo. Todas as instruções saem da mente de Deus (Pai) e são transmitidas para a mente de Cristo. Este por sua vez transmite para as nossas mentes as instruções de Deus. Esse entendimento é confirmado pelo apóstolo Paulo: “...Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho.” G|latas 4:6. 1.3 – Definição de “Espírito” no Novo Testamento A palavra grega “pneuma” é traduzida no Novo Testamento como “espírito” e tem o mesmo significado de “ruach” no hebraico, ou seja, é um sinônimo de espírito, fôlego, vento, sopro, ar. Algumas palavras como pneu, pneumático, pneumonia, etc, todas relacionadas à respiração ou ao ar, derivam da palavra “pneuma”. A seguir apresentaremos algumas passagens bíblicas em que a palavra “pneuma” foi usada. Quando os apóstolos escreveram a palavra “pneuma”, estavam eles se referindo a uma outra pessoa da divindade? Ou estavam se referindo ao fôlego ou sopro de Deus? (Ressurreição da filha de Jairo) – “Voltou-lhe o espírito (pneuma), e ela imediatamente se levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer.” Lucas 8:55. “Porque assim como o corpo sem espírito (pneuma) é morto, assim também a fé sem obras é morta.” Tiago 2:26. Obs.: O verso de Tiago reafirma nossa crença sobre a impossibilidade de um espírito (pneuma) subsistir sem corpo. Segundo a Bíblia, para que uma pessoa tenha vida é necessário o espírito (pneuma) e o corpo. O “pneuma” do homem é parte integrante do seu ser. Da mesma forma o “pneuma” de Deus é parte integrante de Deus, não uma outra pessoa. Há um texto bíblico que deixa os defensores da doutrina da trindade bastante incomodados e muito mais incomodados ficam aqueles que combatem a religião Espírita, que prega que é possível o espírito (pneuma) existir independentemente ou separadamente do corpo do seu possuidor: “Porque qual dos homens sabe as coisas do homem senão o seu próprio espírito (pneuma) que nele está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito (pneuma) de Deus.” I Coríntios 2:11. Se o Espírito (pneuma) de Deus é uma pessoa ou entidade consciente que vive separadamente do corpo do possuidor, ent~o o “pneuma” do homem também o é. Este é um conceito espírita. Ao escrever “assim também”, o apóstolo Paulo faz uma comparaç~o e liga os dois pneumas. O apóstolo Paulo usou a mesma linguagem quando escreveu aos Romanos: “Pois todos os que s~o guiados pelo Espírito (pneuma) de Deus s~o filhos de Deus. ...O próprio Espírito (pneuma) testifica com o nosso espírito (pneuma) que somos filhos de Deus.” Romanos 8:14 e 16.
  • 28. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 27 Esclarecemos que a palavra “pneuma” extraída do original grego não diferencia o espírito do homem do Espírito de Deus através de letras minúsculas e maiúsculas. Se o Espírito (pneuma) de Deus é uma pessoa, então o Espírito (pneuma) de Cristo é outra pessoa. Como os trinitarianos explicam isto? “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito (pneuma), se é que o Espírito (pneuma) de Deus habita em vós. E se alguém n~o tem o Espírito (pneuma) de Cristo, esse tal n~o é dele.” Romanos 8:9. O fato é que o Pai e o Filho são duas pessoas distintas, mas compartilham do mesmo espírito ou em outras palavras do mesmo poder. Por isso Jesus disse o seguinte: “Eu e o Pai somos um.” Jo~o 10:30. Da mesma forma podemos ser um com Deus e com Cristo se recebermos em nós o Espírito (pneuma) de Deus. Isso Jesus deixou claro em sua oração relatada em João 17:21: “A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” Jo~o 17:21. O plano de Deus é que sejamos um com Ele e com o Pai. Não fisicamente falando, mas que sejamos uma unidade espiritual, ou seja, que tenhamos o mesmo Espírito (pneuma) de Deus e de Cristo, mesmo sendo pessoas diferentes: “Mas aquele que se une ao Senhor é um só espírito com Ele.” I Coríntios 6:17. 1.4 – A palavra “Espírito” é neutra O Espírito n~o é uma personalidade porque a palavra grega “pneuma”, traduzido Espírito, é neutra, em gênero. Artigos e pronomes referentes à essa palavra também são neutros. 1.5 – Símbolos impessoais O poder impessoal de Deus, o Espírito Santo, é designado na Bíblia por símbolos impessoais. Eis alguns: a) Vento “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas n~o sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo~o 3:8. “E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.” Atos 2:2. b) Fogo “E eu, em verdade, vos batizo com |gua, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar, Ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” Mateus 3:11. c) Água “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba. Quem crê em Mim, como diz a Escritura, rios d’|gua viva correr~o do seu ventre. E isto disse Ele do Espírito que haviam de receber os que nele crescem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.” Jo~o 7:37-39. d) Óleo “Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso Deus, o teu Deus te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.” Salmos 45:7. “O Espírito do Senhor Jeov| est| sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de pris~o aos presos.” Isaías 61:1. e) Selo “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.” Efésios 1:13.
  • 29. INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR PASTOR GILBERTO SOUZA 28 f) Pomba “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da |gua, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele.” Mateus 3:16. g) Lâmpadas “E do trono saíam rel}mpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete Espíritos de Deus.” Apocalipse 4:5. h) Fôlego “Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco, morreu.” Gênesis 7:22. 1.6 – Características Impessoais As características impessoais do Espírito revelam-no como o poder de Deus e não como uma personalidade. 1.6.1 - O Espírito pode ser derramado “Até que se derrame sobre nós o Espírito l| do alto; ent~o o deserto se tornar| em campo fértil, e o campo fértil será reputado por um bosque.” Isaías 32:15. “Porque derramarei |gua sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o Meu Espírito sobre a tua posteridade, e a Minha bênção sobre os teus descendentes.” Isaías 44:3. “E h| de ser que depois, derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões.” Joel 2:28. “E nos últimos dias acontecer|, diz Deus, que do Meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, e os vossos velhos sonhar~o sonhos.” Atos 2:17. “N~o pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente Ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador.” Tito 3:5-6. “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” Atos 2:33-34. 1.6.2 - O Espírito pode ser assoprado “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” Jo~o 20:22. 1.6.3 - O Espírito pode encher pessoas “E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. ...E todos foram cheios do Espírito Santo, ...” Atos 2:2-4. “E n~o vos embriagueis com vinho, em que h| contenda, mas enchei-vos do Espírito.” Efésios 5:18. 1.6.4 - Jesus foi ungido com este poder “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o que andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele.” Atos 10:38. 1.6.5 - Homens foram batizados nele “...mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; Ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” Atos 3:11. “Porque, na verdade, Jo~o batizou com |gua, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo; não muito depois destes dias.” Atos 1:5 “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, ....” I Coríntios 12:13. 1.6.6 - As pessoas beberam dele “...e todos temos bebido de um Espírito.” I Coríntios 12:13. 1.6.7 – O Espírito é comparado ao vento que sopra “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas n~o sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo~o 3:8. O Espírito Santo é, portanto, impessoal. Perguntamos: Pode uma pessoa ser derramada, espargida, assoprada? O Espírito não é uma pessoa.