COMO CITAR ESTE DOCUMENTO: Ana Paula Nunes, Domitília Faria, Jorge Valle, Luís Filipe Fonseca, Nelson Palma Santos, autores. Francisco Vilaça Lopes, editor. Infecção urinária: incidência, etiologia, sensibilidade antibiótica, e prescrição antibiótica numa série de casos de 3 médicos do Centro de Saúde de Portimão em 1990/91 [Palestra]. 5º Encontro Nacional de Clínica Geral do Algarve: Monchique, 29/30 de Novembro de 1991. Diapositivos em http://migre.me/jc2jm RESUMO: TÍTULO: Infecção urinária: incidência, etiologia, sensibilidade antibiótica, e prescrição antibiótica numa série de casos de 3 médicos de Clínica Geral do Centro de Saúde de Portimão em 1990/91. AUTORES: Ana Paula Nunes [areal2001@gmail.com], Domitília Faria [domitiliafaria@gmail.com], Jorge do Valle [jvalle@acesbarlavento.min-saude.pt], Luís Filipe Fonseca, Nelson Palma Santos. DESENHO DO ESTUDO: série de casos caracterizada prospectivamente. OBJECTIVOS: estimar a incidência de infecção urinária (ITU) na nossa consulta de clínica geral; identificar os agentes etiológicos responsáveis e caracterizar a respectiva sensibilidade antibiótica; descrever o perfil de prescrição antibiótica nas ITUs. MÉTODOS: População: utentes das consultas de clínica geral de 3 médicos (excluindo SAP/urgência básica), correspondendo a um ficheiro total de 4200 utentes do Centro de Saúde de Portimão (Algarve, Portugal). Duração: 1 ano, de 1/6/1990 a 31/5/1991. Critérios de inclusão: todos os doentes com diagnóstico clínico ou bacteriológico de ITU. Nas bacteriúrias > 10⁵ UFC / mL, não se consideraram os assintomáticos excepto crianças < 5 anos, grávidas, diabéticos, ou doentes com litíase ou outras lesões do aparelho urinário. RESULTADOS: Num total de 10284 consultas, diagnosticaram-se 104 casos de ITUs (incidência de 1,01%), dos quais 89 sintomáticos e 15 assintomáticos. Em 30% dos casos havia patologia concomitante (ITU complicada). Os agentes mais frequentemente isolados foram a E. coli (69%), Klebsiella (13%), Proteus (5%), Pseudomonas (5%) e Staphylococcus (5%). Nos TSA, 7% das bactérias isoladas mostraram-se sensíveis à ampicilina, 14% à amoxicilina, 69% à gentamicina, 71% à nitrofurantoína, 72% à amoxicilina-ác.clavulânico, 73% à cefotaxima, 74% à norfloxacina, 78% ao ác.pipemídico, 83% ao aztreonam, 84% ao cotrimoxazol, 86% à netilmicina, 91% à ofloxacina, e 100% à ciprofloxacina. As classes terapêuticas mais prescritas foram as quinolonas e o cotrimoxazol. Após 1 ciclo de antibioterapia, 7% dos doentes apresentaram uroculturas positivas: 2 em 75 assintomáticos, e 4 em 11 sintomáticos.