PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
Acordos de namibe
1. Cabinda é um território angolano ainda em guerra. O enclave rico
em petróleo tem um acordo de paz assinado há cinco anos. A FLEC (Força de
Libertação do Enclave de Cabinda) e o governo parecem fazer letra morta ao
documento. Segundo fontes locais, a repressão a correntes consideradas
"alternativas" aumentou.
2. Cinco anos depois da assinatura do memorando de entendimento
para a paz em Cabinda a guerra parece permanecer no enclave. Quando no dia
1 de Agosto de 2006, António Bento Bembe, presidente do Fórum Cabindês para
o Dialogo, e Virgílio de Fontes Pereira, então ministro da administração do
território, assinaram o acordo, a intenção era o fim do conflito.
O acordo do Namibe, como ficou conhecido, em homenagem á
cidade que acolheu a assinatura, hoje parece não vigorar. Conforme o professor
Jacob Samuel, há alguma fragilidade na FLEC, mas o conflito se mantém.
"Acredito que são táticas de guerrilha que eles optaram pela posição que o
regime tomou nas questões de segurança", disse.
"Subversão e Terrorismo"
No início deste ano, o Governo angolano reconheceu oficialmente
a existência de um conflito em Cabinda. Através de um comunicado enviado à
agência de notícias estatal, Angop, e transcrito parcelarmente por todos os
órgãos de comunicação social, Luanda "revela" que no enclave persistem
"apenas focos de instabilidade potencial, nomeadamente atos de subversão e
terrorismo assumidos pela FLEC".
O regedor, Reje Matoko, autoridade tradicional de Cabinda, disse
que não concorda com a idéia de que o enclave não esteja em paz. "Mesmo se
não houvesse um memorando de entendimento, o governo sempre se preocupou
com o desenvolvimento da região, assim como toda Angola", disse.
Desde a assinatura do memorando, fontes do enclave dizem que há
uma clara limitação na circulação de pessoas e meios e falta de liberdade de
expressão na região. Ao mesmo tempo, fontes apontam intensificação da
presença das forças armadas angolanas no território. Num comunicado
divulgado em Março, o Executivo angolano afirmava que o processo de
estabilização, reconstrução e desenvolvimento da província de Cabinda está a
ser levado a cabo.
Jovens em Cabinda impedidos pela polícia de falar com diplomatas
da UE
A polícia angolana dispersou um grupo de jovens de Cabinda que
queria abordar uma delegação da União Europeia que esteve a visitar o enclave
angolano. Cerca de trinta jovens acabaram detidos. (27.07.2011)
"Angola Merkel" título do Tageszeitung sobre a visita da chanceler
à África
3. Angela Merkel visitou três países africanos em quatro dias: o
Quénia, Angola e a Nigéria. Um périplo africano que inspira várias reflexões à
imprensa alemã. (15.07.2011)
Comentário: Não à exportação de armas alemãs para Angola
O anúncio da chanceler, Angela Merkel, de que a Alemanha
ofereceu ao governo angolano material bélico, suscitou uma viva controvérsia.
Um comentário de Johannes Beck. (14.07.2011)