A primeira sessão desta oficina é dedicada à apresentação, discussão e prática de conceitos relacionados à análise de imagem em média social, a ser realizada em três horas letivas. Sublinhamos a importância de se iniciarem os trabalhos pelo enquadramento conceitual das imagens remixadas, uma vez que, apesar de presentes no nosso cotidiano, percebemos que há uma lacuna entre as vivências e a reflexão sobre este tipo de imagens. Propomos, portanto, dividir esta sessão em dois momentos: um primeiro para discussão e contextualização do tema; e um segundo dedicado à prática criativa em artes visuais.
1. criação de conteúdos visuais educativos para redes sociais
oficina de formação continuada de arte multimédia
Felipe Aristimuño
projeto educação visual em mídia social [EVMS]
doutoramento em belas-artes/multimédia
março/abril de 2017
Thursday, March 23, 17
2. sessão 1: introdução à análise
de imagens nas redes sociais
conteúdos visuais nas redes sociais
o que é um meme?
o que é um vídeo social?
o que é um infográfico?
o que é uma citação compartilhável?
você lembra de mais algum tipo de conteúdo?
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3. média social são meios onde podem se
desenvolver redes sociais. Os média sociais não
possuem um emissor centralizado, sendo
abertos para o compartilhamento.
redes sociais são as relações entre atores
ligados a um média social.
capital social é tudo o que é produzido pelos
atores dentro de cada rede social
média social
dentro e fora da Internet
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8. cultura do remix,
participação e contribuição
• Percebemos os média sociais como espaços
de participação (Jenkins, 2009) e
contribuição (Proulx, 2011). Diferentemente
do que acontecia nos média de massa
tradicionais (imprensa, rádio, televisão), nos
média sociais somos produtores de
conteúdo. As criações produzidas nestes
espaços são, por natureza, colaborativas.
• Apropriamo-nos de criações de outras
pessoas para criar novas obras, assim como
outras pessoas apropriam-se das nossas
criações para criar as suas. Esse processo
pode ser pensado a partir de dois conceitos-
chave na nossa contemporaneidade:
reciclagem (Efland et al, 2002) e remix
(Lessig, 2009).
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15. debate/comentários na nossa
rede social
• Qual a importância da leitura de imagem para
você? O que você já fez que envolveu ler
imagens?
• De que forma poderíamos analisar uma obra
remixada? Deixe suas sugestões.
• Como a criação de imagens remixadas
poderia ajudar (ou não) na análise de obras
visuais?
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16. Abordagens para
leitura de imagem
• Arte e percepção visual / Rudolph Arnheim,
1954 / 1974
• despertar a capacidade inata para entender
através dos olhos
• teoria da pura visualidade
• os significados universais nas categorias da
forma: Equilíbrio, configuração, forma,
desenvolvimento, espaço, luz, cor,
movimento, dinâmica, expressão.
• Psicologia da Gestalt.
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17. uma leitura formalista?
• Os exemplos que seguem são adaptações feitas
de um teste elaborado por Maitland Graves para
determinar a sensibilidade artística dos
estudantes. Compare a e b na Figura 7. A figura da
esquerda é bem equilibrada. Há bastante vida
nesta combinação de quadrados e retângulos de
vários tamanhos, proporções e direções, mas eles
se prendem uns aos outros de tal modo que cada
elemento permanece em seu lugar, tudo é
necessário, nada está procurando mudar.
Compare a vertical interna claramente
estabelecida de a com sua patética contraparte
vacilante em b. Em b, as proporções baseiam-se
em diferenças tão pequenas que deixam os olhos
na incerteza de contemplar igualdade ou
desigualdade, simetria ou assimetria, quadrado ou
retângulo. Não se pode dizer o que a figura tenta
transmitir.
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18. conhecer para ler
• cultural literacie de Hirsch, 1988
literacia visual minima
• É necessário o conhecimento de um conjunto
de obras fundamentais para ler obras de uma
determinada cultura.
• No campo das artes visuais, a capacidade do
aluno letrado culturalmente será identificar
estilos, artistas, datas etc.
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19. nosso paradigma
• Interpretação e compreensão crítica das
funções e efeitos das imagens visuais
enquanto práticas sociais, incluindo para isso
criar imagens.
• Esta abordagem baseia-se nos métodos
iconológico de Aby Warburg e Panofsky,
onde o que importa na imagem é o assunto
(Argan, p.38). O método iconológico ocupa-
se das mutações e das diversas associações
de imagens para tomar novos significados
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20. virada linguística
virada visual
• Baseia-se, também, no estruturalismo
linguístico e na semiótica, com as propostas
das funções das linguagens de Jakobson,
nos estudos de signos conotativos e
denotativos de Barthes; dos estudos
culturais, fundamentalmente no texto
encoding/decoding de Stuart Hall, onde o
receptor, juntamente com o emissor e toda
uma estrutura de codificação/decodificação
(com variáveis como a lacuna entre o tempo
de exibição e produção da obra, os custos de
produção etc), participa da significação da
obra. E dos estudos visuais contemporâneo
(Elkins, 2003)
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21. Exercício prático de leitura
de imagem
• 1) Cada participante receberá uma obra
remixada. A primeira atividade consistirá na
localização dos signos conotativos por meio
de uma pesquisa online. Depois, enviaremos
para a Página do curso as imagens
encontradas.
• 2) Produziremos um texto contextualizando
as imagens originais: quem produziu, qual a
suas funções (imagem jornalística, obra de
arte, obra publicitária etc).
• Para concluir este exercício, os grupos
produzirão uma nova obra, buscando
transmitir o mesmo efeito desejado pelo
artista, porém em nosso contexto atual.
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