O documento discute diferentes abordagens de pais em situações em que seus filhos cometeram erros. Um caso mostra pais que procuraram orientação profissional e reagiram com compreensão e amor, ensinando valores à filha. Outro caso mostra um pai que humilhou e agrediu o filho, levando-o ao suicídio. O documento defende que pais não devem punir em momentos de raiva e devem dar explicações ao colocar limites.
3. Estudo baseado no livro
Pais Brilhantes , Professores Fascinantes
Autoria Augusto Cury
4. Punir quando estiver irado e colocar limites sem dar
explicações...são erros graves de educação.
Certa vez uma menina de oito anos estava passeando
num shopping próximo da sua escola com algumas amigas.
Ao ver um dinheiro em cima de um balcão, pegou-o.
A balconista viu e chamou-a de ladra.
Pegando-a pelo braço, levou-a em prantos até os pais.
5. Os pais ficaram desesperados.
Algumas pessoas mais próximas esperavam que eles batessem
e punissem a filha.
Em vez disso, resolveram procurar um profissional para saber
como agir.
Tinham receio de que a menina desenvolvesse cleptomania e se
apropriasse de objetos que não lhe pertenciam.
6. Os pais foram orientados a não fazerem um drama com o
caso.
As crianças sempre cometem erros, e o importante é o que
fazer com eles.
A preocupação era levá-los a conquistar sua doce menina e
não a puni-la.
Eles a chamaram em separado e explicaram as consequências
do seu ato. Em seguida, a abracaram pois afinal ela ja estava̧ ́
muito chocada com o ocorrido.
7. Além disso, foram orientados também , que se eles
quisessem transformar o erro num grande momento
educacional, deveriam ter reações inesquecíveis.
Os pais pensaram e tiveram um gesto inusitado.
Como o valor era pequeno, deram à filha o dobro do dinheiro
furtado e demonstraram eloquentemente que ela era mais
importante para eles do que todo o dinheiro do mundo.
Explicaram-lhe que a honestidade é a dignidade dos fortes.
8. Essa atitude deixou-a contemplativa.
Em vez de serem arquivados na memória o fato de ser
ladra e uma punição agressiva dos pais, foram registrados
na memória acolhimento, compreensão e amor.
O drama se transformou num romance.
A jovem nunca mais se esqueceu de que, num momento tão
difícil, seus pais a ensinaram e amaram.
Quando fez quinze anos, ela abraçou seus pais, dizendo que
nunca se esquecera daquele momento poético.
Todos deram risadas. Não ficou cicatriz.
9. Um outro caso não teve o mesmo destino.
Um pai foi chamado à delegacia porque o segurança vira seu
filho furtando um CD numa loja de departamento.
O pai sentiu-se humilhado.
Não percebeu a angústia do garoto e o fato de a falha ser
uma excelente oportunidade para revelar sua maturidade e
sabedoria.
Em vez disso, esbofeteou o filho na frente dos guardas.
10. Chegando em casa, o jovem se trancou no quarto.
O pai tentou arrombar a porta, porque percebeu que o filho
estava tentando se matar.
Num ato impensado, desistiu da vida, achando-se o último dos
seres humanos.
O pai daria tudo o que tinha para voltar atrás, jamais pensou
que perderia seu filho querido.
11. Por favor, jamais puna quando estiver irado.
Não somos gigantes, e nos trinta primeiros segundos da raiva
somos capazes de ferir as pessoas que mais amamos.
Não se deixe escravizar por sua ira.
Quando sentir que n pode controlá-la, saia de cena, pois,
caso contrário, você reagirá sem pensar.
A punição física deve ser evitada. Se algumas palmadas
acontecerem, elas devem ser simbólicas e acompanhadas de
uma explicação.
Não é a dor das palmadas que irá estimular a inteligência das
crianças e dos jovens. A melhor forma de ajudá-los é levá-los
a repensar suas atitudes, penetrar dentro de si mesmos e
aprender a se colocar no lugar dos outros.
12. Praticando essa educação você estará desenvolvendo as
seguintes características na personalidade dos jovens:
liderança,
tolerância,
ponderação,
segurança nos momentos turbulentos.
13. Se um jovem o magoou, fale dos seus sentimentos com ele.
Se necessário, chore com ele.
Se seu filho falhou, discuta as causas da sua falha, dê crédito
a ele.
A maturidade de uma pessoa é revelada pela forma inteligente
com que ela corrige alguem. ́
Podemos ser heróis ou carrascos para os jovens.
Podemos ser heróis ou carrascos dos nossos filhos....o que
vamos escolher?
14. Jamais coloque limites sem dar explicações.
Este é um dos pecados capitais mais comuns que os pais
cometem.
Nos momentos de ira, a emoção tensa bloqueia os campos da
memória.
Perdemos a racionalidade. Pare! Espere a temperatura da sua
emoção baixar.
Para educar, use primeiro o silêncio e depois as ideias.
Que memória queremos criar nuamente de nossos filhos?
15. A melhor punição é aquela que se negocia. Pergunte aos
jovens o que eles merecem pelos seus erros. Você se
surpreenderá! Eles refletirão sobre suas atitudes e, talvez,
darão uma punição mais severa para si mesmos do que você
daria. Confie na inteligência das crianças e dos adolescentes.
Punir com castigos, privações e limites só educa se não for em
excesso e se estimular a arte de pensar. Caso contrário, será
inútil. A punição só é útil quando é inteligente. A dor pela dor
é inumana. Mude seus paradigmas educacionais. Elogie o jovem
antes de corrigi-lo ou criticá-lo. Diga o quanto ele é
importante, antes de apontar-lhe o defeito. A consequência?
Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.
16. Importante pensar que não apenas teremos o que damos, mas
igualmente viveremos naquilo que proporcionarmos aos outros.
Daí o impositivo de doarmos tão somente o bem, integralmente
o bem.
Emmanuel