O documento discute temas relacionados à inclusão de pessoas com deficiência, como:
1) Os desafios e benefícios da educação inclusiva tanto para alunos com quanto sem deficiência;
2) A importância de focar nas habilidades das pessoas com deficiência ao invés das dificuldades;
3) A necessidade de capacitar profissionais de educação para identificar possíveis problemas de saúde que podem afetar o desempenho escolar de alunos com deficiência.
1. ONDE ESTAMOS E AONDE VAMOS?
E o que estamos tentando construir?
ÉRICA DA SILVA RODRIGUES COELHO
MÉDICA PEDIATRA - HOSPITAL FEDERAL CARDOSO FONTES - RJ - RQE 29059
INTENSIVISTA PEDIATRICA - PROBABY UTI NEONATAL E PEDIATRICA - BM - RJ
- RQE 29060
POS GRADUADA EM NUTRICAO EM TEA, T21 E TDHA.
ACOMPANHAMENTO REGULAR E EXCLUSIVO DA PESSOA COM T21.
MÃE DO THEO
PEDIATRIA
INCLUSIVA
PEDIATRIA
INCLUSIVA
E
EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
11. “A expressão “idiota e retardado” para colocar em xeque as manifestações de lógica e de
raciocínio.
a expressão “mancada” para falar de deslizes nas condutas. Sendo pessoas que
claudicam, PCD.
a expressão “não ter braços ou pernas suficientes” para quando queremos dizer que
temos muitas tarefas a fazer e uma grande dificuldade para realizá-las por falta de
contingente de pessoas;
A expressão“está surdo?” ou “está cego” para questionar uma pessoa que não entendeu o
que se comunica, seja por conta das barreiras sociais a ela impostas, seja porque adota
outras formas de perceber o mundo social que a cerca”.
E USEM AS PALAVRAS LIGADAS A DEFICIÊNCIAS QUAISQUER COMO S
13. Historicamente fomos treinados para sermos
preconceituosos, mas mudanças são necessárias.
"percepção social" - pessoas "desafortunadas",
"inválidas" e "incapazes" de qualquer contribuição
produtiva e/ou participação social (consideradas
fardo para suas famílias).
@draericacoelho
15. Escravos africanos - os maus-tratos e a violência eram fatores determinantes da deficiência.
@draericacoelho
16. Europeus - disseminação de doenças com causadora de sequelas incapacitantes ou guerras.
@draericacoelho
17. Duque de Caixas preocupado com os soldados que adquiriram deficiências pós guerra cria em 07/1868, cria o
"Asilo dos Inválidos da Pátria", onde "seriam recolhidos e tratados os soldados mutilados de guerra:".
@draericacoelho
18. 1940 - criação dos hospitais-escolas (Hospital das Clínicas) - associação entre a deficiência e a área médica
Isso traz dificuldades para o entendimento moderno de que pessoas com deficiência não são doentes e/ou incapazes.
Estas instituições ampliaram sua linha de atuação para a educação das pessoas com deficiência.
@draericacoelho
19. EXEMPLOS INDIVIDUAIS E MANIFESTAÇÕES
COLETIVAS CHAMARAM A ATENÇÃO PARA O FATO
DE QUE AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NÃO
PRECISAVAM SER TUTELADOS POR SUAS
FAMÍLIAS E PELA SOCIEDADE.
Apartir
de
1980
@draericacoelho
22. Alunos com
Deficiência
• melhor desempenho em linguagem e
matemática.
• taxas mais elevadas de conclusão do
ensino médio.
• relações mais positivas com alunos
sem deficiência.
@draericacoelho
23. Benefícios da Educação Inclusiva para
Estudantes sem deficiência
+ de 280 estudos realizados em 25
países
Evidências - Ser escolarizado com alunos com
deficiência não traz consequências negativas para os
alunos sem deficiência.
• Incluir um aluno com deficiência exige
compreensão dos pontos fortes e das
necessidades individuais de todos.
• Significa oferecer aos alunos múltiplas maneiras
de se envolverem com o material de sala de aula,
múltiplas representações de conceitos curriculares
e vários meios para os estudantes expressarem o
que aprenderam.
• Esse tipo de abordagem cuidadosa beneficia
qualquer individuo.
@draericacoelho
27. Mesmo com tantas evidências, os alunos com deficiência continuam enfrentando desafios no acesso à educação de
alta qualidade.
Equívocos históricos a respeito das capacidades das crianças com deficiências intelectuais, mentais, físicas,
sensoriais e de aprendizagem para se beneficiarem da educação formal tem levado educadores a negar a esses
alunos o acesso à escolarização formal.
Mesmo em países onde as leis garantem os direitos educacionais, as opções são limitadas e os serviços são
fornecidos por meio de programas que segregatórios.
@draericacoelho
33. Down – Sobrenome do médico que descreveu esta síndrome : John Langdon Down , 1866
Bull, M.J., 2020. Down Syndrome. New England Journal of Medicine, 382(24), pp.2344-2352.
Condição cromossômica mais comum
associada à deficiência intelectual e por uma
variedade de achados clínicos adicionais.
Condição genética causada pela presença
integral ou parcial de uma terceira cópia do
cromossomo 21. Está geralmente associada a
atraso no desenvolvimento, feições faciais
características e deficiência INTELECTUAL leve
a moderada.”
PEDIATRIA
INCLUSIVA
E
EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
34. A múltiplas origens da SD (trissomia livre, moisacismo e translocação) precisam ser
levadas em consideração ao considerar as diferenças entre indivíduos com T21.
Foco nas diferenças individuais na T21 em todos os níveis - genético, celular, neural,
cognitivo, comportamental e ambiental.
Não podemos considerar as pessoas com T21 como um grupo homogêneo!!
QUAL
A
DIFERENÇA
GENÉTICA?
37. • Resultados recentes publicados na literatura mostram que, corrigindo os
problemas de saúde no início do desenvolvimento têm-se melhorias no
desempenho neurológico.
• Crescimento e sobrevivência de neurônios dependem da interação dinâmica de
replicação e apoptose – Neurogênese. DOI: 10.1002 / pd.4134
INTERVIR NESSA JANELA DE
OPORTUNIDADE
48. Consequências da AOS?
Afetam as habilidades cognitivas, o
comportamento, a taxa de crescimento.
Todas as crianças com sonolência diurna
excessiva devem ser investigadas para
apneia, partir dos 4 anos de idade.
A polissonografia é padrão-ouro.
PRINCIPAIS
MANIFESTACOES
CLINICAS
-
APNEIA
OBSTRUTIVA
DO
SONO
50. RGE - passagem do conteúdo do estômago para o esôfago e mais
tarde para a garganta. É causada por uma falha ou incompetência do
esfíncter esofágico inferior.
• MAL HALITO!!!!!!
• ALTERAÇAO DE COMPORTAMENTO APOS ALIMENTAÇÃO,
IRRITABILIDADE.
• Vômitos constantes ou após exercícios não muito intensos - Podem
levar a esofagite - dor e sensação de queimação na região
retrosternal.
• Alergias alimentares ou Intolerancias crônicas.
PRINCIPAIS
MANIFESTACOES
CLINICAS
-
REFLUXO
OCULTO
?
51. Sintomas de má digestão
Fezes excessivamente volumosas
Pele ressecada e envelhecida
(hipotiroidismo)
Queda de cabelo
Unhas fracas e com manchas
COMO SUSPEITAR DE MÁ ABSORÇÃO ?
PRINCIPAIS
MANIFESTACOES
CLINICAS
-
ALTERAÇÕES
GASTROINTESTINAIS
52. Carência de frutas e verduras
(reduz fibras, prebióticos,
fitoquímicos, vitaminas e
minerais)
Carência de alimentos integrais
(reduz fibras, amido resistente
e produção de AGCC –acetato,
propianato e butirato)
Excesso de carboidratos
simples (reduz o peristaltismo,
aumento da inflamação
intestinal e fungos)
Excesso de proteínas animais -
com má digestão (alteração da
microbiota intestinal )
s. coli e streptococcus
QUAL A INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA
DISBIOSE?
PRINCIPAIS
MANIFESTACOES
CLINICAS
-
ALTERAÇÕES
GASTROINTESTINAIS
53. Prováveis determinantes da obesidade :
✓ aumento da leptina
✓ diminuição do gasto energético de repouso
✓ comorbidades
✓ dieta desfavorável
✓ baixos níveis de atividade física
PRINCIPAIS
MANIFESTACOES
CLINICAS
-
OBESIDADE
54. PRINCIPAIS
MANIFESTACOES
CLINICAS
-
OBESIDADE
O exercício está relacionado com a redução do risco de declínio cognitivo, melhora a
cognição em populações em risco e está associado a um melhor comportamento. O
exercício melhora as deficiências em aprendizagem e memória em modelos animais.
55. UM SONO MAL DORMIDO
ALTERA O APETITE
� Cada hora de sono a menos aumenta em 0,35 kg por metro quadrado o índice de massa corporal
� Comida sem qualidade, diminui a sensibilidade a insulina – fator de risco importante para resistência a
insulina, diabetes e doença cardiovascular
aumenta em até 45%
o apetite para
alimentos doces e
altamente calóricos
Menor duração
de sono é um
preditor de
ganho de peso
aumenta a grelina
que aumenta a fome
em em até 24%
PRINCIPAIS
MANIFESTACOES
CLINICAS
-
OBESIDADE
56. 56
Eles sempre
dizem, confie
nos sentimentos
do seu intestino
Olha, eu sei que
isso parece
loucura, querida,
mas sinto que
temos uma
conexão real
aqui
COGNITIVO
E
INTESTINO
ESTÃO
CONECTADOS…
57. FALTA DE NUTRIENTES NA CRIANCA COM DEFICIÊNCIA
✓ Organismo com Demanda maior de nutrientes
✓ Má absorção
✓ Doença Celíaca ///Intolerâncias alimentares e alterações intestinais.
✓ Alimentação inadequada com baixa ingestão de alimentos nutritivos
DEFICIENCIA
DE
NUTRIENTES
NA
PCD
58. CRESCIMENTO DE FUNGOS
Fonte: Nourishing Hope
Fungos são micro organismos poderosos que afetam o nível de energia, a
claridade de pensamentos e a saúde intestinal.
O crescimento de fungos é detonado pelo uso de antibióticos ou devido a um
sistema imunológico desequilibrado e gera uma inflamação intestinal que
requer persistência para ser controlada.
DISBIOSE
FÚNGICA
59. O bruxismo pode acontecer por excesso de metais no organismo, mas também por
deficiência em vitamina B5 (ácido pantotenico), Magnésio e Cálcio ou a presença de
verminoses
BRUXISMO
ALTERAÇÕES
METABÓLICAS
X
COMPORTAMENTAIS
60. Comportamento - Hoje, sabe-se que crianças com deficiência,
INDEPENDENTE DA DEFICIÊNCIA, geralmente apresentam
transtornos comportamentais e de ansiedade.
TDHA: dificuldade de concentração, pouca tolerância à
frustração, alto nível de atividade e instabilidade emocional.
São crianças irritáveis, em geral difíceis de tratar pelos pais e
professores.
NO
INFANCIA
E
NA
ADOLESCENCIA
DA
PCD
61. Atenção na transição para a adolescência - Envolve a transição de criança
para adulto. ‘ABORRECENTES”
Puberdade trará consigo a aparência de características sexuais
secundárias.A educação sexual efetiva, que deve começar durante a
infância, ajuda-os a viver todas essas mudanças normalmente.
Cuidados de higiene pessoal - A imagem corporal adquirirá uma grande
importância, AUTO-ESTIMA - importante para indivíduos que ainda não
estão proficientes no uso do banheiro por exemplo, ou que tem
hipersalivação.
Controles anuais - Exame geral, neurológico e locomotor.
Visão
Audição
Crescimento e desenvolvimento
Função tireoide
Odontologia
Vacinas
Outros aspectos relacionados à saúde - Educação sexual afetiva
A continuação de estudos - A promoção de atividades para lazer e esporte
A iniciação em um programa de trabalho.
PCD
NA
INFANCIA
E
NA
ADOLESCENCIA
64. Screening for Autism Spectrum Disorders in
Children With Down Syndrome
TRIAGEM PARA DISTÚRBIOS DO ESPECTRO DO AUTISMO EM CRIANÇAS COM TRISSOMIA
21
✓ estimativa para TEA entre crianças com T21 é 17 a 20 vezes maior que a
prevalência estimada de TEA na população em geral
Questionário de Comunicação Social (SCQ)
Lista de verificação modificada para autismo em crianças pequenas (M-CHAT)
DiGuiseppi C, Hepburn S, Davis JM, et al. Screening for autism spectrum disorders in children with Down syndrome:
population prevalence and screening test characteristics. J Dev Behav Pediatr. 2010;31(3):181–191.
72. NÃO MUDA NADA
A RESPONSABILIDADE DE
ENXERGAR ALÉM DAS LIMITACÕES
E PRESSUPOR COMPETÊNCIA
CONTINUA.
73. O Mutismo Seletivo é uma fobia que pode se
manifestar na escola principalmente entre crianças
de 3 a 6 anos de idade.
É um transtorno de ansiedade infantil complexo
que caracteriza-se pela dificuldade de um indivíduo
se comunicar verbalmente em determinadas
situações sociais.
Coincide com uma mudança mais ou menos
abrupta e prolongada ou uma situação frustrante
quando as crianças são deslocadas de um
ambiente familiar e seguro para outro
desconhecido
É acompanhada por ansiedade social, tentativa
de retirada, negativismo e comportamento de
oposição. Psicoterapia individual e o apoio aos pais
produziram bons resultados.
COMPORTAMENTO
MUTISMO
SELETIVO
E
ESTEREÓTIPOS
MOTORES
74. Estereótipos motores -
movimentos motores
repetidos que não têm
fins específicos (base
orgânica ou psicológica).
Às vezes, eles geram um
efeito sedativo, mas
geralmente estereotipias
tendem a isolar ou
desconectar o tema do
ambiente social e levar a
um estado de
relaxamento.
COMPORTAMENTO
MUTISMO
SELETIVO
E
ESTEREÓTIPOS
MOTORES
75. OFER
OFERECER O QUE FOR NECESSÁRIO PARA QUE A CRIANÇA APRENDA RETIRANDO AS BARREIRAS
melhor abordagem para entender o genótipo / relações fenotípicas na SD e para explorar fatores de risco e proteção para a doença de Alzheimer nessa população de alto risco.
s pesquisadores Alana Horowitz, Saul Villeda e seus colegas da Universidade da Califórnia em San Francisco, nos EUA, mostraram que, em uma espécie de camundongos com a idade mais avançada para simular a situação de envelhecimento humano, a prática de exercício físico aumenta a liberação pelo fígado de uma proteína conhecida como fosfolipase-D1, uma enzima que degrada um outro composto conhecido como glicosil-fosfatidil-inositol.
Os autores mostraram que essa proteína liberada pelo fígado tem suas concentrações aumentadas no sangue dos animais após exercício físico e que isso possui um efeito de rejuvenescimento no cérebro. Animais com idade avançada que praticavam o exercício nas rodinhas de laboratório tinham pontuações maiores em testes comportamentais de aprendizagem e memória, além de mais neurônios no hipocampo do que animais-controle sedentários que não faziam exercícios. A transfusão de fatores solúveis do sangue dos animais “corredores” em camundongos mais velhos e sedentários apresentou um efeito benéfico nas funções neurais desse último grupo de animais. Ainda mais importante, os autores também encontraram níveis elevados da enzima hepática mencionada no sangue de humanos idosos que fazem exercício regularmente, mas não de idosos sedentários.