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TOUCH WORKSHOP: EXPERIENTIAL BRANDS 2.0
como proporcionar experiências memoráveis aos clientes




O Marketing da experiência turística
  integral – o potencial da dimensão
          sensorial para o marketing de
              destinos rurais portugueses


       Elisabeth Kastenholz
       29 de Março de 2012
EXPERIENTIAL MARKETING

Conceito relativamente recente (Chou, 2009: 993/ 994)
Pine & Gilmore (1998) “economia da experiência” – ruptura de paradigma


Distinção do MKTG tradicional:
. Focus na experiência do consumidor
. Consumo = experiência holística
. Os clientes = racional + emocional/ sensorial
. Utiliza diversas abordagens e metodologias
(Tsaur et al., 2007: 48)




   Objetivo: “ligar” os consumidores às marcas através de
   experiências memoráveis e significativas
                                          Sheu, Su & Shu, 2009: 8487
EXPERIENTIAL MARKETING
    Schmitt (1999) distingue 5 dimensões da experiência:

      1- sentidos (visão, audição, toque, olfato, paladar)
                         2 - emoções
             3 – inteleto – percepções cognitivas
                           4 – ações
             5 – ligações/ conexões/ significados


Os consumidores procuram experiências que “maravilhem os seus
sentidos”, que “se ajustem à sua personalidade”, que “toquem no
        seu coração” e que “estimulem as suas mentes”

                                                     (Schmitt 1999)
A importância dos sentidos para o Marketing

Estudos empíricos têm demonstrado que a componente sensorial é
   fundamental para a percepção/ avaliação da experiência do
                 consumidor (Brakus e al. 2009)

“Almost our entire understanding of the world is experienced through
  our senses. Our senses are our link to memory and can tap right
   into emotion” -> “a customer is often attracted towards a brand
                 based upon its sensory experience”
                                          Schmitt (1999); Lindstrom & Kotler (2005)




Marketers  desafio: (co-)criar experiências que levam a um
  envolvimento do consumidor, que o marquem e que gerem
                            fidelização
MKTG EXPERIENCIAL/ SENSORIAL em TURISMO

 - Fundamental para a (co-)criação de valor para o turista
“tourists seek, in fact and above all, appealing, unique and
memorable experiences, shaped by prior expectations, the
destination offer itself, its broader context (e.g. hospitality
  of population, landscape, local and regional attractions)
         and a series of circumstantial occurrences”
                    (Stamboulis & Skayannis 2003)



      Os sentidos começam a ser reconhecidos como
   importantes nesta experiência, sendo ainda bastante
             negligenciados no MKTG turístico.
                                  Phung & Buhalis(2011); Morgan et al (2010)
MKTG EXPERIENCIAL em Turismo:

 Uma “estratégia de turismo centrada na experiência” pode
constituir o factor chave de sucesso do destino, onde “o turista
entra numa interacção multifacetada com os actores [locais] e
  o meio envolvente de uma narrativa encenada por parte da
 comunidade local”, proporcionando “múltiplos ambientes de
        experiências” (Stamboulis & Skayannis p.38-40)

   Sensescapes: landscapes, soundscapes, smellscapes,
tastescapes e geography of touch (Gretzel e Fesenmaier, 2003;
   Macnaghten e Urry, 1998; Rodaway, 1994; Agapito, 2011)
MKTG EXPERIENCIAL em Turismo:
A Experiência sensorial pode ser central para a experiência turística.




Criação/ “desenho” da Experiência turística importância das sensações e
emoções suscitados pelo ambiente onde decorre a experiência e cuja
vivência passa pelos sentidos, como:
  * o aroma de café ou pão fresco pela manhã
  * o toque dos lençois utilizados para a cama do hotel
  * a delicadeza (p.ex. o sorriso) do pessoal
  * os sabores da comida.
                                                          Knutson & Beck (2004)
É necessária investigação que permita identificar
  os elementos únicos da experiência turística e os
“passos” estratégicos que sustentam a criação de uma
              experiência memorável
                                  (Tsiotsou & Ratten, 2010:540)




  A experiência sensorial é uma das dimensões a
 analisar no âmbito do Projeto de Investigação ORTE
         - Overall Rural Tourism Experience
Projeto ORTE
 Objetivos:
    analizar, de modo holístico e inter-disciplinar a
     experiência de turismo rural vivida, partilhada e
     proporcionada em 3 aldeias Portuguesas (em
     contextos socio-económicos, culturais e
     geográficos distintos)
    para identificar:
          as dimensões mais importantes, apelativas e
           frustrantes da experiência turística do ponto
           de vista de todos os envolvidos (turistas,
           agentes da oferta, população)
          conflitos de interesse e/ou gaps de percepção/
           interpretação e compreensão bem como gaps
           entre a experiência turística real e potencial/
           ideal


  Contribuir para a otimização da experiência em
   turismo rural para todos envolvidos, visando o
       desenvolvimento sustentável do destino
Contexto da Experiência Turística
Favaios, Linhares da Beira, Janeiro de Cima
                -FAVAIOS
                -Rede das Aldeias Vinhateiras
                - Localizada no Alto Douro Vinhateiro
                (Património da Humanidade)
                - 3 restaurantes; 8 cafés; 6 padarias; sem
                alojamento;
                - Museu do pão e do vinho (em obras)
                - Enoteca (Quinta da Avessada); Adega
                Cooperativa de Favaios; Associação cultural
                OFITEFA

                LINHARES DA BEIRA
                - Rede das Aldeias Históricas (1994)
                - Localizada na Serra da Estrela
                - capital do parapente
                - 7 unidades de alojamento oficial; 2
                restaurantes; 2 cafés; 1 loja de artesanato; 1
                posto de informação turística

                JANEIRO DE CIMA
                - Rede das Aldeias de Xisto (2004)
                - Localizada num meandro do rio Zêzere
                (praia fluvial)
                - 2 unidades de alojamento oficial; 1
                restaurante; 1 café; 1 pub; Casa das
                Tecedeiras (que integra um museu, sala de
                chá, teares e loja de venda)
Projeto ORTE

1ª fase do Projeto  Qualitativa:
análise detalhada de várias dimensões da experiência turística
rural – uma das quais a DIMENSÃO SENSORIAL


 Resultados:
    71 visitantes (turistas, excursionistas e turistas residenciais)


                           Janeiro de       Linhares da
             Favaios
                             Cima              Beira

                25              10               36
Experiência sensorial nas aldeias

LINHARES DA BEIRA        JANEIRO DE CIMA              FAVAIOS
                               SABORES
+   Queijo              + Castanhas            + Vinho
+   Enchidos            + Maranhos             + Uva
+   Carne               - Compotas             +Gastronomia regional
+   Requeijão           - Cabrito              (Cozinha do Norte/
                        - Pão                  Douro; comida à
                                               portuguesa)




                                SONS

+ Animais (pássaros,    + Silêncio (e não ouvir + Silêncio
grilos, chocalhos       sons da cidade)         + Animais (pássaros,
rebanhos)               + Pássaros              grilos e gado)
+ Contraste sons da     + Rio                   Contraste sons da
cidade                  - Sino da igreja        cidade
+ Vento                                         + Vento
DISCURSOS EM DIRETO
SABORES -
• “a gente está sempre a provar coisas novas e a reencontrar sabores
que estão um bocado perdidos na mente mas, digamos, é um festival de
sabores…” (F)
• há aquelas comidas que a gente até comia quando era nova (JC)
•“…os enchidos, … a gente leva sempre daqui (LB)”
SONS –
• LB-“Your language, it sounds strange…it reminds me of Spanish a little
bit, but the pronunciation is totally different…strange”; “..é o sossego.
..acho que é, a gente às vezes passa aqui , atravessa a aldeia e não se
ouve nada”; “Os animais, os pássaros, os grilos, vento e o efeito dele
nas árvores, mas muita passarada “
• JC. “os sons do rio, dos animais e a falta dos outros sons. No fundo, é
ouvir a natureza e não estar a ouvir os outros sons da cidade.”; “o
chilrear dos pássaros, é a campainha de alguma bicicleta a passar, é o
toque do sino, é a voz de alguém a conversar na rua em tom familiar.”;
“O som mais agradável é o silêncio (pausa) ah, talvez não. O som mais
agradável é o relógio da torre, tem uma sonoridade muito bonita…”
• F- “aqui há uma paz e um silêncio maravilhoso…”, “silêncio, silêncio,
silêncio, uma coisa, é irreal, é irreal…”; “As aves, as andorinhas,
coisinhas sei lá, os grilos à noite por exemplo, que é uma coisa que na
cidade a gente não ouve…”
Experiência sensorial nas aldeias
LINHARES DA BEIRA       JANEIRO DE CIMA              FAVAIOS
                               CHEIROS
+ Ar puro (natureza,   + Flores               + Vinho
campo, não poluição,   + Ar puro (Natureza,   + Fruta (uva, frutos)
contraste cidade)      não poluição)          + Árvores (flores) /
+ Terra                - Pinhal               Natureza/ Campo
+ Ervas, flores                               + Ervas aromáticas
Estrangeiros  fogo                           + Terra
(queimadas)

                              VISUAIS
+ Verde                + Alaranjado/          + Verde
+ Cinzento             Castanho amarelado     + Azul
                       + Verde                + Avermelhado/
+ Castelo                                     Castanho
+ Pedras/ Granito      + Xisto (casas)
+ Serra/ montanha      + Rio                  + Paisagem
                       + Árvores/ Pinhal/     + Rio
                       Serra                  + Vinha
                                              + Socalcos vs vale
                                              - Planície (plano,
                                              encosta)
                                              + Murinhos/
                                              Carreirinhos
DISCURSOS EM DIRETO
CHEIROS-
LB: “cheiros a verde, a serra” ; “o cheiro a terra, a giesta e
pinheiro”; “natureza, aquele cheiro (pausa) sem ser da poluição
dos carros …”; “Queijos da serra, sem dúvida. Alecrim”; “Flores
campestres”
JC: “são os cheiros campestres, o cheiro das flores, da vegetação,
(pausa) é uma sensação de ar puro, de estar num ambiente não
poluído.”; “O cheiro... a pinheiro e eucalipto”; “chouriço”
F: “O cheiro ao campo, um cheiro familiar associado a algo que eu já
conheço, logo difícil de identificar ou de verbalizar”;“ Um cheiro doce
não sei que cheiro será…”; “O cheiro à vinha, .. às uvas
esmagadas.”“sobretudo ausência de poluição que eu acho que nós
..citadinos, … estamos muito habituados, acho que já perdemos um
bocado o olfacto e os cheiros aqui são muito puros, muito intensos.”
DISCURSOS EM DIRETO
OLHARES –
• LB-““castelo, as torres do castelo (pausa) os granitos e a serra.”; “as
casas diferentes e (pausa) o verde da serra.”; ““Blue, because of the sky.”;
“The stones”; “and the bathroom of the restaurant psychodelique”; ”Uma
paisagem de natureza, terra, o verde… com pedras, a serra. Não
urbanizado…”
• JC: “Verde.”; “vejo árvores, vejo (pausa) relvado, vejo pássaros, consigo
ouvi-los cantar, vejo o rio a correr, crianças a andar na rua livremente”;
“O rio, imagens dos campos verdes (pausa) e das casas em pedra
rolada e xisto.”
• F- “Green. Everything is green”; “Rolling hills and miles of terraces of
wines and old women picking grapes. I haven’t seen any young ones,
only the old ones I see and only women I see...”; “Muito verde, muitas
montanhas, o céu”; “Cor de terra, verde nesta altura.”; “aqueles murinhos
em pedra escuros que eu acho giríssimo nas estradas, os murinhos de
pedra todas encaixadinhas..” paisagem maravilhosa, deslumbrante”;
“azul”; “O rio, imagens de santos e santas”
CONCLUSÕES
• Os sentidos assumem um papel fundamental na vivência do turista, sendo muito
interligados e associados ao imaginário do “idílico rural” (verde, puro, autêntico)…
cheiros, sons, sabores, imagens da “terra”, do “campo”;
• relevância da natureza e do silêncio, da paz sentida ;
• sabores novos e antigos (reencontrados);
• nostalgia;
• comparação com o “ambiente de casa” (cidade … outros países);
• associam-se emoções, significados muito pessoais, mais ambíguos para os
visitantes estrangeiros;
• estimulados pelos recursos e ambientes existentes, as paisagens, os elementos
da natureza, as populações visitadas, os pratos saboreados;
• resulta numa apreciação global muito positiva do rural,
• embora possa ser difícil de diferenciar-se…
•nas 3 aldeias analisadas, há associações sensoriais típicas das atrações centrais
das “marcas” que representam (Aldeias de xisto, históricas, vinhateiras)
• O Marketing experiencial/ sensorial pode basear-se neste tipo de resultados para
enfatizar no desenho e na promoção dos destinos turísticos os aspetos mais
apreciados, memoráveis e significativos
Muito Obrigada!

           Contacto:
           degei-orte@ua.pt



Projeto de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico financiado
  pela FCT, com co-financiamento comunitário (COMPETE/ QREN/ FEDER)




                                               UNIÃO EUROPEIA
                        Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

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Touch degei última m_exp e sensorial para destinos rurais

  • 1. TOUCH WORKSHOP: EXPERIENTIAL BRANDS 2.0 como proporcionar experiências memoráveis aos clientes O Marketing da experiência turística integral – o potencial da dimensão sensorial para o marketing de destinos rurais portugueses Elisabeth Kastenholz 29 de Março de 2012
  • 2. EXPERIENTIAL MARKETING Conceito relativamente recente (Chou, 2009: 993/ 994) Pine & Gilmore (1998) “economia da experiência” – ruptura de paradigma Distinção do MKTG tradicional: . Focus na experiência do consumidor . Consumo = experiência holística . Os clientes = racional + emocional/ sensorial . Utiliza diversas abordagens e metodologias (Tsaur et al., 2007: 48) Objetivo: “ligar” os consumidores às marcas através de experiências memoráveis e significativas Sheu, Su & Shu, 2009: 8487
  • 3. EXPERIENTIAL MARKETING Schmitt (1999) distingue 5 dimensões da experiência: 1- sentidos (visão, audição, toque, olfato, paladar) 2 - emoções 3 – inteleto – percepções cognitivas 4 – ações 5 – ligações/ conexões/ significados Os consumidores procuram experiências que “maravilhem os seus sentidos”, que “se ajustem à sua personalidade”, que “toquem no seu coração” e que “estimulem as suas mentes” (Schmitt 1999)
  • 4. A importância dos sentidos para o Marketing Estudos empíricos têm demonstrado que a componente sensorial é fundamental para a percepção/ avaliação da experiência do consumidor (Brakus e al. 2009) “Almost our entire understanding of the world is experienced through our senses. Our senses are our link to memory and can tap right into emotion” -> “a customer is often attracted towards a brand based upon its sensory experience” Schmitt (1999); Lindstrom & Kotler (2005) Marketers  desafio: (co-)criar experiências que levam a um envolvimento do consumidor, que o marquem e que gerem fidelização
  • 5. MKTG EXPERIENCIAL/ SENSORIAL em TURISMO - Fundamental para a (co-)criação de valor para o turista “tourists seek, in fact and above all, appealing, unique and memorable experiences, shaped by prior expectations, the destination offer itself, its broader context (e.g. hospitality of population, landscape, local and regional attractions) and a series of circumstantial occurrences” (Stamboulis & Skayannis 2003) Os sentidos começam a ser reconhecidos como importantes nesta experiência, sendo ainda bastante negligenciados no MKTG turístico. Phung & Buhalis(2011); Morgan et al (2010)
  • 6. MKTG EXPERIENCIAL em Turismo: Uma “estratégia de turismo centrada na experiência” pode constituir o factor chave de sucesso do destino, onde “o turista entra numa interacção multifacetada com os actores [locais] e o meio envolvente de uma narrativa encenada por parte da comunidade local”, proporcionando “múltiplos ambientes de experiências” (Stamboulis & Skayannis p.38-40) Sensescapes: landscapes, soundscapes, smellscapes, tastescapes e geography of touch (Gretzel e Fesenmaier, 2003; Macnaghten e Urry, 1998; Rodaway, 1994; Agapito, 2011)
  • 7. MKTG EXPERIENCIAL em Turismo: A Experiência sensorial pode ser central para a experiência turística. Criação/ “desenho” da Experiência turística importância das sensações e emoções suscitados pelo ambiente onde decorre a experiência e cuja vivência passa pelos sentidos, como: * o aroma de café ou pão fresco pela manhã * o toque dos lençois utilizados para a cama do hotel * a delicadeza (p.ex. o sorriso) do pessoal * os sabores da comida. Knutson & Beck (2004)
  • 8. É necessária investigação que permita identificar os elementos únicos da experiência turística e os “passos” estratégicos que sustentam a criação de uma experiência memorável (Tsiotsou & Ratten, 2010:540) A experiência sensorial é uma das dimensões a analisar no âmbito do Projeto de Investigação ORTE - Overall Rural Tourism Experience
  • 9. Projeto ORTE  Objetivos:  analizar, de modo holístico e inter-disciplinar a experiência de turismo rural vivida, partilhada e proporcionada em 3 aldeias Portuguesas (em contextos socio-económicos, culturais e geográficos distintos)  para identificar:  as dimensões mais importantes, apelativas e frustrantes da experiência turística do ponto de vista de todos os envolvidos (turistas, agentes da oferta, população)  conflitos de interesse e/ou gaps de percepção/ interpretação e compreensão bem como gaps entre a experiência turística real e potencial/ ideal Contribuir para a otimização da experiência em turismo rural para todos envolvidos, visando o desenvolvimento sustentável do destino
  • 10. Contexto da Experiência Turística Favaios, Linhares da Beira, Janeiro de Cima -FAVAIOS -Rede das Aldeias Vinhateiras - Localizada no Alto Douro Vinhateiro (Património da Humanidade) - 3 restaurantes; 8 cafés; 6 padarias; sem alojamento; - Museu do pão e do vinho (em obras) - Enoteca (Quinta da Avessada); Adega Cooperativa de Favaios; Associação cultural OFITEFA LINHARES DA BEIRA - Rede das Aldeias Históricas (1994) - Localizada na Serra da Estrela - capital do parapente - 7 unidades de alojamento oficial; 2 restaurantes; 2 cafés; 1 loja de artesanato; 1 posto de informação turística JANEIRO DE CIMA - Rede das Aldeias de Xisto (2004) - Localizada num meandro do rio Zêzere (praia fluvial) - 2 unidades de alojamento oficial; 1 restaurante; 1 café; 1 pub; Casa das Tecedeiras (que integra um museu, sala de chá, teares e loja de venda)
  • 11. Projeto ORTE 1ª fase do Projeto  Qualitativa: análise detalhada de várias dimensões da experiência turística rural – uma das quais a DIMENSÃO SENSORIAL Resultados: 71 visitantes (turistas, excursionistas e turistas residenciais) Janeiro de Linhares da Favaios Cima Beira 25 10 36
  • 12. Experiência sensorial nas aldeias LINHARES DA BEIRA JANEIRO DE CIMA FAVAIOS SABORES + Queijo + Castanhas + Vinho + Enchidos + Maranhos + Uva + Carne - Compotas +Gastronomia regional + Requeijão - Cabrito (Cozinha do Norte/ - Pão Douro; comida à portuguesa) SONS + Animais (pássaros, + Silêncio (e não ouvir + Silêncio grilos, chocalhos sons da cidade) + Animais (pássaros, rebanhos) + Pássaros grilos e gado) + Contraste sons da + Rio Contraste sons da cidade - Sino da igreja cidade + Vento + Vento
  • 13. DISCURSOS EM DIRETO SABORES - • “a gente está sempre a provar coisas novas e a reencontrar sabores que estão um bocado perdidos na mente mas, digamos, é um festival de sabores…” (F) • há aquelas comidas que a gente até comia quando era nova (JC) •“…os enchidos, … a gente leva sempre daqui (LB)” SONS – • LB-“Your language, it sounds strange…it reminds me of Spanish a little bit, but the pronunciation is totally different…strange”; “..é o sossego. ..acho que é, a gente às vezes passa aqui , atravessa a aldeia e não se ouve nada”; “Os animais, os pássaros, os grilos, vento e o efeito dele nas árvores, mas muita passarada “ • JC. “os sons do rio, dos animais e a falta dos outros sons. No fundo, é ouvir a natureza e não estar a ouvir os outros sons da cidade.”; “o chilrear dos pássaros, é a campainha de alguma bicicleta a passar, é o toque do sino, é a voz de alguém a conversar na rua em tom familiar.”; “O som mais agradável é o silêncio (pausa) ah, talvez não. O som mais agradável é o relógio da torre, tem uma sonoridade muito bonita…” • F- “aqui há uma paz e um silêncio maravilhoso…”, “silêncio, silêncio, silêncio, uma coisa, é irreal, é irreal…”; “As aves, as andorinhas, coisinhas sei lá, os grilos à noite por exemplo, que é uma coisa que na cidade a gente não ouve…”
  • 14. Experiência sensorial nas aldeias LINHARES DA BEIRA JANEIRO DE CIMA FAVAIOS CHEIROS + Ar puro (natureza, + Flores + Vinho campo, não poluição, + Ar puro (Natureza, + Fruta (uva, frutos) contraste cidade) não poluição) + Árvores (flores) / + Terra - Pinhal Natureza/ Campo + Ervas, flores + Ervas aromáticas Estrangeiros  fogo + Terra (queimadas) VISUAIS + Verde + Alaranjado/ + Verde + Cinzento Castanho amarelado + Azul + Verde + Avermelhado/ + Castelo Castanho + Pedras/ Granito + Xisto (casas) + Serra/ montanha + Rio + Paisagem + Árvores/ Pinhal/ + Rio Serra + Vinha + Socalcos vs vale - Planície (plano, encosta) + Murinhos/ Carreirinhos
  • 15. DISCURSOS EM DIRETO CHEIROS- LB: “cheiros a verde, a serra” ; “o cheiro a terra, a giesta e pinheiro”; “natureza, aquele cheiro (pausa) sem ser da poluição dos carros …”; “Queijos da serra, sem dúvida. Alecrim”; “Flores campestres” JC: “são os cheiros campestres, o cheiro das flores, da vegetação, (pausa) é uma sensação de ar puro, de estar num ambiente não poluído.”; “O cheiro... a pinheiro e eucalipto”; “chouriço” F: “O cheiro ao campo, um cheiro familiar associado a algo que eu já conheço, logo difícil de identificar ou de verbalizar”;“ Um cheiro doce não sei que cheiro será…”; “O cheiro à vinha, .. às uvas esmagadas.”“sobretudo ausência de poluição que eu acho que nós ..citadinos, … estamos muito habituados, acho que já perdemos um bocado o olfacto e os cheiros aqui são muito puros, muito intensos.”
  • 16. DISCURSOS EM DIRETO OLHARES – • LB-““castelo, as torres do castelo (pausa) os granitos e a serra.”; “as casas diferentes e (pausa) o verde da serra.”; ““Blue, because of the sky.”; “The stones”; “and the bathroom of the restaurant psychodelique”; ”Uma paisagem de natureza, terra, o verde… com pedras, a serra. Não urbanizado…” • JC: “Verde.”; “vejo árvores, vejo (pausa) relvado, vejo pássaros, consigo ouvi-los cantar, vejo o rio a correr, crianças a andar na rua livremente”; “O rio, imagens dos campos verdes (pausa) e das casas em pedra rolada e xisto.” • F- “Green. Everything is green”; “Rolling hills and miles of terraces of wines and old women picking grapes. I haven’t seen any young ones, only the old ones I see and only women I see...”; “Muito verde, muitas montanhas, o céu”; “Cor de terra, verde nesta altura.”; “aqueles murinhos em pedra escuros que eu acho giríssimo nas estradas, os murinhos de pedra todas encaixadinhas..” paisagem maravilhosa, deslumbrante”; “azul”; “O rio, imagens de santos e santas”
  • 17. CONCLUSÕES • Os sentidos assumem um papel fundamental na vivência do turista, sendo muito interligados e associados ao imaginário do “idílico rural” (verde, puro, autêntico)… cheiros, sons, sabores, imagens da “terra”, do “campo”; • relevância da natureza e do silêncio, da paz sentida ; • sabores novos e antigos (reencontrados); • nostalgia; • comparação com o “ambiente de casa” (cidade … outros países); • associam-se emoções, significados muito pessoais, mais ambíguos para os visitantes estrangeiros; • estimulados pelos recursos e ambientes existentes, as paisagens, os elementos da natureza, as populações visitadas, os pratos saboreados; • resulta numa apreciação global muito positiva do rural, • embora possa ser difícil de diferenciar-se… •nas 3 aldeias analisadas, há associações sensoriais típicas das atrações centrais das “marcas” que representam (Aldeias de xisto, históricas, vinhateiras) • O Marketing experiencial/ sensorial pode basear-se neste tipo de resultados para enfatizar no desenho e na promoção dos destinos turísticos os aspetos mais apreciados, memoráveis e significativos
  • 18. Muito Obrigada! Contacto: degei-orte@ua.pt Projeto de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico financiado pela FCT, com co-financiamento comunitário (COMPETE/ QREN/ FEDER) UNIÃO EUROPEIA Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional