O documento discute vários métodos de planejamento reprodutivo e contracepção, incluindo a história do planejamento familiar no Brasil, os direitos reprodutivos, métodos reversíveis como camisinha, DIU e contraceptivos hormonais, e métodos irreversíveis como laqueadura e vasectomia.
2. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
• Decidir SE e QUANDO engravidar, assim como QUANTOS
filhos ter e COMO tê-los é um direito de todo cidadão. A
garantia de acesso ao planejamento familiar voluntário tem o
potencial de ampliar a autonomia das mulheres e, ainda,
reduzir em um terço as mortes maternas e em até 20% as
mortes infantis
3. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
Um pouco da história ... no brasil, anos de 1960 e 1970, as políticas
internacionais de controle da natalidade foram apresentadas como
políticas de “planejamento familiar” ou “paternidade responsável”.
Naquele período, as ações de planejamento familiar consistiram,
basicamente, em ações de distribuição maciça de métodos
contraceptivos entre mulheres em idade fértil (pílulas, DIU,
diafragmas etc.) – Principalmente entre aquelas de classes menos
favorecidas que não poderiam obtê-los com recursos próprios – e na
prática sistemática de esterilização cirúrgica de mulheres. (Bonan,
2002)
4. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
Nos anos 1980, década da transição democrática e do
contexto da expansão de direitos, o governo brasileiro se
posicionou oficialmente sobre o planejamento familiar,
rejeitando a perspectiva do controle demográfico e do
exercício da sexualidade atrelado à reprodução.
5. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
O planejamento familiar, como política pública, enfatizava a
atenção à concepção (com a abordagem da infertilidade) e a
contracepção de forma livre e consciente. Por essa razão, o
programa destacava o papel fundamental das ações
educativas e a necessária mudança das relações entre os
profissionais de saúde e as mulheres, que deveriam ser vistas
como sujeitos e não objetos da ação profissional
6. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
O conceito de planejamento reprodutivo é mais recente e
reforça o pressuposto de que as pessoas devam ter
assegurado os seus direitos sexuais e reprodutivos
independente do desejo de constituir famílias.
7. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
O planejamento reprodutivo só é possível quando há decisão
com base em informações seguras sobre a fecundidade, o
conhecimento sobre o corpo e o acesso aos recursos para
levar adiante uma escolha.
8. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
SE A ESCOLHA É ENGRAVIDAR e se há dificuldades para
conceber naturalmente, mulheres e homens devem ter acesso
à investigação e ao tratamento de problemas de saúde que
dificultam a fertilidade, inclusive o acesso às tecnologias de
alta complexidade.
9. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
SE A ESCOLHA É EVITAR a gravidez, mulheres e homens
devem ter acesso às informações e aos métodos
contraceptivos reversíveis, bem como à esterilização cirúrgica
voluntária (laqueadura tubária e vasectomia), conforme os
critérios da lei federal n◦ 9.263/96(lei do planejamento
familiar).
10. EXIGÊNCIAS
• A lei de planejamento familiar, de 1996, estabelece que a
esterilização ( laqueadura, vasectomia) só é permitida em
pessoas capazes, maiores de 25 anos, ou se forem mais
jovem que tenham pelo menos dois filhos vivos.
11. REFORMULAÇÃO
• Foi sancionada a lei 14.443, de 2 de setembro de 2022, que
reduz de 25 para 21 anos a idade mínima de mulheres e
homens para realizarem esterilização, não dependendo mais
de autorização de cônjuge para o procedimento. Para
mulheres, fica permitida a laqueadura no parto.
• A lei mantém o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação
da vontade e o ato cirúrgico.
12. MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
Há vários tipos de métodos contraceptivos disponíveis no
mercado, como a camisinha masculina, camisinha feminina, o
DIU (dispositivo intrauterino), contracepção hormonal injetável,
contracepção hormonal oral (pílula anticoncepcional),
contracepção cirúrgica, contracepção de emergência, entre
outros.
13. MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
Entre os métodos contraceptivos, há os que são reversíveis e
os que são irreversíveis. Os métodos reversíveis, também
chamados de temporários, são aqueles que, ao interromper o
uso, é possível engravidar. Os métodos irreversíveis, também
conhecidos como definitivos, são aqueles que exigem uma
intervenção cirúrgica, como vasectomia, para os homens; e
laqueadura tubária, para as mulheres.
14. TABELINHA
A tabelinha é um método que se baseia no cálculo dos dias
em que provavelmente estará mais apta a engravidar, caso
tenha relações sexuais desprotegidas. Assim, pode ser
utilizada tanto para este fim quanto para a contracepção.
15. TABELINHA
A mulher geralmente está fértil no meio do ciclo menstrual,
quando ocorre a ovulação. Como a grande maioria dos ciclos
variam entre 28 e 31 dias, do 14º ao 16º dia são os dias mais
férteis. Assim, para evitar a gravidez, você e seu parceiro não
devem ter relações sexuais nestes dias.
18. CAMISINHA
A camisinha é uma forma muito
eficaz de prevenir doenças
sexualmente transmissíveis e a
gravidez se for utilizada de
maneira correta.
19. CAMISINHAS
Primeiramente devemos esclarecer que existem camisinhas
masculinas e femininas. Ambas se relacionam com a proteção
contra doenças sexualmente transmissíveis e gravidez, no
entanto, as masculinas são as mais utilizadas, uma vez que
elas podem ser mais facilmente colocadas e apresentam custo
menor que a feminina.
20. CAMISINHA
As camisinhas são chamadas popularmente de métodos de
barreira. Essa denominação é dada porque elas evitam a
passagem do sêmen, impossibilitando seu contato com o
sistema reprodutor feminino e com o óvulo.
21. CAMISINHA
Vale destacar também que algumas vezes o sêmen não é o
responsável por transmitir a doença. No aparelho reprodutor
feminino, também pode haver organismos causadores de
doenças, sendo assim, ao usar camisinha, o pênis não entra
em contato com a vagina, o que evita a transmissão de
doenças.
22. DIAFRAGMA
Diafragma é um método contraceptivo
de barreira que possui o formato de
cúpula e deve ser inserido no interior
da vagina de modo a cobrir o colo do
útero.
Pode permanecer, no máximo, 24
horas no corpo da mulher.
Deve ser colocado de 15 a 30 minutos
antes da relação sexual. Algumas
mulheres fazem o uso contínuo do
método.
23. DIU
O DIU, um método contraceptivo
bastante eficaz, consiste em uma
pequena estrutura em formato de
T que é inserida no interior do
útero da mulher.
24. DIU
O DIU é uma pequena estrutura em formato de um T que é
colocada no interior do útero da mulher. Esse dispositivo é
colocado por um médico, que o insere pela vagina, sendo
esse procedimento rápido e praticamente sem dor. Se for
necessária, anestesia pode ser aplicada. Após colocado no
interior do útero, o DIU fica com um ou dois fios que se
estendem do colo do útero até parte da vagina.
25. DIU DE COBRE
O DIU de cobre é uma estrutura de plástico flexível que possui
porções recobertas por fios de cobre. Esse método previne a
gravidez por causar mudanças no endométrio e no muco
cervical, o que impede que os espermatozoides cheguem até
o óvulo.
Esse método previne a gravidez com muita eficácia. Estima-se
que as taxas de gravidez sejam inferiores a 1 em 100
mulheres por ano.
26. CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
• Contraceptivos orais (COs) mimetizam hormônios ovarianos.
Depois de ingeridos, eles inibem a liberação do hormônio
liberador de gonadotrofinas (GnRH) pelo hipotálamo, inibindo
assim a liberação dos hormônios da hipófise que estimulam a
ovulação. Cos também afetam a mucosa do útero e causam
espessamento do muco cervical, tornando-o impermeável aos
espermatozoides.
27. CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
Anticoncepcionais orais combinados
• Para a maioria dos contraceptivos orais de combinação, uma
pílula ativa (estrogênio mais progesterona) é tomada
diariamente durante 21 a 24 dias. Em seguida, uma pílula
(placebo) inativa é tomada diariamente por 4 a 7 dias para
permitir a interrupção do sangramento. Em alguns produtos, a
pílula placebo contém ferro e folato (ácido fólico).
28. CONTRAINDICAÇÕES
• < 21 dias pós-parto ou < 42 dias após o parto, se o risco de
tromboembolia venosa é alto
• Fumar mais de 15 cigarros/dia em mulheres > 35 anos de idade
• Câncer de mama atual ou anterior
• Cirrose descompensada grave, adenoma hepatocelular ou
câncer hepático
• A tromboembolia venosa (trombose venosa profunda ou
embolia pulmonar), mutação trombogênica, ou lúpus
eritematoso sistêmico com o estado de anticorpos.
29. CONTRAINDICAÇÕES
• Enxaqueca com aura ou enxaqueca de qualquer tipo em
mulheres > 35
• Hipertensão
• Doença cardíaca isquêmica
• Miocardiopatia periparto
• Diabetes por > 20 anos ou com doença vascular (p. Ex.,
Neuropatia, nefropatia, retinopatia)
• Distúrbios cardíacos valvares com complicações
31. BENEFÍCIOS DOS COs
• Câncer endometrial em 60% após pelo menos 10 anos de uso
• Câncer de ovário em cerca de 50% após 5 anos de uso e 80%
após ≥ 10 anos de uso
• Também diminuem o risco de cistos ovarianos
funcionais, tumores ovarianos benignos, sangramento uterino
anormal devido à disfunção
ovulatória, dismenorreia, transtorno disfórico pré-
menstrual, anemia por deficiência de ferro e doenças
mamárias benignas.
32. CONTRACEPTIVOS INFETÁVEIS
• O acetato de medroxiprogesterona
de depósito (DMPA) é uma
formulação injetável do acetato de
medroxiprogesterona de longa
duração em uma suspensão
cristalina.
34. MÉTODO DE EMERGÊNCIA
Levonorgestrel 0,75 mg
• O tratamento iniciado dentro de 72 horas após uma relação
sexual sem proteção reduz o risco de gravidez em pelo menos
75%.
35. ADESIVO CUTÂNEO
• O adesivo anticoncepcional, também chamado de patch, é um
material aderente que deve ser colado na pele da mulher e
permanecer na mesma posição por uma semana. Esse
método contraceptivo possui em sua fórmula a combinação de
dois hormônios: progestogênio e o estrogênio, que são
liberados na circulação de forma contínua por sete dias.
36. ADESIVO CUTÂNEO
• O primeiro adesivo deve ser colocado no
primeiro dia da menstruação. Os adesivos
vêm em três unidades para serem usados
de forma consecutiva. Após as três
semanas de uso, é necessário fazer uma
semana de pausa.