O documento discute anticoncepcionais orais e histerectomia. Ele explica como os anticoncepcionais orais funcionam para prevenir a gravidez e lista alguns tipos populares no Brasil. Também descreve o que é uma histerectomia, os tipos de procedimento e possíveis indicações e complicações.
3. Os anticoncepcionais ou contraceptivos orais
são medicamentos que previnem a gravidez.
São utilizados para o planejamento familiar,
controle do crescimento populacional, prevenção
de uma gravidez de risco e outros
A pílula anticoncepcional é um comprimido que tem em sua base a utilização de
uma combinação de hormônios, geralmente estrogênio e progesterona
sintéticos (parecidos com os produzidos pelo próprio corpo), que impede a
ovulação. Ele também modifica o muco cervical, dificultando o acesso do
espermatozoide ate o óvulo.
4. Ação dos ACO
Os contraceptivos hormonais agem interrompendo a ovulação. Eles tem a
função de manter níveis constantes de progesterona e estrogênio, que inibem a
secreção hipofisária de LH e FSH mantendo os óvulos "adormecidos" e
impedindo a ovulação. O principal mecanismo de ação dos ACO é justamente a
manutenção de níveis hormonais constantes (progesterona e estrógeno), assim
como ocorre durante a gestação
Com o uso de ACO
5. Tipos de pílulas
Dentre os diversos tipos de pílulas as mais receitadas
são:
• Pílula Monofásica: estrogênio e progesterona
com a mesma dosagem. É o comprimido
anticoncepcional mais conhecido pelas mulheres.
• Minipílula: possui em sua base somente
progesterona. Utilizada por mulheres que estão
amamentando e deve ser usada todos os dias sem
interrupção.
• Pílula Multifásica: A pílula multifásica tem
combinação de hormônios com diferentes
dosagens conforme a fase do ciclo reprodutivo.
Essas pílulas causam menos efeitos colaterais e
possuem cores diferentes, para diferenciar a
dosagem e o ciclo. A ordem da cartela deve ser
respeitada.
6. • Para usar qualquer uma das pílulas disponíveis é importante que a mulher
(adolescente, jovem ou adulta), após escolher a pílula como método
anticoncepcional, procure um serviço de saúde para receber as informações e
orientações corretas sobre como usar o método, bem como suas
características.
• Deve-se sempre tomar a cartela completa para obter a segurança da
prevenção.
• Se usado corretamente, a eficácia é de 98 a99% mesmo durante a pausa de
até 7 dias.
• Episódios e diarreia e vômitos em até 4h após a ingestão da pílula pode
diminuir a eficácia da medicação.
• Antibióticos também podem diminuir o efeito da pílula.
• Se a mulher achar que está grávida, mas ainda estiver tomando a pílula, ela
deverá realizar um teste de gravidez o mais rápido possível. Caso a gravidez
seja confirmada, a mulher deverá deixar de tomar a pílula.
Orientações Gerais
7. Mais utilizados
Algumas pílulas mais utilizadas no Brasil
Ciclo 21
É bem popular no Brasil por seu baixo custo. A
cartela com 21 comprimidos custa em média R$ 3
e é doada pelo governo em postos de saúde de
todo o Brasil.
Microvlar
Também está na lista dos populares com baixo
custo, custa em média R$ 7 por cartela.
Diane 35
Com custo mais elevado, custa em média R$ 20.
Cerazette
É o mais popular no pós parto por ser considerado
mais fraco e um dos mais caros, em média R$
40.
8. Tamisa
O anticoncepcional Tamisa 20 e Tamisa
30, seu valor médio no mercado é de R$
30.
Selene
O anticoncepcional Selene tem como
custo médio R$ 20.
Yaz
O anticoncepcional Yaz tem como custo
médio nas farmácias R$ 20.
Elani Ciclo
O anticoncepcional Elani Ciclo está na lista
dos mais conhecidos porque costuma
causar poucas reações e sem ganho de
peso, custa em média R$ 30.
9. TRATAMENTOS
O método contraceptivo oral é a prática de prevenção mais
utilizada atualmente. Além da contracepção, a pílula
anticoncepcional também é utilizada terapia de algumas
doenças que acometem uma parcela das mulheres e
sintoma de algumas patologias tais como:
• Sangramentos irregulares;
• Cólicas menstruais, TMP, diminuição do fluxo menstrual;
• Endometriose e síndrome dos ovários policísticos;
• Acne
• Pode diminuir a incidência de câncer no ovário e
Endométrio, doença benigna da mama;
• Doenças inflamatórias pélvica
• Gravidez ectópica.
10. Efeitos Colaterais
Apesar se serem consideradas seguras, as pílulas combinadas pode causar alguns
efeitos colaterais devido a combinação hormonal e sua atuação no organismo. Os
efeitos mais comuns são:
• Dores de cabeça e náuseas: são comuns nas primeiras semanas de utilização da
pílula anticoncepcional devido às grandes alterações hormonais.
• Alteração do fluxo menstrual: É frequente existir uma diminuição na quantidade e
duração do sangramento durante a menstruação, assim como sangramentos de
escape entre cada ciclo menstrual.
• Aumento de peso: Alterações hormonais provocadas pelas pílulas aumentam a
vontade de comer . Algumas ainda podem provocar retenção de líquido provocando
aumento do peso corporal
• Surgimento de espinhas: Podem surgir nos primeiros meses de utilização e
mulheres adultas
• Alterações do humor: Os hormônios combinado podem diminuir a produção de
serotonina aumentando o risco de depressão.
• Diminuição da libido: Pode ocorrer devido diminuição da produção de
testosterona.
11. Trombose: Formação de um trombo (coágulo) no interior do coração ou
de um vaso sanguíneo
As mulheres estão cada vez mais consciente do
risco de trombose devido ao uso de
anticoncepcionais. Apesar dos relatados terem
aumentado nos últimos tempos, continua sendo
um complicação rara, ainda menor que em uma
gravidez.
As chances de desenvolver trombose venosa
profunda com o uso de ACO são maiores em
mulheres que apresentam outros fatores de risco
cardiovascular como pressão alta, diabetes ou
colesterol alto, por exemplo.
Estudos recentes indicam que os
anticoncepcionais mais modernos, apesar de
terem menos efeitos colaterais, tem mais riscos
de causar trombose que as pílulas mais antigas.
13. A histerectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na retirada total
ou parcial do útero e anexos.
A histerectomia é a segunda cirurgia mais realizada no mundo. Calcula-
se que no Brasil de 20% a 30% das mulheres serão submetidas a esta
intervenção até a sexta década de vida, aproximadamente 200 mil casos
por ano. Nos EUA, este número gira em torno de 600 mil por ano.
14. Vários motivos podem levar uma mulher
a recorrer à intervenção, como, por
exemplo:
• Câncer do útero.
• Sangramentos disfuncionais.
• Hemorragias incontroláveis.
• Crescimentos não malignos do útero e
dos anexos.
• Prolapso pélvico.
• Infecção pélvica severa e outros
danos irreparáveis ao útero.
Indicação
Mioma Câncer colo de útero
15. Tipos
Dependendo da razão para a histerectomia, o cirurgião pode escolher
remover a totalidade ou apenas uma parte do útero. Classificados em:
• Histerectomia parcial – remoção apenas da a parte superior do útero,
mantendo o colo do útero e anexos no lugar.
• Histerectomia total – remoção de todo o útero e colo do útero.
• Histerectomia radical – remoção de todo o útero, os tecidos e ligamentos
ao lado do útero, o colo do útero e a parte superior da vagina.
16. Procedimentos cirúrgicos
Existem três procedimentos cirúrgicos para retirada do útero que podem ser
escolhidos em conjunto pelo paciente e pelo médico, cada um deles mais bem
adaptado a cada caso individual:
• Histerectomia abdominal: feita por meio de um corte (uma incisão) no abdome.
• Histerectomia vaginal: retirada do útero através da vagina.
• Videolaparoscopia: cirurgia realizada por pequenos orifícios feitos no abdome. A
retirada do útero é feita por via vaginal.
Videolaparoscopia Abdominal Vaginal
17. Pós histerectomia
Após a histerectomia períodos menstruais param
e é impossível engravidar, se os ovários não
forem removidos, eles continuaram a produzir
hormônios o óvulos até a menopausa. Se a
histerectomia for radical, devido a retirada dos
ovários há consequentemente, necessidade de
fazer reposição hormonal uma vez que esta
função é prejudicada.
As complicações possíveis do ato cirúrgico em si são: lesões do intestino, bexiga
ou ureteres
Em geral, as histerectomias evoluem bem, mas a recuperação depende da
extensão da cirurgia e da técnica empregada. Nas cirurgias mais radicais e
extensas é de se esperar algumas limitações durante cerca de quatro meses. Uma
"recuperação total" pode exigir de seis a doze meses.
Após a cirurgia, pode ocorrer sangramento vaginal, infecção, dor pélvica crônica e
diminuição da sensibilidade sexual.