O documento discute os argumentos históricos dos israelenses e palestinos no conflito, incluindo suas reivindicações de direito à terra e autodeterminação. Também aborda eventos-chave como a Partilha da Palestina em 1947, as guerras árabe-israelenses, os Acordos de Oslo de 1993 e os desafios atuais para a paz, como assentamentos e o status de Jerusalém.
3. Argumentos Históricos
Argumentos dos Israelenses:
•Israelenses frequentemente se baseiam na
conexão histórica e religiosa com a Terra de
Israel, que remonta a milênios, mencionando a
presença judaica na região desde tempos
antigos.
•Argumentam que o direito à
autodeterminação judaica na Terra de Israel foi
reconhecido internacionalmente,
especialmente após a Declaração Balfour de
1917 e a Resolução da ONU para a Partilha da
Palestina em 1947.
Argumentos dos Palestinos:
•Palestinos destacam que a região histórica da
Palestina tem sido sua casa por gerações (desde
636 d.c.) e que eles têm profundas raízes
culturais e históricas na terra.
•Argumentam que o processo de colonização
sionista e, posteriormente, a criação do Estado
de Israel, causou a desapropriação de terras e a
expulsão de palestinos, resultando em uma
grande população de refugiados.
•Alegam que o direito à autodeterminação
palestina foi negado devido à criação de Israel
em terras historicamente habitadas por
palestinos.
6. Domínio Otomano (1516-1917) > Mandato Britânico (1917-1948) > Movimento Sionista
Mas, antes e durante a guerra, os britânicos fizeram várias
promessas aos árabes e judeus que mais tarde não foram cumpridas
7.
8.
9. Holocausto O apoio internacional
á criação de um estado judaico
aumenta.
Depois de ser revelado o massacre a 6
milhões de judeus nos campos de
extermínios.
10. Partilha da ONU da Palestina (1947)
•Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a Resolução 181, que ficou
mais conhecida como Plano de Partilha da Palestina. Esse plano buscava resolver o
conflito entre a comunidade judaica e árabe na região, que estava em crescimento na
época.
•A Resolução 181 propôs a divisão da Palestina em dois estados: um estado árabe e um
estado judeu. Isso representou uma tentativa de solução internacional para o conflito.
•Palestinos, com apoio dos países árabes da região, rejeitaram a resolução, por
entenderem que perderiam território e que as melhores partes ficariam com Israel.
Jerusalém: cidade internacional,
administrada pela ONU.
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12. ➢ Após a fundação de Israel em 14 de maio de 1948, a tensão deixou de ser uma
questão local para se tornar uma questão regional.
➢ No dia seguinte, o Egito, a Jordânia, a Síria e o Iraque invadiram o território
recém-criado. Foi a primeira guerra árabe-israelense, também conhecida pelos
judeus como guerra de independência ou de libertação.
➢ O território inicialmente planejado pelas Nações Unidas para estabelecer um
Estado Árabe foi reduzido pela metade.
Primeira guerra árabe-israelense (1948)
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14. A Questão dos Refugiados Palestinos
•Após a guerra em 1948, um grande número de palestinos fugiu ou foram expulsos
de suas casas. Isso ficou conhecido como o êxodo palestino.
• Para os palestinos, começou a Nakba, a chamada "destruição" ou "catástrofe": o
início da tragédia nacional.
• Cerca de 750 mil palestinos de palestinos tornaram-se refugiados, buscando abrigo
em países vizinhos, como Jordânia, Líbano e Síria.
15. Guerra dos seis dias (1967)
•Causas: A guerra foi motivada por várias razões, incluindo tensões territoriais, disputas
sobre a água do rio Jordão e o bloqueio do Estreito de Tiran. Israel lançou um ataque
preventivo contra Egito, Síria e Jordânia.
• Na noite do primeiro dia de guerra, metade da força aérea árabe fora destruída; na
noite do sexto dia, os exércitos egípcio, sírio e jordaniano estavam derrotados.
•Resultados: Em apenas seis dias, Israel conquistou territórios significativos, incluindo a
Península do Sinai, Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as Colinas de Golã.
• Meio milhão de palestinos viraram refugiados.
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18. Guerra do Yom Kippur (1973)
• Eventos: A guerra foi iniciada por uma coalizão árabe, liderada pelo Egito e Síria, que lançou
ataques surpresa durante o feriado judaico do Yom Kippur. Isso levou a intensos combates na
Península do Sinai e nas Colinas de Golã.
• Na Primeira semana ocorrem vitória dos árabes e recuperação de seus territórios. Na
Segunda semana Israel inverteu os rumos e estava se aproximando de Damasco e Cairo,
quando ocorre um cessar fogo mediado pela ONU.
• Consequências: O conflito resultou em uma mudança nas percepções de segurança em Israel
e nos esforços para alcançar a paz na região. Também levou a negociações de paz posteriores.
19. 1° Choque do Petróleo: 1973
Guerra Árabe-Israelense de 1973
Guerra do Yom Kippur
$ 2,70
$11,70
20. INTIFADAS (do árabe “agitação”)
O termo surgiu em 9 de dezembro de 1987, com a população civil
palestina atirando paus e pedras contra os militares israelenses.
Este levante seria conhecido mais tarde como "Primeira Intifada"
ou "guerra das pedras".
Com a recusa de Arafat em aceitar a proposta de paz de Israel, a
"Segunda Intifada” palestina teve início em 29 de setembro de
2000.
21. Acordos de Oslo (1993)
• Marcaram uma tentativa de aproximaçãoe negociação entre Israel e Palestina, mediada pelos EUA.
• Acordos de Paz: Os Acordos de Oslo foram um conjunto de acordos de paz entre Israel e a
Organização para a Libertação da Palestina (OLP), representando os palestinos. Eles buscavam
estabelecer uma estrutura para negociações de paz.
• O acordo previa a retirada das forças armadas israelense da Faixa de Gaza e Cisjordânia, assim
como o direito dos palestinos ao autogoverno nas zonas governadas pela OLP.
• Impacto: Os Acordos de Oslo tiveram um impacto significativo, incluindo a criação da
Autoridade Palestina e a retirada israelense de algumas áreas ocupadas.
• A desconfiança mútua entre os dois lados para cumprir o acordo e o assassinato do ministro de
Israel Isaac Rabin, em 1995, por um fanático israelense, levaram os Acordos de Oslo ao fracasso.
Isaac Rabin, Bill Clinton e Yasser Arafat
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23. Autoridade Palestina
➢ A Autoridade Palestina é uma entidade governamental autônoma que exerce autoridade
limitada nas áreas da Cisjordânia. O Hamas não reconhece a Autoridade Palestina.
➢ Foi estabelecido nos Acordos de Oslo de 1993, um pacto de paz entre Israel e a
Organização para a Libertação da Palestina que viu a OLP desistir da resistência armada
contra Israel em troca de promessas de um Estado palestiniano independente, com
Jerusalém Oriental como sua capital.
➢ Ela reconheceu Israel e se envolveu em múltiplas iniciativas de paz falhadas com ele.
➢ Atual presidente: Mahmoud Abbas do FATAH. Possui órgãos legislativos e executivos.
Mapa mostrando a área sob
controle formal da ANP
(área A e B da Cisjordânia,
em verde escuro). A Faixa
de Gaza, em verde claro,
está sob controle do Hamas
24. FATAH
➢ É a maior facção da Organização para a Libertação da
Palestina (OLP), uma confederação multipartidária.
➢ Pode ser definido como um partido de centro-esquerda no
contexto da política palestina.
➢ É essencialmente nacionalista e laico (separação religião
e estado). Muito menos radical.
➢ O Fatah é considerado inimigo pelo Hamas.
➢ Fundado por Yasser Arafat.
➢ Atual líder: Mahmoud Abbas.
Yasser Arafat
Mahmoud Abbas
26. Fatah reúne milhares para comemorar
aniversário em Gaza (2013) https://www.rfi.fr/br/geral/20130104-fatah-reune-
27. Hamas
➢ O Hamas é movimento político e militar palestino ativo na Faixa de Gaza e em algumas partes
da Cisjordânia. Não reconhece a existência do Estado de Israel.
➢ O Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007 após confrontos com o movimento
rival Fatah, que lidera a Autoridade Palestina.
➢ O Hamas tem raízes no Islã e segue uma ideologia islâmica conservadora, sendo
frequentemente descrito como um grupo islâmico.
➢ O Hamas tem como principal objetivo a resistência contra a ocupação israelense e a criação de
um Estado palestino independente, incluindo a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental.
➢ Hamas é considerado uma organização terrorista por muitos países e organizações internacionais.
No entanto, o grupo também mantém atividades sociais e políticas na Faixa de Gaza.
28. ➢ Hamas é associado a Irmandade Mulçumana, que pretende
"retomar" os ensinamentos do Corão, rejeitando qualquer tipo de
influência ocidental.
➢ O Hamas tem obtido apoio de países como Irã, Qatar e Turquia.
Irmandade mulçumana, que atua em
mais de 70 países
29. “As políticas e ações do Hamas não representam o
povo palestino, e são as políticas, programas e
decisões da Organização para a Libertação da
Palestina que representam o povo palestino como seu
legítimo e único representante”, Abbas, presidente da
Autoridade Palestina
30. Conflito na Faixa de Gaza
•A Faixa de Gaza é uma região costeira densamente povoada (mais 2 milhões habitantes),
palco de conflitos recorrentes no contexto do conflito Israel-Palestina.
• Tamanho: 40 km de comprimento e 11 km de largura (365 km²), menor que São Chico!!!!
• Controle do Hamas: Desde 2007, a Faixa de Gaza está sob o controle do grupo islâmico
Hamas, o que levou a um governo de facto separado em relação à Cisjordânia.
• Bloqueios: A Faixa de Gaza tem enfrentado bloqueios rigorosos, por parte de Israel e, em
menor medida, do Egito, impactando o acesso a recursos e a movimentação de pessoas
Gaza está num dos territórios mais secos do mundo.
As pessoas bebem água de qualidade inaceitável de acordo com a ONU.
Cortes de energia são
frequentes em Gaza
32. Sem ter como sair de Gaza, doentes em
situação grave acabam morrendo por
falta de atendimento médico e remédios.
Mais da metade da população vive em
insegurança alimentar. Restrições
israelenses ao acesso a terras agrícolas e
pesca contribui para o problema.
33. A Questão dos Assentamentos de Israel
• Os assentamentos israelenses na Cisjordânia são áreas residenciais construídas
por cidadãos israelenses em território palestino ocupado.
• Impacto nos Acordos de Paz: A expansão contínua dos assentamentos criou
desafios significativos para o processo de paz, uma vez que muitos veem isso
como uma. violação dos acordos e um obstáculo para a solução de dois estados.
• Controvérsia Internacional: A comunidade internacional, incluindo a ONU,
considera os assentamentos ilegais sob o direito internacional.
37. O Muro da Cisjordânia
• O Muro da Cisjordânia, também conhecido como Barreira de Segurança, é uma extensa
barreira física construída por Israel na Cisjordânia.
• Propósito: Foi originalmente projetado para evitar ataques terroristas e proteger a
segurança de Israel, mas seu traçado tem sido objeto de controvérsia devido à
apropriação de terras palestinas.
• Implicações: A construção do muro dividiu comunidades palestinas, afetando a vida
cotidiana, o acesso a serviços e a liberdade de movimentação
38. Jerusalém
• Jerusalém é uma cidade de profunda importância religiosa e política, sendo
reivindicada tanto por israelenses quanto por palestinos como sua capital.
• Importância Religiosa: Jerusalém é um local sagrado para o judaísmo, o
cristianismo e o islamismo, contendo lugares como o Muro das Lamentações, a
Igreja do Santo Sepulcro e a Mesquita de Al-Aqsa.
• Divisões: A cidade é uma das áreas mais disputadas no conflito Israel-
Palestina, com tensões frequentes sobre o controle de bairros, a construção de
assentamentos e o acesso a locais religiosos.
Igreja Santo Sepulcro: onde
acredita-se ser o local da
ressurreição de Jesus, é o lugar
mais importante para os cristãos
Muro das lamentações: Local
Sagrado do judaísmo, o muro é o
que sobrou do Templo de Salomão,
destruído pelos babilônios
Mesquisa Al-Aqsa e o domo
da rocha: É o 3° lugar mais
sagrado do islamismo. É o
lugar de onde se acredita que
Maomé ascendeu ao céu.
39. Desafios para o processo de paz
Os maiores desafios a um processo de paz são discussões sobre
os assentamentos, o status de Jerusalém, o conflito em gaza, a
questão dos refugiados e a busca de reconhecimento
internacional do Estado Palestino.
Proposta dos EUA para a divisão da Palestina:
o plano que ele apresentou favorecia Israel, sublinhado pela
ausência dos palestinianos no anúncio de Trump.
O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, zombou daquilo
que Trump chamou de “acordo do século”, descrevendo-o como
a “tapa do século”.
A capital palestina seria “Abu Dis”, que está isolada por um alto
muro de segurança de Israel. “Jerusalém não está a venda”,
disse o presidente Abbas.
40. Acordos que normalizaram as relações bilaterais entre Israel e estados árabes. Já
assinaram o Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.
A Arábia Saudita estava próxima a chegar um acordo também, mas recuou após
a resposta de Israel ao último atentado terrorista do Hamas no sul de Israel.
Acordos de Abraham (2020)
41. Conflito em outubro 2023: Ataque Hamas
“Mais de 1.400 pessoas foram mortas, mais de 120
israelenses foram sequestrados pelos terroristas do
Hamas", disse Tal Heinrich, porta-voz de Netanyahu
42. Conflito em outubro 2023: Bombardeios Israel
Bombardeios de Israel já mataram mais
de 2 mi pessoas (15/10/23)
43.
44. Consequências Humanitárias
“Mais de 700 crianças palestinas morreram em
ataques a Gaza” - outubro de 23, afirma porta-
voz da Unicef (até 15/10)
45. Há 4 possíveis soluções para o conflito:
1) Os árabes ficam com toda a terra
O que envolveria a eliminação, genocídio e deportação em massa do outro lado.
2) Os judeus ficam com toda a terra
O que envolveria a eliminação, genocídio e deportação em massa do outro lado
3) Um Estado bi-nacional para judeus e
árabes
Contraria os anseios por autonomia e autodeterminação de cada um dos povos.
4) Dois Estados para Dois Povos
A única possibilidade de alcançar uma paz duradoura seria através da existência de
DOIS ESTADOS INDEPENDENTES, ISRAEL E PALESTINA, vivendo lado-a-
lado com fronteiras seguras e mutuamente reconhecidas
“Soluções” para o conflito