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II Jornada
O Som Como Matéria
Para Processos Coletivos:
O Ato da Escuta
24 de junho(domingo),10hàs 19h
No MuseuLasar Segall
O ato da escuta desempenha papel chave nas práticas de mediação cultural. Contudo,
ao mesmo tempo que condiz a um expediente crucial para os processos dialógicos
experimentados nesse campo relacional, ele também sofre de certa banalização. Isto
se deve ao fato de a noção de escuta ser frequentemente evocada e exercida de forma
enviesada na relação com os públicos, nos ambientes institucionais de arte, cultura e
educação. Queremos dizer, com isso, que a escuta tem se prestado a uma espécie de
encenação diplomática voltada a manter os visitantes, espectadores e estudantes na
posição de supostos beneficiários de ofertas forjadas, no mais das vezes, à sua revelia.
Desvinculada dos contextos e demandas desses públicos, tal escuta não chega a se
comprometer com a produção de efeitos reais – que implicaria, entre outras coisas,
colocar em questão o próprio modo de funcionamento das instituições. O uso
meramente figurativo da escuta compete, inversamente, para a neutralização dos seus
potenciais crítico e transformador das estruturas dadas.
A fim de produzir contrapontos à limitação de algo que julgamos central para a
mediação em particular, e para a dinâmica democrática em geral, buscamos reunir
contribuições de pesquisadores e profissionais que testam a escuta em diferentes
âmbitos (sociais e epistemológicos), articulando-a a problemáticas como os
sofrimentos psíquicos, as agendas identitárias e os antagonismos sociais. Esta, aliás,
nos parece condição indispensável para o efetivo exercício da escuta: além de ancorá-
la em situações socioculturais específicas, há que se conferir consequência para aquilo
que venha a emergir, de modo imprevisível, a partir da disposição em ouvir as
manifestações e formulações do outro, sobretudo aquelas que desafiamo lugar a
partir do qual se escuta e se fala.
Nesse sentido, a II Jornada O Som Como Matéria Para Processos Coletivos: O
Ato da Escuta convida para integrar seus momentos de discussão agentes cujas
investigações e atuações se dão nos terrenos da psicanálise, da educação, da mediação
cultural e das artes. Apostamos que as interseções entre os instrumentos conceituais e
operativos trabalhados nessas áreas, por tais agentes, tragam consigo a possibilidade
de conferirmos outro tipo de espessura e desdobramento ao ato da escuta nos
ambientes institucionais mencionados, e para além deles. Imaginamos, também, que o
acoplamento das ferramentas mobilizadas por esses interlocutores possa subsidiar a
invenção de plataformas em que a escuta seja praticada de modo complexo e
consequente, com base em diferentes referenciais teóricos e empíricos.
A II Jornada é fruto de uma iniciativa extrainstitucional disparada por Diogo de
Moraes e Elaine Fontana. Ela dá sequência à primeira edição do evento, que contou
com as participações do artista-etc. Ricardo Basbaum, do coletivo Ultra-red e da artista
Cristina Ribas. Sua realização resulta da disposição e generosidade dos convidados,
com quem pudemos nos reunir, ainda que separadamente, antes mesmo da jornada,
com vistas a identificar e organizar as questões aqui colocadas em jogo. Sua
viabilização se deve à acolhida do Museu Lasar Segall, que mais uma vez abre seu
espaço e fornece parte dos recursos necessários para a concretização do nosso desejo
de aproximar pares que têm se ocupado, cada qual a seu modo, da geração de
processos coletivos através do som (das vozes, mas não só) e do ato que o acolhe: a
escuta.
Programa
10h às 10h30 – Apresentação da jornada
10h30 às 12h30 – Escuta na Psicanálise: sons e ruídos sociais, com Daniele Sanches e
Luiz Eduardo V. Moreira (Instituto Vox de Pesquisa em Psicanálise). Mediação: Diogo
de Moraes (Sesc São Paulo)
12h30 às 14h – Almoço
14h às 16h – Relatos de experiência sobre a escuta em contextos expositivos, com
Diran Castro (Museu Lasar Segall) e Lucas Oliveira (Fundação Bienal). Mediação:
Janaína Machado (Fundação Bienal)
16h às 16h30 – Intervalo
16h30 às 18h30 – Escuta, neutralidade e produção do comum, com Cayo Honorato
(Universidade de Brasília) e Lilian L’Abbate Kelian (Cenpec). Mediação: Elaine Fontana
(Fundação Bienal)
18h30 às 19h – Encerramento
Participantes
Cayo Honorato é professor adjunto no Departamento de Artes Visuais do Instituto de
Artes da Universidade de Brasília, na área de História e Teoria da Educação em Artes
Visuais. Desenvolve pesquisa sobre a atuação dos públicos e a mediação cultural no
âmbito das relações e disjunções entre as artes e a educação. Doutor em Educação
pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, na linha de Filosofia e
Educação, com estágio na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Granada,
Espanha; mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de
Goiás, na linha de Cultura e Processos Educacionais. É vice-líder do grupo Mediação
em Arte e Cultura: Teorias e Práticas, junto ao CNPq. Integra a rede Another Roadmap
for Arts Education, desde 2015. É pesquisador associado do Centre for the Study of the
Networked Image da London South Bank University, Grã-Bretanha, desde 2018.
Desenvolve atualmente o projeto “Post-Critical Education in Art Museums”, com o
apoio da British Academy, por meio da Newton Advanced Fellowship.
Daniele Sanches é psicanalista, pós-doutoranda do Departamento de Psicologia Clínica
do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, além de pesquisadora do
Instituto Vox de Pesquisa em Psicanálise e do Latesfip-USP (Laboratório de Teoria
Social, Filosofia e Psicanálise). Emsua atuação como pesquisadora, conduz estudos
sobre as modalidades do adoecimento subjetivo na contemporaneidade, mediante o
cruzamento entre a psicanálise lacaniana e as teorias sociais. Como membro do
Latesfip-USP, atua na linha de pesquisa “Clínica, diagnóstico e neoliberalismo”,
investigando o enlace das raízes econômicas do sistema neoliberal com as
transformações do sofrimento psíquico. No Instituto Vox, coordena a pesquisa
“Infância e crueldade” e dirige, em parceria com o psicanalista Luiz Eduardo V.
Moreira, o projeto “Vociferarte”, interface entre arte e psicanálise voltada às formas
de tratamento das vociferações na contemporaneidade.
Diogo de Moraes é mediador, artista e, atualmente, assistente técnico cultural no Sesc
São Paulo, na Gerência de Estudos e Desenvolvimento. Como mediador, colabora com
o grupo Mediação Extrainstitucional, já tendo coordenado o Núcleo Educativo do Paço
das Artes, entre 2007 e 2008. Como artista, busca produzir cruzamentos entre as
problemáticas e possibilidades da mediação cultural e as práticas e vocabulários da
arte, com ênfase nos processos documentários. Tem seu trabalho artístico
representado pela Galeria Virgilio. Defendeu, em 2017, sua pesquisa de mestrado na
linha de Poéticas Visuais, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo, sob o título “Públicos em emergência: modos de usar ofertas institucionais e
práticas artísticas”, dissertação que incluí o desenvolvimento do “Diário do busão:
visitas escolares a instituições artísticas”.
Diran Castro atua de maneira transversal no terreno das artes visuais. Há 9 anos, é
mediador em espaços expositivos. Hoje, desenvolve esse trabalho de forma
concomitante no Museu Lasar Segall e na Fundação Bienal de São Paulo. Dedica-se,
além disso, ao projeto “Seus filhos também praticam”, no qual utiliza a prostituição
como ferramenta de trabalho e investigação, aproximando-se de garotos com idade
entre 18 e 25 anos, brancos, ricos e autodeclarados héteros. Nele, busca cultivar o
diálogo e a escuta no domínio da sexualidade.
Elaine Fontana é mediadora, curadora e artista. Atua como assessora do Programa
Educativo da Fundação Bienal de São Paulo. De 2004 a 2017, atuou no Museu Lasar
Segall, onde coordenou projetos educativos e expositivos. Como curadora pedagógica,
desenvolve trabalhos na vertente da mediação extrainstitucional, com foco na revisão
crítica das referências bibliográficas, da história dos programas educativos e de seus
estatutos. Interessa-se, particularmente, por práticas concebidas a partir do contexto
social e político dos educadores e artistas. Como mediadora e curadora independente,
já realizou projetos com o Sesc São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil e grupos
autônomos. Como artista, desenvolve pesquisas relacionadas ao corpo e às suas
possibilidades performativas no âmbito da mediação. É mestranda no programa de
Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São
Paulo, com a pesquisa provisoriamente intitulada “O corpo político na instituição de
arte”.
Janaína Machado é mediadora, poetisa e produtora cultural. Atua como assessora do
Programa Educativo da Fundação Bienal de São Paulo. Desenvolve pesquisa de
mestrado na linha de Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, na Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, com dissertação intitulada: “A construção do
discurso negro político: da MPB aos Racionais MC’S”. Pesquisadora no campo da
performance da negritude, tem por foco a gramática da resistência negra. Publicou
artigos na Revista Correio das Artes e na Coletânea de Literatura Negra Feminina Louva
Deusas. Coordenou campanhas e projetos culturais relacionados à diáspora africana, à
visibilidade da população negra, à luta antirracista e ao combate ao genocídio da
juventude negra. No momento, dedica-se à elaboração do ensaio crítico “A gramática
corporal negra contestatória como ferramenta contra-hegemônica”.
Lilian L’Abbate Kelian é historiadora, educadora e militante da rede internacional de
educação democrática. Atua, há 19 anos, na educação de crianças e jovens, na
formação de educadores e na gestão e avaliação de projetos educacionais.
Atualmente, se interessa pela sistematização e gestão compartilhada de
conhecimentos como estratégia para a solução de conflitos institucionais. No Cenpec
(Centro de Estudos e Pesquisas emEducação, Cultura e Ação Comunitária), pesquisa e
desenvolve intervenções relacionadas às políticas públicas educacionais para as
juventudes. Em parceria com Helena Freire Weffort, é consultora da Fundação Bienal
de São Paulo para a elaboração e gestão do projeto educativo da 33ª Bienal.
Lucas Oliveira é pesquisador, mediador cultural e artista visual. Cursa mestrado em
artes visuais no Instituto de Artes da Unesp. É bacharel e licenciado em artes visuais
pela mesma instituição, alémde bacharel em filosofia pela FFLCH (USP). Trabalhou
com mediação, gestão e programação no MAM-SP, MAC-USP, Centro da Cultura
Judaica, Biblioteca Mário de Andrade, entre outros. Nos últimos anos, ajudou a
implementar o núcleo de mediação e programas públicos do Masp, concentrando-se
na formação e interlocução com professores e nos projetos de colaboração com
escolas. Investiga temas como: metodologias para processos colaborativos em
mediação, produção de memória e formação de redes. Atualmente, é mediador na
Fundação Bienal de São Paulo.
Luiz Eduardo V. Moreira é psicanalista. Cursa doutorado em Psicologia Clínica na
Universidade de São Paulo, onde fez mestrado em Psicologia Social, formou-se
psicólogo e começou a cursar filosofia. É membro do Laboratório de Pesquisas e
Intervenções em Psicanálise (USP), professor universitário e integrante do Instituto
Vox de Pesquisa em Psicanálise, onde dirige, com a psicanalista Daniele Sanches, o
projeto “Vociferarte”.

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DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 

Jornada sobre escuta no Museu Lasar Segall

  • 1. II Jornada O Som Como Matéria Para Processos Coletivos: O Ato da Escuta 24 de junho(domingo),10hàs 19h No MuseuLasar Segall O ato da escuta desempenha papel chave nas práticas de mediação cultural. Contudo, ao mesmo tempo que condiz a um expediente crucial para os processos dialógicos experimentados nesse campo relacional, ele também sofre de certa banalização. Isto se deve ao fato de a noção de escuta ser frequentemente evocada e exercida de forma enviesada na relação com os públicos, nos ambientes institucionais de arte, cultura e educação. Queremos dizer, com isso, que a escuta tem se prestado a uma espécie de encenação diplomática voltada a manter os visitantes, espectadores e estudantes na posição de supostos beneficiários de ofertas forjadas, no mais das vezes, à sua revelia. Desvinculada dos contextos e demandas desses públicos, tal escuta não chega a se comprometer com a produção de efeitos reais – que implicaria, entre outras coisas, colocar em questão o próprio modo de funcionamento das instituições. O uso meramente figurativo da escuta compete, inversamente, para a neutralização dos seus potenciais crítico e transformador das estruturas dadas. A fim de produzir contrapontos à limitação de algo que julgamos central para a mediação em particular, e para a dinâmica democrática em geral, buscamos reunir contribuições de pesquisadores e profissionais que testam a escuta em diferentes âmbitos (sociais e epistemológicos), articulando-a a problemáticas como os sofrimentos psíquicos, as agendas identitárias e os antagonismos sociais. Esta, aliás, nos parece condição indispensável para o efetivo exercício da escuta: além de ancorá- la em situações socioculturais específicas, há que se conferir consequência para aquilo que venha a emergir, de modo imprevisível, a partir da disposição em ouvir as manifestações e formulações do outro, sobretudo aquelas que desafiamo lugar a partir do qual se escuta e se fala. Nesse sentido, a II Jornada O Som Como Matéria Para Processos Coletivos: O Ato da Escuta convida para integrar seus momentos de discussão agentes cujas investigações e atuações se dão nos terrenos da psicanálise, da educação, da mediação cultural e das artes. Apostamos que as interseções entre os instrumentos conceituais e operativos trabalhados nessas áreas, por tais agentes, tragam consigo a possibilidade de conferirmos outro tipo de espessura e desdobramento ao ato da escuta nos ambientes institucionais mencionados, e para além deles. Imaginamos, também, que o acoplamento das ferramentas mobilizadas por esses interlocutores possa subsidiar a invenção de plataformas em que a escuta seja praticada de modo complexo e consequente, com base em diferentes referenciais teóricos e empíricos. A II Jornada é fruto de uma iniciativa extrainstitucional disparada por Diogo de Moraes e Elaine Fontana. Ela dá sequência à primeira edição do evento, que contou com as participações do artista-etc. Ricardo Basbaum, do coletivo Ultra-red e da artista
  • 2. Cristina Ribas. Sua realização resulta da disposição e generosidade dos convidados, com quem pudemos nos reunir, ainda que separadamente, antes mesmo da jornada, com vistas a identificar e organizar as questões aqui colocadas em jogo. Sua viabilização se deve à acolhida do Museu Lasar Segall, que mais uma vez abre seu espaço e fornece parte dos recursos necessários para a concretização do nosso desejo de aproximar pares que têm se ocupado, cada qual a seu modo, da geração de processos coletivos através do som (das vozes, mas não só) e do ato que o acolhe: a escuta. Programa 10h às 10h30 – Apresentação da jornada 10h30 às 12h30 – Escuta na Psicanálise: sons e ruídos sociais, com Daniele Sanches e Luiz Eduardo V. Moreira (Instituto Vox de Pesquisa em Psicanálise). Mediação: Diogo de Moraes (Sesc São Paulo) 12h30 às 14h – Almoço 14h às 16h – Relatos de experiência sobre a escuta em contextos expositivos, com Diran Castro (Museu Lasar Segall) e Lucas Oliveira (Fundação Bienal). Mediação: Janaína Machado (Fundação Bienal) 16h às 16h30 – Intervalo 16h30 às 18h30 – Escuta, neutralidade e produção do comum, com Cayo Honorato (Universidade de Brasília) e Lilian L’Abbate Kelian (Cenpec). Mediação: Elaine Fontana (Fundação Bienal) 18h30 às 19h – Encerramento Participantes Cayo Honorato é professor adjunto no Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade de Brasília, na área de História e Teoria da Educação em Artes Visuais. Desenvolve pesquisa sobre a atuação dos públicos e a mediação cultural no âmbito das relações e disjunções entre as artes e a educação. Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, na linha de Filosofia e Educação, com estágio na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Granada, Espanha; mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, na linha de Cultura e Processos Educacionais. É vice-líder do grupo Mediação em Arte e Cultura: Teorias e Práticas, junto ao CNPq. Integra a rede Another Roadmap for Arts Education, desde 2015. É pesquisador associado do Centre for the Study of the Networked Image da London South Bank University, Grã-Bretanha, desde 2018. Desenvolve atualmente o projeto “Post-Critical Education in Art Museums”, com o apoio da British Academy, por meio da Newton Advanced Fellowship.
  • 3. Daniele Sanches é psicanalista, pós-doutoranda do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, além de pesquisadora do Instituto Vox de Pesquisa em Psicanálise e do Latesfip-USP (Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise). Emsua atuação como pesquisadora, conduz estudos sobre as modalidades do adoecimento subjetivo na contemporaneidade, mediante o cruzamento entre a psicanálise lacaniana e as teorias sociais. Como membro do Latesfip-USP, atua na linha de pesquisa “Clínica, diagnóstico e neoliberalismo”, investigando o enlace das raízes econômicas do sistema neoliberal com as transformações do sofrimento psíquico. No Instituto Vox, coordena a pesquisa “Infância e crueldade” e dirige, em parceria com o psicanalista Luiz Eduardo V. Moreira, o projeto “Vociferarte”, interface entre arte e psicanálise voltada às formas de tratamento das vociferações na contemporaneidade. Diogo de Moraes é mediador, artista e, atualmente, assistente técnico cultural no Sesc São Paulo, na Gerência de Estudos e Desenvolvimento. Como mediador, colabora com o grupo Mediação Extrainstitucional, já tendo coordenado o Núcleo Educativo do Paço das Artes, entre 2007 e 2008. Como artista, busca produzir cruzamentos entre as problemáticas e possibilidades da mediação cultural e as práticas e vocabulários da arte, com ênfase nos processos documentários. Tem seu trabalho artístico representado pela Galeria Virgilio. Defendeu, em 2017, sua pesquisa de mestrado na linha de Poéticas Visuais, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, sob o título “Públicos em emergência: modos de usar ofertas institucionais e práticas artísticas”, dissertação que incluí o desenvolvimento do “Diário do busão: visitas escolares a instituições artísticas”. Diran Castro atua de maneira transversal no terreno das artes visuais. Há 9 anos, é mediador em espaços expositivos. Hoje, desenvolve esse trabalho de forma concomitante no Museu Lasar Segall e na Fundação Bienal de São Paulo. Dedica-se, além disso, ao projeto “Seus filhos também praticam”, no qual utiliza a prostituição como ferramenta de trabalho e investigação, aproximando-se de garotos com idade entre 18 e 25 anos, brancos, ricos e autodeclarados héteros. Nele, busca cultivar o diálogo e a escuta no domínio da sexualidade. Elaine Fontana é mediadora, curadora e artista. Atua como assessora do Programa Educativo da Fundação Bienal de São Paulo. De 2004 a 2017, atuou no Museu Lasar Segall, onde coordenou projetos educativos e expositivos. Como curadora pedagógica, desenvolve trabalhos na vertente da mediação extrainstitucional, com foco na revisão crítica das referências bibliográficas, da história dos programas educativos e de seus estatutos. Interessa-se, particularmente, por práticas concebidas a partir do contexto social e político dos educadores e artistas. Como mediadora e curadora independente, já realizou projetos com o Sesc São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil e grupos autônomos. Como artista, desenvolve pesquisas relacionadas ao corpo e às suas possibilidades performativas no âmbito da mediação. É mestranda no programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo, com a pesquisa provisoriamente intitulada “O corpo político na instituição de arte”.
  • 4. Janaína Machado é mediadora, poetisa e produtora cultural. Atua como assessora do Programa Educativo da Fundação Bienal de São Paulo. Desenvolve pesquisa de mestrado na linha de Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com dissertação intitulada: “A construção do discurso negro político: da MPB aos Racionais MC’S”. Pesquisadora no campo da performance da negritude, tem por foco a gramática da resistência negra. Publicou artigos na Revista Correio das Artes e na Coletânea de Literatura Negra Feminina Louva Deusas. Coordenou campanhas e projetos culturais relacionados à diáspora africana, à visibilidade da população negra, à luta antirracista e ao combate ao genocídio da juventude negra. No momento, dedica-se à elaboração do ensaio crítico “A gramática corporal negra contestatória como ferramenta contra-hegemônica”. Lilian L’Abbate Kelian é historiadora, educadora e militante da rede internacional de educação democrática. Atua, há 19 anos, na educação de crianças e jovens, na formação de educadores e na gestão e avaliação de projetos educacionais. Atualmente, se interessa pela sistematização e gestão compartilhada de conhecimentos como estratégia para a solução de conflitos institucionais. No Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas emEducação, Cultura e Ação Comunitária), pesquisa e desenvolve intervenções relacionadas às políticas públicas educacionais para as juventudes. Em parceria com Helena Freire Weffort, é consultora da Fundação Bienal de São Paulo para a elaboração e gestão do projeto educativo da 33ª Bienal. Lucas Oliveira é pesquisador, mediador cultural e artista visual. Cursa mestrado em artes visuais no Instituto de Artes da Unesp. É bacharel e licenciado em artes visuais pela mesma instituição, alémde bacharel em filosofia pela FFLCH (USP). Trabalhou com mediação, gestão e programação no MAM-SP, MAC-USP, Centro da Cultura Judaica, Biblioteca Mário de Andrade, entre outros. Nos últimos anos, ajudou a implementar o núcleo de mediação e programas públicos do Masp, concentrando-se na formação e interlocução com professores e nos projetos de colaboração com escolas. Investiga temas como: metodologias para processos colaborativos em mediação, produção de memória e formação de redes. Atualmente, é mediador na Fundação Bienal de São Paulo. Luiz Eduardo V. Moreira é psicanalista. Cursa doutorado em Psicologia Clínica na Universidade de São Paulo, onde fez mestrado em Psicologia Social, formou-se psicólogo e começou a cursar filosofia. É membro do Laboratório de Pesquisas e Intervenções em Psicanálise (USP), professor universitário e integrante do Instituto Vox de Pesquisa em Psicanálise, onde dirige, com a psicanalista Daniele Sanches, o projeto “Vociferarte”.