Bem, já todos ouvimos falar do DNA, então mas afinal o que é que é isto? Podes descobrir aqui, de uma forma resumida e ilustrada como é que esta macromolecula, que tem um papel tão importante na definição das nossas características individuais e comuns, se "monta", protege e mantém.
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6. Orientação do DNA
Os fosfatos ligam-se aos carbonos 5’ e 3’
Indicam a orientação do DNA
As operações ao DNA dão-se de 5’ para 3’
Replicação e transcrição
8. Conclusão
A sequência de nucleótidos codifica o “plano” para as
proteínas
É complementar
Assegura a manutenção da informação
É antiparalelo
Só assim se conseguem emparelhar os nucleótidos de forma
estável
10. Referências
cacycle. DAMP chemical structure. Wikimedia Commons 2005 [cited 2017 23/02];
Available from:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:DAMP_chemical_structure.png.
Trengarasu. Phosphate Group. Wikimedia Commons 2009 [cited 2017 23/02];
Available from: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Phosphate_Group.svg.
Sturm, N. Nucleotides: Composition and Structure. 2014 [cited 2016; Available
from:
http://chemistry.gravitywaves.com/CHEMXL153/NucleotidesCompandStruc.htm.
Karp, G., Cell and Molecular Biology Concepts and Experiments. 7th ed. 2013,
United States of America: John Wiley and Sons.
Alberts, B., et al., The Structure and Function of DNA, in Molecular Biology of the
Cell. 2002, Garland Science: New York.
Metzler, D., Biochemistry: The Chemical Reactions of Living Cells, Volume 1. 2001:
Academic Press. 968 pp.
Reusch, W. Naming Organic Compounds. 2013; Available from:
https://www2.chemistry.msu.edu/faculty/reusch/virttxtjml/nomen1.htm.
Notas do Editor
Quer estejamos a falar de uma bactéria a viver na terra ou de um neurónio no nosso corpo, uma célula tem de desempenhar uma série de tarefas apara sobreviver – por exemplo, “colher” recursos do meio (como nutrientes, oxigénio, água), proteger-se do meio e de outros seres vivos e proteger-se de alterações ambientais.
E para efetuar essas tarefas tem de construir uma rede de “máquinas”, as proteínas e de controlar a sua produção, para que não gaste energia desnecessária. Então como é que ela produz estas “máquinas”? Tudo começa com o DNA, que guarda toda esta informação, indicando: Que proteínas vão ser produzidas, porquê e quando. É informação suficiente para produzir uma rede de milhões destas pequenas máquinas.
Toda esta informação no ser humano consegue ocupar milhões de folhas se for convertida em palavras. No entanto, está toda guardada no núcleo de uma célula,
200 vezes mais pequeno que um milímetro.
Um dos mecanismos que garantem que esta informação caiba num espaço tão pequeno é codificando-a numa sequência de 4 moléculas, os nucleótidos. Cada um deles, por sua vez, é constituído por uma de 4 bases diferentes: Adenina (A), Guanina (G), Timina (T) e Citosina (C) a um açúcar (a desoxirribose) e um grupo fosfato, ligado à desoxirribose.
À direita podes ver um exemplo de um dos 4 nucleótidos possíveis, neste caso, uma adenina.
O que é realmente o DNA?
É uma macromolécula, ou seja, uma molécula grande constituída por uma sequencia de moléculas pequenas ligadas covalentemente. Neste caso, as moléculas pequenas que formam a macromolécula os 4 nucleótidos, que são ligados uns aos outros pelos açucares e fosfatos. Cada desoxirribose tem dois grupos fosfato ligados a si, um “dela” e outro do nucleótido seguinte, formando a tal sequência de nucleótidos, que codifica para todas as proteínas e mecanismos de regulação da célula. Portanto, genes e sequências regulatórias do DNA, respetivamente, que têm de ser protegidos para garantir a integridade da célula e passar o DNA à geração seguinte (pela mitose e/ou meiose).
Então, para além do núcleo, como é que o DNA é protegido?
Associando-se numa dupla cadeia… Ou seja, as bases de uma cadeia de DNA vão, ainda, associar-se com as de outra cadeia.Mas esta associação não é aleatória. As Timinas ligam-se sempre a Adeninas e as Citosinas sempre a Guaninas (e vice-versa). Assim, onde há uma Adenina numa cadeia, na outra haverá sempre uma Timina, e vice-versa, e o mesmo se vai passar com as Citosinas e Guaninas. Chama-se a isto complementaridade.
Desta forma, a informação está guardada nas duas cadeias de DNA, não só garantindo que a informação não se perde, como também dificultando que ela seja alterada.
Como podes ver as Guaninas formam três pontes de hidrogénio com as Citosinas e as Adeninas duas com as Timinas. Estas ligações são fracas, de modo a permitirem o acesso à informação que o DNA contem que, para ser lida, é preciso abrir o DNA como um fecho éclair. Assim, a informação é protegida de alterações externas sem comprometer a sua função.
Depois, adquire a conformação em hélice de forma a estar mais estável.
Já deves ter reparado que há uns números em cada ponta da “espinha” do DNA. Também já deves ter percebido que estes números não são aleatórios, visto que são sempre os mesmos dois, 5’ e 3’.
Estes números correspondem aos carbonos 5’ e 3’ da desoxirribose, onde se ligam os grupos fosfato. Quando um nucleótido se liga à sequência de DNA, ele traz consigo o seu fosfato, que está no carbono 5’ e liga-se ao fosfato seguinte pelo carbono 3’.
Mas porque é que isto é importante?
Porque a maior parte das operações ao DNA (como a replicação e a transcrição) ocorrem de 5’ para 3’, logo, para “lermos” o DNA, convém sabermos se não estamos a olhar para ele de “pernas para o ar”.
Até porque as duas cadeias complementares também estão em orientações contrárias. São antiparalelas.
Se vires bem, no canto inferior esquerdo tens uma citosina com os carbonos da desoxirribose numerados (é assim que eles se numeram, o 1’ é o que liga à base). Se fizeres a mesma numeração às desoxirriboses da outra cadeia vais ver que se encontra ao contrário.
Então e a forma em hélice?