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Conceitos Básicos de Biologia
Conceitos Básicos de Biologia
Molecular
Molecular
2
Tópicos
 Introdução
 Célula e macro-moléculas

Proteínas e Ácidos nucléicos
 Ácidos Nucléicos
 Componentes
 DNA x RNA

Estabilidade do DNA e Flexibilidade do RNA
 Estrutura do DNA
 Dogma Central da Biologia Molecular
 Replicação
 Transcrição
 Tradução
3
Indústria de Informação
 A Fábrica A Célula
 O Manual de Instruções DNA
 O Dogma Central DNA-RNA- Proteínas
 Os Operários Proteínas
 Erros de Programação Doenças
4
Biologia Molecular
 Retrata o estudo das células e moléculas
 Em particular: genoma dos organismos
 Conjunto de informações genéticas
Codificadas em moléculas de DNA
Codificadas em moléculas de DNA
5
A Célula
 A célula é a unidade fundamental da vida
 Todos os seres vivos, animais e vegetais, são constituídos de
células
 Cada célula é envolvida por membrana e preenchida por uma solução
aquosa
 É capaz de criar cópias de si mesma pelo crescimento e divisão celular
 Em resumo, uma boa definição para célula é:
 "unidade que constitui os seres vivos e, em geral, definida como a
menor porção de matéria viva dotada de autoduplicação independente“
 Os vírus não podem ser considerados células, pois dependem do
parasitismo para se reproduzir, utilizando-se da maquinaria da
célula hospedeira (seres acelulares)
 Organização estrutural das células
 Procarióticas
 Eucarióticas
6
Moléculas nas Células (1/2)
 Dos vários tipos de moléculas presentes na célula, as de nosso
interesse serão as macro-moléculas conhecidas como
 Proteínas – cadeia de aminoácidos
 Ácidos nucléicos (DNA e RNA) – cadeia de nucleotídeos
 A sequência do monômeros que forma essas moléculas dá identidade
e funcionalidade a ambos os grupos
 Mudanças na sequência de aminoácidos ou de
nucleotídeos poderá inativar completamente a ação
biológica desses compostos
 Por isso, esses tipos de moléculas são denominadas
moléculas informacionais
7
Moléculas nas Células (2/2)
 A forma e o funcionamento de qualquer célula são decorrentes direto
ou indiretamente da presença de um arsenal de proteínas
 As proteínas são macromoléculas informacionais sintetizadas sob o
comandos de instruções específicas presentes nos ácidos nucléicos
(genes)
 Alterações nos genes podem acarretar em mudanças na
conformação e na atuação das nossas proteínas
 De maneira simplista, cada gene (parte funcional do DNA)
codifica uma proteína
8
Ácidos Nucléicos
 Toda a informação que uma célula necessita durante a sua vida e a de
seus descendentes, está organizada em forma de código nas fitas dos
ácidos nucléicos
 Constituem os armazenadores e transmissores de informação
nos seres vivos
 Esta informação traduzida em proteínas permite que a célula execute todo
o trabalho necessário à sobrevivência do organismo
 Existem dois tipos de ácidos nucléicos
 Ácido desoxirribonucléico ou DNA e ácido ribonucléico ou RNA
 Ambos são polímeros lineares de nucleotídios conectados
entre si via ligações covalentes denominadas ligações
fosfodiéster
9
Nucleotídios
 Os nucleotídios, unidades básicas dos ácidos nucléicos, são
constituídos de
 Uma base nitrogenada (anel heterocíclico de átomos de carbono
e nitrogênio)
 Uma pentose (açúcar com cinco carbonos)
 Um grupo fosfato (molécula com um átomo de fósforo cercado
por 4 oxigênios)
10
Bases Nitrogenadas (1/2)
 As bases nitrogenadas são de dois tipos:

Púricas: Adenina (A) e Guanina (G)

Pirimídicas: Timina (T), Citosina (C) e Uracil (U)
 As purinas são constituídas de dois anéis fundidos de 5 e 6 átomos e
as pirimidinas de um único anel de 6 átomos
 Apenas quatro tipos diferentes de bases são encontrados em um
dado polímero de ácido nucléico
 No DNA as bases constituintes são A, G, C, e T enquanto no RNA
são A, G, C, e U

Uracila e Timina são moléculas bastante relacionadas,
diferindo apenas pelo grupo metila encontrado no átomo C5 do
anel pirimídico da Timina
11
Bases Nitrogenadas (2/2)
12
Resíduos de Açúcar (1/2)
 Dois tipos de pentoses são encontrados nos ácidos nucléicos
 Ribose e desoxirribose

Diferem uma da outra pela presença ou ausência do grupo
hidroxila no C 2' da pentose. É baseado nesta característica
que os ácidos nucléicos recebem o nome RNA (ribose) ou DNA
(desoxirribose)
13
Resíduos de Açúcar (2/2)
 A pentose é o elo de ligação entre a base e o grupo fosfato
 De um lado, o Nitrogênio 9 das purinas ou o Nitrogênio 1 das
pirimidinas liga-se ao C1' da pentose e, de outro lado, o grupo
carboxila do átomo de C5' da pentose participa da ligação éster
com o grupo fosfato
14
DNA x RNA
 As diferenças entre RNA e DNA não se restringem aos tipos de
monômeros constituintes
 Na maioria das vezes o DNA apresenta-se como uma longa
hélice dupla com uma estrutura secundária regular e simples
 Os RNAs são, geralmente, moléculas de fita única bem
menores que o DNA

Apresentando uma enorme diversidade de estruturas
secundárias

Estas características estruturais estão relacionadas às
funções destas duas macromoléculas na célula
15
Estrutura do DNA (1/2)
 A molécula de DNA é uma dupla hélice cujas cadeias estão unidas
por pontes de hidrogênio estabelecidas entre purinas e pirimidinas
complementares
 Adenina sempre pareia com Timina (A = T) e Guanina com
Citosina (G = C)
 O modelo de dupla hélice , proposto por Watson e Crick
(1953), pautava-se

Nas fotografias de difração de raio X das fibras de DNA feitas
por Rosalind Franklin no laboratório de Maurice Wilkins
(Cavendish Institute, Cambridge, UK)

E nas razões entre as bases, descritas por Chargaf
16
Estrutura do DNA (2/2)
G
C
A
T
C
GT
A
|
|
|
|
|
|
|
|
|
| DNA
17
Estabilidade do DNA
 A estabilidade e regularidade estrutural da molécula de DNA, deve-se
principalmente ao fato dos anéis de desoxirribose não possuirem grupos
hidroxila no C 2’
 Os grupos hidroxila tanto do C2' como C3' são muito reativos

Podem participar de uma série de ligações pouco usuais
permitindo uma variedade enorme de conformações para
a molécula de ácido nucléico

Isto não seria uma característica desejável para uma
molécula que tem armazenado e transmitido a
informação genética durante estes milhões de anos de
evolução

O exercício de tal função exige estabilidade e
regularidade
18
Flexibilidade do RNA
 O RNA, constituído de riboses é muito mais reativo e flexível que o
DNA
 Além disto, o fato de ser fita simples permite um emparelhamento
intramolecular de bases, gerando estruturas bastante complexas
 Ao adquirir diferentes conformações numa estrutura
tridimensional, as moléculas de RNA podem, inclusive, apresentar
sítios ativos que catalisem reações químicas da mesma forma que
as enzimas protéicas
 A grande flexibilidade dos RNAs que lhes permite executar uma
atividade fundamental na célula
 Interpretar o código contido na linguagem de nucleotídios e
descodificá-lo para a linguagem de aminoácidos
 A molécula de RNA é o intermediário no fluxo de informações
dentro da célula, do DNA às proteínas
19
Mais Detalhes: Estrutura do DNA
 A molécula de DNA é constituída por uma seqüência de nucleotídeos,
que por sua vez é formado por três diferentes tipos de moléculas
 Uma desoxirribose
 Um grupo fosfato
 Uma base nitrogenada: A, T, C, e G
A orientação das ligações entre
as três moléculas constituintes
dos nucleotídeos é essencial
para se determinar o sentido da
dupla fita de DNA
20
Ligação entre a Base e a Pentose
 Esta ligação é feita covalentemente através de uma ligação
N-glicosídica com a hidroxila ligada ao carbono-1 da pentose.
21
Ligação entre o Fosfato e a Pentose
 Esta ligação é feita através de uma ligação fosfodiéster com a
hidroxila ligada ao carbono-5 da pentose
22
Ligação entre os Nucleotídeos
(1/4)
 Para a formação da molécula de DNA é necessário que ocorra a
ligação entre os nucleotídeos
 Os nucleotídeos estão ligados covalentemente por
ligações fosfodiéster formando entre si pontes de fosfato
 O grupo hidroxila do carbono-3 da pentose do primeiro
nucleotídeo se liga ao grupo fosfato ligado a hidroxila do
carbono-5 da pentose do segundo nucleotídeo através de
uma ligação fosfodiéster
23
Ligação entre os Nucleotídeos
(2/4)
24
Ligação entre os Nucleotídeos
(3/4)
 Devido a esta formação a cadeia de DNA fica com uma direção
determinada
 Em uma extremidade temos livre a hidroxila do carbono-5
da primeira pentose e na outra temos livre a hidroxila do
carbono-3 da última pentose
 Isto determina que o crescimento do DNA se faça na direção de 5'
para 3'
25
Ligação entre os Nucleotídeos
(4/4)
26
Estrutura 3-D do DNA (1/2)
 Sabendo-se como são feitas as ligações entre os nucleotídeos,
formando assim a fita de DNA, podemos analisar a estrutura
tridimensional do DNA
 James Watson e Francis Crick (1953) postularam um modelo
tridimensional para a estrutura do DNA baseando-se em estudos de
difração de raio-X
 Duas cadeias helicoidais de DNA, enroladas ao longo de um mesmo
eixo, formando uma dupla hélice de sentido rotacional à direita
 Na dupla hélice as duas fitas de DNA estão em direção opostas, isto
significa que são anti-paralelas.

O termo anti-paralelas deve-se ao fato de que uma das fitas tem a
direção exata da sua síntese (5'---3') enquanto que a outra está
invertida (3'----5').

Esta conformação em fitas anti-paralelas levará à necessidade de
mecanismos especiais para a replicação do DNA
27
Estrutura 3-D do DNA (2/3)
28
Estrutura 3-D do DNA (3/3)
 Com base na estrutura de dupla hélice do DNA e nas características
de hidrofobicidade das moléculas, a estrutura do DNA fica da seguinte
forma
 O grupo fosfato e o açúcar (parte hidrofílica) - estão localizados
na parte externa da molécula
 As bases nitrogenadas (parte hidrofóbica) - estão localizadas na
parte interna da molécula

O pareamento das bases de cada fita se dá de maneira
padronizada, sempre uma purina com uma pirimidina,
especificamente: adenina com timina e citosina com guanina

A proximidade destas bases possibilita a formação de pontes
de hidrogênio
 Adenina forma duas pontes de hidrogênio com a timina e a
citosina forma três pontes com a guanina
29
O Dogma Central e os Moldes
(1/4)
 Desde meados da década de 50 já se pensava na hipótese do DNA
constituir-se num molde para a síntese de moléculas de RNA
 Os RNAs, por sua vez, devido a sua mobilidade e flexibilidade
acoplar-se-iam aos ribossomos e dirigiriam a síntese de proteínas
 Baseado neste raciocínio, Francis Crick propôs em 1956 o dogma
central da biologia, salientando o fluxo unidirecional da informação: do
DNA à proteína
30
O Dogma Central e os Moldes
(2/4)
 Para compreender este fluxo utilizamos a idéia de moldes

O DNA serviria de molde para
 A síntese de novas moléculas de DNA (duplicação)
 A síntese de moléculas de RNA (transcrição)
 Algumas destas moléculas de RNA, que denominamos RNA
mensageiros (mRNA), poderiam servir de molde para
 A síntese de proteínas (tradução), que ocorre nos
ribossomos
 Nesta proposta, jamais as proteínas servem de molde à síntese de
ácidos nucléicos ou de outras moléculas de proteína
 Esta hipótese tem sido confirmada no decorrer de quase quatro
décadas de pesquisa
31
O Dogma Central e os Moldes
(3/4)
 A proposta original foi ampliada nos últimos anos com a descoberta,
em 1970, da enzima transcriptase reversa
 Foi esclarecido que é possível sintetizar DNA utilizando-se
RNA como molde
 Um pouco antes disto, por volta de 1965, foi demostrado que o RNA
também podia servir de molde à síntese de outras moléculas de RNA
 Isto foi possível graças ao isolamento da enzima replicase
codificada por um vírus infeccioso cuja informação
genética está contida numa molécula simples de RNA
32
O Dogma Central e os Moldes
(4/4)
 Estes novos conhecimentos permitiram que o dogma central se
ampliasse sem, contudo, perder a unidirecionalidade, ou seja, de
ácido nucléico para proteína
33
Síntese de Ácidos Nucléicos
 A síntese "in vivo" de uma molécula de ácido nucléico depende sempre
da existência de um molde complementar e de máquinas protéicas
específicas que adicionem os monômeros ao polímero nascente
 Como funcionaria um molde?
 No caso dos ácidos nucléicos a complementaridade de bases
permite facilmente a utilização de moldes

Esta complementaridade está baseada no fato de que é possível
estabelecer pontes de hidrogênio entre G e C , A e T ou A e U, ou seja,
purinas emparelham com pirimidinas
 A síntese dos ácidos nucléicos ocorre com a adição de nucleotídios
ao terminal 3'-OH da cadeia nascente de sorte que a síntese é
sempre no sentido 5'→3‘
 Durante a síntese de DNA as enzimas envolvidas são DNA
polimerases enquanto na síntese de RNA as enzimas envolvidas
são RNA polimerases
34
Replicação do DNA
Replicação do DNA é o processo de
auto-duplicação do material genético
mantendo assim o padrão de herança
ao longo das gerações
Teoria semi-conservativa
 Cada fita do DNA é duplicada
formando uma fita híbrida, isto é, a fita
velha pareia com a fita nova formando
um novo DNA; de uma molécula de
DNA formam-se duas outras iguais a
ela. Cada DNA recém formado possui
uma das cadeias da molécula mãe, por
isso o nome semi-conservativa
35
Transcrição: Antecedentes Históricos (1/2)
 Ao se desvendar a estrutura da molécula de DNA o princípio da
replicação pôde ser visualizado sem dificuldades
 No entanto, a forma com que as proteínas eram geradas a partir desta
molécula informacional ainda constituía um mistério
 Em 1954, o astrofísico George Gamow, tomando conhecimento dos
trabalhos de Watson & Crick, sobre estrutura e replicação do DNA,
propôs que os quatro tipos de bases seqüencialmente dispostos na
molécula de DNA constituiriam as letras de um código
 Este código comandaria a seqüência dos aminoácidos nas
proteínas
 A questão inicial era descobrir como o sistema de 4 bases estava
organizado para sinalizar aos 20 tipos de aminoácidos que participam
das proteínas
36
Transcrição: Antecedentes Históricos (2/2)
 De 1954 a 1966, intensas discussões e experimentações foram
realizadas por todos aqueles que se interessavam pelo assunto
 Particularmente Crick, que já postulava a existência de uma
molécula intermediária para estabelecer a complementaridade
necessária entre as bases dos ácidos nucléicos e os aminoácidos
das proteínas
 Finalmente, os trabalhos realizados por Nirenberg & Leder (1964) e
por Khorana e colaboradores (1966), desvendaram por completo o
código genético
 Cada aminoácido correspondia a um ou mais códons (cada uma
das possíveis combinações das quatro bases, três a três)
37
RNA e Síntese de Proteínas
 Apesar de já estar claramente demonstrado que o material genético era
o DNA
 Inicialmente não havia conhecimento sobre qualquer conexão entre
o processo de síntese protéica que ocorre no citoplasma e a
molécula de DNA presente no núcleo
 Paulatinamente sedimentava-se a idéia de que o molde para a síntese
de proteínas era RNA e não DNA, baseado em evidências tais como
 Existência de um tipo de RNA que transportava aminoácidos (tRNA)
 Ocorrência de síntese protéica nos ribossomos localizados no
citoplasma da célula eucariótica, portanto, separado do DNA, que
se encontra no núcleo
38
Hibridização
 Utilizando a técnica de hibridização, Hall & Spiegelman (1961)
demonstraram que o DNA agia como molde para a síntese de
moléculas instáveis de RNA e que havia uma correlação entre o
aumento de RNA instável e síntese protéica
 Hibridização
 Quando um DNA dupla fita é desnaturado pelo calor (90oC), suas
hélices se separam devido ao rompimento das pontes de
hidrogênio entre as bases
 Se a solução contendo DNA desnaturado for resfriada
lentamente, as duas hélices, complementares entre si, voltam a
se anelar (hibridizar)
 Ou seja, os segmentos complementares conseguem "se
encontrar", refazendo a dupla hélice
39
mRNA, Genes e Ribossomos
 Em trabalho publicado em 1961 (Brenner et al) assumiu-se,
definitivamente, que a espécie instável de RNA, era responsável por
carregar a mensagem contida na molécula de DNA até os ribossomos
 Denominada RNA mensageiro (mRNA)
 Finalmente estabelecia-se uma conexão entre genes e proteínas
 Via uma molécula instável de RNA, cuja síntese e degradação
podia ser perfeitamente regulada pela célula em resposta a suas
necessidades
40
Tipos RNAs (1/2)
 As células possuem muitos tipos diferentes de moléculas de RNA que
executam trabalhos diversos
 Os tipos de RNA que participam do processo de síntese protéica
são: RNA mensageiro (mRNA), RNA transportador (tRNA) e RNA
ribossômico (rRNA)
 Os três tipos de RNA, rRNA, tRNA e mRNA participam do processo de
síntese protéica
 Os mRNA contem a mensagem que será traduzida em proteína, de
sorte que a seqüência de bases no mRNA determina a seqüência dos
aminoácidos no polipeptídio
 Os tRNA carregam os aminoácidos específicos para cada códon
 O local de síntese protéica é o ribossomo, um complexo
ribonucleoprotéico onde rRNAs associam-se à proteínas específicas
41
Tipos RNAs (2/2)
42
Transcrição do DNA (1/2)
 A síntese dos diferentes tipos de RNA, a partir de um molde de DNA,
usando as regras da complementaridade, é um processo denominado
Transcrição do DNA
 A informação genética contida num segmento do DNA, é
reescrita em uma fita simples de RNA
 Esta fita apresenta uma seqüência de ribonucleotídios
complementar a uma das fitas da dupla hélice de DNA (fita
molde) e idêntica àidêntica à seqüência da outra fita (fita
codificadora), com substituição de T por U
43
Transcrição do DNA (2/2)
• Quando se escreve um seqüência de nucleotídios
correspondente a um gene, sempre é representada a fita
codificadora
• A seqüência é sempre escrita no sentido 5'-> 3'
44
A Unidade de Transcrição (1/3)
 A síntese de qualquer dos tipos de molécula de RNA é catalisada pela
enzima RNA polimerase
 Os processos de transcrição e replicação do DNA apresentarem várias
características em comum, mas são fundamentalmente diferentes
 Durante a replicação, o cromossomo inteiro é copiado,
produzindo-se fitas filhas idênticas às originais
 Durante a transcrição, apenas segmentos selecionados de uma das
fitas do DNA são utilizados como molde
 Resultando na transcrição apenas dos genes necessários em um
determinado momento da vida do organismo

Transcrever regiões não-gênicas ou genes cujos produtos não são
necessários num determinado momento, seria uma perda de tempo e
de energia

Ou seja, o processo de transcrição deve ser bastante seletivo e as
enzimas e proteínas reguladoras que dele participam devem ser
capazes de distinguir sinais que demarquem as seqüências de interesse,
ou seja, onde começar e onde terminar a transcrição de um segmento
45
A Unidade de Transcrição (2/3)
 A transcrição de um segmento se inicia quando a RNA polimerase
reconhece e liga-se a seqüências específicas de nucleotídios em uma
região especial, no início do gene, denominada promotor
 Além destas seqüências, o promotor engloba o ponto de início
 Primeiro par de bases a ser transcrito em RNA
 A partir daí a RNA polimerase move-se ao longo do molde,
sintetizando RNA, até alcançar uma outra seqüência específica que
sinaliza o término da transcrição
 Assim, a unidade de transcrição estende-se do ponto de início (+1) no
promotor, até o terminador
46
A Unidade de Transcrição (3/3)
Diz-se que as seqüências que antecedem o ponto de início
localizam-se à montante (upstream) e as que o sucedem
localizam-se à jusante (downstream)
A posição das bases é numerada nos dois sentidos, a partir do ponto
de início, ao qual se atribui o valor +1. Os valores aumentam (valor
positivo) à jusante e diminuem (valor negativo) à montante
47
Reconhecimento do Promotor
 O processo de transcrição pode ser subdividido em quatro momentos
fundamentais
 Reconhecimento do promotor, iniciação, alongamento e terminação
 Cada uma destas fases está sujeita à modulação via diversos
mecanismos reguladores
 Para que este processo ocorra é necessário, antes de mais nada,
que a RNA polimerase identifique sinais específicos no DNA, os
quais direcionarão a transcrição de genes específicos no momento
adequado
 A região do gene que contem estas seqüências de reconhecimento
é o promotor

Uma enorme variedade de sinais pode ser encontrada nas regiões
promotoras de diferentes genes. É por este motivo que os promotores
são locais extremamente importantes no controle da expressão gênica
48
Processamento Pós-Transcricional
(1/4)
 O produto imediato da transcrição, o transcrito primário não é,
necessariamente, uma entidade funcional
 Para se tornar funcional, a maioria deles precisa sofrer uma série
de modificações que podem envolver adição ou remoção de
nucleotídios ou ainda, modificação de alguns nucleosídeos
específicos
 Tanto o mRNA como o tRNA ou rRNA podem ser alterados de
diferentes formas para se transformarem num RNA funcional
 O conjunto das modificações sofrida pelo transcrito primário é
conhecido por processamento pós-transcricional
49
Processamento Pós-Transcricional
(2/4)
 A ausência de compartimentalização do genoma em procariotos permite que
os processos de transcrição e tradução sejam acoplados de formas que,
antes mesmo de terminar a transcrição a tradução já se inicia
 Uma das conseqüências disto é que, em geral, os mRNAs de
procariotos não sofreriam modificações
 Nos eucariotos, os processos de transcrição e tradução estão temporal e
espacialmente isolados
 A transcrição do DNA ocorre no núcleo e a tradução no
citoplasma
 Os transcritos primários que originarão mRNAs, na sua migração
do núcleo para o citoplasma, sofrem extensiva modificação
antes de atravessarem a barreira imposta pela carioteca
50
Processamento Pós-Transcricional
(3/4)
 As modificações que podem ocorrer nos transcritos nucleares são,
basicamente de três tipos:
 Coroamento ("capping") do terminal 5';
 Poliadenilação do terminal 3';
 Montagem de segmentos codificadores ("splicing")
 Este conjunto de modificações no transcrito nuclear originará o
mRNA, pronto para migrar para o citoplasma
 Transcritos originados na mitocôndria ou cloroplastos não sofreriam
tais modificações, comportando-se de forma similar aos de bactérias
51
Processamento Pós-Transcricional
(4/4)
52
Splicing do mRNA (1/2)
 Uma das características do genoma de eucariotos é que os genes
podem ser fragmentados. O que significa isto?
 Num segmento do DNA, correspondente a um gene que codifica
uma determinada proteína, são encontradas

Regiões codificadoras (exons) alternando-se com regiões
não-codificadoras (introns)

O transcrito resultante não é funcional e só poderá ser traduzido se
for devidamente montado, descartando-se os introns e unindo-se os
exons em seqüência ordenada

Este tipo de modificação do transcrito primário é denominado
"splicing" (cortar e colar; montagem)
 Ocorre dentro do núcleo
 O transcrito processado e pronto para migrar para o citoplasma,
recebe o nome de RNA mensageiro
53
Splicing do mRNA (2/2)
 A descoberta de que os genes de eucariotos poderiam ser interrompidos ou
fragmentados, foi realizada por Philip Sharp & Richard Roberts, em 1977,
tendo lhes valido o prêmio Nobel de 1993
 Posteriormente, foram detectados genes interrompidos também em bactérias,
porém como um evento raro tanto nos genomas indivíduais como no próprio
domínio Bacteria
 Segmentos não codificadores são muito frequentes no genoma eucariótico
 Ao contrário do que ocorre nas bactérias, onde os genes estão mais
compactamente organizados
 Em eucariotos as distâncias intergênicas são grandes e, dentro dos
próprios genes a freqüência de introns é alta. Em geral, os introns são
muito mais extensos que os exons
 O processo de remoção dos introns e união dos exons ocorre via reações
altamente específicas, em pontos de junção definidos, de sorte a garantir que
a mensagem contida na seqüência de nucleotídios dos exons não seja
alterada durante a montagem
54
Sítios de splicing (1/2)
 Exons:
 Seqüências expressas (traduzidas em proteínas)
 Introns:
 Seqüências intercaladas que são eliminadas na tradução
 Sítios de splicing (splice-junctions)
 Fronteiras onde ocorrem junções de exons e introns

Doadoras: bordas exon-intron

Receptoras: bordas intron-exon
55
Sítios de splicing (2/2)
Splicin
g
DNA
Transcrição
doador
mRNA
intron
exon
receptor
56
Expressão Gênica – Transcrição
Expressão Gênica – Transcrição
(1/2)
(1/2)
T G C A G C T C C G G A C T C C A T . . .
RNA Polimerase
promotor
Transcrição
DNA
mRNA
A
T
57
Expressão Gênica – Transcrição
Expressão Gênica – Transcrição
(2/2)
(2/2)
T G C A G C T C C G G A C T C C A T . . .
RNA Polimerase
promotor Transcrição
A C G A G G C C U G A G G U
A . . .
DNA
mRNA
C G U
58
Expressão Gênica – Tradução
Expressão Gênica – Tradução
(1/2)
(1/2)
T G C A G C T C C G G A C T C C A T . . .
RNA Polimerase
promotor
Transcrição
A C G U C G A G G C C U G A G G U
A . . .
DNA
mRNA
Tradução
His
Ribossomo
A C
G
códon
59
Expressão Gênica – Tradução
Expressão Gênica – Tradução
(2/2)
(2/2)
T G C A G C T C C G G A C T C C A T . . .
RNA Polimerase
promotor Transcrição
A C G U C G A G G C C U G A G G U
A . . .
DNA
mRNA
Tradução
Ribossomo
His
Leu
Gli
Ser
Ser
Cis
60
Código Genético (1/4)
 Toda a atividade celular depende da presença de proteínas
 A função das proteínas depende da sua conformação tridimensional
que, por sua vez, é determinada por uma seqüência de aminoácidos
 Quem contém a informação para especificar a seqüência de
aminoácidos das diferentes proteínas é o DNA
 No entanto, os genes (DNA) não codificam diretamente as proteínas,
fazendo isto por meio de uma molécula mensageira (mRNA)
 A unidade básica (códon) do código para um aminoácido consiste
em uma seqüência de três pares de bases nucleotídicas (códon de
trincas)
 O código genético também inclui seqüências para o início
(códon iniciador) e para o término (códon finalizador) da região
codificadora
 O código genético é universal: os mesmos códons são utilizados
por diferentes organismos
61
Código Genético (2/4)
 Código Genético  mapeamento dos códons nos aminoácidos
 64 códons
 20 aminoácidos
 3 códons de parada
aminoácidos mapeados por mais
de um códon
Degeneração do código genético
Degeneração do código genético
62
63
Código Genético (3/4)
U C A G
U Phe
Phe
Leu
Leu
Ser
Ser
Ser
Ser
Tyr
Tyr
Parada
Parada
Cys
Cys
Parada
Trp
U
C
A
G
C Leu
Leu
Leu
Leu
Pro
Pro
Pro
Pro
His
His
Gln
Gln
Arg
Arg
Arg
Arg
U
C
A
G
A Ile
Ile
Ile
Met
Thr
Thr
Thr
Thr
Asn
Asn
Lys
Lys
Ser
Ser
Arg
Arg
U
C
A
G
G Val
Val
Val
Val
Ala
Ala
Ala
Ala
Asp
Asp
Glu
Glu
Gly
Gly
Gly
Gly
U
C
A
G
1
a
base
no
códon
2a
base no códon
3
a
base
no
códon
64
Código Genético (4/4)
 Visto que o código genético tem redundância, é possível que
diferentes seqüências nucleotídicas codifiquem a mesma seqüência
de aminoácidos
 Essas diferenças limitam-se a uma ou, quando muito, a duas
posições da trinca de uma dado códon
Leu Pro Arg
Lis
Ile
UUA CCU AUU AAA CGG
CUG CCG AUA AAG CGA
65
As células
 A célula é a unidade fundamental da vida
 Todos os seres vivos, animais e vegetais, são constituídos de
células
 Cada célula é envolvida por membrana e preenchida por uma solução
aquosa
 É capaz de criar cópias de si mesma pelo crescimento e divisão celular
 Em resumo, uma boa definição para célula é:
 "unidade que constitui os seres vivos e, em geral, definida como a
menor porção de matéria viva dotada de autoduplicação independente“
 Os vírus não podem ser considerados células, pois dependem do
parasitismo para se reproduzir, utilizando-se da maquinaria da
célula hospedeira (seres acelulares)
 Organização estrutural das células
 Procarióticas
 Eucarióticas
66
Células Procarióticas (1/2)
 Não possuem envoltório nuclear (carioteca)
 São pobres em membranas, pequenas e simples
 Possuem membrana celular circundada por uma parede celular rígida
 Não possuem núcleo e nem organelas membranosas (mitocôndrias,
retículo endoplasmático, complexo de Golgi).
 O citoplasma não se apresenta dividido em compartimentos, como
ocorre nas células eucarióticas
 Possuem DNA livre no citoplasma (um único cromossomo em forma
circular)
 Os organismos formados por células procarióticas (procariontes)
são sempre unicelulares
 São representadas pelas bactérias, incluindo as cianobactérias, que
também são chamadas de cianofíceas e algas azuis
 A célula procariótica mais estudada é a bactéria Escherichia coli,
devido à sua simplicidade estrutural, rapidez de multiplicação e por não
ser patogênica. É encontrada no trato gastrointestinal humano
67
Células Procarióticas (2/2)
Célula procariótica de bactéria
68
Células Eucarióticas (1/3)
 Possuem citoplasma (revestido pela membrana plasmática)
e núcleo (revestido pelo envoltório nuclear), entre os quais
há um fluxo constante de moléculas, nos dois sentidos.
 Muitas reações metabólicas ocorrem dentro de
compartimentos estruturais, isoladas, já que os eucariontes
contêm membranas internas envolvendo organelas

Por exemplo, as mitocôndrias e o complexo de Golgi, bem como
o retículo endoplasmático.

Além de aumentar a eficiência, essa separação de atividades
permite que as células eucarióticas atinjam maior tamanho,
sem prejuízo de suas funções
 Os organismos constituídos por células eucarióticas
(eucariontes) podem ser unicelulares ou pluricelulares
 São eucarióticas as células de animais, vegetais, fungos,
protozoários e muitas algas
69
Células Eucarióticas (2/3)
 As diferentes funções da célula se distribuem entre as organelas no interior
desta. Tomando uma célula eucariótica animal como modelo
 O núcleo da célula é o lugar onde o DNA cromossômico fica
armazenado, ou seja, a informação que a célula precisa para se
manter e se dividir

Esse material genético é representado pela cromatina (composta pelos
cromossomos - moléculas de DNA associadas a proteínas histônicas
 Os ribossomos participam da síntese de proteínas (tradução do mRNA)
 As mitocôndrias são responsáveis pela respiração celular (produção de
ATP, que é a energia que a célula utiliza para seu metabolismo)
 O retículo endoplasmático rugoso (REG) possui ribossomos aderidos à
sua membrana e tem importante papel na síntese e transporte de
proteínas.
 O complexo de Golgi tem a função de envolver os produtos da célula
em vesículas e transportá-los, tanto dentro da célula como para o meio
extracelular
70
Células Eucarióticas (3/3)
Célula Eucariótica animal
71
Cromossomos (1/2)
 Os cromossomos contêm os genes que por sua vez são formados por
DNA
 Estes genes permitem a transmissão das informações genéticas de
geração a geração
 Nas células procarióticas, o cromossomo é uma única molécula de
DNA
 Os cromossomos encontram-se imersos no próprio citoplasma
formando uma estrutura denominada nuclóide
 Nas células eucarióticas, o cromossomo é formado por DNA
associado a moléculas de histona, que são proteínas básicas
 Nas células eucarióticas os cromossomos encontram-se
separados dos citoplasma pela membrana nuclear ou carioteca,
em uma estrutura denominada núcleo
 A presença de carioteca é uma característica típica das células
eucarióticas, que as distingue das procarióticas
72
Cromossomo (2/2)
73
Camundongo
Arabidopsis
Levedura
Virus
Drosophila
C. elegans
Organismos Modelo
74
Tamanho de Genomas
Organismo Genoma Data Genes Est.
H.influenzae 1.8 Mb 1995 1.740
S.cerevisiae 12.1 Mb 1996 6.034
C.elegans 97 Mb 1998 19.099
A.thaliana 100 Mb 2000 25.000
D.melanogast
er
180 Mb 2000 13.061
M.musculus 3000 Mb - Desc.
H.sapiens 3000 Mb 2003 35.000
75
Revisão
 Genes são as instruções para construção de proteínas
 o RNA carrega as instruções do núcleo para o citosol onde a proteína
é sintetizada (células eucarióticos)
 As Proteínas são as moléculas trabalhadoras da célula
 Moléculas versáteis

catálise

rigidez estrutural

permeabilidade da membrana

sinalização celular

Motilidade

controle da função dos genes
 Tudo isto requer hardware, software, armazenamento, integração....
76
Referências
 P. Passarge (2004). Genética: texto e atlas. Segunda Edição. Artmed.
 M. Christina M. Bonato. Moldes, Módulos e Forma: do DNA às
Proteínas. (acesso em 31/12/2004)
http://www.biologianaweb.com/Livro2/Moldes.htm

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Conceitos Básicos Biologia Molecular

  • 1. Conceitos Básicos de Biologia Conceitos Básicos de Biologia Molecular Molecular
  • 2. 2 Tópicos  Introdução  Célula e macro-moléculas  Proteínas e Ácidos nucléicos  Ácidos Nucléicos  Componentes  DNA x RNA  Estabilidade do DNA e Flexibilidade do RNA  Estrutura do DNA  Dogma Central da Biologia Molecular  Replicação  Transcrição  Tradução
  • 3. 3 Indústria de Informação  A Fábrica A Célula  O Manual de Instruções DNA  O Dogma Central DNA-RNA- Proteínas  Os Operários Proteínas  Erros de Programação Doenças
  • 4. 4 Biologia Molecular  Retrata o estudo das células e moléculas  Em particular: genoma dos organismos  Conjunto de informações genéticas Codificadas em moléculas de DNA Codificadas em moléculas de DNA
  • 5. 5 A Célula  A célula é a unidade fundamental da vida  Todos os seres vivos, animais e vegetais, são constituídos de células  Cada célula é envolvida por membrana e preenchida por uma solução aquosa  É capaz de criar cópias de si mesma pelo crescimento e divisão celular  Em resumo, uma boa definição para célula é:  "unidade que constitui os seres vivos e, em geral, definida como a menor porção de matéria viva dotada de autoduplicação independente“  Os vírus não podem ser considerados células, pois dependem do parasitismo para se reproduzir, utilizando-se da maquinaria da célula hospedeira (seres acelulares)  Organização estrutural das células  Procarióticas  Eucarióticas
  • 6. 6 Moléculas nas Células (1/2)  Dos vários tipos de moléculas presentes na célula, as de nosso interesse serão as macro-moléculas conhecidas como  Proteínas – cadeia de aminoácidos  Ácidos nucléicos (DNA e RNA) – cadeia de nucleotídeos  A sequência do monômeros que forma essas moléculas dá identidade e funcionalidade a ambos os grupos  Mudanças na sequência de aminoácidos ou de nucleotídeos poderá inativar completamente a ação biológica desses compostos  Por isso, esses tipos de moléculas são denominadas moléculas informacionais
  • 7. 7 Moléculas nas Células (2/2)  A forma e o funcionamento de qualquer célula são decorrentes direto ou indiretamente da presença de um arsenal de proteínas  As proteínas são macromoléculas informacionais sintetizadas sob o comandos de instruções específicas presentes nos ácidos nucléicos (genes)  Alterações nos genes podem acarretar em mudanças na conformação e na atuação das nossas proteínas  De maneira simplista, cada gene (parte funcional do DNA) codifica uma proteína
  • 8. 8 Ácidos Nucléicos  Toda a informação que uma célula necessita durante a sua vida e a de seus descendentes, está organizada em forma de código nas fitas dos ácidos nucléicos  Constituem os armazenadores e transmissores de informação nos seres vivos  Esta informação traduzida em proteínas permite que a célula execute todo o trabalho necessário à sobrevivência do organismo  Existem dois tipos de ácidos nucléicos  Ácido desoxirribonucléico ou DNA e ácido ribonucléico ou RNA  Ambos são polímeros lineares de nucleotídios conectados entre si via ligações covalentes denominadas ligações fosfodiéster
  • 9. 9 Nucleotídios  Os nucleotídios, unidades básicas dos ácidos nucléicos, são constituídos de  Uma base nitrogenada (anel heterocíclico de átomos de carbono e nitrogênio)  Uma pentose (açúcar com cinco carbonos)  Um grupo fosfato (molécula com um átomo de fósforo cercado por 4 oxigênios)
  • 10. 10 Bases Nitrogenadas (1/2)  As bases nitrogenadas são de dois tipos:  Púricas: Adenina (A) e Guanina (G)  Pirimídicas: Timina (T), Citosina (C) e Uracil (U)  As purinas são constituídas de dois anéis fundidos de 5 e 6 átomos e as pirimidinas de um único anel de 6 átomos  Apenas quatro tipos diferentes de bases são encontrados em um dado polímero de ácido nucléico  No DNA as bases constituintes são A, G, C, e T enquanto no RNA são A, G, C, e U  Uracila e Timina são moléculas bastante relacionadas, diferindo apenas pelo grupo metila encontrado no átomo C5 do anel pirimídico da Timina
  • 12. 12 Resíduos de Açúcar (1/2)  Dois tipos de pentoses são encontrados nos ácidos nucléicos  Ribose e desoxirribose  Diferem uma da outra pela presença ou ausência do grupo hidroxila no C 2' da pentose. É baseado nesta característica que os ácidos nucléicos recebem o nome RNA (ribose) ou DNA (desoxirribose)
  • 13. 13 Resíduos de Açúcar (2/2)  A pentose é o elo de ligação entre a base e o grupo fosfato  De um lado, o Nitrogênio 9 das purinas ou o Nitrogênio 1 das pirimidinas liga-se ao C1' da pentose e, de outro lado, o grupo carboxila do átomo de C5' da pentose participa da ligação éster com o grupo fosfato
  • 14. 14 DNA x RNA  As diferenças entre RNA e DNA não se restringem aos tipos de monômeros constituintes  Na maioria das vezes o DNA apresenta-se como uma longa hélice dupla com uma estrutura secundária regular e simples  Os RNAs são, geralmente, moléculas de fita única bem menores que o DNA  Apresentando uma enorme diversidade de estruturas secundárias  Estas características estruturais estão relacionadas às funções destas duas macromoléculas na célula
  • 15. 15 Estrutura do DNA (1/2)  A molécula de DNA é uma dupla hélice cujas cadeias estão unidas por pontes de hidrogênio estabelecidas entre purinas e pirimidinas complementares  Adenina sempre pareia com Timina (A = T) e Guanina com Citosina (G = C)  O modelo de dupla hélice , proposto por Watson e Crick (1953), pautava-se  Nas fotografias de difração de raio X das fibras de DNA feitas por Rosalind Franklin no laboratório de Maurice Wilkins (Cavendish Institute, Cambridge, UK)  E nas razões entre as bases, descritas por Chargaf
  • 16. 16 Estrutura do DNA (2/2) G C A T C GT A | | | | | | | | | | DNA
  • 17. 17 Estabilidade do DNA  A estabilidade e regularidade estrutural da molécula de DNA, deve-se principalmente ao fato dos anéis de desoxirribose não possuirem grupos hidroxila no C 2’  Os grupos hidroxila tanto do C2' como C3' são muito reativos  Podem participar de uma série de ligações pouco usuais permitindo uma variedade enorme de conformações para a molécula de ácido nucléico  Isto não seria uma característica desejável para uma molécula que tem armazenado e transmitido a informação genética durante estes milhões de anos de evolução  O exercício de tal função exige estabilidade e regularidade
  • 18. 18 Flexibilidade do RNA  O RNA, constituído de riboses é muito mais reativo e flexível que o DNA  Além disto, o fato de ser fita simples permite um emparelhamento intramolecular de bases, gerando estruturas bastante complexas  Ao adquirir diferentes conformações numa estrutura tridimensional, as moléculas de RNA podem, inclusive, apresentar sítios ativos que catalisem reações químicas da mesma forma que as enzimas protéicas  A grande flexibilidade dos RNAs que lhes permite executar uma atividade fundamental na célula  Interpretar o código contido na linguagem de nucleotídios e descodificá-lo para a linguagem de aminoácidos  A molécula de RNA é o intermediário no fluxo de informações dentro da célula, do DNA às proteínas
  • 19. 19 Mais Detalhes: Estrutura do DNA  A molécula de DNA é constituída por uma seqüência de nucleotídeos, que por sua vez é formado por três diferentes tipos de moléculas  Uma desoxirribose  Um grupo fosfato  Uma base nitrogenada: A, T, C, e G A orientação das ligações entre as três moléculas constituintes dos nucleotídeos é essencial para se determinar o sentido da dupla fita de DNA
  • 20. 20 Ligação entre a Base e a Pentose  Esta ligação é feita covalentemente através de uma ligação N-glicosídica com a hidroxila ligada ao carbono-1 da pentose.
  • 21. 21 Ligação entre o Fosfato e a Pentose  Esta ligação é feita através de uma ligação fosfodiéster com a hidroxila ligada ao carbono-5 da pentose
  • 22. 22 Ligação entre os Nucleotídeos (1/4)  Para a formação da molécula de DNA é necessário que ocorra a ligação entre os nucleotídeos  Os nucleotídeos estão ligados covalentemente por ligações fosfodiéster formando entre si pontes de fosfato  O grupo hidroxila do carbono-3 da pentose do primeiro nucleotídeo se liga ao grupo fosfato ligado a hidroxila do carbono-5 da pentose do segundo nucleotídeo através de uma ligação fosfodiéster
  • 23. 23 Ligação entre os Nucleotídeos (2/4)
  • 24. 24 Ligação entre os Nucleotídeos (3/4)  Devido a esta formação a cadeia de DNA fica com uma direção determinada  Em uma extremidade temos livre a hidroxila do carbono-5 da primeira pentose e na outra temos livre a hidroxila do carbono-3 da última pentose  Isto determina que o crescimento do DNA se faça na direção de 5' para 3'
  • 25. 25 Ligação entre os Nucleotídeos (4/4)
  • 26. 26 Estrutura 3-D do DNA (1/2)  Sabendo-se como são feitas as ligações entre os nucleotídeos, formando assim a fita de DNA, podemos analisar a estrutura tridimensional do DNA  James Watson e Francis Crick (1953) postularam um modelo tridimensional para a estrutura do DNA baseando-se em estudos de difração de raio-X  Duas cadeias helicoidais de DNA, enroladas ao longo de um mesmo eixo, formando uma dupla hélice de sentido rotacional à direita  Na dupla hélice as duas fitas de DNA estão em direção opostas, isto significa que são anti-paralelas.  O termo anti-paralelas deve-se ao fato de que uma das fitas tem a direção exata da sua síntese (5'---3') enquanto que a outra está invertida (3'----5').  Esta conformação em fitas anti-paralelas levará à necessidade de mecanismos especiais para a replicação do DNA
  • 27. 27 Estrutura 3-D do DNA (2/3)
  • 28. 28 Estrutura 3-D do DNA (3/3)  Com base na estrutura de dupla hélice do DNA e nas características de hidrofobicidade das moléculas, a estrutura do DNA fica da seguinte forma  O grupo fosfato e o açúcar (parte hidrofílica) - estão localizados na parte externa da molécula  As bases nitrogenadas (parte hidrofóbica) - estão localizadas na parte interna da molécula  O pareamento das bases de cada fita se dá de maneira padronizada, sempre uma purina com uma pirimidina, especificamente: adenina com timina e citosina com guanina  A proximidade destas bases possibilita a formação de pontes de hidrogênio  Adenina forma duas pontes de hidrogênio com a timina e a citosina forma três pontes com a guanina
  • 29. 29 O Dogma Central e os Moldes (1/4)  Desde meados da década de 50 já se pensava na hipótese do DNA constituir-se num molde para a síntese de moléculas de RNA  Os RNAs, por sua vez, devido a sua mobilidade e flexibilidade acoplar-se-iam aos ribossomos e dirigiriam a síntese de proteínas  Baseado neste raciocínio, Francis Crick propôs em 1956 o dogma central da biologia, salientando o fluxo unidirecional da informação: do DNA à proteína
  • 30. 30 O Dogma Central e os Moldes (2/4)  Para compreender este fluxo utilizamos a idéia de moldes  O DNA serviria de molde para  A síntese de novas moléculas de DNA (duplicação)  A síntese de moléculas de RNA (transcrição)  Algumas destas moléculas de RNA, que denominamos RNA mensageiros (mRNA), poderiam servir de molde para  A síntese de proteínas (tradução), que ocorre nos ribossomos  Nesta proposta, jamais as proteínas servem de molde à síntese de ácidos nucléicos ou de outras moléculas de proteína  Esta hipótese tem sido confirmada no decorrer de quase quatro décadas de pesquisa
  • 31. 31 O Dogma Central e os Moldes (3/4)  A proposta original foi ampliada nos últimos anos com a descoberta, em 1970, da enzima transcriptase reversa  Foi esclarecido que é possível sintetizar DNA utilizando-se RNA como molde  Um pouco antes disto, por volta de 1965, foi demostrado que o RNA também podia servir de molde à síntese de outras moléculas de RNA  Isto foi possível graças ao isolamento da enzima replicase codificada por um vírus infeccioso cuja informação genética está contida numa molécula simples de RNA
  • 32. 32 O Dogma Central e os Moldes (4/4)  Estes novos conhecimentos permitiram que o dogma central se ampliasse sem, contudo, perder a unidirecionalidade, ou seja, de ácido nucléico para proteína
  • 33. 33 Síntese de Ácidos Nucléicos  A síntese "in vivo" de uma molécula de ácido nucléico depende sempre da existência de um molde complementar e de máquinas protéicas específicas que adicionem os monômeros ao polímero nascente  Como funcionaria um molde?  No caso dos ácidos nucléicos a complementaridade de bases permite facilmente a utilização de moldes  Esta complementaridade está baseada no fato de que é possível estabelecer pontes de hidrogênio entre G e C , A e T ou A e U, ou seja, purinas emparelham com pirimidinas  A síntese dos ácidos nucléicos ocorre com a adição de nucleotídios ao terminal 3'-OH da cadeia nascente de sorte que a síntese é sempre no sentido 5'→3‘  Durante a síntese de DNA as enzimas envolvidas são DNA polimerases enquanto na síntese de RNA as enzimas envolvidas são RNA polimerases
  • 34. 34 Replicação do DNA Replicação do DNA é o processo de auto-duplicação do material genético mantendo assim o padrão de herança ao longo das gerações Teoria semi-conservativa  Cada fita do DNA é duplicada formando uma fita híbrida, isto é, a fita velha pareia com a fita nova formando um novo DNA; de uma molécula de DNA formam-se duas outras iguais a ela. Cada DNA recém formado possui uma das cadeias da molécula mãe, por isso o nome semi-conservativa
  • 35. 35 Transcrição: Antecedentes Históricos (1/2)  Ao se desvendar a estrutura da molécula de DNA o princípio da replicação pôde ser visualizado sem dificuldades  No entanto, a forma com que as proteínas eram geradas a partir desta molécula informacional ainda constituía um mistério  Em 1954, o astrofísico George Gamow, tomando conhecimento dos trabalhos de Watson & Crick, sobre estrutura e replicação do DNA, propôs que os quatro tipos de bases seqüencialmente dispostos na molécula de DNA constituiriam as letras de um código  Este código comandaria a seqüência dos aminoácidos nas proteínas  A questão inicial era descobrir como o sistema de 4 bases estava organizado para sinalizar aos 20 tipos de aminoácidos que participam das proteínas
  • 36. 36 Transcrição: Antecedentes Históricos (2/2)  De 1954 a 1966, intensas discussões e experimentações foram realizadas por todos aqueles que se interessavam pelo assunto  Particularmente Crick, que já postulava a existência de uma molécula intermediária para estabelecer a complementaridade necessária entre as bases dos ácidos nucléicos e os aminoácidos das proteínas  Finalmente, os trabalhos realizados por Nirenberg & Leder (1964) e por Khorana e colaboradores (1966), desvendaram por completo o código genético  Cada aminoácido correspondia a um ou mais códons (cada uma das possíveis combinações das quatro bases, três a três)
  • 37. 37 RNA e Síntese de Proteínas  Apesar de já estar claramente demonstrado que o material genético era o DNA  Inicialmente não havia conhecimento sobre qualquer conexão entre o processo de síntese protéica que ocorre no citoplasma e a molécula de DNA presente no núcleo  Paulatinamente sedimentava-se a idéia de que o molde para a síntese de proteínas era RNA e não DNA, baseado em evidências tais como  Existência de um tipo de RNA que transportava aminoácidos (tRNA)  Ocorrência de síntese protéica nos ribossomos localizados no citoplasma da célula eucariótica, portanto, separado do DNA, que se encontra no núcleo
  • 38. 38 Hibridização  Utilizando a técnica de hibridização, Hall & Spiegelman (1961) demonstraram que o DNA agia como molde para a síntese de moléculas instáveis de RNA e que havia uma correlação entre o aumento de RNA instável e síntese protéica  Hibridização  Quando um DNA dupla fita é desnaturado pelo calor (90oC), suas hélices se separam devido ao rompimento das pontes de hidrogênio entre as bases  Se a solução contendo DNA desnaturado for resfriada lentamente, as duas hélices, complementares entre si, voltam a se anelar (hibridizar)  Ou seja, os segmentos complementares conseguem "se encontrar", refazendo a dupla hélice
  • 39. 39 mRNA, Genes e Ribossomos  Em trabalho publicado em 1961 (Brenner et al) assumiu-se, definitivamente, que a espécie instável de RNA, era responsável por carregar a mensagem contida na molécula de DNA até os ribossomos  Denominada RNA mensageiro (mRNA)  Finalmente estabelecia-se uma conexão entre genes e proteínas  Via uma molécula instável de RNA, cuja síntese e degradação podia ser perfeitamente regulada pela célula em resposta a suas necessidades
  • 40. 40 Tipos RNAs (1/2)  As células possuem muitos tipos diferentes de moléculas de RNA que executam trabalhos diversos  Os tipos de RNA que participam do processo de síntese protéica são: RNA mensageiro (mRNA), RNA transportador (tRNA) e RNA ribossômico (rRNA)  Os três tipos de RNA, rRNA, tRNA e mRNA participam do processo de síntese protéica  Os mRNA contem a mensagem que será traduzida em proteína, de sorte que a seqüência de bases no mRNA determina a seqüência dos aminoácidos no polipeptídio  Os tRNA carregam os aminoácidos específicos para cada códon  O local de síntese protéica é o ribossomo, um complexo ribonucleoprotéico onde rRNAs associam-se à proteínas específicas
  • 42. 42 Transcrição do DNA (1/2)  A síntese dos diferentes tipos de RNA, a partir de um molde de DNA, usando as regras da complementaridade, é um processo denominado Transcrição do DNA  A informação genética contida num segmento do DNA, é reescrita em uma fita simples de RNA  Esta fita apresenta uma seqüência de ribonucleotídios complementar a uma das fitas da dupla hélice de DNA (fita molde) e idêntica àidêntica à seqüência da outra fita (fita codificadora), com substituição de T por U
  • 43. 43 Transcrição do DNA (2/2) • Quando se escreve um seqüência de nucleotídios correspondente a um gene, sempre é representada a fita codificadora • A seqüência é sempre escrita no sentido 5'-> 3'
  • 44. 44 A Unidade de Transcrição (1/3)  A síntese de qualquer dos tipos de molécula de RNA é catalisada pela enzima RNA polimerase  Os processos de transcrição e replicação do DNA apresentarem várias características em comum, mas são fundamentalmente diferentes  Durante a replicação, o cromossomo inteiro é copiado, produzindo-se fitas filhas idênticas às originais  Durante a transcrição, apenas segmentos selecionados de uma das fitas do DNA são utilizados como molde  Resultando na transcrição apenas dos genes necessários em um determinado momento da vida do organismo  Transcrever regiões não-gênicas ou genes cujos produtos não são necessários num determinado momento, seria uma perda de tempo e de energia  Ou seja, o processo de transcrição deve ser bastante seletivo e as enzimas e proteínas reguladoras que dele participam devem ser capazes de distinguir sinais que demarquem as seqüências de interesse, ou seja, onde começar e onde terminar a transcrição de um segmento
  • 45. 45 A Unidade de Transcrição (2/3)  A transcrição de um segmento se inicia quando a RNA polimerase reconhece e liga-se a seqüências específicas de nucleotídios em uma região especial, no início do gene, denominada promotor  Além destas seqüências, o promotor engloba o ponto de início  Primeiro par de bases a ser transcrito em RNA  A partir daí a RNA polimerase move-se ao longo do molde, sintetizando RNA, até alcançar uma outra seqüência específica que sinaliza o término da transcrição  Assim, a unidade de transcrição estende-se do ponto de início (+1) no promotor, até o terminador
  • 46. 46 A Unidade de Transcrição (3/3) Diz-se que as seqüências que antecedem o ponto de início localizam-se à montante (upstream) e as que o sucedem localizam-se à jusante (downstream) A posição das bases é numerada nos dois sentidos, a partir do ponto de início, ao qual se atribui o valor +1. Os valores aumentam (valor positivo) à jusante e diminuem (valor negativo) à montante
  • 47. 47 Reconhecimento do Promotor  O processo de transcrição pode ser subdividido em quatro momentos fundamentais  Reconhecimento do promotor, iniciação, alongamento e terminação  Cada uma destas fases está sujeita à modulação via diversos mecanismos reguladores  Para que este processo ocorra é necessário, antes de mais nada, que a RNA polimerase identifique sinais específicos no DNA, os quais direcionarão a transcrição de genes específicos no momento adequado  A região do gene que contem estas seqüências de reconhecimento é o promotor  Uma enorme variedade de sinais pode ser encontrada nas regiões promotoras de diferentes genes. É por este motivo que os promotores são locais extremamente importantes no controle da expressão gênica
  • 48. 48 Processamento Pós-Transcricional (1/4)  O produto imediato da transcrição, o transcrito primário não é, necessariamente, uma entidade funcional  Para se tornar funcional, a maioria deles precisa sofrer uma série de modificações que podem envolver adição ou remoção de nucleotídios ou ainda, modificação de alguns nucleosídeos específicos  Tanto o mRNA como o tRNA ou rRNA podem ser alterados de diferentes formas para se transformarem num RNA funcional  O conjunto das modificações sofrida pelo transcrito primário é conhecido por processamento pós-transcricional
  • 49. 49 Processamento Pós-Transcricional (2/4)  A ausência de compartimentalização do genoma em procariotos permite que os processos de transcrição e tradução sejam acoplados de formas que, antes mesmo de terminar a transcrição a tradução já se inicia  Uma das conseqüências disto é que, em geral, os mRNAs de procariotos não sofreriam modificações  Nos eucariotos, os processos de transcrição e tradução estão temporal e espacialmente isolados  A transcrição do DNA ocorre no núcleo e a tradução no citoplasma  Os transcritos primários que originarão mRNAs, na sua migração do núcleo para o citoplasma, sofrem extensiva modificação antes de atravessarem a barreira imposta pela carioteca
  • 50. 50 Processamento Pós-Transcricional (3/4)  As modificações que podem ocorrer nos transcritos nucleares são, basicamente de três tipos:  Coroamento ("capping") do terminal 5';  Poliadenilação do terminal 3';  Montagem de segmentos codificadores ("splicing")  Este conjunto de modificações no transcrito nuclear originará o mRNA, pronto para migrar para o citoplasma  Transcritos originados na mitocôndria ou cloroplastos não sofreriam tais modificações, comportando-se de forma similar aos de bactérias
  • 52. 52 Splicing do mRNA (1/2)  Uma das características do genoma de eucariotos é que os genes podem ser fragmentados. O que significa isto?  Num segmento do DNA, correspondente a um gene que codifica uma determinada proteína, são encontradas  Regiões codificadoras (exons) alternando-se com regiões não-codificadoras (introns)  O transcrito resultante não é funcional e só poderá ser traduzido se for devidamente montado, descartando-se os introns e unindo-se os exons em seqüência ordenada  Este tipo de modificação do transcrito primário é denominado "splicing" (cortar e colar; montagem)  Ocorre dentro do núcleo  O transcrito processado e pronto para migrar para o citoplasma, recebe o nome de RNA mensageiro
  • 53. 53 Splicing do mRNA (2/2)  A descoberta de que os genes de eucariotos poderiam ser interrompidos ou fragmentados, foi realizada por Philip Sharp & Richard Roberts, em 1977, tendo lhes valido o prêmio Nobel de 1993  Posteriormente, foram detectados genes interrompidos também em bactérias, porém como um evento raro tanto nos genomas indivíduais como no próprio domínio Bacteria  Segmentos não codificadores são muito frequentes no genoma eucariótico  Ao contrário do que ocorre nas bactérias, onde os genes estão mais compactamente organizados  Em eucariotos as distâncias intergênicas são grandes e, dentro dos próprios genes a freqüência de introns é alta. Em geral, os introns são muito mais extensos que os exons  O processo de remoção dos introns e união dos exons ocorre via reações altamente específicas, em pontos de junção definidos, de sorte a garantir que a mensagem contida na seqüência de nucleotídios dos exons não seja alterada durante a montagem
  • 54. 54 Sítios de splicing (1/2)  Exons:  Seqüências expressas (traduzidas em proteínas)  Introns:  Seqüências intercaladas que são eliminadas na tradução  Sítios de splicing (splice-junctions)  Fronteiras onde ocorrem junções de exons e introns  Doadoras: bordas exon-intron  Receptoras: bordas intron-exon
  • 55. 55 Sítios de splicing (2/2) Splicin g DNA Transcrição doador mRNA intron exon receptor
  • 56. 56 Expressão Gênica – Transcrição Expressão Gênica – Transcrição (1/2) (1/2) T G C A G C T C C G G A C T C C A T . . . RNA Polimerase promotor Transcrição DNA mRNA A T
  • 57. 57 Expressão Gênica – Transcrição Expressão Gênica – Transcrição (2/2) (2/2) T G C A G C T C C G G A C T C C A T . . . RNA Polimerase promotor Transcrição A C G A G G C C U G A G G U A . . . DNA mRNA C G U
  • 58. 58 Expressão Gênica – Tradução Expressão Gênica – Tradução (1/2) (1/2) T G C A G C T C C G G A C T C C A T . . . RNA Polimerase promotor Transcrição A C G U C G A G G C C U G A G G U A . . . DNA mRNA Tradução His Ribossomo A C G códon
  • 59. 59 Expressão Gênica – Tradução Expressão Gênica – Tradução (2/2) (2/2) T G C A G C T C C G G A C T C C A T . . . RNA Polimerase promotor Transcrição A C G U C G A G G C C U G A G G U A . . . DNA mRNA Tradução Ribossomo His Leu Gli Ser Ser Cis
  • 60. 60 Código Genético (1/4)  Toda a atividade celular depende da presença de proteínas  A função das proteínas depende da sua conformação tridimensional que, por sua vez, é determinada por uma seqüência de aminoácidos  Quem contém a informação para especificar a seqüência de aminoácidos das diferentes proteínas é o DNA  No entanto, os genes (DNA) não codificam diretamente as proteínas, fazendo isto por meio de uma molécula mensageira (mRNA)  A unidade básica (códon) do código para um aminoácido consiste em uma seqüência de três pares de bases nucleotídicas (códon de trincas)  O código genético também inclui seqüências para o início (códon iniciador) e para o término (códon finalizador) da região codificadora  O código genético é universal: os mesmos códons são utilizados por diferentes organismos
  • 61. 61 Código Genético (2/4)  Código Genético  mapeamento dos códons nos aminoácidos  64 códons  20 aminoácidos  3 códons de parada aminoácidos mapeados por mais de um códon Degeneração do código genético Degeneração do código genético
  • 62. 62
  • 63. 63 Código Genético (3/4) U C A G U Phe Phe Leu Leu Ser Ser Ser Ser Tyr Tyr Parada Parada Cys Cys Parada Trp U C A G C Leu Leu Leu Leu Pro Pro Pro Pro His His Gln Gln Arg Arg Arg Arg U C A G A Ile Ile Ile Met Thr Thr Thr Thr Asn Asn Lys Lys Ser Ser Arg Arg U C A G G Val Val Val Val Ala Ala Ala Ala Asp Asp Glu Glu Gly Gly Gly Gly U C A G 1 a base no códon 2a base no códon 3 a base no códon
  • 64. 64 Código Genético (4/4)  Visto que o código genético tem redundância, é possível que diferentes seqüências nucleotídicas codifiquem a mesma seqüência de aminoácidos  Essas diferenças limitam-se a uma ou, quando muito, a duas posições da trinca de uma dado códon Leu Pro Arg Lis Ile UUA CCU AUU AAA CGG CUG CCG AUA AAG CGA
  • 65. 65 As células  A célula é a unidade fundamental da vida  Todos os seres vivos, animais e vegetais, são constituídos de células  Cada célula é envolvida por membrana e preenchida por uma solução aquosa  É capaz de criar cópias de si mesma pelo crescimento e divisão celular  Em resumo, uma boa definição para célula é:  "unidade que constitui os seres vivos e, em geral, definida como a menor porção de matéria viva dotada de autoduplicação independente“  Os vírus não podem ser considerados células, pois dependem do parasitismo para se reproduzir, utilizando-se da maquinaria da célula hospedeira (seres acelulares)  Organização estrutural das células  Procarióticas  Eucarióticas
  • 66. 66 Células Procarióticas (1/2)  Não possuem envoltório nuclear (carioteca)  São pobres em membranas, pequenas e simples  Possuem membrana celular circundada por uma parede celular rígida  Não possuem núcleo e nem organelas membranosas (mitocôndrias, retículo endoplasmático, complexo de Golgi).  O citoplasma não se apresenta dividido em compartimentos, como ocorre nas células eucarióticas  Possuem DNA livre no citoplasma (um único cromossomo em forma circular)  Os organismos formados por células procarióticas (procariontes) são sempre unicelulares  São representadas pelas bactérias, incluindo as cianobactérias, que também são chamadas de cianofíceas e algas azuis  A célula procariótica mais estudada é a bactéria Escherichia coli, devido à sua simplicidade estrutural, rapidez de multiplicação e por não ser patogênica. É encontrada no trato gastrointestinal humano
  • 67. 67 Células Procarióticas (2/2) Célula procariótica de bactéria
  • 68. 68 Células Eucarióticas (1/3)  Possuem citoplasma (revestido pela membrana plasmática) e núcleo (revestido pelo envoltório nuclear), entre os quais há um fluxo constante de moléculas, nos dois sentidos.  Muitas reações metabólicas ocorrem dentro de compartimentos estruturais, isoladas, já que os eucariontes contêm membranas internas envolvendo organelas  Por exemplo, as mitocôndrias e o complexo de Golgi, bem como o retículo endoplasmático.  Além de aumentar a eficiência, essa separação de atividades permite que as células eucarióticas atinjam maior tamanho, sem prejuízo de suas funções  Os organismos constituídos por células eucarióticas (eucariontes) podem ser unicelulares ou pluricelulares  São eucarióticas as células de animais, vegetais, fungos, protozoários e muitas algas
  • 69. 69 Células Eucarióticas (2/3)  As diferentes funções da célula se distribuem entre as organelas no interior desta. Tomando uma célula eucariótica animal como modelo  O núcleo da célula é o lugar onde o DNA cromossômico fica armazenado, ou seja, a informação que a célula precisa para se manter e se dividir  Esse material genético é representado pela cromatina (composta pelos cromossomos - moléculas de DNA associadas a proteínas histônicas  Os ribossomos participam da síntese de proteínas (tradução do mRNA)  As mitocôndrias são responsáveis pela respiração celular (produção de ATP, que é a energia que a célula utiliza para seu metabolismo)  O retículo endoplasmático rugoso (REG) possui ribossomos aderidos à sua membrana e tem importante papel na síntese e transporte de proteínas.  O complexo de Golgi tem a função de envolver os produtos da célula em vesículas e transportá-los, tanto dentro da célula como para o meio extracelular
  • 71. 71 Cromossomos (1/2)  Os cromossomos contêm os genes que por sua vez são formados por DNA  Estes genes permitem a transmissão das informações genéticas de geração a geração  Nas células procarióticas, o cromossomo é uma única molécula de DNA  Os cromossomos encontram-se imersos no próprio citoplasma formando uma estrutura denominada nuclóide  Nas células eucarióticas, o cromossomo é formado por DNA associado a moléculas de histona, que são proteínas básicas  Nas células eucarióticas os cromossomos encontram-se separados dos citoplasma pela membrana nuclear ou carioteca, em uma estrutura denominada núcleo  A presença de carioteca é uma característica típica das células eucarióticas, que as distingue das procarióticas
  • 74. 74 Tamanho de Genomas Organismo Genoma Data Genes Est. H.influenzae 1.8 Mb 1995 1.740 S.cerevisiae 12.1 Mb 1996 6.034 C.elegans 97 Mb 1998 19.099 A.thaliana 100 Mb 2000 25.000 D.melanogast er 180 Mb 2000 13.061 M.musculus 3000 Mb - Desc. H.sapiens 3000 Mb 2003 35.000
  • 75. 75 Revisão  Genes são as instruções para construção de proteínas  o RNA carrega as instruções do núcleo para o citosol onde a proteína é sintetizada (células eucarióticos)  As Proteínas são as moléculas trabalhadoras da célula  Moléculas versáteis  catálise  rigidez estrutural  permeabilidade da membrana  sinalização celular  Motilidade  controle da função dos genes  Tudo isto requer hardware, software, armazenamento, integração....
  • 76. 76 Referências  P. Passarge (2004). Genética: texto e atlas. Segunda Edição. Artmed.  M. Christina M. Bonato. Moldes, Módulos e Forma: do DNA às Proteínas. (acesso em 31/12/2004) http://www.biologianaweb.com/Livro2/Moldes.htm