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PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
DIMENSÕES DO PROCESSO 
& 
FACTORES RELEVANTES 
• CONSAGRAÇÃO CONSTITUCIONAL E 
PRINCÍPIOS; 
• MÉTODOS E TIPOS DE PARTICIPAÇÃO; 
• AS METAS OS OBJECTIVOS, E OS 
RESULTADOS; 
• OS ACTORES E AS RELAÇÕES; 
• PONTOS PARA REFLEXÃO 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL 
C.R.A. (Título I) 
Artigo 2º 
• A República de Angola é um Estado Democrático de Direito 
que tem como fundamento A SOBERANIA POPULAR, … 
PLURALISMO DE EXPRESSÃO, … E A DEMOCRACIA 
REPRESENTATIVA E PARTICIPATIVA 
• Artigo 3º 
• (…) Promove e defende os Direitos e Liberdades 
fundamentais do Homem, … assegura o respeito e a garantia 
da sua efectivação … 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
PRINCÍPIOS 
DESTAQUES 
DL 02/07 vs Lei 17/10 
Artigo 3º 
• Transitoriedade: implica k a institucionalização das 
Autarquias Locais obedeça ao princípio de gradualismo, da 
oportunidade de alargamento das atribuições, doseamento 
da tutela de mérito e a correspondência funcional com o 
regime de transitoriedade do sistema da Administração Local 
do Estado. 
• Participação e colegialidade: procura incentivar os cidadãos 
na solução dos problemas locais, aproximar os serviços 
públicos às populações de modo a garantir a celeridade, a 
desburocratização e a adequação ds decisões realidade local. 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
• Participação na teoria democrática e de Direito: “capacidade 
de se envolver nas decisões políticas de um país ou uma 
região”. – “Conquista da Cidadania (exercício e controlo do 
Poder)” 
• Poder: o Direito de decidir, deliberar, agir, mandatar, impor a 
sua vontade; 
• Autarquias: “comandar a si mesmo" ou "auto comandar-se". 
CRA – Título VI PODER LOCAL – CAPITULO I PRINCÍPIOS GERAIS 
Artigo 214º nº 1 (Princípio da Autonomia Local) 
“ (…) Compreende o direito e a capacidade efectiva de gerirem e 
regulamentarem, … no interesse das respectivas populações, 
os assuntos públicos locais. (AUTONOMIA) 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
ONDE ESTAMOS? 
DIFERENTES FORMAS DE PERCEPÇÃO 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW) 
Pessoal da 
Administração 
Sociedade Civil 
“consulta” e “auscultação” 
no sentido da informação 
numa única direcção, 
esquecendo a 
“concertação”. 
“participação no processo de 
tomada de decisão”. 
Representação e mandato no CACS 
Outros 5% 
Não sabe 27% 
Indicação do partido 13% 
Eleição por cada extrato para eleger … 0% 
Nomeação feita pela Administração 55%
Tipo de Participação 
As decisões e os projectos são realizados em conjunto pelas instituições 
locais 
As práticas de governação local são reflexo das práticas nacionais, centralizado 
e em obediência ao nível hierarquicamente superior, a quem prestam contas. 
•Não existe equilíbrio na relação de poderes (Executivo = Sujeito; Cidadão = 
Objecto); 
•Privatização do Espaço Público Civil, a semelhança das Eleições Gerais por 
Listas Impostas em detrimento da Livre Expressão e Vontade Popular; 
•Moldado como um Espaço Político (Representação): princípios de 
Igualdade, Representação e Participação é uma ILUSÃO 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW) 
5% 
Cada actor liderar a construção participativa de uma área sectorial de 
trabalho 
2% 
As decisões são construídas em conjunto 2% 
Os participantes são convidados a participar nas decisões 5% 
Os participantes são convidados a expressar a sua opinião 24% 
Os participantes são informados dos planos e projectos 63%
BLOQUEIOS A PARTICIPAÇÃO 
Medo para desafiar as autoridades 1% 
Falta de credibilidade no processo 2% 
Falta de habilidades de facilitar processos de participação 1% 
Falta de auto-confiança, prefere ouvir 0% 
Medo das consequências: perder poder, posição ou influência 2% 
Falta de recursos - tempo 1% 
Falta de informações sobre o processo 5% 
Não se sentir dono do processo 5% 
Não ser convidado para participar - marginalizado 36% 
não respondeu 48% 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
BLOQUEIOS A PARTICIPAÇÃO 
• Informação e apropriação: é importante conhecer os 
espaços de participação que existem e perceber como 
funcionam. Participação deve potenciar qualidades como 
compromisso, envolvimento, responsabilidade, práticas 
democráticas, tolerância e auto-estima; 
• Medo: uma abordagem honesta respeita o contraditório e a 
diferença; 
• Não ser convidado: Carácter sistémico de discriminação de 
quem “Não é Nosso” porque não reconhecido como SUJEITO 
e como se as suas necessidades não devem ser tidas em conta 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
METAS, OBJECTIVOS E RESULTADOS 
Plano Estratégico para a Desconcentração e Descentralização 
Administrativas (MAT - Fevereiro de 2000) 
• Desconcentração até 2003; 
• Descentralização até 2005; 
 Provimento de instrumentos adequados de gestão e 
capacidades para a prestação de serviços; 
 Alocação efectiva e oportuna de recursos nas áreas 
geográficas críticas para alcançar os pobres; 
 aprendizagem sistemática sobre o que funciona ao nível local 
 De lá para cá 
 QUAIS OS RESULTADOS? 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
DL 02/07 vs LEI 17/10 
“Paradigma da Desconcentração administrativa e financeira” 
• Descentralização gradual da autoridade e de recursos para os 
municípios como um meio para melhorar a prestação de 
serviços (88 Unidades orçamentais - contraste com os 
princípios de gestão autónoma); 
• Institucionalização da participação cívica no processo de 
tomada de decisões no domínio Político, Económica e social 
através dos CACS (Angola 2025 - 2004); 
• O CACS NÃO DELIBERA. A pessoa que está no centro de todas 
as decisões tomadas é o Administrador e o pessoal a ele 
ligado, seguindo o modelo de Governação centralizado, 
decidindo e executando (muitas vezes sem informar, nem 
consultar a sociedade civil); 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
DL 02/07 vs LEI 17/10 
• O CACS institucionaliza apenas a dimensão de “Representação” 
a auscultação se limita às entidades indicadas; 
• Ausência deliberada de mecanismos e práticas de eleição, por 
sufrágio, dos representantes pelos representados aos CACS, é 
uma medida de imposição política sem alternativas, esvazia a 
noção de poder e autonomia dos titulares de direitos; 
• Não fortalece a autonomia local que compreende o direito e a 
capacidade efectiva de gerir e regulamentar, nos termos da 
Constituição e da lei; 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
OS ACTORES E AS RELAÇÕES 
GOVERNAMENTAIS 
• Arrogância do Discurso 
Competente e do Falso Neutro; 
• Sujeito do Poder e das Decisões 
• Carrossel: recrutamento nas 
estruturas do partido e dos mais 
próximos para reforçar o poder 
de imposição; 
• Comités de especialidade e o 
curriculum oculto a coberto da 
Democracia 
NÃO GOVERNAMENTAIS 
• Dogmatismo, submissão e 
domesticação/medo conotação); 
• Sujeito de manipulação 
• Ignorância: particularismo e 
relação de tutela (desestímulo a 
participação, quebra de vínculo); 
• Ausência de estratégias de 
influência para mudanças (i.e. 
papel político da CNSC, Fóruns); 
• Fraca capacidade de análise dos 
papéis públicos e políticos para 
agir 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
PONTOS PARA REFLEXÃO 
Transitoriedade e gradualismo: 
• O que é que funcionou bem? 
• Que lugar ocupa a participação no sistema de 
decisão? 
• Qual é o poder real de decisão e o controlo social dos 
cidadãos? 
• Quem define as regras do jogo; 
• Que tipo de práticas são adoptadas? 
• Quais os resultados e o impacto na vida dos 
cidadãos? 
• ENTÃO? QUE FUTURO PARA AS AUTARQUIAS? 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
ALGUMAS DICAS 
• Importante a elevação da auto-estima dos cidadãos (sentido 
de pertença e do reconhecimento); 
• Construção de uma cultura política de cidadania e de uma 
consciência social cívica no seio das OSC, como contra-partes; 
• Incentivo ao associativismo nos bairros e debates na análise 
de papéis (públicos e políticos) para armar os cidadãos com 
argumentos para agir; 
• Estudos sobre os mecanismos e práticas tradicionais de 
participação, que podem ser usados como modelos de 
consciencialização e mobilização dos cidadãos, na construção 
de uma consciência social cívica para os novos desafios. 
PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA 
DW)
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Participação cívica nas autarquias angolanas

  • 1. PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 2. DIMENSÕES DO PROCESSO & FACTORES RELEVANTES • CONSAGRAÇÃO CONSTITUCIONAL E PRINCÍPIOS; • MÉTODOS E TIPOS DE PARTICIPAÇÃO; • AS METAS OS OBJECTIVOS, E OS RESULTADOS; • OS ACTORES E AS RELAÇÕES; • PONTOS PARA REFLEXÃO PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 3. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL C.R.A. (Título I) Artigo 2º • A República de Angola é um Estado Democrático de Direito que tem como fundamento A SOBERANIA POPULAR, … PLURALISMO DE EXPRESSÃO, … E A DEMOCRACIA REPRESENTATIVA E PARTICIPATIVA • Artigo 3º • (…) Promove e defende os Direitos e Liberdades fundamentais do Homem, … assegura o respeito e a garantia da sua efectivação … PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 4. PRINCÍPIOS DESTAQUES DL 02/07 vs Lei 17/10 Artigo 3º • Transitoriedade: implica k a institucionalização das Autarquias Locais obedeça ao princípio de gradualismo, da oportunidade de alargamento das atribuições, doseamento da tutela de mérito e a correspondência funcional com o regime de transitoriedade do sistema da Administração Local do Estado. • Participação e colegialidade: procura incentivar os cidadãos na solução dos problemas locais, aproximar os serviços públicos às populações de modo a garantir a celeridade, a desburocratização e a adequação ds decisões realidade local. PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 5. • Participação na teoria democrática e de Direito: “capacidade de se envolver nas decisões políticas de um país ou uma região”. – “Conquista da Cidadania (exercício e controlo do Poder)” • Poder: o Direito de decidir, deliberar, agir, mandatar, impor a sua vontade; • Autarquias: “comandar a si mesmo" ou "auto comandar-se". CRA – Título VI PODER LOCAL – CAPITULO I PRINCÍPIOS GERAIS Artigo 214º nº 1 (Princípio da Autonomia Local) “ (…) Compreende o direito e a capacidade efectiva de gerirem e regulamentarem, … no interesse das respectivas populações, os assuntos públicos locais. (AUTONOMIA) PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 6. ONDE ESTAMOS? DIFERENTES FORMAS DE PERCEPÇÃO PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW) Pessoal da Administração Sociedade Civil “consulta” e “auscultação” no sentido da informação numa única direcção, esquecendo a “concertação”. “participação no processo de tomada de decisão”. Representação e mandato no CACS Outros 5% Não sabe 27% Indicação do partido 13% Eleição por cada extrato para eleger … 0% Nomeação feita pela Administração 55%
  • 7. Tipo de Participação As decisões e os projectos são realizados em conjunto pelas instituições locais As práticas de governação local são reflexo das práticas nacionais, centralizado e em obediência ao nível hierarquicamente superior, a quem prestam contas. •Não existe equilíbrio na relação de poderes (Executivo = Sujeito; Cidadão = Objecto); •Privatização do Espaço Público Civil, a semelhança das Eleições Gerais por Listas Impostas em detrimento da Livre Expressão e Vontade Popular; •Moldado como um Espaço Político (Representação): princípios de Igualdade, Representação e Participação é uma ILUSÃO PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW) 5% Cada actor liderar a construção participativa de uma área sectorial de trabalho 2% As decisões são construídas em conjunto 2% Os participantes são convidados a participar nas decisões 5% Os participantes são convidados a expressar a sua opinião 24% Os participantes são informados dos planos e projectos 63%
  • 8. BLOQUEIOS A PARTICIPAÇÃO Medo para desafiar as autoridades 1% Falta de credibilidade no processo 2% Falta de habilidades de facilitar processos de participação 1% Falta de auto-confiança, prefere ouvir 0% Medo das consequências: perder poder, posição ou influência 2% Falta de recursos - tempo 1% Falta de informações sobre o processo 5% Não se sentir dono do processo 5% Não ser convidado para participar - marginalizado 36% não respondeu 48% PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 9. BLOQUEIOS A PARTICIPAÇÃO • Informação e apropriação: é importante conhecer os espaços de participação que existem e perceber como funcionam. Participação deve potenciar qualidades como compromisso, envolvimento, responsabilidade, práticas democráticas, tolerância e auto-estima; • Medo: uma abordagem honesta respeita o contraditório e a diferença; • Não ser convidado: Carácter sistémico de discriminação de quem “Não é Nosso” porque não reconhecido como SUJEITO e como se as suas necessidades não devem ser tidas em conta PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 10. METAS, OBJECTIVOS E RESULTADOS Plano Estratégico para a Desconcentração e Descentralização Administrativas (MAT - Fevereiro de 2000) • Desconcentração até 2003; • Descentralização até 2005;  Provimento de instrumentos adequados de gestão e capacidades para a prestação de serviços;  Alocação efectiva e oportuna de recursos nas áreas geográficas críticas para alcançar os pobres;  aprendizagem sistemática sobre o que funciona ao nível local  De lá para cá  QUAIS OS RESULTADOS? PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 11. DL 02/07 vs LEI 17/10 “Paradigma da Desconcentração administrativa e financeira” • Descentralização gradual da autoridade e de recursos para os municípios como um meio para melhorar a prestação de serviços (88 Unidades orçamentais - contraste com os princípios de gestão autónoma); • Institucionalização da participação cívica no processo de tomada de decisões no domínio Político, Económica e social através dos CACS (Angola 2025 - 2004); • O CACS NÃO DELIBERA. A pessoa que está no centro de todas as decisões tomadas é o Administrador e o pessoal a ele ligado, seguindo o modelo de Governação centralizado, decidindo e executando (muitas vezes sem informar, nem consultar a sociedade civil); PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 12. DL 02/07 vs LEI 17/10 • O CACS institucionaliza apenas a dimensão de “Representação” a auscultação se limita às entidades indicadas; • Ausência deliberada de mecanismos e práticas de eleição, por sufrágio, dos representantes pelos representados aos CACS, é uma medida de imposição política sem alternativas, esvazia a noção de poder e autonomia dos titulares de direitos; • Não fortalece a autonomia local que compreende o direito e a capacidade efectiva de gerir e regulamentar, nos termos da Constituição e da lei; PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 13. OS ACTORES E AS RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS • Arrogância do Discurso Competente e do Falso Neutro; • Sujeito do Poder e das Decisões • Carrossel: recrutamento nas estruturas do partido e dos mais próximos para reforçar o poder de imposição; • Comités de especialidade e o curriculum oculto a coberto da Democracia NÃO GOVERNAMENTAIS • Dogmatismo, submissão e domesticação/medo conotação); • Sujeito de manipulação • Ignorância: particularismo e relação de tutela (desestímulo a participação, quebra de vínculo); • Ausência de estratégias de influência para mudanças (i.e. papel político da CNSC, Fóruns); • Fraca capacidade de análise dos papéis públicos e políticos para agir PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 14. PONTOS PARA REFLEXÃO Transitoriedade e gradualismo: • O que é que funcionou bem? • Que lugar ocupa a participação no sistema de decisão? • Qual é o poder real de decisão e o controlo social dos cidadãos? • Quem define as regras do jogo; • Que tipo de práticas são adoptadas? • Quais os resultados e o impacto na vida dos cidadãos? • ENTÃO? QUE FUTURO PARA AS AUTARQUIAS? PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 15. ALGUMAS DICAS • Importante a elevação da auto-estima dos cidadãos (sentido de pertença e do reconhecimento); • Construção de uma cultura política de cidadania e de uma consciência social cívica no seio das OSC, como contra-partes; • Incentivo ao associativismo nos bairros e debates na análise de papéis (públicos e políticos) para armar os cidadãos com argumentos para agir; • Estudos sobre os mecanismos e práticas tradicionais de participação, que podem ser usados como modelos de consciencialização e mobilização dos cidadãos, na construção de uma consciência social cívica para os novos desafios. PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)
  • 16. PEDRO BRANQUIMA (DEBATES A 6ªFEIRA DW)