1. A Alma da Toga
Escrevo estas linhas na noite do dia 25 de Abril. Nem de
propósito, dado o tema desta Newsletter.
Esta data trouxe-me a liberdade aos 17 anos. Liberdade de
expressão e de acesso à informação e à cultura não censurada.
Como a liberdade não tem preço, relevei os actos menos próprios
que nesse tempo, no afã e sede de liberdade, muitos de nós
cidadãos então cometemos a todos os níveis, político,
profissional, familiar e humano.
Cursando então o último trimestre do primeiro ano de Direito ficou
logo aí estabelecido que queria, inequivocamente, ser Advogada.
E não foi o facto de ser familiar e/ou descendente directa de
muitos advogados que determinou a minha opção (nessa Era eu
queria mesmo afirmar a minha identidade própria desrespeitando,
se necessário, o convencional e a autoridade parental).
Foi a paixão pela liberdade que, de repente, me ofereceram, que
me impulsionou a vontade de querer defender a liberdade de
todos nós.
E a grande maioria dos Colegas abraçam esta profissão com
paixão idêntica.
É que nós, os advogados, transportamos na nossa alma, antes
de mais, a Liberdade.
2. A liberdade de pensar, de exercer a nossa profissão com
independência sem peias ou subserviências, de escolher os
nossos representados e de defendermos, o Direito, a Justiça e a
Liberdade.
O outro elemento indissociável da alma do advogado é a defesa
intransigente e persistente dos direitos dos cidadãos.
Sem medos, com ética e cumprindo os deveres estatutários
(sumula das mais elementares práticas de convivência,
sã, honesta, digna e educada, com os Clientes, os Colegas, os
Tribunais e a comunidade) o advogado com “Alma da Toga “
defende os direitos dos cidadãos com total entrega, rigor e,
também, muita paixão.
Isabel Magalhães