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UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAUDE
DIÁLISE PERITONEAL
Turma: Med 23
Grupo 5
Curso: Medicina
IIº ano
Docente
Daniel Castellon
Integrantes do
grupo
Agnelo Octávio
Délcia Sobrinho
Delmira André
Isabel Fernandes
Jéssica Manuel
Maria de Lourdes
Maria Freitas
Introdução
• Os rins são responsáveis por diversas funções no organismo do ser
humano, dentre elas, a filtração do sangue para eliminação das toxinas,
a citar: ureia, creatinina e amônia. Quando estas toxinas se elevam
podem trazer danos irreversíveis à saúde do indivíduo, podendo levar a
óbito quando não excretadas na quantidade adequada para o bom
funcionamento do corpo.
Objetivos
• Objetivo geral
• Abordar sobre a diálise peritoneal
• Objetivos específicos
• Conceituar a diálise peritoneal
• Descrever o procedimento da diálise e seu envolvimento no derrame
pleural
Conceito
•
• A diálise peritoneal é uma técnica de substituição da função renal alternativa à
hemodiálise. Geralmente, é utilizada no estádio 5D da insuficiência renal
crónica, isto é na fase mais avançada dessa insuficiência. Nas situações de
insuficiência renal aguda grave é muito rara a sua utilização, encontrando-se bem
definido o papel da hemodiálise e de técnicas dialíticas contínuas como a
hemofiltração venovenosa nessas situações agudas. (PINHEIRO, 2022)
• A diálise peritoneal utiliza o peritônio como uma membrana permeável natural por meio da
qual se equilibram água e solutos. Em comparação com hemodiálise, a diálise peritoneal é:
• Menos fisiologicamente estressante
• Não requer acesso vascular
• Pode ser feita em casa
• Permite aos pacientes maior flexibilidade
Entretanto, a diálise peritoneal requer muito mais envolvimento do paciente do que em um
centro de hemodiálise. A manutenção de técnica estéril é importante. Do total estimado do fluxo
de sangue esplâncnico em repouso de 1.200 mL/minuto, apenas cerca de 70 mL/minuto entra
em contacto com o peritôneo, assim o equilíbrio do soluto ocorre muito mais lentamente do que
na hemodiálise.
Como é feita a diálise peritoneal?
• O processo ocorre no peritônio do paciente e tem como objetivo substituir a sua função renal. A
diálise peritoneal é responsável por remover as impurezas e excessos de líquido no sangue, com
auxílio de um filtro natural chamado peritônio. Ele consiste em uma membrana porosa e
semipermeável que cobre os principais órgãos do abdômen. O espaço entre esses órgãos é
chamado de cavidade peritoneal. Em primeiro momento, um pequeno e fino tubo denominado
cateter é implantado pela parede abdominal próximo ao umbigo por meio de uma pequena
cirurgia, com anestesia local, até a cavidade peritoneal, de maneira indolor e permanente.
A utilização do cateter permite, após este período, a passagem da solução de diálise até a cavidade peritoneal,
realizando a drenagem em contato com o sangue, levando consigo as toxinas como a ureia, creatinina, potássio
e o excesso de líquido no corpo em casos de dificuldade da função natural dos rins.
Há dois tipos de diálise peritoneal: A Diálise Peritoneal
Ambulatorial Contínua e a Diálise Peritoneal
Automatizada.
• Há dois tipos de diálise peritoneal: A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua e a Diálise Peritoneal
Automatizada.
• Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua: Também conhecida como CAPD ou DPAC, é a
modalidade mais comum de diálise peritoneal. É realizada diariamente e de forma manual pelo próprio
paciente ou familiar, sendo uma boa opção para idosos, crianças e aqueles para as quais a hemodiálise
não se mostrou propícia ou possível. Esse tratamento não exige de máquina, o paciente pode colocar e
retirar o líquido de diálise do abdômen ou ser auxiliado por alguém. Geralmente pode ser realizado em
casa, em um local limpo e bem iluminado.
• Diálise Peritoneal Automática: Também conhecida como DPA, possui certa
semelhança à Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD/DPAC). A
diferença é que o cateter é ligado diretamente a uma máquina que infunde e drena
o líquido, efetuando as trocas necessárias. Antes de dormir, o paciente se conecta
à máquina que faz as trocas de forma automática de acordo com a prescrição
médica. O método é executado normalmente no período da noite, enquanto o
paciente dorme, possibilitando mais liberdade a ele durante o dia. Caso seja
necessário, as trocas podem ser programadas de “forma manual” durante o dia.
Ambos os procedimentos necessitam de um treinamento para executarem a técnica
de forma eficaz e segura. Tanto o paciente quanto a pessoa que irá ajudá-lo na diálise
serão treinados para exercerem alguns procedimentos básicos do processo, tais como
lavar as mãos antes de tocar nos cateteres, limpar os locais de saída, utilizar máscaras
cirúrgicas ao fazer trocas e verificar as bolsas de solução em casos de possíveis
contaminações. A intercorrência mais comum é a infecção no peritônio, além dessa,
outras complicações são de grande relevância citar, a exemplo: fadiga, deambulação
prejudicada, constipação, dor aguda, e volume de líquidos em excesso, etc. A depressão
e a ansiedade, distúrbios de humor, também se fazem presentes no rol de complicações
que podem atingir os pacientes em tratamento de DP.
A dialises peritoneal também é uma das causas do derrame pleural.
Transudato
O derrame transudativo é causado por uma doença subjacente ou por alguma doença que afeta
a pressão normal dos pulmões. Por consequência, compromete a capacidade dos vasos sanguíneos
do tórax de removerem o excesso de fluído dentro do espaço pleural. (RICHARD, 2021)
Dentre as doenças mais comuns que causam essa condição, destacam-se a insuficiência
cardíaca, a cirrose e a atelectasia.
No entanto, ele também pode ser causado por:
 Sindrome nefrótica;
 Insuficiência renal avançada;
 Hipotireoidismo descompensado;
 Diálise peritoneal.
Além disso, outra característica importante desse tipo de derrame é que o seu
líquido pleural possui uma coloração mais clara e transparente, não possui células e
há baixa concentração de proteínas.
O derrame pleural não é especificamente uma doença, mas sim uma
manifestação comum de várias outras patologias.
Por esse motivo, o problema só será resolvido quando a doença que o está
causando for controlada. Sendo assim, infecções podem ser tratadas por
antibióticos, insuficiência renal com hemodiálise, doenças autoimunes com
imunossupressores, entre outros.
Conclusão
Concluímos que, a preservação da função renal dos doentes é muito importante em diálise peritoneal. Permite efetuar
um menor número de tratamentos ou ciclos diários e uma permanência maior nesta técnica.
A qualidade de vida em diálise peritoneal parece ser superior relativamente à hemodiálise. Permite maior autonomia
dos doentes e estes não referem dependência relativamente aos profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, bem
como das máquinas de hemodiálise. Os familiares e eventuais cuidadores dos doentes em diálise peritoneal são peças
importantes no sucesso e benefícios da técnica. Sempre que possível, no entanto, é implementada a técnica de auto-
diálise para uma melhor realização pessoal e autonomia do doente.
Referências Bibliográficas
• VIEIRA, Frederique Henrique Lima, Dialises peritoneal e derrame pleural.
https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/14957. 2021
• Richard W. Light MD, Vanderbilt University Medical Center
Revisado/Corrigido: jan 2021
• CASTRO, Rui. https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/nefrologia/dialise-
peritoneal/, 2019
• LAZARRETI, Arthur. https://nefroclinicas.com.br/como-e-feita-a-dialise-
peritoneal/, 2022
• PINHEIRO, Pedro. https://www.mdsaude.com/nefrologia/dialise-peritoneal/,
2022
MUITO OBRIGADO

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  • 1. UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAUDE DIÁLISE PERITONEAL Turma: Med 23 Grupo 5 Curso: Medicina IIº ano Docente Daniel Castellon
  • 2. Integrantes do grupo Agnelo Octávio Délcia Sobrinho Delmira André Isabel Fernandes Jéssica Manuel Maria de Lourdes Maria Freitas
  • 3. Introdução • Os rins são responsáveis por diversas funções no organismo do ser humano, dentre elas, a filtração do sangue para eliminação das toxinas, a citar: ureia, creatinina e amônia. Quando estas toxinas se elevam podem trazer danos irreversíveis à saúde do indivíduo, podendo levar a óbito quando não excretadas na quantidade adequada para o bom funcionamento do corpo.
  • 4. Objetivos • Objetivo geral • Abordar sobre a diálise peritoneal • Objetivos específicos • Conceituar a diálise peritoneal • Descrever o procedimento da diálise e seu envolvimento no derrame pleural
  • 5. Conceito • • A diálise peritoneal é uma técnica de substituição da função renal alternativa à hemodiálise. Geralmente, é utilizada no estádio 5D da insuficiência renal crónica, isto é na fase mais avançada dessa insuficiência. Nas situações de insuficiência renal aguda grave é muito rara a sua utilização, encontrando-se bem definido o papel da hemodiálise e de técnicas dialíticas contínuas como a hemofiltração venovenosa nessas situações agudas. (PINHEIRO, 2022)
  • 6. • A diálise peritoneal utiliza o peritônio como uma membrana permeável natural por meio da qual se equilibram água e solutos. Em comparação com hemodiálise, a diálise peritoneal é: • Menos fisiologicamente estressante • Não requer acesso vascular • Pode ser feita em casa • Permite aos pacientes maior flexibilidade Entretanto, a diálise peritoneal requer muito mais envolvimento do paciente do que em um centro de hemodiálise. A manutenção de técnica estéril é importante. Do total estimado do fluxo de sangue esplâncnico em repouso de 1.200 mL/minuto, apenas cerca de 70 mL/minuto entra em contacto com o peritôneo, assim o equilíbrio do soluto ocorre muito mais lentamente do que na hemodiálise.
  • 7. Como é feita a diálise peritoneal? • O processo ocorre no peritônio do paciente e tem como objetivo substituir a sua função renal. A diálise peritoneal é responsável por remover as impurezas e excessos de líquido no sangue, com auxílio de um filtro natural chamado peritônio. Ele consiste em uma membrana porosa e semipermeável que cobre os principais órgãos do abdômen. O espaço entre esses órgãos é chamado de cavidade peritoneal. Em primeiro momento, um pequeno e fino tubo denominado cateter é implantado pela parede abdominal próximo ao umbigo por meio de uma pequena cirurgia, com anestesia local, até a cavidade peritoneal, de maneira indolor e permanente.
  • 8. A utilização do cateter permite, após este período, a passagem da solução de diálise até a cavidade peritoneal, realizando a drenagem em contato com o sangue, levando consigo as toxinas como a ureia, creatinina, potássio e o excesso de líquido no corpo em casos de dificuldade da função natural dos rins.
  • 9. Há dois tipos de diálise peritoneal: A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua e a Diálise Peritoneal Automatizada. • Há dois tipos de diálise peritoneal: A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua e a Diálise Peritoneal Automatizada. • Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua: Também conhecida como CAPD ou DPAC, é a modalidade mais comum de diálise peritoneal. É realizada diariamente e de forma manual pelo próprio paciente ou familiar, sendo uma boa opção para idosos, crianças e aqueles para as quais a hemodiálise não se mostrou propícia ou possível. Esse tratamento não exige de máquina, o paciente pode colocar e retirar o líquido de diálise do abdômen ou ser auxiliado por alguém. Geralmente pode ser realizado em casa, em um local limpo e bem iluminado.
  • 10. • Diálise Peritoneal Automática: Também conhecida como DPA, possui certa semelhança à Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD/DPAC). A diferença é que o cateter é ligado diretamente a uma máquina que infunde e drena o líquido, efetuando as trocas necessárias. Antes de dormir, o paciente se conecta à máquina que faz as trocas de forma automática de acordo com a prescrição médica. O método é executado normalmente no período da noite, enquanto o paciente dorme, possibilitando mais liberdade a ele durante o dia. Caso seja necessário, as trocas podem ser programadas de “forma manual” durante o dia.
  • 11. Ambos os procedimentos necessitam de um treinamento para executarem a técnica de forma eficaz e segura. Tanto o paciente quanto a pessoa que irá ajudá-lo na diálise serão treinados para exercerem alguns procedimentos básicos do processo, tais como lavar as mãos antes de tocar nos cateteres, limpar os locais de saída, utilizar máscaras cirúrgicas ao fazer trocas e verificar as bolsas de solução em casos de possíveis contaminações. A intercorrência mais comum é a infecção no peritônio, além dessa, outras complicações são de grande relevância citar, a exemplo: fadiga, deambulação prejudicada, constipação, dor aguda, e volume de líquidos em excesso, etc. A depressão e a ansiedade, distúrbios de humor, também se fazem presentes no rol de complicações que podem atingir os pacientes em tratamento de DP.
  • 12. A dialises peritoneal também é uma das causas do derrame pleural. Transudato O derrame transudativo é causado por uma doença subjacente ou por alguma doença que afeta a pressão normal dos pulmões. Por consequência, compromete a capacidade dos vasos sanguíneos do tórax de removerem o excesso de fluído dentro do espaço pleural. (RICHARD, 2021) Dentre as doenças mais comuns que causam essa condição, destacam-se a insuficiência cardíaca, a cirrose e a atelectasia. No entanto, ele também pode ser causado por:  Sindrome nefrótica;  Insuficiência renal avançada;  Hipotireoidismo descompensado;
  • 13.  Diálise peritoneal. Além disso, outra característica importante desse tipo de derrame é que o seu líquido pleural possui uma coloração mais clara e transparente, não possui células e há baixa concentração de proteínas. O derrame pleural não é especificamente uma doença, mas sim uma manifestação comum de várias outras patologias. Por esse motivo, o problema só será resolvido quando a doença que o está causando for controlada. Sendo assim, infecções podem ser tratadas por antibióticos, insuficiência renal com hemodiálise, doenças autoimunes com imunossupressores, entre outros.
  • 14. Conclusão Concluímos que, a preservação da função renal dos doentes é muito importante em diálise peritoneal. Permite efetuar um menor número de tratamentos ou ciclos diários e uma permanência maior nesta técnica. A qualidade de vida em diálise peritoneal parece ser superior relativamente à hemodiálise. Permite maior autonomia dos doentes e estes não referem dependência relativamente aos profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, bem como das máquinas de hemodiálise. Os familiares e eventuais cuidadores dos doentes em diálise peritoneal são peças importantes no sucesso e benefícios da técnica. Sempre que possível, no entanto, é implementada a técnica de auto- diálise para uma melhor realização pessoal e autonomia do doente.
  • 15. Referências Bibliográficas • VIEIRA, Frederique Henrique Lima, Dialises peritoneal e derrame pleural. https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/14957. 2021 • Richard W. Light MD, Vanderbilt University Medical Center Revisado/Corrigido: jan 2021 • CASTRO, Rui. https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/nefrologia/dialise- peritoneal/, 2019 • LAZARRETI, Arthur. https://nefroclinicas.com.br/como-e-feita-a-dialise- peritoneal/, 2022 • PINHEIRO, Pedro. https://www.mdsaude.com/nefrologia/dialise-peritoneal/, 2022