SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Data: 12/06/2015
Música Eletrônica
Faculdade de Música do Espírito Santo Maurício de Oliveira
Disciplina: História e Música IV
Prof.: Fernando Vago
Alunos: Cristiano Oliveira e Esequias Lopes
Introdução
A música eletrônica surgiu no final dos anos 40 e
início dos anos 50 com a invenção do gravador de fita.
Os instrumentos musicais elétricos haviam permitido
apenas a produção de novos timbres e a manipulação
sonora através de discos era limitada. As fitas, por
outro lado, davam versatilidade na gravação dos sons,
permitindo manipular altura e ritmo pela alteração da
velocidade de gravação, sobrepô-los uns aos outros e
reorganizá-los na ordem desejada.
Edgar Varèse
✤ Em sua obra Intégrales, para
orquestra, utilizou o efeito da
reprodução em sentido inverso
de uma gravação em disco.
✤ Em Déserts, seu primeiro ensaio
eletrônico, utilizou sons gravados
em fita e instrumentais.
✤ Seu Poème Électronique é uma
das poucas grandes obras de
música em fita.
Estúdios de Música Eletrônica
✤ Entre os primeiros estúdios de música eletrônica,
sobretudo em estações de rádio, que firmaram
autoridade no campo temos a Radiodiffusion
Française em Paris e a Nordwestdeutscher Rundfunk
em Colônia.
Pierre Schaeffer
e Pierre Henry
✤ Em Paris impôs-se a musique
concrète, composta de sons
naturais modificados e
reorganizados, em geral
derivados dos metais e da água.
✤ Symphonie pour un Homme Seul
(1949-50), dos diretores do
estúdio parisiense, foi umas das
primeiras obras eletrônicas a
serem apresentadas em
execução pública e foi criada
com técnicas de disco.
Stockhausen
✤ Em Colônia a situação era
diferente, Stockhausen não se
preocupava em transformar sons
naturais, mas em criar música
eletrônica "pura" exclusivamente
com os novos recursos.
✤ Em Studie I (1953), Stockhausen
tentou sintetizar sons a partir de
frequências puras.
✤ Gesang der Jünglinge (1955-56),
mediação entre Paris e Colônia.
Pulsações Regulares
✤ Os quatro elementos constituintes da música - altura,
timbre, ritmo e forma - podiam ser encarados como
aspectos do mesmo fenômeno, o da vibração.
✤ Kontakte (Contatos,1959-60) - composição de novos
timbres, ritmos e sons;
Milton Babbitt
✤ Para Babbitt o valor da música
eletrônica não estava nos
novos sons, mas no superior
controle rítmico.
✤ Em Ensembles for Synthesizer
ele se valeu dessa
possibilidade impulsionando o
serialismo rítmico.
Sintetizadores
✤ Os sintetizadores ofereciam uma enorme variedade de
sons que podiam ser manipulados instantaneamente.
✤ Mikrophonie I foi a primeira peça de música eletrônica
viva composta por Stockhausen;
Rádio
✤ Além dos sintetizadores foram utilizados também
aparelhos de rádio como instrumento, inaugurado com
Imaginary Landscape n. 4 de Cage, para doze
receptores (1951).
Terry Riley
✤ In C - fronteira entre gêneros;
Computadores
✤ Em Illiac Suite, para quarteto de cordas, Hiller usou
computadores alimentados com normas de
composição;
✤ Em Eonta, para instrumentos convencionais, Xenakis
utiliza os computadores como auxiliares de cálculo na
composição (música estocástica);
Gramofone
✤ Ainda segundo Babbit, a
gravação do som possibilitada
pelo gramofone pode ser
considerada música eletrônica,
e se aceitarmos essa definição
ampliada, a música eletrônica
passa a ser de longe o tipo de
música mais popular nos países
tecnologicamente avançados.
Referência
✤ GRIFFITHS, Paul. A música moderna: uma história
concisa e ilustrada de Debussy a Boulez. Tradução,
Clóvis Marques com a colaboração de Silvio Augusto
Merhy. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

História da música 1
História da música 1História da música 1
História da música 1Deborah Oliver
 
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEADANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEAVIVIAN TROMBINI
 
A História da Música
A História da MúsicaA História da Música
A História da MúsicaMeire Falco
 
A Dança e seus elementos
A Dança e seus elementosA Dança e seus elementos
A Dança e seus elementosLuan Lucena
 
Poluição da Água
Poluição da ÁguaPoluição da Água
Poluição da ÁguaPetedanis
 
O que é a dança contemporânea
O que é a dança contemporâneaO que é a dança contemporânea
O que é a dança contemporâneaFrancisco Barão
 
A história do cinema
A história do cinemaA história do cinema
A história do cinemaRebeca Neiva
 
Dancas Folclóricas
Dancas FolclóricasDancas Folclóricas
Dancas Folclóricassilsiane
 
Artes O Teatro e Atividades
Artes O Teatro e AtividadesArtes O Teatro e Atividades
Artes O Teatro e AtividadesGeo Honório
 
Arte Indígena Rituais Música e Dança.ppt
Arte Indígena Rituais Música e Dança.pptArte Indígena Rituais Música e Dança.ppt
Arte Indígena Rituais Música e Dança.pptPriscillaPorto7
 
Slide música – estilos e gêneros musicais diversos
Slide música – estilos e gêneros musicais diversosSlide música – estilos e gêneros musicais diversos
Slide música – estilos e gêneros musicais diversosNatália Matos
 
Trabalho de artes danças
Trabalho de artes dançasTrabalho de artes danças
Trabalho de artes dançasingrid limah
 

Mais procurados (20)

História da música 1
História da música 1História da música 1
História da música 1
 
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEADANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
 
História do Teatro
História do TeatroHistória do Teatro
História do Teatro
 
Instrumentos musicais
Instrumentos musicaisInstrumentos musicais
Instrumentos musicais
 
A História da Música
A História da MúsicaA História da Música
A História da Música
 
A Dança e seus elementos
A Dança e seus elementosA Dança e seus elementos
A Dança e seus elementos
 
Poluição da Água
Poluição da ÁguaPoluição da Água
Poluição da Água
 
Arte e música
Arte e músicaArte e música
Arte e música
 
História da dança
História da dançaHistória da dança
História da dança
 
Os vários tipos de teatro
Os vários tipos de teatroOs vários tipos de teatro
Os vários tipos de teatro
 
O que é a dança contemporânea
O que é a dança contemporâneaO que é a dança contemporânea
O que é a dança contemporânea
 
Arte Africana
Arte Africana Arte Africana
Arte Africana
 
A história do cinema
A história do cinemaA história do cinema
A história do cinema
 
Danças folclóricas
Danças folclóricasDanças folclóricas
Danças folclóricas
 
Dancas Folclóricas
Dancas FolclóricasDancas Folclóricas
Dancas Folclóricas
 
Artes O Teatro e Atividades
Artes O Teatro e AtividadesArtes O Teatro e Atividades
Artes O Teatro e Atividades
 
Arte Indígena Rituais Música e Dança.ppt
Arte Indígena Rituais Música e Dança.pptArte Indígena Rituais Música e Dança.ppt
Arte Indígena Rituais Música e Dança.ppt
 
Slide música – estilos e gêneros musicais diversos
Slide música – estilos e gêneros musicais diversosSlide música – estilos e gêneros musicais diversos
Slide música – estilos e gêneros musicais diversos
 
Forró
ForróForró
Forró
 
Trabalho de artes danças
Trabalho de artes dançasTrabalho de artes danças
Trabalho de artes danças
 

Destaque

Oficina: Música Eletrônica - Introdução ao Midi
Oficina: Música Eletrônica - Introdução ao MidiOficina: Música Eletrônica - Introdução ao Midi
Oficina: Música Eletrônica - Introdução ao MidiCampus Party Brasil
 
iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...
iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...
iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...Felipe Dário
 
Listening ‘Chance’ Prompt Cards
Listening ‘Chance’ Prompt CardsListening ‘Chance’ Prompt Cards
Listening ‘Chance’ Prompt CardsAnthony Lees
 
Twelve Tone Technique for Music Composition
Twelve Tone Technique for Music CompositionTwelve Tone Technique for Music Composition
Twelve Tone Technique for Music Compositionthewildsmith
 
C command works on anaphors and reflexives
C command works on anaphors and reflexivesC command works on anaphors and reflexives
C command works on anaphors and reflexivesAsif Ali Raza
 
Gêneros Musicais
Gêneros MusicaisGêneros Musicais
Gêneros MusicaisAurelio1
 
Introduction to music composition for programmers
Introduction to music composition for programmersIntroduction to music composition for programmers
Introduction to music composition for programmersTomoki SHISHIKURA
 
Composition in Music At KS1&2 - A Lees
Composition in Music At KS1&2 - A LeesComposition in Music At KS1&2 - A Lees
Composition in Music At KS1&2 - A LeesAnthony Lees
 
How to-build-a-tree-diagrams-answer-key-for-homework-and-review1
How to-build-a-tree-diagrams-answer-key-for-homework-and-review1How to-build-a-tree-diagrams-answer-key-for-homework-and-review1
How to-build-a-tree-diagrams-answer-key-for-homework-and-review1samra iqbal
 
Syntax & Stylistics5
Syntax & Stylistics5Syntax & Stylistics5
Syntax & Stylistics5Rick McKinnon
 
Critical Discourse Analysis
Critical Discourse AnalysisCritical Discourse Analysis
Critical Discourse AnalysisHana Zarei
 

Destaque (15)

Oficina: Música Eletrônica - Introdução ao Midi
Oficina: Música Eletrônica - Introdução ao MidiOficina: Música Eletrônica - Introdução ao Midi
Oficina: Música Eletrônica - Introdução ao Midi
 
iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...
iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...
iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...
 
Música eletrônica na ed. básica
Música eletrônica na ed. básicaMúsica eletrônica na ed. básica
Música eletrônica na ed. básica
 
Listening ‘Chance’ Prompt Cards
Listening ‘Chance’ Prompt CardsListening ‘Chance’ Prompt Cards
Listening ‘Chance’ Prompt Cards
 
Musica electronica
Musica electronicaMusica electronica
Musica electronica
 
Electro ♥
Electro ♥Electro ♥
Electro ♥
 
Twelve Tone Technique for Music Composition
Twelve Tone Technique for Music CompositionTwelve Tone Technique for Music Composition
Twelve Tone Technique for Music Composition
 
C command works on anaphors and reflexives
C command works on anaphors and reflexivesC command works on anaphors and reflexives
C command works on anaphors and reflexives
 
Gêneros Musicais
Gêneros MusicaisGêneros Musicais
Gêneros Musicais
 
Resumo e resenha
Resumo e resenhaResumo e resenha
Resumo e resenha
 
Introduction to music composition for programmers
Introduction to music composition for programmersIntroduction to music composition for programmers
Introduction to music composition for programmers
 
Composition in Music At KS1&2 - A Lees
Composition in Music At KS1&2 - A LeesComposition in Music At KS1&2 - A Lees
Composition in Music At KS1&2 - A Lees
 
How to-build-a-tree-diagrams-answer-key-for-homework-and-review1
How to-build-a-tree-diagrams-answer-key-for-homework-and-review1How to-build-a-tree-diagrams-answer-key-for-homework-and-review1
How to-build-a-tree-diagrams-answer-key-for-homework-and-review1
 
Syntax & Stylistics5
Syntax & Stylistics5Syntax & Stylistics5
Syntax & Stylistics5
 
Critical Discourse Analysis
Critical Discourse AnalysisCritical Discourse Analysis
Critical Discourse Analysis
 

Semelhante a Música Eletrônica

A música e o ruído (aula interativa)
A música e o ruído (aula interativa)A música e o ruído (aula interativa)
A música e o ruído (aula interativa)Marcos Feitosa
 
Pierre boulez hm
Pierre boulez hmPierre boulez hm
Pierre boulez hmMusicah
 
Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a...
Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a...Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a...
Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a...Renato Borges
 
História da gravação musical por Marcos Filho (versão online)
História da gravação musical por Marcos Filho (versão online)História da gravação musical por Marcos Filho (versão online)
História da gravação musical por Marcos Filho (versão online)Marcos Filho
 
A espacialidade sob o foco da análise - quatro muros a serem derrubados
A espacialidade sob o foco da análise - quatro muros a serem derrubadosA espacialidade sob o foco da análise - quatro muros a serem derrubados
A espacialidade sob o foco da análise - quatro muros a serem derrubadosRenato Borges
 
Música e tecnologia sempre foram entrelaçadas
Música e tecnologia sempre foram entrelaçadasMúsica e tecnologia sempre foram entrelaçadas
Música e tecnologia sempre foram entrelaçadascavicius
 
Fisica do violino
Fisica do violinoFisica do violino
Fisica do violinoSaulo Gomes
 
História da Música I: 4ª aula
História da Música I:   4ª aulaHistória da Música I:   4ª aula
História da Música I: 4ª aulaLeonardo Brum
 
Historia da musica
Historia da musica Historia da musica
Historia da musica Shinnayder
 
Historia da musica
Historia da musicaHistoria da musica
Historia da musicadiogo_lopes
 
História da música clássica
História da música clássicaHistória da música clássica
História da música clássicaOracy Filho
 
Historia da música clássica
Historia da música clássicaHistoria da música clássica
Historia da música clássicaUmberto Pacheco
 
Fisica do violino (www.sheetmusic-violin.blogspot.com)
Fisica do violino (www.sheetmusic-violin.blogspot.com)Fisica do violino (www.sheetmusic-violin.blogspot.com)
Fisica do violino (www.sheetmusic-violin.blogspot.com)William Soph
 
Módulo 8 caso prático inicial
Módulo 8   caso prático inicialMódulo 8   caso prático inicial
Módulo 8 caso prático inicialCarla Freitas
 

Semelhante a Música Eletrônica (20)

Musica tecnologia
Musica tecnologiaMusica tecnologia
Musica tecnologia
 
A música e o ruído (aula interativa)
A música e o ruído (aula interativa)A música e o ruído (aula interativa)
A música e o ruído (aula interativa)
 
Pierre boulez hm
Pierre boulez hmPierre boulez hm
Pierre boulez hm
 
Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a...
Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a...Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a...
Espaço virtual na música instrumental do Período Barroco: timbre e dinâmica a...
 
História da gravação musical por Marcos Filho (versão online)
História da gravação musical por Marcos Filho (versão online)História da gravação musical por Marcos Filho (versão online)
História da gravação musical por Marcos Filho (versão online)
 
Música concreta
Música concretaMúsica concreta
Música concreta
 
5 dia cópia
5 dia   cópia5 dia   cópia
5 dia cópia
 
A espacialidade sob o foco da análise - quatro muros a serem derrubados
A espacialidade sob o foco da análise - quatro muros a serem derrubadosA espacialidade sob o foco da análise - quatro muros a serem derrubados
A espacialidade sob o foco da análise - quatro muros a serem derrubados
 
Música e tecnologia sempre foram entrelaçadas
Música e tecnologia sempre foram entrelaçadasMúsica e tecnologia sempre foram entrelaçadas
Música e tecnologia sempre foram entrelaçadas
 
Fisica do violino
Fisica do violinoFisica do violino
Fisica do violino
 
História da Música I: 4ª aula
História da Música I:   4ª aulaHistória da Música I:   4ª aula
História da Música I: 4ª aula
 
Em torno da cultura do DJ
Em torno da cultura do DJEm torno da cultura do DJ
Em torno da cultura do DJ
 
Historia da musica
Historia da musica Historia da musica
Historia da musica
 
Historia da musica
Historia da musicaHistoria da musica
Historia da musica
 
História da música clássica
História da música clássicaHistória da música clássica
História da música clássica
 
Historia da música clássica
Historia da música clássicaHistoria da música clássica
Historia da música clássica
 
Fisica do violino (www.sheetmusic-violin.blogspot.com)
Fisica do violino (www.sheetmusic-violin.blogspot.com)Fisica do violino (www.sheetmusic-violin.blogspot.com)
Fisica do violino (www.sheetmusic-violin.blogspot.com)
 
Instrumentos musicais antigos
Instrumentos musicais antigosInstrumentos musicais antigos
Instrumentos musicais antigos
 
Módulo 8 caso prático inicial
Módulo 8   caso prático inicialMódulo 8   caso prático inicial
Módulo 8 caso prático inicial
 
C t v v
C t v v C t v v
C t v v
 

Último

PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 

Música Eletrônica

  • 1. Data: 12/06/2015 Música Eletrônica Faculdade de Música do Espírito Santo Maurício de Oliveira Disciplina: História e Música IV Prof.: Fernando Vago Alunos: Cristiano Oliveira e Esequias Lopes
  • 2. Introdução A música eletrônica surgiu no final dos anos 40 e início dos anos 50 com a invenção do gravador de fita. Os instrumentos musicais elétricos haviam permitido apenas a produção de novos timbres e a manipulação sonora através de discos era limitada. As fitas, por outro lado, davam versatilidade na gravação dos sons, permitindo manipular altura e ritmo pela alteração da velocidade de gravação, sobrepô-los uns aos outros e reorganizá-los na ordem desejada.
  • 3. Edgar Varèse ✤ Em sua obra Intégrales, para orquestra, utilizou o efeito da reprodução em sentido inverso de uma gravação em disco. ✤ Em Déserts, seu primeiro ensaio eletrônico, utilizou sons gravados em fita e instrumentais. ✤ Seu Poème Électronique é uma das poucas grandes obras de música em fita.
  • 4. Estúdios de Música Eletrônica ✤ Entre os primeiros estúdios de música eletrônica, sobretudo em estações de rádio, que firmaram autoridade no campo temos a Radiodiffusion Française em Paris e a Nordwestdeutscher Rundfunk em Colônia.
  • 5. Pierre Schaeffer e Pierre Henry ✤ Em Paris impôs-se a musique concrète, composta de sons naturais modificados e reorganizados, em geral derivados dos metais e da água. ✤ Symphonie pour un Homme Seul (1949-50), dos diretores do estúdio parisiense, foi umas das primeiras obras eletrônicas a serem apresentadas em execução pública e foi criada com técnicas de disco.
  • 6. Stockhausen ✤ Em Colônia a situação era diferente, Stockhausen não se preocupava em transformar sons naturais, mas em criar música eletrônica "pura" exclusivamente com os novos recursos. ✤ Em Studie I (1953), Stockhausen tentou sintetizar sons a partir de frequências puras. ✤ Gesang der Jünglinge (1955-56), mediação entre Paris e Colônia.
  • 7. Pulsações Regulares ✤ Os quatro elementos constituintes da música - altura, timbre, ritmo e forma - podiam ser encarados como aspectos do mesmo fenômeno, o da vibração. ✤ Kontakte (Contatos,1959-60) - composição de novos timbres, ritmos e sons;
  • 8. Milton Babbitt ✤ Para Babbitt o valor da música eletrônica não estava nos novos sons, mas no superior controle rítmico. ✤ Em Ensembles for Synthesizer ele se valeu dessa possibilidade impulsionando o serialismo rítmico.
  • 9. Sintetizadores ✤ Os sintetizadores ofereciam uma enorme variedade de sons que podiam ser manipulados instantaneamente. ✤ Mikrophonie I foi a primeira peça de música eletrônica viva composta por Stockhausen;
  • 10. Rádio ✤ Além dos sintetizadores foram utilizados também aparelhos de rádio como instrumento, inaugurado com Imaginary Landscape n. 4 de Cage, para doze receptores (1951).
  • 11. Terry Riley ✤ In C - fronteira entre gêneros;
  • 12. Computadores ✤ Em Illiac Suite, para quarteto de cordas, Hiller usou computadores alimentados com normas de composição; ✤ Em Eonta, para instrumentos convencionais, Xenakis utiliza os computadores como auxiliares de cálculo na composição (música estocástica);
  • 13. Gramofone ✤ Ainda segundo Babbit, a gravação do som possibilitada pelo gramofone pode ser considerada música eletrônica, e se aceitarmos essa definição ampliada, a música eletrônica passa a ser de longe o tipo de música mais popular nos países tecnologicamente avançados.
  • 14. Referência ✤ GRIFFITHS, Paul. A música moderna: uma história concisa e ilustrada de Debussy a Boulez. Tradução, Clóvis Marques com a colaboração de Silvio Augusto Merhy. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.

Notas do Editor

  1. Entre os primeiros estúdios de música eletrônica, sobretudo em estações de rádio, que firmaram autoridade no campo temos a Radiodiffusion Française em Paris e a Nordwestdeutscher Rundfunk em Colônia. Em Paris impôs-se a musique concrète, composta de sons naturais modificados e reorganizados, em geral derivados dos metais e da água. O primeiro trabalho importante de Pierre Schaeffer e Pierre Henry, diretores do estúdio parisiense, criado com técnicas de disco, foi a Symphonie pour un Homme Seul (1949-50), umas das primeiras obras eletrônicas a serem apresentadas em execução pública.
  2. Em Colônia a situação era diferente, Stockhausen não se preocupava em transformar sons naturais, mas em criar música eletrônica "pura" exclusivamente com os novos recursos. O objetivo era sintetizar qualquer som a partir frequências puras e foi o que Stockhausen tentou em Studie I (1953). A experiência não foi como ele esperava e teve que ser abandonada até o advento de métodos mais sofisticados. A mediação entre Paris e Colônia estabeleceu-se em Gesang der Jünglinge (1955-56), em que Stockhausen utilizou tanto sons naturais (a voz de um menino) quanto materia gerados eletronicamente. A obra impôs-se como poderosa evocação de imagens, representando os três adolescentes na fornalha do Livro de Daniel, louvando a Deus com as palavras do Salmo 50.
  3. Stockhausen retomou a composição eletrônica pura mas agora com pulsações regulares de sons, onde uma nota de determinada altura ao ser abaixada para menos de 16Hz aproximadamente, deixava de ser ouvida como som para sê-lo como batida rítmica regular. Desse modo, os quatro elementos constituintes da música - altura, timbre, ritmo e forma - podiam ser encarados como aspectos do mesmo fenômeno, o da vibração. As pulsações regulares continham todo o necessário para a composição de novos timbres, novos ritmos e sons. E foi o que Stockhausen fez em Kontakte (Contatos,1959-60);
  4. Para Babbitt o valor da música eletrônica não estava nos novos sons, mas no superior controle rítmico. Em Ensembles for Synthesizer ele se valeu dessa possibilidade impulsionando o serialismo rítmico. Para evitar o estranho ele recorreu a alturas da escala temperada de tal modo que a peça parece produzida por um orgão eletrônico.
  5. Com a chegada dos sintetizadores ao mercado os compositores não precisavam ficar horas no estúdio preparando e editando material. Os sintetizadores ofereciam uma enorme variedade de sons que podiam ser manipulados instantaneamente. Nessa altura o interesse voltou-se para a execução ao vivo de equipamentos musicais eletrônicos. A primeira peça de música eletrônica viva composta por Stockhausen foi Mikrophonie I, na qual era utlizado utilizado um grande tantã para emitir os sons, que eram captados por microfones e transformados eletronicamente.
  6. Nesta época a música eletrônica erudita e popular começaram a mesclar-se com a realização de concertos conjuntos de grupos eletrônicos e de música pop. In C de Terry Riley, é um exemplo desse tipo de trabalho na fronteira entre os gêneros.
  7. Os computadores também foram usados por alguns compositores nessa época, mas só estavam acessíveis a um grupo restrito que lecionava nas universidades americanas. Os primeiros trabalhos realizados com computadores foram feitos por Max Matthews. E seu software Music IV foi adaptado e desenvolvido por vários compositores da época. Além de operar os sintetizadores os computadores eram alimentados com normas de composição, prática inaugurada por Hiller em sua Illiac Suite para quarteto de cordas. Os computadores também foram utilizados por Xenakis como auxiliares de cálculo na composição de música estocástica, onde a forma musical era governada por leis da probabilidade como numa sequência de lances de dados. O resultado se converte em partitura para instrumentos convencionais, como Eonta, ou em obra eletrônica.