O documento discute os conflitos, organizações e teocracias no Oriente Médio. A região é conflituosa devido à sua história, origem dos conflitos entre árabes, israelenses e palestinos, e posse de recursos estratégicos. Organizações como a OLP, Hamas e Hezbollah lutam pelos interesses palestinos e árabes, enquanto países como Irã e Afeganistão são teocracias onde religião e Estado são ligados.
2. A região do Oriente Médio é uma das áreas mais
conflituosas do mundo. Diversos fatores contribuem
para isso, entre eles:
a sua própria história;
origem dos conflitos entre árabes, israelenses e
palestinos;
a posição geográfica, no contato entre três
continentes;
suas condições naturais, pois a maior parte dos
países ali localizados é dependente de água de
países vizinhos;
a presença de recursos estratégicos no subsolo, caso
específico do petróleo; posição no contexto
geopolítico mundial.
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4. As fronteiras das novas nações, definidas de
acordo com interesses europeus, não
consideraram a história e as tradições
locais, consequentemente vários conflitos
ocorreram e continuam ocorrendo no Oriente
Médio.
5. Os Estados árabes – Iraque, Kuwait, Síria,
Líbano, Jordânia – brigaram por recursos
naturais e território.
O conflito mais grave ocorreu na Palestina,
para onde, até o fim da Segunda Guerra,
havia migrado meio milhão de judeus.
Quando foi criado o Estado de Israel, cinco
países árabes atacaram, na primeira das seis
guerras entre árabes e israelenses.
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7. As tensões perduram há séculos. Expulsos da
Palestina pelos romanos já no século 1 da Era
Cristã, os judeus acalentaram durante séculos
o sonho de retornar à "Terra Prometida“
, enfrentando todo tipo de discriminação e
perseguição. Todavia, o território, durante
sua ausência, foi ocupado por outros povos
que, igualmente, sentem-se no direito de
nele permanecer de modo autônomo.
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9. Com o holocausto promovido pelos nazistas durante a
Segunda Guerra, a opinião pública, sensibilizada com
os sofrimentos dos judeus, concordou com a criação
de um Estado judeu na Palestina.
A recém-criada Organização das Nações Unidas
estabeleceu que a solução para os problemas do
Oriente Médio seria sua prioridade, com a anuência
dos Estados Unidos e da Inglaterra, interessados em
estabelecer um aliado na região, já que não confiavam
nos Estados árabes que a cercavam.
Os palestinos, por sua vez, também almejavam a
criação de um Estado independente em território
palestino e, para isso, contavam com o apoio dos
países árabes.
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11. Desde então, houve três grandes guerras entre
Israel e os países árabes: em 1956, 1967 e 1973.
Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupou
a Faixa de Gaza e o deserto do Sinai, que
pertenciam ao Egito, as colinas do Golan (Síria),
as fazendas de Shebaa (Líbano), Jerusalém
Oriental e a Cisjordânia (Jordânia).
Em 1979, Israel assinou a paz com o Egito, que
recebeu de volta o Sinai. Nunca mais o mundo
árabe conseguiria unir-se contra o Estado judeu.
Sucessivos governos israelenses incentivaram a
criação de colônias judaicas nos territórios
ocupados, principalmente a Cisjordânia.
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13. O povo palestino baseia suas reivindicações pelaTerra de
Israel em diversos fatores:
1. Os árabes muçulmanos viveram no local por muitos anos.
2. O povo palestino tem o direito à independência nacional
e à soberania sobre a terra onde viveram.
3. Jerusalém é a terceira cidade sagrada na religião
muçulmana, local de elevação do profeta Maomé aos Céus.
4. O Oriente Médio é dominado por árabes. Outras religiões
ou nacionalidades não pertencem à região.
5.Todos os territórios árabes que foram colonizados
tornaram-se estados completamente independentes,
exceto a Palestina.
6. Os palestinos tornaram-se refugiados.
14. Intifada
A intifada (palavra árabe que significa
"sacudir") é uma revolta popular dos
palestinos habitantes dos territórios
ocupados por Israel desde a guerra de 1967.
Como é uma ação entre população de um
território ocupado (os palestinos) e as forças
de um Estado (Israel), não é uma guerra
formal entre dois Estados soberanos, mas
teve tanto impacto político na região como
qualquer conflito convencional.
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17. Organizações
Organização para a Libertação da Palestina
(OLP) Para defender a luta palestina no sentido
da criação de um Estado autônomo, foi criada a
Organização para a Libertação da Palestina
(OLP), em 1964, tendo como líder Yasser Arafat.
Nas fileiras da OLP, surgiu o Al Fatah, braço
armado da organização que prega a luta armada
e o terrorismo para destruir Israel. A OLP só
recentemente foi reconhecida por Israel como
representante dos interesses palestinos na
questão territorial.
19. Hamas O Hamas é uma organização radical
palestina que não reconhece a existência do Estado
de Israel e que, desde junho de 2007, controla a Faixa
de Gaza. Hamas é a abreviatura para Harakat Al-
Muqawama al-Islamia (Movimento de Resistência
Islâmica).
O Hamas é, ao mesmo tempo, um partido político e
um movimento militar, as Brigadas Qassam. São elas
que organizam os ataques com mísseis contra Israel.
As origens do grupo remontam à Irmandade
Islâmica, organização fundamentalista criada em
1928 no Egito. Com o início da primeira Intifada
(insurreição, em árabe) contra Israel, em 1987, a
Irmandade Islâmica criou o seu braço armado, o qual
chamou de Hamas.
21. Hezbollah , que em árabe significa ‘Partido de Deus’, é uma
força islâmica xiita com estrutura similar à do Exército e, ao
mesmo tempo, um grupo político com sede no Líbano. Ele
nasceu em 1982, durante a Guerra Civil Libanesa, a princípio
como uma milícia, ou seja, constituída por cidadãos libaneses
portadores de armas e de um suposto poder policial.
Esta organização paramilitar se destaca cada vez mais na vida
política do Líbano, ocupando-se de administrar os trabalhos
sociais e instituições escolares e hospitalares xiitas, além de se
responsabilizar também pelas atividades agrícolas do país. Ela
é apoiada ativamente pelos iranianos, seja no campo
doutrinário ou no financeiro.
Externamente ele é visto como um grupo terrorista,
principalmente nos EUA, em Israel, no Canadá, nos Países
Baixos e no Reino Unido. Enquanto isso, no mundo árabe e
muçulmano, é respeitado como uma força de defesa contra a
inferência exterior. Pode-se afirmar que sua meta principal é
construir um Estado Islâmico Libanês, além de extinguir Israel.
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23. Teocracia
Os poderes político e religioso andam lado a
lado. Portanto, quem detêm o controle do
Estado regula também os preceitos morais,
espirituais, educacionais e culturais. Nada é feito
de forma autônoma. Toda e qualquer atitude
tomada pelo Estado ou pela sociedade está
vinculada a uma única lógica religiosa, que serve
como fundamento universal.
Irã, Afeganistão são exemplos de Estados
teocráticos.