SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
MEMÓRIA E SOCIEDADE: OS EXCLUÍDOS
EM POEMAS DOS BECOS
DE GOIÁS E ESTÓRIAS MAIS
Programa de Pós-Graduação em Letras da
Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT),
Câmpus Universitário de Sinop, 2019/2
Disciplina: Metodologia da Pesquisa em Letras
Professora Drª. Cristine Leus Tomé
Mestranda: Claudia Miranda S. M. Franco
RESUMO
Afirmar o caráter engajado da poesia de Cora Coralina em relação às vozes dos
marginalizados de seu tempo, é reafirmar o caráter opositor e a
heterogeneidade de seus escritos. Segundo Hutcheon (1991 apud SPIVAK 1985,
p. 245): “O Múltiplo, o heterogêneo, o diferente: essa é a retórica plural do pós-
modernismo”, que rejeita a não-identidade e o silenciamento, aliados a voz que
fala em nome dos afetados pela “separação compulsória e privilégios desiguais”.
A consciência político-social de Cora Coralina, justifica essa identificação com os
elementos que configuram o caráter da poesia pós-moderna.
Palavras-chave: Literatura. Poesia Pós-moderna. marginalizados. Mulher. Cora
Coralina.
INTRODUÇÃO
■ “Alguém deve rever, escrever e assinar os autos do Passado antes que oTempo passe
tudo a raso”, assim Cora Coralina inicia o prefácio de seu primeiro livro Poemas dos Becos
de Goiás e Estórias Mais (2012), no qual já de início convida o leitor para uma
reminiscência que está prestes a iniciar.
■ SegundoVan Dijk (2012), ao se dedicar a um estudo analítico é necessário considerar
sociedade, cognição e discurso, como ferramentas capazes de conduzir o entendimento
das relações sociais e como estas, analisando seus conjuntos, representam o mundo.
Para o linguista, o papel do discurso na sociedade só pode ser compreendido por meio da
abordagem sociocognitiva do contexto em que está inserido (VAN DIJK, 2012, p. 163).
■ O pós-modernismo, como momento de reflexão, passa a apresentar um caminho para
reflexões culturais, sobre gênero, sexualidade e marginalizados, afirmando a identidade
nacional da poesia no Brasil. De acordo com Hutcheon (1991) o pós-modernismo é um
fenômeno conflitante, “desafiador de conceitos, fundamentalmente contraditório,
deliberadamente histórico e inevitavelmente político”. (HUTCHEON, 2002, p.20).
CRÍTICA SOCIOLÓGICA
Não há como falar da poética de Cora sem levar em conta a Crítica Sociológica
de Antônio Candido (2000), em Literatura e Sociedade, acerca do fenômeno
literário intrinsicamente ligado as questões sociais, o teórico afirma que existem
camadas profundas só sendo possível observá-las por meio do traço social da
obra funcionando para formar a estrutura do texto (CANDIDO, 2000, p.7).
O estudo das relações entre o texto e a sociedade desloca o individuo do senso
comum, permitindo que seja compreendido na arte, aqui pela poesia, uma
reflexão sobre o tempo, e a transformação. que ele sofre por meio do discurso e
da memória.
A passagem do tempo perpassa o sentido da , e confere a literatura a coerência
enquanto sistema sincrônico, durante um certo período, e diacrônico, as
mudanças ao longo do tempo, de obras que, não obstante sua singularidade, se
intercomunicam num incessante processo de transmissão de valores, o que lhes
conferem uma razão de ordem cultural.
DIALOGANDO COM ASTEORIAS
■ De acordo com Denófrio (1996, p. 34), a falta de liberdade afetou a escrita das mulheres
durante séculos. “liberdade e plenitude de expressão fazem parte dessa arte;
■ Virgínia Woolf, ao falar da escrita feminina afirma que “é tanto herdeira como uma
geradora”, porém, no que se refere a produção literária, “maioria das mulheres não tem
absolutamente caráter algum;
■ Antônio Candido (2000, p.10) para se compreender o nexo causal e seu efeito no texto,
“modificando a ordem do mundo justamente para torná-la mais expressiva” (CANDIDO,
2000, p.13), como é possível observar no poemaTodas asVidas O Linguista
■ Van Dijk (1997) e a teoria do contexto entre estrutura social e discurso como estruturas
subjetivas que representam aspectos relevantes da sociedade e se oferecem como meios
que intervêm diretamente nos processos mentais;
■ Os pressupostos teóricos de Linda Hutcheon (1991, p.20) sobre o pós-modernismo
explicam como a presença do passado ganha forma na escrita presente, porém
dialogando criticamente, e não como um retorno nostálgico.
Beco do Sertão, Goiás – GO. Foto do acervo do
Museu Casa de Cora Coralina
Beco do Sertão, Goiás – GO. Foto do acervo do
Museu Casa de Cora Coralina
Carta de Cora (1977)
dedicada a jovem
MarleneVellasco, sua
amiga e vizinha. Foto
do acervo Pessoal
MarleneVellasco
■ ENTREVISTA
■ (01) Conte um pouco da sobre a formação escolar de Cora Coralina: Ana Lins dos Guimaraes Peixoto
Bretas, nasceu e 20 de agosto de 1889 foi criada entre 7 mulheres na casaVelha da Ponte. Aos 5 anos de
idade muda-se para a Fazenda Paraiso, próxima da cidade de Mossamedes. Foi na fazenda que aprendeu
a gostar de ler, habito adquirido pela sua Mae, que era uma mulher que gostava de leitura. Ainda como
Ana, estudou até o terceiro livro, como era chamado na época.Teve como única professora a Mestra
Silvina, que havia inclusive ensinado a geração de sua Mae. Já começa a publicar as suas primeiras
crônicas no Jornal OGoyaz, ainda não contando com 14 anos de idade. Aos 14 anos cria o pseudônimo de
Cora Coralina e passa desde então a se identificar como Cora Coralina (coração vermelho).
■ (02) “MULHER DAVIDA, MINHA IRMÔ,Cora procura se imanar à essas mulheres marginalizadas, a figura
da prostituta aparece de uma forma muito sublime em sua poesia, na sua opinião, como se dá essa
aproximação? O poema Mulher daVida está publicado no livro Poemas dos Becos de Goiás, que é um livro
cuja temática maior é de dar voz aos excluídos da sociedade. No citado poema, a poetisa apresenta a
imagem da mulher prostituta, abrindo através da sua escrita espaço para os marginalizados da sociedade.
Cora Coralina promove a mulher prostituta, trazendo para quem está à margem da sociedade para centro
da cena. Ela se coloca como ˜minha irmãzinha˜.Cora leva o leitor a refletir sobre o papel que essa mulher
ocupa na sociedade. Ao falar da Mulher daVida, Cora Coralina se mostra uma escritora crítica, colocando
na voz da prostituta as mazelas da sociedade machista e que sempre existiu em todos os lugares e tempo,
entretanto, sendo tratada de forma pejorativa e desprezível. Cora metamorfoseia essa mulher da zona,
que passa a ser a mulher da ˜Vida, mesmo excluída, maltrata e espezinhada pela sociedade.
■ CONSIDERAÇÕES FINAIS
■ Ao considerar as proposições de Linda Hutcheon (2002) e as informações cedidas na
entrevista, sobre as características da Pós-modernidade, fica evidente que
compreender o engajamento literário da época, é assumir o caráter desafiador, de
quem se levanta de um limbo, de um silenciamento histórico e se faz ouvir pela poesia.
■ Coralina experimentou os dissabores da sociedade patriarcal e machista em sua
juventude, e enxergou de perto as problemáticas relativas à questão de gênero e
preconceito, enfrentando às dificuldades femininas, tanto na sociedade, quanto na
política, e também na família.
■ Havia na poética modernista uma apropriação da posição masculina (HUTCHEON,
2002, p.94), a exclusão das mulheres quanto ao fazer literário, fundamentava essa
misoginia. sejaA poesia de Cora enfrenta valores de várias épocas, seja ainda jovem
nos seus primeiros escritos, ou a “velha da ponte” que desafia as leis do tempo, espaço
e sociedade, publicando seu primeiro livro com mais de 70 anos de idade. Segundo
Antônio Candido (1996), o elemento externo de uma obra literária é relevante como
fator que agrega a estrutura da escrita poética em relação ao seu tempo.
REFERÊNCIAS
BOTASSI, Miriam. Cora Coralina conta um pouco da sua história. Mulherio, mai/junho. 1984, p. 9. Disponível em:
https://www.fcc.org.br/conteudosespeciais/mulherio/arquivo/IV_16_1984menor.pdf
Acesso em: 11 nov. 2019.
CANDIDO,Antonio. O estudo analítico do poema. São Paulo: Humanitas Publicações, 1996.
CANDIDO,Antonio. Literatura e Sociedade. São Paulo: Pubifolha, 2000.
CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. São Paulo: Global Editora. 2012.
CURADO, M. E. Aspectos irônicos na prosa coralineana. In: BRITO. C. C.; CURADO, M. E.;VELLASCO, M. Moinho do tempo:
estudos sobre Cora Coralina. Goiânia: Ed. Kelps, 2009.
DIJK,TeunA.Van. Discurso e Contexto: Uma abordagem sociocognitiva. (Tradução: Rodolfo Ilari). SP: Editora Contexto, ISBN
978-85-7244-693-8, 2012.
HUTCHEON, Poética do Pós-modernismo. Rio de Janeiro: Imago, 2002.
https://www.passeidireto.com/arquivo/16910711/hutcheon-linda-poetica-do-pos-modernismo
NIGRO, Cláudia Maria Ceneviva. Um olhar sobre o Brasil hoje: Gênero e Raça na produção de escritoras brasileiras. Dossiê:
“Incroci: Italia e Brasile in dialogo” – Cruzamentos: Itália e Brasil em diálogo. Revista de Letras Norteamentos. Sinop, v. 11, n. 25,
p. 62-73, junho, 2018. ISSN 1983-8018. Disponível em:
http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/norteamentos/article/view/3253 Acesso em: 11 nov. 2019.
SALLES. Mariana de Almeida. Cora Coralina: uma análise biográfica. Monografia (Graduação em Antropologia) – Instituto de
Ciências Sociais. Universidade de Brasília. 2004.
VELLASCO, Marlene. Metamorfoses de Cora. Entrevista concedida em outubro de 2019. Entrevistador: Franco, Claudia Miranda
S. M. Sinop:Via E-mail. 2019.
WOOLF,Virgínia. Um teto todo seu. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a A voz dos marginalizados em Cora Coralina

Pra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane Satrapi
Pra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane SatrapiPra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane Satrapi
Pra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane SatrapiMarcel Ayres
 
Negros na literatura - Consciência negra
Negros na literatura - Consciência negraNegros na literatura - Consciência negra
Negros na literatura - Consciência negraDaniele Silva
 
Vergara homoerotismo subalternidade remate de males 2018
Vergara homoerotismo subalternidade remate de males 2018Vergara homoerotismo subalternidade remate de males 2018
Vergara homoerotismo subalternidade remate de males 2018Jorge Vergara
 
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de Angola
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de AngolaSemana de Letras 2008 - Letras e Telas de Angola
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de AngolaRicardo Riso
 
"Grande sertão: veredas" e "Primeiras estórias"
"Grande sertão: veredas" e "Primeiras estórias""Grande sertão: veredas" e "Primeiras estórias"
"Grande sertão: veredas" e "Primeiras estórias"Mariana Klafke
 
85 salgado
85 salgado85 salgado
85 salgadoMj
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1BiiancaAlvees
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1BiiancaAlvees
 
RESUMO - Literatura de autoria feminina - Lúcia Osana Zolin
RESUMO - Literatura de autoria feminina - Lúcia Osana ZolinRESUMO - Literatura de autoria feminina - Lúcia Osana Zolin
RESUMO - Literatura de autoria feminina - Lúcia Osana ZolinThaynã Guedes
 
Literatura pos modernismo
Literatura pos modernismo Literatura pos modernismo
Literatura pos modernismo samuelmuller
 
Modernismo iii fase(7)
Modernismo iii fase(7)Modernismo iii fase(7)
Modernismo iii fase(7)claudia murta
 
Texto 1 amando fontes
Texto 1 amando fontesTexto 1 amando fontes
Texto 1 amando fontesjoseana1405
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1BiiancaAlvees
 
Memórias de carolina de jesus trabalho escrito tc
Memórias de carolina de jesus trabalho escrito tcMemórias de carolina de jesus trabalho escrito tc
Memórias de carolina de jesus trabalho escrito tcHelena Nascimento
 

Semelhante a A voz dos marginalizados em Cora Coralina (20)

Pra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane Satrapi
Pra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane SatrapiPra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane Satrapi
Pra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane Satrapi
 
Negros na literatura - Consciência negra
Negros na literatura - Consciência negraNegros na literatura - Consciência negra
Negros na literatura - Consciência negra
 
Segunda geração do modernismo
Segunda geração do modernismoSegunda geração do modernismo
Segunda geração do modernismo
 
Vergara homoerotismo subalternidade remate de males 2018
Vergara homoerotismo subalternidade remate de males 2018Vergara homoerotismo subalternidade remate de males 2018
Vergara homoerotismo subalternidade remate de males 2018
 
Apresentação para unioest
Apresentação para unioestApresentação para unioest
Apresentação para unioest
 
Literatura de autoria feminina
Literatura de autoria feminina Literatura de autoria feminina
Literatura de autoria feminina
 
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de Angola
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de AngolaSemana de Letras 2008 - Letras e Telas de Angola
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de Angola
 
"Grande sertão: veredas" e "Primeiras estórias"
"Grande sertão: veredas" e "Primeiras estórias""Grande sertão: veredas" e "Primeiras estórias"
"Grande sertão: veredas" e "Primeiras estórias"
 
2 tempo modernista
2 tempo modernista2 tempo modernista
2 tempo modernista
 
85 salgado
85 salgado85 salgado
85 salgado
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
RESUMO - Literatura de autoria feminina - Lúcia Osana Zolin
RESUMO - Literatura de autoria feminina - Lúcia Osana ZolinRESUMO - Literatura de autoria feminina - Lúcia Osana Zolin
RESUMO - Literatura de autoria feminina - Lúcia Osana Zolin
 
Literatura pos modernismo
Literatura pos modernismo Literatura pos modernismo
Literatura pos modernismo
 
Modernismo iii fase(7)
Modernismo iii fase(7)Modernismo iii fase(7)
Modernismo iii fase(7)
 
Texto 1 amando fontes
Texto 1 amando fontesTexto 1 amando fontes
Texto 1 amando fontes
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Memórias de carolina de jesus trabalho escrito tc
Memórias de carolina de jesus trabalho escrito tcMemórias de carolina de jesus trabalho escrito tc
Memórias de carolina de jesus trabalho escrito tc
 
uerj2023.pptx
uerj2023.pptxuerj2023.pptx
uerj2023.pptx
 
Formações ideológicas na cultura brasileira - Alfredo Bosi.
Formações ideológicas na cultura brasileira - Alfredo Bosi.Formações ideológicas na cultura brasileira - Alfredo Bosi.
Formações ideológicas na cultura brasileira - Alfredo Bosi.
 

Último

“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfManuais Formação
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 

Último (20)

“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 

A voz dos marginalizados em Cora Coralina

  • 1. MEMÓRIA E SOCIEDADE: OS EXCLUÍDOS EM POEMAS DOS BECOS DE GOIÁS E ESTÓRIAS MAIS Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Câmpus Universitário de Sinop, 2019/2 Disciplina: Metodologia da Pesquisa em Letras Professora Drª. Cristine Leus Tomé Mestranda: Claudia Miranda S. M. Franco
  • 2. RESUMO Afirmar o caráter engajado da poesia de Cora Coralina em relação às vozes dos marginalizados de seu tempo, é reafirmar o caráter opositor e a heterogeneidade de seus escritos. Segundo Hutcheon (1991 apud SPIVAK 1985, p. 245): “O Múltiplo, o heterogêneo, o diferente: essa é a retórica plural do pós- modernismo”, que rejeita a não-identidade e o silenciamento, aliados a voz que fala em nome dos afetados pela “separação compulsória e privilégios desiguais”. A consciência político-social de Cora Coralina, justifica essa identificação com os elementos que configuram o caráter da poesia pós-moderna. Palavras-chave: Literatura. Poesia Pós-moderna. marginalizados. Mulher. Cora Coralina.
  • 3. INTRODUÇÃO ■ “Alguém deve rever, escrever e assinar os autos do Passado antes que oTempo passe tudo a raso”, assim Cora Coralina inicia o prefácio de seu primeiro livro Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais (2012), no qual já de início convida o leitor para uma reminiscência que está prestes a iniciar. ■ SegundoVan Dijk (2012), ao se dedicar a um estudo analítico é necessário considerar sociedade, cognição e discurso, como ferramentas capazes de conduzir o entendimento das relações sociais e como estas, analisando seus conjuntos, representam o mundo. Para o linguista, o papel do discurso na sociedade só pode ser compreendido por meio da abordagem sociocognitiva do contexto em que está inserido (VAN DIJK, 2012, p. 163). ■ O pós-modernismo, como momento de reflexão, passa a apresentar um caminho para reflexões culturais, sobre gênero, sexualidade e marginalizados, afirmando a identidade nacional da poesia no Brasil. De acordo com Hutcheon (1991) o pós-modernismo é um fenômeno conflitante, “desafiador de conceitos, fundamentalmente contraditório, deliberadamente histórico e inevitavelmente político”. (HUTCHEON, 2002, p.20).
  • 4. CRÍTICA SOCIOLÓGICA Não há como falar da poética de Cora sem levar em conta a Crítica Sociológica de Antônio Candido (2000), em Literatura e Sociedade, acerca do fenômeno literário intrinsicamente ligado as questões sociais, o teórico afirma que existem camadas profundas só sendo possível observá-las por meio do traço social da obra funcionando para formar a estrutura do texto (CANDIDO, 2000, p.7). O estudo das relações entre o texto e a sociedade desloca o individuo do senso comum, permitindo que seja compreendido na arte, aqui pela poesia, uma reflexão sobre o tempo, e a transformação. que ele sofre por meio do discurso e da memória. A passagem do tempo perpassa o sentido da , e confere a literatura a coerência enquanto sistema sincrônico, durante um certo período, e diacrônico, as mudanças ao longo do tempo, de obras que, não obstante sua singularidade, se intercomunicam num incessante processo de transmissão de valores, o que lhes conferem uma razão de ordem cultural.
  • 5. DIALOGANDO COM ASTEORIAS ■ De acordo com Denófrio (1996, p. 34), a falta de liberdade afetou a escrita das mulheres durante séculos. “liberdade e plenitude de expressão fazem parte dessa arte; ■ Virgínia Woolf, ao falar da escrita feminina afirma que “é tanto herdeira como uma geradora”, porém, no que se refere a produção literária, “maioria das mulheres não tem absolutamente caráter algum; ■ Antônio Candido (2000, p.10) para se compreender o nexo causal e seu efeito no texto, “modificando a ordem do mundo justamente para torná-la mais expressiva” (CANDIDO, 2000, p.13), como é possível observar no poemaTodas asVidas O Linguista ■ Van Dijk (1997) e a teoria do contexto entre estrutura social e discurso como estruturas subjetivas que representam aspectos relevantes da sociedade e se oferecem como meios que intervêm diretamente nos processos mentais; ■ Os pressupostos teóricos de Linda Hutcheon (1991, p.20) sobre o pós-modernismo explicam como a presença do passado ganha forma na escrita presente, porém dialogando criticamente, e não como um retorno nostálgico.
  • 6. Beco do Sertão, Goiás – GO. Foto do acervo do Museu Casa de Cora Coralina Beco do Sertão, Goiás – GO. Foto do acervo do Museu Casa de Cora Coralina Carta de Cora (1977) dedicada a jovem MarleneVellasco, sua amiga e vizinha. Foto do acervo Pessoal MarleneVellasco
  • 7. ■ ENTREVISTA ■ (01) Conte um pouco da sobre a formação escolar de Cora Coralina: Ana Lins dos Guimaraes Peixoto Bretas, nasceu e 20 de agosto de 1889 foi criada entre 7 mulheres na casaVelha da Ponte. Aos 5 anos de idade muda-se para a Fazenda Paraiso, próxima da cidade de Mossamedes. Foi na fazenda que aprendeu a gostar de ler, habito adquirido pela sua Mae, que era uma mulher que gostava de leitura. Ainda como Ana, estudou até o terceiro livro, como era chamado na época.Teve como única professora a Mestra Silvina, que havia inclusive ensinado a geração de sua Mae. Já começa a publicar as suas primeiras crônicas no Jornal OGoyaz, ainda não contando com 14 anos de idade. Aos 14 anos cria o pseudônimo de Cora Coralina e passa desde então a se identificar como Cora Coralina (coração vermelho). ■ (02) “MULHER DAVIDA, MINHA IRMÔ,Cora procura se imanar à essas mulheres marginalizadas, a figura da prostituta aparece de uma forma muito sublime em sua poesia, na sua opinião, como se dá essa aproximação? O poema Mulher daVida está publicado no livro Poemas dos Becos de Goiás, que é um livro cuja temática maior é de dar voz aos excluídos da sociedade. No citado poema, a poetisa apresenta a imagem da mulher prostituta, abrindo através da sua escrita espaço para os marginalizados da sociedade. Cora Coralina promove a mulher prostituta, trazendo para quem está à margem da sociedade para centro da cena. Ela se coloca como ˜minha irmãzinha˜.Cora leva o leitor a refletir sobre o papel que essa mulher ocupa na sociedade. Ao falar da Mulher daVida, Cora Coralina se mostra uma escritora crítica, colocando na voz da prostituta as mazelas da sociedade machista e que sempre existiu em todos os lugares e tempo, entretanto, sendo tratada de forma pejorativa e desprezível. Cora metamorfoseia essa mulher da zona, que passa a ser a mulher da ˜Vida, mesmo excluída, maltrata e espezinhada pela sociedade.
  • 8. ■ CONSIDERAÇÕES FINAIS ■ Ao considerar as proposições de Linda Hutcheon (2002) e as informações cedidas na entrevista, sobre as características da Pós-modernidade, fica evidente que compreender o engajamento literário da época, é assumir o caráter desafiador, de quem se levanta de um limbo, de um silenciamento histórico e se faz ouvir pela poesia. ■ Coralina experimentou os dissabores da sociedade patriarcal e machista em sua juventude, e enxergou de perto as problemáticas relativas à questão de gênero e preconceito, enfrentando às dificuldades femininas, tanto na sociedade, quanto na política, e também na família. ■ Havia na poética modernista uma apropriação da posição masculina (HUTCHEON, 2002, p.94), a exclusão das mulheres quanto ao fazer literário, fundamentava essa misoginia. sejaA poesia de Cora enfrenta valores de várias épocas, seja ainda jovem nos seus primeiros escritos, ou a “velha da ponte” que desafia as leis do tempo, espaço e sociedade, publicando seu primeiro livro com mais de 70 anos de idade. Segundo Antônio Candido (1996), o elemento externo de uma obra literária é relevante como fator que agrega a estrutura da escrita poética em relação ao seu tempo.
  • 9. REFERÊNCIAS BOTASSI, Miriam. Cora Coralina conta um pouco da sua história. Mulherio, mai/junho. 1984, p. 9. Disponível em: https://www.fcc.org.br/conteudosespeciais/mulherio/arquivo/IV_16_1984menor.pdf Acesso em: 11 nov. 2019. CANDIDO,Antonio. O estudo analítico do poema. São Paulo: Humanitas Publicações, 1996. CANDIDO,Antonio. Literatura e Sociedade. São Paulo: Pubifolha, 2000. CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. São Paulo: Global Editora. 2012. CURADO, M. E. Aspectos irônicos na prosa coralineana. In: BRITO. C. C.; CURADO, M. E.;VELLASCO, M. Moinho do tempo: estudos sobre Cora Coralina. Goiânia: Ed. Kelps, 2009. DIJK,TeunA.Van. Discurso e Contexto: Uma abordagem sociocognitiva. (Tradução: Rodolfo Ilari). SP: Editora Contexto, ISBN 978-85-7244-693-8, 2012. HUTCHEON, Poética do Pós-modernismo. Rio de Janeiro: Imago, 2002. https://www.passeidireto.com/arquivo/16910711/hutcheon-linda-poetica-do-pos-modernismo NIGRO, Cláudia Maria Ceneviva. Um olhar sobre o Brasil hoje: Gênero e Raça na produção de escritoras brasileiras. Dossiê: “Incroci: Italia e Brasile in dialogo” – Cruzamentos: Itália e Brasil em diálogo. Revista de Letras Norteamentos. Sinop, v. 11, n. 25, p. 62-73, junho, 2018. ISSN 1983-8018. Disponível em: http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/norteamentos/article/view/3253 Acesso em: 11 nov. 2019. SALLES. Mariana de Almeida. Cora Coralina: uma análise biográfica. Monografia (Graduação em Antropologia) – Instituto de Ciências Sociais. Universidade de Brasília. 2004. VELLASCO, Marlene. Metamorfoses de Cora. Entrevista concedida em outubro de 2019. Entrevistador: Franco, Claudia Miranda S. M. Sinop:Via E-mail. 2019. WOOLF,Virgínia. Um teto todo seu. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004