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Carla dos Santos – Matrícula 22111080020
Caroline Amaral Alves – Matrícula 22111080038
Ligenia Alves Valerio – Matrícula 22111080254
Lorena Gomes de Oliveira – Matrícula 22111080233
Mayra Aparecida Souza de Oliveira – Matrícula 221110800259
Samyra Tomaz Frutuoso – Matrícula 22111080197
Anísio Teixeira
trajetória, teoria e contribuição para a educação
Anísio Spínola Teixeira nasceu
no dia 12 de julho de 1900, em
Caetité, Bahia. (NUNES, 2000).
Trajetória
Estudou nos colégios católicos
jesuítas Instituto São Luiz
Gonzaga, em Caetité, e Colégio
Antônio Vieira, em Salvador.
1922
Formou-se bacharel em Direito pela
Faculdade de Direito da Universidade do
Rio de Janeiro.
1924
Foi convidado para o cargo de Inspetor
Geral de Ensino pelo governador da
Bahia Francisco Marques de Góes
Calmon.
1925-1928
Realizou uma viagem para testemunhar
os sistemas de ensino de outros países.
Viajou para países europeus, como
Espanha, Bélgica, França e Itália, em
1925.
Visitou duas vezes os Estados Unidos, a
primeira em 1927 e a segunda em 1928.
Nesse período teve contato com a obra
de John Dewey. Ao retornar, passou a
operar mudanças na educação da Bahia.
1929
Recebeu o título de Master of Arts pelo
Teachers College da Columbia
University.
1930
Publicação de ‘Vida e educação’,
tradução de dois ensaios de John Dewey.
1931
Tentou se eleger como deputado federal
pela Bahia.
Trabalhou no Ministério da Educação e
Saúde Pública, no Rio de Janeiro.
Assumiu a Diretoria da Instrução
Pública do Distrito Federal, a convite do
prefeito Pedro Ernesto Batista. Neste
cargo operou reformas no ensino
primário, escola secundária e ensino de
adultos, que resultaram na criação da
Universidade do Distrito Federal.
1932
Publicação de ‘Educação progressiva ¾
Uma introdução à filosofia da
educação’.
1934
Publicação de ‘Em marcha para a
democracia’.
1935
Demitiu-se devido às pressões políticas e
o fortalecimento do autoritarismo no
país com a ditadura Vargas e retornou
para Bahia.
Tornou-se signatário do Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova (1932), que
disseminou as diretrizes de um programa
de reconstrução educacional para o
Brasil. Também participou ativamente da
Associação Brasileira de Educação
(ABE).
1936
Publicação de ‘Educação para a
democracia: Introdução à
administração escolar’.
1946
Assumiu por um período curto o cargo
de Conselheiro de Ensino Superior a
convite do primeiro-secretário executivo
da Unesco Julien Sorell Huxley.
Recusando a inclusão definitiva pela
proposta do governador da Bahia Otávio
Mangabeira de ocupar a Secretaria de
Educação e Saúde do estado, em que
permaneceu até 1950.
1951
Assumiu a Secretaria Geral da
Campanha de Aperfeiçoamento Pessoal
de Nível Superior (CAPES) e a
transformou em um órgão, a convite do
ministro da Educação Ernesto Simões
Filho.
1952
Tornou-se diretor do Instituto Nacional
de Estudos Pedagógicos (INEP), no qual
realizou trabalhos de valorização da
pesquisa em educação e permaneceu até
1964.
1954
Publicação de ‘A Universidade e a
Liberdade Humana’.
1955
Criou o Centro Brasileiro de Pesquisas
Educacionais (CBPE), com o objetivo de
conduzir estudos sociológicos,
antropológicos, estatísticos e históricos
sobre a realidade brasileira, e os Centros
Regionais de São Paulo, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco,
que realizavam trabalhos em conjunto
com as universidades dessas cidades e,
no caso de Salvador, com a Secretaria de
Educação e Saúde do Estado.
1956
Publicação do livro ‘A educação e a
crise brasileira’.
1957
Publicação do livro ‘Educação não é
privilégio’.
1958
Foi perseguido por bispos brasileiros que
produziram um memorial em que o
acusavam de extremismo e solicitaram
ao governo federal sua demissão. Isso
culminou no protesto de 529 educadores,
cientistas e professores brasileiros que
fizeram um abaixo-assinado em
solidariedade. Seu cargo foi mantido pelo
presidente Juscelino Kubitschek.
1961
Fundou junto com Darcy Ribeiro a
Universidade de Brasília (UnB).
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Assumiu o cargo de reitor da UnB, com
o afastamento de Darcy Ribeiro que
havia assumido a chefia do Gabinete
Civil da Presidência da República.
1964-1966
Com a instalação do governo militar, foi
afastado e aposentado compulsoriamente
de seu posto.
1966
Viajou para os EUA e lecionou como
visiting scholar, de 1964 a 1966,
sequencialmente na Columbia University,
New York University e University of
California.
Retornou ao Brasil e tornou-se Consultor
da Fundação Getúlio Vargas e voltou a
trabalhar na Companhia Editorial
Nacional.
Permaneceu como integrante do
Conselho Federal de Educação até o fim
de seu mandato.
Fez reedições de publicações antigas
como: Pequena introdução à filosofia da
educação (1967), Educação é um direito
(1967), Educação no Brasil (1969) e
Educação e o mundo moderno (1969).
1970
Recebeu o título de professor emérito da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
1971
Candidatou-se à Academia Brasileira de
Letras.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no
dia 11 de março.
(NUNES, 2000; FRAZÃO, 2019)
Teoria
Teoria
Anísio Teixeira foi um importante educador da tendência
Liberal Renovada Progressista, mais conhecida como
Escola Nova. (SANTOS, 2005).
Suas teorias surgiram em um contexto higienista-
educacional, que levaram a um projeto autoritário de
educação, em que a educação de qualidade era destinada
apenas a elite (AM NCIO, 2021; CAVALIERE, 2010).
As formulações de Anísio superaram essa visão e foram
baseadas no pragmatismo americano, advindas de seu contato
com as obras de John Dewey e W. H. Kilpatrick durante sua
segunda viagem aos EUA, em 1928. (CAVALIERE, 2010). No
conceito de Dewey, a educação é vista como um processo
ininterrupto de crescimento e desenvolvimento, com o objetivo
de intensificar a capacidade de crescimento e desenvolvimento.
(CAVALIERE, 2010). Essa definição não permite uma visão
curativa moralizadora, pois frisava a vida e a descoberta e não
pressupunha o preparo e o conserto baseado em um modelo
pronto a ser alcançado pelo aluno.
Essa nova ideia de educação está interligada
a ampliação e diversificação da experiência
escolar. Ele defendia a ampliação das
funções da educação escolar, alcançando
“áreas mais amplas da cultura, da
socialização primária, da preparação para o
trabalho e para a cidadania” e o
fortalecimento e laicidade da educação
pública. (CAVALIERE, 2010). Assim como,
a necessidade da Escola de Educação
formar professores especializados nas áreas
de música, artes, desenho, artes industriais e
domésticas, educação física e saúde.
(CAVALIERE, 2010).
Segundo Barreira (2000 apud CAVALIERE, 2010), a ampliação das funções da
escola visava a equilibração social. Anísio acreditava que a premissa para o
estabelecimento de uma sociedade democrática e protagonismo individual era a
mudança de mentalidades dos indivíduos em geral e das elites.
“A escola deve fornecer a cada indivíduo os
meios para participar, plenamente, de acordo
com as suas capacidades naturais, na vida
social e econômica da civilização moderna,
aparelhando-o, simultaneamente, para
compreender e orientar-se dentro do ambiente
em perpétua mudança que caracteriza esta
civilização”.
(TEIXEIRA, 1997, p. 86 apud CAVALIERE,
2010).
Em seu texto de 1953 chamado ‘Educação
não é privilégio’, o autor defende a
educação para a formação ‘comum’ do
homem e a escola ‘comum’, ou seja,
educação democrática e pública que
atendesse a todos, independentemente de
raça, condição financeira ou credo, e
olhasse para os interesses da comunidade
em que estava inserida. (CAVALIERE,
2010).
A educação primária não é apenas uma ‘escola
de letras’, mas um ambiente no qual se formarão
hábitos de pensar e de fazer, de convivência e
participação em uma sociedade democrática.
Dada sua concepção sobre as responsabilidades
da escola, argumenta sobre a importância do
enriquecimento das atividades escolares, da
modificação na formação dos professores, do
estabelecimento de jornada escolar de tempo
integral e do aumento da carga horária anual para
1080 horas. (CAVALIERE, 2010).
“a escola já não poderia ser a escola dominantemente de instrução de antigamente, mas
fazer as vezes da casa, da família, da classe social e por fim da escola, propriamente dita,
oferecendo à criança oportunidades completas de vida, compreendendo atividades de
estudos, de trabalho, de vida social e de recreação e jogos”. (TEIXEIRA, 1994, p. 162
apud CAVALIERE, 2010).
A FAVOR
• de uma escola primária organizada e séria, com
seis anos de estudo nas áreas urbanas e quatro na
zona rural, destinada à formação básica e comum
do povo brasileiro;
• de uma escola média em que a língua, a
civilização nacional e a ciência fossem os
verdadeiros instrumentos de cultura do aluno;
• à aplicação dos recursos públicos assegurados
pela Constituição à educação à luz de dois
critérios básicos: assegurar a cada brasileiro o
mínimo fundamental da educação gratuita e de
somente custear com recursos públicos a
educação pós-primária de alunos escolhidos em
competição por esforço e inteligência.
• Declarava-se, enfim, a favor de uma educação
voltada para o desenvolvimento, que realmente
habilitasse a juventude brasileira à tomada de
consciência do processo de autonomia nacional.
(NUNES, 2000).
CONTRA
• a educação como processo exclusivo de
formação de uma elite;
• o analfabetismo;
• a ausência, a evasão e a repetência da criança na
escola;
• a falta de consciência pública para situação tão
grave;
• a desvinculação do ensino médio das exigências
da sociedade moderna;
• a seletividade extrema no ingresso às
universidades;
• o esvaziamento do ensino superior e a dispersão
de esforços pela multiplicidade, nesse nível de
ensino, de escolas improvisadas ao invés da
expansão e fortalecimento das boas escolas.
Contribuições para a
educação hoje
Anísio foi um personagem importante nas reformas
no ensino e nas modificações no sistema educacional
da Bahia e do Rio de Janeiro. (ARAÚJO, 2020). Sua
atuação foi marcada por críticas à insuficiência do
sistema educacional e a apresentação das primeiras
ideias da Escola Nova no Brasil. (CAVALIERE,
2010).
Em suas obras abordou sobre o
financiamento e a organização de um sistema
público de ensino, aprimoramento e melhoria
do formação docente, administração da
educação pública, responsabilidade dos entes
federativos quanto à educação, criação de
universidades públicas e sua autonomia,
democratização do acesso e permanência na
escola fundamental, descentralização do
sistema educacional, investimento em
pesquisas na área de educação.
(NUNES, 2000).
Durante sua condução da
Secretaria de Educação e Saúde
do estado da Bahia, em 1950,
inaugurou o Centro Educacional
Carneiro Ribeiro representou a
concretização dessa noção de
escola. (CAVALIERE, 2010).
Popularmente conhecido como
Escola-Parque, o Centro buscava
disponibilizar à criança educação
integral e cuidado com sua
alimentação, higiene, socialização
e preparo para o mercado de
trabalho e o exercício da
cidadania. (NUNES, 2000).
“O complexo educacional idealizado por Anísio Teixeira
constava de quatro escolas- classe com capacidade para
mil alunos cada, em dois turnos de quinhentos alunos, e
uma escola-parque composta dos seguintes setores: (a)
pavilhão de trabalho; (b) setor socializante; (c) pavilhão
de educação física, jogos e recreação; (d) biblioteca; (e)
setor administrativo e almoxarifado; (f) teatro de arena ao
ar livre e (g) setor artístico. A escola-parque
complementava de forma alternada o horário das escolas-
classe, e assim o aluno passava o dia inteiro no complexo,
onde também se alimentava e tomava banho. O Centro
abrigava crianças dos sete aos 15 anos, divididas por
grupos a princípio organizados pela idade cronológica.
Previa-se a construção de residências para 5% do total das
crianças da escola, que fossem reconhecidamente
abandonadas, e que ali viveriam”. (Éboli, 1983 apud
CAVALIERE, 2010).
Mesmo que nos textos oficiais dos
Centros Integrados de Educação
Pública do Rio de Janeiro não seja
mencionado qualquer embasamento, a
proposta de Darcy Ribeiro demonstra
proximidade com o pensamento de
Anísio Teixeira. (CAVALIERE,
2002b; MAURÍCIO, 2002 apud
CAVALIERE, 2010).
Forneceu dados necessários para o
planejamento educacional através do convênio
do INEP com secretarias de educação estaduais,
que propiciam o aperfeiçoamento da educação
primária e da formação docente no país. Além
disso, participou da discussão da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1961)
e da organização e aprovação do I Plano
Nacional de Educação (PNE de 1963-1970).
(AMÂNCIO, 2021; NUNES, 2000)
“Como a medicina, a educação
é uma arte. E arte é algo de
muito mais complexo e de
muito mais completo que uma
ciência”.
TEIXEIRA, Anísio. Ciência e arte de
educar. Educação e Ciências Sociais. v.2,
n.5, ago. 1957. p.5-22.
Referências
AMÂNCIO, Márcia Helena e Castioni, Remi. Anísio Teixeira e o Plano Nacional de Educação de 1962 -
qualidade social na construção da pessoa humana e da sociedade. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. 2021, v. 102, n. 262 [Acessado 4 Setembro 2022] , pp. 723-741. Disponível em
<https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.102i262.4583>. Acesso em 01 de setembro de 2022.
ARAÚJO, Wlianna. Entenda a importância de Anísio Teixeira para a Educação brasileira. Notícias Concursos,
29 de ago. 2020. Disponível em <https://noticiasconcursos.com.br/entenda-a-importancia-de-anisio-teixeira-
para-a-educacao-brasileira/>. Acesso em 01 de setembro de 2022.
CAVALIERE, Ana Maria. Anísio Teixeira e a educação integral. Paidéia, maio-ago. 2010, Vol. 20, Nº 46, 249-
259. Disponível em <https://doi.org/10.1590/S0103-863X2010000200012>. Acesso em 01 de setembro de
2022.
FRAZÃO, Dilva. Biografia de Anísio Teixeira. e Biografia, 2019. Disponível em
<https://www.ebiografia.com/anisio_teixeira/>. Acesso em 01 de setembro de 2022.
NUNES, Clarice. Anísio Teixeira entre nós: a defesa da educação como direito de todos. Educação &
Sociedade. 2000, v. 21, n. 73, pp. 9-40. Disponível em <https://doi.org/10.1590/S0101-
73302000000400002>. Acesso em 01 de setembro de 2022.
SANTOS, Ana Lúcia Cardoso dos. Didática v.1. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2005.
Anísio Teixeira
trajetória, teoria e contribuição para a educação

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Anísio Teixeira

  • 1. Didática – AD1 2022/2 Carla dos Santos – Matrícula 22111080020 Caroline Amaral Alves – Matrícula 22111080038 Ligenia Alves Valerio – Matrícula 22111080254 Lorena Gomes de Oliveira – Matrícula 22111080233 Mayra Aparecida Souza de Oliveira – Matrícula 221110800259 Samyra Tomaz Frutuoso – Matrícula 22111080197
  • 2. Anísio Teixeira trajetória, teoria e contribuição para a educação
  • 3. Anísio Spínola Teixeira nasceu no dia 12 de julho de 1900, em Caetité, Bahia. (NUNES, 2000). Trajetória Estudou nos colégios católicos jesuítas Instituto São Luiz Gonzaga, em Caetité, e Colégio Antônio Vieira, em Salvador.
  • 4. 1922 Formou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro. 1924 Foi convidado para o cargo de Inspetor Geral de Ensino pelo governador da Bahia Francisco Marques de Góes Calmon.
  • 5. 1925-1928 Realizou uma viagem para testemunhar os sistemas de ensino de outros países. Viajou para países europeus, como Espanha, Bélgica, França e Itália, em 1925. Visitou duas vezes os Estados Unidos, a primeira em 1927 e a segunda em 1928. Nesse período teve contato com a obra de John Dewey. Ao retornar, passou a operar mudanças na educação da Bahia.
  • 6. 1929 Recebeu o título de Master of Arts pelo Teachers College da Columbia University. 1930 Publicação de ‘Vida e educação’, tradução de dois ensaios de John Dewey.
  • 7. 1931 Tentou se eleger como deputado federal pela Bahia. Trabalhou no Ministério da Educação e Saúde Pública, no Rio de Janeiro. Assumiu a Diretoria da Instrução Pública do Distrito Federal, a convite do prefeito Pedro Ernesto Batista. Neste cargo operou reformas no ensino primário, escola secundária e ensino de adultos, que resultaram na criação da Universidade do Distrito Federal.
  • 8. 1932 Publicação de ‘Educação progressiva ¾ Uma introdução à filosofia da educação’. 1934 Publicação de ‘Em marcha para a democracia’. 1935
  • 9. Demitiu-se devido às pressões políticas e o fortalecimento do autoritarismo no país com a ditadura Vargas e retornou para Bahia. Tornou-se signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), que disseminou as diretrizes de um programa de reconstrução educacional para o Brasil. Também participou ativamente da Associação Brasileira de Educação (ABE). 1936 Publicação de ‘Educação para a democracia: Introdução à administração escolar’.
  • 10. 1946 Assumiu por um período curto o cargo de Conselheiro de Ensino Superior a convite do primeiro-secretário executivo da Unesco Julien Sorell Huxley. Recusando a inclusão definitiva pela proposta do governador da Bahia Otávio Mangabeira de ocupar a Secretaria de Educação e Saúde do estado, em que permaneceu até 1950. 1951
  • 11. Assumiu a Secretaria Geral da Campanha de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a transformou em um órgão, a convite do ministro da Educação Ernesto Simões Filho. 1952 Tornou-se diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), no qual realizou trabalhos de valorização da pesquisa em educação e permaneceu até 1964. 1954
  • 12. Publicação de ‘A Universidade e a Liberdade Humana’. 1955 Criou o Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE), com o objetivo de conduzir estudos sociológicos, antropológicos, estatísticos e históricos sobre a realidade brasileira, e os Centros Regionais de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco, que realizavam trabalhos em conjunto com as universidades dessas cidades e, no caso de Salvador, com a Secretaria de Educação e Saúde do Estado.
  • 13. 1956 Publicação do livro ‘A educação e a crise brasileira’. 1957 Publicação do livro ‘Educação não é privilégio’. 1958
  • 14. Foi perseguido por bispos brasileiros que produziram um memorial em que o acusavam de extremismo e solicitaram ao governo federal sua demissão. Isso culminou no protesto de 529 educadores, cientistas e professores brasileiros que fizeram um abaixo-assinado em solidariedade. Seu cargo foi mantido pelo presidente Juscelino Kubitschek. 1961 Fundou junto com Darcy Ribeiro a Universidade de Brasília (UnB).
  • 15. 1962-1964 Assumiu o cargo de reitor da UnB, com o afastamento de Darcy Ribeiro que havia assumido a chefia do Gabinete Civil da Presidência da República. 1964-1966 Com a instalação do governo militar, foi afastado e aposentado compulsoriamente de seu posto.
  • 16. 1966 Viajou para os EUA e lecionou como visiting scholar, de 1964 a 1966, sequencialmente na Columbia University, New York University e University of California. Retornou ao Brasil e tornou-se Consultor da Fundação Getúlio Vargas e voltou a trabalhar na Companhia Editorial Nacional. Permaneceu como integrante do Conselho Federal de Educação até o fim de seu mandato.
  • 17. Fez reedições de publicações antigas como: Pequena introdução à filosofia da educação (1967), Educação é um direito (1967), Educação no Brasil (1969) e Educação e o mundo moderno (1969). 1970 Recebeu o título de professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 1971
  • 18. Candidatou-se à Academia Brasileira de Letras. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 11 de março. (NUNES, 2000; FRAZÃO, 2019)
  • 20. Teoria Anísio Teixeira foi um importante educador da tendência Liberal Renovada Progressista, mais conhecida como Escola Nova. (SANTOS, 2005). Suas teorias surgiram em um contexto higienista- educacional, que levaram a um projeto autoritário de educação, em que a educação de qualidade era destinada apenas a elite (AM NCIO, 2021; CAVALIERE, 2010).
  • 21. As formulações de Anísio superaram essa visão e foram baseadas no pragmatismo americano, advindas de seu contato com as obras de John Dewey e W. H. Kilpatrick durante sua segunda viagem aos EUA, em 1928. (CAVALIERE, 2010). No conceito de Dewey, a educação é vista como um processo ininterrupto de crescimento e desenvolvimento, com o objetivo de intensificar a capacidade de crescimento e desenvolvimento. (CAVALIERE, 2010). Essa definição não permite uma visão curativa moralizadora, pois frisava a vida e a descoberta e não pressupunha o preparo e o conserto baseado em um modelo pronto a ser alcançado pelo aluno.
  • 22. Essa nova ideia de educação está interligada a ampliação e diversificação da experiência escolar. Ele defendia a ampliação das funções da educação escolar, alcançando “áreas mais amplas da cultura, da socialização primária, da preparação para o trabalho e para a cidadania” e o fortalecimento e laicidade da educação pública. (CAVALIERE, 2010). Assim como, a necessidade da Escola de Educação formar professores especializados nas áreas de música, artes, desenho, artes industriais e domésticas, educação física e saúde. (CAVALIERE, 2010).
  • 23. Segundo Barreira (2000 apud CAVALIERE, 2010), a ampliação das funções da escola visava a equilibração social. Anísio acreditava que a premissa para o estabelecimento de uma sociedade democrática e protagonismo individual era a mudança de mentalidades dos indivíduos em geral e das elites.
  • 24. “A escola deve fornecer a cada indivíduo os meios para participar, plenamente, de acordo com as suas capacidades naturais, na vida social e econômica da civilização moderna, aparelhando-o, simultaneamente, para compreender e orientar-se dentro do ambiente em perpétua mudança que caracteriza esta civilização”. (TEIXEIRA, 1997, p. 86 apud CAVALIERE, 2010).
  • 25. Em seu texto de 1953 chamado ‘Educação não é privilégio’, o autor defende a educação para a formação ‘comum’ do homem e a escola ‘comum’, ou seja, educação democrática e pública que atendesse a todos, independentemente de raça, condição financeira ou credo, e olhasse para os interesses da comunidade em que estava inserida. (CAVALIERE, 2010).
  • 26. A educação primária não é apenas uma ‘escola de letras’, mas um ambiente no qual se formarão hábitos de pensar e de fazer, de convivência e participação em uma sociedade democrática. Dada sua concepção sobre as responsabilidades da escola, argumenta sobre a importância do enriquecimento das atividades escolares, da modificação na formação dos professores, do estabelecimento de jornada escolar de tempo integral e do aumento da carga horária anual para 1080 horas. (CAVALIERE, 2010).
  • 27. “a escola já não poderia ser a escola dominantemente de instrução de antigamente, mas fazer as vezes da casa, da família, da classe social e por fim da escola, propriamente dita, oferecendo à criança oportunidades completas de vida, compreendendo atividades de estudos, de trabalho, de vida social e de recreação e jogos”. (TEIXEIRA, 1994, p. 162 apud CAVALIERE, 2010).
  • 28. A FAVOR • de uma escola primária organizada e séria, com seis anos de estudo nas áreas urbanas e quatro na zona rural, destinada à formação básica e comum do povo brasileiro; • de uma escola média em que a língua, a civilização nacional e a ciência fossem os verdadeiros instrumentos de cultura do aluno; • à aplicação dos recursos públicos assegurados pela Constituição à educação à luz de dois critérios básicos: assegurar a cada brasileiro o mínimo fundamental da educação gratuita e de somente custear com recursos públicos a educação pós-primária de alunos escolhidos em competição por esforço e inteligência. • Declarava-se, enfim, a favor de uma educação voltada para o desenvolvimento, que realmente habilitasse a juventude brasileira à tomada de consciência do processo de autonomia nacional. (NUNES, 2000). CONTRA • a educação como processo exclusivo de formação de uma elite; • o analfabetismo; • a ausência, a evasão e a repetência da criança na escola; • a falta de consciência pública para situação tão grave; • a desvinculação do ensino médio das exigências da sociedade moderna; • a seletividade extrema no ingresso às universidades; • o esvaziamento do ensino superior e a dispersão de esforços pela multiplicidade, nesse nível de ensino, de escolas improvisadas ao invés da expansão e fortalecimento das boas escolas.
  • 30. Anísio foi um personagem importante nas reformas no ensino e nas modificações no sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro. (ARAÚJO, 2020). Sua atuação foi marcada por críticas à insuficiência do sistema educacional e a apresentação das primeiras ideias da Escola Nova no Brasil. (CAVALIERE, 2010).
  • 31. Em suas obras abordou sobre o financiamento e a organização de um sistema público de ensino, aprimoramento e melhoria do formação docente, administração da educação pública, responsabilidade dos entes federativos quanto à educação, criação de universidades públicas e sua autonomia, democratização do acesso e permanência na escola fundamental, descentralização do sistema educacional, investimento em pesquisas na área de educação. (NUNES, 2000).
  • 32. Durante sua condução da Secretaria de Educação e Saúde do estado da Bahia, em 1950, inaugurou o Centro Educacional Carneiro Ribeiro representou a concretização dessa noção de escola. (CAVALIERE, 2010). Popularmente conhecido como Escola-Parque, o Centro buscava disponibilizar à criança educação integral e cuidado com sua alimentação, higiene, socialização e preparo para o mercado de trabalho e o exercício da cidadania. (NUNES, 2000).
  • 33. “O complexo educacional idealizado por Anísio Teixeira constava de quatro escolas- classe com capacidade para mil alunos cada, em dois turnos de quinhentos alunos, e uma escola-parque composta dos seguintes setores: (a) pavilhão de trabalho; (b) setor socializante; (c) pavilhão de educação física, jogos e recreação; (d) biblioteca; (e) setor administrativo e almoxarifado; (f) teatro de arena ao ar livre e (g) setor artístico. A escola-parque complementava de forma alternada o horário das escolas- classe, e assim o aluno passava o dia inteiro no complexo, onde também se alimentava e tomava banho. O Centro abrigava crianças dos sete aos 15 anos, divididas por grupos a princípio organizados pela idade cronológica. Previa-se a construção de residências para 5% do total das crianças da escola, que fossem reconhecidamente abandonadas, e que ali viveriam”. (Éboli, 1983 apud CAVALIERE, 2010).
  • 34. Mesmo que nos textos oficiais dos Centros Integrados de Educação Pública do Rio de Janeiro não seja mencionado qualquer embasamento, a proposta de Darcy Ribeiro demonstra proximidade com o pensamento de Anísio Teixeira. (CAVALIERE, 2002b; MAURÍCIO, 2002 apud CAVALIERE, 2010).
  • 35. Forneceu dados necessários para o planejamento educacional através do convênio do INEP com secretarias de educação estaduais, que propiciam o aperfeiçoamento da educação primária e da formação docente no país. Além disso, participou da discussão da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1961) e da organização e aprovação do I Plano Nacional de Educação (PNE de 1963-1970). (AMÂNCIO, 2021; NUNES, 2000)
  • 36. “Como a medicina, a educação é uma arte. E arte é algo de muito mais complexo e de muito mais completo que uma ciência”. TEIXEIRA, Anísio. Ciência e arte de educar. Educação e Ciências Sociais. v.2, n.5, ago. 1957. p.5-22.
  • 37. Referências AMÂNCIO, Márcia Helena e Castioni, Remi. Anísio Teixeira e o Plano Nacional de Educação de 1962 - qualidade social na construção da pessoa humana e da sociedade. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. 2021, v. 102, n. 262 [Acessado 4 Setembro 2022] , pp. 723-741. Disponível em <https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.102i262.4583>. Acesso em 01 de setembro de 2022. ARAÚJO, Wlianna. Entenda a importância de Anísio Teixeira para a Educação brasileira. Notícias Concursos, 29 de ago. 2020. Disponível em <https://noticiasconcursos.com.br/entenda-a-importancia-de-anisio-teixeira- para-a-educacao-brasileira/>. Acesso em 01 de setembro de 2022. CAVALIERE, Ana Maria. Anísio Teixeira e a educação integral. Paidéia, maio-ago. 2010, Vol. 20, Nº 46, 249- 259. Disponível em <https://doi.org/10.1590/S0103-863X2010000200012>. Acesso em 01 de setembro de 2022. FRAZÃO, Dilva. Biografia de Anísio Teixeira. e Biografia, 2019. Disponível em <https://www.ebiografia.com/anisio_teixeira/>. Acesso em 01 de setembro de 2022. NUNES, Clarice. Anísio Teixeira entre nós: a defesa da educação como direito de todos. Educação & Sociedade. 2000, v. 21, n. 73, pp. 9-40. Disponível em <https://doi.org/10.1590/S0101- 73302000000400002>. Acesso em 01 de setembro de 2022. SANTOS, Ana Lúcia Cardoso dos. Didática v.1. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2005.
  • 38. Anísio Teixeira trajetória, teoria e contribuição para a educação