2. Quantidade de negros mortos
em ações policiais
Homens negros, sobretudo jovens, são as principais vítimas da
violência policial no estado de São Paulo. A análise sobre taxas de
100 mil habitantes indica que a mortalidade de negros é pelo
menos três vezes maior que a de brancos.
Entre os anos de 2009 e 2011, 939 casos de ações policiais foram
analisados. O resultado aponta que 61% das vítimas de morte por
policiais eram negras.
Dados sobre prisões em flagrantes também foram analisados, e os
resultados demonstram que também há predominância de pessoas
negras presas pela polícia. Cerca de 2,5 negros são presos para
cada pessoa branca.
3. Racismo institucional é uma forma de desenho da política
pública que produz resultados diferentes para diferentes
camadas sociais, do ponto de vista das características
raciais.
O racismo não envolve os agentes policiais como indivíduos,
representando uma resposta às regras tradicionais das
próprias instituições responsáveis por garantir a segurança da
população.
Apenas 1,6% dos autos investigados sobre assassinatos
cometidos por policiais resultam em um inquérito policial.
Racismo institucional e
violência policial
4. Aqui no Brasil o preconceito de cor ressurge, pois sendo o sistema carcerário
seletivo, por transbordamento se tem que a farsa da ressocialização também o
é bem assim, a utilização da reincidência (ou suposta) como justificativa para a
eliminação de pessoas negras, indígenas e brancas pobres.
As polícias podem ser órgãos democráticos, que defendem direitos e
liberdades, reparando e prevenindo injustiças e violações, em benefício dos
direitos do cidadão e da disseminação dos princípios de igualdade. Mas na
prática a teoria é outra.
A taxa de morte dos pretos é maior que a dos pardos, e a dos pardos, por sua
vez, maior que a dos brancos, o que significa que quanto mais escuro, maior o
risco de ser assassinado. O Brasil faz parte de uma triste estatística, está no 3°
lugar no assassinato de jovens entre 84 países.
5.
6. Quantidade de negros que são assassinados
em diferentes estados
O Brasil ocupa um lugar de destaque no ranking dos países mais
violentos do mundo, sendo o país que tem 11 das 30 cidades mais
violentas do mundo, de acordo com os estudos a taxa média de
homicídios global é de 6,2 por 100 mil habitantes.
Rio de Janeiro e São Paulo são estados que, segundo a representação,
concederam uma verdadeira “licença para matar”, em especial para
jovens negros, que tem 2,5 vezes mais risco de ser vítima de
homicídio do que brancos ou amarelos. No Brasil, os registros apontam
que em cada 10 assassinatos praticados por ano, 7 são contra a
população negra.
7. No Rio, comparando-se com o total de homicídios no estado, a polícia
foi responsável por 28,6% de todas as mortes, número que era 16,3%
em 2017. Porém, a atuação sanguinária das polícias é maior na
capital, representando 38,3% de todas as mortes, e na Grande Niterói,
com 38,7%.
No Ceará, mesmo com uma redução de quase 57% de homicídios, a
polícia nunca matou tanto como em janeiro desse ano: foram 28
mortes. E apesar da redução significativa nos dois meses seguintes, no
acumulado do trimestre a polícia matou uma pessoa a cada 2 dias.
No Amazonas, 17 pessoas foram mortas pela polícia. O secretário de
segurança pública disse à imprensa que “quem levantar arma e trocar
tiro com a polícia no Amazonas causará o choro de suas famílias”.
8.
9. Homicídio de jovens negros e pobres
Hoje em dia nós vemos o quanto os negros sofrem com racismo e, cada vez
mais se aumenta a taxa de mortalidades negra.
Cada dia que passa aumenta ainda mais a violência dos policiais com os
negros e na maioria das vezes muitos deles são inocentes.
O desemprego também aumenta cada dia mais, pois nem todos os lugares
contratam pessoas negras e isso acaba afetando o país e o resumo de tudo
isso é de que o negro simplesmente é excluído de muitas coisas e
acabam sendo prejudicados, sendo alvos constantes de abordagens policiais
violentas.
10. Taxa de mortalidade de negros
Dados do recente anuário brasileiro de segurança pública, com base nos
registros policiais, estimam que cerca de 4.222 pessoas foram vítimas de
agentes de segurança, os números apontam que foram 76,2 pessoas negras.
A taxa de mortalidade de negros foi 2,5 vezes maior do que a de não negros. O
crescimento do discurso e da violência preocupa, e apresentou também que o
número de assassinatos de negros foram de 62.517 , bem maior que os
brancos.
E a violência vem piorando cada vez mais e mais. O Estado quer adotar
políticas ao combate ao racismo, com conceito de segurança e
desenvolvimento nas prevenções, e violência e insegurança das pessoas,
principalmente negros.
11. Mortalidade de negros nas favelas –
O alvo
A seleção do suspeito nas abordagens policiais nas periferias é
orientada pelo preconceito contra o jovem, sobretudo do sexo
masculino, pelo preconceito aplicado aos pobres e pelo racismo contra
os negros.
Os registros de homicídios fornecem poucos dados sobre as vítimas.
Somente a partir de 1996 a identificação de cor/raça/etnia passou a ser
obrigatória nas declarações de óbito.
Esta ausência da identificação da cor em homicídios não é por acaso,
e responde à necessidade da negação do racismo e seus efeitos por
parte do Estado.