O documento discute o impacto da pandemia de COVID-19 nas pessoas em situação de rua em várias cidades brasileiras. A quarentena é quase impossível para os moradores de rua e eles enfrentam riscos à saúde pela falta de acesso a itens básicos de higiene e alimentação. As prefeituras e organizações tentam fornecer abrigo e suprimentos, mas a situação permanece desafiadora.
7º ano A (Grupo 3) - Let's play: jogo e improvisação
Situação de rua na pandemia
1. Como está a vida
das pessoas em situação de
rua durante e após a
quarentena?
9º ano C - GRUPO 3
SESI 005 LIMEIRA/SP 2020
2. Segundo o Censo mais recente da Prefeitura de São Paulo, realizado em 2019, são
mais de 24 mil pessoas em situação de rua e somente metade está sendo acolhido.
A população que vive nas ruas está entre os grupos mais desprotegidos para
infecção pelo novo coronavírus, ao lado de moradores das periferias e povos
A falta de condições, materiais para realizar a prevenção, informação, acesso a
de saúde e a intensificação da vulnerabilidade econômica são fatores que tornam
necessárias ações poder público voltadas a essas pessoas.
3. Diante do aumento de casos do novo coronavírus no Brasil e, principalmente, em São
Paulo (SP), a orientação dos órgãos de saúde é o isolamento em casa. Mas, para pelo
menos 24 mil pessoas que vivem em situação de rua na capital paulista, a quarentena
domiciliar não é uma possibilidade.
Segundo dados do último censo da população de rua apresentado pela Prefeitura, mostra
também que mais de 3 mil moradores de rua têm mais de 60 anos, ou seja, estão no
grupo de risco da epidemia.
4. A falta de alimentos para quem vive nas ruas não resulta apenas do fechamento de
restaurantes e outros estabelecimentos determinado na cidade devido às regras de
isolamento.
Muitas entidades não-governamentais, que oferecem auxílio à população de rua, tiveram
que suspender suas atividades para evitar aglomerações. Alguns grupos ainda seguem
operando, como os Anjos da Noite e o Serviço Franciscano de Solidariedade, que
estabeleceu uma tenda para atendimento de 1 mil pessoas no Largo São Francisco.
5. HIGIENE E EXAMES
Na fronte da higiene, a Prefeitura de São Paulo disse ter ampliado ações durante a
pandemia, afirmando que sete estações foram instaladas em áreas como as praças, para
oferecer duchas e sanitários à população de rua.
Além disso, a prefeitura afirmou que criou seis novos espaços de acolhimento em toda a
cidade, e garante que o distanciamento social é respeitado nesses locais, e
também um centro que é destinado especificamente a moradores de rua diagnosticados
com o coronavírus.
6. LIMPEZA
Além da questão das pessoas em situação de rua, a própria população demandou a
desinfecção de locais públicos, uma solicitação atendida pela Prefeitura de São Paulo.
O prefeito salientou que a efetividade dessa medida vem sendo avaliada, e que no
momento, a desinfecção será realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no
Terminal Rodoviário, no período noturno.
7. Ações de voluntários em Limeira
O grupo de voluntários Juntos Para o Bem teve a iniciativa de distribuir cobertores,
agasalhos, máscaras e produtos de higiene pessoal.
"Nosso maior objetivo desde o início era despertar nas pessoas o desejo de fazer o bem
sem olhar a quem. Nós conseguimos atingir pessoas de outras cidades que também
elaboraram o varal do bem e isso foi muito gratificante", revela a voluntária.
Ela teve a ideia do projeto ao avaliar que essas pessoas ficaram ainda mais vulneráveis em
meio à pandemia do corona vírus. Por isso passou a pendurar lanches em uma avenida
de Limeira.
Essa foi a alternativa encontrada por ela e outros voluntários para manter um projeto
social que integram há seis anos e que, durante a pandemia, teve de suspender.
8. Ações do Centro de acolhida
Segundo a prefeitura, a população em situação de rua teve à disposição oo
café da manhã, almoço e jantar, além de um local para banho e cuidados
com a higiene pessoal.
Uma equipe estava orientando os usuários sobre o serviço ampliado e
continuou orientando no final de semana durante as abordagens.
O Ceprosom distribuiu kits de higiene e de máscaras nas abordagens sociais
realizadas nas ruas, ampliou o número de leitos no serviço de acolhimento e
os espaços passaram por reforma para ter mais ventilação e distância
recomendada entre os usuários.
9. O Ministério Público do Estado de São Paulo expediu recomendações para qu
e as prefeituras de Limeira e de Iracemápolis tomassem
medidas de proteção a pessoas em situação de rua em relação ao novo coron
avírus (Covid-19).
As recomendações diziam
que em caso de sobrecarga dos equipamentos de acolhimento público, a pref
eitura podia identificar imóveis públicos ou privados que estejam desocu
pados para virarem moradias temporárias.
As ordens do governo de São Paulo
10. No Centro de Campinas moradores em situação de rua temiam ficar doentes e reclamavam de
falta de assistência.
Como forma de “abrigo" eles se aglomeraram em frente à lojas, junto de colchões e
cobertores.
Segundo o prefeito Jonas Donizette ele ia encaminhar um projeto para a Câmara Municipal
para a aprovação do Cartão Nutrir e distribuir para a população em situação de rua para
compra de alimentos e compras de produtos para higiene.
A prefeitura informou que voluntários iriam agir na Catedral Metropolitana, noturnamente
para a distribuição de alimentos.
Situação de rua em Campinas
11. José de Souza relata que nesta situação o acesso ao álcool em gel está limitado e das
poucas vezes que tem o acesso a ele, tenta aproveitar o máximo o álcool em gel, as
pessoas dizem pra ele lavar as mãos, mas muitas vezes não possuem nem água. Ele fala
que sua única esperança é a crença para que não pegue a doença. Diz também que as
únicas notícias que tem sobre a doença é quando vê em uma televisão em um local
público.
Relato José Morador de rua
12. Algumas recomendações
Teste para o Covid-19 com frequência em moradores de rua e também em
trabalhadores dos serviços de acolhimento.
Fornecimento de alimentação e insumos básicos de higiene e vestuário.
Disponibilização imediata de pontos de água potável em todas as praças e
locais públicos.
Abrigos em escolas, hotéis, ginásios que possam servir de acolhimento e
prestação de serviços para esta população durante à epidemia.