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AMEBAS
Profª. Dra. Elizandra Ap. Britta Stefano
Gêneros das amebas que vivem no intestino humano:
 Entamoeba*, Iodamoeba, Endolimax
*Todas as amebas do gênero Entamoeba vivem no intestino com exceção da
E. moshkoviskii que é uma ameba de vida livre
Amebas que podem ser encontrada no humano:
E. histolytica (patogênica)
E. hartmanni
E. coli
Endolimax nana
Iodamoeba Butschlii
Diantamoeba fragilis
E. gengivalis (vive na cavidade bucal)
MORFOLOGIA
Se diferem:
- Tamanho do trofozoíto e do cisto;
- Estrutura;
- Número de núcleos nos cistos;
- Pelo número e formas das inclusões citoplasmáticas (corpos cromatóides
nos cistos e vacúolos nos trofozoítos)
-A distinção entre as espécies é difícil (principalmente quando relacionado
aos trofozoítos)
-Observar as estruturas em mais de um exemplar → diagnóstico seguro
PARASITO VIVE
COMO
COMENSAL
ADERIDO A MUCOSA
DO INTESTINO
DESPRENDEM-SE DA
PAREDE INTESTINAL
SOFREM DESIDRATAÇÃO
PRÉ CISTO
CISTO
ALIMENTANDO-SE DE
DETRITOS E BACTÉRIAS
Trofozoíto:
 20-50 µm
 Núcleo com cromatina grosseira e irregular
 Cariossoma grande e excêntrico
 Citoplasma não é diferenciado em endo e ectoplasma
Cisto
 Pequena esfera 15-20 µm
 Até 8 núcleos
 Corpos cromatóides finos (semelhantes a feixes ou agulha)
E. coli
 Pequena 7-12µm
 Ecto e endoplasma diferenciado
 Cromatina grosseira e irregular
 Cariossoma pequeno (às vezes é visto no centro do núcleo)
 Cistos medem 5 a 10µm, com 4 núcleos
 Vive como comensal na luz do intestino humano
 Pode confundir com cistos de E. histolytica
E. hartmanni
o O cisto e o trofozoíito: 10-15µm
o Presença comum no humano
o Cariossoma grande e central
o Cisto com apenas 1 núcleo e grande vacúolo de
glicogênio (lugol: cora em castanho escuro)
o Ameba comensal do intestino grosso do homem.
Iodamoeba butschlii
o É a menor ameba que vive no homem
o Trofozoito
o 10-12 µm
o Cariossoma grande e irregular
o Membrana nuclear fina
o Sem grânulos de cromatina
oCitoplasma claro
oCisto
o 8µm
o Contém 4 núcleos pequenos
o As vezes pode ver os corpos cromatóides pequenos e
ovóides
Endolimax nana
AMEBAS DE VIDA
LIVRE
Acanthamoeba spp.
Naegleria fowleri
Balamuthia mandrillaris
AMEBAS DE VIDA LIVRE
 O gênero Acanthamoeba está associado com doenças humanas e
podem causar encefalite amebiana granulomatosa (EAG), lesões
cutâneas, infecções renais, pulmonares e da nasofaringe em
indivíduos imunocomprometidos;
Em indivíduos imunocompetentes a Acanthamoeba pode causar
ceratites;
A Naegleria fowleri, causa a meningoencefalite amebiana primária
(MAP);
 A Balamuthia mandrillaris, é responsável por causar uma forma
fatal de EAG, especialmente em crianças imunocompetentes. B.
mandrillaris pode causar infecções de pele e pulmão;
Acanthamoeba spp.
 Dois estágios durante o ciclo de vida (Figura 1):
 Um vegetativo:Trofozoíto (8 – 40 µm) e
 Um estágio dormente: Cisto (8 – 29 µm).
Os acantopodias permitem ao
protozoário adesão à superfícies
e a realização de movimentos
celulares.
Os trofozoítos se alimentam de
bactérias, algas, fungos e
pequenas partículas orgânicas,
enquanto que sua replicação
ocorre por fissão binária;
A forma trofozoíta é considerada
a forma infectante e invasiva da
Acanthamoeba
Acanthamoeba spp.
 Encefalite amebiana granulomatosa (EAG);
 As vias de entrada da Acanthamoeba incluem o trato respiratório
baixo e lesões na pele acompanhada de disseminação
hematogênica;
A Acanthamoeba acessa o sistema nervoso central (SNC) através
da barreira hemato-encefálica, particularmente através do
revestimento endotelial dos capilares cerebrais;
 Manifestações neurológicas e alterações comportamentais.
 Convulsões, dor de cabeça, distúrbios visuais, rigidez do pescoço,
anormalidades do estado mental, náuseas, vômitos, febre baixa,
letargia, ataxia cerebelar, hemiparesia, convulsões e coma.
Acanthamoeba spp.
 Ceratite Amebiana
 infecção da córnea
 85% dos pacientes com ceratite apresentaram algum tipo de lesão
abrasiva na córnea
 lesões epiteliais e o surgimento de áreas opacas focais ou difusas.
 Sinais e sintomas podem durar semanas ou meses e incluem: sensação
de corpo estranho no olho; dor ocular intensa; vermelhidão nos olhos;
visão turva; lacrimejamento.
 perda da visão.
Naegleria fowleri
 cisto, trofozoíto ameboide e trofozoíto flagelado;
Encontrado em água fresca, lagos, córregos, piscinas de
hidroterapia, aquários, esgotos;
Naegleria fowleri
 Meningoencefalite amebiana primária (MAP)
 N. fowleri é aspirada para dentro das passagens nasais e, após se
aderirem à mucosa nasal, a ameba migra para o cérebro por meio
do nervo olfativo;
 MAP progride rapidamente e a morte ocorre entre 7 e 10 dias após
o início dos sintomas.
Balamuthia mandrillaris
 É responsável por infecções cutâneas graves, bem como, por encefalites
que, na maioria das vezes, é fatal;
 Solo;
 cisto e trofozoítos
 não possui poros;
Os cistos são tripartidos: ectocisto (localizado na periferia do
cisto); endocisto (localizado na porção mais interior) e
mesocisto (localizado na porção média)
 Encefalite:
 Semelhança entre a encefalite provocada por Acanthamoeba e B.
mandrillaris;
 B. mandrillaris possui um tropismo acentuado pelo cérebro e é
altamente citopática, resultando em extenso dano cerebral.
 Os sintomas da infecção cerebral incluem cefaléia, fotofobia,
febre, mudanças de personalidade, ataxia cerebelar, hemiparesia, e
convulsões.
A B. mandrillaris pode se disseminar para outros órgãos como rins,
adrenais, pâncreas, tireóide e pulmões.
Balamuthia mandrillaris
DIAGNÓSTICO
MENINGOENCEFALITE AMEBIANA PRIMÁRIA
 Análise do líquor cefalorraquidiano para possível avaliação
citotológica, bioquímica, bacteriológica, micológica e
parasitológica.
 Leucócitos aumentados, a mais 5000 células/mm3 (polimorfonucleares 90%).
 Hemácias podendo chegar a mais de 20000 células/mm3.
 Biópsia cerebral com avalição histopatológica (hematoxilina-
eosina).
 Pós morte - necropsia.
ENCEFALITE GRANULOMATOSA AMEBIANA
Tomografia computadorizada ou imagem por ressonância
magnética
 Punção lombar (leucócitos aumentados, mas raro conter
trofozoítos)
DIAGNÓSTICO
CERATITE AMEBIANA
 Raspado corneal para realização de esfregaços e culturas.
 Biópsia corneal
 Imunofluorescência (cistos e trofozoítos).
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
MENINGOENCEFALITEAMEBIANA PRIMÁRIA E ENCEFALITE
GRANULOMATOSAAMEBIANA
 Fármacos: Anfotericina B, rifampicina, ornidazol, miconazol,
sulfametoxazol e cloranfenicol.
Terapia tripla utilizando anfotericina B, fluconazol por via
intravenosa e rifampicina por via oral. Anfotericina B e miconazol,
ambos por vias intravenosa e intratecal, associados à rifampicina
por via oral.
CERATITEAMEBIANA
 Combinação de Isotionato de propamidina com PHMB
(polihexametilbiguanida) a cada 30 min em 12 horas e depois 1h por
3 dias.
 Neomicina a cada 3h suspensa antes das outras medicações para
evitar risco de toxicidade corneal.
 Pelo tratamento sistêmico, Ketoconazol 400mg por dia, duas
doses, duas semanas.
TRATAMENTO
PROFILAXIA
 Evitar nadar e mergulhar em águas (lagos, rios) com o
desconhecimento da presença de saneamento básico;
 Não frequentar piscinas, águas termais ou parques
aquáticos sem tratamento adequado;

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Amebas que vivem no intestino humano: gêneros, espécies e morfologia

  • 1. AMEBAS Profª. Dra. Elizandra Ap. Britta Stefano
  • 2. Gêneros das amebas que vivem no intestino humano:  Entamoeba*, Iodamoeba, Endolimax *Todas as amebas do gênero Entamoeba vivem no intestino com exceção da E. moshkoviskii que é uma ameba de vida livre Amebas que podem ser encontrada no humano: E. histolytica (patogênica) E. hartmanni E. coli Endolimax nana Iodamoeba Butschlii Diantamoeba fragilis E. gengivalis (vive na cavidade bucal)
  • 3. MORFOLOGIA Se diferem: - Tamanho do trofozoíto e do cisto; - Estrutura; - Número de núcleos nos cistos; - Pelo número e formas das inclusões citoplasmáticas (corpos cromatóides nos cistos e vacúolos nos trofozoítos) -A distinção entre as espécies é difícil (principalmente quando relacionado aos trofozoítos) -Observar as estruturas em mais de um exemplar → diagnóstico seguro
  • 4. PARASITO VIVE COMO COMENSAL ADERIDO A MUCOSA DO INTESTINO DESPRENDEM-SE DA PAREDE INTESTINAL SOFREM DESIDRATAÇÃO PRÉ CISTO CISTO ALIMENTANDO-SE DE DETRITOS E BACTÉRIAS
  • 5. Trofozoíto:  20-50 µm  Núcleo com cromatina grosseira e irregular  Cariossoma grande e excêntrico  Citoplasma não é diferenciado em endo e ectoplasma Cisto  Pequena esfera 15-20 µm  Até 8 núcleos  Corpos cromatóides finos (semelhantes a feixes ou agulha) E. coli
  • 6.
  • 7.  Pequena 7-12µm  Ecto e endoplasma diferenciado  Cromatina grosseira e irregular  Cariossoma pequeno (às vezes é visto no centro do núcleo)  Cistos medem 5 a 10µm, com 4 núcleos  Vive como comensal na luz do intestino humano  Pode confundir com cistos de E. histolytica E. hartmanni
  • 8. o O cisto e o trofozoíito: 10-15µm o Presença comum no humano o Cariossoma grande e central o Cisto com apenas 1 núcleo e grande vacúolo de glicogênio (lugol: cora em castanho escuro) o Ameba comensal do intestino grosso do homem. Iodamoeba butschlii
  • 9. o É a menor ameba que vive no homem o Trofozoito o 10-12 µm o Cariossoma grande e irregular o Membrana nuclear fina o Sem grânulos de cromatina oCitoplasma claro oCisto o 8µm o Contém 4 núcleos pequenos o As vezes pode ver os corpos cromatóides pequenos e ovóides Endolimax nana
  • 10. AMEBAS DE VIDA LIVRE Acanthamoeba spp. Naegleria fowleri Balamuthia mandrillaris
  • 11. AMEBAS DE VIDA LIVRE  O gênero Acanthamoeba está associado com doenças humanas e podem causar encefalite amebiana granulomatosa (EAG), lesões cutâneas, infecções renais, pulmonares e da nasofaringe em indivíduos imunocomprometidos; Em indivíduos imunocompetentes a Acanthamoeba pode causar ceratites; A Naegleria fowleri, causa a meningoencefalite amebiana primária (MAP);  A Balamuthia mandrillaris, é responsável por causar uma forma fatal de EAG, especialmente em crianças imunocompetentes. B. mandrillaris pode causar infecções de pele e pulmão;
  • 12. Acanthamoeba spp.  Dois estágios durante o ciclo de vida (Figura 1):  Um vegetativo:Trofozoíto (8 – 40 µm) e  Um estágio dormente: Cisto (8 – 29 µm). Os acantopodias permitem ao protozoário adesão à superfícies e a realização de movimentos celulares. Os trofozoítos se alimentam de bactérias, algas, fungos e pequenas partículas orgânicas, enquanto que sua replicação ocorre por fissão binária; A forma trofozoíta é considerada a forma infectante e invasiva da Acanthamoeba
  • 13.
  • 14. Acanthamoeba spp.  Encefalite amebiana granulomatosa (EAG);  As vias de entrada da Acanthamoeba incluem o trato respiratório baixo e lesões na pele acompanhada de disseminação hematogênica; A Acanthamoeba acessa o sistema nervoso central (SNC) através da barreira hemato-encefálica, particularmente através do revestimento endotelial dos capilares cerebrais;  Manifestações neurológicas e alterações comportamentais.  Convulsões, dor de cabeça, distúrbios visuais, rigidez do pescoço, anormalidades do estado mental, náuseas, vômitos, febre baixa, letargia, ataxia cerebelar, hemiparesia, convulsões e coma.
  • 15. Acanthamoeba spp.  Ceratite Amebiana  infecção da córnea  85% dos pacientes com ceratite apresentaram algum tipo de lesão abrasiva na córnea  lesões epiteliais e o surgimento de áreas opacas focais ou difusas.  Sinais e sintomas podem durar semanas ou meses e incluem: sensação de corpo estranho no olho; dor ocular intensa; vermelhidão nos olhos; visão turva; lacrimejamento.  perda da visão.
  • 16. Naegleria fowleri  cisto, trofozoíto ameboide e trofozoíto flagelado; Encontrado em água fresca, lagos, córregos, piscinas de hidroterapia, aquários, esgotos;
  • 17.
  • 18. Naegleria fowleri  Meningoencefalite amebiana primária (MAP)  N. fowleri é aspirada para dentro das passagens nasais e, após se aderirem à mucosa nasal, a ameba migra para o cérebro por meio do nervo olfativo;  MAP progride rapidamente e a morte ocorre entre 7 e 10 dias após o início dos sintomas.
  • 19. Balamuthia mandrillaris  É responsável por infecções cutâneas graves, bem como, por encefalites que, na maioria das vezes, é fatal;  Solo;  cisto e trofozoítos  não possui poros; Os cistos são tripartidos: ectocisto (localizado na periferia do cisto); endocisto (localizado na porção mais interior) e mesocisto (localizado na porção média)
  • 20.
  • 21.  Encefalite:  Semelhança entre a encefalite provocada por Acanthamoeba e B. mandrillaris;  B. mandrillaris possui um tropismo acentuado pelo cérebro e é altamente citopática, resultando em extenso dano cerebral.  Os sintomas da infecção cerebral incluem cefaléia, fotofobia, febre, mudanças de personalidade, ataxia cerebelar, hemiparesia, e convulsões. A B. mandrillaris pode se disseminar para outros órgãos como rins, adrenais, pâncreas, tireóide e pulmões. Balamuthia mandrillaris
  • 22. DIAGNÓSTICO MENINGOENCEFALITE AMEBIANA PRIMÁRIA  Análise do líquor cefalorraquidiano para possível avaliação citotológica, bioquímica, bacteriológica, micológica e parasitológica.  Leucócitos aumentados, a mais 5000 células/mm3 (polimorfonucleares 90%).  Hemácias podendo chegar a mais de 20000 células/mm3.  Biópsia cerebral com avalição histopatológica (hematoxilina- eosina).  Pós morte - necropsia.
  • 23. ENCEFALITE GRANULOMATOSA AMEBIANA Tomografia computadorizada ou imagem por ressonância magnética  Punção lombar (leucócitos aumentados, mas raro conter trofozoítos) DIAGNÓSTICO
  • 24. CERATITE AMEBIANA  Raspado corneal para realização de esfregaços e culturas.  Biópsia corneal  Imunofluorescência (cistos e trofozoítos). DIAGNÓSTICO
  • 25. TRATAMENTO MENINGOENCEFALITEAMEBIANA PRIMÁRIA E ENCEFALITE GRANULOMATOSAAMEBIANA  Fármacos: Anfotericina B, rifampicina, ornidazol, miconazol, sulfametoxazol e cloranfenicol. Terapia tripla utilizando anfotericina B, fluconazol por via intravenosa e rifampicina por via oral. Anfotericina B e miconazol, ambos por vias intravenosa e intratecal, associados à rifampicina por via oral.
  • 26. CERATITEAMEBIANA  Combinação de Isotionato de propamidina com PHMB (polihexametilbiguanida) a cada 30 min em 12 horas e depois 1h por 3 dias.  Neomicina a cada 3h suspensa antes das outras medicações para evitar risco de toxicidade corneal.  Pelo tratamento sistêmico, Ketoconazol 400mg por dia, duas doses, duas semanas. TRATAMENTO
  • 27. PROFILAXIA  Evitar nadar e mergulhar em águas (lagos, rios) com o desconhecimento da presença de saneamento básico;  Não frequentar piscinas, águas termais ou parques aquáticos sem tratamento adequado;