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OS PORTOCARREIROS
Saga de uma Família Portuguesa
2
Carlos Alberto Santos
Henrique de Bemviver
H de B
TOMBO DAS ARMAS DOS REIS E
TITULARES E DE TODAS AS FAMÍLIAS
NOBRES DO REINO DE PORTUGAL
OU TESOURO DE NOBREZA
Francisco Coelho Rei d’Armas Índia
H de B
S PORTOCARREIROS são uma Família Portuguesa, originária da Honra e Couto de Portocarreiro, de onde
tiraram o nome, e onde possuíram Casas, nomeadamente a Casa e Quinta da Torre e o Paço de Pombal, situados na
freguesia de Vila Boa de Quires, até meados do séc. XIX pertencente ao concelho de Portocarreiro, hoje do de Marco de
Canaveses.
F: Google.maps
As doações de couto, frequentes entre os séculos IX e XIII,
como expressão senhorial, implicavam o privilégio da proibição
de entrada de funcionários régios (juízes, meirinhos,
mordomos etc.) na terra coutada.
Definia-se oficialmente, no reinado de D. Dinis, o acto de
coutar uma terra como escusar os seus moradores da hoste e
do fossado, do foro e de toda a peita, ou seja, imunidade
perante os impostos e justiça reais.
As cartas de couto podiam ser concedidas pelo Rei (como
recompensa de serviços ou por necessidade de povoamento) a
nobres ou eclesiásticos e pelos senhores da terra ou pela
Igreja, dentro dos seus domínios (Wikipédia)
Nas honras, o senhor exercia a justiça, com a excepção da
aplicação da pena de morte que era reservada ao Rei.
H de B
Santo André de Villa boa de Quires, Commenda de Christo da Casa de Bragança, que apresenta Reytor com quarenta mil
reis, ao todo cento & trinta mil reis, & para o Comendador seiscentos mil reis com a annexa de Rande em Penafiel, tem
duzentos & doze visinhos, & estas Ermidas , Nossa Senhora do Penedo, Nossa Senhora da Torre, S. Sebastião, S. Miguel, &
S. Payo. He Couto delRey com Juiz do Civel, & Orfaõs, eleito pelo povo, a que preside o Reytor, & confirma o Corregedor da
Comarca; os Escrivaens saõ os do Concelho & porque he a primeira vez que fallamos em Commenda da Casa de Bragança,
o que muitos não saberám, porque nem a todos saõ publicas estas noticias , saibão que esta Real Casa tem neste Reyno
mais de quarenta Commendas, que dá a quem lhe parece com hábitos, & faz alguns fidalgos, & huns , & outros gozão as
preeminências dos que os Reys fazem, & nomeão; porque tanto chegou a merecer, ou alcançar o Condestable Dom Nuno
Alvarez Pereira tronco della.
F: COSTA Pe. António Carvalho da – Corografia Portugueza e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal, Lisboa, 1706
H de B
Aqui está a Torre, & Solar dos fidalgos do appellido de Portocarreiro , que descendem de Dom Reymão, ou Bermudo
(como outros lhe chamão ) Garcia de Portocarreiro, fidalgo Leonez, que veyo a este Reyno com o Conde D. Henrique, &
lhe deu nelle este Concelho, porque se chamou de Portocarreiro , & seus descendentes, de que passáraõ alguns a
Castella, dos quaes descendem as Casas dos Condes de Medelhim, a dos de Montijo, a dos da Puebla do Mestre, a dos de
Palma, a dos Marquezes de Villa-nova del Fresno, a dos de Barca rota, & a dos de Alcalá da Alameda, & outras ; & neste
Reyno a dos Marquezes de Villa Real, Duques de Caminha, por casamento da Condeça Dona Mayor Portocarreiro, filha
herdeira de João Rodrigues Portocarreiro, senhor de Villa Real, com Dom Joaõ Affonso Tello de Menezes, Conde de
Viana. Desta família he chefre, & senhor deste Solar Manoel da Cunha Ozorio. Trazem por Armas quinze esquaques de
ouro, & azul, a que ajuntaõ os Marquezes de Barca rota orla de Castellos, & Leoens, & os Condes de Palma quinze
bandeiras, & a Cruz de S. Jorge, que ganhou em diversas occasioens Dom Luiz Fernãdes Portocarreiro nas guerras de
Granada,& Nápoles em tempo dos Reys Catholicos Dõ Fernando, & Dona Isabel, que foraõ os que lhas concederaõ.
F: COSTA Pe. António Carvalho da – Corografia Portugueza e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal, Lisboa, 1706
H de B
D. Pedro de Meneses
3º Senhor e 1º Conde
de Vila Real – 1º
Capitão e Governador
de Ceuta
D. João I entrega o aleu a D. Pedro de Meneses
Palácio da Justiça – Vila Real
D. João I triunfante na conquista de Ceuta
Estação de S. Bento - Porto – Painel de Jorge Colaço
H de B
Árvore de costados de D. Pedro de Meneses, Conde de Vila Real
F: GAYO J M Felgueiras – Nobiliário das Famílias Portuguesas. Braga: Edição de A A Meirelles e D A Affonso, 1940
MORAES Cristovão Alão de – Pedatura Lusitana. Porto: Livr. Fernando Machado, 12 V.,1943-1948
FREIRE Anselmo Braamcamp – Brasões da Sala de Sintra. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1921
SOUSA José Maria Cordeiro de – Inscrições Sepulcrais na Sé de Lisboa, 2ª Ed. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1935
H de B
ZURARA Gomes Eanes de, ca
1410-1474? – Crónica de D.
Pedro de Meneses, BNP –
Biblioteca Nacional de
Portugal
http://purl.pt/31516
H de B
Na Capela de São João Evangelista, no braço direito do cruzeiro, encontra-se o túmulo de D. Pedro de Menezes e de
D. Beatriz Coutinho, constituído por uma grande arca de calcário, assente em oito leões com despojos humanos e
animais entre as garras. A tampa da arca contém os jacentes de mãos dadas, com as cabeças sobre almofadas
protegidas individualmente por grandes baldaquinos. D. Pedro traja arnês sob cota de armas com o seu escudo,
enquanto que D. Beatriz segura na mão esquerda o livro de horas, vestindo uma túnica com capa. Os frisos são
decorados com anjinhos, querubins, carrancas e cordas floridas. As quatro faces da arca apresentam ramos
de azinheira, envolvendo a divisa Aleo, dispondo no frontal direito e nos faciais o brasão de D. Pedro, enquanto que no
frontal oposto se encontram representados os de D. Beatriz e de D. Margarida Sarmento de Miranda, sua primeira
mulher. F: https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Graça_(Santarém)
D. Pedro de Meneses ̶ Ceuta
H de B
Do concelho de Portocarreiro faziam
parte, além de Vila Boa de Quires,
as freguesias de Maureles, Marco
de Canaveses, e a de Abragão,
Penafiel.
Vila Boa de Quires confronta com a
freguesia de Sta. Maria de
Sobretâmega, na margem direita
desse rio, que, com a de S. Nicolau,
na margem esquerda, formavam a
antiga Vila de Canaveses.
H de B
Igreja de Sta.
Maria de
Sobretâmega
(da Vila de
Canaveses)
H de B
A Península política na Baixa Idade Média
Wikipédia
F://es.slideshare.net/fueradeclase-vdp/reconquista-y-formacin-de-los-reinos-cristianos-
peninsulares
H de B
A Península linguística
F://wikigeek.net/faceira.org/wp-content/uploads/2013/02/mapa-lenguas-peniberica-XXI.jpg
H de B
No sítio denominado a Tôrre, na margem direita do riacho Lajes, existem tenuíssimos vestígios da tôrre de Porto
Carreiro. Estava assente na coroa plana dum rochedo de granito, de uns quatro a cinco metros de altura e
inacessível. Do lado do sul estabelecera uma rampa que dá acesso para a coroa do plano superior do rochedo, e a
uma das extremidades dêsse plano está a ermida da invocação da Nossa Senhora das Dores, já em começo de
ruínas.
A coroa do rochedo poderá ter, aproximadamente, oito a dez metros de comprimento por outros tantos de largura.
Encostada ao rochedo está uma casa de habitação, não muito antiga, pertencente a um lavrador do sítio, à entrada
da qual vi tombadas no chão pedaços de fustes de colunas de granito e capitéis emmoldurados de construções mais
antigas e luxuosas. Actualmente, o eirado, em cima do qual se firmava a nobre tôrre solarenga, está convertido em
eira, na qual o lavrador, dono do prédio contíguo, seca vulgarmente as suas espigas de milho. Habent sua fata.
A tôrre datava do século XII, e atribui-se a sua fundação a D. Reimão Garcia de Pôrto Carreiro, um dos companheiros
do Conde D. Henrique, que lhe fez doação da terra de Pôrto Carreiro. Era o solar desta ilustre e poderosa família, da
qual descendem casas da maior nobreza de Portugal e Espanha, incluindo a última imperatriz de França, mulher de
Napoleão III.
F: VASCONCELOS Manuel de - Apontamentos arqueológicos do concelho de Marco de Canaveses. Lisboa: Imprensa Nacional - Museu Ethnographico
Português - O Archeologo Potuguês, Vol. XXI, pág. 319-331, 1916
H de B
Localização do sítio onde se erguia a torre dos Portocarreiros – Lugar da Torre – Vila Boa de Quires – Marco de Canaveses
F: Google Maps
H de B
Cortesia Câmara Municipal de Marco de Canaveses
Legenda
VBQ9 – Torre de Portocarreiro
VBQ19 – Capela de Nª Srª do Pilar
VBQ18 – Pelourinho de Portocarreiro
VBQ17 – Antiga Casa da Câmara
H de B
O indivíduo mais antigo da linhagem referido pelos nobiliários medievais chamou-se Garcia Afonso, mas nem ele
nem a sua mulher, Elvira Mendes, se encontram documentados.
Segundo as mesmas fontes teriam tido um único filho (ZX43A1), Raimundo Garcia, mas é muito provável que um tal
Monio Garcia, referido pelas Inq. de 1258 a propósito da honra de Portocarreiro, também o fosse. Quanto a
Raimundo Garcia, encontra-se documentado entre 1129 e 1152 como confirmante de diplomas régios, sendo
referido num deles como alcaide de Sátão. Por outro lado, os mesmos livros de linhagens referem Dom Raimundo
como o que deu grand'algo a Mancelos (LD13H3), o que de facto parece ser verdade, já que os seus descendentes
eram naturais desse mosteiro, e mesmo muito depois da sua morte os monges de Mancelos ainda recordavam o
nome do seu benfeitor.
A presença de Raimundo Garcia na corte régia talvez não tenha sido estranha ao seu casamento, uma vez que
Gontinha Nunes Vida [de Azevedo] era filha de um antigo alferes do conde D. Henrique. Deste casal nasceram
quatro filhas, só interessando ao nosso estudo Ouroana Raimundes, a qual terá herdado de seus pais o couto e
honra de Portocarreiro, origem do apelativo dos seus descendentes. Terá casado com Henrique Fernandes Magro,
de quem teve:
Reconstituição Genealógica – José Augusto de Sottomayor Pizarro
Prof. Ass. FLUP – Linhagens Medievais Portuguesas
1. S. Martinho de Mancelos, freguesia do concelho de Amarante, até à reforma de 1852, do concelho de Sta. Cruz de Riba-Tâmega. Possuía um mosteiro beneditino importante.
2. Ser natural de um mosteiro – ter comedoria nesse mosteiro.
H de B
IV1 - Egas Henriques de Portocarreiro, documentado na corte de D.Sancho I, como testemunha, em 1187.
Quanto aos seus bens, detidos pelos seus filhos e netos quando das Inq(uirições) de 1258, estavam situados
no j(ulgado) de Portocarreiro e nos j. vizinhos de Penafiel de Sousa e de Marco de Canaveses.
Segundo as Sentenças de 1290 também partilhara bens com o seu irmão João Henriques. Foi c(asado) c(om)
Teresa Gonçalves de Curveira, de quem teve:
V1 - João Viegas de Portocarreiro, seguiu a carreira eclesiástica na arquidiocese bracarense, aí
ocupando vários cargos até atingir o de arcebispo, entre 1245 e 1255. De destacar, ainda, o papel
relevante que assumiu, juntamente com os seus irmãos, na deposição de D.Sancho II.
Com os seus irmão e primos deteve as honras e quintas de Buriz, de Curveira e de Louredo, tendo
adquirido, por compra ou escambo, vários bens nos c(oncelhos) de Vila Nova de Famalicão, Braga, Vila
Verde, Penafiel de Sousa e Arouca.
H de B
“Diz-se que Raimundo Viegas de Portocarreiro, um dos irmãos do arcebispo de Braga, acompanhado, provavelmente
de outros, entrara disfarçado em Coimbra de envolta com alguns esquadrões de homens de armas do valido Martim
Gil de Soverosa. A plena confiança que o rei tinha na gente de guerra deste nobre e valente fidalgo facilitava aos
conjurados o acesso do paço, e eles puderam uma noite arrancar dali a rainha e, fugindo, conduzi-la à forte vila de
Ourém. Debalde marchou o rei a libertar sua mulher: as tropas do conde de Bolonha, já assenhoreadas do castelo,
responderam com tiros e arremessos às intimações do príncipe que, sem forças para os combater, teve de retirar-se.”
F: HERCULANO Alexandre – História de Portugal. Lisboa: Viúva Bertrand e Filhos, 1847
O episódio refere-se ao rapto da Rainha D. Mécia Lopes de Haro, mulher
de D. Sancho II, na luta pelo poder que D. Afonso travou com seu irmão
e Rei, e que acabaria por suceder-lhe, em que intervieram vários
Portocarreiros partidários do conde de Bolonha.
Da ganância, inveja e traição desses tempos, para a História, passou, no
entanto, o exemplo de lealdade e honradez de Martim de Freitas,
Alcaide de Coimbra.
H de B
Leontina Domingos Ventura, Profª Ass. FLUC, prémio da Conféderation Internationale de Généologie et
HéraldiqueScientifiques, revela-nos o rol dos conspiradores e dos fiéis nessa guerra civil pela deposição de D. Sancho II,
em que teve papel decisivo o Papa Inocêncio IV.
“Do lado dos conspiradores estavam Rodrigo Sanches, tio do Rei, Abril Peres de Lumiares, algumas das linhagens mais
poderosas do reino (Sousa, Baião, Ribeira, Valadares) e outras de cavaleiros (nomeadamente uma parte da família de
Portocarreiro e a de Briteiros). Linhagens poderosas que representavam a maior parte da alta nobreza do país. Eram
vassalos do rei, de cuja mão tinham tenências e de cujas terrae recebiam rendas. Do seu lado tinham amplas clientelas
vassálicas: aqueles e outros cavaleiros, nobres dependentes que da guerra esperavam poder e independência. A todos
estes se juntarão, vindos de fora, os irmãos e tio do Rei (o Conde de Boulogne, Pedro Sanches e Fernando, Infante de
Serpa), com os respectivos vassalos.
Do lado do Rei mantinham-se as linhagens que sempre se haviam pautado pela fidelidade à realeza: Soverosa e Ribas de
Vizela (e linhagens que estavam na sua vassalidade, como Podentes, Belmir, Espinhel, Godins e Freitas), um outro ramo
da família de Portocarreiro (os filhos de João Henriques de Portocarreiro), Ribeiros, Redondos, Cunhas, Curutelos,
Paradas e Paivas, entre outros.” Leontina Domingos Ventura – D. Afonso III, Circulo de Leitores, 2006
O preito de vassalagem
H de B
Pero Gonçalves de Portocarreiro
Trovador português, sobre o qual os Livros de Linhagens nos dizem que foi mui bom cavaleiro e morreu sem semel
(LL43B5). Filho de Gonçalo Viegas de Portocarreiro, o Alfeirão, e de Sancha Pires da Veiga, era sobrinho de João
Viegas de Portocarreiro, arcebispo de Braga, e um dos agentes centrais na obtenção da bula papal de deposição de D.
Sancho II. Um outro seu tio, Reimondo Viegas (possivelmente pai do trovador Estêvão Raimundo, que será seu primo),
foi protagonista de um dos episódios mais célebres da guerra civil, o rapto da rainha D. Mécia Lopes Haro (1246).
Não estando documentado em Portugal, é possível que tenha passado a Castela, onde terá servido na corte régia,
como outros membros da sua família (nomeadamente o seu bem sucedido primo Fernão Anes de Portocarreiro,
notário e privado de Afonso X. Note-se, no entanto, que a voz feminina de uma das suas cantigas de amigo fala
explicitamente do exterior de Castela, parecendo situar-se em Portugal, onde anseia pelo regresso do amigo. Seja
como for, o período de actividade do trovador situar-se-á no último quartel do século XIII.
F: PIZARRO José Augusto (1999), Linhagens medievais portuguesas: genealogias e estratégias 1279-1325, vol. II, Porto, Centro de Estudos de Genealogia,
Heráldica e História da Família da Universidade Moderna
H de B
Pero Gonçalves de
Portocarreiro
Par Deus, coitada vivo
Cantiga de Amigo
Par Deus, coitada vivo
pois nom vem meu amigo;
pois nom vem, que farei?
Meus cabelos, com sirgo
eu nom vos liarei.
Pois nom vem de Castela,
nom é viv', ai mesela,
ou mi o detém el-rei;
mias toucas da Estela,
eu nom vos tragerei.
Pero m'eu leda semelho,
nom me sei dar conselho;
amigas, que farei?
Em vós, ai meu espelho,
eu nom me veerei.
Estas doas mui belas,
el mi as deu, ai donzelas,
nom vo-las negarei;
mias cintas das fivelas,
eu nom vos cingerei.
Cancioneiro da Biblioteca NacionalCancioneiro da Vaticana
F: https://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=925&pv=sim
H de B
Linhagem muito antiga, os de Portocarreiro tiveram origem possivelmente na freguesia de Abragão (Penafiel) (em 1258 e
em 1288-1290 englobava também a freguesia de Maureles, do concelho do Marco de canaveses, constituindo dessa forma
o julgado de Portocarreiro) possuindo embora casais distribuídos por várias freguesias do julgado de Penafiel, era ali que
concentravam os bens de maior vulto, onde se destacava “(...) a quintãa que chamam a Torre que foy d’Egas Anrriquiz e de
Joham Anrriquiz com seus herdamentos é provado que a virom onrrada des que se acordan as testemunhas e d’ouvida de
longe (...)”.
É muito possível que aquela torre fosse a cabeça do couto e honra de Portocarreiro, que aqueles dois irmãos receberam da
parte do avô materno, D. Raimundo Garcia, documentado na corte régia entre 1129 e 1152, e que foi grande protector do
Mosteiro de Mancelos, ao qual os Portocarreiros ficaram depois muito ligados. Linhagem da nobreza média regional,
manteve depois um contacto continuado com os meios cortesãos, acabando por elevar-se à nobreza média de corte,
chegando mesmo a ocupar algumas tenências em meados do século XIII
F: SOTTOMAYOR-PIZARRO José Augusto de - Aristocracia e Mosteiros na Rota do Românico. Lousada: Centro de Estudos do Românico e do
Território, Dez 2014
Em “Anos de Prosa”, 1863, Camilo graceja com uma demanda havida entre dois ramos desta família: “Quando Napoleão III
casou com a condessa de Montijo, duas familias ventilaram em Portugal e porfiadamente, a origem dos Porto-Carreiros
que levara a Castella os embriões da imperatriz. As familias litigantes eram os Porto-Carreiros da casa da Bandeirinha no
Porto, e outros de igual appellido de Abragão, ahi para as cercanias de Penafiel. O pleito heráldico andou nas gazetas, e
nomeadamente no Portugal jornal realista do Porto. A critica oscillou longo tempo indecisa entre as duas familias, até que
um dia, cançada de oscillações, cahiu a rir deixando ás duas familias nobilissimas o direito salvo de enxertarem o império
francez lá em casa.”
H de B
Em linhas muito gerais, o primeiro membro da linhagem referenciado em Castela é D. Fernão Anes, deão de Braga, e
cujo nome está associado à fundação, por Fernando III, do estudo geral de Salamanca, em 1243. Capelão do Papa,
conselheiro de D. Afonso III e privado de Afonso X, o Sábio, deve ter influenciado a passagem a Castela de um seu
sobrinho, Martim Pires de Portocarreiro, privado de Sancho IV, e pai e avô de privados e vassalos de Fernando IV e de
Afonso XI, com bens em San Felices de los Gallegos.
Um sobrinho-neto de Fernão Anes, Martim Fernandes de Portocarreiro, foi o fundador da linha mais afortunada.
Radicado em Castela desde 1300, foi adiantado-mor de Leão e Astúrias e privado de Fernando IV. O seu filho
homónimo recebeu de Afonso XI o senhorio de Villanueva del Fresno e casou com a herdeira do senhorio de Moguer
(Huelva), senhorios mantidos na sua descendência (Marqueses de Villanueva del Fresno, Condes de Puebla e Condes
de Medellín).
Durante a crise dinástica do final do século XIV, mais um de Portocarreiro passou a Castela, agora um descendente de
outro sobrinho do deão de Braga, João Rodrigues de Portocarreiro, mordomo-mor de Dona Beatriz, que
acompanhou a Rainha de Portugal e Castela no seu longo exílio de Toro, cidade onde fundou um novo ramo desta
linhagem, verdadeiramente peninsular.
PIZARRO José Augusto de Sotto Mayor ̶ De e Para Portugal. A Circulação de Nobres na Hispânia Medieval (Séculos XII a XV) ̶ ANUARIO DE ESTUDIOS MEDIEVALES (AEM) 40/2,
julio-diciembre de 2010 pp. 889-924 ISSN 0066-5061
H de B
Razões políticas e outras levaram a que passassem a Castela, e aos outros reinos ibéricos, em diferentes épocas, vários
membros desta Família, que aí se notabilizaram, e onde alcançaram os mais elevados patamares da hierarquia
nobiliárquica.
Em contrapartida, após ocuparem altos cargos régios nos primeiros reinados da 1ª dinastia, a sua posição social diminuiu,
colocando-se num nível intermédio da Nobreza Portuguesa.
Manuel de Sousa da Silva, capitão-mor de Sta. Cruz de Riba-Tâmega, e autor do Nobiliário das Gerações de Entre-Douro-
e-Minho, enaltecido por D. António Caetano de Sousa, e apreciado por Camilo, que dele diz, no seu “Perfil do Marquês
de Pombal” ̶ “Como tenho a satisfação de possuir em dois tomos o Nobiliário das Gerações de Entre-Douro-E-Minho por
Manuel de Sousa da Silva, posso comunicar ao leitor a passagem que o incorruptível capitão-mor de Riba-Tâmega
mostrou a Manuel Carvalho de Ataíde”
Camilo alude a uma tentativa de fraude
genealógica por parte do pai do Marquês
de Pombal
H de B
Ao referir-se aos Portocarreiros, Manuel de Sousa da Silva dá conta desta decadência ao dedicar-lhes
a seguinte quintilha:
Uma torre já cahida
Que está em Porto-Carreiro
É o solar verdadeiro
D’esta geração subida
Hoje em Hespanha, cá primeiro
Em Castela, os Portocarreiros passarão a grafar o nome à castelhana – Portocarreros.
María Eugenia Ignacia Augustina de Palafox-Portocarrero de
Guzmán y Kirkpatrick, Imperatriz dos Franceses, mulher de
Napoleão III
H de B
LIVRO DA NOBREZA E DA PERFEIÇÃO DAS ARMAS DOS REIS CRISTÃOS E NOBRES
LINHAGENS DOS REINOS E SENHORIOS DE PORTUGAL", POR ANTÓNIO GODINHO
Brasão
d’
Armas
dos
Portocar
reiros
H de B
LIVRO DO ARMEIRO-MOR, DE JEAN DU CROS
Brasão
d’
Armas
dos
Portocar
reiros
H de BF: ANTUNES José – Portugueses no processo histórico da fundação da Universidade de Salamanca ̶ Universidade de Coimbra, 1990
H de B
De Lourenço Anes de Portocarreiro, fº de João Henriques de Portocarreiro, e sua mulher D. Guiomar Rodrigues, filha de
Rui Fafes e D. Teresa Pires Alcoforado, procedem os Srs. de Vila Real, Marqueses da mesma Vila, Duques de Caminha, e os
Condes de Tarouca e os Condes de Viana.
1. Fernão Pires de Portocarreiro, filho 3º, foi o que sucedeu na quinta do Paço de Pombal e em mais bens de seus Pais.
Casou com D. Maior Martins, filha de Martim Viegas e de D. Maior Martins de Gaia e Baguim, e deram o nome de Gaia a
um lugar da freguesia de Vila Boa de Quires onde moraram e tiveram fos. a
2. Martim Fernandes de Portocarreiro, que segue;
2. Fernando Martins de Portocarreiro, que passou a Castela e dele procedem os Condes de Medellin, e as
Casas dos Condes de Montijo, e as dos Condes de Puebla do Me., e a dos Condes de Palma e a dos Condes
de Monclova, e a dos Condes de Monte Alvão, e a dos marqueses de Vila Nova del Fresno, e a dos Marqueses
de Alcalá de Alameda, e a dos Marqueses de Barca Rota, e a dos Marqueses del Castrilho, Duques de
Ossuna, e outros mtos.
2. Martim Fernandes de Portocarreiro sucedeu a seu Pai na quinta do Paço e mais bens, casou com D. Aldonça, fa. de
Vasco Martins da Granja e de sua mulher D. Sancha Gonçalves Peixoto e tiveram filhos a
3. Gonçalo Martins de Portocarreiro
F: RUIZ Antonio López – Quevedo y la Nobleza Andaluza
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2163266
H de B
3. Gonçalo Martins de Portocarreiro sucedeu na Casa de seus Pais e casou com D. Leonor Afonso fa. de D. João Afonso
que era fo. bastardo de El-Rei D. Dinis e foi Senhor de Portocarreiro e teve filhos a
4. Vasco Martins de Portocarreiro
4. Vasco Martins de Portocarreiro sucedeu na quinta do Paço de Pombal e em todos os mais bens, acompanhou a El-Rei
D. Fernando qdo. foi tomar posse do Reino de Galiza no ano de 1368 e qdo. tomaram Monterrey e era vassalo do Infante
D. João e tinha ração e souto. Casou e teve fos. a
5. Martim Vaz de Portocarreiro
5. Martim Vaz de Portocarreiro sucedeu na quinta do Paço de Pombal e em todos os mais bens. Casou e teve filhos a
6. Nuno Martins de Portocarreiro
6. Nuno Martins de Portocarreiro sucedeu na quinta do Paço de Pombal e mais bens. Casou com D. Maria da Cunha, va.
de Fernão Martins Alcoforado, fa. de Gil Vasques da Cunha e de sua mer. D. Isabel Pereira, fa. do Prior do Crato, irmã do
Condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o dito Gil Vasques da Cunha pai da dita D. Maria da Cunha era Alferes-Mor de El-
Rei D. João o 1º, Senhor de Portocarreiro e de Basto, e de Montelongo, Borba de Aguilhões, da Maia, e Guilhofrei,
Armamar e outras mtas. e o dto. Nuno Martins acima por sua mer. D. Maria da Cunha tornou a haver a Quinta da Torre,
solar desta geração e todas as mais fazendas que tiveram seus antepassados em o concelho de Portocarreiro e tiveram
filhos a
H de B
7. Jordão da Cunha
7. D. Guiomar da Cunha
7. D. Catarina da Cunha que casou com D. Álvaro de Castro
7. D. Senhorinha de Portocarreiro
7. D. Isabel da Cunha
7. D. Beatriz da Cunha que casou com João Rodrigues do Carvalhal
7. D. Guiomar da Cunha filha dos sobreditos Nuno Martins de Portocarreiro e de sua mer. D. Maria da Cunha sucedeu a
seus Pais na quinta do Paço de Pombal e quinta da Torre e todas mais fazendas que eles tiveram pelas comparem a seus
irmãos. Casou com D. João Osório Comendatário de Paço de Sousa e tiveram filhos a
8. D. Helena Osório da Cunha
8. D. Gonçalo Osório da Cunha
8. D. Maria da Cunha que foi avó de D. Melícia Coutinho mer. de Duarte de Paiva, fidalgo de Lisboa
8. D. Justo Osório que foi capelão de El-Rei Filipe o Prudente
8. Manuel da Cunha que foi Arcediago de Sta. Cristina na Sé de Braga
8. D. Helena Osório da Cunha sucedeu a seus Pais em todas as qtas. e fazendas que eles possuíram. Casou com Álvaro
Sanhudo fº e irmão dos Srs. da Silvã, junto a Coimbra e tiveram filhos a
9. D. Guiomar Osório da Cunha
H de B
9. João Alvares Osório que casou com Filipa Cardoso e morou na qta. da Taipa, em Lamego
9. O Dr. António Osório Sanhudo que foi Desembargador da Suplicação e Vigário-geral em Lxa. e depois
Arcediago de Labruge, em Braga
9. Filipe da Cunha, que serviu em África
9. Manuel da Cunha, que foi para a Índia onde faleceu
9. D. Antónia Sanhudo da Cunha
9. D. Isabel Cardim
9. D. Ana Sanhudo, que casou com Tomé Pires de Araújo e viveram em Canaveses
9. D. Guiomar Osório da Cunha sucedeu nas casas de seus Pais na qta. e Solar de Portocarreiro e nas mais que possuíram
os ditos seus Pais. Casou com Jorge de Oliveira Pinto, dos Pintos da Lagariça de Ferreiros de Tendais, e tiveram fos. a
10. Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro
10. João Osório Sanhudo, que foi Arcediago de Labruge, em Braga
10. Álvaro Sanhudo
10. Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro sucedeu a seus Pais na qta. da Torre em Portocarreiro e em todas as
mais que eles tiveram em várias partes e morou em Melres onde casou com D. Antónia Ferraz de Araújo e Azevedo filha
de Álvaro de Araújo e Azevedo e de sua mulher D. Justa Vieira e tiveram filhos
Desenho à pena da Torre de Chã, em Ferreiros de Tendais, Cinfães, da autoria do Dr. Cabral Pinto de Rezende
F: https://monumentosdesaparecidos.blogspot.com/2015/09/torre-de-cha-ferreiros-de-tendais.html
H de B
Brasão de Vila Boa de Quires – Marco de Canaveses
As armas dos Portocarreiros carregadas da Cruz da Ordem
de Cristo, sua antiga Comenda.
Brasão de Moguer, Huelva, antigo
Senhorio dos Portocarreros
As armas dos Portocarreiros, com
bordadura de Castela e Leão
H de B
Aquy jaz ho muito homrado pero rodriguez porto carreiro ayo que foy do conde dom anrique . cavaleiro da hordem de samtiaguo
he ho muito homrado gonçalo gil barbosaa seu jenro caualeiro da hordem de cristos . he asi ho muy homrado seu filho francisco
barbosa. os quaes foram trasladados a esta sepultura . no ano de 1532 F: https://solaresebrasoes.blogspot.com/
Igreja de Santo Agostinho (Graça) – Santarém
Continuando a tradição funerária do espaço, muitos foram os poderosos escalabitanos que aqui se fizeram enterrar.
Para além do túmulo do navegador Pedro Álvares Cabral, na capela de São João Evangelista, e dotado de longa legenda
epigráfica, merece realce o túmulo renascentista de Pero Rodrigues de Portocarreiro (1532). De um ano antes é a capela
do Senhor Jesus dos Passos, mandada edificar por D. Mécia Mendes de Aguiar, mulher do navegador Gonçalo Gil Barbosa.
F: http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio imovel/pesquisa-do-patrimonio/
H de B
Tomar
Convento de
Cristo
Capela dos
Portocarreiros
H de B
Palácio das Sereias ou da Bandeirinha – Monchique, Miragaia, Porto
H de B
De acordo com Felgueiras Gayo, no seu Nobiliário das Famílias Portuguesas,
terá sido João da Cunha Osório Coutinho de Portocarreiro a adquirir, no séc.
XVIII, a um estrangeiro, o Palácio das Sereias ou da Bandeirinha. Há, no
entanto, indícios que sugerem estar a sua origem ligada à construção do
Convento de Monchique por parte de Pedro da Cunha Coutinho e sua
mulher D. Brites de Vilhena, seus parentes, no local onde possuíam um
paço, durante o bispado de D. Pedro da Costa, encontrando-se em 1538 o
essencial do convento terminado quando aí se instalaram as monjas.
Cf. Joaquim Jaime Ferreira-Alves, Prof. Ass. FLUP, Elementos para a História do
Convento da Madre de Deus de Monchique
Estes Cunhas Osórios Coutinhos de Portocarreiro constituíam a linha que
conservava o Senhorio da Torre de Portocarreiro em Vila Boa de Quires.
Provinham legitimamente do casal Álvaro Sanhudo e D. Helena Osório da
Cunha Coutinho de Portocarreiro, tetravós de João da Cunha.
A Casa ostenta dois brasões diferentes: um na fachada voltada a Sul, ao rio,
e outro a Norte, no portão de entrada.
Fachada Sul
Esquartelado de Portocarreiros, Osórios, Cunhas e Coutinhos
H de B
O Senhor da Cidade era o Rei e os burgueses do Porto tinham adquirido o privilégio de não aceitar nobres intramuros
que “pousassem no Porto, nem aí demorassem mais do que três dias”.
Em 1339, D. Afonso IV manda fazer uma inquirição, restringindo a permanência de fidalgos no Porto e dando início a
um privilégio especial do burgo. Nobres e altos membros do clero ficam assim impedidos de comprar casa na cidade,
sob pena de expropriação; ficam impedidos de intermediar a resolução de conflitos dentro do burgo, sob a pena de
expulsão; ficam impedidos de permanecer dentro da cerca do castelo, sob pena de encarceramento. Os nobres ficam,
ainda, obrigados a pagarem por todos os bens que consumissem ou comprassem, sob pena de apreensão dos seus
cavalos.
Em carta datada de 16 de dezembro de 1374, D. Fernando ordena expressamente aos nobres e prelados do reino que
não permanecessem na cidade do Porto por mais de três dias, especificando que não podiam procurar aposentadoria
na Rua dos Mercadores (a mais rica e próspera do burgo), nem nos mosteiros ou estalagens da cidade.
Procurando o apoio da nobreza, em 1509 D. Manuel I começou a autorizar alguns membros da nobreza a viverem na
cidade do Porto com suas famílias, podendo adquirir ou alugar casa.
A cidade ainda procurou resistir. Em 1577, por exemplo, quando os jesuítas começam a erguer a igreja e o Convento
de São Lourenço – hoje mais conhecidos como dos Grilos – a Câmara e a população ergueram uma forte oposição.
Era evidente que o colégio chamaria filhos de nobres e fidalgos que obrigatoriamente teriam de residir na cidade.
F: http://portoby.livrarialello.pt/porto-burgo-interdito-aos-nobres/
H de B
Mas, apesar da resistência, os jesuítas acabaram por conseguir pôr o seu colégio a funcionar e, aos poucos, mais famílias
nobres se foram estabelecendo na cidade, erguendo várias casas brasonadas.
Em 14 de Setembro de 1519, discutiu-se em sessão municipal o facto de o D. Abade de Paço de Sousa ter alugado uma
casa na Rua Nova, que foi de Pero Cam; resolveu-se mandar-lhe dizer por Diogo Homem e Ant. de Coiros que “se tinha a
dita casa alugada pª viver nela a escusasse, porquanto lhe haviam de ir à mão e não haviam de consentir que vivesse
nela, que era em prejuízo dos Privilégios da cidade”. O Abade respondeu aos comissionados que a alugara para viver nela
Alvaro Sanhudo, seu genro com sua filha, ou por ventura dois seus genros com duas suas filhas q. tinha casadas e q. pª
eles a alugara e que em um dia desta semana q. vem se havia de ir pª o seu Mostº e q. pª o Natal lhe parecia que
poderiam vir as ditas suas filhas.
F: BASTO Artur de Magalhães – História da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Porto: Edição da Santa Casa da Misericórdia, 1934, 1964
Os Coutinhos irão travar um longo braço-de-ferro com a Câmara da Cidade para
verem concedida a permissão de se instalar em Miragaia.
Em 1443, Fernão Coutinho apresentou ao Concelho da Cidade uma carta do conde D. Pedro Regente do Reino em que
pedia aos homens-bons da cidade que autorizassem aquele fidalgo da Maia a recuperar umas casas que possuía em
Monchique, para nelas ir morar. A Cidade como era de esperar respondeu negativamente “que os seus moradores nom
consentiam que elle nem nenhum outro fidalgo nom morasse na cidade”. Queixa que em 1445 a Cidade apresentou às
Cortes, reunidas em lisboa, onde se afirma que o referido fidalgo insiste em fazer uma casa em Miragaia lugar de
pescadores e marinheiros. Fernão Coutinho acabou por conseguir autorização para estar no Porto um mês e meio por
ano, por ter nela uma parte dos seus bens e fazenda.
Coutinhos, dos Condes de
Marialva
H de B
Fernão Coutinho morreu e os seus bens passaram por herança para o filho mais novo Pêro da Cunha Coutinho, casado
com D. Beatriz de Vilhena. Além dos bens, Pêro Coutinho herdou também do pai a velha ambição de ir morar para as
casas de Miragaia e nesse sentido tratou logo de mover as suas influências. E de tal modo foram importantes os
empenhos utilizados, que D. Afonso passando no Porto com sua mulher D. Isabel dirigiu-se aos homens-bons da
Cidade a solicitar que sem embargo dos seus privilégios, autorizassem Pêro da Cunha Coutinho a estar no Porto pelo
menos três meses em cada ano se lhe necessário fosse.
A Cidade voltou a dizer não com a justificação de que a autorização dada a Fernão Coutinho havia sido conseguida na
condição de que nem seus filhos nem outras pessoas poderosas que dele descendessem pudessem gozar da mesma
prerrogativa.
Aquele Pêro da Cunha Coutinho e a mulher D. Beatriz de Vilhena foram os fundadores do Mosteiro da Madre de Deus
de Monchique.
Isto aconteceu em 1545, já muito depois de D. Manuel ter revisto os privilégios da cidade contra a morada dos
fidalgos.
F: SILVA Germano – Porto História e Memória. Porto: Porto Editora, Nov2010 ISBN 978-972-0-06259-8
H de B
F:manueljosecunha.blogspot.com
Na entrada, pela rua da Bandeirinha, o
brasão assemelha-se ao usado pelos
Portocarreiros, senhores de Vila Nova del
Fresno, de que foram marqueses, e
Moguer, em Castela.
Armas dos Portocarreiros com bordadura
de Leão e Castela, de 8 peças.
Brasão de Medellín – no
3º quartel, as armas dos
Portocarreiros
Condes de Palma del Río
Luis Fernández Portocarrero y Bocanegra
Em abismo, as armas dos Portocarreiros
H de B
Palácio da Bandeirinha
Com os proventos da sua grande casa (e, sobretudo, com os de uma mina de ouro que possuía em Melres), João da
Cunha Osório de Portocarreiro comprou a quinta da Bandeirinha - com terrenos que se estendiam até às margens do
Douro - a um inglês e aí iniciou a edificação da sua casa.
Depois do assassinato de João da Cunha de Araújo Portocarreiro pela população, a família abandonou este palácio e foi
viver para Melres. Mais tarde, João Pizarro da Cunha Portocarreiro, que nasceu no Palácio das Sereias e faleceu em 1932,
deixou a sua parte do Palácio a seus filhos - a outra pertencia já a estes, por herança de sua mãe - que foram os seus
últimos senhores. Em 1955, para efeitos de partilhas, venderam-no à congregação religiosa do Instituto da Caridade
Canossianas Missionárias, que lá mantém a sua actividade social e religiosa.
F: http://melrees.fortunecity.ws/historia.htm
Palácio das Sereias
Casa nobre de estilo barroco e rococó, com torreões ameados nos extremos da fachada principal. Pátio nas traseiras
com portal excessivamente decorado. Localização da construção num ponto alto com fortes relações visuais para a
paisagem. Volutas, elementos carregados de simbolismo lavrados no granito: as sereias.
Edifício de planta rectangular alongada de três pisos. Volume simples, coberturas articuladas em telhado de quatro
águas. A fachada principal orientada a S. é simétrica e marcada nos extremos por dois áticos rematados por ameias a
semelhança de torreões. Pilastras nos cunhais e nos alinhamentos dos áticos conferem-lhe imponência e verticalidade.
O portal de entrada entre duas sereias em granito tipo cariátides é encimado por dois janelões com balaustrada. Sobre
estes uma varanda com balaustrada apoia em três mísulas em cantaria lavrada.
H de B
O vão desta varanda é envolvido por motivos salientes em cantaria rococó e rematado por um frontão curvo. Ao
nível do r/c seis pequenas aberturas rectangulares engradadas. No 1º e 2º piso janelas de guilhotina, sendo estas
últimas decoradas na parte superior da padieira com volutas. Para N. da Casa desenvolve-se um terreiro de forma
rectangular alongada com forte pendente, constituindo o seu remate um imponente portal em granito lavrado
ladeado por duas aberturas, encimado por pedra de armas com coronel.
Enquadramento - Urbano, em pleno centro histórico, constituindo a Casa gaveto da Rua da Bandeirinha. Implanta-se
adossada à encosta numa plataforma elevada sobre Miragaia, o rio Douro e a Alfândega Nova do Porto. A fachada
lateral O. da Casa está no enfiamento da R. do Monte dos Judeus. O portal do terreiro a N. é o remate visual do Largo
do Viriato. Está flanqueada a O. por altos muros de suporte em granito. Elemento de destaque na frente urbana de
Miragaia. Em frente à Casa um alargamento da R. da Bandeirinha transforma este local num miradoiro e varanda
sobre o rio.
Cronologia - Séc. 18, meados - Construção da Casa sobre o lugar do cemitério dos judeus portuenses; 1809 - era do
tenente-coronel de Infantaria 6 João da Cunha de Portocarreiro que, durante os tumultos que resultaram do avanço
de Soult sobre o Porto, foi morto no Poço das Patas, como suspeito de afrancesado; séc. 19 - é abandonada e
desocupada pela família Portocarreiro durante gerações; 1955 - compra do imóvel pelas Irmãs Filhas da Caridade
Canossianas Missionárias, que aí instalam o colégio Casa Madalena de Canossa.
O terreno para construção da Casa foi comprado a um inglês por João da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro. As
Irmãs quando fizeram obras de conservação interior pintaram os tectos a uma só cor. Dizem que por baixo existiam
pinturas sobre o estuque.
F:http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5551
H de B
Armas do Cardeal Luis Manuel Fernández Portocarrero Bocanegra y Guzmán
Cipriano de Palafox y Portocarrero
Conde de Montijo e Miranda, duque de Penharanda
do Douro, chefe das Casas dos Portocarreiros (ramo
castelhano), Zúnhigas e Gusmão
Lápide de Beatriz Portocarrero, filha de Martín Fernández
Portocarrero, IV Senhor de Moguer – Esquartelado de
Portocarreiros e Cabeças de Vaca
H de B
Túmulo dos Portocarreiros, Senhores de Moguer – Mosteiro de Santa Clara – Moguer – Huelva ̶ Andaluzia
H de B
MORGADIO DOS PORTOCARREIROS EM MELRES - GONDOMAR
No início do séc. XVII, a linha dos Portocarreiros que tinha herdado o senhorio da quinta da Torre vai instituir em Melres,
Gondomar, um Morgadio, na primitiva Quinta de Marrocos, que lhes veio por casamento, e que posteriormente passará a
ser conhecida como Quinta ou Solar da Bandeirinha, ocupando ao longo do ano, já entrado o séc. XVIII, alternadamente, as
duas residências – Melres e Miragaia
H de B
Solar da Bandeirinha – Melres ̶ Gondomar.
F: ADP – Arquivo Distrital do Porto
GAYO José Manuel Felgueiras – Nobiliário das Famílias Portuguesas. Braga: Edição de A A Meirelles e D A Affonso, 1940
SILVA Manuel de Sousa da – Traslado do Título de Portocarreiros. Leiria: ADL, Ms
http://melrees.fortunecity.ws/historia.htm
H de B
MORGADIO DOS PORTOCARREIROS EM MELRES
Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro
Sucedeu a seus pais na quinta da Torre em Portocarreiro e em todas as mais que eles tiveram em várias partes. Primeiro
desta família que viveu na vila de Melres, onde instituiu um Morgadio sob a invocação de S. Tiago. Em Outubro de 1601
é morador em Sta. Eulália de Pedorido, Castelo de Paiva. Mas logo em Novembro já é dado como vivendo em Melres.
Casou com D. Antónia Ferraz de Araújo e Azeredo, filha de Álvaro de Araújo e Azeredo e de sua mulher D. Justa Vieira da
Mota, Srs. da Quinta de Pensos, em Santa Clara do Torrão. Capitão de Ordenanças, juiz e vereador do Senado; juiz
ordinário de Castelo de Paiva (9Ago1599).
D. Antónia era irmã do capitão-mor de Melres João de Azeredo e Araújo e levou por dote várias propriedades na
freguesia, designadamente a Quinta de Marrocos, que se estendia "sobre o rio em ambas as margens do Douro", tendo
ficado tudo vinculado no Morgadio de Melres, então instituído pelo casal com capela na Igreja matriz sob invocação de
S. Tiago. Faleceu a 10Nov1625, sendo sua mulher testamenteira.
Eram seus irmãos
Gonçalo Sanhudo, Cónego de Évora
Álvaro de Araújo Ferraz, Desembargador de Évora, Reitor de Sto. Antão, tendo falecido Abade de
Melres
D. Maria da Cunha, religiosa do Convento de S. Bento de Avé Maria , Porto
H de B
Manuel da Cunha Osório de Portocarreiro
2º Morgado da Quinta de Melres. Sucedeu a seus pais na quinta da Torre em Portocarreiro onde é o seu solar e em
todas as mais quintas e casais que tiveram seus pais. Morou em Melres onde nasceu a 10Jan1607, e faleceu a
27Fev1691 com 84 anos de idade, deixando testamenteira sua mulher. Casou com D. Maria Ferraz de Sousa, filha de
Paulo Ferraz Homem e de sua mulher D. Verónica Pinto, Srª da Quinta de Valbom em Castelões de Recezinhos,
concelho de S. Cruz de Ribatâmega, hoje do de Penafiel, que é solar dos Ferrazes e levou-a em dote e outros bens.
Capitão-mor de Melres. Comissário dos galeões que se fizeram na Ribeira do Ouro, na cidade do Porto.
Construiu (ou pelo menos concluiu obras iniciadas por seu pai) a actual Casa de Melres, onde colocou uma pedra com
o seu Brasão de Armas. Esta Pedra de Armas, colocada na face lateral da casa, é esquartelada de Cunhas, Ferrazes,
Araújos (?) e Osórios, e difere da que existe por cima do portal principal, certamente posterior, que é esquartelada de
Portocarreiros, Osórios, Cunhas e Coutinhos. É referido nos assentos paroquiais como Manuel da Cunha ou Manuel
da Cunha Osório.
De sua mulher teve filhos a
Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro
Paulo de Araújo Osório, Cónego de Évora
D. Isabel da Cunha
D. Mariana da Cunha
D. Guiomar da Cunha
D. Antónia Ferraz
H de B
Na face lateral, escudo esquartelado de Cunhas,
Ferrazes, Araújos (?) e Osórios
H de B
Vieiras
Sequeiras
Ferrões, no
4º quartel
Coutinhos
Dúvidas na leitura do 3º quartel
Palácio Nacional de Sintra
Sala dos Brasões
Araújos
H de B
Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro
3º Morgado de Melres, nascido na Casa de Valbom, Castelões de Recezinhos, baptizado a 16Out1641, e falecido em
28Out1719 na Casa de Melres. Sucedeu a seus Pais na Quinta da Torre e Solar e em todos mais bens que eles possuíram e
os logrou e gozou até ao ano de 1719. Fez Justificação de Nobreza, lavrada no Tabelião da Vila de Melres em 1715.
Os tectos de masseira serão certamente do seu tempo. No centro, um escudo esquartelado de Cunhas, Portocarreiros,
Coutinhos e Osórios, apelidos já reunidos por sua trisavó D. Helena Osório da Cunha Coutinho de Portocarreiro.
Casou por procuração, a 29Jun1683, na Igreja de Melres, com sua parente D. Maria Luísa de Alarcão e Albuquerque, filha
de João Correia Coutinho, da Vila de Tarouca, e de sua mulher D. Joana Viegas de Alarcão.
De sua mulher teve filhos a
D. Maria Joana da Cunha
D. Guiomar Clara Osório
Manuel da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro
João da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro
D. Joana Inês de Alarcão
D. Teresa Paula da Cunha Osório
Bartolomeu da Cunha Coutinho Ferraz de Portocarreiro, clérigo
D. Micaela Antónia
H de B
D. Josefa da Cunha
Manuel da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro
Antes de casado, de D. Isabel Tavares, senhora solteira, teve a
Pe. Feliciano de Araújo Osório de Portocarreiro, Abade de Melres, cg
João da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro
4º Morgado de Melres, filho do anterior. Sucedeu no Morgadio por morte de seu irmão Manuel, e no dito Solar da Torre
de Portocarreiro e em todos os mais bens que seus Pais possuíram. Diz Felgueiras Gayo gastou mais de 80 mil cruzados
para se livrar, a si e a seu irmão Bartolomeu, de terem matado um escudeiro. Nasceu na Casa de Melres a 29Out1689, e
faleceu a 14Jan1761 no Palácio da Bandeirinha, na cidade do Porto, indo no dia seguinte a enterrar na Igreja de Melres
onde se lhe fizeram três ofícios.
De acordo com o mesmo Felgueiras Gayo, terá casado por amores na Igreja de Melres, a 22Out1718, com sua prima D.
Vitória Joana da Cunha Pinto Brandão de Melo, o noivo de 29 anos e a nubente de 15 anos de idade, sendo esta
herdeira, por morte de seu irmão, da casa da Sobreira e da dos Pintos Brandões, ambas em Melres, filha de António
Brandão de Macedo e Melo, tendo assinado o registo de matrimónio seu irmão o Abade Feliciano de Portocarreiro.
O dito João da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro tratou-se sempre com carruagem de 4 rodas, liteira, tendo os
melhores cavalos, entrando em todas as festas com luzimento e grandeza. De cristãos velhos foram sempre e são sem
fama nem rumor em contrário e de bons costumes (Corografia).
H de B
No frontão do portal de entrada um escudo esquartelado de
Portocarreiros, Osórios, Cunhas e Coutinhos
H de B
De D. Vitória Joana teve os filhos seguintes
Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro
Frei Sebastião José da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro, da Ordem de S. Bernardo
D. Joana da Cunha
D. Maria da Cunha
Frei António da Cunha, religioso da Ordem de Cristo
Frei José, Freire de Avis
Francisco da Cunha Osório de Portocarreiro, formado na Universidade de Coimbra, Capitão do
Regimento dos Leais Voluntários
Frei Bartolomeu, Monge de S. Bento
Jerónimo da Cunha
D. Ana Luísa da Cunha de Alarcão de Portocarreiro
Manuel da Cunha Coutinho Portocarreiro
5º Morgado de Melres. Filho de João da Cunha (Felgueiras Gayo dá-lhe Dom). Foi Sr. da Casa e Morgadio de seu pai.
Sargento-Mor e Capitão de Infantaria de um dos Regimentos do Porto. Herdeiro universal de seu tio o Abade Feliciano de
Araújo Osório de Portocarreiro. Morreu solteiro sem geração.
H de B
Francisco da Cunha Osório de Portocarreiro
6º Morgado de Melres, irmão do anterior, sucedeu no morgadio por falecimento deste, e em todas as quintas e Solar de
Portocarreiro que possuíram seus Pais. “Tem de renda líquida para cima de 8 mil cruzados cada ano e traz alguns mil
cruzados a juros. A sua assistência é na cidade do Porto, onde tem suas casas e quinta que são de Morgado, e algum tempo
na sua quinta de Melres que é também de Morgado, perto desta cidade três léguas à borda do Douro e que se trata
conforme os Principais desta terra com seus cavalos, e bestas de carruagem e sege e liteiras. Terá de idade 37 anos e
estando só tem mais parentes de sua obrigação em sua casa”. Casado em 1774 com D. Felícia Felisberta Pereira de Rebelo
Cabral. Formado na Universidade de Coimbra e Capitão do Regimento dos Leais Voluntários. Morreu afogado no rio
Douro, em 1778, quando se dirigia para o Porto, por o seu barco se ter voltado. Parece não ter deixado geração pois
sucedeu no Morgadio sua irmã. Sobre este feito conta-se a história de o sucessor no Morgadio, o marido de D. Ana Luísa,
na varanda do Palácio das Sereias, fitando o rio, dizer que tinha tirado a sede a seu irmão (cunhado) e a ele a fome e o frio,
o que seguramente estaria longe de ser verdade.
D. Ana Luísa da Cunha Coutinho Osório Alarcão de Portocarreiro
7ª Morgada de Melres. Irmã do precedente. Casou a 1ª vez a 24Set1759 com Filipe Carneiro de Faria Pereira Manso, Sr. dos
Morgadios da Parreira e Cerieira. Casou 2ª vez em 1762 com o Dr. Francisco Luís de Brito de Araújo e Castro. Casou a 3ª vez
a 22Jul1788 com o Dr. José Cândido da Silva de Pina e Melo. Mãe de António de Araújo Vasques da Cunha Portocarreiro,
Barão de Pombalinho, Santarém, avó de João Cardoso da Cunha Araújo e Castro de Portocarreiro, Visconde de
Portocarreiro.
H de B
F: https://digitarq.adlra.arquivos.pt/viewer?id=1195170
Autógrafo de D. Ana Luísa numa nota de recebimento de 29Jun1785 em favor de sua filha, e de seu primeiro
marido, Filipe Carneiro de Faria Pereira Manso, Capitão-Mor de Ourém, D. Vitória Manuel.
Opinião de um contemporâneo
Esta Srª terá 20 anos, he formosissima de
excelente estatura, por ella se pode dizer =
Mulheraça = corpulenta, e mto.
conrespondente, tem especial genio e
comprehenção pa. todas as prendas, tocar,
bordar e tudo o mais q se pode considerar pa.
boa May de famílias; alem da sua legitima, o
tio Abe. de Melres me disse lhe havia de deixar
4 M cros., por sua morte; porem cazando ella, á
sua satisfação com PeSsoa dos requisitos
neceSsos., q em sua vida lhos daria, e hoje me
dizem lhos quer dar 4 M(?) cros; este tio do.
Abe. he fo. de Manoel da Cunha Coutinho de
Portocarreiro, q o teve de uma manceba.
H de B
De seu primeiro marido, Filipe Carneiro de Faria Pereira Manso, teve a
D. Vitória Manuel Carneiro de Faria Alarcão Portocarreiro da Cunha, que sucedeu a seu Pai, casada
em Leiria com Miguel Luís da Silva e Ataíde, Sr. da Casa do Terreiro, F da CR, Coronel de Cavalaria, cg
De seu segundo marido, o Dr. Francisco Luís de Brito de Araújo e Castro, teve aos seguintes filhos
D. Jerónima Delfina da Cunha e Castro, mãe do 1º Visconde de Portocarreiro
João da Cunha Araújo de Portocarreiro
Joaquim de Brito de Araújo e Castro, Comendador da Ordem de S. Bento de Avis, Brigadeiro do
Exército, falecido no Rio de Janeiro
D. Maria da Cunha e Castro, casada com António Procópio de Pina e Melo
António de Araújo Vasques da Cunha de Portocarreiro, 1º Barão de Pombalinho
Sem geração de seu terceiro marido, Dr. José Cândido da Silva de Pina e Melo.
H de B
João da Cunha de Brito de Araújo e Castro de Portocarreiro
8º Morgado de Melres, filho de D. Ana Luísa e de seu 2º marido. Casou a 3Fev1801 com D. Maria Rita de Sampaio, irmã
de José Joaquim Gerardo de Sampaio, 1º Visconde e 1º Conde de Laborim (carta de 1Out1862), que faleceu em Lisboa
sem deixar geração. Cavaleiro – fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Ficou conhecido popularmente como o “Fidalgo da Bandeirinha“. A 19Jun1808 é eleito por unanimidade para a Junta
Superior e Interina do Governo Geral, constituída no Porto na sequência da situação caótica vivida com a invasão do
País pelos Franceses, com o posto de Sargento-Mor de Infantaria de Linha. Tenente-Coronel do Regimento de Infantaria
nº 6 do Porto.
A 21 de Março de 1809 “foi morto por um paizano, que lhe pediu cartuchos de pólvora quando elle os não tinha para
distribuir, e arrastado até á porta da Relação. Porto, 22 de março. Luiz d’Oliveira da Costa Almeida Osório, brigadeiro,
governador interino das armas da cidade e partido do Porto; foi prezo pelas ordenanças no mosteiro de Santo Thirso e
conduzido para as cadêas da Relação do Porto; foi ahi procurado pela multidão, escolhido, entre os facinorosos que o
rodeavam na cadêa e que a plebe soltou, para ser immolado, e, sendo trazido para fora, foi esbofeteado, insultado por
todos os modos, levado aos Alamos, e ahi acutilado e feito em pedaços, sendo depois de morto atado com uma corda
ao cadáver de João da Cunha, assassinado antes delle, e depois de arrastado, com grande séquito de rapazes pelas ruas
da cidade, pendurado da ponte sobre o Douro.”
De D. Maria Rita, sua mulher, teve filhos a
D. Maria do Carmo da Cunha de Brito de Portocarreiro
D. Maria Vitória da Cunha de Araújo de Portocarreiro
F: REZENDE Marquez de – Memoria Historica de D. Fr.
Francisco de S. Luiz Saraiva Tirada de Seus Escriptos.
Lisboa: Typographia da Academia, 1864
H de B
D. Maria do Carmo da Cunha de Brito de Portocarreiro
9ª Morgada de Melres, filha do precedente. Casou a 21Jun1822 com o Coronel de Milícias António de Sousa Pereira
Coutinho Moraes Sarmento Yebra e Oca Drago da Cunha e Castro Guedes de Carvalho, Sr. do Prestimónio de S.
Miguel de Vilar de Perdizes, F da CR, Morgado de Gulfuras, Borba e Manteigueiro. Faleceu a 10Dez1827 com apenas
23 anos.
De seu marido teve a
João de Sousa Pereira Coutinho e Moraes da Cunha de Portocarreiro
João de Sousa Pereira Coutinho e Moraes da Cunha de Portocarreiro
10º Morgado de Melres. Falecido em 1834, com 11 anos de idade, deixou por herdeira sua tia.
D. Maria Vitória da Cunha de Araújo de Portocarreiro
Tia do anterior, 11ª Morgada de Melres, por herança de seu sobrinho. Nasceu a 16Ago1809 e casou a 26Dez1834
com o Major de Artilharia Gaspar Pinto de Magalhães Cardoso Pizarro, Morgado de Vilar de Maçada, Alijó.
H de B
F: http://nogueirareis.tripod.com/santaeugniahistoria/id9.html
F: http://www.portoenorte.pt/pt/o-que-fazer/casa-dos-pizarro-portocarreiro/
Casa dos Pizarros Portocarreiros – Vilar de Maçada - Alijó
De seu marido teve filhos a
D. Maria da Glória Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro, que instituiu seu irmão Gaspar por herdeiro
D. Maria da Piedade Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro
João Pizarro da Cunha de Portocarreiro
Gaspar Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro, casado com D. Margarida Rosa de Almeida
H de B
João Pizarro da Cunha de Portocarreiro
12º Sr. da Casa de Melres. Filho de D. Maria Vitória. Foi representante dos títulos de Barão de Pombalino e Conde de
Laborim. Casou a 20Abr1867 com D. Emília Cândida de Miranda de Araújo e Costa.
Teve, do seu casamento, aos filhos seguintes
João Pinto Pizarro da Cunha de Portocarreiro
D. Luís Pizarro da Cunha de Portocarreiro
D. Maria Vitória Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro
D. Maria Teresa das Dores Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro
D. Maria Emília Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro
F:http://www.csarmento.uminho.pt/
Autógrafos de D. Maria da Glória e Gaspar Pizarro Portocarreiro – 20Fev1871
H de B
D. Luís Pizarro da Cunha de Portocarreiro
13º Sr. da Casa de Melres. Filho do precedente. Moço-Fidalgo da Casa Real, Membro da Câmara dos Senhores
Deputados da Nação Portuguesa. Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, entre 1908 e 1910, e nessa
qualidade deu posse à nova comissão administrativa republicana conforme consta dos livros de actas das
sessões camarárias.
Casou a 15Jan1900, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, freguesia de Massarelos, cidade do Porto, com D.
Maria Luísa Giraldes de Almeida Peixoto, Srª da Casa de Carapeços, no Salvador de Travanca, Amarante, natural
de S. Romão de Carvalhosa, Marco de Canaveses, onde nasceu a 9Abr1880, filha de José Duarte Giraldes de
Queirós de Azevedo e Vasconcelos e de D. Adelaide Sofia de Almeida Soares Peixoto, neta paterna de António
José Giraldes de Azevedo e Vasconcelos, Moço-Fidalgo da CR, Morgado de Penidos em Sobretâmega, Marco de
Canaveses, e de D. Francisca Felizarda do Nascimento Teixeira da Silveira, filha do Coronel de Milícias de Basto e
Sr. da Casa da Eira, em S. Julião de Passinhos, Amarante, José Teixeira da Silveira.
Sem geração do matrimónio.
Faleceu D. Luís Pizarro a 12Abr1932 no Porto, deixando herdeira sua mulher. Por morte de D. Maria Luísa,
ocorrida na Foz do Douro, Porto, a 13Jun1948, sucederam na casa de Melres e na Torre de Portocarreiro os
sobrinhos, filhos de seus irmãos.
H de B
Álvaro Sanhudo
D. Helena Osório da Cunha
Coutinho de Portocarreiro
D. Guiomar Osório da
Cunha Coutinho de
Portocarreiro
Jorge (ou Gonçalo)
de Oliveira Pinto
Duarte de
Góis
Manuel da Cunha Coutinho
de Portocarreiro
D. Antónia
Ferraz Vieira
Manuel da Cunha Coutinho
Osório de Portocarreiro
D. Maria Ferraz
de Sousa
Gonçalo da Cunha,
Cónego de Évora
Álvaro Sanhudo,
Abade de Melres
Manuel da Cunha Coutinho
Osório de Portocarreiro
D. Maria Luísa de
Alarcão e Albuquerque
D. Isabel
Tavares
Pe. Feliciano de Araújo
Osório de Portocarreiro,
Abade de Melres
Paulo de Araújo,
Cónego de Évora
Manuel da Cunha Coutinho
Osório de Portocarreiro
João da Cunha Coutinho
Osório de Portocarreiro
Bartolomeu da CunhaD. Vitória Joana da Cunha
Pinto Brandão de Melo
D. João Álvares
Lopes de Osório
D. Guiomar da Cunha
Coutinho de Portocarreiro
Nuno Martins de Portocarreiro D. Maria da Cunha
João Álvares Osório D. António Sanhudo D. Ana Sanhudo Tomé Pires
de Araújo
João Osório Sanhudo,
Arcediago de Labruge
Genealogia dos Morgados de Melres
ADP – Arquivo Distrital do Porto
GAYO José Manuel Felgueiras – Nobiliário das Famílias
Portuguesas. Braga: Edição de A A Meirelles e D A Affonso, 1940
PINTO Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e
Grandes de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco Arthur
da Silva, 1883
H de B
João da Cunha Coutinho
Osório de Portocarreiro
D. Vitória Joana da Cunha
Pinto Brandão de Melo
Manuel da Cunha Coutinho
Osório de Portocarreiro
Francisco da Cunha Coutinho
Osório de Portocarreiro
D. Felícia Felisberta Pereira
de Rebelo Cabral
D. Ana Luísa da Cunha de
Alarcão e Portocarreiro
Filipe Carneiro de Faria
Pereira Manso
D. Vitória Manuel de Faria e
Alarcão Portocarreiro da Cunha
Francisco Luís de Brito de
Araújo e Castro
D. Jerónima Delfina da
Cunha e Castro
João Bernardo Cardoso
da Costa
João da Cunha Araújo de
Portocarreiro
D. Maria Rita
de Sampaio
João Cardoso da Cunha e
Araújo de Portocarreiro
D. Helena Cardoso de
Faria e Maia
João da Cunha Cardoso
Osório Ferraz e Castro de
Portocarreiro
D. Maria do Carmo da
Cunha Araújo de
Portocarreiro
D. Maria Vitória da Cunha
Araújo de Portocarreiro
Gaspar Pinto de Magalhães
Cardoso Pizarro
António de Araújo Vasques
da Cunha de Portocarreiro
D. Rita Mariana
Freire da Rocha
João Pinto Pizarro da Cunha
de Portocarreiro
D. Emília Cândida de
Miranda de Araújo e Costa
D. Luís Pizarro da Cunha de
Portocarreiro
D. Maria Luísa Geraldes de
Almeida Peixoto
Genealogia dos Morgados de Melres ADP – Arquivo Distrital do Porto
GAYO José Manuel Felgueiras – Nobiliário das Famílias
Portuguesas. Braga: Edição de A A Meirelles e D A Affonso, 1940
PINTO Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e
Grandes de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco Arthur
da Silva, 1883
H de B
Notas
1 Afonso Martins Zúquete e António Machado de Faria, em Armorial Lusitano, escrevem: Parece não haver a certeza
de este D. João Osório ter casado com D. Guiomar da Cunha, nomeada por sua mulher em alguns títulos
genealógicos, mas, legítimos ou não, teve dela vários filhos, que continuaram o apelido, misturando-o com o de
Cunha ou de Coutinho.
Que não casou infere-se da informação dada por Artur de Magalhães de Basto em A Stª. Casa da Misericórdia do
Porto: Em 14 de Setembro de 1519, discutiu-se em sessão municipal o facto de o D. Abade de Paço de Sousa ter
alugado uma casa na Rua Nova, que foi de Pero Cam; resolveu-se mandar-lhe dizer por Diogo Homem e Ant. de
Coiros que “se tinha a dita casa alugada pª viver nela a escusasse, porquanto lhe haviam de ir à mão e não haviam
de consentir que vivesse nela, que era em prejuízo dos Privilégios da cidade”. O Abade respondeu aos comissionados
que a alugara para viver nela Alvaro Sanhudo, seu genro com sua filha, ou por ventura dois seus genros com duas
suas filhas q. tinha casadas e q. pª eles a alugara e que em um dia desta semana q. vem se havia de ir pª o seu Mostº
e q. pª o Natal lhe parecia que poderiam vir as ditas suas filhas.
2 Felgueiras Gayo, título de Pintos:
N 15 DIOGO DE ARAÚJO SANHUDO f. de Ana Sanhudo N 14 foi Cavaleiro-Fidalgo da Casa da Infanta D. Isabel casou
com Francisca Aranha f. de Sebastião Ribeiro e s.m. Madalena Aranha moradores em Canavezes, n.p. de João Ribeiro
Cavaleiro da Ordem de S. Tiago e n.m. de Francisco de Azevedo Cidadão da cidade do Porto e s.m. Lucrecia Aranha
no ttº de Aranhas § 86 N 4
H de B
Notas
N 15 Eliseu de Araújo Aranha
N 15 Luís Sanhudo Aranha
N 15 D. Sebastiana de Araújo Sanhudo 2ª mulher de Jerónimo Ferraz f. de Filipa Ferraz Sr. da Quinta de Valbom, e
Baltazar Luís c.g. nos Ferrazes § 24 N 10
(Justificaram estes Eliseu de Araújo e seu irmão na Vila de Canavezes aos 7 de Abril de 1603 sendo Juiz António
Rodrigues Cavaleiro-Fidalgo, e Juiz Ordinário e das Cizas, e Orfans na dita Vila de quem era procurador o cunhado dos
mesmos; Jerónimo Ferraz em que provaram a sua ascendência como vai até Álvaro Sanhudo N 13 supra até Francisco
de Azevedo e Lucrécia Aranha tt.ªs D. Maria Rangel mulher de Mateus Mendes de Carvalho F da CR e Pedro Gaspar C.F.
Cap.am Mor de Portocarreiro e Jerónimo de Almeida natural de Canavezes e Cónego em Évora).
Em Stº. Isidoro, Marco de Canaveses, num assento de baptismo de 29Out1543, pode ler-se “forõ padrinhos Salvador
Roiz mor. em Macieira e Ana Sanhuda de Canabezes e Ana de Coira”
Tomé Pires de Araújo, marido de D. Ana Sanhudo, faleceu a 23Out1589, em Sta. Maria de Sobretâmega, Vila de
Canaveses.
D. Maria Rangel era viúva de Mateus Mendes de Carvalho, Morgado de Vila Boa, falecido no Porto a 12Mar1595, que
tinha comprado aos Portocarreiros a Quinta e Paço de Pombal, sita em Vila Boa de Quires.
H de B
Notas
3 Felgueiras Gayo, no mesmo título de Pintos:
N 1 0 GONÇALO DE OLIVEIRA (…); e chamaram outros ao dito Gonçalo de Oliveira Jorge de Oliveira Pinto. Casou o
dito Gonçalo de Oliveira, ou Jorge com Guiomar Osório Coutinho Srª. da quinta da Torre no concelho de Porto
Carreiro Solar dos Portos Carreiros, e de outras mais fazendas f. de Álvaro Sanhudo, e s.m. Helena Osório Coutinho
Portocarreiro Srª. da dita Torre e Solar, e da Casa e quinta de Pombal chamado o Passo de Vila Boa de Quires, que
por venda passou aos descendentes de Mateus Mendes de Carvalho à qual Helena Osório Coutinho fez pura e
irrevogável doação seu primo segundo Pedro da Cunha Coutinho Sr. de Basto e Monte Longo e de outras mais terras
pelo Tab.am João Álvares Rangel do Julgado de Penafiel, e Couto de Passos de Sousa etc. estando o dito Pedro da
Cunha na sua quinta de Vabo sita no Couto de Passos de Sousa, declarando na dita doação parte da quinta de
Portocarreiro, e outras mais propriedades fazendo-a universal herdeira exceptuando o que deixava para o Mosteiro
de Monchique, que se havia de fazer no seu Passo, como também o que deixava a seus criados, isto tanto dos bens
que tinha Entre Douro e Minho como nas mais partes cujos bens lhe dava por não ter descendentes, nem
ascendentes, e por serem da partilha de seu avô Fernão Vasques da Cunha irmão inteiro de Maria da Cunha avó dela
sua prima Helena Osório os quais bens lhe dava para seu casamento por ser seu gosto que se tornassem a juntar foi
feita esta doação a 29 de Maio de 1512, e se acha na Casa da Bandeirinha do Porto pelos seus possuidores serem
seus legítimos descendentes.
4 D. Guiomar da Cunha, teve no estado de solteira, de Duarte de Góis, Arcediago da Régua, a António de Góis
Portugal, F da CR, cg. F: SANHUDO A – Os Sanhudos II. Porto: Escola Tipográfica da Oficina S. José, 1978
H de B
Notas
5 João Osório Sanhudo, que foi Arcediago de Labruge em Braga e teve muitos filhos bastardos, a saber: Manuel da
Cunha, Jorge Osório, D. João de S. Miguel, religioso crúzio, e do bastardo chamado Mel. da Cunha procede o
Morgado de Labruge, e outros.
6 O nome do pai de D. Antónia Ferraz de Araújo pode aparecer sob a forma de Azevedo ou de Azeredo.
2 Viveram em Sta. Eulália de Pedorido, Castelo de Paiva, como se pode ler nas matrículas em Ordens de Epístola,
Evangelho e Evangelho e Missa, feitas em Braga, de seu filho António Sanhudo, nos anos de 1559 e 1560 – “Antonio
Sanhudo filho dalvaro sanhudo ede sua molher Ilena desouro da freiguisia de Sancta Ovaia de Pedorido do bpado de
Lamego” F: http://pesquisa.adb.uminho.pt/ http://www.adb.uminho.pt
H de B
Assento de baptismo de António de Araújo Vasques da Cunha
Portocarreiro, Barão de Pombalinho
António filho legítimo de Francisco Luiz de Brito de Araújo e Castro e
D. Anna Luiza da Cunha de Alarcão e Porto Carreiro, moradores na sua
Quinta da Bandeirinha nesta freguesia de Cedofeita neto Paterno de
Bento de Araújo e Castro e Dona Catharina da Silva da Villa dos Arcos e
materno de João da Cunha e Dona Victoria da Cunha Brandão da Villa
de Melres: nasceo aos vinte dias do mez de Abril de mil setecentos e
oitenta e hum, e foi baptizado aos vinte de Mayo do mesmo anno.
Padrinhos o Excellentíssimo Visconde de Villa nova de Cerveira e Dona
Jacinta de Brito da Villa dos Arcos por procurações o Reverendo Bento
de Araújo e Castro e Tomaz de Brito e Araújo e Castro, que as
appresentaram. Testemunhas o Reverendo Sacrystão Manuel Pereira
de Campos e Francisco José da Silva. E para que conste mandei fazer
aqui assento e aSsignei (ao lado = Por mim o Paroco Manoel Pereira
nesta Igreja de Cedofeita)
F: ADP – Arquivo Distrital do Porto
F://miguelboto.blogspot.com/
H de B
Brasão do Barão de Pombalinho – António de Araújo Vasques da
Cunha Portocarreiro
Esquartelado de Portocarreiros e Rochas
Esquartelado de Portocarreiros e Rochas, no
Hospital Velho de Viana do Castelo
F://miguelboto.blogspot.com/
H de B
Almeida Garrett parece referir-se-lhe (ao Barão de Pombalinho) no seu memorável Viagens na Minha Terra: “No
caminho encontrámos o nosso antigo amigo, o barão de P. — barão de outro género, e que não pertence à família lineana
que nesta obra procurámos classificar para ilustração do século — , cavalheiro generoso, e tipo bem raro já hoje da antiga
nobreza das nossas províncias, com todos os seus brios e com toda a sua cortesia de outro tempo, que em tanto relevo
destaca da grosseria vilã dessas notabilidades improvisadas...
Vinha em nossa procura para nos guiar. Seguimo-lo.”
Pela graça, dá-se a classificação lineana (de Lineu) do barão, na óptica Garrettiana :
“O barão (Onagrus baronius, de Linn., L’âne baron de Buf.) é uma variedade monstruosa engendrada na burra de Balaão,
pela parte essencialmente judaica e usurária de sua natureza, em coito danado com o urso Martinho do Jardim das
Plantas, pela parte franchinótica e sordidamente revolucionária de seu carácter. O barão é, pois, usurariamente
revolucionário, e revolucionariamente usurário. Por isso é zebrado de riscas monárquico-democráticas por todo o pêlo.
Este é o barão verdadeiro e puro-sangue: o que não tem estes caracteres é espécie diferente, de que aqui se não trata.”
In Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett
O urso Martinho era um urso famoso do zoológico de Paris
H de B
Foi condecorado com a Cruz de Ouro da Guerra Peninsular, na qual serviu,
principiando em Capitão de Cavalaria na Leal Legião Lusitana e finalizando em
major do Regimento Nº3, Posto de que se demitiu.
Em 1833 prestou importantes serviços à causa da Rainha, sendo Governador Militar
e Coronel do Batalhão Móvel dos Voluntários de Santarém.
Casou em 1812 com D. Rita Mariana Freire, viúva de Manuel Nunes Gaspar e mãe
de Manuel Nunes Freire da Rocha, 1º Barão de Almeirim.
Seus Pais
D. Anna Luiza da Cunha Ozorio de Alarcão Porto-Carreiro, 14ª Srª da Quinta da Torre, do antigo solar dos Porto-
Carreiros no concelho do mesmo nome, e do Morgado de Melres a 4 leguas distantes do Porto, por ser filha legitima
de João da Cunha Coutinho Ozorio Porto-Carreiro, neta de Manuel da Cunha Coutinho Porto-Carreiro, bisneta de
Manuel da Cunha Ozorio Porto-Carreiro, que foi Commissario dos Galeões que se fizeram na Ribeira do Oiro, perto da
cidade do Porto, terceira neta de Manuel da Cunha Coutinho Porto-Carreiro, quarta neta de Jorge de Oliveira Pinto,
quinta neta de Alvaro Sanhudo, sexta neta de D. João Ozorio, que casou com D. Guiomar da Cunha Porto-Carreiro, Srª
da sobredita Casa, por ser filha, esta, de Nuno Martins Porto-Carreiro, e de sua mulher D. Maria da Cunha.
D. Anna Luiza da Cunha Ozorio de Alarcão Porto-Carreiro, acima, nasc. a 27 de Novembro de 1746, e m. a 6 de Maio de
1801, tendo casado 3 vezes, () a segunda vez com Francisco Luiz de Brito Araujo e Castro, Sr. da Casa de Casal Soeiro,
no concelho dos Arcos, que foi Dezembargador e Cavalleiro da Ordem de Christo, nasc. a 12 de Março de 1733, e m. a
20 de Fevereiro de 1793. F: PINTO Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco
Arthur da Silva, 1883
H de B
Manda o Duque de Bragança Regente em Nome da Rainha conformando-se com a Proposta do General Encarregado
do Governo das Armas da Corte e Provincia da Extremadura, que o Major que foi de Cavalaria, António de Araujo
Vasques da Cunha, actual Governador Militar da Villa de Santarém, seja Nomeado Coronel Commandante do Primeiro
Batalhão Móvel da mensionada Villa.
Paço das Necessidades em treze de Agosto de Mil e oito centos e trinta e trêz.
Agostinho José Freire
F: Arquivo Militar Histórico
Criação do Título de Barão de Pombalinho
Decreto de oito de Maio de mil oitocentos e trinta e sete em que a Rainha D.Maria II cria o título Barão de
Pombalinho, a favor de António Araújo Vasques da Cunha.
Dona Maria por Graça de Deos e pela Constituição da Monarchia, Rainha de Portugal, Algarves e seus Dominios; Faço
saber aos que esta Minha Carta virem que dando o devido apreço ao merecimento à nossa Pátria, a adhesão ás
Instituições Liberais da Monarchia e mais qualidades que concorrem na pessoa de António de Araujo Vasques da
Cunha, e que se achão comprovadas pelos bons serviços que tem prestado a Nação, já na Campanha de mil oitocentos
e um, e na Guerra da Peninsula, onde muito se distinguio pelo seu merito militar, já na Calamitosa epocha do Dominio
do Usurpador do Throno Portuguez, protegendo muitos dos meus subditos que por sua fidelidade tinhão de andar
homiziados para escaparem a tjrannia e tomando outro sim em mui particulares considerações os prejuízos que este
H de B
Cidadão, em quanto combattia pelos meus Legítimos Direitos, soffreu na sua Casa, que deixou exposta ao furor dos
sectarios do despotismo, depois de haver concorrido para que em differentes Povoações fosse acclamado o
Governo legítimo de Portugal.
Hei por bem Fazer mercê ao mencionado António d'Araujo Vasques da Cunha do Titulo de Barão do Pombalinho. E
mando que se chame d‘ora em diante Barão do Pombalinho, e que com o dito Titulo goze de todas as honras,
prerogativas e preeminencias, que por elle lhe pertencem, e que tem, e de que são e sempre usárão os Barões
destes Reinos, sem mingua ou quebra alguma. E por firmesa do que dito é lhe mandei paSsar a presente Carta que
vai por mim assignada e sellada com sello pendente das Armas Reaes. Pagou de Direitos seis centos mil reis como
constou de um conhecimento em forma, com o numero cento e quatorze, e data d’hontem assignado pelo contador
da Fazenda do Districto de Lisboa, e rubricado pelo Administrador Geral interino do mesmo Districto. Dada no
Palacio das NeceSsidades em vinte e tres d'Agosto de mil oito centos trinta e sete. A Rainha com guarda = Julio
Gomes da Silva Sanches. Carta pela qual VoSsa Magestade Ha por bem fazer mercê do Titulo de Barão do
Pombalinho a António d'Araujo Vasques da Cunha, pela forma retro declarada. = Para VoSsa Magestade ver. lugar do
Sello Pendente = Por Decreto de oito de Maio de mil oito centos trinta e sete = João de Roboredo a fez Registada a
folhas cento trinta e oito Verço do Livro quatorze de Cartas Alvarás e Patentes. Secretaria de Estado dos Negocios do
Reino em vinte quatro de Agosto de mil oito centos trinta e sete.
António José Dique da Fonseca Junior.
Conferida em 22 de Agosto de 1837.
Basto.
F: https://barao-pombalinho.blogspot.com/2010/03/decreto-lei.html
H de B
Deixou por herdeiro seu sobrinho Dr. João Cardoso da Cunha e Araújo, 1º Visconde de Portocarreiro.
"Instituo por meu universal herdeiro de todos adquiridos já, à excepção daqueles já nomeados, digo, de todos os
meus bens adquiridos já e dos que de futuro poder adquirir athe a hora do meu falecimento, ao meu sobrinho
João Cardozo da Cunha e Araujo e na sua falta (que Deos não permita) aos seus filhos ou a pessoa que os
representar ...“
F: https://barao-pombalinho.blogspot.com/2010/02/herdeiros.html
H de B
Visconde de Portocarreiro
Assento de baptismo de João Cardoso da Cunha Araújo e Castro de
Portocarreiro
João filho do Doutor João Bernardo Cardozo da Costa e de sua mulher
D. Jeronima Delfina da Cunha e Castro assistentes na sua quinta no
lugar de Gassamar desta freguesia de Sandim neto paterno do
Dezembargador José Ferreira Cardozo da Costa e de sua mulher D. Clara
Joana Teixeira Coelho da Porta do Olival da Cidade do Porto e neto
materno do Doutor Francisco Luiz de Brito Araujo e Castro e de sua
mulher D. Anna Luiza da Cunha Alarcão Portocarreiro da Bandeirinha da
Cidade de Melrres digo do Porto Nasceo aos vinte oito de Outubro digo
aos vinte Outubro de mil setecentos e noventa e dous e foi Bauptizado
de licensa minha na freguesia de villa mayor por estar contigua a dita
quinta pelo Reytor da dita Joze de Mattos Pereira e Lucena. Forão
Padrinhos O Abbade de Melrres Pantaleam Cardozo e por procuracam
eu Reytor desta igreja abaixo assignado e Dona Maria Ignes de Brito
Araujo e Castro da Villa dos Arcos do Arcebispado de Braga e por
Procurador desta o Padre Manoel Joze dos Reys desta freguesia.
Declaro foi Bauptizado a trinta do dito mez acima e por verdade fiz este
assento que assignei no dito dia.
O Reytor Antonio da Costa Couto
F: ADP – Arquivo Distrital do Porto
F://miguelboto.blogspot.com/
H de B
1º Visconde de Portocarreiro. Par do Reino em 30 de Dezembro de 1862;
Ministro de Estado Honorário; Bacharel formado em Direito pela Universidade
de Coimbra; Juiz do Supremo Tribunal de Justiça; Juiz do Tribunal da Relação dos
Açores; Senador; Ministro da Justiça; Cavalleiro da Ordem de Christo;
Commendador da Ordem da Conceição; Fidalgo Cavalleiro da Casa Real. Faleceu
a 13 de Janeiro de 1864.
Casou na igreja Matriz de São Sebastião, em Ponta Delgada, São Miguel, Açores,
a 2 de Outubro de 1844 com sua prima D. Helena Máxima Cardoso de Faria e
Maia, que nasceu a 15 de Setembro de 1819, e faleceu em Lisboa a 31 de
Janeiro de 1884, filha de Vicente José Ferreira Cardoso da Costa, Doutor na
Faculdade de Direito e Desembargador Efectivo da Casa da Supplicação; Sr., pelo
seu casamento, de vários Vínculos na Ilha de S. Miguel; Fidalgo Cavalleiro da
Casa Real; e de sua mulher D. Helena Victoria Machado de Faria e Maia, Sr. do
Morgado da Victoria e outros, na Ilha de S. Miguel, onde nasceu a 15 de
Setembro de 1819.
F: PINTO Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal. Lisboa: Empreza
Editora de Francisco Arthur da Silva, 1883
João Cardoso da Cunha Araújo e Castro de Portocarreiro
Brasão d’ Armas do Visconde de Portocarreiro
Esquartelado de Cunhas, Britos, Araújos e
Portocarreiros
F://miguelboto.blogspot.com/
H de B
Requerimento de declaração de que serviu no Corpo Militar Académico
Diz João Cardozo da Cunha, e Castro, filho de João Bernardo Cardozo da Costa, que tendo-se alistado no corpo
academico e nelle servido durante a campanha do Vouga athe a entrada do Porto, com aquelle zelo e
patriotismo proprio de hum bom Portuguez, e percizando para certo requerimento, que o Secretario da
Universidade lhe passe por certidão os seus serviços durante este tempo,
P. a V. Exª a graça lhe mandar paSsar a dita certidão.
Vicente Jose de Vasconcellos e Sylva, que sirvo de Secretario e Mestre de Ceremonias da Universidade de
Coimbra Certifico, que a folh. 57 Vso. da Relação dos Academicos e Aggregados, que servirão no Corpo
Academico Militar nas Exposiçoens do Vouga e Porto, e nas marchas para as Fronteiras, no ano de mil e
oitocentos e nove, feitas pelo Comandante do mesmo o Desembargador Fernando Saraiva Fragoso de
Vasconcellos; consta em como o Supplicante João Cardoso da Cunha, Estudante do Primeiro Anno Juridico,
natural do Porto servio na Companhia de Cavallaria ou Corpo de Academicos Montados; servio no Quartel
General em quanto esteve em Agueda; entrou de Caçador Montado n’ Acção d’ Albergaria, e na Restauração do
Porto, e continuou ahi tambem a servir no Quartel General.
Por certeza de que se passou a presente: Nicolao Pereira Coutinho de Figueiredo a escrevi na Secretaria da dita
Universidade aos dez de Novembro de mil oito centos e quinze – e eu Vicente Jose de Vasconcellos e Sylva a
subscrevi, e aSsignei
(Assinatura) Jose Vicente de Vasconcellos e Sylva
F: http://acervo.bndigital.bn.br/sophia/index.html
H de B
Carta de Brasão de João Cardoso da Cunha e Araújo
Dom Pedro pela Graça de Deos Rei de Portugal e dos Algarves &tc. Faço saber aos que esta minha
Carta virem que tomando em consideração as circunstancias que concorrem na peSsoa de João
Cardozo da Cunha Araujo Portocarrero (sic) do Meu Conselho Ministro e Secretario de Estado
Honorario, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, e Querendo contemplar
condignamente os seus longos e bons serviços prestados no Paiz na Carreira da Magistratura
Judicial e nos cargos da Administração Superior do Estado, aSsim como os sacrificios da sua honrosa
emigração e nas mais provas de lealdade por elle dadas a favor do Throno Constitucional durante a
lucta civil pela Cauza da Legitimidade e Liberdades Patrias Hei por bem fazer mercê ao mencionado
Concelheiro João Cardozo da Cunha Araujo Portocarrero do titulo de Visconde de Portocarrero em
sua vida. Pelo que Mandando Eu paSsar ao agraciado a prezente Carta afim de poder chamar-se
d’ora em diante Visconde de Portocarrero e gozar deste Titulo com as honras, prerogativas,
preeminencias e obrigações que pelas Leis e Regulamentos se acharem estabelecidas, Ordeno ás
Authoridades e mais peSsoas a quem o conhecimento desta mesma Carta pertencer, que indo
aSsignada e referendada pelo Ministro e Secretario Estado dos Negocios do Reino, a cumprão e
guardem como nella se contem depois de authenticada com o sello pendente das Armas Reaes, e
da Cauza Publica, e com a verba dos registos nos Livros das Repartições competentes.
Confda. em 12 de Novembro de 1855
Basto
F: ANTT - MERCÊS DE D. PEDRO V: LIVRO 8 – Fl60v
Cortesia D. Célia Adriano - ANTT
F: https://historiaschistoria.blogspot.com/2017/07/d-pedro-v-de-portugal.html
H de B
A linha castelhana dos Portocarreiros teve um relevo e projecção nobiliárquicas sem paralelo em Portugal
– dela descendem os Condes de Medellín, Marqueses de Vila Nueva del Fresno, Condes de Montijo,
Condes de Palma del Río, Condes de Puebla del Maestre, Marqueses del Prado, Marqueses de Barca Rota,
Duques de Peñaranda del Duero, Duques de Alba, etc. culminando com a Condessa de Montijo María
Eugenia de Portocarrero, Imperatriz dos Franceses de 1853 a 1870.
Camilo já se tinha referido à disputa por duas famílias deste nome pelas origens da Imperatriz, na
tentativa de engrandecimento das respectivas Casas. Uma outra sequela deste maior lustre castelhano foi
a de alguns membros desta tão antiga e nobre Família, com influência decisiva em momentos importantes
da nossa História, terem renegado, por ignorância ou presunção, as suas origens Portuguesas e passarem
a usar o seu apelido na forma castelhana – Portocarrero.
Afonso Martins Zúquete e António Machado de Faria, em Armorial Lusitano, no verbete Portocarreiros,
referem-no:
“Família antiga que provém de D. Garcia Afonso, rico-homem no Reino de Leão, pai de D. Reimão Garcia
de Portocarreiro, que veio com o conde D. Henrique para Portugal e este lhe deu o concelho de
Portocarreiro, distante meia légua de Canaveses. Deste senhorio tirou o apelido, que os seus
descendentes usam na forma espanhola de Portocarrero, por virem de ramo que havia passado ao reino
vizinho, esquecendo, assim, o nome verdadeiro do solar.”
Esta situação é justificável, a de provirem de ramo castelhano; deprimente é o de serem das linhas
portuguesas.
H de B
Criação do Título
Visconde – Decreto de 18 de Agosto 1855, concedido por D. Fernando II, Regente
Visconde em 2ª Vida – Decreto de 14 de Maio de 1861, de D. Pedro V
João da Cunha Cardoso Osório Ferraz e Castro de Portocarreiro
2º Visconde de Portocarreiro
Filho do 1º Visconde, nascido a 4 de Julho de 1846, em Lisboa, faleceu a 4 de Março de
1925, na mesma cidade, solteiro e sem geração.
Habilitado com o Curso Superior de Letras. Par do Reino por sucessão, de que tomou posse a
9Nov1872. Ligado ao Partido Histórico. Teve verificação do título por carta de 10Jun1867, de
D. Luís.
Eram seus irmãos:
Rui Guterres Cardoso da Cunha Portocarreiro
Gil Vasques da Cunha Cardoso Osório Ferraz e Castro de Portocarreiro
António de Araújo Vasques da Cunha
Vicente Vasques da Cunha Cardoso Portocarreiro
Garcia Afonso da Cunha Portocarreiro cc D. Maria Augusta Ottolini da Veiga
F: PINTO Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de
Francisco Arthur da Silva, 1883
A REVISTA CONTEMPORANEA. Biographias - Nº 13 – Lisboa, 1856
H de B
No ano Lectivo 1862-63 encontra-se inscrito no Lyceu de Coimbra, no 4º ano, à 3ª Cadeira
– Leitura e Tradução Inglesa, na qualidade de Voluntário, tendo por Professor o Dr.
Francisco Antonio Diniz, e morando, então, no Colégio da Estrela.
O decreto de 17 de novembro de 1836 remodelou
o ensino secundário... determinou: «O Liceu de
Coimbra substituirá o Colégio das Artes, e formará
uma secção da Universidade»... Foi o Liceu
mandado colocar no mesmo edifício que ocupara
o Colégio das Artes
F:https://acercadecoimbra.blogs.sapo.pt/coimbra-real-colegio-
das-artes-ou-111033
Colégio das Artes portal
Criação do Curso Superior de Letras
Uma decisão pessoal [de D. Pedro V]: a instauração do Curso
Superior de Letras. A má impressão que lhe deixara a visita à
Universidade de Coimbra não se ficou por notas esquecidas no
seu diário. Poucos anos depois, já com responsabilidades de
soberano, tomou a decisão de propor alternativas. O Curso
Superior de Letras foi a mais marcante.
“Não sei se muitos se preocupam com o estado actual e com o
futuro [do ensino superior]; eu muito; vejo-o decaindo
diariamente, vejo que lhe secaram as raízes e que assim se lhe foi
a virtude prolífica”.
“A Faculdade de Letras ahi a deixo esboçada, incompleta, é
verdade, mas tal que já não são capazes de deixar de m’a
completar. Ponho-a a bater-lhes à porta, e tão de rijo o há-de ela
fazer que não hão-de poder menos de abrir-lha”.
F: NASCIMENTO Aires A - O Estudo das Letras, Caminho Para a Sabedoria: Evocação
do 150º Aniversário da Fundação do Curso de Letras de Lisboa por D. Pedro V –
Academia das Ciências de Lisboa, 2015
H de B
A representação do Título de Visconde de Portocarreiro recaiu na descendência de seu irmão Gil Vasques da
Cunha Cardoso Osório Ferraz e Castro de Portocarreiro.
Armas: esquartelado de Portocarreiros e Rochas (as mesmas do Barão de Pombalinho), coroa de Visconde.
No cemitério dos Prazeres, em Lisboa, acham-se esculpidas outras armas: esquartelado de Cunhas, Britos,
Araújos e Portocarreiros. Coroa de Visconde.
Rui Guterres Cardoso da Cunha e seu irmão Gil Vasques da Cunha eram, em 1866 e 1868, respectivamente,
Aspirantes a Guarda-Marinha, como consta do Arquivo Histórico da Biblioteca Central da Marinha. De Rui
Guterres existe um mapa da inspecção feita pela Junta de Saúde Naval, de 10Jan1866, em que recomenda mais 3
meses de licença para tratamento, e de Gil Vasques um ofício, de 21Jul1868, do director da Escola Naval ao
Major General da Armada dando um parecer negativo sobre uma licença requerida pelo aspirante Gil.
Cortesia Drª. Isabel Beato – http://ccm.marinha.pt/pt/biblioteca/arquivohistorico
Rui Guterres não deve ter recuperado do mal de que padecia pois falece no ano seguinte a 25Jul1867. Seu irmão
António da Cunha, quarto na ordem de nascimento, morre a 10Nov1879.
H de B
Código de referência
PT/BPARPD/JUD/TCRGR/3ºOF/301/01326
Datas de produção
1902-09-01 A data é incerta
Dimensão e suporte
1 proc. (15 f.)
Produtor
Juízo de Direito da Comarca da Ribeira Grande
Âmbito e conteúdo
Inventariante: Delfina Vieira Caldas da Cunha Portocarreiro
Inventarido era morador em Freguesia de Santa Isabel
Cota atual
Mç. 157, nº 4331
Dep. 1, 449/4
Gil Vasques da Cunha Cardoso Osório Ferraz e Castro de Portocarreiro, Servidor do Estado no Ministério da Fazenda,
Membro da União dos Atiradores Civis Portugueses, casou a 6Mar1886, na Igreja da Lapa, em Lisboa, com a escritora
D. Delfina Vieira Caldas, natural de Sta. Maria de Loures, de quem teve a
Guterre Vasques da Cunha Portocarreiro
Gil Vasques faleceu em Lisboa a 6Mar1902.
Garcia Afonso da Cunha Portocarreiro, o mais novo dos irmãos, morre a 31Mar1920, sem geração de sua mulher, D.
Maria Augusta Ottolini da Veiga.
Traslado da carta precatória para avaliação dos bens do inventário de
Gil Vasques da Cunha Portocarreiro
H de B
Alguns episódios ensombraram a história da Casa da Bandeirinha. Felgueiras Gayo refere um deles, relativo a um crime,
envolvendo dois irmãos filhos de Manuel da Cunha Coutinho Osório, 3º Morgado de Melres, Bartolomeu da Cunha “que
cursou a Universidade e se ordenou com reverendas falsas pela morte que se lhe imputou do Escudeiro que seu irmão
lho mandou para lá lho matar por zelos que dele teve” e João da Cunha Coutinho Osório, que “gastou os dinheiros que
seu pai tinha para se livrar da morte do Escudeiro que dizem andariam por 80 mil cruzados, e só lhe ficaram os bens
patrimoniais, e quinta da Bandeirinha junto de Monchique na cidade do Porto que tinha comprado a um estrangeiro.”
Francisco da Cunha Coutinho de Portocarreiro, 6º morgado de Melres, com vários irmãos religiosos, possivelmente sem
geração, casado em 1774 com D. Felícia Felisberta Pereira de Rebelo Cabral morre afogado no rio Douro, em 1778,
quando se dirigia para o Porto, por o seu barco se ter voltado.
H de B
Outro é o do linchamento popular, a 20 ou 21 Mar 1809, de João da Cunha Araújo de Portocarreiro, tenente-coronel de
Infantaria nº 6, irmão do Barão de Pombalinho, herdeiro da Casa, durante a situação caótica gerada pela aproximação
das tropas do general Soult, quando da 2ª invasão francesa, e relatada por Camilo no livro “Onde Está a Felicidade?”.
Acusadas de jacobinismo, isto é, de simpatizantes dos franceses, várias pessoas foram chacinadas, entre as quais, o
fidalgo da Bandeirinha, tendo sido acutilado, morto, arrastado pelas ruas da cidade e finalmente lançado ao rio.
Pela mesma ocasião, é a vez do Desembargador Dr. João Bernardo Cardoso da Costa, pai de João Cardoso da Cunha
Araújo e Castro de Portocarreiro, 1º Visconde de Portocarreiro, ser assassinado, no ambiente de violência, confusão e
histeria tumultuária vivido então, causado pelas tropas napoleónicas que assaltavam a cidade do Porto.
A tragédia da ponte das Barcas
29 Mar 1809
F: A REVISTA CONTEMPORANEA. Biographias - Nº 13 – Lisboa, 1856
H de B
Henrique de Bemviver
heinrichjoergg@gmail.com
Frazão – Paços de Ferreira
F:Google Fiães – Melgaço
Lugar de Portocarreiro
F:Google
Vila Boa de Quires – Rua de
Portocarreiro
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Toponímia
Ermesinde – Rua e Travessa de
Portocarreiro
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Os Portocarreiros: uma família nobre portuguesa

  • 1. OS PORTOCARREIROS Saga de uma Família Portuguesa 2 Carlos Alberto Santos Henrique de Bemviver
  • 2. H de B TOMBO DAS ARMAS DOS REIS E TITULARES E DE TODAS AS FAMÍLIAS NOBRES DO REINO DE PORTUGAL OU TESOURO DE NOBREZA Francisco Coelho Rei d’Armas Índia
  • 3. H de B S PORTOCARREIROS são uma Família Portuguesa, originária da Honra e Couto de Portocarreiro, de onde tiraram o nome, e onde possuíram Casas, nomeadamente a Casa e Quinta da Torre e o Paço de Pombal, situados na freguesia de Vila Boa de Quires, até meados do séc. XIX pertencente ao concelho de Portocarreiro, hoje do de Marco de Canaveses. F: Google.maps As doações de couto, frequentes entre os séculos IX e XIII, como expressão senhorial, implicavam o privilégio da proibição de entrada de funcionários régios (juízes, meirinhos, mordomos etc.) na terra coutada. Definia-se oficialmente, no reinado de D. Dinis, o acto de coutar uma terra como escusar os seus moradores da hoste e do fossado, do foro e de toda a peita, ou seja, imunidade perante os impostos e justiça reais. As cartas de couto podiam ser concedidas pelo Rei (como recompensa de serviços ou por necessidade de povoamento) a nobres ou eclesiásticos e pelos senhores da terra ou pela Igreja, dentro dos seus domínios (Wikipédia) Nas honras, o senhor exercia a justiça, com a excepção da aplicação da pena de morte que era reservada ao Rei.
  • 4. H de B Santo André de Villa boa de Quires, Commenda de Christo da Casa de Bragança, que apresenta Reytor com quarenta mil reis, ao todo cento & trinta mil reis, & para o Comendador seiscentos mil reis com a annexa de Rande em Penafiel, tem duzentos & doze visinhos, & estas Ermidas , Nossa Senhora do Penedo, Nossa Senhora da Torre, S. Sebastião, S. Miguel, & S. Payo. He Couto delRey com Juiz do Civel, & Orfaõs, eleito pelo povo, a que preside o Reytor, & confirma o Corregedor da Comarca; os Escrivaens saõ os do Concelho & porque he a primeira vez que fallamos em Commenda da Casa de Bragança, o que muitos não saberám, porque nem a todos saõ publicas estas noticias , saibão que esta Real Casa tem neste Reyno mais de quarenta Commendas, que dá a quem lhe parece com hábitos, & faz alguns fidalgos, & huns , & outros gozão as preeminências dos que os Reys fazem, & nomeão; porque tanto chegou a merecer, ou alcançar o Condestable Dom Nuno Alvarez Pereira tronco della. F: COSTA Pe. António Carvalho da – Corografia Portugueza e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal, Lisboa, 1706
  • 5. H de B Aqui está a Torre, & Solar dos fidalgos do appellido de Portocarreiro , que descendem de Dom Reymão, ou Bermudo (como outros lhe chamão ) Garcia de Portocarreiro, fidalgo Leonez, que veyo a este Reyno com o Conde D. Henrique, & lhe deu nelle este Concelho, porque se chamou de Portocarreiro , & seus descendentes, de que passáraõ alguns a Castella, dos quaes descendem as Casas dos Condes de Medelhim, a dos de Montijo, a dos da Puebla do Mestre, a dos de Palma, a dos Marquezes de Villa-nova del Fresno, a dos de Barca rota, & a dos de Alcalá da Alameda, & outras ; & neste Reyno a dos Marquezes de Villa Real, Duques de Caminha, por casamento da Condeça Dona Mayor Portocarreiro, filha herdeira de João Rodrigues Portocarreiro, senhor de Villa Real, com Dom Joaõ Affonso Tello de Menezes, Conde de Viana. Desta família he chefre, & senhor deste Solar Manoel da Cunha Ozorio. Trazem por Armas quinze esquaques de ouro, & azul, a que ajuntaõ os Marquezes de Barca rota orla de Castellos, & Leoens, & os Condes de Palma quinze bandeiras, & a Cruz de S. Jorge, que ganhou em diversas occasioens Dom Luiz Fernãdes Portocarreiro nas guerras de Granada,& Nápoles em tempo dos Reys Catholicos Dõ Fernando, & Dona Isabel, que foraõ os que lhas concederaõ. F: COSTA Pe. António Carvalho da – Corografia Portugueza e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal, Lisboa, 1706
  • 6. H de B D. Pedro de Meneses 3º Senhor e 1º Conde de Vila Real – 1º Capitão e Governador de Ceuta D. João I entrega o aleu a D. Pedro de Meneses Palácio da Justiça – Vila Real D. João I triunfante na conquista de Ceuta Estação de S. Bento - Porto – Painel de Jorge Colaço
  • 7. H de B Árvore de costados de D. Pedro de Meneses, Conde de Vila Real F: GAYO J M Felgueiras – Nobiliário das Famílias Portuguesas. Braga: Edição de A A Meirelles e D A Affonso, 1940 MORAES Cristovão Alão de – Pedatura Lusitana. Porto: Livr. Fernando Machado, 12 V.,1943-1948 FREIRE Anselmo Braamcamp – Brasões da Sala de Sintra. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1921 SOUSA José Maria Cordeiro de – Inscrições Sepulcrais na Sé de Lisboa, 2ª Ed. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1935
  • 8. H de B ZURARA Gomes Eanes de, ca 1410-1474? – Crónica de D. Pedro de Meneses, BNP – Biblioteca Nacional de Portugal http://purl.pt/31516
  • 9. H de B Na Capela de São João Evangelista, no braço direito do cruzeiro, encontra-se o túmulo de D. Pedro de Menezes e de D. Beatriz Coutinho, constituído por uma grande arca de calcário, assente em oito leões com despojos humanos e animais entre as garras. A tampa da arca contém os jacentes de mãos dadas, com as cabeças sobre almofadas protegidas individualmente por grandes baldaquinos. D. Pedro traja arnês sob cota de armas com o seu escudo, enquanto que D. Beatriz segura na mão esquerda o livro de horas, vestindo uma túnica com capa. Os frisos são decorados com anjinhos, querubins, carrancas e cordas floridas. As quatro faces da arca apresentam ramos de azinheira, envolvendo a divisa Aleo, dispondo no frontal direito e nos faciais o brasão de D. Pedro, enquanto que no frontal oposto se encontram representados os de D. Beatriz e de D. Margarida Sarmento de Miranda, sua primeira mulher. F: https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Graça_(Santarém) D. Pedro de Meneses ̶ Ceuta
  • 10. H de B Do concelho de Portocarreiro faziam parte, além de Vila Boa de Quires, as freguesias de Maureles, Marco de Canaveses, e a de Abragão, Penafiel. Vila Boa de Quires confronta com a freguesia de Sta. Maria de Sobretâmega, na margem direita desse rio, que, com a de S. Nicolau, na margem esquerda, formavam a antiga Vila de Canaveses.
  • 11. H de B Igreja de Sta. Maria de Sobretâmega (da Vila de Canaveses)
  • 12. H de B A Península política na Baixa Idade Média Wikipédia F://es.slideshare.net/fueradeclase-vdp/reconquista-y-formacin-de-los-reinos-cristianos- peninsulares
  • 13. H de B A Península linguística F://wikigeek.net/faceira.org/wp-content/uploads/2013/02/mapa-lenguas-peniberica-XXI.jpg
  • 14. H de B No sítio denominado a Tôrre, na margem direita do riacho Lajes, existem tenuíssimos vestígios da tôrre de Porto Carreiro. Estava assente na coroa plana dum rochedo de granito, de uns quatro a cinco metros de altura e inacessível. Do lado do sul estabelecera uma rampa que dá acesso para a coroa do plano superior do rochedo, e a uma das extremidades dêsse plano está a ermida da invocação da Nossa Senhora das Dores, já em começo de ruínas. A coroa do rochedo poderá ter, aproximadamente, oito a dez metros de comprimento por outros tantos de largura. Encostada ao rochedo está uma casa de habitação, não muito antiga, pertencente a um lavrador do sítio, à entrada da qual vi tombadas no chão pedaços de fustes de colunas de granito e capitéis emmoldurados de construções mais antigas e luxuosas. Actualmente, o eirado, em cima do qual se firmava a nobre tôrre solarenga, está convertido em eira, na qual o lavrador, dono do prédio contíguo, seca vulgarmente as suas espigas de milho. Habent sua fata. A tôrre datava do século XII, e atribui-se a sua fundação a D. Reimão Garcia de Pôrto Carreiro, um dos companheiros do Conde D. Henrique, que lhe fez doação da terra de Pôrto Carreiro. Era o solar desta ilustre e poderosa família, da qual descendem casas da maior nobreza de Portugal e Espanha, incluindo a última imperatriz de França, mulher de Napoleão III. F: VASCONCELOS Manuel de - Apontamentos arqueológicos do concelho de Marco de Canaveses. Lisboa: Imprensa Nacional - Museu Ethnographico Português - O Archeologo Potuguês, Vol. XXI, pág. 319-331, 1916
  • 15. H de B Localização do sítio onde se erguia a torre dos Portocarreiros – Lugar da Torre – Vila Boa de Quires – Marco de Canaveses F: Google Maps
  • 16. H de B Cortesia Câmara Municipal de Marco de Canaveses Legenda VBQ9 – Torre de Portocarreiro VBQ19 – Capela de Nª Srª do Pilar VBQ18 – Pelourinho de Portocarreiro VBQ17 – Antiga Casa da Câmara
  • 17. H de B O indivíduo mais antigo da linhagem referido pelos nobiliários medievais chamou-se Garcia Afonso, mas nem ele nem a sua mulher, Elvira Mendes, se encontram documentados. Segundo as mesmas fontes teriam tido um único filho (ZX43A1), Raimundo Garcia, mas é muito provável que um tal Monio Garcia, referido pelas Inq. de 1258 a propósito da honra de Portocarreiro, também o fosse. Quanto a Raimundo Garcia, encontra-se documentado entre 1129 e 1152 como confirmante de diplomas régios, sendo referido num deles como alcaide de Sátão. Por outro lado, os mesmos livros de linhagens referem Dom Raimundo como o que deu grand'algo a Mancelos (LD13H3), o que de facto parece ser verdade, já que os seus descendentes eram naturais desse mosteiro, e mesmo muito depois da sua morte os monges de Mancelos ainda recordavam o nome do seu benfeitor. A presença de Raimundo Garcia na corte régia talvez não tenha sido estranha ao seu casamento, uma vez que Gontinha Nunes Vida [de Azevedo] era filha de um antigo alferes do conde D. Henrique. Deste casal nasceram quatro filhas, só interessando ao nosso estudo Ouroana Raimundes, a qual terá herdado de seus pais o couto e honra de Portocarreiro, origem do apelativo dos seus descendentes. Terá casado com Henrique Fernandes Magro, de quem teve: Reconstituição Genealógica – José Augusto de Sottomayor Pizarro Prof. Ass. FLUP – Linhagens Medievais Portuguesas 1. S. Martinho de Mancelos, freguesia do concelho de Amarante, até à reforma de 1852, do concelho de Sta. Cruz de Riba-Tâmega. Possuía um mosteiro beneditino importante. 2. Ser natural de um mosteiro – ter comedoria nesse mosteiro.
  • 18. H de B IV1 - Egas Henriques de Portocarreiro, documentado na corte de D.Sancho I, como testemunha, em 1187. Quanto aos seus bens, detidos pelos seus filhos e netos quando das Inq(uirições) de 1258, estavam situados no j(ulgado) de Portocarreiro e nos j. vizinhos de Penafiel de Sousa e de Marco de Canaveses. Segundo as Sentenças de 1290 também partilhara bens com o seu irmão João Henriques. Foi c(asado) c(om) Teresa Gonçalves de Curveira, de quem teve: V1 - João Viegas de Portocarreiro, seguiu a carreira eclesiástica na arquidiocese bracarense, aí ocupando vários cargos até atingir o de arcebispo, entre 1245 e 1255. De destacar, ainda, o papel relevante que assumiu, juntamente com os seus irmãos, na deposição de D.Sancho II. Com os seus irmão e primos deteve as honras e quintas de Buriz, de Curveira e de Louredo, tendo adquirido, por compra ou escambo, vários bens nos c(oncelhos) de Vila Nova de Famalicão, Braga, Vila Verde, Penafiel de Sousa e Arouca.
  • 19. H de B “Diz-se que Raimundo Viegas de Portocarreiro, um dos irmãos do arcebispo de Braga, acompanhado, provavelmente de outros, entrara disfarçado em Coimbra de envolta com alguns esquadrões de homens de armas do valido Martim Gil de Soverosa. A plena confiança que o rei tinha na gente de guerra deste nobre e valente fidalgo facilitava aos conjurados o acesso do paço, e eles puderam uma noite arrancar dali a rainha e, fugindo, conduzi-la à forte vila de Ourém. Debalde marchou o rei a libertar sua mulher: as tropas do conde de Bolonha, já assenhoreadas do castelo, responderam com tiros e arremessos às intimações do príncipe que, sem forças para os combater, teve de retirar-se.” F: HERCULANO Alexandre – História de Portugal. Lisboa: Viúva Bertrand e Filhos, 1847 O episódio refere-se ao rapto da Rainha D. Mécia Lopes de Haro, mulher de D. Sancho II, na luta pelo poder que D. Afonso travou com seu irmão e Rei, e que acabaria por suceder-lhe, em que intervieram vários Portocarreiros partidários do conde de Bolonha. Da ganância, inveja e traição desses tempos, para a História, passou, no entanto, o exemplo de lealdade e honradez de Martim de Freitas, Alcaide de Coimbra.
  • 20. H de B Leontina Domingos Ventura, Profª Ass. FLUC, prémio da Conféderation Internationale de Généologie et HéraldiqueScientifiques, revela-nos o rol dos conspiradores e dos fiéis nessa guerra civil pela deposição de D. Sancho II, em que teve papel decisivo o Papa Inocêncio IV. “Do lado dos conspiradores estavam Rodrigo Sanches, tio do Rei, Abril Peres de Lumiares, algumas das linhagens mais poderosas do reino (Sousa, Baião, Ribeira, Valadares) e outras de cavaleiros (nomeadamente uma parte da família de Portocarreiro e a de Briteiros). Linhagens poderosas que representavam a maior parte da alta nobreza do país. Eram vassalos do rei, de cuja mão tinham tenências e de cujas terrae recebiam rendas. Do seu lado tinham amplas clientelas vassálicas: aqueles e outros cavaleiros, nobres dependentes que da guerra esperavam poder e independência. A todos estes se juntarão, vindos de fora, os irmãos e tio do Rei (o Conde de Boulogne, Pedro Sanches e Fernando, Infante de Serpa), com os respectivos vassalos. Do lado do Rei mantinham-se as linhagens que sempre se haviam pautado pela fidelidade à realeza: Soverosa e Ribas de Vizela (e linhagens que estavam na sua vassalidade, como Podentes, Belmir, Espinhel, Godins e Freitas), um outro ramo da família de Portocarreiro (os filhos de João Henriques de Portocarreiro), Ribeiros, Redondos, Cunhas, Curutelos, Paradas e Paivas, entre outros.” Leontina Domingos Ventura – D. Afonso III, Circulo de Leitores, 2006 O preito de vassalagem
  • 21. H de B Pero Gonçalves de Portocarreiro Trovador português, sobre o qual os Livros de Linhagens nos dizem que foi mui bom cavaleiro e morreu sem semel (LL43B5). Filho de Gonçalo Viegas de Portocarreiro, o Alfeirão, e de Sancha Pires da Veiga, era sobrinho de João Viegas de Portocarreiro, arcebispo de Braga, e um dos agentes centrais na obtenção da bula papal de deposição de D. Sancho II. Um outro seu tio, Reimondo Viegas (possivelmente pai do trovador Estêvão Raimundo, que será seu primo), foi protagonista de um dos episódios mais célebres da guerra civil, o rapto da rainha D. Mécia Lopes Haro (1246). Não estando documentado em Portugal, é possível que tenha passado a Castela, onde terá servido na corte régia, como outros membros da sua família (nomeadamente o seu bem sucedido primo Fernão Anes de Portocarreiro, notário e privado de Afonso X. Note-se, no entanto, que a voz feminina de uma das suas cantigas de amigo fala explicitamente do exterior de Castela, parecendo situar-se em Portugal, onde anseia pelo regresso do amigo. Seja como for, o período de actividade do trovador situar-se-á no último quartel do século XIII. F: PIZARRO José Augusto (1999), Linhagens medievais portuguesas: genealogias e estratégias 1279-1325, vol. II, Porto, Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica e História da Família da Universidade Moderna
  • 22. H de B Pero Gonçalves de Portocarreiro Par Deus, coitada vivo Cantiga de Amigo Par Deus, coitada vivo pois nom vem meu amigo; pois nom vem, que farei? Meus cabelos, com sirgo eu nom vos liarei. Pois nom vem de Castela, nom é viv', ai mesela, ou mi o detém el-rei; mias toucas da Estela, eu nom vos tragerei. Pero m'eu leda semelho, nom me sei dar conselho; amigas, que farei? Em vós, ai meu espelho, eu nom me veerei. Estas doas mui belas, el mi as deu, ai donzelas, nom vo-las negarei; mias cintas das fivelas, eu nom vos cingerei. Cancioneiro da Biblioteca NacionalCancioneiro da Vaticana F: https://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=925&pv=sim
  • 23. H de B Linhagem muito antiga, os de Portocarreiro tiveram origem possivelmente na freguesia de Abragão (Penafiel) (em 1258 e em 1288-1290 englobava também a freguesia de Maureles, do concelho do Marco de canaveses, constituindo dessa forma o julgado de Portocarreiro) possuindo embora casais distribuídos por várias freguesias do julgado de Penafiel, era ali que concentravam os bens de maior vulto, onde se destacava “(...) a quintãa que chamam a Torre que foy d’Egas Anrriquiz e de Joham Anrriquiz com seus herdamentos é provado que a virom onrrada des que se acordan as testemunhas e d’ouvida de longe (...)”. É muito possível que aquela torre fosse a cabeça do couto e honra de Portocarreiro, que aqueles dois irmãos receberam da parte do avô materno, D. Raimundo Garcia, documentado na corte régia entre 1129 e 1152, e que foi grande protector do Mosteiro de Mancelos, ao qual os Portocarreiros ficaram depois muito ligados. Linhagem da nobreza média regional, manteve depois um contacto continuado com os meios cortesãos, acabando por elevar-se à nobreza média de corte, chegando mesmo a ocupar algumas tenências em meados do século XIII F: SOTTOMAYOR-PIZARRO José Augusto de - Aristocracia e Mosteiros na Rota do Românico. Lousada: Centro de Estudos do Românico e do Território, Dez 2014 Em “Anos de Prosa”, 1863, Camilo graceja com uma demanda havida entre dois ramos desta família: “Quando Napoleão III casou com a condessa de Montijo, duas familias ventilaram em Portugal e porfiadamente, a origem dos Porto-Carreiros que levara a Castella os embriões da imperatriz. As familias litigantes eram os Porto-Carreiros da casa da Bandeirinha no Porto, e outros de igual appellido de Abragão, ahi para as cercanias de Penafiel. O pleito heráldico andou nas gazetas, e nomeadamente no Portugal jornal realista do Porto. A critica oscillou longo tempo indecisa entre as duas familias, até que um dia, cançada de oscillações, cahiu a rir deixando ás duas familias nobilissimas o direito salvo de enxertarem o império francez lá em casa.”
  • 24. H de B Em linhas muito gerais, o primeiro membro da linhagem referenciado em Castela é D. Fernão Anes, deão de Braga, e cujo nome está associado à fundação, por Fernando III, do estudo geral de Salamanca, em 1243. Capelão do Papa, conselheiro de D. Afonso III e privado de Afonso X, o Sábio, deve ter influenciado a passagem a Castela de um seu sobrinho, Martim Pires de Portocarreiro, privado de Sancho IV, e pai e avô de privados e vassalos de Fernando IV e de Afonso XI, com bens em San Felices de los Gallegos. Um sobrinho-neto de Fernão Anes, Martim Fernandes de Portocarreiro, foi o fundador da linha mais afortunada. Radicado em Castela desde 1300, foi adiantado-mor de Leão e Astúrias e privado de Fernando IV. O seu filho homónimo recebeu de Afonso XI o senhorio de Villanueva del Fresno e casou com a herdeira do senhorio de Moguer (Huelva), senhorios mantidos na sua descendência (Marqueses de Villanueva del Fresno, Condes de Puebla e Condes de Medellín). Durante a crise dinástica do final do século XIV, mais um de Portocarreiro passou a Castela, agora um descendente de outro sobrinho do deão de Braga, João Rodrigues de Portocarreiro, mordomo-mor de Dona Beatriz, que acompanhou a Rainha de Portugal e Castela no seu longo exílio de Toro, cidade onde fundou um novo ramo desta linhagem, verdadeiramente peninsular. PIZARRO José Augusto de Sotto Mayor ̶ De e Para Portugal. A Circulação de Nobres na Hispânia Medieval (Séculos XII a XV) ̶ ANUARIO DE ESTUDIOS MEDIEVALES (AEM) 40/2, julio-diciembre de 2010 pp. 889-924 ISSN 0066-5061
  • 25. H de B Razões políticas e outras levaram a que passassem a Castela, e aos outros reinos ibéricos, em diferentes épocas, vários membros desta Família, que aí se notabilizaram, e onde alcançaram os mais elevados patamares da hierarquia nobiliárquica. Em contrapartida, após ocuparem altos cargos régios nos primeiros reinados da 1ª dinastia, a sua posição social diminuiu, colocando-se num nível intermédio da Nobreza Portuguesa. Manuel de Sousa da Silva, capitão-mor de Sta. Cruz de Riba-Tâmega, e autor do Nobiliário das Gerações de Entre-Douro- e-Minho, enaltecido por D. António Caetano de Sousa, e apreciado por Camilo, que dele diz, no seu “Perfil do Marquês de Pombal” ̶ “Como tenho a satisfação de possuir em dois tomos o Nobiliário das Gerações de Entre-Douro-E-Minho por Manuel de Sousa da Silva, posso comunicar ao leitor a passagem que o incorruptível capitão-mor de Riba-Tâmega mostrou a Manuel Carvalho de Ataíde” Camilo alude a uma tentativa de fraude genealógica por parte do pai do Marquês de Pombal
  • 26. H de B Ao referir-se aos Portocarreiros, Manuel de Sousa da Silva dá conta desta decadência ao dedicar-lhes a seguinte quintilha: Uma torre já cahida Que está em Porto-Carreiro É o solar verdadeiro D’esta geração subida Hoje em Hespanha, cá primeiro Em Castela, os Portocarreiros passarão a grafar o nome à castelhana – Portocarreros. María Eugenia Ignacia Augustina de Palafox-Portocarrero de Guzmán y Kirkpatrick, Imperatriz dos Franceses, mulher de Napoleão III
  • 27. H de B LIVRO DA NOBREZA E DA PERFEIÇÃO DAS ARMAS DOS REIS CRISTÃOS E NOBRES LINHAGENS DOS REINOS E SENHORIOS DE PORTUGAL", POR ANTÓNIO GODINHO Brasão d’ Armas dos Portocar reiros
  • 28. H de B LIVRO DO ARMEIRO-MOR, DE JEAN DU CROS Brasão d’ Armas dos Portocar reiros
  • 29. H de BF: ANTUNES José – Portugueses no processo histórico da fundação da Universidade de Salamanca ̶ Universidade de Coimbra, 1990
  • 30. H de B De Lourenço Anes de Portocarreiro, fº de João Henriques de Portocarreiro, e sua mulher D. Guiomar Rodrigues, filha de Rui Fafes e D. Teresa Pires Alcoforado, procedem os Srs. de Vila Real, Marqueses da mesma Vila, Duques de Caminha, e os Condes de Tarouca e os Condes de Viana. 1. Fernão Pires de Portocarreiro, filho 3º, foi o que sucedeu na quinta do Paço de Pombal e em mais bens de seus Pais. Casou com D. Maior Martins, filha de Martim Viegas e de D. Maior Martins de Gaia e Baguim, e deram o nome de Gaia a um lugar da freguesia de Vila Boa de Quires onde moraram e tiveram fos. a 2. Martim Fernandes de Portocarreiro, que segue; 2. Fernando Martins de Portocarreiro, que passou a Castela e dele procedem os Condes de Medellin, e as Casas dos Condes de Montijo, e as dos Condes de Puebla do Me., e a dos Condes de Palma e a dos Condes de Monclova, e a dos Condes de Monte Alvão, e a dos marqueses de Vila Nova del Fresno, e a dos Marqueses de Alcalá de Alameda, e a dos Marqueses de Barca Rota, e a dos Marqueses del Castrilho, Duques de Ossuna, e outros mtos. 2. Martim Fernandes de Portocarreiro sucedeu a seu Pai na quinta do Paço e mais bens, casou com D. Aldonça, fa. de Vasco Martins da Granja e de sua mulher D. Sancha Gonçalves Peixoto e tiveram filhos a 3. Gonçalo Martins de Portocarreiro F: RUIZ Antonio López – Quevedo y la Nobleza Andaluza https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2163266
  • 31. H de B 3. Gonçalo Martins de Portocarreiro sucedeu na Casa de seus Pais e casou com D. Leonor Afonso fa. de D. João Afonso que era fo. bastardo de El-Rei D. Dinis e foi Senhor de Portocarreiro e teve filhos a 4. Vasco Martins de Portocarreiro 4. Vasco Martins de Portocarreiro sucedeu na quinta do Paço de Pombal e em todos os mais bens, acompanhou a El-Rei D. Fernando qdo. foi tomar posse do Reino de Galiza no ano de 1368 e qdo. tomaram Monterrey e era vassalo do Infante D. João e tinha ração e souto. Casou e teve fos. a 5. Martim Vaz de Portocarreiro 5. Martim Vaz de Portocarreiro sucedeu na quinta do Paço de Pombal e em todos os mais bens. Casou e teve filhos a 6. Nuno Martins de Portocarreiro 6. Nuno Martins de Portocarreiro sucedeu na quinta do Paço de Pombal e mais bens. Casou com D. Maria da Cunha, va. de Fernão Martins Alcoforado, fa. de Gil Vasques da Cunha e de sua mer. D. Isabel Pereira, fa. do Prior do Crato, irmã do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o dito Gil Vasques da Cunha pai da dita D. Maria da Cunha era Alferes-Mor de El- Rei D. João o 1º, Senhor de Portocarreiro e de Basto, e de Montelongo, Borba de Aguilhões, da Maia, e Guilhofrei, Armamar e outras mtas. e o dto. Nuno Martins acima por sua mer. D. Maria da Cunha tornou a haver a Quinta da Torre, solar desta geração e todas as mais fazendas que tiveram seus antepassados em o concelho de Portocarreiro e tiveram filhos a
  • 32. H de B 7. Jordão da Cunha 7. D. Guiomar da Cunha 7. D. Catarina da Cunha que casou com D. Álvaro de Castro 7. D. Senhorinha de Portocarreiro 7. D. Isabel da Cunha 7. D. Beatriz da Cunha que casou com João Rodrigues do Carvalhal 7. D. Guiomar da Cunha filha dos sobreditos Nuno Martins de Portocarreiro e de sua mer. D. Maria da Cunha sucedeu a seus Pais na quinta do Paço de Pombal e quinta da Torre e todas mais fazendas que eles tiveram pelas comparem a seus irmãos. Casou com D. João Osório Comendatário de Paço de Sousa e tiveram filhos a 8. D. Helena Osório da Cunha 8. D. Gonçalo Osório da Cunha 8. D. Maria da Cunha que foi avó de D. Melícia Coutinho mer. de Duarte de Paiva, fidalgo de Lisboa 8. D. Justo Osório que foi capelão de El-Rei Filipe o Prudente 8. Manuel da Cunha que foi Arcediago de Sta. Cristina na Sé de Braga 8. D. Helena Osório da Cunha sucedeu a seus Pais em todas as qtas. e fazendas que eles possuíram. Casou com Álvaro Sanhudo fº e irmão dos Srs. da Silvã, junto a Coimbra e tiveram filhos a 9. D. Guiomar Osório da Cunha
  • 33. H de B 9. João Alvares Osório que casou com Filipa Cardoso e morou na qta. da Taipa, em Lamego 9. O Dr. António Osório Sanhudo que foi Desembargador da Suplicação e Vigário-geral em Lxa. e depois Arcediago de Labruge, em Braga 9. Filipe da Cunha, que serviu em África 9. Manuel da Cunha, que foi para a Índia onde faleceu 9. D. Antónia Sanhudo da Cunha 9. D. Isabel Cardim 9. D. Ana Sanhudo, que casou com Tomé Pires de Araújo e viveram em Canaveses 9. D. Guiomar Osório da Cunha sucedeu nas casas de seus Pais na qta. e Solar de Portocarreiro e nas mais que possuíram os ditos seus Pais. Casou com Jorge de Oliveira Pinto, dos Pintos da Lagariça de Ferreiros de Tendais, e tiveram fos. a 10. Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro 10. João Osório Sanhudo, que foi Arcediago de Labruge, em Braga 10. Álvaro Sanhudo 10. Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro sucedeu a seus Pais na qta. da Torre em Portocarreiro e em todas as mais que eles tiveram em várias partes e morou em Melres onde casou com D. Antónia Ferraz de Araújo e Azevedo filha de Álvaro de Araújo e Azevedo e de sua mulher D. Justa Vieira e tiveram filhos Desenho à pena da Torre de Chã, em Ferreiros de Tendais, Cinfães, da autoria do Dr. Cabral Pinto de Rezende F: https://monumentosdesaparecidos.blogspot.com/2015/09/torre-de-cha-ferreiros-de-tendais.html
  • 34. H de B Brasão de Vila Boa de Quires – Marco de Canaveses As armas dos Portocarreiros carregadas da Cruz da Ordem de Cristo, sua antiga Comenda. Brasão de Moguer, Huelva, antigo Senhorio dos Portocarreros As armas dos Portocarreiros, com bordadura de Castela e Leão
  • 35. H de B Aquy jaz ho muito homrado pero rodriguez porto carreiro ayo que foy do conde dom anrique . cavaleiro da hordem de samtiaguo he ho muito homrado gonçalo gil barbosaa seu jenro caualeiro da hordem de cristos . he asi ho muy homrado seu filho francisco barbosa. os quaes foram trasladados a esta sepultura . no ano de 1532 F: https://solaresebrasoes.blogspot.com/ Igreja de Santo Agostinho (Graça) – Santarém Continuando a tradição funerária do espaço, muitos foram os poderosos escalabitanos que aqui se fizeram enterrar. Para além do túmulo do navegador Pedro Álvares Cabral, na capela de São João Evangelista, e dotado de longa legenda epigráfica, merece realce o túmulo renascentista de Pero Rodrigues de Portocarreiro (1532). De um ano antes é a capela do Senhor Jesus dos Passos, mandada edificar por D. Mécia Mendes de Aguiar, mulher do navegador Gonçalo Gil Barbosa. F: http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio imovel/pesquisa-do-patrimonio/
  • 36. H de B Tomar Convento de Cristo Capela dos Portocarreiros
  • 37. H de B Palácio das Sereias ou da Bandeirinha – Monchique, Miragaia, Porto
  • 38. H de B De acordo com Felgueiras Gayo, no seu Nobiliário das Famílias Portuguesas, terá sido João da Cunha Osório Coutinho de Portocarreiro a adquirir, no séc. XVIII, a um estrangeiro, o Palácio das Sereias ou da Bandeirinha. Há, no entanto, indícios que sugerem estar a sua origem ligada à construção do Convento de Monchique por parte de Pedro da Cunha Coutinho e sua mulher D. Brites de Vilhena, seus parentes, no local onde possuíam um paço, durante o bispado de D. Pedro da Costa, encontrando-se em 1538 o essencial do convento terminado quando aí se instalaram as monjas. Cf. Joaquim Jaime Ferreira-Alves, Prof. Ass. FLUP, Elementos para a História do Convento da Madre de Deus de Monchique Estes Cunhas Osórios Coutinhos de Portocarreiro constituíam a linha que conservava o Senhorio da Torre de Portocarreiro em Vila Boa de Quires. Provinham legitimamente do casal Álvaro Sanhudo e D. Helena Osório da Cunha Coutinho de Portocarreiro, tetravós de João da Cunha. A Casa ostenta dois brasões diferentes: um na fachada voltada a Sul, ao rio, e outro a Norte, no portão de entrada. Fachada Sul Esquartelado de Portocarreiros, Osórios, Cunhas e Coutinhos
  • 39. H de B O Senhor da Cidade era o Rei e os burgueses do Porto tinham adquirido o privilégio de não aceitar nobres intramuros que “pousassem no Porto, nem aí demorassem mais do que três dias”. Em 1339, D. Afonso IV manda fazer uma inquirição, restringindo a permanência de fidalgos no Porto e dando início a um privilégio especial do burgo. Nobres e altos membros do clero ficam assim impedidos de comprar casa na cidade, sob pena de expropriação; ficam impedidos de intermediar a resolução de conflitos dentro do burgo, sob a pena de expulsão; ficam impedidos de permanecer dentro da cerca do castelo, sob pena de encarceramento. Os nobres ficam, ainda, obrigados a pagarem por todos os bens que consumissem ou comprassem, sob pena de apreensão dos seus cavalos. Em carta datada de 16 de dezembro de 1374, D. Fernando ordena expressamente aos nobres e prelados do reino que não permanecessem na cidade do Porto por mais de três dias, especificando que não podiam procurar aposentadoria na Rua dos Mercadores (a mais rica e próspera do burgo), nem nos mosteiros ou estalagens da cidade. Procurando o apoio da nobreza, em 1509 D. Manuel I começou a autorizar alguns membros da nobreza a viverem na cidade do Porto com suas famílias, podendo adquirir ou alugar casa. A cidade ainda procurou resistir. Em 1577, por exemplo, quando os jesuítas começam a erguer a igreja e o Convento de São Lourenço – hoje mais conhecidos como dos Grilos – a Câmara e a população ergueram uma forte oposição. Era evidente que o colégio chamaria filhos de nobres e fidalgos que obrigatoriamente teriam de residir na cidade. F: http://portoby.livrarialello.pt/porto-burgo-interdito-aos-nobres/
  • 40. H de B Mas, apesar da resistência, os jesuítas acabaram por conseguir pôr o seu colégio a funcionar e, aos poucos, mais famílias nobres se foram estabelecendo na cidade, erguendo várias casas brasonadas. Em 14 de Setembro de 1519, discutiu-se em sessão municipal o facto de o D. Abade de Paço de Sousa ter alugado uma casa na Rua Nova, que foi de Pero Cam; resolveu-se mandar-lhe dizer por Diogo Homem e Ant. de Coiros que “se tinha a dita casa alugada pª viver nela a escusasse, porquanto lhe haviam de ir à mão e não haviam de consentir que vivesse nela, que era em prejuízo dos Privilégios da cidade”. O Abade respondeu aos comissionados que a alugara para viver nela Alvaro Sanhudo, seu genro com sua filha, ou por ventura dois seus genros com duas suas filhas q. tinha casadas e q. pª eles a alugara e que em um dia desta semana q. vem se havia de ir pª o seu Mostº e q. pª o Natal lhe parecia que poderiam vir as ditas suas filhas. F: BASTO Artur de Magalhães – História da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Porto: Edição da Santa Casa da Misericórdia, 1934, 1964 Os Coutinhos irão travar um longo braço-de-ferro com a Câmara da Cidade para verem concedida a permissão de se instalar em Miragaia. Em 1443, Fernão Coutinho apresentou ao Concelho da Cidade uma carta do conde D. Pedro Regente do Reino em que pedia aos homens-bons da cidade que autorizassem aquele fidalgo da Maia a recuperar umas casas que possuía em Monchique, para nelas ir morar. A Cidade como era de esperar respondeu negativamente “que os seus moradores nom consentiam que elle nem nenhum outro fidalgo nom morasse na cidade”. Queixa que em 1445 a Cidade apresentou às Cortes, reunidas em lisboa, onde se afirma que o referido fidalgo insiste em fazer uma casa em Miragaia lugar de pescadores e marinheiros. Fernão Coutinho acabou por conseguir autorização para estar no Porto um mês e meio por ano, por ter nela uma parte dos seus bens e fazenda. Coutinhos, dos Condes de Marialva
  • 41. H de B Fernão Coutinho morreu e os seus bens passaram por herança para o filho mais novo Pêro da Cunha Coutinho, casado com D. Beatriz de Vilhena. Além dos bens, Pêro Coutinho herdou também do pai a velha ambição de ir morar para as casas de Miragaia e nesse sentido tratou logo de mover as suas influências. E de tal modo foram importantes os empenhos utilizados, que D. Afonso passando no Porto com sua mulher D. Isabel dirigiu-se aos homens-bons da Cidade a solicitar que sem embargo dos seus privilégios, autorizassem Pêro da Cunha Coutinho a estar no Porto pelo menos três meses em cada ano se lhe necessário fosse. A Cidade voltou a dizer não com a justificação de que a autorização dada a Fernão Coutinho havia sido conseguida na condição de que nem seus filhos nem outras pessoas poderosas que dele descendessem pudessem gozar da mesma prerrogativa. Aquele Pêro da Cunha Coutinho e a mulher D. Beatriz de Vilhena foram os fundadores do Mosteiro da Madre de Deus de Monchique. Isto aconteceu em 1545, já muito depois de D. Manuel ter revisto os privilégios da cidade contra a morada dos fidalgos. F: SILVA Germano – Porto História e Memória. Porto: Porto Editora, Nov2010 ISBN 978-972-0-06259-8
  • 42. H de B F:manueljosecunha.blogspot.com Na entrada, pela rua da Bandeirinha, o brasão assemelha-se ao usado pelos Portocarreiros, senhores de Vila Nova del Fresno, de que foram marqueses, e Moguer, em Castela. Armas dos Portocarreiros com bordadura de Leão e Castela, de 8 peças. Brasão de Medellín – no 3º quartel, as armas dos Portocarreiros Condes de Palma del Río Luis Fernández Portocarrero y Bocanegra Em abismo, as armas dos Portocarreiros
  • 43. H de B Palácio da Bandeirinha Com os proventos da sua grande casa (e, sobretudo, com os de uma mina de ouro que possuía em Melres), João da Cunha Osório de Portocarreiro comprou a quinta da Bandeirinha - com terrenos que se estendiam até às margens do Douro - a um inglês e aí iniciou a edificação da sua casa. Depois do assassinato de João da Cunha de Araújo Portocarreiro pela população, a família abandonou este palácio e foi viver para Melres. Mais tarde, João Pizarro da Cunha Portocarreiro, que nasceu no Palácio das Sereias e faleceu em 1932, deixou a sua parte do Palácio a seus filhos - a outra pertencia já a estes, por herança de sua mãe - que foram os seus últimos senhores. Em 1955, para efeitos de partilhas, venderam-no à congregação religiosa do Instituto da Caridade Canossianas Missionárias, que lá mantém a sua actividade social e religiosa. F: http://melrees.fortunecity.ws/historia.htm Palácio das Sereias Casa nobre de estilo barroco e rococó, com torreões ameados nos extremos da fachada principal. Pátio nas traseiras com portal excessivamente decorado. Localização da construção num ponto alto com fortes relações visuais para a paisagem. Volutas, elementos carregados de simbolismo lavrados no granito: as sereias. Edifício de planta rectangular alongada de três pisos. Volume simples, coberturas articuladas em telhado de quatro águas. A fachada principal orientada a S. é simétrica e marcada nos extremos por dois áticos rematados por ameias a semelhança de torreões. Pilastras nos cunhais e nos alinhamentos dos áticos conferem-lhe imponência e verticalidade. O portal de entrada entre duas sereias em granito tipo cariátides é encimado por dois janelões com balaustrada. Sobre estes uma varanda com balaustrada apoia em três mísulas em cantaria lavrada.
  • 44. H de B O vão desta varanda é envolvido por motivos salientes em cantaria rococó e rematado por um frontão curvo. Ao nível do r/c seis pequenas aberturas rectangulares engradadas. No 1º e 2º piso janelas de guilhotina, sendo estas últimas decoradas na parte superior da padieira com volutas. Para N. da Casa desenvolve-se um terreiro de forma rectangular alongada com forte pendente, constituindo o seu remate um imponente portal em granito lavrado ladeado por duas aberturas, encimado por pedra de armas com coronel. Enquadramento - Urbano, em pleno centro histórico, constituindo a Casa gaveto da Rua da Bandeirinha. Implanta-se adossada à encosta numa plataforma elevada sobre Miragaia, o rio Douro e a Alfândega Nova do Porto. A fachada lateral O. da Casa está no enfiamento da R. do Monte dos Judeus. O portal do terreiro a N. é o remate visual do Largo do Viriato. Está flanqueada a O. por altos muros de suporte em granito. Elemento de destaque na frente urbana de Miragaia. Em frente à Casa um alargamento da R. da Bandeirinha transforma este local num miradoiro e varanda sobre o rio. Cronologia - Séc. 18, meados - Construção da Casa sobre o lugar do cemitério dos judeus portuenses; 1809 - era do tenente-coronel de Infantaria 6 João da Cunha de Portocarreiro que, durante os tumultos que resultaram do avanço de Soult sobre o Porto, foi morto no Poço das Patas, como suspeito de afrancesado; séc. 19 - é abandonada e desocupada pela família Portocarreiro durante gerações; 1955 - compra do imóvel pelas Irmãs Filhas da Caridade Canossianas Missionárias, que aí instalam o colégio Casa Madalena de Canossa. O terreno para construção da Casa foi comprado a um inglês por João da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro. As Irmãs quando fizeram obras de conservação interior pintaram os tectos a uma só cor. Dizem que por baixo existiam pinturas sobre o estuque. F:http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5551
  • 45. H de B Armas do Cardeal Luis Manuel Fernández Portocarrero Bocanegra y Guzmán Cipriano de Palafox y Portocarrero Conde de Montijo e Miranda, duque de Penharanda do Douro, chefe das Casas dos Portocarreiros (ramo castelhano), Zúnhigas e Gusmão Lápide de Beatriz Portocarrero, filha de Martín Fernández Portocarrero, IV Senhor de Moguer – Esquartelado de Portocarreiros e Cabeças de Vaca
  • 46. H de B Túmulo dos Portocarreiros, Senhores de Moguer – Mosteiro de Santa Clara – Moguer – Huelva ̶ Andaluzia
  • 47. H de B MORGADIO DOS PORTOCARREIROS EM MELRES - GONDOMAR No início do séc. XVII, a linha dos Portocarreiros que tinha herdado o senhorio da quinta da Torre vai instituir em Melres, Gondomar, um Morgadio, na primitiva Quinta de Marrocos, que lhes veio por casamento, e que posteriormente passará a ser conhecida como Quinta ou Solar da Bandeirinha, ocupando ao longo do ano, já entrado o séc. XVIII, alternadamente, as duas residências – Melres e Miragaia
  • 48. H de B Solar da Bandeirinha – Melres ̶ Gondomar. F: ADP – Arquivo Distrital do Porto GAYO José Manuel Felgueiras – Nobiliário das Famílias Portuguesas. Braga: Edição de A A Meirelles e D A Affonso, 1940 SILVA Manuel de Sousa da – Traslado do Título de Portocarreiros. Leiria: ADL, Ms http://melrees.fortunecity.ws/historia.htm
  • 49. H de B MORGADIO DOS PORTOCARREIROS EM MELRES Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro Sucedeu a seus pais na quinta da Torre em Portocarreiro e em todas as mais que eles tiveram em várias partes. Primeiro desta família que viveu na vila de Melres, onde instituiu um Morgadio sob a invocação de S. Tiago. Em Outubro de 1601 é morador em Sta. Eulália de Pedorido, Castelo de Paiva. Mas logo em Novembro já é dado como vivendo em Melres. Casou com D. Antónia Ferraz de Araújo e Azeredo, filha de Álvaro de Araújo e Azeredo e de sua mulher D. Justa Vieira da Mota, Srs. da Quinta de Pensos, em Santa Clara do Torrão. Capitão de Ordenanças, juiz e vereador do Senado; juiz ordinário de Castelo de Paiva (9Ago1599). D. Antónia era irmã do capitão-mor de Melres João de Azeredo e Araújo e levou por dote várias propriedades na freguesia, designadamente a Quinta de Marrocos, que se estendia "sobre o rio em ambas as margens do Douro", tendo ficado tudo vinculado no Morgadio de Melres, então instituído pelo casal com capela na Igreja matriz sob invocação de S. Tiago. Faleceu a 10Nov1625, sendo sua mulher testamenteira. Eram seus irmãos Gonçalo Sanhudo, Cónego de Évora Álvaro de Araújo Ferraz, Desembargador de Évora, Reitor de Sto. Antão, tendo falecido Abade de Melres D. Maria da Cunha, religiosa do Convento de S. Bento de Avé Maria , Porto
  • 50. H de B Manuel da Cunha Osório de Portocarreiro 2º Morgado da Quinta de Melres. Sucedeu a seus pais na quinta da Torre em Portocarreiro onde é o seu solar e em todas as mais quintas e casais que tiveram seus pais. Morou em Melres onde nasceu a 10Jan1607, e faleceu a 27Fev1691 com 84 anos de idade, deixando testamenteira sua mulher. Casou com D. Maria Ferraz de Sousa, filha de Paulo Ferraz Homem e de sua mulher D. Verónica Pinto, Srª da Quinta de Valbom em Castelões de Recezinhos, concelho de S. Cruz de Ribatâmega, hoje do de Penafiel, que é solar dos Ferrazes e levou-a em dote e outros bens. Capitão-mor de Melres. Comissário dos galeões que se fizeram na Ribeira do Ouro, na cidade do Porto. Construiu (ou pelo menos concluiu obras iniciadas por seu pai) a actual Casa de Melres, onde colocou uma pedra com o seu Brasão de Armas. Esta Pedra de Armas, colocada na face lateral da casa, é esquartelada de Cunhas, Ferrazes, Araújos (?) e Osórios, e difere da que existe por cima do portal principal, certamente posterior, que é esquartelada de Portocarreiros, Osórios, Cunhas e Coutinhos. É referido nos assentos paroquiais como Manuel da Cunha ou Manuel da Cunha Osório. De sua mulher teve filhos a Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro Paulo de Araújo Osório, Cónego de Évora D. Isabel da Cunha D. Mariana da Cunha D. Guiomar da Cunha D. Antónia Ferraz
  • 51. H de B Na face lateral, escudo esquartelado de Cunhas, Ferrazes, Araújos (?) e Osórios
  • 52. H de B Vieiras Sequeiras Ferrões, no 4º quartel Coutinhos Dúvidas na leitura do 3º quartel Palácio Nacional de Sintra Sala dos Brasões Araújos
  • 53. H de B Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro 3º Morgado de Melres, nascido na Casa de Valbom, Castelões de Recezinhos, baptizado a 16Out1641, e falecido em 28Out1719 na Casa de Melres. Sucedeu a seus Pais na Quinta da Torre e Solar e em todos mais bens que eles possuíram e os logrou e gozou até ao ano de 1719. Fez Justificação de Nobreza, lavrada no Tabelião da Vila de Melres em 1715. Os tectos de masseira serão certamente do seu tempo. No centro, um escudo esquartelado de Cunhas, Portocarreiros, Coutinhos e Osórios, apelidos já reunidos por sua trisavó D. Helena Osório da Cunha Coutinho de Portocarreiro. Casou por procuração, a 29Jun1683, na Igreja de Melres, com sua parente D. Maria Luísa de Alarcão e Albuquerque, filha de João Correia Coutinho, da Vila de Tarouca, e de sua mulher D. Joana Viegas de Alarcão. De sua mulher teve filhos a D. Maria Joana da Cunha D. Guiomar Clara Osório Manuel da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro João da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro D. Joana Inês de Alarcão D. Teresa Paula da Cunha Osório Bartolomeu da Cunha Coutinho Ferraz de Portocarreiro, clérigo D. Micaela Antónia
  • 54. H de B D. Josefa da Cunha Manuel da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro Antes de casado, de D. Isabel Tavares, senhora solteira, teve a Pe. Feliciano de Araújo Osório de Portocarreiro, Abade de Melres, cg João da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro 4º Morgado de Melres, filho do anterior. Sucedeu no Morgadio por morte de seu irmão Manuel, e no dito Solar da Torre de Portocarreiro e em todos os mais bens que seus Pais possuíram. Diz Felgueiras Gayo gastou mais de 80 mil cruzados para se livrar, a si e a seu irmão Bartolomeu, de terem matado um escudeiro. Nasceu na Casa de Melres a 29Out1689, e faleceu a 14Jan1761 no Palácio da Bandeirinha, na cidade do Porto, indo no dia seguinte a enterrar na Igreja de Melres onde se lhe fizeram três ofícios. De acordo com o mesmo Felgueiras Gayo, terá casado por amores na Igreja de Melres, a 22Out1718, com sua prima D. Vitória Joana da Cunha Pinto Brandão de Melo, o noivo de 29 anos e a nubente de 15 anos de idade, sendo esta herdeira, por morte de seu irmão, da casa da Sobreira e da dos Pintos Brandões, ambas em Melres, filha de António Brandão de Macedo e Melo, tendo assinado o registo de matrimónio seu irmão o Abade Feliciano de Portocarreiro. O dito João da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro tratou-se sempre com carruagem de 4 rodas, liteira, tendo os melhores cavalos, entrando em todas as festas com luzimento e grandeza. De cristãos velhos foram sempre e são sem fama nem rumor em contrário e de bons costumes (Corografia).
  • 55. H de B No frontão do portal de entrada um escudo esquartelado de Portocarreiros, Osórios, Cunhas e Coutinhos
  • 56. H de B De D. Vitória Joana teve os filhos seguintes Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro Frei Sebastião José da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro, da Ordem de S. Bernardo D. Joana da Cunha D. Maria da Cunha Frei António da Cunha, religioso da Ordem de Cristo Frei José, Freire de Avis Francisco da Cunha Osório de Portocarreiro, formado na Universidade de Coimbra, Capitão do Regimento dos Leais Voluntários Frei Bartolomeu, Monge de S. Bento Jerónimo da Cunha D. Ana Luísa da Cunha de Alarcão de Portocarreiro Manuel da Cunha Coutinho Portocarreiro 5º Morgado de Melres. Filho de João da Cunha (Felgueiras Gayo dá-lhe Dom). Foi Sr. da Casa e Morgadio de seu pai. Sargento-Mor e Capitão de Infantaria de um dos Regimentos do Porto. Herdeiro universal de seu tio o Abade Feliciano de Araújo Osório de Portocarreiro. Morreu solteiro sem geração.
  • 57. H de B Francisco da Cunha Osório de Portocarreiro 6º Morgado de Melres, irmão do anterior, sucedeu no morgadio por falecimento deste, e em todas as quintas e Solar de Portocarreiro que possuíram seus Pais. “Tem de renda líquida para cima de 8 mil cruzados cada ano e traz alguns mil cruzados a juros. A sua assistência é na cidade do Porto, onde tem suas casas e quinta que são de Morgado, e algum tempo na sua quinta de Melres que é também de Morgado, perto desta cidade três léguas à borda do Douro e que se trata conforme os Principais desta terra com seus cavalos, e bestas de carruagem e sege e liteiras. Terá de idade 37 anos e estando só tem mais parentes de sua obrigação em sua casa”. Casado em 1774 com D. Felícia Felisberta Pereira de Rebelo Cabral. Formado na Universidade de Coimbra e Capitão do Regimento dos Leais Voluntários. Morreu afogado no rio Douro, em 1778, quando se dirigia para o Porto, por o seu barco se ter voltado. Parece não ter deixado geração pois sucedeu no Morgadio sua irmã. Sobre este feito conta-se a história de o sucessor no Morgadio, o marido de D. Ana Luísa, na varanda do Palácio das Sereias, fitando o rio, dizer que tinha tirado a sede a seu irmão (cunhado) e a ele a fome e o frio, o que seguramente estaria longe de ser verdade. D. Ana Luísa da Cunha Coutinho Osório Alarcão de Portocarreiro 7ª Morgada de Melres. Irmã do precedente. Casou a 1ª vez a 24Set1759 com Filipe Carneiro de Faria Pereira Manso, Sr. dos Morgadios da Parreira e Cerieira. Casou 2ª vez em 1762 com o Dr. Francisco Luís de Brito de Araújo e Castro. Casou a 3ª vez a 22Jul1788 com o Dr. José Cândido da Silva de Pina e Melo. Mãe de António de Araújo Vasques da Cunha Portocarreiro, Barão de Pombalinho, Santarém, avó de João Cardoso da Cunha Araújo e Castro de Portocarreiro, Visconde de Portocarreiro.
  • 58. H de B F: https://digitarq.adlra.arquivos.pt/viewer?id=1195170 Autógrafo de D. Ana Luísa numa nota de recebimento de 29Jun1785 em favor de sua filha, e de seu primeiro marido, Filipe Carneiro de Faria Pereira Manso, Capitão-Mor de Ourém, D. Vitória Manuel. Opinião de um contemporâneo Esta Srª terá 20 anos, he formosissima de excelente estatura, por ella se pode dizer = Mulheraça = corpulenta, e mto. conrespondente, tem especial genio e comprehenção pa. todas as prendas, tocar, bordar e tudo o mais q se pode considerar pa. boa May de famílias; alem da sua legitima, o tio Abe. de Melres me disse lhe havia de deixar 4 M cros., por sua morte; porem cazando ella, á sua satisfação com PeSsoa dos requisitos neceSsos., q em sua vida lhos daria, e hoje me dizem lhos quer dar 4 M(?) cros; este tio do. Abe. he fo. de Manoel da Cunha Coutinho de Portocarreiro, q o teve de uma manceba.
  • 59. H de B De seu primeiro marido, Filipe Carneiro de Faria Pereira Manso, teve a D. Vitória Manuel Carneiro de Faria Alarcão Portocarreiro da Cunha, que sucedeu a seu Pai, casada em Leiria com Miguel Luís da Silva e Ataíde, Sr. da Casa do Terreiro, F da CR, Coronel de Cavalaria, cg De seu segundo marido, o Dr. Francisco Luís de Brito de Araújo e Castro, teve aos seguintes filhos D. Jerónima Delfina da Cunha e Castro, mãe do 1º Visconde de Portocarreiro João da Cunha Araújo de Portocarreiro Joaquim de Brito de Araújo e Castro, Comendador da Ordem de S. Bento de Avis, Brigadeiro do Exército, falecido no Rio de Janeiro D. Maria da Cunha e Castro, casada com António Procópio de Pina e Melo António de Araújo Vasques da Cunha de Portocarreiro, 1º Barão de Pombalinho Sem geração de seu terceiro marido, Dr. José Cândido da Silva de Pina e Melo.
  • 60. H de B João da Cunha de Brito de Araújo e Castro de Portocarreiro 8º Morgado de Melres, filho de D. Ana Luísa e de seu 2º marido. Casou a 3Fev1801 com D. Maria Rita de Sampaio, irmã de José Joaquim Gerardo de Sampaio, 1º Visconde e 1º Conde de Laborim (carta de 1Out1862), que faleceu em Lisboa sem deixar geração. Cavaleiro – fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo. Ficou conhecido popularmente como o “Fidalgo da Bandeirinha“. A 19Jun1808 é eleito por unanimidade para a Junta Superior e Interina do Governo Geral, constituída no Porto na sequência da situação caótica vivida com a invasão do País pelos Franceses, com o posto de Sargento-Mor de Infantaria de Linha. Tenente-Coronel do Regimento de Infantaria nº 6 do Porto. A 21 de Março de 1809 “foi morto por um paizano, que lhe pediu cartuchos de pólvora quando elle os não tinha para distribuir, e arrastado até á porta da Relação. Porto, 22 de março. Luiz d’Oliveira da Costa Almeida Osório, brigadeiro, governador interino das armas da cidade e partido do Porto; foi prezo pelas ordenanças no mosteiro de Santo Thirso e conduzido para as cadêas da Relação do Porto; foi ahi procurado pela multidão, escolhido, entre os facinorosos que o rodeavam na cadêa e que a plebe soltou, para ser immolado, e, sendo trazido para fora, foi esbofeteado, insultado por todos os modos, levado aos Alamos, e ahi acutilado e feito em pedaços, sendo depois de morto atado com uma corda ao cadáver de João da Cunha, assassinado antes delle, e depois de arrastado, com grande séquito de rapazes pelas ruas da cidade, pendurado da ponte sobre o Douro.” De D. Maria Rita, sua mulher, teve filhos a D. Maria do Carmo da Cunha de Brito de Portocarreiro D. Maria Vitória da Cunha de Araújo de Portocarreiro F: REZENDE Marquez de – Memoria Historica de D. Fr. Francisco de S. Luiz Saraiva Tirada de Seus Escriptos. Lisboa: Typographia da Academia, 1864
  • 61. H de B D. Maria do Carmo da Cunha de Brito de Portocarreiro 9ª Morgada de Melres, filha do precedente. Casou a 21Jun1822 com o Coronel de Milícias António de Sousa Pereira Coutinho Moraes Sarmento Yebra e Oca Drago da Cunha e Castro Guedes de Carvalho, Sr. do Prestimónio de S. Miguel de Vilar de Perdizes, F da CR, Morgado de Gulfuras, Borba e Manteigueiro. Faleceu a 10Dez1827 com apenas 23 anos. De seu marido teve a João de Sousa Pereira Coutinho e Moraes da Cunha de Portocarreiro João de Sousa Pereira Coutinho e Moraes da Cunha de Portocarreiro 10º Morgado de Melres. Falecido em 1834, com 11 anos de idade, deixou por herdeira sua tia. D. Maria Vitória da Cunha de Araújo de Portocarreiro Tia do anterior, 11ª Morgada de Melres, por herança de seu sobrinho. Nasceu a 16Ago1809 e casou a 26Dez1834 com o Major de Artilharia Gaspar Pinto de Magalhães Cardoso Pizarro, Morgado de Vilar de Maçada, Alijó.
  • 62. H de B F: http://nogueirareis.tripod.com/santaeugniahistoria/id9.html F: http://www.portoenorte.pt/pt/o-que-fazer/casa-dos-pizarro-portocarreiro/ Casa dos Pizarros Portocarreiros – Vilar de Maçada - Alijó De seu marido teve filhos a D. Maria da Glória Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro, que instituiu seu irmão Gaspar por herdeiro D. Maria da Piedade Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro João Pizarro da Cunha de Portocarreiro Gaspar Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro, casado com D. Margarida Rosa de Almeida
  • 63. H de B João Pizarro da Cunha de Portocarreiro 12º Sr. da Casa de Melres. Filho de D. Maria Vitória. Foi representante dos títulos de Barão de Pombalino e Conde de Laborim. Casou a 20Abr1867 com D. Emília Cândida de Miranda de Araújo e Costa. Teve, do seu casamento, aos filhos seguintes João Pinto Pizarro da Cunha de Portocarreiro D. Luís Pizarro da Cunha de Portocarreiro D. Maria Vitória Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro D. Maria Teresa das Dores Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro D. Maria Emília Pinto Pizarro da Cunha Portocarreiro F:http://www.csarmento.uminho.pt/ Autógrafos de D. Maria da Glória e Gaspar Pizarro Portocarreiro – 20Fev1871
  • 64. H de B D. Luís Pizarro da Cunha de Portocarreiro 13º Sr. da Casa de Melres. Filho do precedente. Moço-Fidalgo da Casa Real, Membro da Câmara dos Senhores Deputados da Nação Portuguesa. Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, entre 1908 e 1910, e nessa qualidade deu posse à nova comissão administrativa republicana conforme consta dos livros de actas das sessões camarárias. Casou a 15Jan1900, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, freguesia de Massarelos, cidade do Porto, com D. Maria Luísa Giraldes de Almeida Peixoto, Srª da Casa de Carapeços, no Salvador de Travanca, Amarante, natural de S. Romão de Carvalhosa, Marco de Canaveses, onde nasceu a 9Abr1880, filha de José Duarte Giraldes de Queirós de Azevedo e Vasconcelos e de D. Adelaide Sofia de Almeida Soares Peixoto, neta paterna de António José Giraldes de Azevedo e Vasconcelos, Moço-Fidalgo da CR, Morgado de Penidos em Sobretâmega, Marco de Canaveses, e de D. Francisca Felizarda do Nascimento Teixeira da Silveira, filha do Coronel de Milícias de Basto e Sr. da Casa da Eira, em S. Julião de Passinhos, Amarante, José Teixeira da Silveira. Sem geração do matrimónio. Faleceu D. Luís Pizarro a 12Abr1932 no Porto, deixando herdeira sua mulher. Por morte de D. Maria Luísa, ocorrida na Foz do Douro, Porto, a 13Jun1948, sucederam na casa de Melres e na Torre de Portocarreiro os sobrinhos, filhos de seus irmãos.
  • 65. H de B Álvaro Sanhudo D. Helena Osório da Cunha Coutinho de Portocarreiro D. Guiomar Osório da Cunha Coutinho de Portocarreiro Jorge (ou Gonçalo) de Oliveira Pinto Duarte de Góis Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro D. Antónia Ferraz Vieira Manuel da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro D. Maria Ferraz de Sousa Gonçalo da Cunha, Cónego de Évora Álvaro Sanhudo, Abade de Melres Manuel da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro D. Maria Luísa de Alarcão e Albuquerque D. Isabel Tavares Pe. Feliciano de Araújo Osório de Portocarreiro, Abade de Melres Paulo de Araújo, Cónego de Évora Manuel da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro João da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro Bartolomeu da CunhaD. Vitória Joana da Cunha Pinto Brandão de Melo D. João Álvares Lopes de Osório D. Guiomar da Cunha Coutinho de Portocarreiro Nuno Martins de Portocarreiro D. Maria da Cunha João Álvares Osório D. António Sanhudo D. Ana Sanhudo Tomé Pires de Araújo João Osório Sanhudo, Arcediago de Labruge Genealogia dos Morgados de Melres ADP – Arquivo Distrital do Porto GAYO José Manuel Felgueiras – Nobiliário das Famílias Portuguesas. Braga: Edição de A A Meirelles e D A Affonso, 1940 PINTO Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva, 1883
  • 66. H de B João da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro D. Vitória Joana da Cunha Pinto Brandão de Melo Manuel da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro Francisco da Cunha Coutinho Osório de Portocarreiro D. Felícia Felisberta Pereira de Rebelo Cabral D. Ana Luísa da Cunha de Alarcão e Portocarreiro Filipe Carneiro de Faria Pereira Manso D. Vitória Manuel de Faria e Alarcão Portocarreiro da Cunha Francisco Luís de Brito de Araújo e Castro D. Jerónima Delfina da Cunha e Castro João Bernardo Cardoso da Costa João da Cunha Araújo de Portocarreiro D. Maria Rita de Sampaio João Cardoso da Cunha e Araújo de Portocarreiro D. Helena Cardoso de Faria e Maia João da Cunha Cardoso Osório Ferraz e Castro de Portocarreiro D. Maria do Carmo da Cunha Araújo de Portocarreiro D. Maria Vitória da Cunha Araújo de Portocarreiro Gaspar Pinto de Magalhães Cardoso Pizarro António de Araújo Vasques da Cunha de Portocarreiro D. Rita Mariana Freire da Rocha João Pinto Pizarro da Cunha de Portocarreiro D. Emília Cândida de Miranda de Araújo e Costa D. Luís Pizarro da Cunha de Portocarreiro D. Maria Luísa Geraldes de Almeida Peixoto Genealogia dos Morgados de Melres ADP – Arquivo Distrital do Porto GAYO José Manuel Felgueiras – Nobiliário das Famílias Portuguesas. Braga: Edição de A A Meirelles e D A Affonso, 1940 PINTO Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva, 1883
  • 67. H de B Notas 1 Afonso Martins Zúquete e António Machado de Faria, em Armorial Lusitano, escrevem: Parece não haver a certeza de este D. João Osório ter casado com D. Guiomar da Cunha, nomeada por sua mulher em alguns títulos genealógicos, mas, legítimos ou não, teve dela vários filhos, que continuaram o apelido, misturando-o com o de Cunha ou de Coutinho. Que não casou infere-se da informação dada por Artur de Magalhães de Basto em A Stª. Casa da Misericórdia do Porto: Em 14 de Setembro de 1519, discutiu-se em sessão municipal o facto de o D. Abade de Paço de Sousa ter alugado uma casa na Rua Nova, que foi de Pero Cam; resolveu-se mandar-lhe dizer por Diogo Homem e Ant. de Coiros que “se tinha a dita casa alugada pª viver nela a escusasse, porquanto lhe haviam de ir à mão e não haviam de consentir que vivesse nela, que era em prejuízo dos Privilégios da cidade”. O Abade respondeu aos comissionados que a alugara para viver nela Alvaro Sanhudo, seu genro com sua filha, ou por ventura dois seus genros com duas suas filhas q. tinha casadas e q. pª eles a alugara e que em um dia desta semana q. vem se havia de ir pª o seu Mostº e q. pª o Natal lhe parecia que poderiam vir as ditas suas filhas. 2 Felgueiras Gayo, título de Pintos: N 15 DIOGO DE ARAÚJO SANHUDO f. de Ana Sanhudo N 14 foi Cavaleiro-Fidalgo da Casa da Infanta D. Isabel casou com Francisca Aranha f. de Sebastião Ribeiro e s.m. Madalena Aranha moradores em Canavezes, n.p. de João Ribeiro Cavaleiro da Ordem de S. Tiago e n.m. de Francisco de Azevedo Cidadão da cidade do Porto e s.m. Lucrecia Aranha no ttº de Aranhas § 86 N 4
  • 68. H de B Notas N 15 Eliseu de Araújo Aranha N 15 Luís Sanhudo Aranha N 15 D. Sebastiana de Araújo Sanhudo 2ª mulher de Jerónimo Ferraz f. de Filipa Ferraz Sr. da Quinta de Valbom, e Baltazar Luís c.g. nos Ferrazes § 24 N 10 (Justificaram estes Eliseu de Araújo e seu irmão na Vila de Canavezes aos 7 de Abril de 1603 sendo Juiz António Rodrigues Cavaleiro-Fidalgo, e Juiz Ordinário e das Cizas, e Orfans na dita Vila de quem era procurador o cunhado dos mesmos; Jerónimo Ferraz em que provaram a sua ascendência como vai até Álvaro Sanhudo N 13 supra até Francisco de Azevedo e Lucrécia Aranha tt.ªs D. Maria Rangel mulher de Mateus Mendes de Carvalho F da CR e Pedro Gaspar C.F. Cap.am Mor de Portocarreiro e Jerónimo de Almeida natural de Canavezes e Cónego em Évora). Em Stº. Isidoro, Marco de Canaveses, num assento de baptismo de 29Out1543, pode ler-se “forõ padrinhos Salvador Roiz mor. em Macieira e Ana Sanhuda de Canabezes e Ana de Coira” Tomé Pires de Araújo, marido de D. Ana Sanhudo, faleceu a 23Out1589, em Sta. Maria de Sobretâmega, Vila de Canaveses. D. Maria Rangel era viúva de Mateus Mendes de Carvalho, Morgado de Vila Boa, falecido no Porto a 12Mar1595, que tinha comprado aos Portocarreiros a Quinta e Paço de Pombal, sita em Vila Boa de Quires.
  • 69. H de B Notas 3 Felgueiras Gayo, no mesmo título de Pintos: N 1 0 GONÇALO DE OLIVEIRA (…); e chamaram outros ao dito Gonçalo de Oliveira Jorge de Oliveira Pinto. Casou o dito Gonçalo de Oliveira, ou Jorge com Guiomar Osório Coutinho Srª. da quinta da Torre no concelho de Porto Carreiro Solar dos Portos Carreiros, e de outras mais fazendas f. de Álvaro Sanhudo, e s.m. Helena Osório Coutinho Portocarreiro Srª. da dita Torre e Solar, e da Casa e quinta de Pombal chamado o Passo de Vila Boa de Quires, que por venda passou aos descendentes de Mateus Mendes de Carvalho à qual Helena Osório Coutinho fez pura e irrevogável doação seu primo segundo Pedro da Cunha Coutinho Sr. de Basto e Monte Longo e de outras mais terras pelo Tab.am João Álvares Rangel do Julgado de Penafiel, e Couto de Passos de Sousa etc. estando o dito Pedro da Cunha na sua quinta de Vabo sita no Couto de Passos de Sousa, declarando na dita doação parte da quinta de Portocarreiro, e outras mais propriedades fazendo-a universal herdeira exceptuando o que deixava para o Mosteiro de Monchique, que se havia de fazer no seu Passo, como também o que deixava a seus criados, isto tanto dos bens que tinha Entre Douro e Minho como nas mais partes cujos bens lhe dava por não ter descendentes, nem ascendentes, e por serem da partilha de seu avô Fernão Vasques da Cunha irmão inteiro de Maria da Cunha avó dela sua prima Helena Osório os quais bens lhe dava para seu casamento por ser seu gosto que se tornassem a juntar foi feita esta doação a 29 de Maio de 1512, e se acha na Casa da Bandeirinha do Porto pelos seus possuidores serem seus legítimos descendentes. 4 D. Guiomar da Cunha, teve no estado de solteira, de Duarte de Góis, Arcediago da Régua, a António de Góis Portugal, F da CR, cg. F: SANHUDO A – Os Sanhudos II. Porto: Escola Tipográfica da Oficina S. José, 1978
  • 70. H de B Notas 5 João Osório Sanhudo, que foi Arcediago de Labruge em Braga e teve muitos filhos bastardos, a saber: Manuel da Cunha, Jorge Osório, D. João de S. Miguel, religioso crúzio, e do bastardo chamado Mel. da Cunha procede o Morgado de Labruge, e outros. 6 O nome do pai de D. Antónia Ferraz de Araújo pode aparecer sob a forma de Azevedo ou de Azeredo. 2 Viveram em Sta. Eulália de Pedorido, Castelo de Paiva, como se pode ler nas matrículas em Ordens de Epístola, Evangelho e Evangelho e Missa, feitas em Braga, de seu filho António Sanhudo, nos anos de 1559 e 1560 – “Antonio Sanhudo filho dalvaro sanhudo ede sua molher Ilena desouro da freiguisia de Sancta Ovaia de Pedorido do bpado de Lamego” F: http://pesquisa.adb.uminho.pt/ http://www.adb.uminho.pt
  • 71. H de B Assento de baptismo de António de Araújo Vasques da Cunha Portocarreiro, Barão de Pombalinho António filho legítimo de Francisco Luiz de Brito de Araújo e Castro e D. Anna Luiza da Cunha de Alarcão e Porto Carreiro, moradores na sua Quinta da Bandeirinha nesta freguesia de Cedofeita neto Paterno de Bento de Araújo e Castro e Dona Catharina da Silva da Villa dos Arcos e materno de João da Cunha e Dona Victoria da Cunha Brandão da Villa de Melres: nasceo aos vinte dias do mez de Abril de mil setecentos e oitenta e hum, e foi baptizado aos vinte de Mayo do mesmo anno. Padrinhos o Excellentíssimo Visconde de Villa nova de Cerveira e Dona Jacinta de Brito da Villa dos Arcos por procurações o Reverendo Bento de Araújo e Castro e Tomaz de Brito e Araújo e Castro, que as appresentaram. Testemunhas o Reverendo Sacrystão Manuel Pereira de Campos e Francisco José da Silva. E para que conste mandei fazer aqui assento e aSsignei (ao lado = Por mim o Paroco Manoel Pereira nesta Igreja de Cedofeita) F: ADP – Arquivo Distrital do Porto F://miguelboto.blogspot.com/
  • 72. H de B Brasão do Barão de Pombalinho – António de Araújo Vasques da Cunha Portocarreiro Esquartelado de Portocarreiros e Rochas Esquartelado de Portocarreiros e Rochas, no Hospital Velho de Viana do Castelo F://miguelboto.blogspot.com/
  • 73. H de B Almeida Garrett parece referir-se-lhe (ao Barão de Pombalinho) no seu memorável Viagens na Minha Terra: “No caminho encontrámos o nosso antigo amigo, o barão de P. — barão de outro género, e que não pertence à família lineana que nesta obra procurámos classificar para ilustração do século — , cavalheiro generoso, e tipo bem raro já hoje da antiga nobreza das nossas províncias, com todos os seus brios e com toda a sua cortesia de outro tempo, que em tanto relevo destaca da grosseria vilã dessas notabilidades improvisadas... Vinha em nossa procura para nos guiar. Seguimo-lo.” Pela graça, dá-se a classificação lineana (de Lineu) do barão, na óptica Garrettiana : “O barão (Onagrus baronius, de Linn., L’âne baron de Buf.) é uma variedade monstruosa engendrada na burra de Balaão, pela parte essencialmente judaica e usurária de sua natureza, em coito danado com o urso Martinho do Jardim das Plantas, pela parte franchinótica e sordidamente revolucionária de seu carácter. O barão é, pois, usurariamente revolucionário, e revolucionariamente usurário. Por isso é zebrado de riscas monárquico-democráticas por todo o pêlo. Este é o barão verdadeiro e puro-sangue: o que não tem estes caracteres é espécie diferente, de que aqui se não trata.” In Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett O urso Martinho era um urso famoso do zoológico de Paris
  • 74. H de B Foi condecorado com a Cruz de Ouro da Guerra Peninsular, na qual serviu, principiando em Capitão de Cavalaria na Leal Legião Lusitana e finalizando em major do Regimento Nº3, Posto de que se demitiu. Em 1833 prestou importantes serviços à causa da Rainha, sendo Governador Militar e Coronel do Batalhão Móvel dos Voluntários de Santarém. Casou em 1812 com D. Rita Mariana Freire, viúva de Manuel Nunes Gaspar e mãe de Manuel Nunes Freire da Rocha, 1º Barão de Almeirim. Seus Pais D. Anna Luiza da Cunha Ozorio de Alarcão Porto-Carreiro, 14ª Srª da Quinta da Torre, do antigo solar dos Porto- Carreiros no concelho do mesmo nome, e do Morgado de Melres a 4 leguas distantes do Porto, por ser filha legitima de João da Cunha Coutinho Ozorio Porto-Carreiro, neta de Manuel da Cunha Coutinho Porto-Carreiro, bisneta de Manuel da Cunha Ozorio Porto-Carreiro, que foi Commissario dos Galeões que se fizeram na Ribeira do Oiro, perto da cidade do Porto, terceira neta de Manuel da Cunha Coutinho Porto-Carreiro, quarta neta de Jorge de Oliveira Pinto, quinta neta de Alvaro Sanhudo, sexta neta de D. João Ozorio, que casou com D. Guiomar da Cunha Porto-Carreiro, Srª da sobredita Casa, por ser filha, esta, de Nuno Martins Porto-Carreiro, e de sua mulher D. Maria da Cunha. D. Anna Luiza da Cunha Ozorio de Alarcão Porto-Carreiro, acima, nasc. a 27 de Novembro de 1746, e m. a 6 de Maio de 1801, tendo casado 3 vezes, () a segunda vez com Francisco Luiz de Brito Araujo e Castro, Sr. da Casa de Casal Soeiro, no concelho dos Arcos, que foi Dezembargador e Cavalleiro da Ordem de Christo, nasc. a 12 de Março de 1733, e m. a 20 de Fevereiro de 1793. F: PINTO Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva, 1883
  • 75. H de B Manda o Duque de Bragança Regente em Nome da Rainha conformando-se com a Proposta do General Encarregado do Governo das Armas da Corte e Provincia da Extremadura, que o Major que foi de Cavalaria, António de Araujo Vasques da Cunha, actual Governador Militar da Villa de Santarém, seja Nomeado Coronel Commandante do Primeiro Batalhão Móvel da mensionada Villa. Paço das Necessidades em treze de Agosto de Mil e oito centos e trinta e trêz. Agostinho José Freire F: Arquivo Militar Histórico Criação do Título de Barão de Pombalinho Decreto de oito de Maio de mil oitocentos e trinta e sete em que a Rainha D.Maria II cria o título Barão de Pombalinho, a favor de António Araújo Vasques da Cunha. Dona Maria por Graça de Deos e pela Constituição da Monarchia, Rainha de Portugal, Algarves e seus Dominios; Faço saber aos que esta Minha Carta virem que dando o devido apreço ao merecimento à nossa Pátria, a adhesão ás Instituições Liberais da Monarchia e mais qualidades que concorrem na pessoa de António de Araujo Vasques da Cunha, e que se achão comprovadas pelos bons serviços que tem prestado a Nação, já na Campanha de mil oitocentos e um, e na Guerra da Peninsula, onde muito se distinguio pelo seu merito militar, já na Calamitosa epocha do Dominio do Usurpador do Throno Portuguez, protegendo muitos dos meus subditos que por sua fidelidade tinhão de andar homiziados para escaparem a tjrannia e tomando outro sim em mui particulares considerações os prejuízos que este
  • 76. H de B Cidadão, em quanto combattia pelos meus Legítimos Direitos, soffreu na sua Casa, que deixou exposta ao furor dos sectarios do despotismo, depois de haver concorrido para que em differentes Povoações fosse acclamado o Governo legítimo de Portugal. Hei por bem Fazer mercê ao mencionado António d'Araujo Vasques da Cunha do Titulo de Barão do Pombalinho. E mando que se chame d‘ora em diante Barão do Pombalinho, e que com o dito Titulo goze de todas as honras, prerogativas e preeminencias, que por elle lhe pertencem, e que tem, e de que são e sempre usárão os Barões destes Reinos, sem mingua ou quebra alguma. E por firmesa do que dito é lhe mandei paSsar a presente Carta que vai por mim assignada e sellada com sello pendente das Armas Reaes. Pagou de Direitos seis centos mil reis como constou de um conhecimento em forma, com o numero cento e quatorze, e data d’hontem assignado pelo contador da Fazenda do Districto de Lisboa, e rubricado pelo Administrador Geral interino do mesmo Districto. Dada no Palacio das NeceSsidades em vinte e tres d'Agosto de mil oito centos trinta e sete. A Rainha com guarda = Julio Gomes da Silva Sanches. Carta pela qual VoSsa Magestade Ha por bem fazer mercê do Titulo de Barão do Pombalinho a António d'Araujo Vasques da Cunha, pela forma retro declarada. = Para VoSsa Magestade ver. lugar do Sello Pendente = Por Decreto de oito de Maio de mil oito centos trinta e sete = João de Roboredo a fez Registada a folhas cento trinta e oito Verço do Livro quatorze de Cartas Alvarás e Patentes. Secretaria de Estado dos Negocios do Reino em vinte quatro de Agosto de mil oito centos trinta e sete. António José Dique da Fonseca Junior. Conferida em 22 de Agosto de 1837. Basto. F: https://barao-pombalinho.blogspot.com/2010/03/decreto-lei.html
  • 77. H de B Deixou por herdeiro seu sobrinho Dr. João Cardoso da Cunha e Araújo, 1º Visconde de Portocarreiro. "Instituo por meu universal herdeiro de todos adquiridos já, à excepção daqueles já nomeados, digo, de todos os meus bens adquiridos já e dos que de futuro poder adquirir athe a hora do meu falecimento, ao meu sobrinho João Cardozo da Cunha e Araujo e na sua falta (que Deos não permita) aos seus filhos ou a pessoa que os representar ...“ F: https://barao-pombalinho.blogspot.com/2010/02/herdeiros.html
  • 78. H de B Visconde de Portocarreiro Assento de baptismo de João Cardoso da Cunha Araújo e Castro de Portocarreiro João filho do Doutor João Bernardo Cardozo da Costa e de sua mulher D. Jeronima Delfina da Cunha e Castro assistentes na sua quinta no lugar de Gassamar desta freguesia de Sandim neto paterno do Dezembargador José Ferreira Cardozo da Costa e de sua mulher D. Clara Joana Teixeira Coelho da Porta do Olival da Cidade do Porto e neto materno do Doutor Francisco Luiz de Brito Araujo e Castro e de sua mulher D. Anna Luiza da Cunha Alarcão Portocarreiro da Bandeirinha da Cidade de Melrres digo do Porto Nasceo aos vinte oito de Outubro digo aos vinte Outubro de mil setecentos e noventa e dous e foi Bauptizado de licensa minha na freguesia de villa mayor por estar contigua a dita quinta pelo Reytor da dita Joze de Mattos Pereira e Lucena. Forão Padrinhos O Abbade de Melrres Pantaleam Cardozo e por procuracam eu Reytor desta igreja abaixo assignado e Dona Maria Ignes de Brito Araujo e Castro da Villa dos Arcos do Arcebispado de Braga e por Procurador desta o Padre Manoel Joze dos Reys desta freguesia. Declaro foi Bauptizado a trinta do dito mez acima e por verdade fiz este assento que assignei no dito dia. O Reytor Antonio da Costa Couto F: ADP – Arquivo Distrital do Porto F://miguelboto.blogspot.com/
  • 79. H de B 1º Visconde de Portocarreiro. Par do Reino em 30 de Dezembro de 1862; Ministro de Estado Honorário; Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra; Juiz do Supremo Tribunal de Justiça; Juiz do Tribunal da Relação dos Açores; Senador; Ministro da Justiça; Cavalleiro da Ordem de Christo; Commendador da Ordem da Conceição; Fidalgo Cavalleiro da Casa Real. Faleceu a 13 de Janeiro de 1864. Casou na igreja Matriz de São Sebastião, em Ponta Delgada, São Miguel, Açores, a 2 de Outubro de 1844 com sua prima D. Helena Máxima Cardoso de Faria e Maia, que nasceu a 15 de Setembro de 1819, e faleceu em Lisboa a 31 de Janeiro de 1884, filha de Vicente José Ferreira Cardoso da Costa, Doutor na Faculdade de Direito e Desembargador Efectivo da Casa da Supplicação; Sr., pelo seu casamento, de vários Vínculos na Ilha de S. Miguel; Fidalgo Cavalleiro da Casa Real; e de sua mulher D. Helena Victoria Machado de Faria e Maia, Sr. do Morgado da Victoria e outros, na Ilha de S. Miguel, onde nasceu a 15 de Setembro de 1819. F: PINTO Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva, 1883 João Cardoso da Cunha Araújo e Castro de Portocarreiro Brasão d’ Armas do Visconde de Portocarreiro Esquartelado de Cunhas, Britos, Araújos e Portocarreiros F://miguelboto.blogspot.com/
  • 80. H de B Requerimento de declaração de que serviu no Corpo Militar Académico Diz João Cardozo da Cunha, e Castro, filho de João Bernardo Cardozo da Costa, que tendo-se alistado no corpo academico e nelle servido durante a campanha do Vouga athe a entrada do Porto, com aquelle zelo e patriotismo proprio de hum bom Portuguez, e percizando para certo requerimento, que o Secretario da Universidade lhe passe por certidão os seus serviços durante este tempo, P. a V. Exª a graça lhe mandar paSsar a dita certidão. Vicente Jose de Vasconcellos e Sylva, que sirvo de Secretario e Mestre de Ceremonias da Universidade de Coimbra Certifico, que a folh. 57 Vso. da Relação dos Academicos e Aggregados, que servirão no Corpo Academico Militar nas Exposiçoens do Vouga e Porto, e nas marchas para as Fronteiras, no ano de mil e oitocentos e nove, feitas pelo Comandante do mesmo o Desembargador Fernando Saraiva Fragoso de Vasconcellos; consta em como o Supplicante João Cardoso da Cunha, Estudante do Primeiro Anno Juridico, natural do Porto servio na Companhia de Cavallaria ou Corpo de Academicos Montados; servio no Quartel General em quanto esteve em Agueda; entrou de Caçador Montado n’ Acção d’ Albergaria, e na Restauração do Porto, e continuou ahi tambem a servir no Quartel General. Por certeza de que se passou a presente: Nicolao Pereira Coutinho de Figueiredo a escrevi na Secretaria da dita Universidade aos dez de Novembro de mil oito centos e quinze – e eu Vicente Jose de Vasconcellos e Sylva a subscrevi, e aSsignei (Assinatura) Jose Vicente de Vasconcellos e Sylva F: http://acervo.bndigital.bn.br/sophia/index.html
  • 81. H de B Carta de Brasão de João Cardoso da Cunha e Araújo Dom Pedro pela Graça de Deos Rei de Portugal e dos Algarves &tc. Faço saber aos que esta minha Carta virem que tomando em consideração as circunstancias que concorrem na peSsoa de João Cardozo da Cunha Araujo Portocarrero (sic) do Meu Conselho Ministro e Secretario de Estado Honorario, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, e Querendo contemplar condignamente os seus longos e bons serviços prestados no Paiz na Carreira da Magistratura Judicial e nos cargos da Administração Superior do Estado, aSsim como os sacrificios da sua honrosa emigração e nas mais provas de lealdade por elle dadas a favor do Throno Constitucional durante a lucta civil pela Cauza da Legitimidade e Liberdades Patrias Hei por bem fazer mercê ao mencionado Concelheiro João Cardozo da Cunha Araujo Portocarrero do titulo de Visconde de Portocarrero em sua vida. Pelo que Mandando Eu paSsar ao agraciado a prezente Carta afim de poder chamar-se d’ora em diante Visconde de Portocarrero e gozar deste Titulo com as honras, prerogativas, preeminencias e obrigações que pelas Leis e Regulamentos se acharem estabelecidas, Ordeno ás Authoridades e mais peSsoas a quem o conhecimento desta mesma Carta pertencer, que indo aSsignada e referendada pelo Ministro e Secretario Estado dos Negocios do Reino, a cumprão e guardem como nella se contem depois de authenticada com o sello pendente das Armas Reaes, e da Cauza Publica, e com a verba dos registos nos Livros das Repartições competentes. Confda. em 12 de Novembro de 1855 Basto F: ANTT - MERCÊS DE D. PEDRO V: LIVRO 8 – Fl60v Cortesia D. Célia Adriano - ANTT F: https://historiaschistoria.blogspot.com/2017/07/d-pedro-v-de-portugal.html
  • 82. H de B A linha castelhana dos Portocarreiros teve um relevo e projecção nobiliárquicas sem paralelo em Portugal – dela descendem os Condes de Medellín, Marqueses de Vila Nueva del Fresno, Condes de Montijo, Condes de Palma del Río, Condes de Puebla del Maestre, Marqueses del Prado, Marqueses de Barca Rota, Duques de Peñaranda del Duero, Duques de Alba, etc. culminando com a Condessa de Montijo María Eugenia de Portocarrero, Imperatriz dos Franceses de 1853 a 1870. Camilo já se tinha referido à disputa por duas famílias deste nome pelas origens da Imperatriz, na tentativa de engrandecimento das respectivas Casas. Uma outra sequela deste maior lustre castelhano foi a de alguns membros desta tão antiga e nobre Família, com influência decisiva em momentos importantes da nossa História, terem renegado, por ignorância ou presunção, as suas origens Portuguesas e passarem a usar o seu apelido na forma castelhana – Portocarrero. Afonso Martins Zúquete e António Machado de Faria, em Armorial Lusitano, no verbete Portocarreiros, referem-no: “Família antiga que provém de D. Garcia Afonso, rico-homem no Reino de Leão, pai de D. Reimão Garcia de Portocarreiro, que veio com o conde D. Henrique para Portugal e este lhe deu o concelho de Portocarreiro, distante meia légua de Canaveses. Deste senhorio tirou o apelido, que os seus descendentes usam na forma espanhola de Portocarrero, por virem de ramo que havia passado ao reino vizinho, esquecendo, assim, o nome verdadeiro do solar.” Esta situação é justificável, a de provirem de ramo castelhano; deprimente é o de serem das linhas portuguesas.
  • 83. H de B Criação do Título Visconde – Decreto de 18 de Agosto 1855, concedido por D. Fernando II, Regente Visconde em 2ª Vida – Decreto de 14 de Maio de 1861, de D. Pedro V João da Cunha Cardoso Osório Ferraz e Castro de Portocarreiro 2º Visconde de Portocarreiro Filho do 1º Visconde, nascido a 4 de Julho de 1846, em Lisboa, faleceu a 4 de Março de 1925, na mesma cidade, solteiro e sem geração. Habilitado com o Curso Superior de Letras. Par do Reino por sucessão, de que tomou posse a 9Nov1872. Ligado ao Partido Histórico. Teve verificação do título por carta de 10Jun1867, de D. Luís. Eram seus irmãos: Rui Guterres Cardoso da Cunha Portocarreiro Gil Vasques da Cunha Cardoso Osório Ferraz e Castro de Portocarreiro António de Araújo Vasques da Cunha Vicente Vasques da Cunha Cardoso Portocarreiro Garcia Afonso da Cunha Portocarreiro cc D. Maria Augusta Ottolini da Veiga F: PINTO Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva, 1883 A REVISTA CONTEMPORANEA. Biographias - Nº 13 – Lisboa, 1856
  • 84. H de B No ano Lectivo 1862-63 encontra-se inscrito no Lyceu de Coimbra, no 4º ano, à 3ª Cadeira – Leitura e Tradução Inglesa, na qualidade de Voluntário, tendo por Professor o Dr. Francisco Antonio Diniz, e morando, então, no Colégio da Estrela. O decreto de 17 de novembro de 1836 remodelou o ensino secundário... determinou: «O Liceu de Coimbra substituirá o Colégio das Artes, e formará uma secção da Universidade»... Foi o Liceu mandado colocar no mesmo edifício que ocupara o Colégio das Artes F:https://acercadecoimbra.blogs.sapo.pt/coimbra-real-colegio- das-artes-ou-111033 Colégio das Artes portal Criação do Curso Superior de Letras Uma decisão pessoal [de D. Pedro V]: a instauração do Curso Superior de Letras. A má impressão que lhe deixara a visita à Universidade de Coimbra não se ficou por notas esquecidas no seu diário. Poucos anos depois, já com responsabilidades de soberano, tomou a decisão de propor alternativas. O Curso Superior de Letras foi a mais marcante. “Não sei se muitos se preocupam com o estado actual e com o futuro [do ensino superior]; eu muito; vejo-o decaindo diariamente, vejo que lhe secaram as raízes e que assim se lhe foi a virtude prolífica”. “A Faculdade de Letras ahi a deixo esboçada, incompleta, é verdade, mas tal que já não são capazes de deixar de m’a completar. Ponho-a a bater-lhes à porta, e tão de rijo o há-de ela fazer que não hão-de poder menos de abrir-lha”. F: NASCIMENTO Aires A - O Estudo das Letras, Caminho Para a Sabedoria: Evocação do 150º Aniversário da Fundação do Curso de Letras de Lisboa por D. Pedro V – Academia das Ciências de Lisboa, 2015
  • 85. H de B A representação do Título de Visconde de Portocarreiro recaiu na descendência de seu irmão Gil Vasques da Cunha Cardoso Osório Ferraz e Castro de Portocarreiro. Armas: esquartelado de Portocarreiros e Rochas (as mesmas do Barão de Pombalinho), coroa de Visconde. No cemitério dos Prazeres, em Lisboa, acham-se esculpidas outras armas: esquartelado de Cunhas, Britos, Araújos e Portocarreiros. Coroa de Visconde. Rui Guterres Cardoso da Cunha e seu irmão Gil Vasques da Cunha eram, em 1866 e 1868, respectivamente, Aspirantes a Guarda-Marinha, como consta do Arquivo Histórico da Biblioteca Central da Marinha. De Rui Guterres existe um mapa da inspecção feita pela Junta de Saúde Naval, de 10Jan1866, em que recomenda mais 3 meses de licença para tratamento, e de Gil Vasques um ofício, de 21Jul1868, do director da Escola Naval ao Major General da Armada dando um parecer negativo sobre uma licença requerida pelo aspirante Gil. Cortesia Drª. Isabel Beato – http://ccm.marinha.pt/pt/biblioteca/arquivohistorico Rui Guterres não deve ter recuperado do mal de que padecia pois falece no ano seguinte a 25Jul1867. Seu irmão António da Cunha, quarto na ordem de nascimento, morre a 10Nov1879.
  • 86. H de B Código de referência PT/BPARPD/JUD/TCRGR/3ºOF/301/01326 Datas de produção 1902-09-01 A data é incerta Dimensão e suporte 1 proc. (15 f.) Produtor Juízo de Direito da Comarca da Ribeira Grande Âmbito e conteúdo Inventariante: Delfina Vieira Caldas da Cunha Portocarreiro Inventarido era morador em Freguesia de Santa Isabel Cota atual Mç. 157, nº 4331 Dep. 1, 449/4 Gil Vasques da Cunha Cardoso Osório Ferraz e Castro de Portocarreiro, Servidor do Estado no Ministério da Fazenda, Membro da União dos Atiradores Civis Portugueses, casou a 6Mar1886, na Igreja da Lapa, em Lisboa, com a escritora D. Delfina Vieira Caldas, natural de Sta. Maria de Loures, de quem teve a Guterre Vasques da Cunha Portocarreiro Gil Vasques faleceu em Lisboa a 6Mar1902. Garcia Afonso da Cunha Portocarreiro, o mais novo dos irmãos, morre a 31Mar1920, sem geração de sua mulher, D. Maria Augusta Ottolini da Veiga. Traslado da carta precatória para avaliação dos bens do inventário de Gil Vasques da Cunha Portocarreiro
  • 87. H de B Alguns episódios ensombraram a história da Casa da Bandeirinha. Felgueiras Gayo refere um deles, relativo a um crime, envolvendo dois irmãos filhos de Manuel da Cunha Coutinho Osório, 3º Morgado de Melres, Bartolomeu da Cunha “que cursou a Universidade e se ordenou com reverendas falsas pela morte que se lhe imputou do Escudeiro que seu irmão lho mandou para lá lho matar por zelos que dele teve” e João da Cunha Coutinho Osório, que “gastou os dinheiros que seu pai tinha para se livrar da morte do Escudeiro que dizem andariam por 80 mil cruzados, e só lhe ficaram os bens patrimoniais, e quinta da Bandeirinha junto de Monchique na cidade do Porto que tinha comprado a um estrangeiro.” Francisco da Cunha Coutinho de Portocarreiro, 6º morgado de Melres, com vários irmãos religiosos, possivelmente sem geração, casado em 1774 com D. Felícia Felisberta Pereira de Rebelo Cabral morre afogado no rio Douro, em 1778, quando se dirigia para o Porto, por o seu barco se ter voltado.
  • 88. H de B Outro é o do linchamento popular, a 20 ou 21 Mar 1809, de João da Cunha Araújo de Portocarreiro, tenente-coronel de Infantaria nº 6, irmão do Barão de Pombalinho, herdeiro da Casa, durante a situação caótica gerada pela aproximação das tropas do general Soult, quando da 2ª invasão francesa, e relatada por Camilo no livro “Onde Está a Felicidade?”. Acusadas de jacobinismo, isto é, de simpatizantes dos franceses, várias pessoas foram chacinadas, entre as quais, o fidalgo da Bandeirinha, tendo sido acutilado, morto, arrastado pelas ruas da cidade e finalmente lançado ao rio. Pela mesma ocasião, é a vez do Desembargador Dr. João Bernardo Cardoso da Costa, pai de João Cardoso da Cunha Araújo e Castro de Portocarreiro, 1º Visconde de Portocarreiro, ser assassinado, no ambiente de violência, confusão e histeria tumultuária vivido então, causado pelas tropas napoleónicas que assaltavam a cidade do Porto. A tragédia da ponte das Barcas 29 Mar 1809 F: A REVISTA CONTEMPORANEA. Biographias - Nº 13 – Lisboa, 1856
  • 89. H de B Henrique de Bemviver heinrichjoergg@gmail.com Frazão – Paços de Ferreira F:Google Fiães – Melgaço Lugar de Portocarreiro F:Google Vila Boa de Quires – Rua de Portocarreiro F:Google Toponímia Ermesinde – Rua e Travessa de Portocarreiro F:Google Soutelo – Vila Verde