O documento discute como a terceira revolução industrial e o avanço da tecnologia no capitalismo financeiro levaram a um grande incremento no desemprego estrutural. A automação e a informatização substituíram muitos empregos humanos e causaram demissões em massa, particularmente na indústria. O desemprego estrutural ocorre quando novas tecnologias ou processos visam reduzir custos afetando setores da economia.
1. O DESEMPREGO NA ERA NEOLIBERTAL E DO AVANÇO DA TECONOLOGIA DA FASE DO
CAPITALISMO FINANCEIRO
O Capitalismo Financeiro – também conhecido como Capitalismo Monopolista – é a fase do sistema
capitalista caracterizada pelo crescimento da especulação financeira em torno de ações de empresas, juros,
títulos de dívidas e outras formas de crédito que se transformaram em mercadorias, sendo comercializadas
como tais. Com indícios fortes de suas características já advindas desse o século XIX, essa fase se consolida
na segunda metade do século XX.
A Terceira Revolução Industrial revoluciona capitalismo financeiro. Esse período após Segunda Guerra
Mundial, é marcado por um aprimoramento e pelo novos avanços no campo tecnológico que passaram a
abranger o campo da ciência, integrando-o ao sistema produtivo. Essa fase é também conhecida
como Revolução Técnico-Científica-Informacional.
Nesse momento, diversos campos do conhecimento começaram a sofrer mudanças em consequência do
avanço tecnológico vivido nesse período e jamais visto anteriormente. As indústrias que
desenvolveram alta tecnologia começaram a se sobressair em relação às indústrias que se destacavam nas
fases anteriores da Revolução Industrial, como a metalurgia, siderurgia e a indústria de automóveis.
Assumiram posição de destaque, nesse momento,
a robótica, genética, informática, telecomunicações, eletrônica, entre outros. Os estudos desenvolvidos
nessas áreas acabaram modificando todo o sistema produtivo, visto que o objetivo era produzir mais em
menos tempo, empregando tecnologias avançadas e qualificando a mão de obra que assumiu a liderança
em todas as etapas de produção, comercialização e gestão das empresas envolvidas na fabricação e
comércio dos bens produzidos.
Além de novas invenções, muitas criadas para servir à Segunda Guerra Mundial, houve
também aprimoramento de invenções mais antigas. Tudo isso associado ao processo produtivo. Máquinas
mais eficientes, instrumentos mais precisos e a introdução de robôs alteraram o modo de organização da
indústria, possibilitando o aumento da produção e dos possíveis lucros, diminuindo os gastos com mão de
obra, bem como diminuindo o tempo que se levaria até a fabricação do produto final. Mas isso é
acompanhado por um grande incremento do desemprego estrutural.
O desemprego estrutural
Esse tipo de desemprego é aquele gerado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e processos
voltados para a redução de custos. Estes novos elementos afetam os setores da economia de um país
(indústria, comércio e serviços), causando demissão, geralmente, em grande quantidade.
Principais causas do desemprego estrutural (exemplos):
- Implantação de robôs no processo de produção industrial.
- Instalação de caixas eletrônicos em agências bancárias.
- Informatização em empresas e órgãos públicos, visando diminuir os processos burocráticos.
- Uso da Internet para serviços bancários, compras online e outros serviços.
- Adoção de processos administrativos eficientes nas empresas, visando otimizar o trabalho e reduzir a mão
de obra.
- Introdução de novas tecnologias, que visam a substituição de mão de obra humana por computadores e
máquinas automatizadas.