1) A Segunda Guerra Mundial alterou significativamente a estrutura geopolítica mundial, resultando em um mundo bipolar dominado pelos Estados Unidos e União Soviética e novos mercados consumidores nos países recém-independentes.
2) Após a queda da União Soviética, o capitalismo se consolidou como o sistema econômico dominante no mundo, embora alguns países socialistas mantenham características mistas.
3) A globalização econômica intensificou a internacionalização da produção e do comércio através do estabe
2. Os conflitos gerados pela Segunda Guerra
Mundial alteraram, significativamente, as
estruturas e a configuração do planeta.
Com o fim da guerra o mundo reorganizou-
se, modificando-se. O surgimento de novos
territórios independentes resultou em duas
grandes consequências para a estrutura
mundial: uma de caráter político, marcado
pelo mundo bipolar, em que os Estados
Unidos e a União Soviética e uma de caráter
econômico, com os países recém
independentes, representando novos
mercados consumidores.
CONSEQUÊNCIAS DO PÓS-GUERRA NA ECONOMIA GLOBAL
4. Com a Queda do Muro de Berlim e o
fim da União Soviética, o capitalismo
consolidou-se como o sistema de
produção predominante no mundo.
Países socialistas como a China, Vietnã
e Laos apresentam maior abertura de
mercado, conservando algumas
características de ambos os sistemas:
capitalista e socialista. Diante dessa
predominância do sistema de
produção capitalista, o mundo chegou
à fase conhecida como capitalismo
global.
Expansão do capitalismo global
O capitalismo global pode ser definido como o
processo de internacionalização da economia pelo
qual o mundo passou, durante as últimas décadas
do século XX.
5. Nesse processo, os países
são incentivados às trocas
internacionais de produtos e
serviços.
O estabelecimento de um
mercado global influencia, de
diversas maneiras, a vida das
pessoas e as lógicas do
mercado em escala global e
local. O aumento da
competitividade de produtos e
serviços facilita a ação das
grandes empresas.
Avanço nos meios de
transportes
Padronização cultural
Transnacionais
6. Os efeitos da economia global permitiram também
alterações nas lógicas empresariais internacionais. Com as
abertura das economias nacionais, surgiram as empresas
multinacionais e transnacionais.
Multinacionais e transnacionais
Filiais são subordinadas à matriz.
Instalam-se em países periféricos,
contando com subsídios fiscais,
legislações mais flexíveis e mão
de obra e matérias-primas mais
baratas para a produção.
Matriz da empresa,
localizada no país sede, é
responsável, geralmente,
pelo desenvolvimento das
tecnologias, e é, também, o
centro decisório e financeiro.
Apresenta um sistema de funcionamento
fragmentado e estratégico, que extrapola os
limites territoriais de um país. Sua estrutura é
dividida entre a matriz e as filiais.
Suas filiais têm maior
autonomia, podendo adotar
estratégias voltadas para o
contexto local.
7. A desconcentração industrial
O processo de desconcentração industrial é
caracterizado por políticas de instalação de
infraestruturas, sobretudo de meios de
comunicação e transporte, em cidades
médias, como meio de atrair a instalação de
empresas multinacionais fora do eixo Rio-
São Paulo. Outro fator importante para a
desconcentração industrial são as
chamadas “guerras fiscais”.
Forças de desaglomeração
(Milton Santos)
A concentração industrial teve
relação direta com o ciclo do café
que concentrou o capital e a
infraestrutura no Sudeste.
O aumento do
número de
empresas
multinacionais e
transnacionais
no território
brasileiro, na
década de 1990,
gerou um
processo de
desconcentração
industrial.
8. Neoliberalismo
No Brasil, o movimento neoliberal caracterizou-se por meio de
políticas econômicas que tinham como objetivo principal privatizar,
ou seja, passar ao poder privado empresas e propriedades que
antes eram administradas pelo Estado, como meio de enxugar a
máquina pública.
O processo de globalização, deu forma a uma retomada das ações políticas e
econômicas liberais na década de 1990, as quais visavam à redução da intervenção
do Estado na economia, o que foi considerado um movimento neoliberal.
Outro ponto importante para a compreensão do avanço
da economia global do pós-Guerra refere-se aos órgãos e
às agências de regulação internacional.
10. Por conta do processo histórico,
o número de pessoas que
habitam a área urbana é
diferente da proporção de
pessoas que habitam a área
rural. Essas diferenças não
ocorrem por acaso. Elas seguem
lógicas que dinamizam o espaço
geográfico de maneira específica
e condicionam a produção do
espaço atual ao mesmo tempo
em que são condicionadas por
esta.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
Pág. 232
11. Vamos dar uma olhada no módulo???
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
A concentração da
população mundial
nas cidades ocorre
pelas condições de
trabalho que os
centros urbanos
oferecem, que se baseiam principalmente nos setores industriais e de serviços.(Atração por serviços)
12. Primeira Revolução Industrial,
considerada como a base do
desenvolvimento do sistema de
produção capitalista. Marcou a
passagem do sistema de
produção artesanal e de
manufatura para o sistema
industrial, com a utilização de
maquinários simples – movidos
a vapor
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
Primeira Revolução Industrial - XVIII e XIX
13.
14. Os avanços científicos foram incorporados
mais intensamente ao processo produtivo.
O maquinário tornara-se mais complexo, o
que permitiu uma produção ainda maior e
mais rápida, consolidando a chamada
produção em larga escala. Com o uso
principalmente de energia elétrica no
processo produtivo e de fontes fósseis
(derivados do petróleo e carvão) para o
transporte e a logística. Caracterizou-se
pela indústria pesada, como a metalúrgica
e a automobilística.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
Segunda Revolução Industrial
Século XIX e início do século XX
15. A indústria automobilística é um
exemplo emblemático da
Segunda Revolução Industrial.
Também são representativas
desse período as
transformações nas relações de
trabalho decorrentes do
processo produtivo, como o
fordismo.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
16.
17. Como Revolução Técnico-Científica,
ocorreu no contexto do fim da Segunda
Guerra Mundial. Caracterizou-se pela
incorporação da alta tecnologia e da
tecnologia digital no processo produtivo.
As alterações na indústria apresentadas
durante esse período dizem respeito ao
uso informacional nas etapas produtivas,
além da ampliação do mercado produtivo
às novas tecnologias. Essas alterações
foram marcadas também pelo modelo
toyotista de produção
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
Terceira Revolução Industrial
Segunda metade do século XX,
20. Uma importante característica
observada após a Terceira Revolução
Industrial é a durabilidade dos bens
produzidos. Como a utilização da
tecnologia nesse
processo, sua acelerada evolução
confere aos produtos um ciclo de vida
limitado, resultando na constante
substituição deles por modelos mais
novos.
A diminuição da vida útil desses
produtos acaba por demandar maior
produção, e o descarte dos produtos
obsoletos gera quantidades cada vez
maiores de lixo.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
21. Processo múltiplo de integração
do espaço geográfico, marcado
pela diminuição das fronteiras
características entre os Estados
Nacionais, para viabilizar o fluxo
de mercadorias, de dinheiro e de
investimento de capital. A
incorporação da tecnologia, que
possibilita a maior transmissão
de informações e o
deslocamento mais rápido de
pessoas.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
Globalização
Antes mundo era pequeno,
por que Terra era grande
22. O processo globalizante
é heterogêneo e
desigual. Ainda hoje, há
lugares em que ele se
encontra em fase
embrionária, não
existindo as condições
para seu
desenvolvimento. Isso
cria uma superposição
de espaços e tempos
próximos, mas distintos.
Dhaka
Dubai
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
23. Com a disseminação tecnológica, será possível
o acesso à informação. Assim, com maior
integração global, uma tecnologia
desenvolvida poderá ser replicada e utilizada
de diferentes maneiras, de acordo com as
necessidades que serão observadas. A
capacidade de troca de informação aproxima
lugares estratégicos, o que possibilita a
realização de trocas financeiras e o fluxo de
capital. Dessa maneira, a logística física do
mercado é substituída por suas conexões,
o que possibilita uma produção fragmentada
no espaço, mas integrada na comunicação.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
Comunicação e tecnologia na era global
24. A conexão entre as empresas permite um
processo industrial fragmentado, em que peças
de um produto podem ser produzidas em locais
distintos, para serem montadas e distribuídas em
outros locais, descentralizando a produção.
Esse efeito também poderá ser observado no
fluxo de pessoas, mas com uma lógica um pouco
diferente. Apesar de ser possível circular com
mais facilidade entre os diferentes lugares do
mundo conectado, não são todas as pessoas que
têm acesso a essa mobilidade. Essa dualidade faz
da globalização um sistema contraditório e
excludente.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
Fluxo de pessoas e de mercadorias
25. A atividade turística, por exemplo, não era
tão explorada e tão cessível quanto é
agora, sendo os transportes aéreos os
grandes responsáveis por sua viabilidade.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
26. Os movimentos migratórios
internacionais de países pobres
para países ricos é duramente
reprimido pelos governos
desenvolvidos, com a criação de
barreiras burocráticas e políticas
para o recebimento desses
migrantes. Percebe-se, assim,
que a globalização tem um
caráter de integração seletiva,
que não é acessível a toda a
população e esconde as
diferenças.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
27. O processo de globalização gera
também alguns efeitos
perversos, que afetam com
maior intensidade as populações
e comunidades mais fragilizadas,
aumentando as desigualdades
entre ricos e pobres.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
Efeitos perversos da globalização
28. 1ª Revolução
Industrial
1ª fase da
automação
(máquinas a
vapor)
2ª Revolução Industrial
2ª fase da automação
(uso de derivados do
petróleo, eletricidade,
implantação do
taylorismo)
Implantação do
Fordismo, da
linha de
produção
(especialização,
produção em
massa, grandes
estoques.
1750 1880 1914 1970
Consolidação do
Toyotismo, do
Volvismo e
ampliação do
espaço
tecnocientífico
Informacional.
3ª Revolução Industrial
3ª fase da automação
(uso da robótica,
computação)
1980 2000
Formação de
novas potências,
ampliação da
industrialização
para fora da
Europa e
expansão
neocolonialista
imperialista.
1850
Consolidação
do mercado
global,
indústrias
transnacionais
e das
economias
emergêntes
4ª Revolução
e implantação
do meio
digital
2010
29. • Formação do espaço de
produção e consumo global
• Avanços exponenciais na
tecnologia da informação criam
as superempresas globais:
Transnacionais de produção, de
investimento e de serviços
(informação)
• Consolidação dos organismos
supranacionais (Blocos, Órgãos
como o FMI, BIRD, OMC.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
A caminho da 4ª Revolução Industrial
32. Blocos
Econômicos
Ordem
Multipolar
Zona de preferência
tarifária Áreas de
tarifas especiais
União aduaneira
União política e
monetária
Mercado comum
Área de livre-
comércio
Pág. 240
As tarifas alfandegárias entre os produtos dos países-
membros são fixadas de acordo com estratégias
específicas, que sejam vantajosas para as economias
regionais. Os países que pertencem ao bloco terão
vantagens na importação e na exportação de produtos
intrabloco. Ex.: Aladi
A liberdade de circulação não se restringe apenas a
produtos, mas se estende a outros agentes do mercado,
como os serviços, o capital e as pessoas. Visa diminuir, por
meio de políticas, as barreiras físicas, técnicas e fiscais
entre os países-membros, possibilitando o fortalecimento
regional e integral entre eles. EX.: Mercosul.
São fixadas as mesmas taxas de
importação e exportação para qualquer
país do grupo. TEC
Criam isenções tarifárias para
produtos estratégicos. Os produtos
são isentos de taxas para circulação
dentro do bloco, mas os países-
membros ainda têm autonomia
para criar taxas externas.
Adoção de uma moeda comum, além de uma
organização supranacional permanente, com
representantes de todos os países-membros. Livre
circulação de produtos, mercado comum, livre
circulação de pessoas, a união econômica e
monetária estabelece a abordagem de políticas
econômicas comuns para todo o bloco.
33.
34. A atual divisão dos Setores
na economia global segue
a lógica estabelecida pela
nova DIT, inaugurada a
partir de 1970, quando
ampliou-se o sistema de
Transferência de
Produção.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E GLOBALIZAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO DOS SETORES ECONÔMICOS GLOBAIS
35.
36. Em uma livre analise, podemos
entender que está ocorrendo uma
nova organização dos setores
produtivos, já que o nível
tecnológico em quase todos os
ramos da produção assemelham-se
e as técnicas de produção
industrial tornaram-se normas no
mercado. Além do mais, startups
são consideradas empresas de
serviço, e produzem serviços que
são vendidos como produto.
Desenho Setores Produtivos na Atual DIT
37. Desenho Setores Produtivos na Atual
DIT
Em uma livre analise, podemos entender que
está ocorrendo uma nova organização dos
setores produtivos, já que o nível tecnológico
em quase todos os ramos da produção
assemelham-se e as técnicas de produção
industrial tornaram-se normas no mercado.
Além do mais, startups são consideradas
empresas de serviço, e produzem serviços que
são vendidos como produto.