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desejaria habitar. Mas isto ainda não é nada comparado às
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através das passagens cobertas, e onde a sujeira e a ruína
ultrapassam a imaginação; não se vê, por assim dizer, um único vidro
inteiro, as paredes estão leprosas, os batentes das portas – quando as
há – são feitas de pranchas velhas, pregadas uma as outras; (...) as
portas são inúteis não há nada para roubar. Em toda parte montes de
detritos e de cinzas e as águas vertidas em frente às portas acabam
por formar charcos nauseabundos. É aí que habitam os mais pobres
dos pobres, os trabalhadores mais mal pagos, com os ladrões, os
escroques e as vítimas da prostituição, todos misturados”
ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo, Global, 1986.
O tempo como instrumento de
controle na fábrica
Nas sociedades pré-industriais o tempo era contado, medido e organizado
em função das tarefas que se deviam realizar, ou seja, ligava-se aos ritmos
da natureza, como o dia e a noite, o período de chuvas e o de seca(...). Antes
do aparecimento das fábricas, portanto, o relógio não era necessário. Porém,
quando as relações de trabalho se transformaram, mudou também a
orientação que as pessoas tinham com relação ao tempo. O assalariamento
gerou a necessidade de controlar a produtividade, ou seja, de criar uma
jornada de trabalho. Simultaneamente, começaram a se difundir o relógio
(...). Até o século XIX só os que tinham muito dinheiro possuíam relógios, ou
seja, o instrumento era mais um símbolo de prestigio do que uma forma de
medir o tempo. Sua difusão em massa coincide exatamente com a Revolução
Industrial, quando marca o tempo passa a ser essencial.”
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“Dentre todas as instituições disciplinares, a escola possui a
maior abrangência, pois é nela que os indivíduos passam a
maior parte da sua formação, até que estejam prontos para a
vida adulta. O processo de disciplinarização dos corpos de
crianças e jovens [...] ocorreu em locais arquitetonicamente
preparados para aquele fim, isto é, locais cercados,
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Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
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A Revolução Industrial Inglesa e o triunfo do capitalismo liberal burguês

  • 1. A Revolução Industrial Inglesa (+/-1760-1840): o triunfo do capitalismo liberal burguês
  • 2. Pioneirismo inglês ● Acumulação de capitais (mercantilismo – colônias e pirataria) ● Ascensão política da burguesia pela Revolução Inglesa no século XVII ● Modernização das relações de produção no campo desenvolvimento técnico e relações→ capitalistas de produção (privatização e monetarização) ● Cercamento dos campos*; trabalho por arrendamento (aluguel) individual
  • 3. *Cercamento dos campos Cercamento das terras comunais (enclosures) Consequências: ● Aumento da produtividade agrícola (aumento demográfico) ● Êxodo rural (disponibilidade de mão de obra para indústria)
  • 4. Mudanças técnicas ● Energia a vapor (James Watt, 1769) ● Indústria têxtil (lã/algodão) / bens de consumo (predom. mão de obra infantil e feminina) ● Indústria siderúrgica (mineração) / pesada (predom. m.d.o. masculina) ● Ferrovias e trens a vapor
  • 5. Mudanças no processo produtivo Produção artesanal Manufatura Maquinofatura (Indústria) ● Produção familiar ● Controle das estapas produtivas ● Comerciante contratava vários artesãos ● Horário e ritmo de trabalho pré- estabelecidos ● Salário fixo ● Divisão do trabalho (especialização) ● Burguês/capitalista detém os meios de produção e contrata operários ● Horário e ritmo de trabalho pré-estabelecidos ● Salário fixo ● Divisão do trabalho (especialização) ● ALIENAÇÃO ● Multiplicação rápida, constante e ilimitada do poder produtivo
  • 6. ● Alienação (Marx): o trabalhador, de artesão a proletário, perde a consciência da totalidade do processo produtivo ● Fetichismo da mercadoria: o capitalismo passa a ocultar as relações produtivas contidas na mercadoria, que se apresenta como tendo características inerentes a ela que lhe atribuem valor.
  • 7. Condições de vida da classe operária ● Jornadas de trabalho > 12 horas ● Salários insignificantes ● Condições insalubres das moradias e dos bairros operários Jovem carregando carvão numa mina da Inglaterra.
  • 8. Mão de obra feminina e infantil: barata e “dócil”
  • 9. O bairro operário segundo Engels “As casas são habitadas dos porões aos desvãos, são tão sujas no exterior como no interior e têm um tal aspecto que ninguém as desejaria habitar. Mas isto ainda não é nada comparado às habitações nos corredores e vielas transversais onde se chega através das passagens cobertas, e onde a sujeira e a ruína ultrapassam a imaginação; não se vê, por assim dizer, um único vidro inteiro, as paredes estão leprosas, os batentes das portas – quando as há – são feitas de pranchas velhas, pregadas uma as outras; (...) as portas são inúteis não há nada para roubar. Em toda parte montes de detritos e de cinzas e as águas vertidas em frente às portas acabam por formar charcos nauseabundos. É aí que habitam os mais pobres dos pobres, os trabalhadores mais mal pagos, com os ladrões, os escroques e as vítimas da prostituição, todos misturados” ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo, Global, 1986.
  • 10. O tempo como instrumento de controle na fábrica Nas sociedades pré-industriais o tempo era contado, medido e organizado em função das tarefas que se deviam realizar, ou seja, ligava-se aos ritmos da natureza, como o dia e a noite, o período de chuvas e o de seca(...). Antes do aparecimento das fábricas, portanto, o relógio não era necessário. Porém, quando as relações de trabalho se transformaram, mudou também a orientação que as pessoas tinham com relação ao tempo. O assalariamento gerou a necessidade de controlar a produtividade, ou seja, de criar uma jornada de trabalho. Simultaneamente, começaram a se difundir o relógio (...). Até o século XIX só os que tinham muito dinheiro possuíam relógios, ou seja, o instrumento era mais um símbolo de prestigio do que uma forma de medir o tempo. Sua difusão em massa coincide exatamente com a Revolução Industrial, quando marca o tempo passa a ser essencial.” De DECCA, Edgar. MENENGUELLO, Cristina. Fábricas e Homens: a Revolução Industrial e o cotidiano dos trabalhadores. São Paulo, Atual, 1999.
  • 11. Controle na fábrica, controle na escola
  • 12. A “disciplinarização dos corpos” ● Sociedade disciplinar (Michel Foucault) séc. XIX→ “Dentre todas as instituições disciplinares, a escola possui a maior abrangência, pois é nela que os indivíduos passam a maior parte da sua formação, até que estejam prontos para a vida adulta. O processo de disciplinarização dos corpos de crianças e jovens [...] ocorreu em locais arquitetonicamente preparados para aquele fim, isto é, locais cercados, quadriculados, com uma disposição espacial estudada e um mobiliário especialmente desenhado, sem falar na presença de especialistas preparados para a aplicação de exercícios para a mente e para o corpo.” (Pensar a educação depois de Foucault, In: Revista Cult) ● A docilização torna os corpos mais produtivos