SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 95
Baixar para ler offline
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
TECNOLOGIADAS CONSTRUÇÕESI
Obras de
Terraplenagem
Fonte: https://www.guiadoconstrutor.com.br/blog/afinal-o-que-e-
terraplanagem-e-para-que-serve Acesso dia 19/06/2023
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
2
Obra de terra que tem por fim modificar o
relevo natural de um terreno e que consiste
em 3 etapas distintas, ou seja, escavação,
transporte e aterro. A terraplenagem
aplicada em preparo do terreno para
edificações, geralmente de pequeno vulto,
comparada com a aplicada em estradas,
barragens, ete.
TERRAPLENAGEM
Adota-se a expressão movimento de
terra explicitamente na área da
construção de edifícios, onde a
preocupação maior é a saída e
entrada de terra no canteiro, deixando
em segundo plano como é feita a
escavação, carregamento, caminho
seguido para o aterro ou escavação.
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
3
Terraplanagem
Com base na planta e levantamento topográfico marcam-se os níveis da
obra.
Nesta fase são feitos os cortes no terreno e a movimentação de terra. Assim, é
feita a marcação do dimensionamento e níveis adequados ao projeto.
É muito importante a definição correta dos níveis.
Tipos de Movimento de Terra
Quando for necessário um movimento de terra é possível que se tenha uma
das seguintes situações:
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
4
a) CORTE;
b) ATERRO; ou
c) CORTE + ATERRO.
A situação "a)" geralmente é a mais desejável uma vez que
minimiza os possíveis problemas de recalque que o edifício possa
vir a sofrer. Por outro lado, quando se tem a situação “c)”, não se faz
necessária a retirada do solo para regiões distantes, minimizando
as atividades de transporte, uma vez que poderá haver a
compensação do corte com o aterro necessário.
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
5
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Níveis, cortes
Nesta fase geralmente utiliza-se um trator para o trabalho pesado.
Na movimentação de terra o ideal é que haja uma compensação entre
aterro e desaterro, tirando terra de um lado e passando para outro, para
que não haja necessidade de retirar ou colocar terra extra no terreno.
A área de aterro formada deverá ser compactada.
A utilização do trator geralmente é computada por hora e deve- se
planejar muito bem a atuação do tratorista para minimizar o tempo e o
trabalho.
6
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Equipamentos Usualmente Empregados na Escavação
Podem-se empregar equipamentos manuais ou mecânicos. Os
manuais constituídos, sobretudo pelas pás, enxadas e picaretas, são
empregados quando se tem pequeno volume de solo a ser
movimentado (até 100m³). Para volumes superiores, recomenda-se a
utilização de equipamentos mecânicos que permitem maior
produtividade, dentre os quais destacam-se, para uso em escavações
de edifícios:
7
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
8
O movimento de terra pode ser de quatro tipos
1) Manual - Dizemos que o movimento de terra é manual quando é executado pelo
homem através das ferramentas: pá, enxada e carrinho de mão.
2) Motorizado - Quando são usados para o transporte, caminhão ou basculante,
sendo que o desmonte ou a escavação poderá ser feita manualmente ou por
máquinas. Ex: "traxcavator", "draglines".
3) Mecanizado - Quando a escavação, carregamento e transporte é efetuado pela
própria máquina. Ex: "traxcavator", "scraper", "turnapull". O movimento de terra
mecanizado é utilizado em obras industriais de desenvolvimento horizontal.
4) Hidráulico - Quando o veículo transportador de terra é a água. Por exemplo,
dragagem.
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
draglines
traxcavator
9
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
turnapull
scraper
10
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Equipamentos Usualmente Empregados na Escavação
· pá-carregadeira (sobre pneus, sobre esteiras);
· escavo-carregadeira;
· retro-escavadeira;
· clam-shell;
· pá-carregadeira de pequeno porte;
· Escavadeira;
11
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Escavo-carregadeira
12
Retroescavadeira
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
pá-carregadeira de
pequeno porte
Clam-Shell
13
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
MOTONIVELADORA / PATROL
14
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
PÁ CARREGADEIRA
15
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
RETROESCAVADEIRA
16
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
CAÇAMBA
17
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
•Largura: 2,80 M
•Altura: 2,40 M
•Comprimento: 6,30 M
•Velocidade máxima: 80km/h
Caminhão basculante Trucado:
•Volume Máximo de Transporte:
12,0 m³
•Capacidade de Carga
(Caçamba): 13.000 KG
Caminhão basculante Toco:
•Volume Máximo de Transporte:
6,0 m³
•Capacidade de Carga
(Caçamba): 8.000 KG
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
18
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
1 - Meça o comprimento e largura da caçamba do
caminhão e multiplique essas dimensões para
encontrar a sua área. Vamos considerar uma
caçamba de 3,4m x 2,5 m.
.Área da caçamba = comprimento x largura
.Área da caçamba = 3,4 m x 2,5 m = 8,5 m2
2 - Depois, crave um vergalhão ou um sarrafo em
cinco pontos do material transportado - um em cada
canto da caçamba e um no centro - e anote as
alturas encontradas. Ex:
.Altura 1 = 80 cm = 0,80 m
.Altura 2 = 95 cm = 0,95 m
.Altura 3 = 92 cm = 0,92 m
.Altura 4 = 81 cm = 0,81 m
.Altura central = 105 cm = 1,05 m
3 - Encontre a altura média do monte de areia
somando os valores anotados e divida por 5.
.Altura média = altura 1 + altura 2 + altura 3 + altura 4
+ altura central / 5 .
.Altura média = 0,80 m + 0,95 m + 0,92 m + 0,81 + 1,05
m = 4,53 / 5 .
.Altura média = 0,906 m.
4 - Para encontrar o volume total de areia no
caminhão, multiplique a área da caçamba pela altura
média.
.Volume de areia = área da caçamba x altura média.
.Volume de areia = 8,5 m2 x 0,906 m
.Volume de areia = 7,701 m³.
5 - Vamos estimar o metro cúbico de areia custe R$
100,00. O valor total será = 7,701 x 100,00 = R$ R$ 707,00.
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
19
(1) Pá carregadeira; (2) Retroescavadeira; (3) Empilhadeira; (4) Escavadeira de esteira;
(5) Rolo compactador; (6) Motoniveladora; (7) Guindaste; (8) Caminhão munck; (9)
Caminhão betoneira.
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
20
O acerto da topografia do terreno, de
acordo com o projeto de implantação e o
projeto executivo, pode ser entendido como
um conjunto de operações de escavação,
aterros, carga, transporte, descarga,
compactação e acabamentos executados a
fim de passar de um terreno natural para
uma nova conformação (Cardão, 1969).
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
21
As etapas que influenciam no projeto de movimento de terra
são:
Sondagem do terreno;
Sequência da execução do edifício;
Níveis das construções vizinhas;
Localização do canteiro de obras.
Podemos executar, conforme o levantamento altimétrico,
cortes, aterros, ou cortes + aterros:
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
22
SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
23
O corte é facilitado quando não se tem
construções vizinhas, podendo fazê-lo maior.
Mas quando efetuado nas proximidades de
edificações ou vias públicas, devemos
empregar métodos que evitem ocorrências,
como: ruptura do terreno, descompressão
do terreno de fundação ou do terreno pela
água.
Cortes
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
24
No corte os materiais são classificados em:
- materiais de 1ªcategoria: são materiais que podem ser extraídos com
equipamentos convencionais de terraplenagem (trator de lâmina, “motoscraper”,
pás-carregadeiras) , incluindo eventual escarificação. Compreendem as terra em
geral, argila, rochas em decomposição e seixos com diâmetro máximo de 15cm.
- materiais de 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior
ao do granito. Exigem um desmonte prévio feito com escarificador ou emprego
descontínuo de explosivos de baixa potência
OBS.: Atualmente o material de 2ª categoria está sendo subdividido:
a) 2ª Categoria com material pré-escarificável
b) 2ª Categoria com o emprego descontínuo de explosivos e pré-escarificação
- materiais de 3ª categoria: rochas com resistência à penetração mecânica igual ou
superior ao granito. Materiais de elevada resistência mecânica que só podem ser
tratados com emprego exclusivo de explosivos de alta potência.
Cortes
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
25
No caso de cortes, deverá ser adotado um volume de solo
correspondente à área de projeção do corte multiplicada pela
altura média, acrescentando-se um percentual de empolamento
(Figura 5.2.1).
O empolamento é o aumento de volume de um material, quando
removido de seu estado natural e é expresso como uma
porcentagem do volume no corte. Por exemplo, o empolamento
de um solo superficial é de 43% (Tabela 5.2.1), significa que um
metro cúbico de material no corte (estado natural) encherá um
espaço de 1,43 metros cúbicos no estado solto.
Cortes
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Tabela 5.2.1 - Relação de Empolamentos (Manual Caterpillar, 1977)
Materiais %
Argila natural 22
Argila escavada, seca 23
Argila escavada, úmida 25
Argila e cascalho seco 41
Argila e cascalho úmido 11
Rocha decomposta
75% rocha e 25% terra
50% rocha e 50% terra
25% rocha e 75% terra
43
33
25
Terra natural seca 25
Terra natural úmida 27
Areia solta, seca 12
Areia úmida 12
Areia molhada 12
Solo superficial 43
OBS.: Quando não se conhece o tipo de solo, podemos considerar o empolamento
entre 30 a 40%
26
Cortes
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
27
Figura 1
𝑉𝑁 = 𝐴𝑏 𝑥 ℎ𝑚 𝑒 𝑉𝑠 = 𝑉𝑁 · (1 + 𝐸%)𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
Sendo 𝐴𝑏 = área de projeção do corte
ℎ𝑚 = altura média
𝑉𝑁 = volume natural ou volume no corte 𝑉
𝑐
𝑉𝑆 = volume solto
Cálculo empolamento
27
Empolamento:
O empolamento é um fenômeno físico que não pode ser desprezado pelo orçamentista.
Ele é muito importante no dimensionamento de frotas de equipamento, especialmente
aqueles de transporte. Se, por exemplo, o volume de corte é de 100.000m³, o total a ser
transportado em caminhões não é 100.000m³, mas 130.000m³.
Em termos de Volume:
𝐸 =
𝑉
𝑠 − 𝑉𝑁
𝑉𝑁
ou 𝐄 =
𝑽𝑺
𝑽𝑵
− 𝟏 𝑜𝑢 𝑉𝑆 = 𝑉𝑁 · 1 + 𝐸
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
28
E =
𝛾𝑁
𝛾𝑆
− 1 𝑜𝑢 𝛾𝑁 = 𝛾𝑆 · (1 + 𝐸)
Onde:
𝛾𝑁 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑡𝑢 − 𝑘𝑔/𝑚3
𝛾𝑆 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 − 𝑘𝑔/𝑚3
𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒔ã𝒐 − 𝝋𝟏 =
𝑽𝑵
𝑽𝑺
𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒
𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜
𝑜𝑢 𝑉𝑁 = 𝜑1 ∙ 𝑉
𝑠
Definido o fator de conversão, determinaremos a porcentagem de empolamento que é
dado pela expressão:
𝑃𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − 𝐸% =
1
𝜑1
− 1 · 100
Se em vez de volumes usarmos massas específicas (o que é bastante comum em ensaios
de laboratório),
Geralmente o volume de aterro deve ser corrigido pelo fator de empolamento ou
fator de conversão (𝜑1) que é exatamente a noção inversa do empolamento. Ele representa a
relação entre o volume no corte e o volume solto.
Cálculo empolamento
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
29
Cálculo empolamento – FATOR DE CONVERSÃO
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝜑1 =
1
(1 + 𝐸)
𝑉
𝑠 = 𝑉𝑁 ∙ (1 + 𝐸)
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
30
𝜑1 =
𝑉𝑁
𝑉𝑆
→
1,4𝑚3
1,6𝑚³
→ 0,875
𝐸 =
1
𝜑1
− 1 →
1
0,875
− 1 → 0,143 ou 𝐸% = 14,3%
𝜑1 =
1
1 + 𝐸
→
1
1 + 0,143
→ 0,875
𝑉𝑆 = 1 + 𝐸 · 𝑉𝑁 → 1 + 0,143 · 1,4m3 → 1,6m³
𝑉𝑁 = 𝜑1 · 𝑉𝑆 → 0,875 · 1,6m3 → 1,4m³
Fator de conversão
Empolamento:
Empolamento:
Caminho Inverso:
Volume Natural:
Volume Solto:
Cálculo empolamento
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
O terreno no estado natural apresenta um determinado estado de
compactação.
Após o desmonte
Tem-se uma expansão volumétrica considerável.
Desta forma tem-se:
Volume solto Vs > volume natural Vn.
Massa específica solta ( s) < massa específica natural (n)
➢ O fator de empolamento é definido pela relação entre
as massas específicas do material no estado solto em
relação ao material natural.
𝜑1 =
𝛾𝑠
𝛾𝑁
< 1
Conceitos - Empolamento
31
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Como a terraplenagem é paga pelo volume medido no corte, portanto com a
massa específica natural, convém sempre referir-se o volume a seu estado natural
ou seja de corte.
𝜑1 =
𝑉𝑁
𝑉
𝑠
𝑉𝑁 = 𝜑1. 𝑉
𝑠 𝑉𝐶 = 𝜑1. 𝑉
𝑠
𝜑1- O fator de empolamento
𝑉𝑁 - Volume Natural ou 𝑉𝐶 - Volume Corte
𝑉
𝑠 - Volume Solto
Conceitos - Empolamento
32
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
➢ Chama-se porcentagem de empolamento (𝐸%) à relação:
𝐸% =
1
𝜑1
− 1 · 100
✓ Os solos naturais apresentam expansões volumétricas diferentes,
gerando diversos valores de 𝝋𝟏 e 𝑬%. De modo geral, quanto maior as
porcentagens de finos (argila e silte), maior será essa expansão. Ao
contrário, os solos arenosos, com pequenas porcentagens de finos, sofrem
pequeno empolamento.
Conceitos - Empolamento
33
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
34
Cálculo empolamento
𝜑1 =
𝛾𝑆
𝛾𝑁
𝛾𝑆
𝛾𝑁
E =
𝛾𝑁
𝛾𝑆
− 1
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
A necessidade de terraplenagem em um terreno 30x90m em
argila e cascalho seco, com apenas 1% de declividade no
sentido transversal. Qual o volume de corte e de transporte?
Exemplo 01:
𝐻 = 30𝑚 ∙ 1% = 0,3𝑚
𝑉𝑁 =
(30 ∙ 90) ∙ 0,3
2
→ 405𝑚³
𝑉
𝑠 = 𝑉𝑁 ∙ (1 + 𝐸) → 𝑉
𝑠 = 405 ∙ 1,41 → 𝑉
𝑠 = 571𝑚³
A Importância do Movimento de Terra nas
Obras de Edifícios
35
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Exemplo 02:
Qual a metragem paga para um scraper com capacidade de 20 m³, numa área de terreno argilo-
siltoso com E = 25%?
𝑉𝑁 =
𝑉
𝑠
1 + 𝐸
20
1 + 0,25
→ 16𝑚³
Ou seja, 16 m³ de solo natural equivalem a 20 m³ do mesmo material, empolado.
Cálculo empolamento
36
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Exemplo 03:
O custo de escavação de um solo comum seco é de R$10,00/m³ no corte. Se em um
pequeno serviço foi contratado prevendo-se o pagamento do mesmo através do controle
de volume por número de viagens de caminhões, qual será o valor referente ao custo de
escavação por viagem na composição de preço, sabendo-se que:
E = 0,3
Capacidade do caminhão = 6m³
R.: O custo de escavação é obtido no corte, logo:
𝑉𝑁 =
𝑉
𝑠
1 + 𝐸
𝑉𝑁 =
6
1 + 0,3
→ 4,615 𝑚³
Custo = 4,615 m³ x R$10,00/m³ = R$ 46,15 por viagem
Cálculo empolamento
37
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
• Analogamente ao empolamento, quando uma quantidade de terra é lançada em
um aterro e compactada mecanicamente, o volume final é diferente daquele que a
mesma massa ocupava no corte. A essa diminuição volumétrica dá-se o nome de
contração (compactação).
• Se 1 m³ de solo (no corte) "contrai-se" para 0,8 m³ (aterro) após compactado, a
contração (compactação) (C) é de 20%.
• O fenômeno varia com o tipo e a umidade do material, o tipo de equipamento de
compactação, a espessura das camadas do aterro, etc.
Terraplenagem - Compactação
38
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
 Redução ou Compactação (C):
 É a diminuição de volume experimentada pelo material, por efeito da
compactação durante a implantação do aterro.
 Diminuição do volume de vazios do solo natural.
 É definido como:
𝐶 =
𝑉𝑁−𝑉𝐴
𝑉𝑁
𝑜𝑢 𝑪 = 𝟏 −
𝑽𝑨
𝑽𝑵
Sendo:
 𝐶 – Compactação
 𝑉𝑁 – volume natural (corte);
 𝑉𝐴 – volume do aterro (compactado).
Se em vez de volumes usarmos massas específicas (o que é bastante comum em
ensaios de laboratório), 𝐶 = 1 −
𝛾𝑁
𝛾𝐴
ou 𝐶 = 1 − 𝜑2
Terraplenagem - Compactação
Fator de Compactação
ou Retração ou
redução de forma (𝝋𝟐)
39
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
✓Fator de Compactação ou Retração (𝝋𝟐)
O volume a seu estado natural, é o volume de corte (𝑉𝑁 → 𝑉𝐶)
𝑉𝐴 = 𝜑1·𝜑2·𝑉𝑆 𝑉𝐴 = 𝜑2·𝑉
𝑁 𝑉𝑁 = 𝜑1·𝑉𝑆
Onde: 𝜑1 - Fator de Empolamento 𝜑2 - Fator de Compactação 𝑉𝐴 - Volume de Aterro 𝑉𝑁 - Volume Natura
Em razão da diversidade dos solos e das diferentes energias de compactação
empregadas é bastante difícil estimar-se a relação 𝑉𝐴: 𝑉𝑁 .
Todavia, para a terra comum (solo argilo-siltoso, com areia) pode-se admitir uma
redução volumétrica de 5% a 15%, em relação ao volume no estado natural.
 Conhecido 𝑉𝐴 , pode-se conhecer 𝑉𝑁 segundo:
𝑓ℎ =
1
1−𝐶
𝑉𝑁 =
1
1−𝐶
∙ 𝑉𝐴
 Com 𝒇𝒉 = fator de homogeneização
Terraplenagem - Compactação
40
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
 geralmente os volumes de aterros devem ser corrigidos por um fator
de homogeneização, sendo denominado volume corrigido dos
aterros o produto entre o volume geométrico e o fator de
homogeneização, 𝑓ℎ = 1,05 a 1,30
 Então: 𝑉𝑁 = 𝑓ℎ ∙ 𝑉𝐴 𝑓ℎ =
𝑉𝑁
𝑉𝐴
𝑓ℎ =
1
𝜑2
 𝑉𝑁 – volume natural ou de corte;
 𝑉𝐴 – volume do aterro (compactado)
Com a relação entre pesos específicos e conhecidos γ𝐴 e γN, é possível
encontrar o fator de homogeneização - 𝒇𝒉.
𝑓ℎ =
γ𝐴
γ𝑁
Terraplenagem - Compactação
41
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
𝑉𝐴 = 𝐴𝑏. ℎ𝑚 ∙ 𝒇𝒉
Sendo 𝑉𝐴= volume do aterro
𝐴𝑏 = área de projeção do aterro
ℎ𝑚 = altura média
𝑓ℎ = fator de homogeneização
Compactação e Aterros
𝜑2 =
𝑉𝐴
𝑉𝑁
𝑜𝑢 𝑉𝐴 = 𝜑2 · 𝑉𝑁
Fator de compactação (Retração) ou redução de forma :
Em resumo temos: Em termos de densidade:
𝜑2 =
𝛾𝑁
𝑘𝑔
𝑚3
𝛾𝐴
𝑘𝑔
𝑚3
𝑜𝑢 𝛾𝑁 = 𝜑2 · 𝛾𝐴
42
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Compactação e Aterros
𝜑2 =
𝑉𝐴
𝑉𝑁
→
1,0𝑚3
1,4𝑚³
→ 0,714
𝑉𝐴 = 𝜑2 · 𝑉𝑁 → 0,714 · 1,4m³ → 1,0m³
Fator de Compactação direto do solo Natural para o Aterro
43
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Compactação e Aterros
𝑬𝒎𝒑𝒐𝒍𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 − 𝑬 =
𝑽𝑺
𝑽𝑵
− 𝟏
Fator de 𝑬𝒎𝒑𝒐𝒍𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 − 𝝋𝟏 =
𝑽𝑵
𝑽𝑺
Redução ou Compactação − 𝑪 = 𝟏 −
𝑽𝑨
𝑽𝑵
Fator de Compactação ou Contração − 𝝋𝟐 =
𝑽𝑨
𝑽𝑵
Fator de homogeneização − 𝒇𝒉 =
𝑽𝑵
𝑽𝑨
RESUMÃO:
𝑬𝒎𝒑𝒐𝒍𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕 𝑵𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂𝒍 − 𝑬𝑵 =
𝑽𝑺
𝑽𝑵
𝑬𝒎𝒑𝒐𝒍𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕 𝑨𝒕𝒆𝒓𝒓𝒐 − 𝑬𝑨 =
𝑽𝑺
𝑽𝑨
𝑪𝒐𝒎𝒑𝒂𝒄𝒕𝒂çã𝒐 𝑺𝒐𝒍𝒕𝒐 − 𝑪𝑺 =
𝑽𝑨
𝑽𝑺
𝒇𝒉 =
𝟏
𝟏−𝑪
𝝋𝟏 =
𝟏
𝟏 + 𝑬
𝝋𝟐 = 𝟏 − 𝑪
44
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
45
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜(𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎):
𝜑2 = 1 − 𝐶 → 1 − 0,1 → 0,9 OU 90%
𝜑2 − 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒 𝑎 100% 𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝑟𝑒𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜)
𝜑2 =
𝐸𝑁 =
𝜑1 =
𝑓ℎ =
Natural
Aterros e reaterros
Compacta
𝐶𝑆 = 0,69
𝐸𝐴 = 1,44
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
46
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑔𝑒𝑛𝑒𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 (𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝜑2):
𝑓ℎ =
1
𝜑2
→
1𝑚3
(1 − 0,1)
→
1m3
0,9
→ 1,111
𝜑2 − 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜
𝜑2 =
𝐸𝑁 =
𝜑1 =
𝑓ℎ =
Natural
Aterros e reaterros
Compacta
𝐶𝑆 = 0,69
𝐸𝐴 = 1,44
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
47
𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜:
𝐸𝑁 = 1 + 𝐸% → 1 + 0,3 → 1,3
Compactação 𝑑𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 (𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑁): :
𝜑1 =
1
𝐸𝑁
→ 𝜑1 =
1
1+𝐸%
→ 𝜑1 =
1
1,3
→ 0,77m³
Aterros e reaterros
𝜑2 =
𝐸𝑁 =
𝜑1 =
𝑓ℎ =
Natural
Compacta
𝐶𝑆 = 0,69
𝐸𝐴 = 1,44
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
48
𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 (𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝐶𝑆): :
𝐸𝐴 = 1 + 𝐸% · 𝑓ℎ → 𝐸𝐴 = 1 + 0,3 · 1,111 → 1,44m³
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜:
𝐶𝑆 =
1
1+𝐸%
· 𝜑2 → 𝐶𝑆 = 𝜑1 · 𝜑2 → 0,77 · 0,9 → 𝐶𝑆 = 0,69m3(arredond. = 0,7)
Aterros e reaterros
𝜑2 =
𝐸𝑁 = 𝐶𝑆 = 0,69
𝜑1 = 𝐸𝐴 = 1,44
𝑓ℎ =
Natural
Compacta
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
49
Aterros e reaterros
𝜑2 =
𝐸𝑁 =
𝜑1 =
𝑓ℎ =
Natural
Compacta
𝐸𝐴 = 1,44
𝐶𝑆 = 0,69
𝐕𝐒 = 𝟏, 𝟒𝟒𝐦³
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
50
Conclui-se, portanto, que para a execução de 1
m³ de aterro será necessário escavar 1,11 m³ e
transportar 1,43 m³.
Aterros e reaterros
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
A importância desta atividade no contexto da execução de edifícios
convencionais decorre principalmente do volume de recursos humanos,
tecnológicos e econômicos que envolvem.
A título de ilustração, tomem-se as seguintes situações:
a) necessidade de terraplenagem em um terreno de dimensões 20x50m, com
apenas 1% de declividade;
b) o mesmo terreno descrito em "a", com a necessidade de escavação de dois
subsolos, com 800m² de área cada um.
A Importância do Movimento de Terra nas
Obras de Edifícios
51
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Tabela 5.1 - Exemplos da influência do fator de empolamento
Tipo de
solo
Estado do
solo
Fator de
Empolamento
areia
natural 1,00 1,11 0,95
solta 0,90 1,00 0,86
compactada 1,05 1,17 1,00
argila
natural 1,00 1,43 0,90
solta 0,70 1,00 0,63
compactada 1,11 1,59 1,00
Estado do
solo
Natural solta compactada
𝝋𝟐
𝒇𝒉
𝝋𝟏
Exemplos da influência do fator de
empolamento
𝑬𝑵
𝑬𝑨
𝐀𝐭𝐞𝐫𝐫𝐨
Areia: 𝐄𝐦𝐩𝐨𝐥𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝟏𝟏% 𝐞 𝐑𝐞𝐚𝐭𝐞𝐫𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝟓%
Argila: 𝐄𝐦𝐩𝐨𝐥𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝟒𝟑% 𝐞 𝐑𝐞𝐚𝐭𝐞𝐫𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝟏𝟎%
𝑪𝑺
52
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
•Serão movimentados 250m³ de solo natural, os quais, considerando-se um fator de
empolamento de 1,43 (argila natural para solta).
Respostas:
𝐻 = 50𝑚 ∙ 1% = 0,5𝑚
𝑉
𝑐 =
(20 ∙ 50) ∙ 0,5
2
→ 250𝑚³
𝑉
𝑠 = 𝑉
𝑐∙E = 250m³ ∙ 1,43 = 357,5m³
• Serão transformados em aproximadamente 358m³, o que exigirá cerca de 60
viagens de caminhões (com capacidade de 6,0m³) para a sua completa remoção.
• Supondo 24 viagens por dia, pelo menos dois dias e meio de trabalho contínuo.
A Importância do Movimento de Terra nas
Obras de Edifícios
53
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
•No segundo caso, a situação é mais crítica, pois se considerado um
pé-direito de 3,0m para cada subsolo, deverá ser feita uma escavação
de aproximadamente 4.800m³, os quais, considerando-se as mesmas
características do solo anterior, resultarão num movimento de terra
da ordem de 7.222m³ de solo, o que exigirá a retirada de 1.204
caminhões (de 6,0m³) a ser realizada em pelo menos 50,1 dias úteis
de trabalho, ou seja, desconsiderando-se os dias de chuva e aqueles
necessários aos serviços de execução das contenções e drenagem.
Respostas: b) o mesmo terreno descrito em "a", com a necessidade
de escavação de dois subsolos, com 800m² de área cada um.
A Importância do Movimento de Terra nas
Obras de Edifícios
54
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Em grandes obras de terra, o cálculo do empolamento e contração é feito através
de ensaios de densidade (massa específica) em laboratório.
Vejamos um exemplo.
As massas específicas no corte, solta e compactada eram respectivamente:
Com esses valores, podem-se calcular o empolamento e o fator
de contração e montar o quadro de volumes:
Note que, com esses dois parâmetros, conseguimos deduzir todos os demais
fatores de correlação volumétrica:
𝛾𝑁=2,10t/m³
𝛾𝑆= 1,50t/m³
𝛾𝐴=2,36t/m³ 𝑬 =
2,10
1,50
− 1 = 40%
𝝋𝟐 − Corte → 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 = 𝛾𝑁/ 𝛾𝐴
𝑬𝑵 − Corte → 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 = (𝛾𝑁/ 𝛾𝑆)
𝑪𝑺 − 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 → 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 = 𝛾𝑆/ 𝛾𝐴
𝝋𝟏 − 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 → 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 = 𝛾𝑆/ 𝛾𝑁
𝑬𝑨 − 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 → 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 = 𝛾𝐴/ 𝛾𝑆
𝒇𝒉 − 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 → 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 = 𝛾𝐴/ 𝛾𝑁
𝝋𝟐
𝒇𝒉
𝝋1
𝑬𝑵
Terraplenagem
𝝋𝟐 =
2,10
2,36
= 89%
𝑬𝑨
𝑪𝑺
55
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Exemplo 04:
Num serviço de terraplenagem deseja-se encontrar a quantidade de terra a ser
cortada para fazer um aterro com 50 m³. Pede-se também o volume de terra solta a
ser transportada. Dados:
Redução volumétrica (Compactação) de 10%
Empolamento de 25%
𝑉𝑁 =
1
1 − 𝐶
∙ 𝑉𝐴
𝑉𝑁 =
1
1 − 0,1
∙ 50𝑚³ → 55,55 𝑚3
𝑉
𝑠 = 𝑉𝑁 ∙ 1 + 𝐸
𝑉
𝑠 = → 55,55 ∙ 1 + 0,25 → 69,437𝑚³
Conclui-se, portanto, que para fazer um aterro com volume final de 50m³ é
necessário escavar 55,55 m³ e transportar 69,4 m³ de terra.
Terraplenagem - Compactação
56
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Um terreno com declividade acentuada, com possibilidade de compensação entre corte e
aterro, ℎ = 1,50 m e área de projeção de 800 m² de corte e H = 3,7 m, sendo área de projeção
do aterro 1200 m² e desnível de 2,00m. Considere como material a argila. Quais os volumes
de cortes e de aterros? Será necessário carga de transporte?
Exemplo 05:
𝐻𝑚 =
𝐻 + ℎ
2
→ 𝐻𝑚 =
3,7 + 1,5
2
→ 𝐻𝑚 = 2,6𝑚
𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒
𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜
𝑉𝑁 = 800𝑚2 ∙ 2,6𝑚 = 2.080𝑚³
𝑉𝑁 = 𝑓ℎ ∙ 𝑉𝐴 → 𝑉𝑁 = 𝑓ℎ·(ab · ℎ𝑚)
→ 𝑉𝑁 =1,11·(1.200 · 1,75) → 𝑉𝑁 =2.331m³
𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒
𝐻𝑚 =
𝐻 + ℎ
2
→ 𝐻𝑚 =
2 + 1,5
2
→ 𝐻𝑚 = 1,75𝑚
𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜
carga de transporte → 𝑉𝑁 = 2.080𝑚³- 𝑉𝑁 =2.331m³ → -251,0 m³ ≈ falta 42 caminhões de 6m³
A Importância do Movimento de Terra nas
Obras de Edifícios
57
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Exemplo 06:
Admitindo-se como parâmetros médios 𝛾𝑁= 1,7 t/m³ e 𝛾𝐴 = 𝛾𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑎 = 1,9 t/m²,
calcular o volume de corte necessário para um aterro de 50.000 m³.
Dado: Custo de escavação – R$ 0,30/m³
Custo de transporte – R$ 2,00/ m³
Custo de compactação – 0,70/m³
Capacidade volumétrica do caminhão transportador (Truck ) = 12m³
Empolamento do material – E=21%
Pede-se: calcular o número de viagens do caminhão e o custo de terraplenagem no
caso anterior.
A Importância do Movimento de Terra nas
Obras de Edifícios
58
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Resolução:
𝑓ℎ =
γ𝐴
γ𝑁
𝑓ℎ =
1,9
1,7
→ 1,1176 (fator de homogeneização)
𝑉𝑁 = 𝑓ℎ ∙ 𝑉𝐴
𝑉𝑁 = 1,1176 ∙ 50.000𝑚3 → 55.880𝑚3(vol. de corte)
𝑉
𝑠 = 𝑉𝑁 ∙ 1 + 𝐸
𝑉
𝑠 = 55882,35 ∙ 1 + 0,21 → 67.615𝑚³(vol. a ser transportado)
Nº de viagens =
67.615𝑚3
12
→ 5.635 𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠
Custo de transporte = 67.615𝑚3 ∙ 𝑅$2,00 → 𝑅$135.230,0
Custo de escavação = 55.880𝑚3 ∙ 𝑅$0,30 → 𝑅$16.764,0
Custo de compactação = 50.000𝑚3 ∙ 𝑅$0,70 → 𝑅$35.000,00
Total = R$ 186.994,00
A Importância do Movimento de Terra nas
Obras de Edifícios
59
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
60
1 – A necessidade de terraplenagem em um terreno
30x90m em argila e cascalho seco, com apenas 1%
de declividade no sentido transversal. Qual o
volume de corte?
EXERCÍCIOS
30m
0,3m
𝑉𝑁 =
30𝑚 · 0,3𝑚
2
· 90𝑚
𝑉𝑁 = 405 𝑚³
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
61
2 – O terreno de dimensões 25x40m, com apenas 1,5% de
declividade no sentido longitudinal em areia, com a
necessidade de escavação de um subsolo com 3m de pé
direito, com 900m² de área. Qual o volume de corte e de
movimentação de terra considerando material areia?
40m
0,6m
𝑉𝑁 =
40𝑚 · 0,6𝑚
2
· 25𝑚 + (900𝑚2 · 3𝑚)
𝑉𝑁 = 3.000 𝑚³
Considerando empolamento de E = 12%
𝑉𝑆= 𝑉𝑁 · (1 + 𝐸)
𝑉𝑆= 3.000𝑚³ · (1 + 0,12)
𝑉𝑆= 3.360 𝑚³
900m²
3,0m
EXERCÍCIOS
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
62
3 – Um terreno com declividade acentuada, com possibilidade de
compensação entre corte e aterro, possui área de projeção de 800 m²
de corte com a menor altura de h = 1,50 m e a maior com H = 3,7 m. A
área de projeção do aterro é de 1.200 m² e possui desnível de 2,00m.
Quais os volumes de cortes e de aterros? Será necessário carga de
transporte? Considere empolamento de 35% e reaterro de 10%
𝐸𝑁 = 1 + 0,35 → 𝑥 1,35
𝜑2 = 1 − 0,1 → 𝑥 0,9
𝜑1 =
1
1 + 0,35
→ 𝑥 0,741
𝑓ℎ =
1
1 − 0,1
→ 𝑥 1,11
𝐶𝑆 =
1
1 + 0,35
· 0,9 → 𝑥 0,667
𝐸𝐴 = 1 + 0,35 · 1,11 → 𝑥 1,5
EXERCÍCIOS
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
63
3 – Um terreno com declividade acentuada, com possibilidade de
compensação entre corte e aterro, possui área de projeção de 800 m²
de corte com a menor altura de h = 1,50 m e a maior com H = 3,7 m. A
área de projeção do aterro é de 1.200 m² e possui desnível de 2,00m.
Quais os volumes de cortes e de aterros? Será necessário carga de
transporte? Considere empolamento de 35% e reaterro de 10%
3,7m
𝑉𝑁 = 800𝑚2 · 2,6𝑚 → 2.080 𝑚³ Volume a Aterrar : 𝑉𝐴 = 1.200𝑚2 ·
2𝑚
2
→ 1.200 𝑚³
1,5m
Corte
3,7𝑚 + 1,5𝑚
2
→ 2,6𝑚 2,0m
Aterro
Resultado: 2.080 𝑚3 − 1.333,33 𝑚3 = 746,67 𝑚3
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑟: 𝑉𝑁 =
𝑉𝐴
(1 − 𝐶)
→
1.200
(1 − 0,1)
→ 1.333,33 𝑚³
𝑆𝑒𝑟𝑖𝑎 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑢𝑚 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑉𝑆 = 746,67 · 1,35 = 1.008 𝑚³
EXERCÍCIOS
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
64
Na execução da terraplenagem em um terreno para a
implantação de um aeroporto, foi necessário, na movimentação
de terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado, mediu-
se o volume de 1.200 m3 de solo aterrado. Por meio do controle
tecnológico conduzido, verificou-se que a densidade do solo
compactado era de 2.030 kg/m³, a densidade natural era
de 1.624 kg/m3 e a densidade solta era de 1.160 kg/m3.
DESAFIO
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
65
Na execução da terraplenagem em um terreno para a
implantação de um aeroporto, foi necessário, na movimentação
de terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado, mediu-
se o volume de 1.200 m3 de solo aterrado. Por meio do controle
tecnológico conduzido, verificou-se que a densidade do solo
compactado era de 2.030 kg/m³, a densidade natural era
de 1.624 kg/m3 e a densidade solta era de 1.160 kg/m3.
Dados:
𝛾𝑁=1.624 kg/m³
𝛾𝑆=1.160 kg/m³
𝛾𝐴=2.030 kg/m³
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜: 𝑉𝐴 = 1.200 𝑚³
E =
𝛾𝑁
𝛾𝑆
− 1 →
1.624𝑘𝑔/𝑚³
1.160𝑘𝑔/𝑚³
− 1 → 0,4
𝜑2 =
𝛾𝑁
𝛾𝐴
→
1.624𝑘𝑔/𝑚³
2.030𝑘𝑔/𝑚³
→ 0,8
𝜑2 =
𝑉𝐴
𝑉𝑁
→ 𝑉𝑁 =
𝑉𝐴
𝜑2
→
1.200𝑚³
0,8
→ 1.500𝑚³ 𝑉𝑆= 𝑉𝑁 · 1 + 𝐸 → 1.500𝑚³ · 1 + 0,4
𝑉𝑆= 2,100𝑚³
Considerando um caminhão de 6m³:
2,100𝑚3
6𝑚3
→ 350 𝑉𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠
DESAFIO
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
66
Exemplos:
Na construção de uma barragem com 1.200.000m³, tenho os seguintes dados:
Reaterro = 10%, Empolamento = 22%. O empreiteiro forneceu orçamento pelo
volume transportado de R$ 6,0m³/Km – Distância = 3,2 Km. Considere:
𝑉𝐴 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜) → 1.200.000𝑚³
𝑉𝑆 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 (𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜) → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜
𝑉𝑁 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 (𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑣𝑎𝑑𝑜)
Dados: Reat. = 10% Emp. = 22%
𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 → E =
𝑉𝑆
𝑉𝑁
− 1 𝑜𝑢 𝑉𝑆 = 𝑉𝑁 · (1 + 𝐸)
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 → 𝜑1 =
𝑉𝑁
𝑉𝑆
𝑜𝑢
1
(1+𝐸)
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 → 𝐶 = 1 −
𝑉𝐴
𝑉𝑁
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 → 𝜑2 = 1 − 𝐶
EXERCÍCIOS
Devemos calcular o volume solto pois o
orçamento do empreiteiro é referente a volume
transportado:
𝜑2 =
𝑉
𝐴
𝑉𝑁
→ 𝑉𝑁 =
𝑉
𝐴
(1 − 𝐶)
→
1.200.000
(1 − 0,1)
𝑉𝑁 = 1.333.333𝑚³
𝑉𝑆= 𝑉𝑁 · 1 + 𝐸 → 1.333.333𝑚³ · 1 + 0,22
𝑉𝑆= 1.626.667𝑚³
Cálculo do preço: R$ 6,0m³/Km →
𝑅$ 6,00
𝑘𝑚
· 1.626.667𝑚3
· 3,2𝑘𝑚 → 𝑅$ 31.232.006,40
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
67
Exemplos:
Na construção de uma barragem com 1.200.000m³, tenho os seguintes dados:
Reaterro = 10%, Empolamento = 22%. O empreiteiro forneceu orçamento pelo
volume transportado de R$ 6,0m³/Km – Distância = 3,2 Km. Considere:
𝑉𝐴 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜) → 1.200.000𝑚³
𝑉𝑆 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 (𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜) → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜
𝑉𝑁 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 (𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑣𝑎𝑑𝑜)
EXERCÍCIOS
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
68
Exemplos:
Em uma obra, o equipamento scraper (26 m³) deu 120 viagens, transportando
material de 1ª categoria – (E=32%). O preço por m³/Km é de R$1,30 (Medido no
corte). O centro de massa da jazida está a 1,6 Km da obra. Qual o preço da
terraplanagem?
𝑉𝑆= 120 · 26𝑚3
→ 3.120𝑚³
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 → 𝜑1 =
1
(1 + 𝐸)
→
1
(1 + 0,32)
→ 0,7575
𝜑1 =
𝑉𝑁
𝑉𝑆
→ 𝑉𝑁 = 𝑉𝑆 · 𝜑1 → 3.120𝑚3
· 0,7575 → 2.363,4𝑚3
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 = 2.363,4𝑚3
· 𝑅$ 1,30 · 1,6𝑘𝑚 → 𝑅$ 4.916,0
EXERCÍCIOS
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
MOVIMENTO DE TERRA - Cálculo de volumes
69
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
MOVIMENTO DE TERRA - Cálculo de volumes
70
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Esta fórmula é
largamente
empregada em
estradas e ferrovias,
nos cálculos de corte
e aterro.
Cálculo de volumes - Método das seções
transversais
71
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Cálculo de volumes - Método das seções
transversais
72
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Cálculo de volumes - Método das seções
transversais
73
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Estimativa das áreas da seção transversal com auxílio de software
Cálculo de volumes - Método das seções
transversais
74
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
- A execução de cortes ou empréstimos determina o surgimento
de volumes que deverão ser transportados para aterros ou bota-
foras;
- Dependendo da topografia do segmento, caracterizam-se dois
tipos distintos de compensação de volumes:
- Compensação longitudinal;
- Compensação lateral
Compensação de volumes
75
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
➢ Compensação longitudinal
❑ - Escavação em corte pleno ou escavação provém de empréstimo não
lateral a aterro. Neste caso, todo o volume extraído será transportado
para segmentos diferentes daqueles de sua origem:
❑ - de corte para aterro (corte pleno, bota-fora);
❑ - de empréstimo para aterro, unicamente.
❑ - Escavação do corte é em seção mista onde o volume de corte
supera o volume de aterro. O volume excedente terá destinação a
segmento distinto do de origem.
Compensação de volumes
76
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
➢ Compensação Lateral (ou Transversal):
❑ - Caracteriza-se pela utilização de material escavado no mesmo
segmento em que se processou a escavação;
❑ - É o caso de segmentos com seções mistas ou em que a situação do
terreno apresente pequenos aterros disseminados em cortes plenos ou
vice-versa.
Compensação de volumes
77
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Compensação de volumes
78
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Compensação de volumes
79
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
a) Aberturas e melhorias de caminho de serviço
- Garante o acesso dos equipamentos
b) Desmatamento, destocamento e limpeza
- Uso de tratores de esteira
- Moto serras
- Retirada de aproximadamente 50 cm da camada vegetal
c) Instalação do canteiro de obras
d) Locação topográfica (p/ estradas)
- Marcação do eixo
- marcação do off-set (taludes de corte e aterro)
e) Consolidação dos terrenos de fundação e aterro.
- substituição da camada de solo pouco resistente (solo ruim)
- Lançamento da camada de rachão de pedras
- Implantação de drenos verticais para acelerar a consolidação
- Construção do aterro
ATIVIDADES PRELIMINARES -
TERRAPLENAGEM
80
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
81
Para os aterros as superfícies deverão ser
previamente limpas, sem vegetação nem
entulhos. O material escolhido para os aterros e
reaterros devem ser de preferência solos
arenosos, sem detritos, pedras ou entulhos.
Devem ser realizadas camadas sucessivas de no
máximo 30 cm, devidamente molhadas e
compactadas manual ou mecanicamente.
Aterros e reaterros
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
82
Quando o nível de compactação for baixo, isto é, não é
fundamental para o desempenho estrutural do edifício,
é possível utilizar pequenos equipamentos, como os
compactadores mecânicos (sapos), os soquetes manuais
(25 a 30 kg), ou os próprios equipamentos de
escavação.
Quando o nível de exigência é maior devem se procurar
equipamentos específicos de compactação, tais como
compactadores lisos e rolos pé de carneiro (Barros,
2006).
Antes da compactação deve ser feito o ensaio de
Proctor para verificação da umidade ótima.
Aterros e reaterros
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
83
1 - Depositar os materiais de escavação a
uma distância superior à metade da
profundidade do corte.
2 - Os taludes instáveis com mais de 1,30m
de profundidade devem ser estabilizados
com escoramentos.
3 - Estudo da fundação das edificações
vizinhas e escoramentos dos taludes.
Noções de segurança para movimentação de
terra
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
84
4 - Sinalizar os locais de trabalho com placas
indicativas.
5 - Somente deve ser permitido o acesso à obra
de terraplenagem de pessoas autorizadas.
6 - A pressão das construções vizinhas deve ser
contida por meio de escoramento.
Noções de segurança para movimentação de
terra
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
85
Noções de segurança para movimentação de
terra
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
86
Noções de segurança para movimentação de
terra
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
87
Noções de segurança para movimentação de
terra
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
Podemos contratar os serviços de movimento de terra através do:
A) aluguel de equipamentos: neste caso deve ser pago a máquina de
escavação por hora e os caminhões para a retirada do solo. É indicado para
obras com grandes movimentos de terra.
b) Empreitada global: A empresa contratada realiza e é remunerada por
todos os serviços (escavação e retirada de material). Para esse tipo de
contratação é necessário calcular o volume de solo tanto para corte como
para o aterro.
c) Empreitada por viagem: Neste tipo de contratação a remuneração pelo
serviço é efetuada por caminhão (volume retirado ou colocado). O aluguel da
máquina está incluso no preço da viagem, e deve-se registrar o número de
viagens. Este sistema é indicado para obras com pequeno movimento de
terra.
Sistemas de contratação dos serviços de
movimento de terra
88
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
89
A produção sofre a influência de três fatores básicos:
1-Tempo
2-Material
3-Eficiência
PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
O empreiteiro tem certa quantidade
de m³ de terra para ser removida, em
determinado prazo
A partir daí pode determinar quantos m³
devem ser removidos por hora de trabalho
Para saber se tem condições de realizar o
trabalho
Deve saber quantos m³/h pode remover
com seu equipamento
Para isso deve saber o que cada máquina
pode fazer
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
90
Providências a serem tomadas para reduzir o tempo fixo:
a) sempre que possível, organizar o serviço de modo que o
carregamento seja feito da parte mais alta para a mais baixa;
b) eliminar o tempo de espera;
c) em alguns casos a desagregação do solo é uma necessidade
para maior facilidade no carregamento.
Para reduzir o tempo variável é preciso planejar cuidadosamente
a localização das estradas e vias de transporte. Não obstante a
linha reta ser a distância mais curta entre dois pontos, convém,
algumas vezes, dar voltas para evitar rampas fortes e
congestionamento.
PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
91
PRODUÇÃO - viagens por hora e metros cúbicos por viagem
determinam· a produção das máquinas. Conhecendo-se o tempo de
ciclo, que é a soma dos tempos fixos e variáveis, calcula-se o número
de viagens por hora.
𝑉𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎 =
60 𝑚𝑖𝑛
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 (𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠)
A produção horária é calculada conhecendo-se o número de viagens
ou ciclos por hora.
Produção horária (m³ medidos no corte) = m³ por viagem (medido no
corte) x viagens por hora.
PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
92
Fator de Eficiência: Eficiência de trabalho é um dos elementos mais complexos no
cálculo de produção, pois é influenciado por fatores como:
-Experiência do Operador
-Pequenos Consertos e Ajustamentos
-Atrasos Pessoais
-Atrasos Causados pelo Plano Geral de Trabalho
PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
93
Pás mecânicas: Quando os conjuntos transportadores são carregados por
meio de pá mecânica, é preciso calcular o número de conjuntos necessários
para conservar a pá mecânica trabalhando todo o tempo. Para isso, é preciso
assumir que a pá mecânica trabalhe os 60 min de cada hora, pois do outro
modo não se teria a certeza de que a capacidade dos conjuntos de
transportes seria adequada todo o tempo.
O número de conjuntos de transportes necessários podem ser encontrado por
meio da seguinte expressão:
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜𝑠 =
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑎 𝑝á 𝑚𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑎
𝑚3
ℎ
𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
𝑚3
ℎ
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒
PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
94
As condições que influem no rendimento da pá mecânica são:
a) curva que faz a lança em seu movimento giratório para
alcançar o caminhão;
b) tipo do material com que se trabalhe;
c) o tamanho da caçamba da pá mecânica;
d) a profundidade de escavação.
PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
Tecnologia das Construções I
Prof. José Nelson
95

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 1 de Canteiro de Obras.pptx
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptxAula 1 de Canteiro de Obras.pptx
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptxJose Azevedo
 
219015406 lista ex4-terraplenagem[1] (1)
219015406 lista ex4-terraplenagem[1] (1)219015406 lista ex4-terraplenagem[1] (1)
219015406 lista ex4-terraplenagem[1] (1)Daniele S Castro
 
Estradas drenagem superficial - oficial
Estradas drenagem superficial - oficialEstradas drenagem superficial - oficial
Estradas drenagem superficial - oficialAnderson Nunes
 
Recalque (Fundações)
Recalque (Fundações)Recalque (Fundações)
Recalque (Fundações)Thayris Cruz
 
Apresentação sondagem spt
Apresentação sondagem sptApresentação sondagem spt
Apresentação sondagem sptilmar147
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigasWillian De Sá
 
Ensaios granulometria, inchamento, densidade
Ensaios granulometria, inchamento, densidadeEnsaios granulometria, inchamento, densidade
Ensaios granulometria, inchamento, densidadeAnderson Carvalho
 
tesouras de madeira
 tesouras de madeira tesouras de madeira
tesouras de madeiraricardojaru
 
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxMateriais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxCleisianne Barbosa
 
Cronograma de reforma de unidade
Cronograma de reforma de unidadeCronograma de reforma de unidade
Cronograma de reforma de unidadesindiconet
 
Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Danilo Max
 
Patologias na construção
Patologias na construçãoPatologias na construção
Patologias na construçãoelitimothy30
 
Manual manual de pavimenacao dnit (2006) desbloqueado
Manual   manual de pavimenacao   dnit (2006) desbloqueadoManual   manual de pavimenacao   dnit (2006) desbloqueado
Manual manual de pavimenacao dnit (2006) desbloqueadoPetiano Camilo Bin
 
Aula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenariasAula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenariasUNAERP
 
Área de Civência da Construção Civil. NR 18.4
Área de Civência da Construção Civil. NR 18.4Área de Civência da Construção Civil. NR 18.4
Área de Civência da Construção Civil. NR 18.4Jean Maciel
 

Mais procurados (20)

Locação de obras
Locação de obrasLocação de obras
Locação de obras
 
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptx
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptxAula 1 de Canteiro de Obras.pptx
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptx
 
Aula 1 componentes de canteiro de obra
Aula 1   componentes de canteiro de obraAula 1   componentes de canteiro de obra
Aula 1 componentes de canteiro de obra
 
219015406 lista ex4-terraplenagem[1] (1)
219015406 lista ex4-terraplenagem[1] (1)219015406 lista ex4-terraplenagem[1] (1)
219015406 lista ex4-terraplenagem[1] (1)
 
Estradas drenagem superficial - oficial
Estradas drenagem superficial - oficialEstradas drenagem superficial - oficial
Estradas drenagem superficial - oficial
 
Recalque (Fundações)
Recalque (Fundações)Recalque (Fundações)
Recalque (Fundações)
 
Apresentação sondagem spt
Apresentação sondagem sptApresentação sondagem spt
Apresentação sondagem spt
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas
 
Ensaios granulometria, inchamento, densidade
Ensaios granulometria, inchamento, densidadeEnsaios granulometria, inchamento, densidade
Ensaios granulometria, inchamento, densidade
 
tesouras de madeira
 tesouras de madeira tesouras de madeira
tesouras de madeira
 
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxMateriais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
 
Cronograma de reforma de unidade
Cronograma de reforma de unidadeCronograma de reforma de unidade
Cronograma de reforma de unidade
 
Detalhamento de Telhado
Detalhamento de TelhadoDetalhamento de Telhado
Detalhamento de Telhado
 
Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)
 
Patologias na construção
Patologias na construçãoPatologias na construção
Patologias na construção
 
Manual manual de pavimenacao dnit (2006) desbloqueado
Manual   manual de pavimenacao   dnit (2006) desbloqueadoManual   manual de pavimenacao   dnit (2006) desbloqueado
Manual manual de pavimenacao dnit (2006) desbloqueado
 
Aula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenariasAula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenarias
 
Área de Civência da Construção Civil. NR 18.4
Área de Civência da Construção Civil. NR 18.4Área de Civência da Construção Civil. NR 18.4
Área de Civência da Construção Civil. NR 18.4
 
10 tensoes no-solo
10  tensoes no-solo10  tensoes no-solo
10 tensoes no-solo
 
Solos 6b
Solos 6bSolos 6b
Solos 6b
 

Semelhante a SLIDE TC 04 - Obras de Terraplenagem.pdf

Apostila movimento terra
Apostila movimento terraApostila movimento terra
Apostila movimento terraRafael L. Fraga
 
2 projeto trabalhos-preliminares-rev
2  projeto trabalhos-preliminares-rev2  projeto trabalhos-preliminares-rev
2 projeto trabalhos-preliminares-revEYM_62
 
Tb13
Tb13Tb13
Tb13EPIO
 
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e Construções
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e ConstruçõesCatálogo MP Terraplenagem, Eng. e Construções
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e ConstruçõesLusMP
 
Terraplanagem e contenções
Terraplanagem e contençõesTerraplanagem e contenções
Terraplanagem e contençõesÍcaro Ferreira
 
serviços preliminares-Senai.pdf
serviços preliminares-Senai.pdfserviços preliminares-Senai.pdf
serviços preliminares-Senai.pdfGEPESSGrupodeEstudo
 
Apresentação mecânica do solo
Apresentação  mecânica do solo Apresentação  mecânica do solo
Apresentação mecânica do solo gelcine Angela
 
Ufba aula 09 - estudo da movimentação de terras
Ufba   aula 09 - estudo da movimentação de terrasUfba   aula 09 - estudo da movimentação de terras
Ufba aula 09 - estudo da movimentação de terrasFabinho Juntá Tuxá
 
Obra no bairro Luxemburgo
Obra no bairro LuxemburgoObra no bairro Luxemburgo
Obra no bairro LuxemburgoLudmila Souza
 
Apontamentos fundacao
Apontamentos fundacaoApontamentos fundacao
Apontamentos fundacaoJosiel Penha
 
Tecnologia e organização de construção II
Tecnologia e organização de construção IITecnologia e organização de construção II
Tecnologia e organização de construção IIJuma Juma
 
Procedimento de execução de serviço - Pavimentação de concreto
Procedimento de execução de serviço - Pavimentação de concretoProcedimento de execução de serviço - Pavimentação de concreto
Procedimento de execução de serviço - Pavimentação de concretoRodrigo Andrade Brígido
 
1 Introdução e Serviços Preliminares.pdf
1 Introdução e Serviços Preliminares.pdf1 Introdução e Serviços Preliminares.pdf
1 Introdução e Serviços Preliminares.pdfMariaJosdeJesusMarch
 
Aula de Abertura de Pista
Aula de Abertura de PistaAula de Abertura de Pista
Aula de Abertura de PistaMarco Taveira
 
Aplicação de geologia na elaboração de barragens
Aplicação de geologia na elaboração de barragensAplicação de geologia na elaboração de barragens
Aplicação de geologia na elaboração de barragensDouglas Gozzo
 

Semelhante a SLIDE TC 04 - Obras de Terraplenagem.pdf (20)

Apostila movimento terra
Apostila movimento terraApostila movimento terra
Apostila movimento terra
 
2 projeto trabalhos-preliminares-rev
2  projeto trabalhos-preliminares-rev2  projeto trabalhos-preliminares-rev
2 projeto trabalhos-preliminares-rev
 
Tb13
Tb13Tb13
Tb13
 
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e Construções
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e ConstruçõesCatálogo MP Terraplenagem, Eng. e Construções
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e Construções
 
Terraplanagem e contenções
Terraplanagem e contençõesTerraplanagem e contenções
Terraplanagem e contenções
 
Texto institucional
Texto institucionalTexto institucional
Texto institucional
 
Métodos de lavra
Métodos de lavraMétodos de lavra
Métodos de lavra
 
serviços preliminares-Senai.pdf
serviços preliminares-Senai.pdfserviços preliminares-Senai.pdf
serviços preliminares-Senai.pdf
 
Obras subterraneas
Obras subterraneasObras subterraneas
Obras subterraneas
 
Apresentação mecânica do solo
Apresentação  mecânica do solo Apresentação  mecânica do solo
Apresentação mecânica do solo
 
Ufba aula 09 - estudo da movimentação de terras
Ufba   aula 09 - estudo da movimentação de terrasUfba   aula 09 - estudo da movimentação de terras
Ufba aula 09 - estudo da movimentação de terras
 
PAVIMENTAÇÃO.pdf
PAVIMENTAÇÃO.pdfPAVIMENTAÇÃO.pdf
PAVIMENTAÇÃO.pdf
 
Obra no bairro Luxemburgo
Obra no bairro LuxemburgoObra no bairro Luxemburgo
Obra no bairro Luxemburgo
 
Apontamentos fundacao
Apontamentos fundacaoApontamentos fundacao
Apontamentos fundacao
 
Tecnologia e organização de construção II
Tecnologia e organização de construção IITecnologia e organização de construção II
Tecnologia e organização de construção II
 
Equipamentos industriais
Equipamentos industriaisEquipamentos industriais
Equipamentos industriais
 
Procedimento de execução de serviço - Pavimentação de concreto
Procedimento de execução de serviço - Pavimentação de concretoProcedimento de execução de serviço - Pavimentação de concreto
Procedimento de execução de serviço - Pavimentação de concreto
 
1 Introdução e Serviços Preliminares.pdf
1 Introdução e Serviços Preliminares.pdf1 Introdução e Serviços Preliminares.pdf
1 Introdução e Serviços Preliminares.pdf
 
Aula de Abertura de Pista
Aula de Abertura de PistaAula de Abertura de Pista
Aula de Abertura de Pista
 
Aplicação de geologia na elaboração de barragens
Aplicação de geologia na elaboração de barragensAplicação de geologia na elaboração de barragens
Aplicação de geologia na elaboração de barragens
 

Último

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfdanielemarques481
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICAPabloVinicius40
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 

Último (6)

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 

SLIDE TC 04 - Obras de Terraplenagem.pdf

  • 1. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson TECNOLOGIADAS CONSTRUÇÕESI Obras de Terraplenagem Fonte: https://www.guiadoconstrutor.com.br/blog/afinal-o-que-e- terraplanagem-e-para-que-serve Acesso dia 19/06/2023
  • 2. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 2 Obra de terra que tem por fim modificar o relevo natural de um terreno e que consiste em 3 etapas distintas, ou seja, escavação, transporte e aterro. A terraplenagem aplicada em preparo do terreno para edificações, geralmente de pequeno vulto, comparada com a aplicada em estradas, barragens, ete. TERRAPLENAGEM Adota-se a expressão movimento de terra explicitamente na área da construção de edifícios, onde a preocupação maior é a saída e entrada de terra no canteiro, deixando em segundo plano como é feita a escavação, carregamento, caminho seguido para o aterro ou escavação.
  • 3. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 3 Terraplanagem Com base na planta e levantamento topográfico marcam-se os níveis da obra. Nesta fase são feitos os cortes no terreno e a movimentação de terra. Assim, é feita a marcação do dimensionamento e níveis adequados ao projeto. É muito importante a definição correta dos níveis. Tipos de Movimento de Terra Quando for necessário um movimento de terra é possível que se tenha uma das seguintes situações: SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 4. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 4 a) CORTE; b) ATERRO; ou c) CORTE + ATERRO. A situação "a)" geralmente é a mais desejável uma vez que minimiza os possíveis problemas de recalque que o edifício possa vir a sofrer. Por outro lado, quando se tem a situação “c)”, não se faz necessária a retirada do solo para regiões distantes, minimizando as atividades de transporte, uma vez que poderá haver a compensação do corte com o aterro necessário. SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 5. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 5 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 6. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Níveis, cortes Nesta fase geralmente utiliza-se um trator para o trabalho pesado. Na movimentação de terra o ideal é que haja uma compensação entre aterro e desaterro, tirando terra de um lado e passando para outro, para que não haja necessidade de retirar ou colocar terra extra no terreno. A área de aterro formada deverá ser compactada. A utilização do trator geralmente é computada por hora e deve- se planejar muito bem a atuação do tratorista para minimizar o tempo e o trabalho. 6 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 7. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Equipamentos Usualmente Empregados na Escavação Podem-se empregar equipamentos manuais ou mecânicos. Os manuais constituídos, sobretudo pelas pás, enxadas e picaretas, são empregados quando se tem pequeno volume de solo a ser movimentado (até 100m³). Para volumes superiores, recomenda-se a utilização de equipamentos mecânicos que permitem maior produtividade, dentre os quais destacam-se, para uso em escavações de edifícios: 7 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 8. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 8 O movimento de terra pode ser de quatro tipos 1) Manual - Dizemos que o movimento de terra é manual quando é executado pelo homem através das ferramentas: pá, enxada e carrinho de mão. 2) Motorizado - Quando são usados para o transporte, caminhão ou basculante, sendo que o desmonte ou a escavação poderá ser feita manualmente ou por máquinas. Ex: "traxcavator", "draglines". 3) Mecanizado - Quando a escavação, carregamento e transporte é efetuado pela própria máquina. Ex: "traxcavator", "scraper", "turnapull". O movimento de terra mecanizado é utilizado em obras industriais de desenvolvimento horizontal. 4) Hidráulico - Quando o veículo transportador de terra é a água. Por exemplo, dragagem. SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 9. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson draglines traxcavator 9 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 10. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson turnapull scraper 10 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 11. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Equipamentos Usualmente Empregados na Escavação · pá-carregadeira (sobre pneus, sobre esteiras); · escavo-carregadeira; · retro-escavadeira; · clam-shell; · pá-carregadeira de pequeno porte; · Escavadeira; 11 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 12. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Escavo-carregadeira 12 Retroescavadeira SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 13. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson pá-carregadeira de pequeno porte Clam-Shell 13 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 14. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson MOTONIVELADORA / PATROL 14 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 15. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson PÁ CARREGADEIRA 15 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 16. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson RETROESCAVADEIRA 16 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 17. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson CAÇAMBA 17 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA •Largura: 2,80 M •Altura: 2,40 M •Comprimento: 6,30 M •Velocidade máxima: 80km/h Caminhão basculante Trucado: •Volume Máximo de Transporte: 12,0 m³ •Capacidade de Carga (Caçamba): 13.000 KG Caminhão basculante Toco: •Volume Máximo de Transporte: 6,0 m³ •Capacidade de Carga (Caçamba): 8.000 KG
  • 18. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 18 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA 1 - Meça o comprimento e largura da caçamba do caminhão e multiplique essas dimensões para encontrar a sua área. Vamos considerar uma caçamba de 3,4m x 2,5 m. .Área da caçamba = comprimento x largura .Área da caçamba = 3,4 m x 2,5 m = 8,5 m2 2 - Depois, crave um vergalhão ou um sarrafo em cinco pontos do material transportado - um em cada canto da caçamba e um no centro - e anote as alturas encontradas. Ex: .Altura 1 = 80 cm = 0,80 m .Altura 2 = 95 cm = 0,95 m .Altura 3 = 92 cm = 0,92 m .Altura 4 = 81 cm = 0,81 m .Altura central = 105 cm = 1,05 m 3 - Encontre a altura média do monte de areia somando os valores anotados e divida por 5. .Altura média = altura 1 + altura 2 + altura 3 + altura 4 + altura central / 5 . .Altura média = 0,80 m + 0,95 m + 0,92 m + 0,81 + 1,05 m = 4,53 / 5 . .Altura média = 0,906 m. 4 - Para encontrar o volume total de areia no caminhão, multiplique a área da caçamba pela altura média. .Volume de areia = área da caçamba x altura média. .Volume de areia = 8,5 m2 x 0,906 m .Volume de areia = 7,701 m³. 5 - Vamos estimar o metro cúbico de areia custe R$ 100,00. O valor total será = 7,701 x 100,00 = R$ R$ 707,00.
  • 19. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 19 (1) Pá carregadeira; (2) Retroescavadeira; (3) Empilhadeira; (4) Escavadeira de esteira; (5) Rolo compactador; (6) Motoniveladora; (7) Guindaste; (8) Caminhão munck; (9) Caminhão betoneira. SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 20. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 20 O acerto da topografia do terreno, de acordo com o projeto de implantação e o projeto executivo, pode ser entendido como um conjunto de operações de escavação, aterros, carga, transporte, descarga, compactação e acabamentos executados a fim de passar de um terreno natural para uma nova conformação (Cardão, 1969). SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 21. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 21 As etapas que influenciam no projeto de movimento de terra são: Sondagem do terreno; Sequência da execução do edifício; Níveis das construções vizinhas; Localização do canteiro de obras. Podemos executar, conforme o levantamento altimétrico, cortes, aterros, ou cortes + aterros: SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 22. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 22 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA
  • 23. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 23 O corte é facilitado quando não se tem construções vizinhas, podendo fazê-lo maior. Mas quando efetuado nas proximidades de edificações ou vias públicas, devemos empregar métodos que evitem ocorrências, como: ruptura do terreno, descompressão do terreno de fundação ou do terreno pela água. Cortes
  • 24. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 24 No corte os materiais são classificados em: - materiais de 1ªcategoria: são materiais que podem ser extraídos com equipamentos convencionais de terraplenagem (trator de lâmina, “motoscraper”, pás-carregadeiras) , incluindo eventual escarificação. Compreendem as terra em geral, argila, rochas em decomposição e seixos com diâmetro máximo de 15cm. - materiais de 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao do granito. Exigem um desmonte prévio feito com escarificador ou emprego descontínuo de explosivos de baixa potência OBS.: Atualmente o material de 2ª categoria está sendo subdividido: a) 2ª Categoria com material pré-escarificável b) 2ª Categoria com o emprego descontínuo de explosivos e pré-escarificação - materiais de 3ª categoria: rochas com resistência à penetração mecânica igual ou superior ao granito. Materiais de elevada resistência mecânica que só podem ser tratados com emprego exclusivo de explosivos de alta potência. Cortes
  • 25. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 25 No caso de cortes, deverá ser adotado um volume de solo correspondente à área de projeção do corte multiplicada pela altura média, acrescentando-se um percentual de empolamento (Figura 5.2.1). O empolamento é o aumento de volume de um material, quando removido de seu estado natural e é expresso como uma porcentagem do volume no corte. Por exemplo, o empolamento de um solo superficial é de 43% (Tabela 5.2.1), significa que um metro cúbico de material no corte (estado natural) encherá um espaço de 1,43 metros cúbicos no estado solto. Cortes
  • 26. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Tabela 5.2.1 - Relação de Empolamentos (Manual Caterpillar, 1977) Materiais % Argila natural 22 Argila escavada, seca 23 Argila escavada, úmida 25 Argila e cascalho seco 41 Argila e cascalho úmido 11 Rocha decomposta 75% rocha e 25% terra 50% rocha e 50% terra 25% rocha e 75% terra 43 33 25 Terra natural seca 25 Terra natural úmida 27 Areia solta, seca 12 Areia úmida 12 Areia molhada 12 Solo superficial 43 OBS.: Quando não se conhece o tipo de solo, podemos considerar o empolamento entre 30 a 40% 26 Cortes
  • 27. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 27 Figura 1 𝑉𝑁 = 𝐴𝑏 𝑥 ℎ𝑚 𝑒 𝑉𝑠 = 𝑉𝑁 · (1 + 𝐸%)𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 Sendo 𝐴𝑏 = área de projeção do corte ℎ𝑚 = altura média 𝑉𝑁 = volume natural ou volume no corte 𝑉 𝑐 𝑉𝑆 = volume solto Cálculo empolamento 27 Empolamento: O empolamento é um fenômeno físico que não pode ser desprezado pelo orçamentista. Ele é muito importante no dimensionamento de frotas de equipamento, especialmente aqueles de transporte. Se, por exemplo, o volume de corte é de 100.000m³, o total a ser transportado em caminhões não é 100.000m³, mas 130.000m³. Em termos de Volume: 𝐸 = 𝑉 𝑠 − 𝑉𝑁 𝑉𝑁 ou 𝐄 = 𝑽𝑺 𝑽𝑵 − 𝟏 𝑜𝑢 𝑉𝑆 = 𝑉𝑁 · 1 + 𝐸
  • 28. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 28 E = 𝛾𝑁 𝛾𝑆 − 1 𝑜𝑢 𝛾𝑁 = 𝛾𝑆 · (1 + 𝐸) Onde: 𝛾𝑁 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑡𝑢 − 𝑘𝑔/𝑚3 𝛾𝑆 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 − 𝑘𝑔/𝑚3 𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒔ã𝒐 − 𝝋𝟏 = 𝑽𝑵 𝑽𝑺 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 𝑜𝑢 𝑉𝑁 = 𝜑1 ∙ 𝑉 𝑠 Definido o fator de conversão, determinaremos a porcentagem de empolamento que é dado pela expressão: 𝑃𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − 𝐸% = 1 𝜑1 − 1 · 100 Se em vez de volumes usarmos massas específicas (o que é bastante comum em ensaios de laboratório), Geralmente o volume de aterro deve ser corrigido pelo fator de empolamento ou fator de conversão (𝜑1) que é exatamente a noção inversa do empolamento. Ele representa a relação entre o volume no corte e o volume solto. Cálculo empolamento
  • 29. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 29 Cálculo empolamento – FATOR DE CONVERSÃO 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝜑1 = 1 (1 + 𝐸) 𝑉 𝑠 = 𝑉𝑁 ∙ (1 + 𝐸)
  • 30. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 30 𝜑1 = 𝑉𝑁 𝑉𝑆 → 1,4𝑚3 1,6𝑚³ → 0,875 𝐸 = 1 𝜑1 − 1 → 1 0,875 − 1 → 0,143 ou 𝐸% = 14,3% 𝜑1 = 1 1 + 𝐸 → 1 1 + 0,143 → 0,875 𝑉𝑆 = 1 + 𝐸 · 𝑉𝑁 → 1 + 0,143 · 1,4m3 → 1,6m³ 𝑉𝑁 = 𝜑1 · 𝑉𝑆 → 0,875 · 1,6m3 → 1,4m³ Fator de conversão Empolamento: Empolamento: Caminho Inverso: Volume Natural: Volume Solto: Cálculo empolamento
  • 31. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson O terreno no estado natural apresenta um determinado estado de compactação. Após o desmonte Tem-se uma expansão volumétrica considerável. Desta forma tem-se: Volume solto Vs > volume natural Vn. Massa específica solta ( s) < massa específica natural (n) ➢ O fator de empolamento é definido pela relação entre as massas específicas do material no estado solto em relação ao material natural. 𝜑1 = 𝛾𝑠 𝛾𝑁 < 1 Conceitos - Empolamento 31
  • 32. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Como a terraplenagem é paga pelo volume medido no corte, portanto com a massa específica natural, convém sempre referir-se o volume a seu estado natural ou seja de corte. 𝜑1 = 𝑉𝑁 𝑉 𝑠 𝑉𝑁 = 𝜑1. 𝑉 𝑠 𝑉𝐶 = 𝜑1. 𝑉 𝑠 𝜑1- O fator de empolamento 𝑉𝑁 - Volume Natural ou 𝑉𝐶 - Volume Corte 𝑉 𝑠 - Volume Solto Conceitos - Empolamento 32
  • 33. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson ➢ Chama-se porcentagem de empolamento (𝐸%) à relação: 𝐸% = 1 𝜑1 − 1 · 100 ✓ Os solos naturais apresentam expansões volumétricas diferentes, gerando diversos valores de 𝝋𝟏 e 𝑬%. De modo geral, quanto maior as porcentagens de finos (argila e silte), maior será essa expansão. Ao contrário, os solos arenosos, com pequenas porcentagens de finos, sofrem pequeno empolamento. Conceitos - Empolamento 33
  • 34. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 34 Cálculo empolamento 𝜑1 = 𝛾𝑆 𝛾𝑁 𝛾𝑆 𝛾𝑁 E = 𝛾𝑁 𝛾𝑆 − 1
  • 35. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson A necessidade de terraplenagem em um terreno 30x90m em argila e cascalho seco, com apenas 1% de declividade no sentido transversal. Qual o volume de corte e de transporte? Exemplo 01: 𝐻 = 30𝑚 ∙ 1% = 0,3𝑚 𝑉𝑁 = (30 ∙ 90) ∙ 0,3 2 → 405𝑚³ 𝑉 𝑠 = 𝑉𝑁 ∙ (1 + 𝐸) → 𝑉 𝑠 = 405 ∙ 1,41 → 𝑉 𝑠 = 571𝑚³ A Importância do Movimento de Terra nas Obras de Edifícios 35
  • 36. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Exemplo 02: Qual a metragem paga para um scraper com capacidade de 20 m³, numa área de terreno argilo- siltoso com E = 25%? 𝑉𝑁 = 𝑉 𝑠 1 + 𝐸 20 1 + 0,25 → 16𝑚³ Ou seja, 16 m³ de solo natural equivalem a 20 m³ do mesmo material, empolado. Cálculo empolamento 36
  • 37. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Exemplo 03: O custo de escavação de um solo comum seco é de R$10,00/m³ no corte. Se em um pequeno serviço foi contratado prevendo-se o pagamento do mesmo através do controle de volume por número de viagens de caminhões, qual será o valor referente ao custo de escavação por viagem na composição de preço, sabendo-se que: E = 0,3 Capacidade do caminhão = 6m³ R.: O custo de escavação é obtido no corte, logo: 𝑉𝑁 = 𝑉 𝑠 1 + 𝐸 𝑉𝑁 = 6 1 + 0,3 → 4,615 𝑚³ Custo = 4,615 m³ x R$10,00/m³ = R$ 46,15 por viagem Cálculo empolamento 37
  • 38. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson • Analogamente ao empolamento, quando uma quantidade de terra é lançada em um aterro e compactada mecanicamente, o volume final é diferente daquele que a mesma massa ocupava no corte. A essa diminuição volumétrica dá-se o nome de contração (compactação). • Se 1 m³ de solo (no corte) "contrai-se" para 0,8 m³ (aterro) após compactado, a contração (compactação) (C) é de 20%. • O fenômeno varia com o tipo e a umidade do material, o tipo de equipamento de compactação, a espessura das camadas do aterro, etc. Terraplenagem - Compactação 38
  • 39. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson  Redução ou Compactação (C):  É a diminuição de volume experimentada pelo material, por efeito da compactação durante a implantação do aterro.  Diminuição do volume de vazios do solo natural.  É definido como: 𝐶 = 𝑉𝑁−𝑉𝐴 𝑉𝑁 𝑜𝑢 𝑪 = 𝟏 − 𝑽𝑨 𝑽𝑵 Sendo:  𝐶 – Compactação  𝑉𝑁 – volume natural (corte);  𝑉𝐴 – volume do aterro (compactado). Se em vez de volumes usarmos massas específicas (o que é bastante comum em ensaios de laboratório), 𝐶 = 1 − 𝛾𝑁 𝛾𝐴 ou 𝐶 = 1 − 𝜑2 Terraplenagem - Compactação Fator de Compactação ou Retração ou redução de forma (𝝋𝟐) 39
  • 40. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson ✓Fator de Compactação ou Retração (𝝋𝟐) O volume a seu estado natural, é o volume de corte (𝑉𝑁 → 𝑉𝐶) 𝑉𝐴 = 𝜑1·𝜑2·𝑉𝑆 𝑉𝐴 = 𝜑2·𝑉 𝑁 𝑉𝑁 = 𝜑1·𝑉𝑆 Onde: 𝜑1 - Fator de Empolamento 𝜑2 - Fator de Compactação 𝑉𝐴 - Volume de Aterro 𝑉𝑁 - Volume Natura Em razão da diversidade dos solos e das diferentes energias de compactação empregadas é bastante difícil estimar-se a relação 𝑉𝐴: 𝑉𝑁 . Todavia, para a terra comum (solo argilo-siltoso, com areia) pode-se admitir uma redução volumétrica de 5% a 15%, em relação ao volume no estado natural.  Conhecido 𝑉𝐴 , pode-se conhecer 𝑉𝑁 segundo: 𝑓ℎ = 1 1−𝐶 𝑉𝑁 = 1 1−𝐶 ∙ 𝑉𝐴  Com 𝒇𝒉 = fator de homogeneização Terraplenagem - Compactação 40
  • 41. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson  geralmente os volumes de aterros devem ser corrigidos por um fator de homogeneização, sendo denominado volume corrigido dos aterros o produto entre o volume geométrico e o fator de homogeneização, 𝑓ℎ = 1,05 a 1,30  Então: 𝑉𝑁 = 𝑓ℎ ∙ 𝑉𝐴 𝑓ℎ = 𝑉𝑁 𝑉𝐴 𝑓ℎ = 1 𝜑2  𝑉𝑁 – volume natural ou de corte;  𝑉𝐴 – volume do aterro (compactado) Com a relação entre pesos específicos e conhecidos γ𝐴 e γN, é possível encontrar o fator de homogeneização - 𝒇𝒉. 𝑓ℎ = γ𝐴 γ𝑁 Terraplenagem - Compactação 41
  • 42. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 𝑉𝐴 = 𝐴𝑏. ℎ𝑚 ∙ 𝒇𝒉 Sendo 𝑉𝐴= volume do aterro 𝐴𝑏 = área de projeção do aterro ℎ𝑚 = altura média 𝑓ℎ = fator de homogeneização Compactação e Aterros 𝜑2 = 𝑉𝐴 𝑉𝑁 𝑜𝑢 𝑉𝐴 = 𝜑2 · 𝑉𝑁 Fator de compactação (Retração) ou redução de forma : Em resumo temos: Em termos de densidade: 𝜑2 = 𝛾𝑁 𝑘𝑔 𝑚3 𝛾𝐴 𝑘𝑔 𝑚3 𝑜𝑢 𝛾𝑁 = 𝜑2 · 𝛾𝐴 42
  • 43. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Compactação e Aterros 𝜑2 = 𝑉𝐴 𝑉𝑁 → 1,0𝑚3 1,4𝑚³ → 0,714 𝑉𝐴 = 𝜑2 · 𝑉𝑁 → 0,714 · 1,4m³ → 1,0m³ Fator de Compactação direto do solo Natural para o Aterro 43
  • 44. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Compactação e Aterros 𝑬𝒎𝒑𝒐𝒍𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 − 𝑬 = 𝑽𝑺 𝑽𝑵 − 𝟏 Fator de 𝑬𝒎𝒑𝒐𝒍𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 − 𝝋𝟏 = 𝑽𝑵 𝑽𝑺 Redução ou Compactação − 𝑪 = 𝟏 − 𝑽𝑨 𝑽𝑵 Fator de Compactação ou Contração − 𝝋𝟐 = 𝑽𝑨 𝑽𝑵 Fator de homogeneização − 𝒇𝒉 = 𝑽𝑵 𝑽𝑨 RESUMÃO: 𝑬𝒎𝒑𝒐𝒍𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕 𝑵𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂𝒍 − 𝑬𝑵 = 𝑽𝑺 𝑽𝑵 𝑬𝒎𝒑𝒐𝒍𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕 𝑨𝒕𝒆𝒓𝒓𝒐 − 𝑬𝑨 = 𝑽𝑺 𝑽𝑨 𝑪𝒐𝒎𝒑𝒂𝒄𝒕𝒂çã𝒐 𝑺𝒐𝒍𝒕𝒐 − 𝑪𝑺 = 𝑽𝑨 𝑽𝑺 𝒇𝒉 = 𝟏 𝟏−𝑪 𝝋𝟏 = 𝟏 𝟏 + 𝑬 𝝋𝟐 = 𝟏 − 𝑪 44
  • 45. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 45 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜(𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎): 𝜑2 = 1 − 𝐶 → 1 − 0,1 → 0,9 OU 90% 𝜑2 − 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒 𝑎 100% 𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝑟𝑒𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜) 𝜑2 = 𝐸𝑁 = 𝜑1 = 𝑓ℎ = Natural Aterros e reaterros Compacta 𝐶𝑆 = 0,69 𝐸𝐴 = 1,44
  • 46. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 46 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑔𝑒𝑛𝑒𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 (𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝜑2): 𝑓ℎ = 1 𝜑2 → 1𝑚3 (1 − 0,1) → 1m3 0,9 → 1,111 𝜑2 − 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 𝜑2 = 𝐸𝑁 = 𝜑1 = 𝑓ℎ = Natural Aterros e reaterros Compacta 𝐶𝑆 = 0,69 𝐸𝐴 = 1,44
  • 47. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 47 𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜: 𝐸𝑁 = 1 + 𝐸% → 1 + 0,3 → 1,3 Compactação 𝑑𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 (𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑁): : 𝜑1 = 1 𝐸𝑁 → 𝜑1 = 1 1+𝐸% → 𝜑1 = 1 1,3 → 0,77m³ Aterros e reaterros 𝜑2 = 𝐸𝑁 = 𝜑1 = 𝑓ℎ = Natural Compacta 𝐶𝑆 = 0,69 𝐸𝐴 = 1,44
  • 48. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 48 𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 (𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝐶𝑆): : 𝐸𝐴 = 1 + 𝐸% · 𝑓ℎ → 𝐸𝐴 = 1 + 0,3 · 1,111 → 1,44m³ 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜: 𝐶𝑆 = 1 1+𝐸% · 𝜑2 → 𝐶𝑆 = 𝜑1 · 𝜑2 → 0,77 · 0,9 → 𝐶𝑆 = 0,69m3(arredond. = 0,7) Aterros e reaterros 𝜑2 = 𝐸𝑁 = 𝐶𝑆 = 0,69 𝜑1 = 𝐸𝐴 = 1,44 𝑓ℎ = Natural Compacta
  • 49. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 49 Aterros e reaterros 𝜑2 = 𝐸𝑁 = 𝜑1 = 𝑓ℎ = Natural Compacta 𝐸𝐴 = 1,44 𝐶𝑆 = 0,69 𝐕𝐒 = 𝟏, 𝟒𝟒𝐦³
  • 50. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 50 Conclui-se, portanto, que para a execução de 1 m³ de aterro será necessário escavar 1,11 m³ e transportar 1,43 m³. Aterros e reaterros
  • 51. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson A importância desta atividade no contexto da execução de edifícios convencionais decorre principalmente do volume de recursos humanos, tecnológicos e econômicos que envolvem. A título de ilustração, tomem-se as seguintes situações: a) necessidade de terraplenagem em um terreno de dimensões 20x50m, com apenas 1% de declividade; b) o mesmo terreno descrito em "a", com a necessidade de escavação de dois subsolos, com 800m² de área cada um. A Importância do Movimento de Terra nas Obras de Edifícios 51
  • 52. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Tabela 5.1 - Exemplos da influência do fator de empolamento Tipo de solo Estado do solo Fator de Empolamento areia natural 1,00 1,11 0,95 solta 0,90 1,00 0,86 compactada 1,05 1,17 1,00 argila natural 1,00 1,43 0,90 solta 0,70 1,00 0,63 compactada 1,11 1,59 1,00 Estado do solo Natural solta compactada 𝝋𝟐 𝒇𝒉 𝝋𝟏 Exemplos da influência do fator de empolamento 𝑬𝑵 𝑬𝑨 𝐀𝐭𝐞𝐫𝐫𝐨 Areia: 𝐄𝐦𝐩𝐨𝐥𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝟏𝟏% 𝐞 𝐑𝐞𝐚𝐭𝐞𝐫𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝟓% Argila: 𝐄𝐦𝐩𝐨𝐥𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝟒𝟑% 𝐞 𝐑𝐞𝐚𝐭𝐞𝐫𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝟏𝟎% 𝑪𝑺 52
  • 53. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson •Serão movimentados 250m³ de solo natural, os quais, considerando-se um fator de empolamento de 1,43 (argila natural para solta). Respostas: 𝐻 = 50𝑚 ∙ 1% = 0,5𝑚 𝑉 𝑐 = (20 ∙ 50) ∙ 0,5 2 → 250𝑚³ 𝑉 𝑠 = 𝑉 𝑐∙E = 250m³ ∙ 1,43 = 357,5m³ • Serão transformados em aproximadamente 358m³, o que exigirá cerca de 60 viagens de caminhões (com capacidade de 6,0m³) para a sua completa remoção. • Supondo 24 viagens por dia, pelo menos dois dias e meio de trabalho contínuo. A Importância do Movimento de Terra nas Obras de Edifícios 53
  • 54. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson •No segundo caso, a situação é mais crítica, pois se considerado um pé-direito de 3,0m para cada subsolo, deverá ser feita uma escavação de aproximadamente 4.800m³, os quais, considerando-se as mesmas características do solo anterior, resultarão num movimento de terra da ordem de 7.222m³ de solo, o que exigirá a retirada de 1.204 caminhões (de 6,0m³) a ser realizada em pelo menos 50,1 dias úteis de trabalho, ou seja, desconsiderando-se os dias de chuva e aqueles necessários aos serviços de execução das contenções e drenagem. Respostas: b) o mesmo terreno descrito em "a", com a necessidade de escavação de dois subsolos, com 800m² de área cada um. A Importância do Movimento de Terra nas Obras de Edifícios 54
  • 55. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Em grandes obras de terra, o cálculo do empolamento e contração é feito através de ensaios de densidade (massa específica) em laboratório. Vejamos um exemplo. As massas específicas no corte, solta e compactada eram respectivamente: Com esses valores, podem-se calcular o empolamento e o fator de contração e montar o quadro de volumes: Note que, com esses dois parâmetros, conseguimos deduzir todos os demais fatores de correlação volumétrica: 𝛾𝑁=2,10t/m³ 𝛾𝑆= 1,50t/m³ 𝛾𝐴=2,36t/m³ 𝑬 = 2,10 1,50 − 1 = 40% 𝝋𝟐 − Corte → 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 = 𝛾𝑁/ 𝛾𝐴 𝑬𝑵 − Corte → 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 = (𝛾𝑁/ 𝛾𝑆) 𝑪𝑺 − 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 → 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 = 𝛾𝑆/ 𝛾𝐴 𝝋𝟏 − 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 → 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 = 𝛾𝑆/ 𝛾𝑁 𝑬𝑨 − 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 → 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 = 𝛾𝐴/ 𝛾𝑆 𝒇𝒉 − 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 → 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 = 𝛾𝐴/ 𝛾𝑁 𝝋𝟐 𝒇𝒉 𝝋1 𝑬𝑵 Terraplenagem 𝝋𝟐 = 2,10 2,36 = 89% 𝑬𝑨 𝑪𝑺 55
  • 56. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Exemplo 04: Num serviço de terraplenagem deseja-se encontrar a quantidade de terra a ser cortada para fazer um aterro com 50 m³. Pede-se também o volume de terra solta a ser transportada. Dados: Redução volumétrica (Compactação) de 10% Empolamento de 25% 𝑉𝑁 = 1 1 − 𝐶 ∙ 𝑉𝐴 𝑉𝑁 = 1 1 − 0,1 ∙ 50𝑚³ → 55,55 𝑚3 𝑉 𝑠 = 𝑉𝑁 ∙ 1 + 𝐸 𝑉 𝑠 = → 55,55 ∙ 1 + 0,25 → 69,437𝑚³ Conclui-se, portanto, que para fazer um aterro com volume final de 50m³ é necessário escavar 55,55 m³ e transportar 69,4 m³ de terra. Terraplenagem - Compactação 56
  • 57. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Um terreno com declividade acentuada, com possibilidade de compensação entre corte e aterro, ℎ = 1,50 m e área de projeção de 800 m² de corte e H = 3,7 m, sendo área de projeção do aterro 1200 m² e desnível de 2,00m. Considere como material a argila. Quais os volumes de cortes e de aterros? Será necessário carga de transporte? Exemplo 05: 𝐻𝑚 = 𝐻 + ℎ 2 → 𝐻𝑚 = 3,7 + 1,5 2 → 𝐻𝑚 = 2,6𝑚 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑉𝑁 = 800𝑚2 ∙ 2,6𝑚 = 2.080𝑚³ 𝑉𝑁 = 𝑓ℎ ∙ 𝑉𝐴 → 𝑉𝑁 = 𝑓ℎ·(ab · ℎ𝑚) → 𝑉𝑁 =1,11·(1.200 · 1,75) → 𝑉𝑁 =2.331m³ 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 𝐻𝑚 = 𝐻 + ℎ 2 → 𝐻𝑚 = 2 + 1,5 2 → 𝐻𝑚 = 1,75𝑚 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 carga de transporte → 𝑉𝑁 = 2.080𝑚³- 𝑉𝑁 =2.331m³ → -251,0 m³ ≈ falta 42 caminhões de 6m³ A Importância do Movimento de Terra nas Obras de Edifícios 57
  • 58. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Exemplo 06: Admitindo-se como parâmetros médios 𝛾𝑁= 1,7 t/m³ e 𝛾𝐴 = 𝛾𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑎 = 1,9 t/m², calcular o volume de corte necessário para um aterro de 50.000 m³. Dado: Custo de escavação – R$ 0,30/m³ Custo de transporte – R$ 2,00/ m³ Custo de compactação – 0,70/m³ Capacidade volumétrica do caminhão transportador (Truck ) = 12m³ Empolamento do material – E=21% Pede-se: calcular o número de viagens do caminhão e o custo de terraplenagem no caso anterior. A Importância do Movimento de Terra nas Obras de Edifícios 58
  • 59. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Resolução: 𝑓ℎ = γ𝐴 γ𝑁 𝑓ℎ = 1,9 1,7 → 1,1176 (fator de homogeneização) 𝑉𝑁 = 𝑓ℎ ∙ 𝑉𝐴 𝑉𝑁 = 1,1176 ∙ 50.000𝑚3 → 55.880𝑚3(vol. de corte) 𝑉 𝑠 = 𝑉𝑁 ∙ 1 + 𝐸 𝑉 𝑠 = 55882,35 ∙ 1 + 0,21 → 67.615𝑚³(vol. a ser transportado) Nº de viagens = 67.615𝑚3 12 → 5.635 𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 Custo de transporte = 67.615𝑚3 ∙ 𝑅$2,00 → 𝑅$135.230,0 Custo de escavação = 55.880𝑚3 ∙ 𝑅$0,30 → 𝑅$16.764,0 Custo de compactação = 50.000𝑚3 ∙ 𝑅$0,70 → 𝑅$35.000,00 Total = R$ 186.994,00 A Importância do Movimento de Terra nas Obras de Edifícios 59
  • 60. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 60 1 – A necessidade de terraplenagem em um terreno 30x90m em argila e cascalho seco, com apenas 1% de declividade no sentido transversal. Qual o volume de corte? EXERCÍCIOS 30m 0,3m 𝑉𝑁 = 30𝑚 · 0,3𝑚 2 · 90𝑚 𝑉𝑁 = 405 𝑚³
  • 61. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 61 2 – O terreno de dimensões 25x40m, com apenas 1,5% de declividade no sentido longitudinal em areia, com a necessidade de escavação de um subsolo com 3m de pé direito, com 900m² de área. Qual o volume de corte e de movimentação de terra considerando material areia? 40m 0,6m 𝑉𝑁 = 40𝑚 · 0,6𝑚 2 · 25𝑚 + (900𝑚2 · 3𝑚) 𝑉𝑁 = 3.000 𝑚³ Considerando empolamento de E = 12% 𝑉𝑆= 𝑉𝑁 · (1 + 𝐸) 𝑉𝑆= 3.000𝑚³ · (1 + 0,12) 𝑉𝑆= 3.360 𝑚³ 900m² 3,0m EXERCÍCIOS
  • 62. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 62 3 – Um terreno com declividade acentuada, com possibilidade de compensação entre corte e aterro, possui área de projeção de 800 m² de corte com a menor altura de h = 1,50 m e a maior com H = 3,7 m. A área de projeção do aterro é de 1.200 m² e possui desnível de 2,00m. Quais os volumes de cortes e de aterros? Será necessário carga de transporte? Considere empolamento de 35% e reaterro de 10% 𝐸𝑁 = 1 + 0,35 → 𝑥 1,35 𝜑2 = 1 − 0,1 → 𝑥 0,9 𝜑1 = 1 1 + 0,35 → 𝑥 0,741 𝑓ℎ = 1 1 − 0,1 → 𝑥 1,11 𝐶𝑆 = 1 1 + 0,35 · 0,9 → 𝑥 0,667 𝐸𝐴 = 1 + 0,35 · 1,11 → 𝑥 1,5 EXERCÍCIOS
  • 63. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 63 3 – Um terreno com declividade acentuada, com possibilidade de compensação entre corte e aterro, possui área de projeção de 800 m² de corte com a menor altura de h = 1,50 m e a maior com H = 3,7 m. A área de projeção do aterro é de 1.200 m² e possui desnível de 2,00m. Quais os volumes de cortes e de aterros? Será necessário carga de transporte? Considere empolamento de 35% e reaterro de 10% 3,7m 𝑉𝑁 = 800𝑚2 · 2,6𝑚 → 2.080 𝑚³ Volume a Aterrar : 𝑉𝐴 = 1.200𝑚2 · 2𝑚 2 → 1.200 𝑚³ 1,5m Corte 3,7𝑚 + 1,5𝑚 2 → 2,6𝑚 2,0m Aterro Resultado: 2.080 𝑚3 − 1.333,33 𝑚3 = 746,67 𝑚3 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑟: 𝑉𝑁 = 𝑉𝐴 (1 − 𝐶) → 1.200 (1 − 0,1) → 1.333,33 𝑚³ 𝑆𝑒𝑟𝑖𝑎 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑢𝑚 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑉𝑆 = 746,67 · 1,35 = 1.008 𝑚³ EXERCÍCIOS
  • 64. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 64 Na execução da terraplenagem em um terreno para a implantação de um aeroporto, foi necessário, na movimentação de terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado, mediu- se o volume de 1.200 m3 de solo aterrado. Por meio do controle tecnológico conduzido, verificou-se que a densidade do solo compactado era de 2.030 kg/m³, a densidade natural era de 1.624 kg/m3 e a densidade solta era de 1.160 kg/m3. DESAFIO
  • 65. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 65 Na execução da terraplenagem em um terreno para a implantação de um aeroporto, foi necessário, na movimentação de terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado, mediu- se o volume de 1.200 m3 de solo aterrado. Por meio do controle tecnológico conduzido, verificou-se que a densidade do solo compactado era de 2.030 kg/m³, a densidade natural era de 1.624 kg/m3 e a densidade solta era de 1.160 kg/m3. Dados: 𝛾𝑁=1.624 kg/m³ 𝛾𝑆=1.160 kg/m³ 𝛾𝐴=2.030 kg/m³ 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜: 𝑉𝐴 = 1.200 𝑚³ E = 𝛾𝑁 𝛾𝑆 − 1 → 1.624𝑘𝑔/𝑚³ 1.160𝑘𝑔/𝑚³ − 1 → 0,4 𝜑2 = 𝛾𝑁 𝛾𝐴 → 1.624𝑘𝑔/𝑚³ 2.030𝑘𝑔/𝑚³ → 0,8 𝜑2 = 𝑉𝐴 𝑉𝑁 → 𝑉𝑁 = 𝑉𝐴 𝜑2 → 1.200𝑚³ 0,8 → 1.500𝑚³ 𝑉𝑆= 𝑉𝑁 · 1 + 𝐸 → 1.500𝑚³ · 1 + 0,4 𝑉𝑆= 2,100𝑚³ Considerando um caminhão de 6m³: 2,100𝑚3 6𝑚3 → 350 𝑉𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 DESAFIO
  • 66. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 66 Exemplos: Na construção de uma barragem com 1.200.000m³, tenho os seguintes dados: Reaterro = 10%, Empolamento = 22%. O empreiteiro forneceu orçamento pelo volume transportado de R$ 6,0m³/Km – Distância = 3,2 Km. Considere: 𝑉𝐴 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜) → 1.200.000𝑚³ 𝑉𝑆 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 (𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜) → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑉𝑁 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 (𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑣𝑎𝑑𝑜) Dados: Reat. = 10% Emp. = 22% 𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 → E = 𝑉𝑆 𝑉𝑁 − 1 𝑜𝑢 𝑉𝑆 = 𝑉𝑁 · (1 + 𝐸) 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 → 𝜑1 = 𝑉𝑁 𝑉𝑆 𝑜𝑢 1 (1+𝐸) 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 → 𝐶 = 1 − 𝑉𝐴 𝑉𝑁 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 → 𝜑2 = 1 − 𝐶 EXERCÍCIOS Devemos calcular o volume solto pois o orçamento do empreiteiro é referente a volume transportado: 𝜑2 = 𝑉 𝐴 𝑉𝑁 → 𝑉𝑁 = 𝑉 𝐴 (1 − 𝐶) → 1.200.000 (1 − 0,1) 𝑉𝑁 = 1.333.333𝑚³ 𝑉𝑆= 𝑉𝑁 · 1 + 𝐸 → 1.333.333𝑚³ · 1 + 0,22 𝑉𝑆= 1.626.667𝑚³ Cálculo do preço: R$ 6,0m³/Km → 𝑅$ 6,00 𝑘𝑚 · 1.626.667𝑚3 · 3,2𝑘𝑚 → 𝑅$ 31.232.006,40
  • 67. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 67 Exemplos: Na construção de uma barragem com 1.200.000m³, tenho os seguintes dados: Reaterro = 10%, Empolamento = 22%. O empreiteiro forneceu orçamento pelo volume transportado de R$ 6,0m³/Km – Distância = 3,2 Km. Considere: 𝑉𝐴 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜) → 1.200.000𝑚³ 𝑉𝑆 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 (𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜) → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑉𝑁 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 (𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑣𝑎𝑑𝑜) EXERCÍCIOS
  • 68. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 68 Exemplos: Em uma obra, o equipamento scraper (26 m³) deu 120 viagens, transportando material de 1ª categoria – (E=32%). O preço por m³/Km é de R$1,30 (Medido no corte). O centro de massa da jazida está a 1,6 Km da obra. Qual o preço da terraplanagem? 𝑉𝑆= 120 · 26𝑚3 → 3.120𝑚³ 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 → 𝜑1 = 1 (1 + 𝐸) → 1 (1 + 0,32) → 0,7575 𝜑1 = 𝑉𝑁 𝑉𝑆 → 𝑉𝑁 = 𝑉𝑆 · 𝜑1 → 3.120𝑚3 · 0,7575 → 2.363,4𝑚3 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 = 2.363,4𝑚3 · 𝑅$ 1,30 · 1,6𝑘𝑚 → 𝑅$ 4.916,0 EXERCÍCIOS
  • 69. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson MOVIMENTO DE TERRA - Cálculo de volumes 69
  • 70. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson MOVIMENTO DE TERRA - Cálculo de volumes 70
  • 71. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Esta fórmula é largamente empregada em estradas e ferrovias, nos cálculos de corte e aterro. Cálculo de volumes - Método das seções transversais 71
  • 72. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Cálculo de volumes - Método das seções transversais 72
  • 73. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Cálculo de volumes - Método das seções transversais 73
  • 74. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Estimativa das áreas da seção transversal com auxílio de software Cálculo de volumes - Método das seções transversais 74
  • 75. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson - A execução de cortes ou empréstimos determina o surgimento de volumes que deverão ser transportados para aterros ou bota- foras; - Dependendo da topografia do segmento, caracterizam-se dois tipos distintos de compensação de volumes: - Compensação longitudinal; - Compensação lateral Compensação de volumes 75
  • 76. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson ➢ Compensação longitudinal ❑ - Escavação em corte pleno ou escavação provém de empréstimo não lateral a aterro. Neste caso, todo o volume extraído será transportado para segmentos diferentes daqueles de sua origem: ❑ - de corte para aterro (corte pleno, bota-fora); ❑ - de empréstimo para aterro, unicamente. ❑ - Escavação do corte é em seção mista onde o volume de corte supera o volume de aterro. O volume excedente terá destinação a segmento distinto do de origem. Compensação de volumes 76
  • 77. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson ➢ Compensação Lateral (ou Transversal): ❑ - Caracteriza-se pela utilização de material escavado no mesmo segmento em que se processou a escavação; ❑ - É o caso de segmentos com seções mistas ou em que a situação do terreno apresente pequenos aterros disseminados em cortes plenos ou vice-versa. Compensação de volumes 77
  • 78. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Compensação de volumes 78
  • 79. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Compensação de volumes 79
  • 80. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson a) Aberturas e melhorias de caminho de serviço - Garante o acesso dos equipamentos b) Desmatamento, destocamento e limpeza - Uso de tratores de esteira - Moto serras - Retirada de aproximadamente 50 cm da camada vegetal c) Instalação do canteiro de obras d) Locação topográfica (p/ estradas) - Marcação do eixo - marcação do off-set (taludes de corte e aterro) e) Consolidação dos terrenos de fundação e aterro. - substituição da camada de solo pouco resistente (solo ruim) - Lançamento da camada de rachão de pedras - Implantação de drenos verticais para acelerar a consolidação - Construção do aterro ATIVIDADES PRELIMINARES - TERRAPLENAGEM 80
  • 81. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 81 Para os aterros as superfícies deverão ser previamente limpas, sem vegetação nem entulhos. O material escolhido para os aterros e reaterros devem ser de preferência solos arenosos, sem detritos, pedras ou entulhos. Devem ser realizadas camadas sucessivas de no máximo 30 cm, devidamente molhadas e compactadas manual ou mecanicamente. Aterros e reaterros
  • 82. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 82 Quando o nível de compactação for baixo, isto é, não é fundamental para o desempenho estrutural do edifício, é possível utilizar pequenos equipamentos, como os compactadores mecânicos (sapos), os soquetes manuais (25 a 30 kg), ou os próprios equipamentos de escavação. Quando o nível de exigência é maior devem se procurar equipamentos específicos de compactação, tais como compactadores lisos e rolos pé de carneiro (Barros, 2006). Antes da compactação deve ser feito o ensaio de Proctor para verificação da umidade ótima. Aterros e reaterros
  • 83. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 83 1 - Depositar os materiais de escavação a uma distância superior à metade da profundidade do corte. 2 - Os taludes instáveis com mais de 1,30m de profundidade devem ser estabilizados com escoramentos. 3 - Estudo da fundação das edificações vizinhas e escoramentos dos taludes. Noções de segurança para movimentação de terra
  • 84. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 84 4 - Sinalizar os locais de trabalho com placas indicativas. 5 - Somente deve ser permitido o acesso à obra de terraplenagem de pessoas autorizadas. 6 - A pressão das construções vizinhas deve ser contida por meio de escoramento. Noções de segurança para movimentação de terra
  • 85. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 85 Noções de segurança para movimentação de terra
  • 86. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 86 Noções de segurança para movimentação de terra
  • 87. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 87 Noções de segurança para movimentação de terra
  • 88. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson Podemos contratar os serviços de movimento de terra através do: A) aluguel de equipamentos: neste caso deve ser pago a máquina de escavação por hora e os caminhões para a retirada do solo. É indicado para obras com grandes movimentos de terra. b) Empreitada global: A empresa contratada realiza e é remunerada por todos os serviços (escavação e retirada de material). Para esse tipo de contratação é necessário calcular o volume de solo tanto para corte como para o aterro. c) Empreitada por viagem: Neste tipo de contratação a remuneração pelo serviço é efetuada por caminhão (volume retirado ou colocado). O aluguel da máquina está incluso no preço da viagem, e deve-se registrar o número de viagens. Este sistema é indicado para obras com pequeno movimento de terra. Sistemas de contratação dos serviços de movimento de terra 88
  • 89. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 89 A produção sofre a influência de três fatores básicos: 1-Tempo 2-Material 3-Eficiência PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM O empreiteiro tem certa quantidade de m³ de terra para ser removida, em determinado prazo A partir daí pode determinar quantos m³ devem ser removidos por hora de trabalho Para saber se tem condições de realizar o trabalho Deve saber quantos m³/h pode remover com seu equipamento Para isso deve saber o que cada máquina pode fazer
  • 90. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 90 Providências a serem tomadas para reduzir o tempo fixo: a) sempre que possível, organizar o serviço de modo que o carregamento seja feito da parte mais alta para a mais baixa; b) eliminar o tempo de espera; c) em alguns casos a desagregação do solo é uma necessidade para maior facilidade no carregamento. Para reduzir o tempo variável é preciso planejar cuidadosamente a localização das estradas e vias de transporte. Não obstante a linha reta ser a distância mais curta entre dois pontos, convém, algumas vezes, dar voltas para evitar rampas fortes e congestionamento. PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
  • 91. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 91 PRODUÇÃO - viagens por hora e metros cúbicos por viagem determinam· a produção das máquinas. Conhecendo-se o tempo de ciclo, que é a soma dos tempos fixos e variáveis, calcula-se o número de viagens por hora. 𝑉𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎 = 60 𝑚𝑖𝑛 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 (𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠) A produção horária é calculada conhecendo-se o número de viagens ou ciclos por hora. Produção horária (m³ medidos no corte) = m³ por viagem (medido no corte) x viagens por hora. PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
  • 92. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 92 Fator de Eficiência: Eficiência de trabalho é um dos elementos mais complexos no cálculo de produção, pois é influenciado por fatores como: -Experiência do Operador -Pequenos Consertos e Ajustamentos -Atrasos Pessoais -Atrasos Causados pelo Plano Geral de Trabalho PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
  • 93. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 93 Pás mecânicas: Quando os conjuntos transportadores são carregados por meio de pá mecânica, é preciso calcular o número de conjuntos necessários para conservar a pá mecânica trabalhando todo o tempo. Para isso, é preciso assumir que a pá mecânica trabalhe os 60 min de cada hora, pois do outro modo não se teria a certeza de que a capacidade dos conjuntos de transportes seria adequada todo o tempo. O número de conjuntos de transportes necessários podem ser encontrado por meio da seguinte expressão: 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜𝑠 = 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑎 𝑝á 𝑚𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑎 𝑚3 ℎ 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑚3 ℎ 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
  • 94. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 94 As condições que influem no rendimento da pá mecânica são: a) curva que faz a lança em seu movimento giratório para alcançar o caminhão; b) tipo do material com que se trabalhe; c) o tamanho da caçamba da pá mecânica; d) a profundidade de escavação. PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
  • 95. Tecnologia das Construções I Prof. José Nelson 95