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Introdução à pesquisa científica com
foco na escrita acadêmica para eventos
na área da saúde
Bianca Machado Cruz Shibukawa
Por que devemos pesquisar na área da saúde?
História da pesquisa em saúde
• Antiguidade e era pré-capitalista: cirurgia, anestesia, hemorragia e sepse.
História da pesquisa em saúde
Por que devemos pesquisar?
• Para se adquirir mais conhecimento sobre problemas de saúde ou possíveis soluções para
eles;
• Ajuda os cientistas a desenvolverem estratégias, novos tratamentos ou práticas de cuidados
com a saúde.
• Compreender como o modo de vida das pessoas afeta a sua saúde e qualidade de vida;
• Avaliar se determinada ação gerou resultado esperado na população;
• Identificar associações entre causa e efeito;
• Analisar a tendência de determinadas doenças;
• Investigar um fenômeno que ocorreu na sociedade;
• Entre outros.
Tipos de pesquisa
• Pesquisa de campo: investigação onde ocorre ou ocorreu o fenômeno. Inclui-se:
questionário, entrevista, observação, entre outros;
• Pesquisa descritiva: consiste em observar, descrever um fenômeno, apoiando-se
em métodos de análise estatística. Permite visualizar uma situação e muitas vezes
variáveis;
• Pesquisa explicativa: permite explicar os fenômenos que são analisados e quais os
fatores que contribuíram para a ocorrência do mesmo;
• Pesquisa exploratória: procuram levantar características inéditas. Não comporta
hipóteses, uma vez que podem surgir durante ou ao término da pesquisa;
• Estudo de caso: consiste em um estudo aprofundado de um ou mais sujeitos, que
visa explicar as variáveis e causas do fenômeno;
• Relato de caso: descrição de um paciente. Pode contemplar os dados da história e
antecedência do doente;
• Pesquisa bibliográfica: é estruturada com base em material publicado em revistas
científicas de grande circulação (são revisões de literatura).
Métodos de pesquisa
• Os métodos de investigação se classificam como quantitativos,
qualitativos por apresentarem características diferenciadas, quanto à
forma e ênfase, entretanto não são excludentes. Esta classificação não
significa que se deva optar por um ou outro. O pesquisador pode, ao
desenvolver o seu estudo, utilizar os dois (estudo de método misto).
• QUANTITATIVO: tratamento dos dados numéricos por meio de
estatísticas.
• QUALITATIVO: técnicas interpretativas para descrever, decodificar,
traduzir, identificar o significado dos fenômenos observados.
Quantitativo x Qualitativo
Quantitativo Qualitativo
Objetivo compreender os fenômenos através da coleta de
dados numéricos, que apontarão preferências,
comporta mentos e outras ações dos indivíduos
que pertencem a deter minado grupo ou
sociedade.
Compreender os fenômenos através da coleta
de dados narrativos, estudando as
particularidades e experiências individuais.
Tipo de dados Reúne dados que podem ser codificados de
forma numérica.
Reúne dados que são de forma de
narrativa, como diários, questionários
abertos, entrevistas e observações que
não são codificadas usando um sistema
numérico.
Quando usar Para quantificar o problema por meio da
geração de dados numéricos ou dados que
podem ser transformados e m estatísticas
utilizáveis. A quantificação de atitudes,
opiniões e comporta mentos são usadas para
generalizar os resultados de uma população de
amostra maior.
Para entender os motivos, opiniões e
motivações subjacentes. Ele fornece
informações sobre o problema ou ajuda a
desenvolver ideias ou hipóteses para
pesquisas quantitativas. Também é usada para
descobrir tendências de pensamento e
opiniões.
Quantitativo x Qualitativo
Quantitativo Qualitativo
Tipo de abordagem Objetivo, orientado para os resultados. Subjetivo, orientado aos processos.
Amostragem Aleatória. É selecionada uma amostra
representativa grande, a fim de
generalizar resultados para uma
população.
Selecionada. Utiliza-se uma amostra pequena , a
fim de obter uma compreensão aprofundada.
Medição Padronizado, numérico (medições,
números). Os resultados são analisados
no final.
Não padronizada, narrativa (palavra escrita). Os
resultados são medidos durante a entrevista.
Coleta de dados Estruturado, inflexível, especificado em
detalhes antes do estudo.
Flexível, especificado apenas em termos gerais
antes do estudo.
Estratégia para coleta Questionários online, questionários
impressos, entrevistas presenciais,
telefônicas ou digitais, estudos
longitudinais, interceptores de sites e
observações sistemáticas.
Alguns métodos comuns incluem grupos focais
(discussões em grupo), entrevistas individuais e
observações.
Quantitativo x Qualitativo
Quantitativo Qualitativo
Análise dos dados Os dados são números e são
analisados ao final do estudo,
utilizando de cálculos
estatísticos para se chegar a
uma conclusão.
Os dados brutos estão em
palavras e são analisadas em
curso. Eles envolvem o uso de
observações e comentários para
se chegar a uma conclusão.
Interpretação dos dados As conclusões e generalizações
são formuladas ao final do
estudo, declaradas com grau de
certeza predeterminado.
Inferências e generalizações são
da responsabilidade do
pesquisador.
As conclusões são provisórias e
podem mudar. São revisadas de
forma contínua. As inferências e
generalizações são de
responsabilidade do leitor.
Método misto (quantitativo + qualitativo)
A pesquisa com métodos mistos combina os métodos de pesquisa qualitativos e quantitativos e
tem por objetivo generalizar os resultados qualitativos, ou aprofundar a compreensão dos
resultados quantitativos, ou corroborar os resultados (qualitativos ou quantitativos).
• Viabilizam o estudo de problemas complexos e a construção de resultados de pesquisa
potencialmente mais completos e relevantes.
• Oportunidade dos pesquisadores se inserirem no processo de internacionalização da ciência.
E como aplico essas informações para fazer
resumo para evento científico?
Estrutura de um resumo para evento científico
• Introdução: breve contextualização da temática.
• Objetivo: deve ser claro, conciso e descrito no tempo verbal infinitivo.
• Método: deve conter o tipo de estudo, amostra, variáveis, instrumentos
utilizados na pesquisa e o tipo de análise.
• Resultados: devem ser concisos, informativos e apresentar os principais
resultados descritos e quantificados, inclusive as características dos
participantes e análise final dos dados.
• Conclusão: deve responder estritamente ao objetivo, expressar as
considerações sobre as implicações teóricas ou práticas do estudo e as
suas principais contribuições para o avanço do conhecimento científico.
Exemplo de resumo quantitativo
• Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV/Aids) representa um problema grave de saúde pública. No
Brasil, estima-se aumento de 9,9% da doença em adolescente e jovens no período entre 2009 e 2019.
• Objetivo: Analisar a tendência das taxas de internação por doença pelo vírus do HIV/Aids em adolescentes e jovens
adultos no Paraná.
• Método: estudo longitudinal usando os dados do Sistema de Informações Hospitalares, que analisou as séries
temporais das internações hospitalares por HIV entre adolescentes e jovens adultos no Paraná, no período de 2010 a
2020. Para o cálculo das taxas, as internações foram selecionadas a partir da premissa do HIV como diagnóstico
principal de hospitalização, sendo calculadas pela razão entre o número de eventos observados e a população de
adolescentes e jovens adultos residentes no Paraná, segundo faixa etária, multiplicado por 10.000 habitantes.
• Resultados: Foram analisadas 777 internações por HIV em adolescentes e jovens adultos no Brasil, do período de
2010 a 2020. Para a faixa etária de 10 a 14 anos, houve redução da taxa de 0,17 por HIV no ano de 2010 para
nenhuma hospitalização em 2020. Em contrapartida, a taxa na faixa etária de 15 a 19 anos apresentava-se em 0,16
hospitalização em 2013. A maior ocorrência desta faixa etária foi de 0,30 em 2017, diminuindo para 0,15 em 2020. A
taxa de internação na faixa etária de 20 a 24 anos houve um aumento para 0,80 em 2017, com redução para 0,34 em
2020.
• Conclusões: Com o presente estudo, nota-se uma variação das internações por HIV em adolescentes e jovens adultos
no Paraná nos últimos anos.
Exemplo de resumo qualitativo
• Introdução: A adolescência é considerada uma fase de mudanças importantes no crescimento e maturação do indivíduo e um período de
grande vulnerabilidade quando, em geral, aumentam as responsabilidades dos jovens com relação a sua própria vida.
• Objetivo: Identificar a percepção de enfermeiros da Atenção Primária sobre sua atuação no desenvolvimento de ações de saúde para
adolescentes.
• Método: pesquisa qualitativa e descritiva, realizada em 30 Unidades Básicas de Saúde de um município do Sul do Brasil, com
enfermeiros, que responderam à entrevista semiestruturada. Utilizou-se a análise temática para tratamento dos dados, gerando três
categorias analíticas.
• Resultados: O conhecimento dos enfermeiros acerca das diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde do adolescente apresenta-se
restrito. Ações visando a promoção da saúde do adolescente são, em geral, preteridas pelos enfermeiros, dentre suas atribuições,
elegendo como obstáculos dificuldades na implementação, pouco tempo para planejamento e execução de intervenções, precariedade de
recursos financeiros e físicos e a resistência dos adolescentes em aderir às atividades propostas.
• Conclusão: A dificuldade de aproximação entre enfermeiro e adolescente na Atenção Primária se contrapõe à necessidade de vínculo
entre eles. O desenvolvimento de estratégias mais efetivas de promoção à saúde e proteção contra agravos são precárias e a omissão na
atenção integral aos adolescentes, suscita a premência de capacitação profissional e de condições estruturais, que permitam ao
profissional voltar seu olhar para essa população, notoriamente vulnerável, atendendo às orientações dos programas governamentais,
desenvolvidos para este propósito.
Exemplo de resumo misto
• Objetivo: analisar a influência da Acreditação na satisfação profissional de trabalhadores de enfermagem.
• Método: pesquisa multicêntrica, transversal, delineada pelo método misto explanatório sequencial. Na primeira etapa
preponderante, quantitativa, aplicou-se a versão brasileira validada do Index of Work Satisfaction a uma amostra (n=226)
representativa de profissionais de enfermagem de três hospitais. Destes, um era privado e certificado pela Acreditação, e os
demais, não certificados, sendo um público e outro privado. Por conexão, a segunda etapa (qualitativa) complementou a fase
quantitativa por meio de entrevistas (n=39) que foram sumarizadas pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Fez-se análise estatística
descritiva e inferencial dos dados quantitativos conectados aos qualitativos de suporte, além de apresentação conjunta de parte
das informações em joint display.
• Resultados: os trabalhadores do hospital certificado apresentaram melhor escore geral de satisfação profissional. Houve mais
associações estatísticas entre os trabalhadores dos hospitais privados. A comparação dos três grupos investigados, nas duas fases
do estudo misto, ratificou a Acreditação como fator positivo para a satisfação profissional. O hospital público sobressaiu-se em
relação ao hospital certificado nas dimensões remuneração, requisitos do trabalho e interação.
• Conclusão: a Acreditação influenciou positivamente a satisfação profissional das equipes de enfermagem investigadas.
E como eu vou conseguir dados?
• Sistemas de informações em saúde;
• Pesquisa de campo;
• Pesquisa bibliográfica.
Sistema de informações em saúde
• São instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de
dados que tem como objetivo o fornecimento de informações
para análise e compreensão dos problemas de saúde da
população, sustentando a tomada de decisões municipais,
estaduais e federais.
Dados
Análise
Reflexão
da
prática
Sistema de informações em saúde - TABNET
Sistema de Informação Instrumento de coleta
SIM Declaração de óbito
SINASC Declaração de nascido vivo
SINAN Ficha de notificação compulsória
SIH Autorização de internação hospitalar
SIA Boletim de produção ambulatorial
API Registro imuno aplicados x população vacinada
SISVAN Ficha de marcadores de consumo alimentar
SIAB Relatórios de produtividade
Sistema de informações em saúde - Outros
Sistema de Informação Conteúdo disponível
SIDRA/IBGE
Trabalho/Rendimento, censos, registro civil,
estimativa populacional, PNAD, POF, PNS, AMS,
PNSB, PeNSE, FASFIL, entre outros.
E-GESTOR
Cobertura da ABS, Suplementações alimentares,
Pagamento do PMAQ/AB.
Corpo de Bombeiros SYSMB: Registro de ocorrência e estatísticas.
IPARDES Dados do Estado do Paraná por município.
VANTAGENS
• Dispensa COPEP;
• Acessibilidade;
• Múltiplas possibilidades;
• Baixo custo.
DESVANTAGENS
• Duplicidade de estudos;
• Incompletude dos dados;
• Ausência de percepção de campo.
Vamos praticar?
Vamos praticar?
• Exercício 1: Maria e Joaquina estão escrevendo um trabalho com o
seguinte objetivo:
• Caracterizar o perfil das crianças nascidas em Maringá em 2019.
• Para tal, organize os seguintes dados em tabelas no Excel:
1- Coletar as variáveis maternas: idade, escolaridade, estado civil, nº de
consultas de pré-natal e duração da gestação.
2 – Coletar as variáveis do nascimento: peso, sexo, raça/cor, presença de
anomalia e Apgar de 1º e 5º minutos.
3- Construa um resumo de até 300 palavras.
Vamos praticar?
• Exercício 2: Cleide e Faustina estão escrevendo um trabalho com o
seguinte objetivo:
• Analisar a incidência de casos de HIV em idosos no Brasil de 2000 a 2019.
• Para tal, organize os seguintes dados em tabela em Excel:
1- Coletar o total de diagnósticos de HIV em idosos no Brasil de 1980 a
2019.
2 – Calcular as taxas de casos de HIV. Taxa de Incidência de AIDS: Número
de casos novos de AIDS em residentes X 100.000 / População total
residente no período determinado.
3- Construa um resumo de até 300 palavras.
Fonte para pesquisa bibliográfica
• Biblioteca Virtual de Saúde: MedLine, LILACS, BDENF, IBECS, CUMED,
BINACIS, Coleciona SUS, entre outros.
• Plataforma CAPES: EMBASE, SCOPUS, entre outros.
Como fazer a pesquisa bibliográfica?
• Definir um objetivo e uma questão norteadora;
• Procurar descritores em saúde que podem responder a tal objetivo.
Como fazer a busca?
• Utilizando os operadores booleanos: AND, OR e NOT.
Vamos praticar?
Exercício
• Escolha um tema;
• Defina seu objetivo (população, fenômeno de interesse e contexto);
• Escolha os descritores;
• Formule a estratégia de busca com os operadores booleanos;
• Escolha uma plataforma e execute a busca;
• Identifique as primeiras impressões dos seus resultados.
• Faça um resumo contendo: introdução, objetivo, método e no resultado apenas
listando quantos artigos identificou inicialmente.
• Lembre-se: para fazer até o final você deve ter concluído a revisão, o que exige
muita leitura e a adoção de uma metodologia rigorosa.
Referências
• BRASIL. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Informações de Saúde (TABNET). Disponível em:
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02.
• BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Portal de
periódicos CAPES/MEC. Disponível em: https://www-periodicos-capes-gov-br.ezl.periodicos.capes.gov.br/index.php?
• CEBES. Centro Brasileiro de Estudos de Saúde. Afinal, quantos Sistemas de Informação em Saúde de base nacional existem
no Brasil?. Disponível em: http://cebes.org.br/2021/07/sistemas-de-informacao-em-saude-brasil/
• OPAS. Portal Regional da BVS. Disponível em: https://bvsalud.org/
• PINHEIRO, A.L.S.; ANDRADE, K.T.S.; SILVA, D.O.; ZACHARIAS, F.C.M.; GOMIDE, M.F.S.; PINTO, I.C. Gestão da saúde: o uso
dos sistemas de informação e o compartilhamento de conhecimento para a tomada de decisão. Texto Contexto Enferm,
2016; 25(3):e3440015.
• SANTOS, S.R.; FEREIRA, J.A.; CRUZ, E.M.M.S.; LEITE, E.M.A.M.; PESSOA, J.C.S. Sistema de informação em saúde: gestão e
assistência no sistema único de saúde. Cogitare Enferm. 2014 Out/Dez; 19(4):833-40.
• TURATO, E.R. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa.
Ver Saúde Pública, 2005, v. 39, n. 3, p. 507-14. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsp/a/qtCBFFfZTRQVsCJtWhc7qnd/?format=pdf&lang=pt
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  • 1. Introdução à pesquisa científica com foco na escrita acadêmica para eventos na área da saúde Bianca Machado Cruz Shibukawa
  • 2. Por que devemos pesquisar na área da saúde?
  • 3. História da pesquisa em saúde • Antiguidade e era pré-capitalista: cirurgia, anestesia, hemorragia e sepse.
  • 5. Por que devemos pesquisar? • Para se adquirir mais conhecimento sobre problemas de saúde ou possíveis soluções para eles; • Ajuda os cientistas a desenvolverem estratégias, novos tratamentos ou práticas de cuidados com a saúde. • Compreender como o modo de vida das pessoas afeta a sua saúde e qualidade de vida; • Avaliar se determinada ação gerou resultado esperado na população; • Identificar associações entre causa e efeito; • Analisar a tendência de determinadas doenças; • Investigar um fenômeno que ocorreu na sociedade; • Entre outros.
  • 6. Tipos de pesquisa • Pesquisa de campo: investigação onde ocorre ou ocorreu o fenômeno. Inclui-se: questionário, entrevista, observação, entre outros; • Pesquisa descritiva: consiste em observar, descrever um fenômeno, apoiando-se em métodos de análise estatística. Permite visualizar uma situação e muitas vezes variáveis; • Pesquisa explicativa: permite explicar os fenômenos que são analisados e quais os fatores que contribuíram para a ocorrência do mesmo; • Pesquisa exploratória: procuram levantar características inéditas. Não comporta hipóteses, uma vez que podem surgir durante ou ao término da pesquisa; • Estudo de caso: consiste em um estudo aprofundado de um ou mais sujeitos, que visa explicar as variáveis e causas do fenômeno; • Relato de caso: descrição de um paciente. Pode contemplar os dados da história e antecedência do doente; • Pesquisa bibliográfica: é estruturada com base em material publicado em revistas científicas de grande circulação (são revisões de literatura).
  • 7. Métodos de pesquisa • Os métodos de investigação se classificam como quantitativos, qualitativos por apresentarem características diferenciadas, quanto à forma e ênfase, entretanto não são excludentes. Esta classificação não significa que se deva optar por um ou outro. O pesquisador pode, ao desenvolver o seu estudo, utilizar os dois (estudo de método misto). • QUANTITATIVO: tratamento dos dados numéricos por meio de estatísticas. • QUALITATIVO: técnicas interpretativas para descrever, decodificar, traduzir, identificar o significado dos fenômenos observados.
  • 8. Quantitativo x Qualitativo Quantitativo Qualitativo Objetivo compreender os fenômenos através da coleta de dados numéricos, que apontarão preferências, comporta mentos e outras ações dos indivíduos que pertencem a deter minado grupo ou sociedade. Compreender os fenômenos através da coleta de dados narrativos, estudando as particularidades e experiências individuais. Tipo de dados Reúne dados que podem ser codificados de forma numérica. Reúne dados que são de forma de narrativa, como diários, questionários abertos, entrevistas e observações que não são codificadas usando um sistema numérico. Quando usar Para quantificar o problema por meio da geração de dados numéricos ou dados que podem ser transformados e m estatísticas utilizáveis. A quantificação de atitudes, opiniões e comporta mentos são usadas para generalizar os resultados de uma população de amostra maior. Para entender os motivos, opiniões e motivações subjacentes. Ele fornece informações sobre o problema ou ajuda a desenvolver ideias ou hipóteses para pesquisas quantitativas. Também é usada para descobrir tendências de pensamento e opiniões.
  • 9. Quantitativo x Qualitativo Quantitativo Qualitativo Tipo de abordagem Objetivo, orientado para os resultados. Subjetivo, orientado aos processos. Amostragem Aleatória. É selecionada uma amostra representativa grande, a fim de generalizar resultados para uma população. Selecionada. Utiliza-se uma amostra pequena , a fim de obter uma compreensão aprofundada. Medição Padronizado, numérico (medições, números). Os resultados são analisados no final. Não padronizada, narrativa (palavra escrita). Os resultados são medidos durante a entrevista. Coleta de dados Estruturado, inflexível, especificado em detalhes antes do estudo. Flexível, especificado apenas em termos gerais antes do estudo. Estratégia para coleta Questionários online, questionários impressos, entrevistas presenciais, telefônicas ou digitais, estudos longitudinais, interceptores de sites e observações sistemáticas. Alguns métodos comuns incluem grupos focais (discussões em grupo), entrevistas individuais e observações.
  • 10. Quantitativo x Qualitativo Quantitativo Qualitativo Análise dos dados Os dados são números e são analisados ao final do estudo, utilizando de cálculos estatísticos para se chegar a uma conclusão. Os dados brutos estão em palavras e são analisadas em curso. Eles envolvem o uso de observações e comentários para se chegar a uma conclusão. Interpretação dos dados As conclusões e generalizações são formuladas ao final do estudo, declaradas com grau de certeza predeterminado. Inferências e generalizações são da responsabilidade do pesquisador. As conclusões são provisórias e podem mudar. São revisadas de forma contínua. As inferências e generalizações são de responsabilidade do leitor.
  • 11. Método misto (quantitativo + qualitativo) A pesquisa com métodos mistos combina os métodos de pesquisa qualitativos e quantitativos e tem por objetivo generalizar os resultados qualitativos, ou aprofundar a compreensão dos resultados quantitativos, ou corroborar os resultados (qualitativos ou quantitativos). • Viabilizam o estudo de problemas complexos e a construção de resultados de pesquisa potencialmente mais completos e relevantes. • Oportunidade dos pesquisadores se inserirem no processo de internacionalização da ciência.
  • 12. E como aplico essas informações para fazer resumo para evento científico?
  • 13. Estrutura de um resumo para evento científico • Introdução: breve contextualização da temática. • Objetivo: deve ser claro, conciso e descrito no tempo verbal infinitivo. • Método: deve conter o tipo de estudo, amostra, variáveis, instrumentos utilizados na pesquisa e o tipo de análise. • Resultados: devem ser concisos, informativos e apresentar os principais resultados descritos e quantificados, inclusive as características dos participantes e análise final dos dados. • Conclusão: deve responder estritamente ao objetivo, expressar as considerações sobre as implicações teóricas ou práticas do estudo e as suas principais contribuições para o avanço do conhecimento científico.
  • 14. Exemplo de resumo quantitativo • Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV/Aids) representa um problema grave de saúde pública. No Brasil, estima-se aumento de 9,9% da doença em adolescente e jovens no período entre 2009 e 2019. • Objetivo: Analisar a tendência das taxas de internação por doença pelo vírus do HIV/Aids em adolescentes e jovens adultos no Paraná. • Método: estudo longitudinal usando os dados do Sistema de Informações Hospitalares, que analisou as séries temporais das internações hospitalares por HIV entre adolescentes e jovens adultos no Paraná, no período de 2010 a 2020. Para o cálculo das taxas, as internações foram selecionadas a partir da premissa do HIV como diagnóstico principal de hospitalização, sendo calculadas pela razão entre o número de eventos observados e a população de adolescentes e jovens adultos residentes no Paraná, segundo faixa etária, multiplicado por 10.000 habitantes. • Resultados: Foram analisadas 777 internações por HIV em adolescentes e jovens adultos no Brasil, do período de 2010 a 2020. Para a faixa etária de 10 a 14 anos, houve redução da taxa de 0,17 por HIV no ano de 2010 para nenhuma hospitalização em 2020. Em contrapartida, a taxa na faixa etária de 15 a 19 anos apresentava-se em 0,16 hospitalização em 2013. A maior ocorrência desta faixa etária foi de 0,30 em 2017, diminuindo para 0,15 em 2020. A taxa de internação na faixa etária de 20 a 24 anos houve um aumento para 0,80 em 2017, com redução para 0,34 em 2020. • Conclusões: Com o presente estudo, nota-se uma variação das internações por HIV em adolescentes e jovens adultos no Paraná nos últimos anos.
  • 15. Exemplo de resumo qualitativo • Introdução: A adolescência é considerada uma fase de mudanças importantes no crescimento e maturação do indivíduo e um período de grande vulnerabilidade quando, em geral, aumentam as responsabilidades dos jovens com relação a sua própria vida. • Objetivo: Identificar a percepção de enfermeiros da Atenção Primária sobre sua atuação no desenvolvimento de ações de saúde para adolescentes. • Método: pesquisa qualitativa e descritiva, realizada em 30 Unidades Básicas de Saúde de um município do Sul do Brasil, com enfermeiros, que responderam à entrevista semiestruturada. Utilizou-se a análise temática para tratamento dos dados, gerando três categorias analíticas. • Resultados: O conhecimento dos enfermeiros acerca das diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde do adolescente apresenta-se restrito. Ações visando a promoção da saúde do adolescente são, em geral, preteridas pelos enfermeiros, dentre suas atribuições, elegendo como obstáculos dificuldades na implementação, pouco tempo para planejamento e execução de intervenções, precariedade de recursos financeiros e físicos e a resistência dos adolescentes em aderir às atividades propostas. • Conclusão: A dificuldade de aproximação entre enfermeiro e adolescente na Atenção Primária se contrapõe à necessidade de vínculo entre eles. O desenvolvimento de estratégias mais efetivas de promoção à saúde e proteção contra agravos são precárias e a omissão na atenção integral aos adolescentes, suscita a premência de capacitação profissional e de condições estruturais, que permitam ao profissional voltar seu olhar para essa população, notoriamente vulnerável, atendendo às orientações dos programas governamentais, desenvolvidos para este propósito.
  • 16. Exemplo de resumo misto • Objetivo: analisar a influência da Acreditação na satisfação profissional de trabalhadores de enfermagem. • Método: pesquisa multicêntrica, transversal, delineada pelo método misto explanatório sequencial. Na primeira etapa preponderante, quantitativa, aplicou-se a versão brasileira validada do Index of Work Satisfaction a uma amostra (n=226) representativa de profissionais de enfermagem de três hospitais. Destes, um era privado e certificado pela Acreditação, e os demais, não certificados, sendo um público e outro privado. Por conexão, a segunda etapa (qualitativa) complementou a fase quantitativa por meio de entrevistas (n=39) que foram sumarizadas pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Fez-se análise estatística descritiva e inferencial dos dados quantitativos conectados aos qualitativos de suporte, além de apresentação conjunta de parte das informações em joint display. • Resultados: os trabalhadores do hospital certificado apresentaram melhor escore geral de satisfação profissional. Houve mais associações estatísticas entre os trabalhadores dos hospitais privados. A comparação dos três grupos investigados, nas duas fases do estudo misto, ratificou a Acreditação como fator positivo para a satisfação profissional. O hospital público sobressaiu-se em relação ao hospital certificado nas dimensões remuneração, requisitos do trabalho e interação. • Conclusão: a Acreditação influenciou positivamente a satisfação profissional das equipes de enfermagem investigadas.
  • 17. E como eu vou conseguir dados? • Sistemas de informações em saúde; • Pesquisa de campo; • Pesquisa bibliográfica.
  • 18. Sistema de informações em saúde • São instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de dados que tem como objetivo o fornecimento de informações para análise e compreensão dos problemas de saúde da população, sustentando a tomada de decisões municipais, estaduais e federais. Dados Análise Reflexão da prática
  • 19. Sistema de informações em saúde - TABNET Sistema de Informação Instrumento de coleta SIM Declaração de óbito SINASC Declaração de nascido vivo SINAN Ficha de notificação compulsória SIH Autorização de internação hospitalar SIA Boletim de produção ambulatorial API Registro imuno aplicados x população vacinada SISVAN Ficha de marcadores de consumo alimentar SIAB Relatórios de produtividade
  • 20. Sistema de informações em saúde - Outros Sistema de Informação Conteúdo disponível SIDRA/IBGE Trabalho/Rendimento, censos, registro civil, estimativa populacional, PNAD, POF, PNS, AMS, PNSB, PeNSE, FASFIL, entre outros. E-GESTOR Cobertura da ABS, Suplementações alimentares, Pagamento do PMAQ/AB. Corpo de Bombeiros SYSMB: Registro de ocorrência e estatísticas. IPARDES Dados do Estado do Paraná por município.
  • 21. VANTAGENS • Dispensa COPEP; • Acessibilidade; • Múltiplas possibilidades; • Baixo custo. DESVANTAGENS • Duplicidade de estudos; • Incompletude dos dados; • Ausência de percepção de campo.
  • 23. Vamos praticar? • Exercício 1: Maria e Joaquina estão escrevendo um trabalho com o seguinte objetivo: • Caracterizar o perfil das crianças nascidas em Maringá em 2019. • Para tal, organize os seguintes dados em tabelas no Excel: 1- Coletar as variáveis maternas: idade, escolaridade, estado civil, nº de consultas de pré-natal e duração da gestação. 2 – Coletar as variáveis do nascimento: peso, sexo, raça/cor, presença de anomalia e Apgar de 1º e 5º minutos. 3- Construa um resumo de até 300 palavras.
  • 24. Vamos praticar? • Exercício 2: Cleide e Faustina estão escrevendo um trabalho com o seguinte objetivo: • Analisar a incidência de casos de HIV em idosos no Brasil de 2000 a 2019. • Para tal, organize os seguintes dados em tabela em Excel: 1- Coletar o total de diagnósticos de HIV em idosos no Brasil de 1980 a 2019. 2 – Calcular as taxas de casos de HIV. Taxa de Incidência de AIDS: Número de casos novos de AIDS em residentes X 100.000 / População total residente no período determinado. 3- Construa um resumo de até 300 palavras.
  • 25. Fonte para pesquisa bibliográfica • Biblioteca Virtual de Saúde: MedLine, LILACS, BDENF, IBECS, CUMED, BINACIS, Coleciona SUS, entre outros. • Plataforma CAPES: EMBASE, SCOPUS, entre outros.
  • 26. Como fazer a pesquisa bibliográfica? • Definir um objetivo e uma questão norteadora; • Procurar descritores em saúde que podem responder a tal objetivo.
  • 27. Como fazer a busca? • Utilizando os operadores booleanos: AND, OR e NOT.
  • 29. Exercício • Escolha um tema; • Defina seu objetivo (população, fenômeno de interesse e contexto); • Escolha os descritores; • Formule a estratégia de busca com os operadores booleanos; • Escolha uma plataforma e execute a busca; • Identifique as primeiras impressões dos seus resultados. • Faça um resumo contendo: introdução, objetivo, método e no resultado apenas listando quantos artigos identificou inicialmente. • Lembre-se: para fazer até o final você deve ter concluído a revisão, o que exige muita leitura e a adoção de uma metodologia rigorosa.
  • 30. Referências • BRASIL. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Informações de Saúde (TABNET). Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02. • BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Portal de periódicos CAPES/MEC. Disponível em: https://www-periodicos-capes-gov-br.ezl.periodicos.capes.gov.br/index.php? • CEBES. Centro Brasileiro de Estudos de Saúde. Afinal, quantos Sistemas de Informação em Saúde de base nacional existem no Brasil?. Disponível em: http://cebes.org.br/2021/07/sistemas-de-informacao-em-saude-brasil/ • OPAS. Portal Regional da BVS. Disponível em: https://bvsalud.org/ • PINHEIRO, A.L.S.; ANDRADE, K.T.S.; SILVA, D.O.; ZACHARIAS, F.C.M.; GOMIDE, M.F.S.; PINTO, I.C. Gestão da saúde: o uso dos sistemas de informação e o compartilhamento de conhecimento para a tomada de decisão. Texto Contexto Enferm, 2016; 25(3):e3440015. • SANTOS, S.R.; FEREIRA, J.A.; CRUZ, E.M.M.S.; LEITE, E.M.A.M.; PESSOA, J.C.S. Sistema de informação em saúde: gestão e assistência no sistema único de saúde. Cogitare Enferm. 2014 Out/Dez; 19(4):833-40. • TURATO, E.R. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Ver Saúde Pública, 2005, v. 39, n. 3, p. 507-14. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/qtCBFFfZTRQVsCJtWhc7qnd/?format=pdf&lang=pt