O documento discute processamento de grãos para ruminantes. Ele descreve diferentes métodos de processamento como moagem, laminamento, ensilagem úmida e floculação e como eles afetam a digestibilidade do amido. O processamento quebra as matrizes protéicas que envolvem os grânulos de amido, aumentando sua digestibilidade no rúmen e intestino delgado. Isso melhora o valor energético do grão e o desempenho animal.
140801- carne bovina desafios e tendências - Minerva - Fabiano
10 flavio-processamento de grãos - 24-04-12
1. Processamento de Grãos
Flávio A. P. Santos
Departamento de Zootecnia - ESALQ/USP
fapsanto@esalq.usp.br
2. Brasil: milho e sorgo
• % da MS: • % da MS: NRC
• mido :
A 72,0 • mido : 66,8
A
• roteína: 12,0
P
• roteína:
P 9,8
• DN:
F 16,1
• DN:
F 9,0 • E:
E 3,1
• E:
E 4,3 • inzas:
C 2,0
• inzas:
C 1,6
• utros:
O 3,3
• DT:
N 88,0 • DT:
N 82,0
3. AMIDO
• localização nos vegetais:
– endosperma dos grãos; tubérculos; raízes e caules dos vegetais
4. Digestão de Amido em Ruminantes
Local Produto absorvido Perdas
Rúmen AGV + Lactato CH4 + calor
Intestino Del. Glucose
Intestino G. AGV + Lactato CH4 + calor + micr.
5. Otimizar o uso de grãos de cereais em ruminantes
O que é otimizar??
Minimizar o teor de amido nas fezes
1 a 26% de amido nas fezes
99,4 a 82,0%
6. Principal limitação à digestão do amido ?
. Presença de matrizes proteicas envolvendo o grânulo de
amido
. Estrutura da matriz proteica:
“favo de mel”
7. Principal limitação à digestão do amido ?
. Presença de matrizes proteicas envolvendo o grânulo de amido
. sorgo > milho > cevada > trigo > aveia > mandioca
8. Principal limitação à digestão do amido ?
. Presença de matrizes proteicas envolvendo o grânulo de
amido
milho duro > milho dentado
12. Processamento Úmido
• Ensilagem de grãos
• Colheita precoce - 28-35% de umidade seguido de moagem ou
laminação e armazenamento anaeróbio
• Reconstituição - adição de água até 28-32% seguido de
moagem ou laminação e armazenamento anaeróbio
13. Silagem de grãos úmidos
• Ácidos orgânicos
• Enzimas proteolíticas
• Solubilização da matriz proteica
14. Silagem de grãos úmidos
• Teor de N solúvel:
• Milho moído ou laminado: 10 – 15% do NT
• Silagem de MU laminado: 50 – 60% do NT
• Silagem de UM moído: 60 – 80% do NT
15. Silagem de grãos úmidos
• Teor de umidade
• Tempo de ensilagem
• Tamanho de partículas
16. Silagem de grãos úmidos
Teor de umidade do grão x tamanho de partículas x tempo:
MOÍDO LAMINADO
Umidade, %
18 -22 23 – 26 >27 18 -22 3 – 26 >27
DMI, kg 1,13 1,32 1,27 9,04 8,64 8,29
GPD, kg 8,82 9,03 8,19 1,02 1,01 1,16
DMI/GPD 8,10 7,20 6,50 9,0 8,6 7,2
EM, Mcal/kg MS 3,07 3,20 3,48 2,91 3,00 3,29
Owens et al. (1997)
22. Incremento do valor energético do milho
• Zinn et al., (2002):
– Floculação correta do grão:
• + 15% NEm
• + 18% NEg
– NRC (1996):
• Subestima NEg do milho floculado em 3,8%
• Superestima NEg do milho laminado a seco em 5,5%
31. Brasil
Silagem de milho úmido x milho moído fino
Teor de ração Diferença Diferença GPD/CMS,
Referência Diferença CMS, %
% da MS GPD, % %
Silva et al., (2007) 60 -18 -1 +17,73
Henrique et al. (2007) 88 -1,77 +7,14 +6,25
Henrique et al. (2007) 80 -3,6 +5,48 +5,5
Costa et al. (2002) 60 -6,5 +7,89 +15,4
Média 72 -7,46 + 4,87 + 11,10
33. Milho Floculado Nelore
Milho Ensilado
Milho Moído Fino Canchim
Milho Laminado
Peres (2011)
34. Método de processamento x grupo genético
Milho Raça
Variáveis
F MF L SGU Ne Can
CMS (kg) 6,53 7,97 9,00 9,02 8,04 8,22
Amido (%) 9,49C 15,76B 22,78A 21,92A 18,42ª 16,55b
Digestibilidade do
94,78A 89,91B 83,43C 84,12C 87,16b 88,96a
amido (%)
Peres (2011)
35. Milho Laminado Uréia - 0,5% da MS
Milho Floculado Uréia - 1,0% da MS
Milho Moído Fino Uréia - 1,5% da MS
Peres (2011)
42. Resultados - processamento
Tratamentos a
Variáveis L M SGU FL EPM P
PC inicial, kg 403,22 403,29 403,04 403,43 0,269 NS
PC final, kg 511,4c 514,7bc 523,7ab 527,2a 3,153 0,0059
GPD, kg/d 1,09b 1,12b 1,21a 1,25a 0,031 0,0057
IMS, kg 10,18a 9,37b 9,41b 9,26b 0,168 0,0034
EA, gpd/ims 0,108c 0,121b 0,129ab 0,136a 0,004 <0,001
RC, % 54,86b 55,7a 54,92b 55,6a 0,170 0,0025
AOL, cm2 62,47 63,75 62,96 62,46 0,896 NS
ELm (mcal/kg/
MS) 1,58c 1,73b 1,821ab 1,93a 0,0386 <0,001
ELg(mcal/kg/MS) 0,97c 1,11b 1,18ab 1,28a 0,0339 <0,001
Carareto (2011)
43. PROCESSAMENTO X TEOR DE AMIDO FECAL
Tratamentos a
L M SGU FL EPM Valor P
% amido fezes 20,03a 9,68b 10,20b 3,42c 1,27 <0,001
DTA 1(%) 85,73c 94,44b 93,32b 98,28a 1,06 <0,001
Carareto (2011)
44. Resultados – % Bagaço de cana
Tratamentos a
Variáveis 12 20 EPM P
PC inicial, kg 403,14 403,35 0,1905 NS
PC final, kg 523,66 514,89 2,2298 0,0112
GPD, kg/d 1,21 1,12 0,0223 0,0057
IMS, kg 9,32 9,79 0,1191 0,0034
EA, gpd/ims 0,131 0,116 0,0028 <0,001
RC, % 56 55 0,1206 <0,001
AOL, cm2 63,25 62,57 0,6333 NS
EGS, mm 6,95 5,88 0,2458 NS
EL manutenção (mcal/
kg/MS) 1,830 1,690 0,027 <0,001
EL ganho de peso
(mcal/kg/MS) 1,199 1,075 0,024 <0,001
Carareto (2011)
54. RECEITA EXTRA COM A FLOCULAÇÃO / BOI
MI 6% Custo da floculação (R$/ton)
Preço do milho
Líquido
R$/ton
R$/boi R$20,00 R$30,00 R$40,00 R$50,00
200,00 197,00 + 31,00 + 24,00 + 18,00 + 11,00
300,00 119,00 + 48,00 + 38,00 + 31,00 + 25,00
400,00 42,00 + 56,00 + 50,00 + 43,00 + 37,00
Simulado com base nos dados do Exp. 4: MI 6% x F 6%; R$/@ = 95,00