TECNOLOGIA DOS MATERIAIS, PROCESSOS E INOVAÇÕES TÊXTEIS. Em Atendimento à Indústria Têxtil, Fiação, Tecelagem Plana e Malha, Acabamento Têxtil, Criação e Desenvolvimento de Tecidos planos.
3. RESUMO PROFISSIONAL:
Professor dos cursos de Logística; Têxtil e Vestuário; Gestão e Orientador de Projetos.
Supervisor de Produção e Processo Industrial com larga experiência em chão de fábrica. Principal atuação
mercadológica:
Assessor de Processo e Produção Industrial e Sistema Logístico no Atendimento de Bens e Serviços;
Especialista Têxtil com Vertente na Cadeia Produtiva do Vestuário;
Assessor de Serviços Metrológicos Têxteis em Função de Processo de licitação Pública e Privada na Compra e
Venda de Tecidos e Peças do Vestuário no Intuito de Garantir a Qualidade dos Produtos.
FORMAÇÃO ACADÊMICA
1. Pós-Graduando em Engenharia de Suprimentos. União Brasileira de Faculdades (UNIBF/PR).
2. Pós-Graduado em Engenharia de Produção. União Brasileira de Faculdades (UNIBF/PR).
3. Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior (Centro Universitário UNIFACEAR/PR).
4. Graduado em BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS (Universidade ESTÁCIO DE SÁ).
5. Técnico Têxtil pelo SENAI CETIQT – (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil/RJ).
6.Técnico em Desenho Arquitetônico (Colégio Estadual Luiz Tarquínio, CELT).
7. Capacitação Docente (SENAI).
8. Capacitação para Coordenador de Curso (SENAI CIMATEC).
9. Qualificação em Auditoria Interna conforme Norma NBR ISO/IEC 17025 (ABS Quality Evaluations/SP).
10. Qualificação em Comércio Exterior e Logística Internacional (UNICAMP/SP).
11. Publicações técnicas e científicas; Publicação em livro; Projetos e Prêmios; Registro de Patentes e Marca, etc.
4. HISTÓRICO;
ESTUDO DAS FIBRAS TÊXTEIS;
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS TÊXTEIS;
INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA DA FIAÇÃO;
INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA DA TECELAGEM;
CLASSIFICAÇÕES DOS TECIDOS PLANOS E MALHA;
NOMENCLATURA DOS TECIDOS COMERCIALMENTE UTILIZADOS E
SUA COMPOSIÇÃO;
ACABAMENTO TÊXTIL;
CONTROLE DE QUALIDADE NA APLICAÇÃO TÊXTIL;
ETIQUETA – RECOMENDAÇÕES.
SUMÁRIO
5. HISTÓRICO
A indústria têxtil é responsável pela transformação de fibras em
fios, de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário,
têxteis domésticos (roupa de cama e mesa) ou em artigos para
aplicações técnicas (tecidos técnicos, geotêxteis, cintos de
segurança etc.).
DIVISÃO DOS SETORES
É dividida basicamente em fiação, tecelagem, malharia,
beneficiamento de tecidos e confecção, podendo ser uma indústria
verticalizada, com todos os processos, ou ainda ter somente uma
ou algumas fases da produção.
INTRODUÇÃO
6. MANUFATURA
A manufatura dos tecidos é uma das mais velhas tecnologias do
homem, os tecidos conhecidos mais antigos datam
aproximadamente do ano de 5.000 AC. As primeiras fibras a
serem transformadas em fios e tecidos foram o linho e o algodão.
A automação da indústria têxtil coincidiu com a revolução
Industrial, quando as máquinas, até então acionadas por força
humana ou animal, passaram a ser acionadas por máquinas à
vapor e, mais tarde, motores elétricos.
7. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS FIBRAS TÊXTEIS
Fibra têxtil: Definição
Termo genérico para vários tipos de materiais, naturais ou
artificiais, que formam os elementos básicos para fins têxteis.
De acordo com ASTM (American Society for Testing and
Materials), fibra têxtil é um material que se caracteriza por
apresentar um comprimento pelo menos 100 vezes superior a
sua largura ou diâmetro.
8. Além do comprimento e da largura ou diâmetro, é indispensável
existir tais características:
Resistência à tensão;
Absorção;
Alongamento;
Elasticidade;
Resistência à abrasão, etc.
A indústria têxtil utiliza diferentes espécies de fibras provenientes
da natureza, havendo ainda as que são artificialmente produzidas
pelo homem, através da utilização de materiais oriundos dos
reinos vegetal e mineral.
FIBRAS TÊXTEIS
9. MATERIAIS TÊXTEIS E SUAS CARACTERÍSTICAS
Os materiais têxteis são desenvolvidos levando em consideração
a durabilidade, conforto, cuidado e o aspecto estético.
Essas considerações vêm desde a escolha das fibras as quais
serão transformadas em fios pela fiação. Os fios passarão a
tecidos na tecelagem; e o tecido será submetido aos processos de
acabamento os quais lhes proporcionarão:
Cor;
Estampa;
Maciez;
Estabilidade dimensional, etc.
10. Durabilidade
Indica o período de duração de um tecido. Um produto têxtil
para ser durável precisa ter:
-Resistência a tração;
- Resiliência;
- Resistência à lavagem e ao atrito.
Conforto
Está relacionado com o bem estar.
11.
12. Fibras Naturais
• Origem Vegetal: Algodão, Linho, Rami, Juta
e Sisal.
• Origem Animal: Lã e Seda.
• Origem Mineral: Amianto e Metálica.
15. Fibras Naturais - Algodão
Definição: O algodão é uma fibra natural vegetal, constituída por
celulose (92,3 a 94,6%).
• Umidade ( % Regain): 8,5 %.
• Efeito da temperatura: estabilidade térmica limitada.
• Ação dos ácidos: sensível.
• Ação dos álcalis: resistente a soda caustica.
• Efeito de micro-organismos: em altas umidades, algumas
bactérias ocasionam a deteriorização da celulose.
• Tolerância ao calor: 150ºC
16. características e aplicações do algodão
• Alto conforto e absorção de umidade.
• Baixa resistência a graxa.
• Baixa estabilidade dimensional.
• Alta resistência ao pilling.
• Baixa resistência a abrasão.
• Alto poder de fixação da cor.
• Amarrota com facilidade.
• Custo de lavagem e passagem.
Utilizado em: lençol, tecidos para camisaria, jeans, blusas,
saias, calças, meias,moda íntima, uniformes, linhas de costura,
cordões, etc.
17. Fibras Naturais - Linho
• Fibra de caule.
• Fibra natural celulósica ( 64,1 a 72,8 %).
• Maior resistência a tração do que algodão.
• Comprimento das fibras variando de 25 a 30 mm.
• Quimicamente apresentam quase as mesmas
características do algodão.
• Fisicamente apresentam características diferentes.
• Tolerância ao calor: 150ºC
18. Características físicas do linho
• Arranjo molecular, no linho mais bem orientadas e paralelizadas.
• Maior resistência quando comparada ao algodão.
• Menor alongamento (3%) quando comparada ao algodão (6,8%).
• Taxa regain: 12 %.
19. características e aplicações do linho
• Superfície lisa.
• Tem brilho.
• Não suja facilmente.
• Não levanta pêlo.
• Grande poder de absorção.
• Adequado ao verão, pois regula a temperatura do corpo.
• Resistente a fricção.
• Mais rígido que algodão.
• Amarrota (material nobre).
• Aplicações: camisaria, blusas, calças, saias, ternos, vestidos,
lençol, toalhas de mesa, etc.
20. Fibras Naturais - Rami
• Fibra natural celulósica ( 74,2 a 74,3%).
• Fibra de caule.
• Propriedades químicas semelhantes as do linho.
• Propriedades físicas diferentes da do linho.
• Comprimento da fibra: 150 mm.
• Resistência a tensão 4 vezes maior do que a do
linho e oito vezes maior do que a do algodão.
• Tolerância ao calor: 120ºC
21. Fibras Naturais - Sisal
• Fibra natural celulósica( 69,1%).
• Fibra de folha.
• Utilizada na produção de cordas, tapetes, carpetes
e artesanato.
• Apresenta boa tingibilidade.
22. Fibras Naturais - Lã
• Comercialmente é a mais importante desse grupo;
• É oriunda basicamente do carneiro.
• Apresenta brilho natural.
• É mais leve do que a fibra de algodão.
• Apresenta baixa resistência, mas alta extensibilidade.
• Tem resiliência.
• Regain (%): 15 a 17 %.
• Vestimentas de inverno.
• Tolerância ao calor: 130ºC
23. Lã fina: proveniente do carneiro merino, direcionada a alta-costura.
Lã grossa: carpetes e fios para trabalhos manuais como tricô e
tapeçaria.
Seu uso: cobertores, misturados com outras fibras para vestuário
masculino e feminino.
24. Fibras Naturais - Seda
• Filamento fino e contínuo (Bicho da Seda).
• Essencialmente usada em artigos de luxo.
• Apresenta excelentes características de tingimento.
• Alto Regain.
• Alta conservação térmica, pois, a seda é mal condutor de calor.
• Excelente caimento.
• Não suporta cloro.
• Não suporta exposição a luz solar.
• Tolerância ao calor: 130ºC
25. Fibras Artificiais - Viscose
• Composta de celulose regenerada.
• Alta capacidade de absorver umidade (11 a 14 % de regain).
• Brilho ou sem brilho.
• Confortável, suave, versátil.
• Bom caimento e de fácil tingimento.
• Tolerância ao calor: 130ºC
Usos em: roupas femininas, roupas masculinas, esportivas,
lingeries, gravatas, entre outros.
26. Fibras Artificiais - Acetato
• Composta por acetato de celulose.
• É econômico e suave.
• Confortável e flexível.
• Secagem rápida.
• Fácil tingimento.
• Resistência ao encolhimento.
• Excelentes aparência e caimento.
• Geralmente usados em forros, lingeries, malharia e material de
estofamento.
• Tolerância ao calor: 170ºC
27. Fibras Sintéticas – Poliéster
• Fibra manufaturada cuja matéria prima é o ácido.
• Alta resistência a ruptura, encolhimento e amarrotamento.
• Resistente à ação de produtos químicos.
• Anti-alérgico e anti-mofo.
• De fácil lavagem e rápido tingimento.
• É leve, elástico, permite vincos permanentes.
• Tolerância ao calor: 120 a 140ºC
28. Fibra de poliéster:
• Baixa capacidade de absorver umidade (Regain: 0,2 a 0,5 %).
• Pilling – Desvantagem.
• Bons resultados: 50/50; 65/35 PES/CO.
• Roupas mais populares, roupas de cama, tecidos que imitam a
seda, micro-fibra, tecidos de enchimento, etc.
29. Fibras Sintéticas – Poliamida (Nylon)
• Produzida a partir de polímeros poliamídicos.
• Forte, resistente e elástico.
• Fácil lavagem e tingimento.
• Possui brilho natural.
• Baixa absorção de umidade (Regain: 3,5 a 4,5 %).
• Alta resistência a ação de óleos e outros produtos.
• Tecidos leves, macios e elásticos.
• Tolerância ao calor: 120 a 140ºC
30. Fibras Sintéticas – Acrílico
• Fibra sintética produzida a partir da acrilonitrila, a formação
desse monômero serve para fabricação de tecidos.
• São quentes, leves e não amarrotam com facilidade.
• São resistentes a luz solar.
• São resistentes a produtos oleosos.
• Vinco permanente.
• Fácil manutenção.
• Roupas de inverno, roupas para bebês, Roupas esportivas,
suéteres e meias.
• Tolerância ao calor: 150ºC
31. Fibras Sintéticas – Polipropileno
• Fibra sintética produzida a partir do gás de polipropileno.
• São resistentes à umidade.
• Utilizadas na produção de filmes e sacarias.
• São leves.
• Resistentes a abrasão e a tenacidade.
• Resistentes à deteriorização por bactérias.
• Resistentes a produtos químicos.
• São de secagem rápida.
• Difíceis de serem tingidos.
32. Fibras Sintéticas – Poliuretano (Lycra)
• Conhecidas como elastômeros.
• Excelente elasticidade.
• Atingem até cinco vezes o seu tamanho normal sem romper.
• Forte e durável.
• Grande resistência a absorção e a deteriorização pela ação de
detergentes, produtos químicos, loções e transpiração.
• Leveza, maciez, permitindo liberdade de movimentos.
33. O fio têxtil é o produto final da etapa de fiação, sendo que sua
característica principal é o diâmetro ou espessura.
No que concerne ao tipo de matéria-prima utilizada no Brasil,
constata-se que:
- Cerca de 70% desta fibra é de algodão;
- 25% de fibras artificiais e sintéticas e 5% de linho, lã, seda, e
outras.
Os fios têxteis e a fiação
Introdução a tecnologia da fiação
34. O processo de fiação, consiste em diversas operações por meio
das quais as fibras são abertas, limpas e orientadas em uma
mesma direção, alinhadas e torcidas de modo a se prenderem
umas às outras por atrito para obtenção de fios.
Fiação têxtil
35. Etapas das operações:
Abertura;
separação das fibras;
Limpeza;
Alinhamento parcial e limpeza;
limpeza e alinhamento final;
Regularização;
Afinamento/estiragem;
Torção e embalagem.
Fiação têxtil
41. O fio é produzido passando pelo processo de penteagem que
retira da matéria-prima as impurezas e fibras curtas. Na fase de
fiar, passa pelo filatório de anéis, apresentando seis fases de
processamento e utiliza mais pessoas, maior número de
máquinas e, também uma maior área construída. Através desse
sistema permite produzir fios de qualquer espessura e com maior
resistência.
Fios Penteados
42. Fios também produzidos a partir do sistema anel (método
convencional), porém apresenta uma fase a menos do que os fios
penteados, justamente a fase de separação das fibras curtas das
longas. Desta forma, produz fios mais fracos e grossos do que os
fios penteados.
Fios Cardados
43. Os fios produzidos por esse processo são mais grossos e fracos.
São produzidos pelo menor fluxo produtivo entre os tipos de fios,
passando pela carda, passador e filatório a rotor (open end).
A capacidade produtiva de uma fiação é determinada pelos tipos de
filatórios utilizados.
Fios Cardados Open End
44. Existem três tipos básicos que se distinguem pela velocidade de
produção, pelos níveis de automação atingidos e pela qualidade e
espessura do fio produzido, a seguir maquinas de fiar:
Filatórios de anéis;
Filatórios a rotores ou open end, e;
Filatórios jet spinner.
Tipos de máquinas da fiação têxtil
45. Essa tecnologia faz com que as pontas das fibras fiquem mais
próximas do corpo do fio, que exige uma menor torção e ganho de
resistência, elasticidade e brilho. Os tecidos produzidos com esses
fios são mais macios e apresentam estampas e desenhos bem
definidos, diminui na formação de pilling.
Este processo possui uma zona de condensação pneumática após
a estiragem, mantendo as fibras mais unidas antes de receberem
a torção.
Fiação por compactação
48. Fio singelo Fio retorcido a dois cabos
Fios retorcido a dois cabos e
novamente retorcido a dois
cabos.
Formação do fio singelo e/ou retorcido na fiação
50. Formação da linha de costura na fiação
S
z
S S S S
z
Fios com 2 cabos Fios com 3 cabos
51. Torção para obtenção da linha de costura no processo
convencional:
É a operação na qual os fios são torcidos e retorcidos, com o
objetivo de conferir à linha, características como: resistência à
tração, resistência ao atrito e ao calor.
Linha de costura
52. Binagem
Realizada com vários fios, que dá origem aos cabos. Esta primeira
torção é realizada geralmente para direita (torção "S").
Retorção
Realizada após a binagem, com dois ou mais cabos, dando origem
à linha. A 2ª torção (retorção) sempre será o inverso da primeira
(binagem), ou seja, a retorção tem torção esquerda ("Z").
Processo da linda
56. O que é tecido?
É um material à base de fios de fibra natural, artificial ou sintética.
Formado por fios cruzados ou entrelaçados, etc.
Introdução a tecnologia da tecelagem
57. Tecido Plano
É uma estrutura produzida pelo cruzamento de um conjunto de
fios de urdume e outro conjunto de fios de trama, formando
ângulo de (ou próximo) a 90º - ângulo reto.
• Urdume:
Conjunto de fios dispostos na direção longitudinal (comprimento)
do tecido.
• Trama:
Conjunto de fios dispostos na direção transversal (largura) do
tecido.
Tipos de tecidos
60. Tela ou tafetá. Sarja. Cetim ou raso
A seguir as três bases (ligamentos)
fundamentais do tecido plano
61. Base da armação
É o desenho obtido pela representação gráfica do entrelaçamento de alguns
fios de urdume e algumas tramas, para posteriormente determinar-se o
desenho mínimo padrão (raport) para repetição em toda largura do tecido.
85. Fórmula
Tópico 9. LTA em pol” * n. fios urdume cm/passamento pua fundo
Tópico 10. puas totais x passamento pua fundo/LUP em pol
Tópico 11. número pente x LUP’’/ 2 (k)
Tópico 12. puas de ourela x 2/ passamento por pua ourela
Tópico 12.1. puas totais revisadas – puas de ourelas
98. Tecido Malha :
A laçada é o elemento fundamental deste tipo de tecido,
constitui-se de uma cabeça, duas pernas e dois pés. A carreira
de malhas é a sucessão de laçadas consecutivas no sentido da
largura do tecido. Já a coluna de malha é a sucessão de laçadas
consecutivas no sentido do comprimento do tecido.
Introdução a tecnologia da malharia
99. São obtidos a partir de um único fio que faz evoluções em diversas
agulhas formando uma carreira de sucessivas laçadas que irão se
entrelaçar com as laçadas da carreira seguinte.
Formação dos tecidos de malha de trama
101. Características dos artigos de malha
A estrutura e geometria dos artigos de malha diferenciam-se
substancialmente dos tecidos de tecelagem, em que os fios de
trama e urdume entrelaçam-se formando uma armação bastante
rígida.
Na malha, ao contrário, um fio assume a forma de laçadas as
quais passam por dentro das laçadas de outro fio e assim
sucessivamente.
103. os artigos de malha apresentam certa capacidade de “recuperação
elástica”, ou seja, uma vez retirada do corpo, a solicitação
recupera o seu formato inicial, total ou parcialmente. Entretanto,
deve-se notar que, se de um lado as características de
flexibilidade e recuperação elástica são altamente interessantes na
aplicação em determinados artigos, trazem implicitamente uma
consequência bastante negativa em alguns casos que se reflete
em “deformação” e problemas de “estabilidade dimensional”, o que
torna difícil a aplicação de malhas em artigos em que a rigidez, a
não deformação e o bom caimento são importantes.
104. Propriedades dos Tecidos de Malha
Outra característica importante dos artigos de malha é a
“porosidade” que está diretamente relacionada com conforto
fisiológico térmico.
105. Propriedades dos tecidos de malha
Em temperaturas elevadas, a transpiração é facilitada, permitindo
ao suor o evaporamento pelos espaços existente no artigo. Em
baixas temperaturas, a porosidade aliada ao aspecto volumoso
com que são constituídos os produtos de malha para inverno,
permite formar dentro do artigo, um colchão de ar que atua como
isolante térmico, dificultando a perda do calor do corpo para o
meio ambiente.
107. A fibra utilizada;
O fio utilizado (título, torção, fiação, texturização);
O tipo de contextura da malha;
A máquina utilizada.
Os tecidos de malha variam de acordo alguns parâmetros
108. Vantagens e desvantagens dos artigos de malha
VANTAGENS:
Elasticidade e Flexibilidade: os artigos de malha adaptam-se ao
movimento do corpo: collant, meias, roupas de banho, artigos
esportivos, roupas íntimas;
Facilidade de Fabricação: com exceção da malharia de urdume,
não necessita de urdideira; com poucos cônicas pode-se testar um
fio ou uma nova contextura. Adapta-se muito facilmente à moda;
Variedade de Contexturas: pode-se obter facilmente, variadas
contexturas de características bem diferentes uma das outras,
muitas vezes com pequenas alterações;
Conforto fisiológico: Conforme o esquema apresentado.
109. DESVANTAGENS:
Deformação: A flexibilidade característica essencial da malha, pode
ocasionar, quando mal controlada, encolhimentos ou alargamentos do tecido;
Enrolamento: Alguns tecidos, devido à sua contextura, apresentam uma
tendência a enrolar-se nas bordas, fenômeno que é prejudicial na confecção.
Tal propriedade só é possível de ser corrigida recorrendo-se a técnicas como
a termofixação ou encolhimento;
Estrutura Helicoidal: As máquinas de malharia circular de grande diâmetro,
podem apresentar uma estrutura em forma de espiral, o que facilita a
distorção da malha quando submetida a lavagem ocasionando instabilidade;
Emprego Limitado: As malhas, algumas vezes, não se adaptam a certos
tipos de aplicação em que requer tecidos de grande consistência.
113. Malha por trama
A malharia de trama é um método de converter o fio em malhas
através de entrelaçamento que tomam forma com a ajuda de
agulhas. Os tecidos de malha de trama são obtidos a partir de um
único fio que faz evoluções em diversas agulhas formando uma
carreira de sucessivas laçadas que irão se entrelaçar com as
laçadas da carreira seguinte.
114. No processo de malha por trama é utilizado apenas um tipo de
fio, denominado fio de malharia, que é mais fino, baixa torção e
tem maior resistência mecânica.
Os equipamentos empregados para a realização desse trabalho
denominam-se:
- Teares circulares.
E os teares RETILÍNEOS produzem as partes acessórias, como
golas e punhos, dentre outras.
Processo malha por trama
120. Introdução a tecnologia do acabamento têxtil
O Beneficiamento têxtil visa de uma forma geral, melhorar as
características físico-químicas do substrato, esteja ela na forma
que estiver. Contribuído na estética, toque, caimento, brilho,
rigidez, resistência, etc.
Exemplos dos substratos:
Fibras;
Fios;
Tecidos.
121. Classificação do beneficiamento têxtil
a) Beneficiamento Primário: É conjunto de operações realizadas
sobre o substrato têxtil visando colocá-lo em condições de receber tintura
(parcial ou total).
b) Beneficiamento Secundário: Conjunto de operações realizadas sobre o
substrato têxtil visando fornecer-lhe coloração parcial (estampagem) ou total
(tingimento).
c) Beneficiamento Terciário: Conjunto de operações realizadas sobre o
substrato têxtil visando melhorar suas características tais como, brilho, toque,
aspecto físico, etc., estas melhorias fazem com que o consumidor se sinta
atraído pelo produto.
124. Mercerização
É um tratamento físico-químico que envolve a impregnação do
material têxtil, sob tensão, com soluções alcalinas em condições
de temperatura e concentração rigorosamente controladas. Seu
objetivo é o aumento do brilho e da absorção de água e de
corantes, além da melhoria da resistência à tração e da
estabilidade dimensional.
125. Tipos de corantes
Corantes Ácidos
São corantes bastante solúveis em água, cuja aplicação se dá em
fibras nitrogenadas como a lã, seda, couro e algumas fibras
acrílicas. Não são recomendados para algodão, uma vez que não
possuem afinidade com fibras celulósicas, entretanto, largamente
empregados para o nylon. Possuem
uma ampla gama de coloração e, também, as mais diversas
propriedades com relação ao tipo de tingimento e solidez.
126. Corantes Dispersos
Classe especial de corantes para acetato de celulose, um material
recém-lançado na época. Tecnicamente, os corantes dispersos
são definidos como substâncias insolúveis em água, que têm
afinidade com fibras hidrófobas, a exemplo do acetato de
celulose, geralmente aplicado a partir de uma fina dispersão
aquosa. São também empregados para tingir nylon, triacetato,
acrílicos e, principalmente poliéster.
127. Corantes Diretos
São corantes que foram originalmente concebidos para tingir
algodão.
Os corantes diretos apresentam a maneira mais simples de colorir
materiais celulósicos, uma vez que aplicados a partir de um banho
neutro ou levemente alcalino, próximo ou no ponto de ebulição, no
qual são aplicados cloreto ou sulfato de sódio em quantidade e
intervalo de tempo apropriados.
128. Corantes Básicos
São corantes solúveis em água que produzem soluções coloridas
catiônicas devido à presença de grupamento amino (NH2). Suas
aplicações são para a lã, seda, fibras acrílicas e acetato de
celulose. Os corantes básicos apresentam cores bastante vivas e
alguns são mesmo fluorescentes. Entretanto, devido à pouca
solidez (principalmente à luz) e também à existência de produtos
no mercado com propriedades muito superiores, seu uso têxtil é
bastante reduzido.
129. Corantes ao Enxofre
São produtos insolúveis em água, lançados comercialmente em
1.873. A aplicação dos corantes ao enxofre assemelha-se à dos
corantes à tina, devendo ser inicialmente reduzidos a uma forma
solúvel, quando passam a ter afinidade com fibras celulósicas.
Após o tingimento, são trazidos à sua forma original, insolúvel por
oxidação. Possuem boa solidez à lavagem, mas resistem muito
pouco ao cloro.
130. Corantes à Mordente
Podem ser considerados uma subclasse dos corantes ácidos.
Combinam-se simultaneamente com a fibra do substrato e com
uma substância mordente (geralmente um complexo metálico de
alumínio, cromo, estanho ou ferro), formando ligação bastante
forte.
131. A cor não é uma propriedade intrínseca das substâncias, mas
sim uma sensação produzida no olho, segundo as condições da
luz refletida por essas substâncias. Por isso, a cor depende, em
grande parte, da natureza da luz que ilumina a substância,
variando-se com a mesma, ou seja, sem luz não há cor.
Cor e luz
132. A luz branca, como por exemplo, a luz solar
ordinária, é o resultado de uma série de rápidos movimentos
vibratórios. Esta luz compõe-se de um número determinado de
oscilações ou vibrações de diversas intensidades. Ao passar um
raio de luz branca através de um prisma, a luz se abre em forma
de uma banda multicolor denominada espectro. As cores vão
desde o violeta, com a longitude de onda mais curta e a máxima
refração, passando pelo azul, verde, amarelo, alaranjado, até o
vermelho, com a maior longitude de onda e a mínima refração.
Portanto, para que se possa ver um determinado material colorido
são necessários, uma fonte de luz, o material colorido e o olho
humano.