Quer aprender mais sobre a área têxtil? Preparamos um material inédito para quem adora este universo! Acesse o nosso e-book e confira os principais pilares e fundamentos para entender como os tecidos são feitos.
1. F I B R A S , F I O S E T E C I M E N T O
I N T R O D U Ç Ã O A O U N I V E R S O T Ê X T I L
2. S U M Á R I O
01
05
26
28
29
31
17
INTRODUÇÃO - COMO SERIA O MUNDO SEM TECIDOS?
FIBRAS TÊXTEIS
TECIMENTO
CONCLUSÃO
ANEXOS
SOBRE A FOCUS TÊXTIL
FIOS
07 FIBRAS NATURAIS
18 TIPOS DE FIO
27 TIPOS DE TECIMENTO
12 FIBRAS QUÍMICAS
21 CARACTERÍSTICAS DOS FIOS
16 COMO RECONHECER UMA FIBRA?
3. Há alguns anos a Ikea, empresa sueca
referência em mobiliário, fez um vídeo
que ilustra muito bem essa pergunta.
Ao assisti-lo, percebemos como estamos
rodeados pelo universo têxtil e não
notamos. Assim, os tecidos fazem
parte do nosso cotidiano, embora não
recebam seu devido reconhecimento.
A origem dos tecidos fez-se possível
graças a necessidades do homem da pré-
história. Nesse sentido, peles de animais
eram utilizadas para protegê-lo do frio
e serviam como meio de proteção. Hoje
em dia, seu uso vai muito além de suas
funcionalidades. Existem “tecidos à
prova de balas” e até tecnologias para
torná-los invisíveis.
Mas, como o tecido é criado? De onde
vêm as fibras e os fios? Se você se
pega pensando nisso, está no lugar
certo! Apresentaremos uma introdução
ao universo têxtil, falaremos sobre
fibra, fio e tecimento. Esses são os
itens primordiais para conhecer o ramo
ou até entender melhor como o valor da
matéria-prima impactará na peça final.
Portanto, este é um E-Book para quem
está estudando moda, para quem
trabalha na área e para quem quer se
aprimorar. É um material feito por quem
e para quem ama tecidos e moda.
Aproveite a leitura!
COMO SERIA O MUNDO
SEM TECIDOS?
4. SOBRE O QUE
VAMOS FALAR?
Quem trabalha ou quem faz parte desse mercado sabe que muita
coisa mudou. Porém, há muitos conceitos que servem de base
para a indústria têxtil e que, enquanto não surgirem inovações
tecnológicas revolucionárias para a área, não sofrerão grandes
alterações. Por isso, para entender sobre tecidos, você precisa
conhecer três pilares:
• Fibras têxteis - Mostraremos os conhecimentos primordiais
sobre as fibras têxteis, de onde elas vêm e como são classificadas.
• Fios - Explicaremos quais tipos de fio existem, como são feitos
e suas principais características.
• Tecimento - Pontuaremos como os tecidos são construídos e
mostraremos os principais tipos de ligamentos.
Ao final, você encontrará alguns gráficos e tabelas que poderão ser
muito úteis!
5. F I B R A S
T Ê X T E I S
Não há dúvidas de que a fibra é a alma do tecido, é a sua
composição. Muitas das características dos tecidos se devem
a ela.
Está cada vez mais difícil responder a seguinte pergunta:
do que o tecido é feito? Diversos questionamentos surgem
com o turbilhão de mudanças pelas quais a indústria têxtil
vem passando, e novas fibras surgem para solucionar essas
questões. Inclusive, já existem desenvolvimentos com a teia
de aranha e sua peculiar dualidade entre força e delicadeza.
Novos materiais também nascem a partir da impressão 3D,
realidade já existente em alguns nichos de mercado. Desse
modo, as possibilidades e desafios de criação para os estilistas
aumentam cada vez mais.
Hoje falaremos das fibras essenciais da indústria têxtil. Elas
se separam em dois grandes grupos: naturais e químicas.
6. O R I G E M D A S F I B R A S T Ê X T E I S
VEGETAL ANIMAL MINERAL ARTIFICIAL SINTÉTICA
NATURAIS QUÍMICAS
7. VEGETAL ANIMAL MINERAL
NATURAIS
F I B R A S
N A T U R A I S
As fibras naturais são todas as fibras que já se apresentam
prontas na natureza, e necessitam de apenas alguns processos
físicos para transformá-las em fios. Alguns exemplos de
processos físicos são a limpeza e o estiramento. Dentro deste
tipo de fibra, é possível classificá-las como de origem vegetal,
animal e mineral.
8. SEMENTES CAULE
ALGODÃO
CAPOQUE
SISAL
CAROÁ
COCO
ABACAXI
LINHO
JUTA
FRUTOFOLHA
F I B R A S N AT U R A I S
V E G E T A I S
As fibras vegetais podem vir de sementes (como o algodão),
do caule (como o linho), da folha (como o sisal) e até de
frutos (como as fibras de coco e abacaxi, as mais recentes
do grupo). A mais famosa deste grupo é, sem dúvidas, a
fibra de algodão. Isso porque antes da existência das
fibras químicas ela representava 85% da produção têxtil
no mundo, o que fazia com que a fabricação de tecidos
dependesse muito das plantações. Atualmente, ela representa
45% do volume mundial.
9. SECREÇÃO
PELOS
OVELHA - CAXEMIRA - ALPACA - VICUNHA
BICHO-DA-SEDA
F I B R A S N AT U R A I S
A N I M A I S
As fibras naturais de origem animal estão entre as mais antigas.
Como mencionamos anteriormente, as peles e pelos de animais
são muito utilizados desde os primórdios da humanidade. Na
atualidade seu uso vem diminuindo, até mesmo em regiões
com climas mais frios devido ao desenvolvimento de políticas
de proteção aos animais. Outra fibra deste grupo é a seda,
que é obtida através da secreção do bicho-da-seda. Trata-se
de uma das fibras naturais mais longas, que pode chegar a ter
mais de 1000 metros. O algodão, por outro lado, chega até
5 centímetros de comprimento. Embora seja muito delicada,
a seda é extremamente resistente. Recentemente, uma fibra
artificial que imita seda foi desenvolvida a partir do DNA da
teia de aranha.
10. MINERAL
BASALTO
F I B R A S N AT U R A I S
M I N E R A I S
Por fim, temos as fibras naturais de origem mineral. Atualmente,
elas não são muito utilizadas na área têxtil e de moda. Porém,
já foi muito empregada no passado em bordados de tecidos
requintados, feitos com fios de ouro e de prata. Além disso, o
fio de aço inox também já foi utilizado para criar tecidos com
efeito memória, ou seja, que permanece no mesmo estado
após ser tocado ou amassado. O setor automotivo é o que
mais utilizava a fibra de basalto para tecidos térmicos. Mas,
hoje em dia, as fibras químicas já conseguem desempenhar
o mesmo papel.
11. Dependendo de como é feito o cultivo de cada fibra natural,
seu preço varia. Por exemplo: o algodão é muito mais fácil de
cultivar do que o bicho-da-seda. Por essa razão é necessário
pensar em quantos insetos seriam necessários para produzir a
seda para se construir um metro de tecido. Pensando nisso, é
fácil entender porquê a seda é mais cara do que o algodão.
VIMOS NESTE CAPÍTULO:
12. ARTIFICIAL SINTÉTICA
QUÍMICAS
F I B R A S
Q U Í M I C A S
Diferente das naturais, as fibras químicas são desenvolvidas
industrialmente. Elas são formadas por macromoléculas lineares
obtidas através de artifícios ou sínteses químicas. Também
conhecidas como fibra manufaturada, este grupo é dividido
em fibras artificiais e sintéticas. A seguir, você verá que há
uma grande diferença entre essas subcategorias, apesar de
pertencerem ao mesmo agrupamento.
13. F I B R A S Q U Í M I C A S
A R T I F I C I A I S
O processo de produção de fibras artificiais celulósicas
consiste na regeneração destas numa solução de celulose com
agentes químicos. Em outras palavras, elas são produzidas
de forma similar ao papel. Originada na polpa do tronco
da árvore, passa por diversos processo físicos e químicos
até se transformar em fibra têxtil. Este grupo de fibras se
popularizou e cresceu muito nas últimas décadas pelo conforto
que proporciona quando está em contato com a pele. A mais
popular é a viscose, feita inicialmente para imitar o toque do
algodão. Outros exemplos de fibras artificiais são o modal,
lyocel e acetato.
14. POLIÉSTER
POLIAMIDA
POLIURETANO
F I B R A S Q U Í M I C A S
S I N T É T I C A S
Já as fibras sintéticas são produzidas com matérias-primas simples,
normalmente do petróleo, com as quais se sintetiza o polímero que irá
compor a fibra. Ou seja, são fibras que possuem a mesma composição
do plástico que encontramos em embalagens, brinquedos, etc. As
fibras sintéticas mais populares são o poliéster, a poliamida e o
poliuretano.
• Poliéster – Fibra formada de macromoléculas lineares que
apresentam na cadeia pelo menos 85% em massa de éster de diol
e de ácido tereftálico. Muitas peças esportivas são feitas com essa
fibra e ela é muito conhecida por sua versatilidade e custo baixo.
• Poliamida – Fibra formada de macromoléculas lineares que
apresentam na cadeia a repetição do grupo funcional amida. Também
é muito utilizada no mercado esportivo e possui ótimo toque.
• Poliuretano – Fibra formada de macromoléculas lineares que
apresentam na cadeia a repetição do grupo funcional uretano. Com
certeza você deve reconhecer esse nome das etiquetas de composição
das jaquetas que imitam couro.
15. VIMOS NESTE CAPÍTULO:
Em relação às fibras naturais, as fibras químicas possuem
melhor relação custo x benefício, pois seus fatores de produção
são muito mais controláveis. Por exemplo: não é possível prever
como será a colheita de algodão em todos os anos, assim
como é mais difícil contabilizar a vida útil de todos os bichos-
da-seda e sua produção.
16. FIBRA ANIMAL
FIBRA CELULÓSICA
FIBRA SINTÉTICA
COMO RECONHECER
UMA FIBRA?
Um teste fácil para reconhecer a composição de uma fibra
é queimá-la. Você verá que cada uma se comportará de um
jeito, reação que será semelhante a sua própria origem:
• Fibra Animal – Quando queimada, possui odor de cabelo
queimado e seu resíduo é preto e quebradiço.
• Fibra celulósica – Quando queimada, possui odor de papel
queimado e seu resíduo é leve e cinza.
• Fibra sintética – Quando queimada, seu odor é de plástico
queimado e seu resíduo é preto e duro.
Quando passamos o ferro a uma temperatura muito
elevada, a roupa pode ficar com acabamento brilhante,
pois estamos queimando a fibra. Por isto, é importante
seguir as instruções de uso disponíveis na etiqueta.
17. F I O S
Agora, falaremos sobre o fio. Ele é constituído por fibras, que
passam por vários processos para ganhar estrutura e construir
o tecido. Tão importante quanto a fibra, sua construção
também interfere no aspecto visual e na qualidade dos têxteis.
Hoje em dia contamos com tecnologias avançadas na indústria
têxtil para fiação, tanto das fibras naturais quanto das fibras
químicas. Você verá que esses elementos estão interligados,
pois o tipo de fibra determina o tipo de fio. Nesse sentido,
há duas grandes classificações e explicaremos a seguir quais
tipos de fios existem.
18. FIADOS FILAMENTOS
FIOS
O fio fiado normalmente é associado ao algodão e às fibras
naturais, que são fibras curtas. Para que elas se tornem um
fio, é necessário que passem por diversos processos. Dentre eles
podemos citar a estiragem e a torção. Um exemplo bem ilustrativo
para visualizarmos esse processo é a roca da Bela Adormecida.
Isso porque o conto de fadas mostra uma das primeiras técnicas
de fiação, que utilizava fibras de origem animal para criar o
fio. Veja como funciona aqui.
Dentro desta categoria, o fio ainda pode ser subdividido como
cardado, penteado, open-end e compacto. Cada um interfere
no tipo de tecido que será feito e em sua qualidade.
• Fio Open-end - Mais apropriado quando o fio é mais grosso, como no caso do denim. Com aspecto mais rústico, precisa de mais torções para resistir às lavagens.
• Fio Cardado - Possui uma qualidade um pouco superior do que o Open-end, mas as fibras ainda não estão muito bem alinhadas na construção do fio. Por essa razão seu aspecto é mais áspero.
• Fio Penteado – Tem qualidade superior em relação aos dois anteriores. Como o próprio nome diz, as fibras são penteadas e alinhadas dentro da construção. É um tipo de fio com melhor qualidade e
com toque mais sedoso. Assim, é muito utilizado para camisaria.
• Fio Compacto - Possui todas as características do penteado, mas é compactado ao fim do processo. Sem dúvidas, ele se sobrepõe a todos os anteriores em questão de qualidade e no quesito visual.
T I P O S D E F I O S
F I O F I A D O
19. FIADOS FILAMENTOS
FIOS
T I P O S D E F I O S
F I O D E F I L A M E N T O
A segunda classificação existente corresponde ao fio de filamento,
normalmente associado às fibras químicas. Para sua produção
uma pasta de polímeros (para fibras sintéticas) ou material
celulósico (para fibras artificiais) é feita. A partir dela, processos
químicos e de extrusão são realizados e formam os fios. Ou seja,
a fibra sintética já pode sair do maquinário como fio. Devido
à sua natureza, os fios podem passar por menos processos do
que as fibras naturais.
Vale lembrar que os fios de filamento podem ser classificados
como liso e texturizado. Este último confere ao fio maior volume,
elasticidade mecânica e toque que lembra o do fio fiado.
20. FIO MESCLA FIO FANTASIA FIO DE LUREX
FLAMÊ BOTONÊ BOUCLÉ
T I P O S D E F I O S
F I O D E F I L A M E N T O
Com as novas tecnologias têxteis, há uma diversidade de fios.
Citaremos aqui três tipos bem famosos:
• O fio mescla é a junção de dois fios que, quando torcidos,
formam o efeito homônimo. É possível atingir esse aspecto com
tingimentos diferentes. No mercado, ele também é conhecido como
mèlange, que em francês significa “misto”.
• O fio fantasia é todo aquele que possui visual diferente,
normalmente apresentando irregularidades em sua extensão e
criando textura e volume no tecido. Há vários tipos no mercado,
mas os mais conhecidos são o flamê, o botonê e o bouclé. Eles
podem ser utilizados em vários tecidos e em diferentes gramaturas.
Um exemplo é o Tweed, que possui o fio bouclé.
• Por último, um dos fios mais conhecidos é o Lurex, nome
registrado e muito disseminado no mercado. Trata-se de um fio
metálico sintético. O surgimento desse fio data da era monárquica,
onde utilizavam fios de ouro para bordar as vestes reais.
21. C A RAC TERÍSTIC A S
D O S F I O S
Há alguns critérios que podem ser utilizados para caracterizar
o fio. São eles: titulagem, número de filamentos, torção,
brilho e opacidade. Vamos explicar brevemente cada um deles
e mostrar sua importância na construção do tecido e da peça.
22. C A R A C T E R Í S T I C A S D O S F I O S
T I T U L A G E M
De modo geral, a titulagem representa a espessura do fio. O título
do fio é representado por um número que expressa uma relação
entre massa e comprimento, ou vice-versa. Normalmente, esse
valor é associado ao tecido. Um exemplo é o fio 60, fio 120, e
assim em diante. Ou seja, o título do fio está diretamente ligado
à espessura do tecido, mas não totalmente à qualidade.
A titulagem se divide em indireta e direta. A primeira é utilizada para
fio fiado, usado em fibras naturais, como o algodão. Como o
próprio nome já diz, sua relação é indireta: quanto maior o título,
mais fino é o fio. A segunda é utilizada para fio de filamentos,
aplicada em fibras sintéticas, como o poliéster. Nesse caso,
quanto maior a titulagem, mais grosso será o fio.
FIO FIADO
Titulagem Indireta
Quanto maior a titulagem, mais fino o fio.
Usado para fibras naturais, como o algodão.
FIO 30 FIO 60 FIO 120
FIO DE FILAMENTOS
Titulagem Direta
Quanto maior a titulagem, mais grosso o fio.
Usado para fibras sintéticas, como o poliéster.
FIO 30 FIO 75 FIO 150
+ GROSSO + FINO
+ FINO + GROSSO
Não se engane: quando vemos um lençol de algodão 180
fios, esse número não é referente ao título e sim à quantidade
de fios composta no tecimento do tecido. Este número se refere
à densidade do fio, deixando ele mais encorpado ou menos.
23. C A R A C T E R Í S T I C A S D O S F I O S
N Ú M E R O D E F I L A M E N T O S
MONOFILAMENTOS MULTIFILAMENTOS MICROFIBRAS
É um critério utilizado exclusivamente em fios de filamentos
(feitos a partir de fibras químicas), que pode ser monofilamento,
multifilamento e microfibra.
Quanto mais filamentos, mais encorpado o fio será. Pensando
nisso, o monofilamento possui melhor preço que os demais por
ser mais simples. Já a microfibra é composta por filamentos
extremamente finos e possui melhor toque e respirabilidade.
24. C A R A C T E R Í S T I C A S D O S F I O S
T O R Ç Õ E S
Outra característica do fio é a torção. A torção é uma característica física do
fio, definida pelo número de voltas por unidade de comprimento, geralmente
expressada em torções/metro (TPM).
Desse modo, seu objetivo é fornecer uma coesão mínima entre as fibras para
garantir que as mesmas tenham resistência à tração necessária no processo
de manufatura a que serão submetidas, bem como posteriormente em sua
aplicação final.
Fios de alta torção têm a função de conferir características ao artigo final
quanto ao toque, caimento e aparência. Quanto mais torção os fios tiverem,
mais caro ele será. Um exemplo de tecido com fio de alta torção é o crepe.
O tipo de torção pode ser “Z” ou “S”, depende do sentido em que o fio
foi torcido.
25. C A R A C T E R Í S T I C A S D O S F I O S
B R I L H O E O PA C I D A D E
O que determina se um fio é brilhante ou opaco é seu formato.
Quanto mais irregular, mais acentuado é o brilho. Isso ocorre
pela modificação na forma que a luz é refletida pela fibra.
Quanto mais regular a seção transversal do fio, mais opaco
ele será.
Outro componente que pode alterar brilho e opacidade são
os compostos químicos. Ou seja, a adição de compostos
químicos pode produzir diferentes formas de reflexão de luz
dentro de um mesmo tipo de fio. Um exemplo disso é o uso do
dióxido de titânio, produto branco que proporciona bastante
opacidade ao fio.
+ irregular
- brilho
+ arredondado
+ brilho
26. T E C I M E N T O
Após produzir os fios, o tecido é criado por meio da junção pelo tecimento.
Há três tipos básicos de tecimento:
TECIDO PLANO
TECIDO DE MALHA
NÃO TECIDO
27. T I P O S D E T E C I M E N T O
• Tecido Plano: obtido a partir do entrelaçamento de dois
conjuntos de fios que se cruzam em um ângulo reto. Os fios
dispostos no sentido horizontal são chamados fios de trama
e os fios dispostos no sentido vertical são chamados de fios
de urdume. Para visualizar o processo, imagine a construção
de cestarias. Produzido em teares, possui uma estrutura mais
rígida.
• Tecido de Malha: sua construção é desmanchável, ou seja,
caso puxemos o fio é possível desmanchar todo o tecido. É
só lembrar do tricô manual. Seu ligamento proporciona uma
estrutura maleável e com elasticidade, diferente do tecido
plano. O maior exemplo de peça feita com malha é a camiseta.
• Não tecido: mais conhecido como TNT (tecido não
tecido), é o tipo de tecido que não passa por tecimento. As
fibras são aglomeradas através de processos físicos e químicos
e normalmente não é utilizado em confecção de vestuário.
Entretanto, é uma matéria-prima recorrente no artesanato, em
vestes descartáveis, entretelas, etc.
28. C O N C L U S Ã O
Se você chegou até aqui, conseguiu
perceber como o universo têxtil é vasto e
rico de informações e conceitos. Demos
uma pincelada nos principais tópicos
para que você possa entender como
os tecidos são feitos. Seja comprando
insumos para sua empresa ou até mesmo
estudando, agora você entende como a
origem, composição e processos podem
interferir no preço de um tecido.
Neste E-Book, vimos que:
• As fibras podem ser de origem
natural ou química. Exemplos de
fibras naturais: algodão, linho e lã.
Exemplos de fibras químicas: viscose e
poliéster.
• Existem dois tipos de fio: os fiados
estão associados às fibras naturais,
enquanto os fios de filamento mantêm
relação com fibras químicas.
• Há quatro principais características
que definem um fio: título, número de
filamentos, torção, brilho x opacidade.
Todos eles interferem diretamente no
visual e especificidades do fio.
• Por fim, há três tipos de tecimento:
o tecido plano, como uma sarja, por
exemplo; o tecido de malha, como
é o caso da camiseta, por exemplo; o
não tecido, mais conhecido como TNT,
muito utilizado em roupas descartáveis.
• Por mais complexo que pareça, é um
assunto que pode ser explorado diversas
vezes e de muitas formas. Se você
gosta desse tema como nós gostamos,
esperamos que a leitura tenha sido
prazerosa e útil para seu cotidiano!
Obrigado!
29. T I P O S D E F I B R A S
C L A S S I F I C A Ç Ã O G E R A L
NATURAIS QUÍMICAS
VEGETAIS
ANIMAIS
MINERAIS
SEMENTES E FRUTOS
CAULE
FOLHAS
LÃS E PELOS
SEDA
ASBESTOS
ALGODÃO, COCO
LINHO, CÂNHAMO, RAMI,
MALVA, JUTA
SISAL, COROÁ
OVELHA, COELHO, CABRA,
ANGORÁ, MOHAIR, CAXEMIRA
SEDA CULTIVADA,
SEDA SILVESTRE
AMIANTO
POLÍMEROS
NATURAIS
POLÍMEROS
SINTÉTICOS
CELULÓSICAS
ALGINATO
ANIMAIS
CELULOSE REGENERADA
ÉSTER DE CELULOSE
VISCOSE, MODAL,
CUPRO, LIOCEL
ACETATO,
TRIACETATO
ALGINATOS
CASEÍNA
ORGÂNICAS
INORGÂNICAS
POLICONDENSAÇÃO
POLIMERIZAÇÃO DE ADIÇÃO
POLIÉSTER,
POLIAMIDA
POLIPROPILENO,
POLIACRILONITRILO
VIDRO, CARBONO, BORO,
SILÍCIO, METÁLICAS
FIBRAS TÊXTEIS
30. T I P O S D E F I B R A S
T A B E L A A B N T
FIBRAS NATURAIS VEGETAIS
• SEMENTES: 1 E 2
• CAULES: 3 A 8
• FOLHAS: 9 A 12
• FRUTOS: 13
FIBRAS NATURAIS ANIMAIS
• SECREÇÃO: 14
• PÊLOS: 15 A 24
FIBRAS NATURAIS MINERAIS
• REINO MINERAL: 25
FIBRAS QUÍMICAS
• ARTIFICIAIS: 26 A 40
• SINTÉTICAS: 41 A 60
ABACÁ
ACETATO
ACETATO SAPONIFICADO
ACRÍLICA
ALGINATO
ALGODÃO
ALPACA
ANFORÁ
ARAMIDA
ASBESTOS (AMIANTO)
BORRACHA
CABRA
CAXEMIRA
CAMELO
CÂNHAMO
CAPOQUE
CARBONO
CAROÁ
CASEÍNA
CLORETO DE POLOVINILA
CB
CA
CA+
PAC
AL
CO
WP
WA
AR
A
LA
WC
WS
WK
CH
CP
CAR
CN
CPT
PVC
9
26
27
41
28
1
15
16
42
25
29
17
18
19
3
2
30
10
31
43
CLORETO DE POLOVINILA +
CLORETO DE POLINILIDENO
COCO
COELHO
CUPRO
ELASTANA
ELASTODIENO
ESCÓRIA
FÓRMIO
JUTA
KENAF
LÃ
LHAMA
LINHO
MALVA
METÁLICA
METALIZADA
MODACRÍLICA
MODAL
MOHAIR
PVC+
PVD
CC
WR
CUO
EL
ED
SLF
CF
CJ
CK
WO
WL
CL
CM
MTF
MT
MAC
CMD
WM
44
45
13
20
32
46
47
33
11
4
5
21
22
6
7
34
35
48
36
23
MULTIPOLÍMERO
POLIAMIDA
POLICARBAMIDA
POLICLOROTRIFUORETILENO
POLIÉSTER
POLIESTIRENO
POLIETILENO
POLIPROPILENO
POLITETRAFLUORETILENO
POLIURETANA
RAMI
ROCHA
SEDA
SISAL
TRIACETATO
VICUNHA
VIDRO
VINAL
VINILAL
VISCOSE
PVH
PA
PUA
PCF
PES
PST
PE
PP
PTF
PUR
CR
STF
S
CS
CTA
WV
GF
PVA
PVA+
CV
49
50
51
52
53
54
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56
57
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8
37
14
12
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24
39
59
60
40
FIBRA TÊXTIL SIMBOLOGIA
ORDEM
SEQUENCIAL
FIBRA TÊXTIL SIMBOLOGIA
ORDEM
SEQUENCIAL
FIBRA TÊXTIL SIMBOLOGIA
ORDEM
SEQUENCIAL
31. F A L E C O N O S C O
OBRIGADO
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32. Q U E M S O M O S
Desenvolvemos e comercializamos tecidos para diversos
segmentos, de moda a decoração, procurando sempre
entregar as melhores soluções aos nossos clientes. Oferecemos
informações sobre moda a fim de inspirar e influenciar o
mercado com paixão e criatividade.
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investimos em tecnologia, logística e qualificação de equipe,
buscando inovação com foco contínuo em resultados.
Atendimento e qualidade são nossas prioridades, por isso
buscamos treinar nossa força de vendas para satisfazer nossos
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33. @ F O C U S T E X T I L
F O C U S T E X T I L . C O M . B R