Este documento fornece instruções sobre a administração de medicamentos por via intramuscular no adulto, incluindo escolha do local e calibre da agulha, técnicas, procedimentos e referências.
2. OBJETIVOS
Administrar medicamento para obter uma ação mais rápida se comparada
à via oral;
Administrar medicamentos que não podem ser absorvidos pela mucosa
gástrica;
Permitir melhor absorção de medicamentos irritantes, aquosos e viscosos.
3. MATERIAL
Bandeja; Medicação prescrita; Bolas de algodão; Gazes não estéreis;
Copo descartável;
Frasco com Álcool a
70%;
Seringas de 3 e 5 ml;
·
Agulha descartável
para administração
da medicação (25x7,
25x8 ou 30x8) e para
aspiração (40x12);
Fita crepe; Caneta esferográfica;
Luvas de
procedimento.
5. VOLUME MÁXIMO
TOLERADO EM
CADA MÚSCULO
Região dorso-glútea - nádega: 5 ml;
Região ventro-glútea – quadril: 5 ml;
Região do vasto lateral da coxa – coxa:
5 ml para adultos e 3 ml para crianças;
Região Deltóide – braço: 2 ml.
6. TÉCNICA DE APLICAÇÃO :
MÉTODO DO TRAJETO EM Z
• É uma técnica utilizada
na aplicação de drogas
irritativas para proteção da
pele e de tecidos
subcutâneos, é um
método eficaz na vedação
do medicamento dentro
dos tecidos musculares.
7. • Para realizar esta técnica,
deve-se segurar e esticar a pele
próxima ao local da punção
com a mão não dominante e
após realizar a introdução da
agulha no local. Aspirar a
seringa para observar se há
refluxo de sangue e caso não
haja introduzir a medicação
lentamente. Ao término da
introdução da medicação,
permanecer com a agulha
introduzida no local por
aproximadamente 03 a 05
segundos, para melhor
distribuição do medicamento.
Retirar a agulha e soltar a pele
que havia sido esticada. O ato
de soltar a pele implicará na
vedação do orifício da injeção,
impedindo a saída do
medicamento.
8. REGIÃO DORSO-
GLÚTEA
•Posicionar o
paciente e
Desenhar uma linha
reta imaginária e
administre a injeção
com a agulha em
um ângulo de 90º
lateral e superior ao
ponto médio dessa
linha.
9. REGIÃO DO VASTO
LATERAL DA COXA
• Posicionar o cliente em
decúbito dorsal, lateral
ou sentado. Dividir a
coxa lateralmente em
três partes, tomando a
referência o trocânter
maior e a articulação do
joelho. Aplicar no centro
do terço médio.
10. REGIÃO
DELTÓIDE
• Posicionar o cliente
sentado para melhorar seu
conforto, localizar o sítio
medindo dois ou três dedos
abaixo do acrômio; traçar
um triângulo imaginário com
a base voltada para cima e
administrar a medicação no
centro do triângulo
imaginário. A agulha deve
ser introduzida em um
ângulo de 90º.
11. Observações
Não realizar massagem no local após a aplicação da medicação nos casos de
medicamentos com contraindicações por ter ação prolongada (como
anticoncepcionais).
Inspecione o sítio de aplicação da medicação quanto a lesões, exantema,
hipersensibilidade, edema, inflamação, equimoses e outras anormalidades.
Realizar rodízio do local de punção.
Se o cliente recusar alguma medicação, registre a recusa e notifique o
enfermeiro.
Não misturar medicamentos distintos na mesma seringa para serem
administrados.
12. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
1. Verificar com exatidão a prescrição médica e preparar o material;
2. Seguir os 9 certos da administração de medicação: paciente certo, medicação
certa, a via certa, a dose certa, o horário certo, o registro certo, a orientação certa,
a forma farmacêutica certa e a resposta certa;
3. Identificar um pedaço de fita crepe, contendo o nome do paciente, o nome da
medicação, a via certa, a dose certa e o horário em que deve ser administrada;
4. Higienizar as mãos com água e sabão
13. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
5. Fazer a desinfecção da ampola/frasco ampola com algodão umedecido com álcool 70%.
Nos casos de frasco-ampola retirar a proteção metálica e após, fazer a desinfecção;
6. Abrir a embalagem da seringa e acoplá-la à agulha para aspiração do medicamento,
observando a técnica asséptica, protegendo-a em sua embalagem original;
7. Quebrar a ampola, envolvendo-a com um pedaço de algodão ou gaze, pressionando-a
com os dedos indicador e polegar da mão dominante;
8. Retirar o protetor da agulha e mantê-lo dentro de sua embalagem original sobre o balcão
de preparo do medicamento ou dentro da bandeja;
14. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
9. Aspirar o medicamento segurando a ampola ou frasco-ampola com os dedos
indicador e médio da mão não dominante, segurar a seringa com os dedos
polegar e anular da mão não dominante e com os dedos polegar, indicador e
médio da mão dominante, tracionar a extremidade do êmbolo sem contaminar
sua extensão, aspirando o medicamento;
10. Reencapar passivamente á agulha, colocando a ponta da agulha na entrada
da tampa até cobri-la completamente;
11. Colocar a seringa na posição vertical e retirar o ar;
12. Trocar a agulha utilizada para aspiração pela agulha que será ministrado o
medicamento;
15. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
13. Identificar a seringa com a fita crepe e reservar dentro da bandeja;
14. Levar os materiais até o quarto do cliente em uma bandeja e explicar o
procedimento;
15. Selecionar juntamente com o cliente o local de aplicação, geralmente a
injeção intramuscular é aplicada na região do músculo deltoide ou do músculo
glúteo. Porém, estudos comprovam que a região ventro-glútea é a mais
indicada para injeções intra- musculares. Além disso, o local deve ser
relativamente isento de pelos e livre de hipersensibilidade, edema, cicatrizes e
inflamação;
16. Calçar as luvas de procedimento;
16. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
17. Posicionar o cliente de acordo com o sítio de aplicação;
18. Conferir a etiqueta com os dados do cliente;
19. Delimitar a região a ser puncionada conforme a descrição no item 3.4;
20. Realizar a antissepsia do local onde será aplicada a medicação com o algodão embebido com
álcool a 70% no sentido distal para proximal e aguardar secar o local;;
21. Retirar a capa protetora da agulha e com a mão não dominante tracionar a pele próxima ao local
álcool a 70% no sentido distal para proximal e aguardar secar o local de inserção da agulha;
17. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
22. Introduzir a agulha delicadamente no local de punção já delimitado, de
acordo com o ângulo indicado para cada sítio de punção;
23. Tracionar o êmbolo da seringa para verificar se há presença de sangue no
local de punção;
24. Injetar lentamente o medicamento prescrito na ausência de sangue após
o procedimento de aspiração;
25. Permanecer com a agulha no local de punção por aproximadamente 03 a
05 segundos;
26. Retirar a agulha em um único movimento e soltar a pele adjacente logo
após a retirada da agulha;
18. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
27. Realizar massagem leve no local de aplicação caso não haja contra-indicação
para este procedimento com o auxilío de uma gaze não estéril;
28. Remover a agulha e colocá-la em um canto reservado da bandeja. Não
reencapar a agulha;
29. Auxiliar o cliente a posicionar-se confortavelmente e, em caso de administração
na região dorsoglútea, orientar a permanecer na mesma posição por alguns minutos;
30. Organizar o local, desprezar os materiais no expurgo, descartar a seringa com a
agulha no coletor de perfurocortantes e retirar as luvas;
31. Higienizar as mãos com água e sabão
19. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
32. Checar a prescrição médica;
33. Realizar a anotação de enfermagem constando: identificação,
apresentação, dose e via do medicamento, local de aplicação e
presença de lesões e de secreções e ocorrências adversas (locais
e sistêmicas) e as medidas tomadas
20. REFERÊNCIAS
• ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Protocolo de
segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Brasília:
Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: . Acesso em: 13 abr. 2020.
•
• BRUM JUNIOR, W. et al. Procedimento Operacional Padrão - Higiene das
mãos. Dourados: HUGD, 2018. Disponível em:
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• COUTINHO, M. H. B.; SANTOS, S. R. G. Manual de procedimentos de
enfermagem. Governo do
• Distrito Federal. Secretaria de Estado de Saúde. Subsecretaria de
Atenção à Saúde. Gerência de
• Enfermagem. Brasília, 2012.
• CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e
função humanas. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
21. REFERÊNCIAS
GARCIA, A. E. F.; PINHEIRO, M. P.; LINHARES, N. L. Procedimento Operacional Padrão –
Administração de medicamentos por via intramuscular. Rio de Janeiro: HUGG, 2018.
Disponívelem:<http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132789/1132848/POP+1.11_ADMINIST
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MENESES, A. S.; MARQUES, I. R. Proposta de um modelo de delimitação geométrica para a
injeção ventro-glútea. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília, v.60, n.5, p.552-558, 2007.
SILVA, M. T.; SILVA, S. R. L. P. T. Cálculo e administração de medicamentos na enfermagem.
São Paulo: Martinari, 2008.