SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Baixar para ler offline
Tudo dentro
Falando sobre ISTs/AIDS
2
Produção:
Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA)
Av. Presidente Vargas 446 – 13º andar – Centro – RJ
Tel.: (021) 2223-1040
www.abiaids.org.br • abia@abiaids.org.br
Facebook: https://www.facebook.com/ABIAIDS
Twitter: https://twitter.com/ABIAIDS
Autor: Juan Carlos Raxach
Revisão de texto: Débora de Castro Barros
3ª edição revisada
Tiragem: 5.000 exemplares.
Apoio:
Programação visual e editoração eletrônica:
A 4 Mãos Comunicação e Design Ltda
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que
citados a fonte e o respectivo autor.
A elaboração da primeira edição deste material fez parte do Projeto
HSH (1993-1997), coordenado pela ABIA, Grupo Pela Vidda/SP e
Grupo Pela Vidda/RJ, com apoio do AIDSCAP/FHI e PN DST/AIDS do
Ministério da Saúde (1995).
As ilustrações utilizadas neste material são do artista e ativista norteameri-
cano Keith Haring, nascido em 1958 e falecido em 1990, em Nova York, em
decorrrência de complicações causadas pela AIDS.
Keith Haring foi ativista do grupo ACT-UP e tornou-se famoso
mundialmente por sua arte popular.
Brasil – 2021
Distribuição gratuita
3
Os tempos da AIDS tra-
zem novas reflexões às nossas
vidas. Uma delas é conhecer e
cuidar de nossa saúde sexu-
al, que não só envolve nossas
relações íntimas com nossos
parceiros sexuais, como tam-
bém de tornar mais plena e pra-
zerosa a nossa vida.
As informações aqui apre-
sentadas não são um tratado
médico: procuram informar de
forma geral, e principalmente aos Homens que fazem Sexo com Homens
(HSH), sobre o que são, quais são e o que é preciso fazer para evitar as
infecções sexualmente transmissíveis (IST) e o vírus do imunodeficiên-
cia humana (HIV). Este material é simplesmente uma forma a mais de
orientação sobre a existência destas doenças e sobre a importância de
aprender a cuidar um pouco mais de nossa saúde.
A falta de informação sobre sexualidade e saúde sexual nos tornam
mais vulneráveis. E o que é pior: o desconhecimento não nos permite re-
clamar nossos direitos.
Introdução
É nosso direito estarmos bem informados.
Conhecer a existência destas infecções é um
primeiro passo para evitá-las.
4
O que são infecções
sexualmente
transmissíveis (ISTs)?
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são aquelas que
adquirimos ou transmitimos através das relações sexuais desprotegidas,
quer dizer, através do contato sexual sem o uso da camisinha.
Entramos em contato com germens que não são vistos a olho nu
e que, em alguns casos, entram em nosso organismo, se desenvolvem e
nos fazem adoecer.
Quando estes germes entram em nosso corpo através de sexo oral,
sexo anal etc., e nos fazem adoecer dizemos, então, que temos uma IST.
As ISTs não são doenças sujas, nem um castigo; nem tampouco do-
enças que se manifestam só em Homens que fazem Sexo com Homens.
Qualquer pessoa que tenha uma vida sexualmente ativa pode contrair
uma IST. Por isto, é importante aprender como nos proteger para não fi-
carmos doentes.
5
Quais são as infecções
sexualmente
transmissíveis?
Identificadas no passado como doenças venére-
as, hoje são conhecidas mais de 20 ISTs.
Somente através da observação (o
olhar) é difícil saber exatamente qual IST está cau-
sando o motivo da consulta. Isto porque diferentes
ISTs podem apresentar sintomas parecidos. Por exemplo: uma uretrite
acompanhada por uma secreção uretral e dor ao urinar pode ser uma go-
norréia, ou uma tricomoníase, ou uma infecção causada por clamídia. Ou-
tro exemplo são as feridinhas genitais também conhecidas como úlceras
genitais. As ISTs que causam úlceras podem ser: cancro mole, sífilis ou
► Sífilis ou cancro duro
► Gonorréia ou blenorragia
► Herpes simples
► Condiloma acuminado ou
verruga venérea ou crista de
galo
► Uretrite
► Rectites ou proctites (infla-
mação
do reto ou da próstata)
► Linfogranuloma venéreo
► Cancro mole
► Clamídia
► Tricomoníase
► HIV/AIDS
6
herpes. Algumas vezes, apenas a observação clínica (exame médico) não
possibilita fazer um diagnóstico preciso, e pode ser necessário a realiza-
ção de exames especializados como, por exemplo, biópsia. No caso de
não contar com esses exames, o médico pode colocar o tratamento com
base nos sinais e sintomas da doença.
O tratamento inadequado oferecido muitas vezes nas farmácias
pode ter conseqüências muito sérias para a saúde. O procedimento cor-
reto é procurar um serviço/profissional de saúde preparado e treinado.
Essas doenças têm cura e é nosso direito saber se estamos infe-
tados por algumas delas para receber atenção médica e medicamentos
adequados. Quanto mais cedo recebermos estes cuidados, melhor será o
resultado e mais rápida a cura.
Embora possa parecer um pouco complicado, é importante termos
estas informações para reivindicar o tratamento correto, pois a maioria
das ISTs tem cura e o seu diagnóstico e tratamentos adequados são da
7
maior importância. Prevenindo e tratando outras ISTs também estamos
prevenindo a infecção com o HIV/AIDS.
No caso do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que destrói
as defesas de nosso organismo e causa a Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (AIDS), também podemos nos infectar através das relações se-
xuais desprotegidas. Apesar desta não ser a única forma de infecção com
este vírus, é a principal via de contágio e a que mais depende deste nosso
cuidado individual para evitá-lo.
Apesar da AIDS ser uma doença que ainda não tem cura, existem
tratamentos eficientes que controlam a doença e melhora a qualidade de
vida das pessoas infectadas com o HIV.
Proteger-nos das ISTs é também uma forma de
evitar a AIDS, já aque debilitam nosso orga-
nismo e facilitam as ISTs e replicação do HIV.
8
Que sintomas podem nos
orientar para sabermos se
estamos ou não infectados
com uma IST?
Os sintomas podem ser variados, dependendo da infecção que es-
tamos sofrendo. Na página seguinte apresentamos alguns deles, porém...
O mais inteligente é irmos ao médico para
obter um diagnóstico preciso e receber o
tratamento adequado.
9
► Lesão indolor ou dolorosa no pênis, na boca, no
ânus, que desaparece sozinha ou se transforma em
uma ulceração.
► Secreção pela uretra ou ânus, acompanhada de ar-
dor ou coceira.
► Lesões em forma de vesícula (bolhas pequeninas),
mais freqüentemente no pênis, ao redor do ânus ou
na periferia da boca, que provoca dor como se fosse
uma queimadura.
► Verrugas solitárias ou agrupadas no pênis, ou na
periferia do ânus.
► Ínguas, dolorosas ou não, na virilha.
Em muitas ocasiões estas lesões surgem dentro do reto (ânus) ou
na boca e não as percebemos. Por isto é importante que nos examine-
mos, mesmo que algumas vezes não possamos fazê-lo por nossa con-
ta. É sempre melhor que um profissional de saúde treinado nos examine
quando temos dúvidas se apresentamos algumas destas lesões. Por ou-
tro Iado, às vezes não sabemos se estamos infectados por algumas delas,
porque os sintomas podem desaparecer sem tomarmos medicamentos
ou mesmo quando não recebemos o tratamento adequado. Isto pode
acontecer quando nos automedicamos, comprando na farmácia medica-
mentos sem saber com certeza que doença temos.
No caso do HIV, isto é mais complicado, porque quando o vírus en-
tra em nosso organismo geralmente não produz sintomas, ou estes são
tão parecidos com os de outras doenças que podemos pensar que temos
uma doença qualquer.
10
Que podemos fazer para
diminuir o risco de ter-
mos uma IST?
Um primeiro passo é aprender sobre as ISTs, e sobre o HIV e a AIDS.
Outro passo inteligente que devemos dar é procurar um médico para
chegar a um diagnóstico preciso e tomar o medicamento correto.
Os preconceitos e discriminações provocam medo de buscarmos
um médico para pedir cuidados quando apresentamos uma IST, porque
sentimos que seremos “invadidos”, “descobertos” em nossa vida sexual.
Mas devemos lembrar que o sigilo profissional não permite a ne-
nhum profissional de saúde fazer manifestações sobre nossas conversas
com ele e é nosso dever fazê-Io valer para exigir uma atenção médica dig-
na para nosso problema. Esta é outra maneira de favorecer a prevenção
das ISTs entre nós.
Nossa vida sexual é nossa, e só nós escolhemos a quem contar
sobre nossos amores. Mas seria bom e importante que nossos par-
ceiros sexuais soubessem que estamos sofrendo de uma IST, porque
eIes também têm direito de saber se estão infectados e de receber
tratamento médico. Eles podem nos servir de apoio para tomar de-
cisões.
É nosso direito, como cidadãos, receber
atenção médica adequada.
11
Uma medida que podemos
adotar é não ter relações sexu-
ais enquanto temos dúvidas se
estamos ou não afetados por
uma IST, ou utilizar camisinha
para assim evitar adquirir ou-
tras doenças e, ao mesmo tem-
po, estamos protegendo nossos
parceiros.
Ter uma boa higiene pes-
soal, lavando-nos com água e
sabão antes e depois de cada
relação sexual, é uma forma de
diminuir o risco de infecção.
O uso do preservativo e a
prática do sexo seguro são boas
providências para nos proteger e aos nossos parceiros de adquirir e trans-
mitir uma IST.
Quando adotamos medidas para prevenir as ISTs, também estamos
impedindo a entrada do HIV em nosso organismo. Mais ainda: se já esta-
mos infectados com o vírus, impedimos a reinfecção, ou seja, impedimos
que mais vírus HIV entrem em nosso corpo, prejudicando nossa saúde.
Refletir sobre nossa vida sexual, ou modificá-Ia para adotar práticas
que diminuam o risco de infecção com alguma ou algumas destas doen-
ças, não significa deixar de ter sexo. Só temos que explorar formas que nos
façam sentir prazer e, ao mesmo tempo, nos ofereçam segurança para ter
uma vida mais plena e prazerosa.
Estas não são boas razões para evitar as IST?
Informe-se mais sobre o assunto.
Se você suspeita estar infectado com uma
IST, procure uma Unidade Básica de Saúde.
O diagnóstico, o tratamento e o acompa-
nhamento das ISTs são gratuitos nos ser-
viços de saúde do SUS.
Somente o profissional de saúde treinado
tem condições de fazer exames clínicos e
de laboratório para avaliar que tipo de IST
uma pessoa contraiu.
Cada IST tem um medicamento específico.
Tomar remédios receitados por farmacêu-
ticos e amigos podem apenas “mascarar”
os sintomas e fazer com que a doença se
torne mais resistente dentro do corpo e
evoluir para complicações graves.
PRODUÇÃO: APOIO:

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a ISTs/AIDS: cuidando da saúde sexual

Sida - Trabalho Ciências
Sida - Trabalho CiênciasSida - Trabalho Ciências
Sida - Trabalho CiênciasMelissa Matos
 
Power Point Sobre A Sida 1
Power Point Sobre A Sida 1Power Point Sobre A Sida 1
Power Point Sobre A Sida 1efaesvn
 
Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_compressed20200610132403(1)...
Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_compressed20200610132403(1)...Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_compressed20200610132403(1)...
Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_compressed20200610132403(1)...enferikarodrigues
 
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2Sergio Gaio
 
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptx
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptxTrabalho sobre Sida-Concluido.pptx
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptxElisabeteGodinho3
 
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptx
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptxTrabalho sobre Sida-Concluido.pptx
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptxElisabeteGodinho3
 
Primeiros Socorros Modulo VI
Primeiros Socorros Modulo VIPrimeiros Socorros Modulo VI
Primeiros Socorros Modulo VIemanueltstegeon
 
Sexualidade (area de projecto )
Sexualidade (area de projecto )Sexualidade (area de projecto )
Sexualidade (area de projecto )navegananet
 
Cartilha infeccoes sexualmente transmissiveis
Cartilha infeccoes sexualmente transmissiveisCartilha infeccoes sexualmente transmissiveis
Cartilha infeccoes sexualmente transmissiveisDyeniffer Packer
 
Sexualidade daniela
Sexualidade danielaSexualidade daniela
Sexualidade danielasergiovendas
 
Doenças sexualmente transmissíveis
Doenças sexualmente transmissíveisDoenças sexualmente transmissíveis
Doenças sexualmente transmissíveisMarina
 
Prevenção Mulheres - SIPAT 2018
Prevenção Mulheres - SIPAT 2018Prevenção Mulheres - SIPAT 2018
Prevenção Mulheres - SIPAT 2018Everton Ferreira
 

Semelhante a ISTs/AIDS: cuidando da saúde sexual (20)

Sida - Trabalho Ciências
Sida - Trabalho CiênciasSida - Trabalho Ciências
Sida - Trabalho Ciências
 
Power Point Sobre A Sida 1
Power Point Sobre A Sida 1Power Point Sobre A Sida 1
Power Point Sobre A Sida 1
 
Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_compressed20200610132403(1)...
Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_compressed20200610132403(1)...Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_compressed20200610132403(1)...
Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_compressed20200610132403(1)...
 
A Sida
A SidaA Sida
A Sida
 
A sida
A sidaA sida
A sida
 
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2
 
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptx
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptxTrabalho sobre Sida-Concluido.pptx
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptx
 
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptx
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptxTrabalho sobre Sida-Concluido.pptx
Trabalho sobre Sida-Concluido.pptx
 
Primeiros Socorros Modulo VI
Primeiros Socorros Modulo VIPrimeiros Socorros Modulo VI
Primeiros Socorros Modulo VI
 
Sexualidade (area de projecto )
Sexualidade (area de projecto )Sexualidade (area de projecto )
Sexualidade (area de projecto )
 
Aids
AidsAids
Aids
 
Cartilha infeccoes sexualmente transmissiveis
Cartilha infeccoes sexualmente transmissiveisCartilha infeccoes sexualmente transmissiveis
Cartilha infeccoes sexualmente transmissiveis
 
Aids
AidsAids
Aids
 
Sexualidade daniela
Sexualidade danielaSexualidade daniela
Sexualidade daniela
 
Sida
SidaSida
Sida
 
Dst/aids SIPAT (oficial)
Dst/aids SIPAT (oficial)Dst/aids SIPAT (oficial)
Dst/aids SIPAT (oficial)
 
HIV vs. AIDS
HIV vs. AIDSHIV vs. AIDS
HIV vs. AIDS
 
Doenças sexualmente transmissíveis
Doenças sexualmente transmissíveisDoenças sexualmente transmissíveis
Doenças sexualmente transmissíveis
 
Prevenção Mulheres - SIPAT 2018
Prevenção Mulheres - SIPAT 2018Prevenção Mulheres - SIPAT 2018
Prevenção Mulheres - SIPAT 2018
 
Aids e vida.
Aids e vida.Aids e vida.
Aids e vida.
 

Último

Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptaçõesTHIALYMARIASILVADACU
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdfGiza Carla Nitz
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfThiagoAlmeida458596
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdfGiza Carla Nitz
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptxpatrcialibreloto
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdfGiza Carla Nitz
 

Último (20)

Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
 

ISTs/AIDS: cuidando da saúde sexual

  • 2. 2 Produção: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) Av. Presidente Vargas 446 – 13º andar – Centro – RJ Tel.: (021) 2223-1040 www.abiaids.org.br • abia@abiaids.org.br Facebook: https://www.facebook.com/ABIAIDS Twitter: https://twitter.com/ABIAIDS Autor: Juan Carlos Raxach Revisão de texto: Débora de Castro Barros 3ª edição revisada Tiragem: 5.000 exemplares. Apoio: Programação visual e editoração eletrônica: A 4 Mãos Comunicação e Design Ltda É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citados a fonte e o respectivo autor. A elaboração da primeira edição deste material fez parte do Projeto HSH (1993-1997), coordenado pela ABIA, Grupo Pela Vidda/SP e Grupo Pela Vidda/RJ, com apoio do AIDSCAP/FHI e PN DST/AIDS do Ministério da Saúde (1995). As ilustrações utilizadas neste material são do artista e ativista norteameri- cano Keith Haring, nascido em 1958 e falecido em 1990, em Nova York, em decorrrência de complicações causadas pela AIDS. Keith Haring foi ativista do grupo ACT-UP e tornou-se famoso mundialmente por sua arte popular. Brasil – 2021 Distribuição gratuita
  • 3. 3 Os tempos da AIDS tra- zem novas reflexões às nossas vidas. Uma delas é conhecer e cuidar de nossa saúde sexu- al, que não só envolve nossas relações íntimas com nossos parceiros sexuais, como tam- bém de tornar mais plena e pra- zerosa a nossa vida. As informações aqui apre- sentadas não são um tratado médico: procuram informar de forma geral, e principalmente aos Homens que fazem Sexo com Homens (HSH), sobre o que são, quais são e o que é preciso fazer para evitar as infecções sexualmente transmissíveis (IST) e o vírus do imunodeficiên- cia humana (HIV). Este material é simplesmente uma forma a mais de orientação sobre a existência destas doenças e sobre a importância de aprender a cuidar um pouco mais de nossa saúde. A falta de informação sobre sexualidade e saúde sexual nos tornam mais vulneráveis. E o que é pior: o desconhecimento não nos permite re- clamar nossos direitos. Introdução É nosso direito estarmos bem informados. Conhecer a existência destas infecções é um primeiro passo para evitá-las.
  • 4. 4 O que são infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)? As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são aquelas que adquirimos ou transmitimos através das relações sexuais desprotegidas, quer dizer, através do contato sexual sem o uso da camisinha. Entramos em contato com germens que não são vistos a olho nu e que, em alguns casos, entram em nosso organismo, se desenvolvem e nos fazem adoecer. Quando estes germes entram em nosso corpo através de sexo oral, sexo anal etc., e nos fazem adoecer dizemos, então, que temos uma IST. As ISTs não são doenças sujas, nem um castigo; nem tampouco do- enças que se manifestam só em Homens que fazem Sexo com Homens. Qualquer pessoa que tenha uma vida sexualmente ativa pode contrair uma IST. Por isto, é importante aprender como nos proteger para não fi- carmos doentes.
  • 5. 5 Quais são as infecções sexualmente transmissíveis? Identificadas no passado como doenças venére- as, hoje são conhecidas mais de 20 ISTs. Somente através da observação (o olhar) é difícil saber exatamente qual IST está cau- sando o motivo da consulta. Isto porque diferentes ISTs podem apresentar sintomas parecidos. Por exemplo: uma uretrite acompanhada por uma secreção uretral e dor ao urinar pode ser uma go- norréia, ou uma tricomoníase, ou uma infecção causada por clamídia. Ou- tro exemplo são as feridinhas genitais também conhecidas como úlceras genitais. As ISTs que causam úlceras podem ser: cancro mole, sífilis ou ► Sífilis ou cancro duro ► Gonorréia ou blenorragia ► Herpes simples ► Condiloma acuminado ou verruga venérea ou crista de galo ► Uretrite ► Rectites ou proctites (infla- mação do reto ou da próstata) ► Linfogranuloma venéreo ► Cancro mole ► Clamídia ► Tricomoníase ► HIV/AIDS
  • 6. 6 herpes. Algumas vezes, apenas a observação clínica (exame médico) não possibilita fazer um diagnóstico preciso, e pode ser necessário a realiza- ção de exames especializados como, por exemplo, biópsia. No caso de não contar com esses exames, o médico pode colocar o tratamento com base nos sinais e sintomas da doença. O tratamento inadequado oferecido muitas vezes nas farmácias pode ter conseqüências muito sérias para a saúde. O procedimento cor- reto é procurar um serviço/profissional de saúde preparado e treinado. Essas doenças têm cura e é nosso direito saber se estamos infe- tados por algumas delas para receber atenção médica e medicamentos adequados. Quanto mais cedo recebermos estes cuidados, melhor será o resultado e mais rápida a cura. Embora possa parecer um pouco complicado, é importante termos estas informações para reivindicar o tratamento correto, pois a maioria das ISTs tem cura e o seu diagnóstico e tratamentos adequados são da
  • 7. 7 maior importância. Prevenindo e tratando outras ISTs também estamos prevenindo a infecção com o HIV/AIDS. No caso do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que destrói as defesas de nosso organismo e causa a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), também podemos nos infectar através das relações se- xuais desprotegidas. Apesar desta não ser a única forma de infecção com este vírus, é a principal via de contágio e a que mais depende deste nosso cuidado individual para evitá-lo. Apesar da AIDS ser uma doença que ainda não tem cura, existem tratamentos eficientes que controlam a doença e melhora a qualidade de vida das pessoas infectadas com o HIV. Proteger-nos das ISTs é também uma forma de evitar a AIDS, já aque debilitam nosso orga- nismo e facilitam as ISTs e replicação do HIV.
  • 8. 8 Que sintomas podem nos orientar para sabermos se estamos ou não infectados com uma IST? Os sintomas podem ser variados, dependendo da infecção que es- tamos sofrendo. Na página seguinte apresentamos alguns deles, porém... O mais inteligente é irmos ao médico para obter um diagnóstico preciso e receber o tratamento adequado.
  • 9. 9 ► Lesão indolor ou dolorosa no pênis, na boca, no ânus, que desaparece sozinha ou se transforma em uma ulceração. ► Secreção pela uretra ou ânus, acompanhada de ar- dor ou coceira. ► Lesões em forma de vesícula (bolhas pequeninas), mais freqüentemente no pênis, ao redor do ânus ou na periferia da boca, que provoca dor como se fosse uma queimadura. ► Verrugas solitárias ou agrupadas no pênis, ou na periferia do ânus. ► Ínguas, dolorosas ou não, na virilha. Em muitas ocasiões estas lesões surgem dentro do reto (ânus) ou na boca e não as percebemos. Por isto é importante que nos examine- mos, mesmo que algumas vezes não possamos fazê-lo por nossa con- ta. É sempre melhor que um profissional de saúde treinado nos examine quando temos dúvidas se apresentamos algumas destas lesões. Por ou- tro Iado, às vezes não sabemos se estamos infectados por algumas delas, porque os sintomas podem desaparecer sem tomarmos medicamentos ou mesmo quando não recebemos o tratamento adequado. Isto pode acontecer quando nos automedicamos, comprando na farmácia medica- mentos sem saber com certeza que doença temos. No caso do HIV, isto é mais complicado, porque quando o vírus en- tra em nosso organismo geralmente não produz sintomas, ou estes são tão parecidos com os de outras doenças que podemos pensar que temos uma doença qualquer.
  • 10. 10 Que podemos fazer para diminuir o risco de ter- mos uma IST? Um primeiro passo é aprender sobre as ISTs, e sobre o HIV e a AIDS. Outro passo inteligente que devemos dar é procurar um médico para chegar a um diagnóstico preciso e tomar o medicamento correto. Os preconceitos e discriminações provocam medo de buscarmos um médico para pedir cuidados quando apresentamos uma IST, porque sentimos que seremos “invadidos”, “descobertos” em nossa vida sexual. Mas devemos lembrar que o sigilo profissional não permite a ne- nhum profissional de saúde fazer manifestações sobre nossas conversas com ele e é nosso dever fazê-Io valer para exigir uma atenção médica dig- na para nosso problema. Esta é outra maneira de favorecer a prevenção das ISTs entre nós. Nossa vida sexual é nossa, e só nós escolhemos a quem contar sobre nossos amores. Mas seria bom e importante que nossos par- ceiros sexuais soubessem que estamos sofrendo de uma IST, porque eIes também têm direito de saber se estão infectados e de receber tratamento médico. Eles podem nos servir de apoio para tomar de- cisões. É nosso direito, como cidadãos, receber atenção médica adequada.
  • 11. 11 Uma medida que podemos adotar é não ter relações sexu- ais enquanto temos dúvidas se estamos ou não afetados por uma IST, ou utilizar camisinha para assim evitar adquirir ou- tras doenças e, ao mesmo tem- po, estamos protegendo nossos parceiros. Ter uma boa higiene pes- soal, lavando-nos com água e sabão antes e depois de cada relação sexual, é uma forma de diminuir o risco de infecção. O uso do preservativo e a prática do sexo seguro são boas providências para nos proteger e aos nossos parceiros de adquirir e trans- mitir uma IST. Quando adotamos medidas para prevenir as ISTs, também estamos impedindo a entrada do HIV em nosso organismo. Mais ainda: se já esta- mos infectados com o vírus, impedimos a reinfecção, ou seja, impedimos que mais vírus HIV entrem em nosso corpo, prejudicando nossa saúde. Refletir sobre nossa vida sexual, ou modificá-Ia para adotar práticas que diminuam o risco de infecção com alguma ou algumas destas doen- ças, não significa deixar de ter sexo. Só temos que explorar formas que nos façam sentir prazer e, ao mesmo tempo, nos ofereçam segurança para ter uma vida mais plena e prazerosa. Estas não são boas razões para evitar as IST? Informe-se mais sobre o assunto.
  • 12. Se você suspeita estar infectado com uma IST, procure uma Unidade Básica de Saúde. O diagnóstico, o tratamento e o acompa- nhamento das ISTs são gratuitos nos ser- viços de saúde do SUS. Somente o profissional de saúde treinado tem condições de fazer exames clínicos e de laboratório para avaliar que tipo de IST uma pessoa contraiu. Cada IST tem um medicamento específico. Tomar remédios receitados por farmacêu- ticos e amigos podem apenas “mascarar” os sintomas e fazer com que a doença se torne mais resistente dentro do corpo e evoluir para complicações graves. PRODUÇÃO: APOIO: