O documento discute elementos e fatores climáticos e apresenta uma classificação climática de Köppen para o Brasil. Os elementos climáticos incluem temperatura, pressão, umidade, precipitação e ventos. Os fatores climáticos são características físicas como latitude, altitude, vegetação e oceanos. A classificação de Köppen é baseada em temperatura e precipitação e divide o clima em zonas tropicais, áridas, temperadas, continentais e polares.
3. FATORES CLIMÁTICOS
Características físicas que determinam o estado
climático
Latitude
Altitude e relevo
Cobertura vegetal e solos
Continentes e mares
Correntes oceânicas
Circulação e massas de ar
4. Classificação climática
Clima: termo grego para declinação do sol
Dada a grande diversidade dos climas algumas
características são selecionadas para sistematizar e
classificar os vários tipos, de modo a simplificar, organizar
e generalizar as condições dominantes em cada lugar.
Classificação: arranjo simplificado e eficiente das
informações para um dado propósito
temperatura e a precipitação: elementos mais
usados
5. Classificações climáticas:
desde os gregos:
25 DC: Pomponius Mela formalizou um sistema de zonas
climáticas: tórrida, temperada e frígida
1806: de Martonne: proposta de estudo regional do clima com
base em temperatura e precipitação
1817: Humboldt plotou a temperatura média anual em um mapa
1883: Julius Hann: “Handbuch der Klimatologie”
6. 1931: Thornthwaite - classificação hierárquica condições
de umidade do solo (chuva, temperatura e evapotr.); 1948:
introduz o conceito de evapotranspiração potencial e balanço
de umidade
1950: Flohn - tipologia baseada na circulação global de ventos,
sem referência direta à temperatura, com pontos comum com
Koeppen
1951: Strahler: divisão com base na origem, dinâmica e domínio
dos sistemas atmosféricos, com definição de grupos e tipos
1956: Budyko base no balanço de energia (muito generalizado
até por falta de dados)
7. 1961: Peguy: organização do meio climático com
dados mensais de temperatura e precipitação
1961: Terjung: estabelece uma classificação para os
EUA com base em índice de conforto térmico e
informações de vento; em 1968, classificação com
base na energia solar recebida, aprimorada em
colaboração com Loui em 1972, incorporando
também umidade
8. 1884-1940: Koeppen – a mais popular; classificação
hierárquica de acordo com as necessidades hídricas e
de temperatura dos vegetais. Faz uso de uma base
numérica de classificação a partir da temperatura ou
precipitação média mensal e anual; limite das zonas
definidos pelos padrões de vegetação.
1928: Bergeron - tipologia genética, categorizando o
local de acordo com a frequência do domínio das
massas de ar
1931: Müller – tipologia muito próxima de Koeppen
9. Classificações climáticas para o Brasil:
1889, 1927: Henrique Morize
1916, 1926: Delgado de Carvalho
1945: Serebrenick
3 tipos: equatorial - N isoterma de 250; subtropical –
isotermas entre 250 e 180 e temperado < 180
Lysia Bernardes (1951): base na então nova divisão
territorial do país, adotada pelo IBGE
Serra (1960): mapas detalhados com classificação de
Koeppen
Schmidt (1942) – classificação para a planície amazônica
10. Setzer (1946): classificação para São Paulo, com base
no índice de umidade
Paes de Camargo (1971): aplicação da classificação
de Thornthwaite para o estado de São Paulo
Monteiro (anos 70): classificação partindo dos tipos
de tempo (análise rítmica) – São Paulo e outros estados
da nação
11. das 5 grandes zonas definidas por Koeppen, 4 tem por base a
temperatura (A,C, D e E); a outra (B), a precipitação
cada zona é dividida em tipos, de acordo com as relações
entre temperatura e precipitação
classificação de Koeppen: tem sido refinada -ex.: Trewartha
acrescenta uma sexta zona (H-clima de altitude)
12. zona A: ocupa quase toda a extensão do planeta
entre 15-200 N e S. Principal característica:
ausência de frio, sendo altamente modulada pela
latitude. Permanentemente úmida. Os tipos advêm
das diferenças na distribuição da chuva
TROPICAL
13.
14. zona B: recobre 30% do globo (+ do que
qualquer outro). Grande grau de previsibilidade.
Ocorre nas latitudes subtropicais. Ásia: distância
de corpos hídricos ou barreiras orográficas
ÁRIDO
15.
16. zona C: latitude médias (30-600) - área de maior
variabilidade atmosférica, com verões e invernos bem
marcados. Precipitação bem variável nos totais e na
distribuição temporal
TEMPERADO
17.
18. zona D: grande flutuação anual da temperatura (pois ocorre
em extensas áreas continentais), com estações bem marcadas.
Precipitações concentradas no verão, sem inverno muito seco
CONTINENTAL
19.
20. zona E: sem grande variação temporal,
sempre frio e seco temperatura baixa:
pouco vapor d’água
POLAR OU GLACIAL
21.
22. zona H (contribuição de Trewartha): clima
de altitude influencia todos os elementos do
clima.
É registrado em áreas de altitude elevada
(montanhas, planaltos), com grande
variação geográfica
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29. Sub-tipos da classificação climática de Köppen para o
Brasil:
A
• Af – com chuvas bem distribuídas ao longo do ano e
ausência de estação seca, como na Amazônia ocidental e
parte do litoral do SE
• Am – com pequena estação seca, sob influência de
monções, ocorre em boa parte da Amazônia oriental
• Aw – denominado clima de savanas, com inverno seco e
chuvas máximas no verão, presente nas regiões N, CO e
parte do SE
• Aw´ - igual ao anterior, mas com chuvas máximas no
outono
• As – precipitações de outono-inverno, ocorre em parte do
litoral do NE
30. • B
• Bsh – semi-árido quente, ocorre no
sertão da região NE (Tmed anual >
18ºC)
31. • C
• Cwa – tropical de altitude, com inverno seco e temp.
mês mais quente > 22C
• Cwb – tropical de altitude, com temp. do mês mais
quente < 22C
• Csa – tropical de altitude, estiagem de verão,
representando uma pequena região do NE
• Cfa – sub-tropical, sem estação seca e temp. do mês
mais quente >22C
• Cfb – sub-tropical, sem estação seca e temp. do mês
mais quente < 22C