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GRAMÁTICA
MORFOLOGIA DO VERBO
Livro Eletrônico
ELIAS SANTANA
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e
Respectiva Literatura – pela Universidade de
Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição,
na área de concentração “Gramática – Teoria e
Análise”, com enfoque em ensino de gramática.
Foi servidor da Secretaria de Educação do DF,
além de pro­
fessor em vários colégios e cursos
preparatórios. Ministra aulas de gramá­
tica,
redação discursiva e interpretação de textos.
Ademais, é escritor, com uma obra literária já
publicada. Por essa razão, recebeu Moção de
Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
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GRAMÁTICA
Morfologia do Verbo
Prof. Elias Santana
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SUMÁRIO
Verbo.........................................................................................................4
Parte I: Conceitos e Características................................................................6
Parte II: Conjugação Verbal........................................................................10
Conjugação dos Verbos Regulares................................................................10
Conjugação dos Verbos Irregulares..............................................................18
Tempos Compostos....................................................................................24
Particípios Irregulares................................................................................26
Parte III: Emprego dos Tempos e Modos Verbais............................................27
Parte IV: Correlação Verbal.........................................................................28
Questões de Concurso................................................................................33
Gabarito...................................................................................................74
Gabarito Comentado..................................................................................75
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VERBO
Olá, querido(a) amigo(a)!
Neste PDF, falaremos de um assunto que nem todas as bancas para concursos
públicos cobram: a morfologia verbal. Antes de iniciarmos a matéria, gostaria de
apresentar algumas justificativas.
Todo material elaborado por mim é concebido de acordo com o perfil de banca,
e não apenas de acordo com o edital proposto. Vou dar exemplos:
O Cespe, em muitos editais, cita “relações entre tempos e modos verbais”. To-
davia, pegue o escopo das últimas questões elaboradas pela banca. Este assunto
foi cobrado? Não! Então, pergunto: por que eu deveria gastar o seu precioso
tempo com isso?
A FCC, em muito editais, cita “acentuação gráfica”. Todavia, pegue o escopo
das últimas questões elaboradas pela banca. Este assunto foi cobrado? Não! Então,
pergunto: por que eu deveria gastar o seu precioso tempo com isso?
Eu não quero, com esse discurso, estimular a irresponsabilidade, mas o adequa-
do planejamento tático dos seus estudos. Quem se prepara para concursos públicos
deve gerir prioridades, uma vez que o tempo sempre será curto, nunca será
possível ver tudo em detalhes, e existem assuntos que, de acordo com o perfil de
cada banca, são garantidos.
As bancas podem nos surpreender? Claro que podem! Você precisa estudar
tudo, mas deve saber quando estudar cada matéria. Estudar “relações entre
tempos e modos verbais” é obrigatório para qualquer estudante, mas não deve ser
a sua prioridade quando a sua próxima prova será realizada pelo Cespe, entende?
Estudar “acentuação gráfica” é obrigatório para qualquer estudante, mas deve ser
a sua prioridade quando a sua próxima prova será realizada pela FCC!
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Estou sendo repetitivo, mas preciso ser extremamente claro. A missão de um
professor – ainda mais no meu caso – não é apenas transmitir os conteúdos que
domino. Preciso ter empatia e discernimento, uma vez que, se eu estivesse no seu
lugar, gostaria de dar prioridade ao que efetivamente me levará ao meu sonho.
Vou apresentar um exemplo ainda mais claro: sabemos todos que um goleiro
é o único jogador em um time autorizado a usar as mãos durante uma partida de
futebol. Sabemos inclusive que ele trabalha mais com elas do que com os membros
inferiores. Pergunto, portanto: é prudente, por isso, que ele não saiba jogar com os
pés? Claro que não! Ele precisa saber usar o corpo todo no desempenho de seu ofí-
cio, mas ele sabe que algo deve estar mais aprimorado: seus membros superiores.
Digo isso porque, se você tem este PDF vinculado ao seu curso, sua banca faz
questão de explorar a morfologia verbal. Isso acontece com poucas bancas,
e você, feliz ou infelizmente, foi contemplado(a) com a oportunidade de ter de dar
prioridade a essa matéria (é uma visão bastante eufêmica, não?), independente-
mente de sua familiaridade com o assunto.
Se compararmos todos os capítulos de uma gramática, você verá que “verbo”
é o maior deles. Esta é a classe gramatical mais importante de qualquer língua do
mundo. Há muito a ser estudado sobre ela.
Para quem está estudando para concursos públicos, o conhecimento acerca do
verbo deve ser assim dividido:
I – conceito e características;
II – conjugação verbal (para que você saiba reconhecer os verbos);
III – emprego semântico do verbo (tempos e modos);
IV – correlação verbal;
V – vozes verbais.
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Exceto o último, todos os demais serão explorados neste PDF. “Professor, mas
por que você não falará sobre vozes verbais?”
Porque já estudamos esse assunto! Ele está no PDF “vozes verbais e funções
do SE”. Isso acontece porque vozes é, incomparavelmente, o tópico mais cobrado
entre os acima citados (e o único presente em quase todas as bancas).
Por isso, nosso PDF será baseado em quatro blocos. Siga-os na ordem por mim
proposta. Vamos juntos?
Parte I: Conceitos e Características
A classe dos verbos deve ser compreendida por meio de três parâmetros: o
morfológico, o sintático e o semântico.
Morfologicamente, o verbo é uma palavra passível de conjugação (por isso, so-
fre flexão). Nos verbos regulares, por exemplo, há uma parte invariável (chamada
de radical) e uma variável (chamada de desinência). Estas é que se flexionam, a
fim de indicar modo, tempo, número e pessoa.
Sintaticamente, o verbo é a condição de existência de uma oração. Ele é res-
ponsável por indicar o sujeito (por meio da concordância) e os complementos (por
meio da regência). Do ponto de vista sintático, o verbo classifica-se como transiti-
vo (direto, indireto ou direto e indireto), intransitivo ou de ligação. Tudo isso já foi
visto por nós ao longo do curso.
Semanticamente, o verbo é a palavra empregada em uma sentença com a res-
ponsabilidade de indicar ações, estados ou fenômenos da natureza. Também já
discutimos esse tópico em estudos anteriores.
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Dessa forma, perceba que o nosso objetivo agora é compreender a morfologia
do verbo, independentemente de suas interações com outras estruturas da oração
ou de seu sentido. Vamos, portanto, discutir as flexões do verbo.
1) Modo
• Indicativo: quando o verbo expressa uma certeza, afirmação. Ex.: Ele corre
no fim da tarde.
• Subjuntivo: quando o verbo expressa dúvida, hipótese. Ex.: Talvez ele cor-
ra no fim da tarde.
• Imperativo: quando o verbo expressa ordem, sugestão. Ex.: Corra! Você
vai se atrasar!
2) Tempo
• Presente: o que acontece. Ex.: Ele chega às 10h.
• Pretérito: o que aconteceu. Ex.: Ele chegou às 10h.
• Futuro: o que acontecerá. Ex.: Ele chegará às 10h.
3) Número
• Singular: quando o verbo faz referência a um sujeito singular. Ex.: Ela fala
sempre em fé.
• Plural: Quando o verbo faz referência a um sujeito plural. Ex.: Elas falam
sempre em fé.
4) Pessoa
• 1ª pessoa: quem fala no discurso (eu/nós).
• 2ª pessoa: com quem/para quem se fala no discurso (tu/vós).
• 3ª pessoa: de quem/do que se fala no discurso (ele/ela/eles/elas).
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Vamos analisar algumas situações práticas:
(1) O professor comentou a prova aplicada.
Modo: indicativo.
Tempo: pretérito.
Número: singular.
Pessoa: terceira.
(2) Pressuponho que tu estejas pronto!
Modo: subjuntivo.
Tempo: presente.
Número: singular.
Pessoa: segunda.
(3) Não gritem durante o jantar.
Modo: imperativo.
Tempo: presente1
.
Número: plural.
Pessoa: terceira.
Note que a nossa análise acerca dos verbos ainda é bastante simples, mas isso
é necessário para que você possa ir se familiarizando com o assunto.
Vamos falar, agora, de mais alguns conceitos gerais acerca do verbo, antes de
avançarmos ao que realmente interessa:
1
Os verbos imperativos não costumam ser classificados quanto ao tempo. Todavia, o entendimento dos gra-
máticos clássicos aponta que, em razão de ser uma ordem ou sugestão, há uma indicação de algo presente.
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Estrutura morfológica: o verbo é composto por duas partes fundamentais:
radical e desinências2
. A primeira é a parte invariável (e que carrega a essência
semântica do verbo); a segunda é variável (responsável por indicar as flexões do
verbo). Compare, por exemplo, compro e compramos. Note que, nos dois ver-
bos, há uma parte invariável (compr-) e uma parte variável (-o e -mos).
Aspectos flexionais: podemos apontar que existem verbos regulares (o ra-
dical não sofre variação quando conjugado; ex.: vender), irregulares (o radical
sofre variações quando conjugado; ex.: ser), defectivos (que não são conjugados
em todas as pessoas; ex.: abolir, que não possui primeira pessoa do singular do
presente do indicativo), abundantes (que apresentam mais de uma forma para
o mesmo verbo; ex.: particípio do verbo imprimir, que pode ser imprimido ou im-
presso) e pronominais (verbos que existem mediante a presença de um pronome
oblíquo átono; ex.: arrepender-se).
Formas nominais: você já conhece como infinitivo (verbos terminados em
AR, ER e IR), gerúndio (verbos terminados em NDO) ou particípio (verbos termi-
nados em ADO ou IDO – quando regular). Nesses casos, os verbos não podem ser
classificados em tempo, modo, número e pessoa.
Locução verbal: quando um único verbo é formado por outros dois: um au-
xiliar e um principal. Falamos sobre isso na aula sobre verbos impessoais, em um
dos nossos primeiros PDFs.
Esses são conceitos gerais que vão nos auxiliar a entender as demais seções
deste PDF. De agora em diante, os tópicos a serem citados são mais importantes
para provas!
2
Há também, em alguns verbos, a presença da vogal temática, que é responsável por conectar o radical às
desinências e garantir a eufonia (harmonia sonora da palavra). É o caso do “a” de “compramos”, nos exem-
plos acima apresentados. Como esse é um assunto de pouca relevância para concursos públicos, não apro-
fundarei sobre.
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Parte II: Conjugação Verbal
Com certeza, o “calo no sapato” de inúmeros brasileiros. Vamos dividir esta
seção em três: conjugação dos verbos regulares; conjugação dos verbos
irregulares; tempos compostos e particípios irregulares.
Conjugação dos Verbos Regulares
Os verbos regulares, conforme já foi exposto anteriormente, seguem um pa-
radigma de conjugação previsível, com as mesmas desinências para cada um dos
verbos de cada tempo e modo.
Para facilitar o processo, temos três formas verbais primitivas: o presente do
indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal. Por
meio desses três, é possível gerar todos as demais conjugações. Veja abaixo:
1) Presente do indicativo
• Presente do subjuntivo
• Imperativo afirmativo
• Imperativo negativo
2) Pretérito perfeito do indicativo
• Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
• Pretérito imperfeito do subjuntivo
• Futuro do subjuntivo
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3) Infinitivo impessoal
• Infinitivo pessoal
• Futuro do presente
• Futuro de pretérito
• Pretérito imperfeito do indicativo
Os que estão em negrito devem obrigatoriamente ser memorizados. A partir
deles, os demais são formados. Vou descrever o passo a passo:
1) Presente do indicativo
a) Conjugue o verbo no presente do indicativo.
b) Olhe para a terceira pessoa do singular. Ela terminará em -a (se o verbo for
de primeira conjugação) ou -e (se o verbo for de segunda conjugação). Para
formar a primeira pessoa do presente do subjuntivo, troque a terminação -a
por -e (e, se for -e, troque por -a).
c) Conjugue as demais formas do presente do subjuntivo.
d) Olhe para a segunda pessoa (do singular e do plural) do presente do indicati-
vo. Se você retirar o -s que está em frente a esses verbos, obterá as segun-
das pessoas do imperativo afirmativo.
e) Retire as demais pessoas do imperativo afirmativo do presente do subjuntivo
(obs.: o imperativo não possui a primeira pessoa do singular).
f) Repita os verbos do presente do subjuntivo no imperativo negativo. (obs.: o
imperativo não possui a primeira pessoa do singular).
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Vou mostrar como funciona com o verbo pular:
Etapa A:
Presente do
indicativo
Presente do
subjuntivo (que)
Imperativo
afirmativo
Imperativo
negativo
Eu Pulo
Tu Pulas
Ele Pula
Nós Pulamos
Vós Pulais
Eles pulam
Etapa B:
Presente do indicativo
Presente do
subjuntivo (que)3
Imperativo
afirmativo
Imperativo
negativo
Eu Pulo Pule
Tu Pulas
Ele Pula
Nós Pulamos
Vós Pulais
Eles pulam
Etapa C:
Presente
do indicativo
Presente do
subjuntivo (que)
Imperativo
afirmativo
Imperativo
negativo
Eu Pulo Pule
Tu Pulas Pules
Ele Pula Pule
Nós Pulamos Pulemos
Vós Pulais Puleis
Eles pulam Pulem
3
A conjugação do presente do subjuntivo é sempre feita com a conjunção “que” antes do pronome pessoal.
Troque o A pelo E
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Etapa D:
Presente do indicativo
Presente do
subjuntivo (que)
Imperativo
afirmativo
Imperativo
negativo
Eu Pulo
Tu Pulas Pula (tu)
Ele Pula
Nós Pulamos
Vós Pulais Pulai (vós)
Eles pulam
Etapa E:
Presente do indicativo
Presente do
subjuntivo (que)
Imperativo
afirmativo
Imperativo
negativo
Eu Pulo Pule
Tu Pulas Pules Pula (tu)
Ele Pula Pule Pule (você)
Nós Pulamos Pulemos Pulemos (nós)
Vós Pulais Puleis Pulais (vós)
Eles pulam Pulem Pulem (vocês)
Etapa F:
Presente do indicativo
Presente do
subjuntivo (que)
Imperativo
afirmativo
Imperativo
negativo
Eu Pulo Pule
Tu Pulas Pules Pula (tu) Não pules (tu)
Ele Pula Pule Pule (você) Não pule (você)
Nós Pulamos Pulemos Pulemos (nós) Não pulemos (nós)
Vós Pulais Puleis Pulais (vós) Não puleis (vós)
Eles pulam Pulem Pulem (vocês) Não pulem (vocês)
Sem S
Sem S
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Viu como é simples? Isso vale para qualquer verbo regular! Tente fazer o mes-
mo com os verbos comer e imprimir (segunda e terceira conjugações, respecti-
vamente).
2) Pretérito perfeito do indicativo
a) Conjugue o verbo no pretérito perfeito do indicativo.
b) Olhe para a segunda pessoa do singular. Ela terminará em -ste. Troque essa
desinência por -ra (para formar a 1ª p.s. do pretérito mais-que-perfeito do
indicativo), por -sse (para formar a 1ª p.s. do pretérito imperfeito do subjun-
tivo) e por -r (para formar a 1ª p.s. do futuro do subjuntivo).
c) A partir das primeiras pessoas obtidas na etapa anterior, conjugue as demais
formas.
Vamos ver na prática, com o verbo comer.
Etapa A:
Pretérito
perfeito do
indicativo
Pretérito mais-que-per-
feito do indicativo
Pretérito imperfeito
do subjuntivo (se)
Futuro do
subjuntivo
(quando)
Eu Comi
Tu Comeste
Ele Comeu
Nós Comemos
Vós Comestes
Eles Comeram
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Etapa B:
Pretérito
perfeito
do indicativo
Pretérito mais-que-per-
feito do indicativo
Pretérito imperfeito
do subjuntivo (se)4
Futuro do
subjuntivo
(quando)5
Eu Comi Comera Comesse Comer
Tu Comeste
Ele Comeu
Nós Comemos
Vós Comestes
Eles Comeram
Etapa C:
Pretérito
perfeito do
indicativo
Pretérito mais-que-per-
feito do indicativo
Pretérito
imperfeito do
subjuntivo (se)
Futuro do
subjuntivo
(quando)
Eu Comi Comera Comesse Comer
Tu Comeste Comeras Comesses Comeres
Ele Comeu Comera Comesse Comer
Nós Comemos Comêramos Comêssemos Comermos
Vós Comestes Comêreis Comêsseis Comerdes
Eles Comeram Comeram Comessem Comerem
4
A conjugação do pretérito imperfeito do subjuntivo é sempre feita com a colocação da conjunção “se” antes
do pronome pessoal.
5
A conjugação do pretérito imperfeito do subjuntivo é sempre feita com a colocação da conjunção “quando”
antes do pronome pessoal.
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3) Infinitivo impessoal
a) Olhe para o verbo no infinitivo.
b) Não acrescente nada a ele para formar a 1ª p.s. do infinitivo pessoal; acres-
cente -ei para formar a 1ª p.s. do futuro do presente; acrescente -ia para
formar a 1ª p.s. do futuro do pretérito.
c) Olhe novamente para o infinitivo impessoal. Troque -ar por -ava (se for um
verbo de primeira conjugação) ou -er ou -ir por -ia (se for um verbo de se-
gunda ou terceira conjugação) para formar a 1ª p.s. do pretérito imperfeito.
d) A partir das primeiras pessoas geradas, conjugue as demais.
Vamos testar com o verbo imprimir.
Etapa A:
Infinitivo
impessoal
Infinitivo
pessoal (para)
Futuro do
presente
Futuro do
pretérito
Pretérito imperfeito
do indicativo
Eu
Tu
Ele
Nós
Vós
Eles
I
M
P
RI
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Etapa B:
Infinitivo
impessoal
Infinitivo pes-
soal (para)6
Futuro do
presente
Futuro do
pretérito
Pretérito imper-
feito do indicativo
Eu Imprimir imprimirei Imprimiria
Tu
Ele
Nós
Vós
Eles
Etapa C:
Infinitivo
impessoal
Infinitivo
pessoal (para)
Futuro do
presente
Futuro do
pretérito
Pretérito imperfeito
do indicativo
Eu Imprimir Imprimirei Imprimiria Imprimia
Tu
Ele
Nós
Vós
Eles
Etapa D:
Infinitivo
impessoal
Infinitivo
pessoal (para)
Futuro do
presente
Futuro do
pretérito
Pretérito imper-
feito do indicativo
Eu Imprimir imprimirei Imprimiria Imprimia
Tu Imprimires Imprimirás Imprimirias Imprimias
Ele Imprimir Imprimirá Imprimiria Imprimia
Nós Imprimirmos Imprimiremos Imprimiríamos Imprimíamos
Vós Imprimirdes Imprimireis Imprimiríeis Imprimíeis
Eles Imprimirem Imprimirão Imprimiriam imprimiam
Viu como é simples? Agora, a minha recomendação: TREINE!
I
M
P
RI
I
M
P
RI
I
M
P
RI
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Conjugação dos Verbos Irregulares
Os verbos irregulares, como a própria nomenclatura sugere, não seguem um
paradigma previsível de conjugação. Veja exemplos:
Pedir:
O radical do verbo é ped-; todavia, perceba que, em algumas conjugações, o
“d” é substituído por “ç”. Isso é um verbo irregular (e esse apresenta uma irregu-
laridade leve)!
Querido(a), agora eu não tenho uma notícia muito legal: você precisará memo-
rizar o que aparecerá nesta seção. Alguns verbos irregulares são essenciais para
provas de concursos públicos.
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Vou listá-los aqui:
Ser:
Estar:
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Ter:
Haver:
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Ir:
Vir:
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Ver:
Mediar (e outros verbos terminados em -IAR):
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Apaziguar (e outros verbos terminados em -UAR):
Dica 1: pesquise também pelos verbos trazer, dizer, querer, pedir, caber e
abolir.
Dica 2: a melhor forma de estudar é conjugando dois verbos por semana: um
regular (para que você treine como formar os tempos derivados a partir dos primi-
tivos) e um irregular (para que você os memorize).
Veja como isso aparece em provas:
1. (2018/FCC/TRT6/TÉCNICO) Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do sublinhado acima está também
sublinhado em:
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a) ... as bases materiais do jornalismo profissional deslizam...
b) ... os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.
c) Algo parecido ocorre agora com as redes sociais...
d) ... mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.
e) Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas...
Letra e.
O verbo destacado no enunciado está no pretérito imperfeito do indicativo, assim
como o verbo sublinhado na letra e. Na letra a, temos presente do indicativo; na
b, futuro do pretérito; na c, presente do indicativo; na d, presente do subjuntivo.
Tempos Compostos
Toda a conjugação que estudamos até agora é pautada em tempos simples; ou
seja, um único verbo. Em nossa língua, há também tempos verbais formados por
locuções verbais. Essa locução verbal possui uma estrutura quase fixa: o verbo
auxiliar é sempre ter ou haver; o verbo principal aparece sempre no particípio.
O verbo auxiliar sofrerá alterações de tempo e modo; são elas que definirão
cada tempo composto. Veja:
Indicativo
• Pretérito perfeito composto: presente + particípio. Ele tem estudado to-
dos os dias.
• Pretérito mais-que-perfeito composto: pretérito imperfeito + particípio.
Ele tinha estudado todos os dias.
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• Futuro do presente composto: futuro do presente + particípio. Ele terá
estudado todos os dias.
• Futuro do pretérito composto: futuro do pretérito + particípio. Ele teria
estudado todos os dias.
Subjuntivo
• Pretérito perfeito composto: presente + particípio. Supõe-se que ele te-
nha estudado todos os dias.
• Pretérito mais-que-perfeito composto: pretérito imperfeito + particípio.
Se ele tivesse estudado todos os dias, já estaria trabalhando.
• Futuro composto: futuro + particípio. Quando ele tiver estudado todos os
dias, conseguirá ótimos resultados.
Obs.:
 o verbo “ter” pode ser substituído por “haver”, sem qualquer alteração de
correção ou sentido. É por isso que eles estão listados na seção anterior
(verbos irregulares).
Veja como cai em provas:
2. (2017/FCC/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Mantendo-se o sentido e a correção, a
forma verbal havia passado (3º parágrafo) pode ser alterada para
a) passara.
b) iria passar.
c) teria passado.
d) passaria.
e) passando.
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Letra a.
Você nem precisa de texto. “Havia passado” é o pretérito mais-que-perfeito com-
posto do indicativo. Basta trocar pelo pretérito mais-que-perfeito simples do indi-
cativo! Dica: quase sempre cai esse tempo e modo!
Particípios Irregulares
Lá nos conceitos gerais sobre verbo, comentei acerca dos verbos abundantes.
Na sua cabeça, esse conceito deve estar associado aos particípios, uma vez que
alguns verbos possuem duas formas: uma regular e outra irregular. Veja:
Qual é a regra de uso?
Nos tempos compostos, adota-se o particípio regular; na voz passiva analíti-
ca, o particípio irregular.
Cuidado: os verbos dizer, escrever, vir, fazer, abrir e cobrir só possuem
particípios irregulares (dito, escrito, vindo, feito, aberto e coberto, respectivamen-
te). O verbo trazer só possui a forma regular (trazido).
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Parte III: Emprego dos Tempos e Modos Verbais
Se você tiver noção da parte II, esta será fácil. Além de conhecer os verbos,
precisamos também saber o que cada um deles expressa semanticamente em
uma oração. Em outras palavras: você deve interpretar a informação oferecida pelo
verbo! Isso afeta principalmente os verbos no indicativo. O subjuntivo possui uma
finalidade clara: indicar dúvida, hipótese, possibilidade. O imperativo, ordens, su-
gestões, pedidos, conselhos.
Vamos então entender o que acontece no indicativo:
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Veja como isso aparece em provas:
3. (2007/FCC/TRF4/TÉCNICO JUDICIÁRIO)
... de que a atividade humana contribuíra significativamente para esse aumento...
(3º parágrafo)
O emprego da forma verbal grifada acima denota, considerando- se o contexto,
a) ação real, a ser obtida no futuro, em relação a outra, no presente.
b) condição passível de ser realizada, até mesmo no presente.
c) incerteza da realização de uma ação num futuro próximo.
d) possibilidade futura, que depende de uma condição anterior.
e) fato passado em relação a outro, também passado.
Letra e.
É o principal motivo pelo qual se usa o pretérito mais-que-perfeito: indicar uma
ação no passado anterior a outro fato ocorrido no passado.
Parte IV: Correlação Verbal
Você já sabe que, em um período composto por subordinação, existem, no mínimo,
dois verbos. O que talvez seja novo para você é que esses verbos não podem ser es-
colhidos ao acaso. Eles precisam fazer sentido entre si, por meio da correlação verbal.
É muito mais fácil entender o que é a correlação verbal por meio de um exemplo:
Ex.: se ele trabalhasse, ganhará experiência.
Ex.: quando você estudar, foi aprovado.
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Eu pergunto: as frases acima fazem algum sentido para você? Acredito que
não. E isso é simples de ser explicado: no exemplo 1, é possível entender que ele
não trabalha (é levantada a hipótese acerca do trabalho). Qual é a lógica, então, de
ele, garantidamente no futuro ganhar experiência? No exemplo 2, o ato de estudar
será praticado no futuro. Qual é a lógica de a aprovação ter acontecido no passado?
Eu tenho certeza de que você prefere assim:
Ex.: se ele trabalhasse, ganharia experiência.
Ex.: quando você estudar, será aprovado.
Nos dois primeiros exemplos, não houve qualquer respeito aos princípios de
correlação verbal. Nos dois últimos, a correlação foi perfeitamente estabelecida.
Costumo dizer que as relações de correlação devem ser experimentadas, e
não decoradas. Você, com a sua experiência de vida e conhecimento linguístico,
sabe, mesmo sem regras, o que faz ou não sentido nesses casos. Mas irei detalhar
abaixo alguns casos de correlação verbal:
I – Verbo da OP declarativo nos tempos presente do indicativo, futuro do pre-
sente ou imperativo  correlação com todos os tempos do modo indicativo.
Nós sabemos
Eles falarão
Diga
que o professor
ama
amava
amou
amara
amaria
amará
tem amado
tinha amado
os seus alunos.
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II – Verbo da OP declarativo em qualquer pretérito do indicativo  corre-
lação com o pretérito imperfeito do indicativo, pretérito + que perfeito do
indicativo ou futuro do pretérito do indicativo.
Ele anunciou
Ele anunciava
Ele anunciara
que o presidente
falava
falara (tinha falado)
falaria
a verdade.
III – Verbo da OP, com o sentido de vontade, pedido ou permissão, no
presente do indicativo, futuro do presente do indicativo ou imperativo 
correlação com o presente do subjuntivo.
Eu faço
Eu pedirei
Peça (você)
que meu filho fale com o irmão.
IV – Verbo da OP, com o sentido de vontade, pedido ou permissão, em
qualquer pretérito do indicativo  correlação com o pretérito imperfeito
do subjuntivo.
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Eu queria
Eu quis
Eu quisera
que todos se mudassem daqui.
Reitero: não queira memorizar as regras apresentadas acima. Opte por enten-
der os períodos.
Vamos ver como esse tópico é abordado em provas:
4. (2018/FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO) Há correspondência correta entre tempos e
modos verbais na seguinte frase:
a) É preciso que se aumente o investimento em pesquisa para que o agronegócio
brasileiro não precisasse importar tanto maquinário.
b) Se houvesse maior difusão das novas tecnologias, o agronegócio brasileiro será
uma das principais áreas a se beneficiar.
c) O presidente da Embrapa demonstrou convicção ao defender que as novas tec-
nologias revolucionarão o futuro do agronegócio.
d) A agricultura de precisão já esteja sendo necessária nos dias atuais, mas talvez
tivesse sido mais determinante para o futuro do agronegócio.
e) Quando a carne produzida em laboratório tiver amplo consumo é que podería-
mos dizer se os recursos gastos em seu desenvolvimento sejam válidos.
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Letra c.
Vamos analisar as demais:
Na letra a, os verbos “aumente” e “precisasse” não se correlacionam (como uma
ação no presente pode gerar uma finalidade no passado?).
Na letra b, os verbos “houvesse” e “será” não se correlacionam (como uma hipó-
tese do passado pode gerar uma certeza no futuro?).
Na letra d, o verbo “esteja” já está inadequado (o texto indica certeza; o verbo
precisa estar no indicativo).
Na letra e, os verbos “tiver” e “poderíamos” não se correlacionam (como uma ação
no futuro gera uma hipótese no futuro do pretérito?).
Viu como é uma questão muito mais de lógica e de interpretação do que de aplica-
ção de regras?
O que Cai, Elias?
Não sei se você percebeu, mas a parte I serviu apenas de base para as demais par-
tes – que são as que efetivamente aparecem em provas. Para tanto, meus conselhos:
1) treine a conjugação dos verbos regulares.
2) memorize os irregulares que citei.
3) estude os particípios (regulares e irregulares) juntamente com os tempos
compostos e a voz passiva analítica.
4) entenda o sentido dos verbos (principalmente os do modo indicativo).
5) experimente, por meio de exercícios, a correlação verbal.
Com esses cinco conselhos, verbos nunca mais serão um problema para você!
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (2018/FCC/TRT 6ª REGIÃO (PE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Atenção: Para responder à questão abaixo, considere o texto abaixo.
O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal
necessário. É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo
quando estamos preparados para abordar os assuntos sobre os quais escrevemos,
é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de erro, sobretudo
de imprecisões, é grande.
O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática,
que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte
inconscientes, que refletem visões de mundo de quem escreve. Eles interagem com
os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais
raro ainda que sejam reconhecidos como tais.
Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato
jornalístico. O objetivo daquela geração, realizado apenas em parte, era estabele-
cer que o jornalismo, apesar de suas severas limitações, é uma forma legítima de
conhecimento sobre o nível mais imediato da realidade.
O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por
dois motivos. Ao disseminar notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus
leitores de ferramentas para um exercício mais consciente da cidadania. Thomas
Jefferson pretendia que o bom jornalismo fosse a escola na qual os eleitores have-
riam de aprender a exercer a democracia.
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O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos
problemas públicos, servem como arena de ideias e soluções. O livre funciona-
mento das várias formas de imprensa, mesmo as sectárias e as de má qualidade,
corresponde em seu conjunto à respiração mental da sociedade.
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A
maioria das pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimen-
tos pessoais que sobra pouca atenção para o que é público. Desde quando os tab-
loides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão e pela internet,
vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria.
O jornalismo de verdade, que apura, investiga e debate, é sempre elitista. Está
voltado não a uma elite econômica, mas a uma aristocracia do espírito. São líderes
comunitários, professores, empresários, políticos, sindicalistas, cientistas, artistas.
Pessoas voltadas ao coletivo.
A influência desse tipo de jornalismo sempre foi, assim, mediada. Desde que
se tornou hegemônico, nos anos 1960-70, o jornalismo televisivo se faz pautar
pela imprensa. Algo parecido ocorre agora com as redes sociais. A imprensa, que
vive de cobrir crises, sempre esteve em crise. O paradoxo deste período é que, no
mesmo passo em que as bases materiais do jornalismo profissional deslizam, sua
capacidade de atingir mais leitores se multiplica na internet, conforme se torna vi-
sível a perspectiva de universalizar o ensino superior.
(Adaptado de: FILHO, Otavio Frias. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do sublinhado acima está tam-
bém sublinhado em:
a) ... as bases materiais do jornalismo profissional deslizam...
b) ... os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.
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c) Algo parecido ocorre agora com as redes sociais...
d) ... mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.
e) Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas...
2. (2018/FCC/ALESE/TÉCNICO LEGISLATIVO/ADMINISTRAÇÃO) Para responder à
questão abaixo, considere o texto abaixo:
(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. “A opinião dos leitores e a crítica”. Disponível em:
folha.uol.com.br. Acesso em: 10/3/2018)
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uma tendência que já coroava as edições anteriores do prêmio (4º parágrafo)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do que se encontra acima está su-
blinhado em:
a) por meio do qual definia uma suposta obra de arte
b) o novo prêmio atenderia ao mercado
c) ou o que o contraria
d) o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas
e) ele contempla os títulos com mais chances
3. (2018/FCC/METRÔ-SP/TÉCNICO LOGÍSTICA) A questão abaixo refere-se ao tex-
to seguinte.
Levante a mão quem nunca teve o azar de ser amado pelas razões erradas. Eis
uma experiência capaz de produzir a angústia de quem se depara com um duplo
de si mesmo: o espelho do olhar do outro te devolve uma imagem que parece sua,
mas na qual você não se reconhece. Claro que ninguém ama com objetividade. O
que o amante vê no ser amado é sempre contaminado pela fantasia. Não me re-
firo, então, à impossibilidade fundamental de complementaridade entre os casais,
mas aos encontros que se dão na base do puro malentendido. Sentir-se amado por
qualidades que o outro imagina, mas não têm nada a ver com você, pode ser muito
angustiante. E sedutor. Vale lembrar que a palavra “sedução” indica o ato de des-
viar alguém de seu caminho: “eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá”.
Pensava essas coisas de meu lugar na plateia lotada do Credicard Hall (que
nome para um teatro, caramba!), onde fui ver o show de uma de minhas canto-
ras favoritas no momento: Maria Gadú. Com jeito de moleque, encarapitada no
banquinho, de onde não desceu para rebolar nenhuma vez, composições muito
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pessoais que escapam ao clichê romântico e uma rara sofisticação musical, Maria
Gadú parecia não se reconhecer diante do público que – vibrava? Não, vibrar seria
compreensível. Delirava? Sim; mas o entusiasmo foi muito além disso. O público
ululava desde os primeiros acordes de cada canção, que todos sabiam de cor, mas
não conseguiam escutar. A energia com que aplaudiam mais parecia uma fúria, que
a timidez da artista só fazia excitar mais e mais. Pareciam todos sedentos por uma
experiência musical autêntica, promovida por alguém que não vendesse sensua-
lidade barata, e ao mesmo tempo não se conformavam de não conseguir puxar a
cantora para o terreno familiar da vulgaridade e do sex appeal.
Mas estava espantada com a dimensão do sucesso. Como responderá ao apelo
de um público que talvez esteja apaixonado por ela pelas razões erradas? Como
não se espelhar na imagem banal de pop star que lhe oferecem? O que é mais difícil
de enfrentar, na vida artística: a resistência do público para quem sua obra se dirige
ou a fama vertiginosa que alavanca (ops) a carreira de alguns artistas iniciantes
para o topo do mercado em algumas semanas?
Ela diz ter com a música uma aliança impossível de desfazer. Sua intuição mu-
sical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação
dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo pau-
listana. O CD de estreia é dedicado à avó Cila. A terceira faixa é uma homenagem
fúnebre tocante, uma toada em feitio de oração. Como outro grande compositor
negro, Gilberto Gil, Gadú se mostra capaz de reverenciar a força de seus ancestrais.
“Se queres partir, ir embora / me olhe de onde estiver”, pede para a avó, contando
com a ajuda dos orixás. Quem sabe a forte conexão com sua origem a proteja de
se transformar em fast food para a voracidade dos consumidores.
(Adaptado de: KEHL, Maria Rita. 18 crônicas e mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011)
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Sua intuição musical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e
a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de
Ivete Sangalo paulistana. (último parágrafo)
Alterando-se tão somente o tempo, e não o modo, dos verbos da frase acima, está
correta a redação que se encontra em:
a) Sua intuição musical teria parecido capaz de levá-la muito além da próxima
esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não teria permitido que ela hou-
vesse virado uma espécie de Ivete Sangalo paulistana.
b) Sua intuição musical parecerá capaz de levá-la muito além da próxima esquina,
e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitirá que ela vire uma espécie
de Ivete Sangalo paulistana.
c) Sua intuição musical parecesse capaz de levá-la muito além da próxima esqui-
na, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitisse que ela virasse uma
espécie de Ivete Sangalo paulistana.
d) Sua intuição musical tinha parecido capaz de levá-la muito além da próxima es-
quina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitiu que ela virasse uma
espécie de Ivete Sangalo paulistana.
e) Sua intuição musical parecia capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e
a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitisse que ela virasse uma espécie
de Ivete Sangalo paulistana.
4. (2017/FCC/TRT 21ª REGIÃO (RN)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
É compreensível imaginar que, dentro do contexto de uma arte de tantos sé-
culos como o teatro, o clichê “nada se cria, tudo se copia” já seja uma máxima.
Alguns estudiosos da dramaturgia dizem que tal frase é perfeitamente aplicável. O
curioso, no entanto, é constatar a rapidez com que o cinema, que tem menos de
120 anos de vida, tem incorporado essa máxima.
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No século 21, é em Hollywood que essa tendência aparece com maior força.
Praticamente todos os sucessos de bilheteria da indústria cinematográfica norte-a-
mericana são adaptações de quadrinhos, livros, videogames ou programas de TV
que fizeram sucesso. A indústria da adaptação tornou-se tão forte que existe uma
massa de escritores com contratos fixos com alguns estúdios, o que significa que
escrevem obras literárias já pensando em sua adaptação para o cinema. O roteiro
original, portanto, tornou-se um artigo de luxo no cinema norteamericano.
Em Hollywood, tal fenômeno é compreensível. A razão para que haja uma alta
sem precedentes das adaptações é o medo do risco em tempos de crise econômi-
ca, que faz com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por
leitores. Essa estratégia, apesar de não garantir êxito de bilheteria, reduz o risco
de apostar todas as fichas em histórias inéditas.
No Brasil, as adaptações também viraram moda, uma vez que, nos primeiros
anos do século 21, os filmes mais comentados vieram de livros e outras formas de
expressão artística.
(Adaptado de: BALLERINI, Franthiesco. Cinema Brasileiro no Século 21: reflexões de cine-
astas, produtores, distribuidores, exibidores, artistas, críticos e legisladores sobre os
rumos da cinematografia nacional. Edição digital. São Paulo: Summus Editorial, 2012)
... que faz com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por
leitores.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima encontra-se
em:
a) ... as adaptações também viraram moda...
b) A razão para que haja uma alta sem precedentes das adaptações...
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c) A indústria da adaptação tornou-se tão forte...
d) ... que essa tendência aparece com maior força.
e) ... programas de TV que fizeram sucesso.
5. (2017/FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
A coletânea de aforismos que constituem os dois volumes de Humano, dema-
siado humano, considerado o marco inicial do segundo período da produção de
Nietzsche, é um ajuste de contas definitivo com as ideias fundamentais do sistema
filosófico de Schopenhauer.
Dedicando o livro à memória do filósofo francês Voltaire e escolhendo como
epígrafe uma citação de René Descartes, Nietzsche já o insere simbolicamente na
tradição da filosofia das Luzes, caracterizada pela confiança no poder emancipató-
rio da ciência, em seu triunfo contra as trevas da ignorância e da superstição. Não
por acaso, portanto, a obra tem como subtítulo Um livro para espíritos livres.
Se, para o jovem Nietzsche, era a arte – e não a ciência – o que constituía a
atividade metafísica do homem, em Humano, demasiado humano ela é destituída
desse privilégio. Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais da
filosofia de Schopenhauer, dos quais partilhara, Nietzsche toma agora o cuidado
de se afastar criticamente deles. “Que lugar ainda resta à arte? Antes de tudo, ela
ensinou, através de milênios, a olhar com interesse e prazer a vida, em todas as
suas formas. Essa doutrina foi implantada em nós; ela vem à luz novamente agora
como irresistível necessidade de conhecer. O homem científico é o desenvolvimento
do homem artístico”.
Se, para o jovem Nietzsche, o aprofundamento do conhecimento científico con-
duzia à proliferação de um saber erudito e estéril, que sufocava a vida, para o
Nietzsche do período intermediário o conhecimento científico torna livre o espírito.
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Pouco mais tarde, Nietzsche aprofundaria seu novo entendimento relativo ao
papel da ciência e à oposição entre esta e a arte. Contrapondo-se àqueles que
valorizam apenas a imaginação e as obras-primas do disfarce estético, o filóso-
fo afirma: “eles pensam que a realidade é horrível; contudo, não pensam que o
conhecimento até da mais horrível realidade é belo, do mesmo modo que aquele
que conhece bastante e amiúde está, por fim, muito longe de considerar horrível
o grande todo da realidade, cuja descoberta lhe proporciona sempre felicidade. A
felicidade do homem do conhecimento aumenta a beleza do mundo.
(Adaptado de: GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo, Publifolha, 2000, p. 42-46)
... o que constituía a atividade metafísica do homem... (3º parágrafo)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do da frase acima está em:
a) que sufocava a vida
b) aprofundaria seu novo entendimento
c) que valorizam apenas a imaginação
d) dos quais partilhara
e) ela é destituída desse privilégio
6. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/ANALISTA JUDICIÁRIO/COMUNICAÇÃO SO-
CIAL) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.
Em junho de 2013, o Presidente Robert Mugabe, do Zimbábue, afirmou duran-
te uma entrevista: “Nelson Mandela é santificado demais. Foi bom demais com
os brancos à custa dos negros em seu próprio país”. Alguns concordaram, outros
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protestaram. Até certo ponto acredito que ele tenha levantado uma questão. Suas
atitudes podiam ser percebidas dessa maneira. Ainda assim, em uma conversa com
Richard Stengel, o próprio Madiba* havia dito, muito tempo antes: “As pessoas
sentirão que vejo demais o bem nas pessoas. Então, é uma crítica que tenho de
suportar e à qual tento me ajustar, pois, seja isso verdade ou não, é algo que pen-
so ser proveitoso. É uma coisa boa de assumir, agir com base no fato de que... os
outros são homens de integridade e honra... porque você tende a atrair integridade
e honra, se é dessa maneira que olha para aqueles com quem trabalha.
*um dos nomes pelos quais Nelson Mandela era chamado; refere-se a seu clã e
denota afeto e respeito.
(Adaptado de: LA GRANGE, Zelda. Bom dia, Sr. Mandela. Trad. Felipe José Lindoso. Ribeirão
Preto: Novo Conceito, 2015, p. 9)
... o próprio Madiba havia dito, muito tempo antes...
A expressão destacada está corretamente substituída, preservando-se o tempo, o
modo e o aspecto verbais, por
a) disse.
b) dissera.
c) dizia.
d) diria.
e) dissesse.
7. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO - TECNOLOGIA DA IN-
FORMAÇÃO) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.
O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a partir
do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que conseguissem se virar
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sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. A
infância, como idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com
direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente novo.
A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como tudo, é
também um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e so-
ciais do mundo, em permanente mudança e construção.
Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. Não é
por acaso que proliferaram os coaches. Coach, em inglês, significa treinador. Origi-
nalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito importado dos Estados Unidos,
país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo, a ideia é a
de que, embora estejamos na idade adulta, não sabemos lidar com a vida sozinhos.
Precisamos de um treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego,
lidar com conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e até mesmo
organizar os armários. Uma espécie de infância permanente do indivíduo.
Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do “eu me-
reço”. Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser compreendido como
uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. Quando essa
crença fracassa, é hora de buscar o treinador de felicidade, o treinador de saúde.
É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí parecem não perceber que
dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá
sempre o que não foi possível alcançar.
(Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca)
Precisamos de um treinador que nos ajude a comer...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima está tam-
bém sublinhado em:
a) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas...
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b) Não é por acaso que proliferaram os coaches.
c) ... país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo...
d) E, mesmo que se esforcem muito...
e) Hoje há algo novo nesse cenário.
8. (2016/FCC/METRÔ-SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atenção:
A questão refere-se ao texto abaixo.
Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. Acredito de
bom grado que o que está nos outros possa divergir essencialmente daquilo que
está em mim. Não obrigo ninguém a agir como ajo e concebo mil e uma maneiras
diferentes de viver; e, contrariamente ao que ocorre em geral, espantam-me bem
menos as diferenças entre nós do que as semelhanças. Não imponho a outrem
nem meu modo de vida nem meus princípios; encaro-o tal qual é, sem estabelecer
comparações. O fato de não ser continente não me impede de admirar e aprovar os
Feuillants* e os capuchinhos que o são; pela imaginação ponho-me muito bem em
sua pele e os estimo e honro tanto mais quanto divergem de mim. Aspiro particu-
larmente a que julguem cada qual como é, sem estabelecer paralelos com modelos
tirados do comum. Minha fraqueza não altera absolutamente o apreço em que deva
ter quem possui força e vigor. Embora me arraste ao nível do solo, não deixo de
perceber nas nuvens, por mais alto que se elevem, certas almas que se distinguem
pelo heroísmo. Já é muito para mim ter o julgamento justo, ainda que não o acom-
panhem minhas ações, e manter ao menos assim incorruptível essa qualidade. Já
é muito ter boa vontade, mesmo quando as pernas fraquejam.
*Ordem religiosa.
(Extraído de MONTAIGNE, Michel de. “Catão, o jovem”, Ensaios, trad. Sérgio Milliet, São Paulo,
Nova Cultural, 1996, p. 213)
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Embora me arraste ao nível do solo...
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está
também grifado em:
a) O fato de não ser continente não me impede de admirar e aprovar...
b) ... contrariamente ao que ocorre em geral...
c) ... mesmo quando as pernas fraquejam.
d) Aspiro particularmente a que julguem cada qual como é...
e) Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim.
9. (2016/FCC/METRÔ-SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atenção:
A questão refere-se ao texto abaixo.
Nascido nos Estados Unidos da América em 30 de abril de 1916, Claude E.
Shannon obteve o título de doutor no MIT, em 1937, com trabalho notável em
“Álgebra de Boole”, propondo circuitos elétricos capazes de executar as principais
operações da Lógica clássica.
Quatro anos antes (23 de junho de 1912) de seu nascimento, em Londres, nas-
cera Allan M. Turing, que também se interessou por encontrar meios de realizar
operações lógicas e aritméticas, fazendo uso de máquinas. Suas ideias resultaram
no importante conceito de “Máquina de Turing”, paradigma abstrato para a compu-
tação, apresentado durante seus estudos, no King’s College, em Cambridge, no ano
de 1936. Entre 1936 e 1938, Turing viveu em Princeton-NJ onde realizou seu dou-
torado estudando problemas relativos à criptografia. Assim, Shannon e Turing, de
maneira independente, trabalhavam, simultaneamente, em comunicações e com-
putação, dois tópicos que, combinados, hoje proporcionam recursos antes inima-
gináveis para o mundo moderno das artes, da ciência, da medicina, da tecnologia
e das interações sociais.
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Contemporaneamente à eclosão da Segunda Guerra Mundial, Shannon e Turing
gestavam ideias abstratas sofisticadas, tentando associá-las ao mundo concreto
das máquinas que, gradativamente, tornavam-se fatores de melhoria da qualidade
de vida das populações.
A Segunda Grande Guerra utilizou-se de tecnologias sofisticadas para a des-
truição. Os bombardeios aéreos causaram muitas mortes e devastaram cidades.
Evitá-los e preveni-los eram questões de vida ou morte e, para tanto, ouvir as co-
municações dos inimigos e decifrar seus códigos era uma atividade indispensável.
Os países do eixo tinham desenvolvido sofisticadas técnicas de comunicação
criptografada utilizada para planejar ataques inesperados às forças aliadas. Shan-
non e Turing, então, com seu conhecimento sofisticado da matemática da informa-
ção deduziram as regras alemãs de codificação, levando os aliados a salvar muitas
de suas posições de ataques nazistas.
Pode-se dizer que uma boa parte da inteligência de guerra dos aliados vinha
desses dois cérebros privilegiados.
Finda a guerra, Shannon passou a trabalhar nos laboratórios Bell, propondo a
“Teoria da Informação”, em 1948. Com carreira profícua, notável pela longevidade
e muitos trabalhos importantes, deixou sua marca nas origens das comunicações
digitais. Faleceu aos 85 anos (em 24 de fevereiro de 2001), deixando grande lega-
do intelectual e tecnológico.
Turing, após o término da guerra, ingressou como pesquisador da Universidade
de Manchester, sofrendo ampla perseguição por ser homossexual. Mesmo vivendo
na avançada Inglaterra, foi condenado à castração química, em 1952. Essa sequ-
ência de dissabores levou-o ao suicídio, em 7 de junho de 1954.
Shannon viu sua teoria transformar o mundo, com o nascimento da internet.
Turing, entretanto, não viu sua máquina se transformar em lap-tops e tablets que
hoje povoam, até, o imaginário infantil.
(PIQUEIRA, José Roberto Castilho. “Breve contextualização histórica”, In: “Complexidade com-
putacional e medida da informação: caminhos de Turing e Shannon”, Estudos Avançados, Uni-
versidade de São Paulo, v. 30, n. 87, Maio/Agosto 2016, p.340-1)
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... ouvir as comunicações dos inimigos e decifrar seus códigos era uma atividade
indispensável.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está
em:
a) Quatro anos antes (23 de junho de 1912) de seu nascimento, em Londres, nas-
cera Allan M. Turing...
b) ... Shannon e Turing gestavam ideias abstratas sofisticadas...
c) A Segunda Grande Guerra utilizou-se de tecnologias sofisticadas para a destruição.
d) ...dois tópicos que [...] hoje proporcionam recursos antes inimagináveis...
e) Os bombardeios aéreos causaram muitas mortes...
10. (2016/FCC/AL-MS/NÍVEL MÉDIO)
A nuvem
− Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever
toda semana sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar ninguém!
Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas
que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu ficar re-
zingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler?
Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas.
Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de fo-
lhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma
jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um
senhor maduro duram pouco. Eles se irão como vieram, leve nuvem solta na brisa,
que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas do meu crepúsculo.
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E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga.
Deixe a nuvem, olhe para o chão − e seus tradicionais buracos.
(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960, p. 179/180)
Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão (...)
Utilizando-se o tratamento da 2ª pessoa do singular, a sequência das formas ver-
bais da frase acima deverá ser:
a) toma − Deixa − olha
b) tomes − Deixes − olha
c) tomai − Deixai − olheis
d) tomes − Deixas − olhas
e) toma − Deixes − olhes
11. (2016/FCC/TRT 23ª REGIÃO (MT)/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO)
O que é assinatura digital?
A assinatura digital é uma modalidade de assinatura eletrônica, resultado de
uma operação matemática que utiliza algoritmos de criptografia assimétrica e per-
mite aferir, com segurança, a origem e a integridade do documento.
A assinatura digital fica de tal modo vinculada ao documento eletrônico “subscri-
to” que, ante a menor alteração neste, a assinatura se torna inválida. A técnica per-
mite não só verificar a autoria do documento, como estabelece também uma “imu-
tabilidade lógica” de seu conteúdo, pois qualquer alteração do documento, como por
exemplo a inserção de mais um espaço entre duas palavras, invalida a assinatura.
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Necessário distinguir assinatura digital da assinatura digitalizada. A assinatura di-
gitalizada é a reprodução da assinatura autógrafa como imagem por um equipamen-
to tipo scanner. Ela não garante a autoria e integridade do documento eletrônico,
porquanto não existe uma associação inequívoca entre o subscritor e o texto digita-
lizado, uma vez que ela pode ser facilmente copiada e inserida em outro documento.
(Disponível em: http://portal.trt23.jus.br/ecmdemo/public/trt23/Informese/assinaturaDigital.
Acesso em: 02.12.2015)
Empregam-se todas as formas verbais de acordo com a norma culta na seguinte
frase redigida a partir do texto:
a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento não poderia receber
qualquer tipo de retificação.
b) Os documentos com assinatura digital disporam de algoritmos de criptografia
que os protegeram.
c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam contar com a proteção de
uma assinatura digital.
d) Quem se propor a alterar um documento criptografado deve saber que compro-
meterá sua integridade.
e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem comprometer a integri-
dade dos documentos.
12. (2018/FCC/ALESE/TÉCNICO LEGISLATIVO/TAQUIGRAFIA)
Como eu era protestante, não pulei Carnaval durante a minha infância, nas décadas
de 1950 e 1960. No entanto, eu e meu pai cantávamos muitas das marchinhas que
ouvíamos no rádio, numa época em que a TV ainda não existia. Uma de que eu
gosto muito diz assim: “Iaiá, cadê o jarro? O jarro que eu plantei a flor. Eu vou te
contar um caso: eu quebrei o jarro e matei a flor”. Hoje já não há marchinhas tão
interessantes, quase não sinto beleza nelas. Mas gosto muito dos sambas-enredo,
verdadeiras epopeias.”
(Adaptado de: ROSA, Yêda Stela. 70 anos, de São Luiz. A-lá-lá- ô, ô, ô, ô, ô. Todos. São Paulo:
Mol, Fevereiro/Março, p. 22)
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Quanto ao emprego das formas verbais destacadas, está correta a seguinte obser-
vação:
a) eu quebrei o jarro e matei a flor: descrevem eventos de longa duração, desace-
lerando a narrativa.
b) O jarro que eu plantei a flor: pela correlação com os outros eventos, deveria ser
substituído por “teria plantado”.
c) ouvíamos é forma que sinaliza a reiteração incessante da ação de ouvir.
d) Como eu era protestante, não pulei Carnaval durante a minha infância: considera-
-se um intervalo de duração mais longa, no qual se destaca um evento mais pontual.
e) Eu vou te contar um caso: tem-se futuro estabelecido em relação ao evento
descrito em “plantar”, isto é, em relação ao passado.
13. (2018/FCC/SEGEP-MA/AGENTE ESTADUAL AGROPECUÁRIO)
‘GATONET’ poderá render multa e cadeia para quem instala e para quem usa
Ter TV por assinatura com ‘sinal pirateado’, prática mais conhecida como ‘ga-
tonet’, poderá se tornar crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n.186/2013
começou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta semana
e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação e recepção clandestina de
sinal de TV por assinatura.
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos ‘gatonets’
quanto os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até
R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de seis meses a dois anos, com a possi-
bilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a terceiros. Dessa
forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para
piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis
e colocá-los no sistema sob legislação específica.
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Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a
comercialização de equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos
oficialmente pelas operadoras.
A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A impor-
tação de produtos como esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem
notícia da responsabilização penal de seus fornecedores pelo crime de contrabando.
(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br)
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos ‘gatonets’
quanto os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até
R$ 10 mil. (2º parágrafo)
A forma verbal destacada indica
a) recomendação.
b) necessidade.
c) certeza.
d) obrigação.
e) possibilidade.
14. (2017/FCC/TRT 21ª REGIÃO (RN)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Natal mudou em 1942. A chegada das tropas norte-americanas à capital poti-
guar trouxe dinheiro e desenvolvimento. Em troca, a cidade cedeu sua posição ge-
ográfica, considerada estratégica para o poderio militar dos EUA. Afinal, na América
do Sul, Natal é o ponto mais próximo dos continentes europeu e africano. “Os EUA
precisavam de um ponto de apoio que permitisse abastecer e seguir direto para a
África”, explicou o professor de história Luís Eduardo Suassuna. Foi por suprir esta
necessidade que Natal se transformou no “trampolim da vitória” para os EUA. Os
aviões vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a tra-
vessia do Atlântico.
(Adaptado de: HOLDER, Caroline. Disponível em: g1.globo.com)
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Os aviões vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a
travessia do Atlântico.
Transformando-se o que se afirma acima em uma hipótese, os verbos devem as-
sumir as seguintes formas:
a) vieram − abasteceram − ficaram
b) viriam − abasteceriam − ficariam
c) tinham vindo − teriam abastecido − ficarão
d) vieram − tivessem abastecido − ficavam
e) viriam − haviam abastecido − ficaram
15. (2017/FCC/TRT 24ª REGIÃO (MS)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Instituições financeiras reconhecem que é cada vez mais difícil detectar
se uma transação é fraudulenta ou verdadeira
Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos têm dificuldades de contro-
lar as fraudes financeiras online no atual cenário tecnológico conectado e complexo.
Mais de um terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais difícil
detectar se uma transação é fraudulenta ou verdadeira, revela pesquisa realizada
por instituições renomadas.
O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do nú-
mero de transações on-line, e 50% das organizações de serviços financeiros pes-
quisadas acreditam que há um crescimento das fraudes financeiras eletrônicas.
Esse avanço, juntamente com o crescimento massivo dos pagamentos eletrônicos
combinado aos novos avanços tecnológicos e às mudanças nas demandas corpora-
tivas, tem forçado, nos últimos anos, muitas delas a melhorar a eficiência de seus
processos de negócios.
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De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam no
campo de pagamentos eletrônicos usa soluções não especializadas que, segundo as
estatísticas, não são confiáveis contra fraude e apresentam uma grande porcenta-
gem de falsos positivos. O uso incorreto dos sistemas de segurança também pode
acarretar o bloqueio de transações. Também vale notar que o desvio de pagamen-
tos pode causar perda de clientes e, em última instância, uma redução nos lucros.
Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado: as instituições
financeiras precisam também reduzir o número de alarmes falsos em seus sistemas
a fim de fornecer o melhor atendimento possível ao cliente.
(Adaptado de: computerworld.com.br. Disponível em: http://computerworld.com.br/quase-
-40-dos-bancos-nao-sao-capazes-de-diferenciar-um-ataque-de-atividades-normais-de-clientes)
No texto, as formas verbais flexionadas no presente do indicativo “têm” (1º parágra-
fo), “acompanha” (2º parágrafo) e “apresentam” (3º parágrafo) indicam eventos que
a) já aconteceram e certamente não acontecerão mais.
b) ocorrem em condições hipotéticas.
c) se repetem com os passar dos dias.
d) não se repetirão num futuro próximo.
e) raramente aconteceram ou acontecem.
16. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA IN-
FORMAÇÃO) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.
Com a literatura de cordel como aliada, o clichê de “mudar o mundo” não soa
tão inalcançável. Os folhetos de cordel são baratos, acessíveis e extremamente fá-
ceis de transportar e de compartilhar com outras pessoas. Melhor ainda: são ideais
para a sala de aula. Entre rimas, estrofes e melodias, muitos assuntos pertinentes
podem ser tratados e debatidos.
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Nos últimos quatro anos, desde que comecei a publicar os meus cordéis, rece-
bi centenas de mensagens com depoimentos de educadores que compram meus
folhetos e utilizam minhas rimas para falar sobre questões raciais, de gênero, de
diversidade sexual e história. Com a série Heroínas Negras na História do Brasil,
séculos de esquecimento começam a ser rompidos e muita gente escuta falar, pela
primeira vez, sobre as mulheres negras que foram líderes quilombolas e guerreiras
na luta contra a escravidão.
Pelo cordel, nomes como Tereza de Benguela, Dandara dos Palmares, Zacimba
Gaba e Mariana Crioula protagonizam discussões acaloradas sobre racismo e ma-
chismo; até mesmo uma aula de português pode ser a oportunidade perfeita para
colocar essas questões em pauta.
Esse tipo de cordel com proposta social é chamado de Cordel Engajado e pode
trazer política, defesa de causas e críticas sociais para a literatura de uma maneira
profundamente envolvente. Afinal, a literatura de cordel é excelente para a trans-
formação da sociedade em uma realidade onde exista mais equidade e respeito
pela diversidade.
Esse respeito, aliás, pode começar pela própria valorização do cordel, algo que
só deve acontecer quando todos os empecilhos preconceituosos forem tirados do
caminho. Ainda há muito a se caminhar, sobretudo com o alarme do tempo piscan-
do e gritando que um dia, infelizmente, o cordel pode virar artigo de museu.
(Adaptado de: ARRAES, Jarid. “A literatura de cordel...”, Blooks. Rio de Janeiro: Ginga Edições,
2016, p. 12-13).
... uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade. (4º
pará-
grafo). A respeito do verbo sublinhado acima, afirma-se corretamente:
a) O modo imperativo enfatiza o desejo do autor por uma cidade mais igualitária.
b) Pode ser substituído pelo verbo “haver”, tanto no singular como no plural.
c) O modo subjuntivo reforça o caráter exortativo da recomendação
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d) Pode ser substituído pela forma “existam”, sem prejuízo para a correção.
e) O modo indicativo assinala a possibilidade de uma nova realidade.
17. (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA DE ORÇAMENTO) Aten-
ção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Há um comentário frequentemente encontrado nos meios de comunicação ou
mesmo em conversas cotidianas: “O carnaval de hoje não é mais o mesmo. Trans-
formou-se em um grande empreendimento turístico. Perdeu a autenticidade.” Em
seu sentido amplo, esse comentário aplica-se a diversas modalidades de cultura
popular: não só às festas, mas também ao artesanato, à música, à dança, à culi-
nária. Pode ser expresso na forma de um lamento e de um incontido sentimento
de nostalgia.
Em outras palavras, circula de modo amplo e difuso em nosso cotidiano uma
perspectiva sobre as culturas populares na qual estas são apresentadas sob o signo
da perda. Supõe-se que elas conheceram em sua longa história um momento no
qual teriam florescido na sua forma mais autêntica e próxima às expectativas da-
queles que as produzem. Mas desde então, como consequência das transformações
históricas e em especial da chamada modernização, essas formas socioculturais
teriam cada vez mais perdido seus atributos definidores. Essa narrativa é segura-
mente poderosa e tem notável capacidade de convencimento. No entanto, um fan-
tasma ronda os estudos sobre as culturas populares. Elas não desapareceram; con-
tinuam a existir e se reproduzir: festas regionais, como o bumba meu boi; as festas
do Divino Espírito Santo; as festas de Reis; as inúmeras modalidades de música
popular ou folclórica produzidas em diversas regiões do Brasil. Os exemplos podem
se estender facilmente. O que importa assinalar, no entanto, é que essas formas de
cultura popular continuam a ser produzidas no tempo presente e de modo criativo;
e não parecem indicar, ao contrário do que se afirma obsessivamente, que estejam
em processo de desaparecimento.
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O problema evidentemente não está na cultura popular, mas nas perspectivas
que postulam sua existência arcaica e seu inevitável desaparecimento. Trata-se de
um fantasma produzido pelos que se recusam a reconhecer que elas expressam
visões de mundo diferentes.
Muitas vezes, essas formas socioculturais estão associadas à oposição entre um
mundo rural estável e harmônico e um mundo urbano industrializado e “inautênti-
co”. Contudo, pesquisas de antropologia social ou cultural já demonstraram que as
culturas populares, estejam elas situadas no mundo rural ou nas grandes cidades,
desempenham funções sociais e simbólicas fundamentais para sua persistência
e reprodução. Desse modo, festas, artesanatos, lendas, formas musicais, dança,
culinária articulam simbolicamente concepções coletivas de sociedade.
As culturas populares não se constituem em agregados de traços culturais pas-
síveis de serem inventariados. Elas consistem efetivamente em sistemas de práti-
cas sociais. Os comentários usuais sobre uma suposta perda de autenticidade das
culturas populares na atualidade esquecem que elas não são o espelho de nossas
categorias e classificações; o que elas oferecem de mais interessante não é nem
o testemunho de um passado remoto, nem a catástrofe de seu desaparecimento,
mas invenções alternativas e atuais dos modos de estar no mundo.
(Adaptado de: GONÇALVES, José Reginaldo Santos. “Culturas populares: patrimônio e autenticidade”. In:
Agenda brasileira: temas de uma sociedade em mudança. BOTELHO, André e SHWARCZ, Lilia Moritz (org.)
São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 136-139)
A frase em que o tempo verbal evidencia uma hipótese está em:
a) As culturas populares não se constituem em agregados de traços culturais pas-
síveis de serem inventariados.
b) Elas não desapareceram...
c) ...essas formas socioculturais teriam cada vez mais perdido seus atributos defi-
nidores.
d) Perdeu a autenticidade.
e) ...circula de modo amplo e difuso em nosso cotidiano uma perspectiva sobre as
culturas populares...
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18. (2015/FCC/DPE-SP/OFICIAL DE DEFENSORIA PÚBLICA) Considere a tirinha
abaixo.
A alternativa em que a forma verbal faça está empregada no modo imperativo, as-
sim como tome, na fala da personagem no primeiro quadrinho, está destacada em:
a) O antivírus de meu computador, embora faça constantes atualizações, não tem
sido muito eficaz.
b) Senhor usuário, faça uma atualização de seu antivírus, para que seu computa-
dor continue protegido.
c) Para que o antivírus faça uma varredura completa, é necessário acionar a prote-
ção de arquivos e de internet.
d) Precisamos de um antivírus gratuito, e que faça uma limpeza minuciosa em
nossos computadores.
e) Não é recomendável que se faça uso de mais de um antivírus, pois isso prejudica
o desempenho do sistema.
19. (2013/FCC/SEFAZ-SP/AGENTE FISCAL DE RENDAS/GESTÃO
TRIBUTÁRIA) Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de
números 13 a 21.
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Considerado o contexto, a frase em que a ação destacada, tendo ocorrido no pas-
sado, é referida como sendo anterior a outra ação igualmente passada é:
a) ... na efervescência da Bolonha do século XVI, uma pintura, fosse um retrato
ou uma cena, fosse religiosa ou alegórica, histórica ou privada, era criada com a
intenção de ser lida.
b) Essa era uma característica inerente e essencial do ato estético: a possibilidade,
por meio de um vocabulário compartilhado, da comunicação entre o ponto de vista
do artista e o ponto de vista do público.
c) Um quadro podia ser venerado pela sua arte ou seu conteúdo, mas acima da
veneração estava a promessa de algo a ser aprendido ou pelo menos reconhecido.
d) Ainda no século VI, o papa Gregório, o Grande, havia declarado: “Uma coisa é
adorar um quadro, outra é aprender em profundidade, por meio dos quadros, uma
história venerável”.
e) Temos permitido que a propaganda e a mídia eletrônica privilegiem a imagem
para transmitir informações instantaneamente ao maior número de pessoas.
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20. (2008/FCC/MPE-RS/SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS)
Voluntário
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... no posto mais próximo do hotel em que se hospedara...
O emprego da forma verbal grifada acima indica
a) ação habitual e repetitiva.
b) incerteza em relação a uma situação futura.
c) ação passada, anterior a outra, também no passado.
d) fato realizável, a depender de outro, posterior ao primeiro.
e) fato passado e terminado em um momento específico.
21. (2006/FCC/TRE-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam como o meio quase mági-
co que permitiria transpor enormes distâncias com rapidez e grande capacidade de
carga, atravessando qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o descompasso que tenderia a se
verificar entre as modestas dimensões da economia nacional e os grandes investi-
mentos requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de vista como esse
foram vencidos pela fascinação exercida pelo trem de ferro e pela fé em seu poder
de transformar a realidade.
De um ponto de vista econômico, não seria propriamente incorreto dizer que a
experiência ferroviária no Brasil não passou de um relativo fracasso - que se tradu-
ziria, hoje, no predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros países
de grandes dimensões. De acordo com supostas explicações, o triunfo das ro-
dovias no Brasil teria sido obtido graças a um complô que envolveria governos e
grandes empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que, além de
outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional nunca chegou a formar
uma autêntica rede cobrindo todo o território. Como a economia dependia da agro-
exportação, o problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras aos
portos marítimos.
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A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da efetiva integração econômica
do país como parte do processo de expansão do mercado interno, os transportes
rodoviários mais ágeis, necessitando de uma infraestrutura muito menor que a das
vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o trem não tinha como acompa-
nhar. Isso não significa que as ferrovias não tenham desempenhado um importante
papel econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado pela agro-
exportação e continuaram a ser importantes também no contexto da industrializa-
ção acelerada.
Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas apenas mediante critérios es-
tritamente econômicos. No Brasil, as ferrovias criaram novas cidades, como Porto
Velho, e revitalizaram antigas. Representaram uma experiência indelével, frequen-
temente dramática, para os trabalhadores mobilizados nas construções. Objeto de
fascínio, elas impuseram um novo ritmo de vida, marcado pelos horários dos trens,
e reorganizaram espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como “ca-
tedrais” da ciência e da técnica.
(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse], p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)
... como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes distâncias...
O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,
a) finalidade de uma ação no presente.
b) ação anterior a outra, no passado.
c) certeza futura na realização de um fato.
d) situação hipotética em relação a um fato no passado.
e) ação habitual, condicionada a um fato futuro.
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22. (2018/FCC/TRT 6ª REGIÃO (PE)/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)
A arte requer “explicação”?
Aqui e ali, quem frequenta bienais, salões de arte ou exposições de artes plás-
ticas encontrará de repente não um quadro, uma escultura ou algum objeto de
significação histórica, mas uma instalação – nome que se dá, segundo o dicionário
Houaiss, a “alguma obra de arte que consiste em construção ou empilhamento de
materiais, permanente ou temporário, em que o espectador pode participar, ma-
nipulando-a, ou, sendo, às vezes, de tamanho tão grande, que o espectador pode
nela entrar”. Trata-se, em outras palavras, de materiais organizados num espaço
físico de modo a constituírem uma obra de arte.
Ocorre, porém, com grande parte das instalações, um fenômeno curioso: com
muita frequência o criador é convidado a explicar – e o faz com linguagem muito
sofisticada – o sentido profundo que pretendeu dar àquele conjunto de materiais,
àquela instalação que ele concebeu. Para o público, restará a impressão final de
que os materiais eram, em si mesmos, insuficientes para significarem alguma coi-
sa: precisavam da explicação de quem os utilizou.
As verdadeiras obras de arte se impõem por si mesmas, independentemente de
qualquer explicação prévia ou justificativa final. O grande músico, o grande escritor,
o grande cineasta não precisam interpor-se entre a sonata, o romance ou o filme
para explicar seu sentido junto ao público. Certamente haverá oportunidade para
todos refletirmos sobre o sentido dinâmico de uma obra artística que atingiu o nos-
so interesse e provocou o nosso prazer; mas nada será mais forte do que a mobili-
zação emocional e intelectual que a obra já despertou em nós, no primeiro contato.
(Aristeu Valverde, inédito)
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Morfologia Verbal
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Morfologia Verbal

  • 2. ELIAS SANTANA Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de pro­ fessor em vários colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramá­ tica, redação discursiva e interpretação de textos. Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 3. 3 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br SUMÁRIO Verbo.........................................................................................................4 Parte I: Conceitos e Características................................................................6 Parte II: Conjugação Verbal........................................................................10 Conjugação dos Verbos Regulares................................................................10 Conjugação dos Verbos Irregulares..............................................................18 Tempos Compostos....................................................................................24 Particípios Irregulares................................................................................26 Parte III: Emprego dos Tempos e Modos Verbais............................................27 Parte IV: Correlação Verbal.........................................................................28 Questões de Concurso................................................................................33 Gabarito...................................................................................................74 Gabarito Comentado..................................................................................75 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 4. 4 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br VERBO Olá, querido(a) amigo(a)! Neste PDF, falaremos de um assunto que nem todas as bancas para concursos públicos cobram: a morfologia verbal. Antes de iniciarmos a matéria, gostaria de apresentar algumas justificativas. Todo material elaborado por mim é concebido de acordo com o perfil de banca, e não apenas de acordo com o edital proposto. Vou dar exemplos: O Cespe, em muitos editais, cita “relações entre tempos e modos verbais”. To- davia, pegue o escopo das últimas questões elaboradas pela banca. Este assunto foi cobrado? Não! Então, pergunto: por que eu deveria gastar o seu precioso tempo com isso? A FCC, em muito editais, cita “acentuação gráfica”. Todavia, pegue o escopo das últimas questões elaboradas pela banca. Este assunto foi cobrado? Não! Então, pergunto: por que eu deveria gastar o seu precioso tempo com isso? Eu não quero, com esse discurso, estimular a irresponsabilidade, mas o adequa- do planejamento tático dos seus estudos. Quem se prepara para concursos públicos deve gerir prioridades, uma vez que o tempo sempre será curto, nunca será possível ver tudo em detalhes, e existem assuntos que, de acordo com o perfil de cada banca, são garantidos. As bancas podem nos surpreender? Claro que podem! Você precisa estudar tudo, mas deve saber quando estudar cada matéria. Estudar “relações entre tempos e modos verbais” é obrigatório para qualquer estudante, mas não deve ser a sua prioridade quando a sua próxima prova será realizada pelo Cespe, entende? Estudar “acentuação gráfica” é obrigatório para qualquer estudante, mas deve ser a sua prioridade quando a sua próxima prova será realizada pela FCC! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 5. 5 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Estou sendo repetitivo, mas preciso ser extremamente claro. A missão de um professor – ainda mais no meu caso – não é apenas transmitir os conteúdos que domino. Preciso ter empatia e discernimento, uma vez que, se eu estivesse no seu lugar, gostaria de dar prioridade ao que efetivamente me levará ao meu sonho. Vou apresentar um exemplo ainda mais claro: sabemos todos que um goleiro é o único jogador em um time autorizado a usar as mãos durante uma partida de futebol. Sabemos inclusive que ele trabalha mais com elas do que com os membros inferiores. Pergunto, portanto: é prudente, por isso, que ele não saiba jogar com os pés? Claro que não! Ele precisa saber usar o corpo todo no desempenho de seu ofí- cio, mas ele sabe que algo deve estar mais aprimorado: seus membros superiores. Digo isso porque, se você tem este PDF vinculado ao seu curso, sua banca faz questão de explorar a morfologia verbal. Isso acontece com poucas bancas, e você, feliz ou infelizmente, foi contemplado(a) com a oportunidade de ter de dar prioridade a essa matéria (é uma visão bastante eufêmica, não?), independente- mente de sua familiaridade com o assunto. Se compararmos todos os capítulos de uma gramática, você verá que “verbo” é o maior deles. Esta é a classe gramatical mais importante de qualquer língua do mundo. Há muito a ser estudado sobre ela. Para quem está estudando para concursos públicos, o conhecimento acerca do verbo deve ser assim dividido: I – conceito e características; II – conjugação verbal (para que você saiba reconhecer os verbos); III – emprego semântico do verbo (tempos e modos); IV – correlação verbal; V – vozes verbais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 6. 6 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Exceto o último, todos os demais serão explorados neste PDF. “Professor, mas por que você não falará sobre vozes verbais?” Porque já estudamos esse assunto! Ele está no PDF “vozes verbais e funções do SE”. Isso acontece porque vozes é, incomparavelmente, o tópico mais cobrado entre os acima citados (e o único presente em quase todas as bancas). Por isso, nosso PDF será baseado em quatro blocos. Siga-os na ordem por mim proposta. Vamos juntos? Parte I: Conceitos e Características A classe dos verbos deve ser compreendida por meio de três parâmetros: o morfológico, o sintático e o semântico. Morfologicamente, o verbo é uma palavra passível de conjugação (por isso, so- fre flexão). Nos verbos regulares, por exemplo, há uma parte invariável (chamada de radical) e uma variável (chamada de desinência). Estas é que se flexionam, a fim de indicar modo, tempo, número e pessoa. Sintaticamente, o verbo é a condição de existência de uma oração. Ele é res- ponsável por indicar o sujeito (por meio da concordância) e os complementos (por meio da regência). Do ponto de vista sintático, o verbo classifica-se como transiti- vo (direto, indireto ou direto e indireto), intransitivo ou de ligação. Tudo isso já foi visto por nós ao longo do curso. Semanticamente, o verbo é a palavra empregada em uma sentença com a res- ponsabilidade de indicar ações, estados ou fenômenos da natureza. Também já discutimos esse tópico em estudos anteriores. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 7. 7 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Dessa forma, perceba que o nosso objetivo agora é compreender a morfologia do verbo, independentemente de suas interações com outras estruturas da oração ou de seu sentido. Vamos, portanto, discutir as flexões do verbo. 1) Modo • Indicativo: quando o verbo expressa uma certeza, afirmação. Ex.: Ele corre no fim da tarde. • Subjuntivo: quando o verbo expressa dúvida, hipótese. Ex.: Talvez ele cor- ra no fim da tarde. • Imperativo: quando o verbo expressa ordem, sugestão. Ex.: Corra! Você vai se atrasar! 2) Tempo • Presente: o que acontece. Ex.: Ele chega às 10h. • Pretérito: o que aconteceu. Ex.: Ele chegou às 10h. • Futuro: o que acontecerá. Ex.: Ele chegará às 10h. 3) Número • Singular: quando o verbo faz referência a um sujeito singular. Ex.: Ela fala sempre em fé. • Plural: Quando o verbo faz referência a um sujeito plural. Ex.: Elas falam sempre em fé. 4) Pessoa • 1ª pessoa: quem fala no discurso (eu/nós). • 2ª pessoa: com quem/para quem se fala no discurso (tu/vós). • 3ª pessoa: de quem/do que se fala no discurso (ele/ela/eles/elas). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 8. 8 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Vamos analisar algumas situações práticas: (1) O professor comentou a prova aplicada. Modo: indicativo. Tempo: pretérito. Número: singular. Pessoa: terceira. (2) Pressuponho que tu estejas pronto! Modo: subjuntivo. Tempo: presente. Número: singular. Pessoa: segunda. (3) Não gritem durante o jantar. Modo: imperativo. Tempo: presente1 . Número: plural. Pessoa: terceira. Note que a nossa análise acerca dos verbos ainda é bastante simples, mas isso é necessário para que você possa ir se familiarizando com o assunto. Vamos falar, agora, de mais alguns conceitos gerais acerca do verbo, antes de avançarmos ao que realmente interessa: 1 Os verbos imperativos não costumam ser classificados quanto ao tempo. Todavia, o entendimento dos gra- máticos clássicos aponta que, em razão de ser uma ordem ou sugestão, há uma indicação de algo presente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 9. 9 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Estrutura morfológica: o verbo é composto por duas partes fundamentais: radical e desinências2 . A primeira é a parte invariável (e que carrega a essência semântica do verbo); a segunda é variável (responsável por indicar as flexões do verbo). Compare, por exemplo, compro e compramos. Note que, nos dois ver- bos, há uma parte invariável (compr-) e uma parte variável (-o e -mos). Aspectos flexionais: podemos apontar que existem verbos regulares (o ra- dical não sofre variação quando conjugado; ex.: vender), irregulares (o radical sofre variações quando conjugado; ex.: ser), defectivos (que não são conjugados em todas as pessoas; ex.: abolir, que não possui primeira pessoa do singular do presente do indicativo), abundantes (que apresentam mais de uma forma para o mesmo verbo; ex.: particípio do verbo imprimir, que pode ser imprimido ou im- presso) e pronominais (verbos que existem mediante a presença de um pronome oblíquo átono; ex.: arrepender-se). Formas nominais: você já conhece como infinitivo (verbos terminados em AR, ER e IR), gerúndio (verbos terminados em NDO) ou particípio (verbos termi- nados em ADO ou IDO – quando regular). Nesses casos, os verbos não podem ser classificados em tempo, modo, número e pessoa. Locução verbal: quando um único verbo é formado por outros dois: um au- xiliar e um principal. Falamos sobre isso na aula sobre verbos impessoais, em um dos nossos primeiros PDFs. Esses são conceitos gerais que vão nos auxiliar a entender as demais seções deste PDF. De agora em diante, os tópicos a serem citados são mais importantes para provas! 2 Há também, em alguns verbos, a presença da vogal temática, que é responsável por conectar o radical às desinências e garantir a eufonia (harmonia sonora da palavra). É o caso do “a” de “compramos”, nos exem- plos acima apresentados. Como esse é um assunto de pouca relevância para concursos públicos, não apro- fundarei sobre. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 10. 10 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Parte II: Conjugação Verbal Com certeza, o “calo no sapato” de inúmeros brasileiros. Vamos dividir esta seção em três: conjugação dos verbos regulares; conjugação dos verbos irregulares; tempos compostos e particípios irregulares. Conjugação dos Verbos Regulares Os verbos regulares, conforme já foi exposto anteriormente, seguem um pa- radigma de conjugação previsível, com as mesmas desinências para cada um dos verbos de cada tempo e modo. Para facilitar o processo, temos três formas verbais primitivas: o presente do indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal. Por meio desses três, é possível gerar todos as demais conjugações. Veja abaixo: 1) Presente do indicativo • Presente do subjuntivo • Imperativo afirmativo • Imperativo negativo 2) Pretérito perfeito do indicativo • Pretérito mais-que-perfeito do indicativo • Pretérito imperfeito do subjuntivo • Futuro do subjuntivo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 11. 11 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br 3) Infinitivo impessoal • Infinitivo pessoal • Futuro do presente • Futuro de pretérito • Pretérito imperfeito do indicativo Os que estão em negrito devem obrigatoriamente ser memorizados. A partir deles, os demais são formados. Vou descrever o passo a passo: 1) Presente do indicativo a) Conjugue o verbo no presente do indicativo. b) Olhe para a terceira pessoa do singular. Ela terminará em -a (se o verbo for de primeira conjugação) ou -e (se o verbo for de segunda conjugação). Para formar a primeira pessoa do presente do subjuntivo, troque a terminação -a por -e (e, se for -e, troque por -a). c) Conjugue as demais formas do presente do subjuntivo. d) Olhe para a segunda pessoa (do singular e do plural) do presente do indicati- vo. Se você retirar o -s que está em frente a esses verbos, obterá as segun- das pessoas do imperativo afirmativo. e) Retire as demais pessoas do imperativo afirmativo do presente do subjuntivo (obs.: o imperativo não possui a primeira pessoa do singular). f) Repita os verbos do presente do subjuntivo no imperativo negativo. (obs.: o imperativo não possui a primeira pessoa do singular). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 12. 12 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Vou mostrar como funciona com o verbo pular: Etapa A: Presente do indicativo Presente do subjuntivo (que) Imperativo afirmativo Imperativo negativo Eu Pulo Tu Pulas Ele Pula Nós Pulamos Vós Pulais Eles pulam Etapa B: Presente do indicativo Presente do subjuntivo (que)3 Imperativo afirmativo Imperativo negativo Eu Pulo Pule Tu Pulas Ele Pula Nós Pulamos Vós Pulais Eles pulam Etapa C: Presente do indicativo Presente do subjuntivo (que) Imperativo afirmativo Imperativo negativo Eu Pulo Pule Tu Pulas Pules Ele Pula Pule Nós Pulamos Pulemos Vós Pulais Puleis Eles pulam Pulem 3 A conjugação do presente do subjuntivo é sempre feita com a conjunção “que” antes do pronome pessoal. Troque o A pelo E O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 13. 13 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Etapa D: Presente do indicativo Presente do subjuntivo (que) Imperativo afirmativo Imperativo negativo Eu Pulo Tu Pulas Pula (tu) Ele Pula Nós Pulamos Vós Pulais Pulai (vós) Eles pulam Etapa E: Presente do indicativo Presente do subjuntivo (que) Imperativo afirmativo Imperativo negativo Eu Pulo Pule Tu Pulas Pules Pula (tu) Ele Pula Pule Pule (você) Nós Pulamos Pulemos Pulemos (nós) Vós Pulais Puleis Pulais (vós) Eles pulam Pulem Pulem (vocês) Etapa F: Presente do indicativo Presente do subjuntivo (que) Imperativo afirmativo Imperativo negativo Eu Pulo Pule Tu Pulas Pules Pula (tu) Não pules (tu) Ele Pula Pule Pule (você) Não pule (você) Nós Pulamos Pulemos Pulemos (nós) Não pulemos (nós) Vós Pulais Puleis Pulais (vós) Não puleis (vós) Eles pulam Pulem Pulem (vocês) Não pulem (vocês) Sem S Sem S O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 14. 14 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Viu como é simples? Isso vale para qualquer verbo regular! Tente fazer o mes- mo com os verbos comer e imprimir (segunda e terceira conjugações, respecti- vamente). 2) Pretérito perfeito do indicativo a) Conjugue o verbo no pretérito perfeito do indicativo. b) Olhe para a segunda pessoa do singular. Ela terminará em -ste. Troque essa desinência por -ra (para formar a 1ª p.s. do pretérito mais-que-perfeito do indicativo), por -sse (para formar a 1ª p.s. do pretérito imperfeito do subjun- tivo) e por -r (para formar a 1ª p.s. do futuro do subjuntivo). c) A partir das primeiras pessoas obtidas na etapa anterior, conjugue as demais formas. Vamos ver na prática, com o verbo comer. Etapa A: Pretérito perfeito do indicativo Pretérito mais-que-per- feito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo (se) Futuro do subjuntivo (quando) Eu Comi Tu Comeste Ele Comeu Nós Comemos Vós Comestes Eles Comeram O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 15. 15 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Etapa B: Pretérito perfeito do indicativo Pretérito mais-que-per- feito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo (se)4 Futuro do subjuntivo (quando)5 Eu Comi Comera Comesse Comer Tu Comeste Ele Comeu Nós Comemos Vós Comestes Eles Comeram Etapa C: Pretérito perfeito do indicativo Pretérito mais-que-per- feito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo (se) Futuro do subjuntivo (quando) Eu Comi Comera Comesse Comer Tu Comeste Comeras Comesses Comeres Ele Comeu Comera Comesse Comer Nós Comemos Comêramos Comêssemos Comermos Vós Comestes Comêreis Comêsseis Comerdes Eles Comeram Comeram Comessem Comerem 4 A conjugação do pretérito imperfeito do subjuntivo é sempre feita com a colocação da conjunção “se” antes do pronome pessoal. 5 A conjugação do pretérito imperfeito do subjuntivo é sempre feita com a colocação da conjunção “quando” antes do pronome pessoal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 16. 16 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br 3) Infinitivo impessoal a) Olhe para o verbo no infinitivo. b) Não acrescente nada a ele para formar a 1ª p.s. do infinitivo pessoal; acres- cente -ei para formar a 1ª p.s. do futuro do presente; acrescente -ia para formar a 1ª p.s. do futuro do pretérito. c) Olhe novamente para o infinitivo impessoal. Troque -ar por -ava (se for um verbo de primeira conjugação) ou -er ou -ir por -ia (se for um verbo de se- gunda ou terceira conjugação) para formar a 1ª p.s. do pretérito imperfeito. d) A partir das primeiras pessoas geradas, conjugue as demais. Vamos testar com o verbo imprimir. Etapa A: Infinitivo impessoal Infinitivo pessoal (para) Futuro do presente Futuro do pretérito Pretérito imperfeito do indicativo Eu Tu Ele Nós Vós Eles I M P RI O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 17. 17 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Etapa B: Infinitivo impessoal Infinitivo pes- soal (para)6 Futuro do presente Futuro do pretérito Pretérito imper- feito do indicativo Eu Imprimir imprimirei Imprimiria Tu Ele Nós Vós Eles Etapa C: Infinitivo impessoal Infinitivo pessoal (para) Futuro do presente Futuro do pretérito Pretérito imperfeito do indicativo Eu Imprimir Imprimirei Imprimiria Imprimia Tu Ele Nós Vós Eles Etapa D: Infinitivo impessoal Infinitivo pessoal (para) Futuro do presente Futuro do pretérito Pretérito imper- feito do indicativo Eu Imprimir imprimirei Imprimiria Imprimia Tu Imprimires Imprimirás Imprimirias Imprimias Ele Imprimir Imprimirá Imprimiria Imprimia Nós Imprimirmos Imprimiremos Imprimiríamos Imprimíamos Vós Imprimirdes Imprimireis Imprimiríeis Imprimíeis Eles Imprimirem Imprimirão Imprimiriam imprimiam Viu como é simples? Agora, a minha recomendação: TREINE! I M P RI I M P RI I M P RI O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 18. 18 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Conjugação dos Verbos Irregulares Os verbos irregulares, como a própria nomenclatura sugere, não seguem um paradigma previsível de conjugação. Veja exemplos: Pedir: O radical do verbo é ped-; todavia, perceba que, em algumas conjugações, o “d” é substituído por “ç”. Isso é um verbo irregular (e esse apresenta uma irregu- laridade leve)! Querido(a), agora eu não tenho uma notícia muito legal: você precisará memo- rizar o que aparecerá nesta seção. Alguns verbos irregulares são essenciais para provas de concursos públicos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 19. 19 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Vou listá-los aqui: Ser: Estar: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 20. 20 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Ter: Haver: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 21. 21 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Ir: Vir: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 22. 22 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Ver: Mediar (e outros verbos terminados em -IAR): O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 23. 23 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Apaziguar (e outros verbos terminados em -UAR): Dica 1: pesquise também pelos verbos trazer, dizer, querer, pedir, caber e abolir. Dica 2: a melhor forma de estudar é conjugando dois verbos por semana: um regular (para que você treine como formar os tempos derivados a partir dos primi- tivos) e um irregular (para que você os memorize). Veja como isso aparece em provas: 1. (2018/FCC/TRT6/TÉCNICO) Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do sublinhado acima está também sublinhado em: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 24. 24 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br a) ... as bases materiais do jornalismo profissional deslizam... b) ... os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia. c) Algo parecido ocorre agora com as redes sociais... d) ... mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais. e) Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas... Letra e. O verbo destacado no enunciado está no pretérito imperfeito do indicativo, assim como o verbo sublinhado na letra e. Na letra a, temos presente do indicativo; na b, futuro do pretérito; na c, presente do indicativo; na d, presente do subjuntivo. Tempos Compostos Toda a conjugação que estudamos até agora é pautada em tempos simples; ou seja, um único verbo. Em nossa língua, há também tempos verbais formados por locuções verbais. Essa locução verbal possui uma estrutura quase fixa: o verbo auxiliar é sempre ter ou haver; o verbo principal aparece sempre no particípio. O verbo auxiliar sofrerá alterações de tempo e modo; são elas que definirão cada tempo composto. Veja: Indicativo • Pretérito perfeito composto: presente + particípio. Ele tem estudado to- dos os dias. • Pretérito mais-que-perfeito composto: pretérito imperfeito + particípio. Ele tinha estudado todos os dias. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 25. 25 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br • Futuro do presente composto: futuro do presente + particípio. Ele terá estudado todos os dias. • Futuro do pretérito composto: futuro do pretérito + particípio. Ele teria estudado todos os dias. Subjuntivo • Pretérito perfeito composto: presente + particípio. Supõe-se que ele te- nha estudado todos os dias. • Pretérito mais-que-perfeito composto: pretérito imperfeito + particípio. Se ele tivesse estudado todos os dias, já estaria trabalhando. • Futuro composto: futuro + particípio. Quando ele tiver estudado todos os dias, conseguirá ótimos resultados. Obs.: o verbo “ter” pode ser substituído por “haver”, sem qualquer alteração de correção ou sentido. É por isso que eles estão listados na seção anterior (verbos irregulares). Veja como cai em provas: 2. (2017/FCC/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Mantendo-se o sentido e a correção, a forma verbal havia passado (3º parágrafo) pode ser alterada para a) passara. b) iria passar. c) teria passado. d) passaria. e) passando. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 26. 26 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Letra a. Você nem precisa de texto. “Havia passado” é o pretérito mais-que-perfeito com- posto do indicativo. Basta trocar pelo pretérito mais-que-perfeito simples do indi- cativo! Dica: quase sempre cai esse tempo e modo! Particípios Irregulares Lá nos conceitos gerais sobre verbo, comentei acerca dos verbos abundantes. Na sua cabeça, esse conceito deve estar associado aos particípios, uma vez que alguns verbos possuem duas formas: uma regular e outra irregular. Veja: Qual é a regra de uso? Nos tempos compostos, adota-se o particípio regular; na voz passiva analíti- ca, o particípio irregular. Cuidado: os verbos dizer, escrever, vir, fazer, abrir e cobrir só possuem particípios irregulares (dito, escrito, vindo, feito, aberto e coberto, respectivamen- te). O verbo trazer só possui a forma regular (trazido). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 27. 27 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Parte III: Emprego dos Tempos e Modos Verbais Se você tiver noção da parte II, esta será fácil. Além de conhecer os verbos, precisamos também saber o que cada um deles expressa semanticamente em uma oração. Em outras palavras: você deve interpretar a informação oferecida pelo verbo! Isso afeta principalmente os verbos no indicativo. O subjuntivo possui uma finalidade clara: indicar dúvida, hipótese, possibilidade. O imperativo, ordens, su- gestões, pedidos, conselhos. Vamos então entender o que acontece no indicativo: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 28. 28 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Veja como isso aparece em provas: 3. (2007/FCC/TRF4/TÉCNICO JUDICIÁRIO) ... de que a atividade humana contribuíra significativamente para esse aumento... (3º parágrafo) O emprego da forma verbal grifada acima denota, considerando- se o contexto, a) ação real, a ser obtida no futuro, em relação a outra, no presente. b) condição passível de ser realizada, até mesmo no presente. c) incerteza da realização de uma ação num futuro próximo. d) possibilidade futura, que depende de uma condição anterior. e) fato passado em relação a outro, também passado. Letra e. É o principal motivo pelo qual se usa o pretérito mais-que-perfeito: indicar uma ação no passado anterior a outro fato ocorrido no passado. Parte IV: Correlação Verbal Você já sabe que, em um período composto por subordinação, existem, no mínimo, dois verbos. O que talvez seja novo para você é que esses verbos não podem ser es- colhidos ao acaso. Eles precisam fazer sentido entre si, por meio da correlação verbal. É muito mais fácil entender o que é a correlação verbal por meio de um exemplo: Ex.: se ele trabalhasse, ganhará experiência. Ex.: quando você estudar, foi aprovado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 29. 29 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Eu pergunto: as frases acima fazem algum sentido para você? Acredito que não. E isso é simples de ser explicado: no exemplo 1, é possível entender que ele não trabalha (é levantada a hipótese acerca do trabalho). Qual é a lógica, então, de ele, garantidamente no futuro ganhar experiência? No exemplo 2, o ato de estudar será praticado no futuro. Qual é a lógica de a aprovação ter acontecido no passado? Eu tenho certeza de que você prefere assim: Ex.: se ele trabalhasse, ganharia experiência. Ex.: quando você estudar, será aprovado. Nos dois primeiros exemplos, não houve qualquer respeito aos princípios de correlação verbal. Nos dois últimos, a correlação foi perfeitamente estabelecida. Costumo dizer que as relações de correlação devem ser experimentadas, e não decoradas. Você, com a sua experiência de vida e conhecimento linguístico, sabe, mesmo sem regras, o que faz ou não sentido nesses casos. Mas irei detalhar abaixo alguns casos de correlação verbal: I – Verbo da OP declarativo nos tempos presente do indicativo, futuro do pre- sente ou imperativo  correlação com todos os tempos do modo indicativo. Nós sabemos Eles falarão Diga que o professor ama amava amou amara amaria amará tem amado tinha amado os seus alunos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 30. 30 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br II – Verbo da OP declarativo em qualquer pretérito do indicativo  corre- lação com o pretérito imperfeito do indicativo, pretérito + que perfeito do indicativo ou futuro do pretérito do indicativo. Ele anunciou Ele anunciava Ele anunciara que o presidente falava falara (tinha falado) falaria a verdade. III – Verbo da OP, com o sentido de vontade, pedido ou permissão, no presente do indicativo, futuro do presente do indicativo ou imperativo  correlação com o presente do subjuntivo. Eu faço Eu pedirei Peça (você) que meu filho fale com o irmão. IV – Verbo da OP, com o sentido de vontade, pedido ou permissão, em qualquer pretérito do indicativo  correlação com o pretérito imperfeito do subjuntivo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 31. 31 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Eu queria Eu quis Eu quisera que todos se mudassem daqui. Reitero: não queira memorizar as regras apresentadas acima. Opte por enten- der os períodos. Vamos ver como esse tópico é abordado em provas: 4. (2018/FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO) Há correspondência correta entre tempos e modos verbais na seguinte frase: a) É preciso que se aumente o investimento em pesquisa para que o agronegócio brasileiro não precisasse importar tanto maquinário. b) Se houvesse maior difusão das novas tecnologias, o agronegócio brasileiro será uma das principais áreas a se beneficiar. c) O presidente da Embrapa demonstrou convicção ao defender que as novas tec- nologias revolucionarão o futuro do agronegócio. d) A agricultura de precisão já esteja sendo necessária nos dias atuais, mas talvez tivesse sido mais determinante para o futuro do agronegócio. e) Quando a carne produzida em laboratório tiver amplo consumo é que podería- mos dizer se os recursos gastos em seu desenvolvimento sejam válidos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 32. 32 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Letra c. Vamos analisar as demais: Na letra a, os verbos “aumente” e “precisasse” não se correlacionam (como uma ação no presente pode gerar uma finalidade no passado?). Na letra b, os verbos “houvesse” e “será” não se correlacionam (como uma hipó- tese do passado pode gerar uma certeza no futuro?). Na letra d, o verbo “esteja” já está inadequado (o texto indica certeza; o verbo precisa estar no indicativo). Na letra e, os verbos “tiver” e “poderíamos” não se correlacionam (como uma ação no futuro gera uma hipótese no futuro do pretérito?). Viu como é uma questão muito mais de lógica e de interpretação do que de aplica- ção de regras? O que Cai, Elias? Não sei se você percebeu, mas a parte I serviu apenas de base para as demais par- tes – que são as que efetivamente aparecem em provas. Para tanto, meus conselhos: 1) treine a conjugação dos verbos regulares. 2) memorize os irregulares que citei. 3) estude os particípios (regulares e irregulares) juntamente com os tempos compostos e a voz passiva analítica. 4) entenda o sentido dos verbos (principalmente os do modo indicativo). 5) experimente, por meio de exercícios, a correlação verbal. Com esses cinco conselhos, verbos nunca mais serão um problema para você! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 33. 33 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br QUESTÕES DE CONCURSO 1. (2018/FCC/TRT 6ª REGIÃO (PE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Atenção: Para responder à questão abaixo, considere o texto abaixo. O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário. É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo quando estamos preparados para abordar os assuntos sobre os quais escrevemos, é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande. O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte inconscientes, que refletem visões de mundo de quem escreve. Eles interagem com os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais. Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato jornalístico. O objetivo daquela geração, realizado apenas em parte, era estabele- cer que o jornalismo, apesar de suas severas limitações, é uma forma legítima de conhecimento sobre o nível mais imediato da realidade. O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por dois motivos. Ao disseminar notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas para um exercício mais consciente da cidadania. Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo fosse a escola na qual os eleitores have- riam de aprender a exercer a democracia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 34. 34 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas públicos, servem como arena de ideias e soluções. O livre funciona- mento das várias formas de imprensa, mesmo as sectárias e as de má qualidade, corresponde em seu conjunto à respiração mental da sociedade. Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A maioria das pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimen- tos pessoais que sobra pouca atenção para o que é público. Desde quando os tab- loides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão e pela internet, vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria. O jornalismo de verdade, que apura, investiga e debate, é sempre elitista. Está voltado não a uma elite econômica, mas a uma aristocracia do espírito. São líderes comunitários, professores, empresários, políticos, sindicalistas, cientistas, artistas. Pessoas voltadas ao coletivo. A influência desse tipo de jornalismo sempre foi, assim, mediada. Desde que se tornou hegemônico, nos anos 1960-70, o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa. Algo parecido ocorre agora com as redes sociais. A imprensa, que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise. O paradoxo deste período é que, no mesmo passo em que as bases materiais do jornalismo profissional deslizam, sua capacidade de atingir mais leitores se multiplica na internet, conforme se torna vi- sível a perspectiva de universalizar o ensino superior. (Adaptado de: FILHO, Otavio Frias. Disponível em: www.folha.uol.com.br) Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do sublinhado acima está tam- bém sublinhado em: a) ... as bases materiais do jornalismo profissional deslizam... b) ... os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 35. 35 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br c) Algo parecido ocorre agora com as redes sociais... d) ... mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais. e) Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas... 2. (2018/FCC/ALESE/TÉCNICO LEGISLATIVO/ADMINISTRAÇÃO) Para responder à questão abaixo, considere o texto abaixo: (Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. “A opinião dos leitores e a crítica”. Disponível em: folha.uol.com.br. Acesso em: 10/3/2018) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 36. 36 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br uma tendência que já coroava as edições anteriores do prêmio (4º parágrafo) O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do que se encontra acima está su- blinhado em: a) por meio do qual definia uma suposta obra de arte b) o novo prêmio atenderia ao mercado c) ou o que o contraria d) o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas e) ele contempla os títulos com mais chances 3. (2018/FCC/METRÔ-SP/TÉCNICO LOGÍSTICA) A questão abaixo refere-se ao tex- to seguinte. Levante a mão quem nunca teve o azar de ser amado pelas razões erradas. Eis uma experiência capaz de produzir a angústia de quem se depara com um duplo de si mesmo: o espelho do olhar do outro te devolve uma imagem que parece sua, mas na qual você não se reconhece. Claro que ninguém ama com objetividade. O que o amante vê no ser amado é sempre contaminado pela fantasia. Não me re- firo, então, à impossibilidade fundamental de complementaridade entre os casais, mas aos encontros que se dão na base do puro malentendido. Sentir-se amado por qualidades que o outro imagina, mas não têm nada a ver com você, pode ser muito angustiante. E sedutor. Vale lembrar que a palavra “sedução” indica o ato de des- viar alguém de seu caminho: “eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá”. Pensava essas coisas de meu lugar na plateia lotada do Credicard Hall (que nome para um teatro, caramba!), onde fui ver o show de uma de minhas canto- ras favoritas no momento: Maria Gadú. Com jeito de moleque, encarapitada no banquinho, de onde não desceu para rebolar nenhuma vez, composições muito O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 37. 37 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br pessoais que escapam ao clichê romântico e uma rara sofisticação musical, Maria Gadú parecia não se reconhecer diante do público que – vibrava? Não, vibrar seria compreensível. Delirava? Sim; mas o entusiasmo foi muito além disso. O público ululava desde os primeiros acordes de cada canção, que todos sabiam de cor, mas não conseguiam escutar. A energia com que aplaudiam mais parecia uma fúria, que a timidez da artista só fazia excitar mais e mais. Pareciam todos sedentos por uma experiência musical autêntica, promovida por alguém que não vendesse sensua- lidade barata, e ao mesmo tempo não se conformavam de não conseguir puxar a cantora para o terreno familiar da vulgaridade e do sex appeal. Mas estava espantada com a dimensão do sucesso. Como responderá ao apelo de um público que talvez esteja apaixonado por ela pelas razões erradas? Como não se espelhar na imagem banal de pop star que lhe oferecem? O que é mais difícil de enfrentar, na vida artística: a resistência do público para quem sua obra se dirige ou a fama vertiginosa que alavanca (ops) a carreira de alguns artistas iniciantes para o topo do mercado em algumas semanas? Ela diz ter com a música uma aliança impossível de desfazer. Sua intuição mu- sical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo pau- listana. O CD de estreia é dedicado à avó Cila. A terceira faixa é uma homenagem fúnebre tocante, uma toada em feitio de oração. Como outro grande compositor negro, Gilberto Gil, Gadú se mostra capaz de reverenciar a força de seus ancestrais. “Se queres partir, ir embora / me olhe de onde estiver”, pede para a avó, contando com a ajuda dos orixás. Quem sabe a forte conexão com sua origem a proteja de se transformar em fast food para a voracidade dos consumidores. (Adaptado de: KEHL, Maria Rita. 18 crônicas e mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 38. 38 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Sua intuição musical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. (último parágrafo) Alterando-se tão somente o tempo, e não o modo, dos verbos da frase acima, está correta a redação que se encontra em: a) Sua intuição musical teria parecido capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não teria permitido que ela hou- vesse virado uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. b) Sua intuição musical parecerá capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitirá que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. c) Sua intuição musical parecesse capaz de levá-la muito além da próxima esqui- na, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitisse que ela virasse uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. d) Sua intuição musical tinha parecido capaz de levá-la muito além da próxima es- quina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitiu que ela virasse uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. e) Sua intuição musical parecia capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitisse que ela virasse uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. 4. (2017/FCC/TRT 21ª REGIÃO (RN)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) É compreensível imaginar que, dentro do contexto de uma arte de tantos sé- culos como o teatro, o clichê “nada se cria, tudo se copia” já seja uma máxima. Alguns estudiosos da dramaturgia dizem que tal frase é perfeitamente aplicável. O curioso, no entanto, é constatar a rapidez com que o cinema, que tem menos de 120 anos de vida, tem incorporado essa máxima. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 39. 39 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br No século 21, é em Hollywood que essa tendência aparece com maior força. Praticamente todos os sucessos de bilheteria da indústria cinematográfica norte-a- mericana são adaptações de quadrinhos, livros, videogames ou programas de TV que fizeram sucesso. A indústria da adaptação tornou-se tão forte que existe uma massa de escritores com contratos fixos com alguns estúdios, o que significa que escrevem obras literárias já pensando em sua adaptação para o cinema. O roteiro original, portanto, tornou-se um artigo de luxo no cinema norteamericano. Em Hollywood, tal fenômeno é compreensível. A razão para que haja uma alta sem precedentes das adaptações é o medo do risco em tempos de crise econômi- ca, que faz com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por leitores. Essa estratégia, apesar de não garantir êxito de bilheteria, reduz o risco de apostar todas as fichas em histórias inéditas. No Brasil, as adaptações também viraram moda, uma vez que, nos primeiros anos do século 21, os filmes mais comentados vieram de livros e outras formas de expressão artística. (Adaptado de: BALLERINI, Franthiesco. Cinema Brasileiro no Século 21: reflexões de cine- astas, produtores, distribuidores, exibidores, artistas, críticos e legisladores sobre os rumos da cinematografia nacional. Edição digital. São Paulo: Summus Editorial, 2012) ... que faz com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por leitores. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima encontra-se em: a) ... as adaptações também viraram moda... b) A razão para que haja uma alta sem precedentes das adaptações... O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 40. 40 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br c) A indústria da adaptação tornou-se tão forte... d) ... que essa tendência aparece com maior força. e) ... programas de TV que fizeram sucesso. 5. (2017/FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) A coletânea de aforismos que constituem os dois volumes de Humano, dema- siado humano, considerado o marco inicial do segundo período da produção de Nietzsche, é um ajuste de contas definitivo com as ideias fundamentais do sistema filosófico de Schopenhauer. Dedicando o livro à memória do filósofo francês Voltaire e escolhendo como epígrafe uma citação de René Descartes, Nietzsche já o insere simbolicamente na tradição da filosofia das Luzes, caracterizada pela confiança no poder emancipató- rio da ciência, em seu triunfo contra as trevas da ignorância e da superstição. Não por acaso, portanto, a obra tem como subtítulo Um livro para espíritos livres. Se, para o jovem Nietzsche, era a arte – e não a ciência – o que constituía a atividade metafísica do homem, em Humano, demasiado humano ela é destituída desse privilégio. Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais da filosofia de Schopenhauer, dos quais partilhara, Nietzsche toma agora o cuidado de se afastar criticamente deles. “Que lugar ainda resta à arte? Antes de tudo, ela ensinou, através de milênios, a olhar com interesse e prazer a vida, em todas as suas formas. Essa doutrina foi implantada em nós; ela vem à luz novamente agora como irresistível necessidade de conhecer. O homem científico é o desenvolvimento do homem artístico”. Se, para o jovem Nietzsche, o aprofundamento do conhecimento científico con- duzia à proliferação de um saber erudito e estéril, que sufocava a vida, para o Nietzsche do período intermediário o conhecimento científico torna livre o espírito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 41. 41 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Pouco mais tarde, Nietzsche aprofundaria seu novo entendimento relativo ao papel da ciência e à oposição entre esta e a arte. Contrapondo-se àqueles que valorizam apenas a imaginação e as obras-primas do disfarce estético, o filóso- fo afirma: “eles pensam que a realidade é horrível; contudo, não pensam que o conhecimento até da mais horrível realidade é belo, do mesmo modo que aquele que conhece bastante e amiúde está, por fim, muito longe de considerar horrível o grande todo da realidade, cuja descoberta lhe proporciona sempre felicidade. A felicidade do homem do conhecimento aumenta a beleza do mundo. (Adaptado de: GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo, Publifolha, 2000, p. 42-46) ... o que constituía a atividade metafísica do homem... (3º parágrafo) O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do da frase acima está em: a) que sufocava a vida b) aprofundaria seu novo entendimento c) que valorizam apenas a imaginação d) dos quais partilhara e) ela é destituída desse privilégio 6. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/ANALISTA JUDICIÁRIO/COMUNICAÇÃO SO- CIAL) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão. Em junho de 2013, o Presidente Robert Mugabe, do Zimbábue, afirmou duran- te uma entrevista: “Nelson Mandela é santificado demais. Foi bom demais com os brancos à custa dos negros em seu próprio país”. Alguns concordaram, outros O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 42. 42 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br protestaram. Até certo ponto acredito que ele tenha levantado uma questão. Suas atitudes podiam ser percebidas dessa maneira. Ainda assim, em uma conversa com Richard Stengel, o próprio Madiba* havia dito, muito tempo antes: “As pessoas sentirão que vejo demais o bem nas pessoas. Então, é uma crítica que tenho de suportar e à qual tento me ajustar, pois, seja isso verdade ou não, é algo que pen- so ser proveitoso. É uma coisa boa de assumir, agir com base no fato de que... os outros são homens de integridade e honra... porque você tende a atrair integridade e honra, se é dessa maneira que olha para aqueles com quem trabalha. *um dos nomes pelos quais Nelson Mandela era chamado; refere-se a seu clã e denota afeto e respeito. (Adaptado de: LA GRANGE, Zelda. Bom dia, Sr. Mandela. Trad. Felipe José Lindoso. Ribeirão Preto: Novo Conceito, 2015, p. 9) ... o próprio Madiba havia dito, muito tempo antes... A expressão destacada está corretamente substituída, preservando-se o tempo, o modo e o aspecto verbais, por a) disse. b) dissera. c) dizia. d) diria. e) dissesse. 7. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO - TECNOLOGIA DA IN- FORMAÇÃO) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão. O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a partir do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que conseguissem se virar O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 43. 43 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. A infância, como idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente novo. A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como tudo, é também um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e so- ciais do mundo, em permanente mudança e construção. Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. Não é por acaso que proliferaram os coaches. Coach, em inglês, significa treinador. Origi- nalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito importado dos Estados Unidos, país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos na idade adulta, não sabemos lidar com a vida sozinhos. Precisamos de um treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego, lidar com conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e até mesmo organizar os armários. Uma espécie de infância permanente do indivíduo. Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do “eu me- reço”. Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser compreendido como uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. Quando essa crença fracassa, é hora de buscar o treinador de felicidade, o treinador de saúde. É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí parecem não perceber que dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que não foi possível alcançar. (Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca) Precisamos de um treinador que nos ajude a comer... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima está tam- bém sublinhado em: a) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas... O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 44. 44 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br b) Não é por acaso que proliferaram os coaches. c) ... país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo... d) E, mesmo que se esforcem muito... e) Hoje há algo novo nesse cenário. 8. (2016/FCC/METRÔ-SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. Acredito de bom grado que o que está nos outros possa divergir essencialmente daquilo que está em mim. Não obrigo ninguém a agir como ajo e concebo mil e uma maneiras diferentes de viver; e, contrariamente ao que ocorre em geral, espantam-me bem menos as diferenças entre nós do que as semelhanças. Não imponho a outrem nem meu modo de vida nem meus princípios; encaro-o tal qual é, sem estabelecer comparações. O fato de não ser continente não me impede de admirar e aprovar os Feuillants* e os capuchinhos que o são; pela imaginação ponho-me muito bem em sua pele e os estimo e honro tanto mais quanto divergem de mim. Aspiro particu- larmente a que julguem cada qual como é, sem estabelecer paralelos com modelos tirados do comum. Minha fraqueza não altera absolutamente o apreço em que deva ter quem possui força e vigor. Embora me arraste ao nível do solo, não deixo de perceber nas nuvens, por mais alto que se elevem, certas almas que se distinguem pelo heroísmo. Já é muito para mim ter o julgamento justo, ainda que não o acom- panhem minhas ações, e manter ao menos assim incorruptível essa qualidade. Já é muito ter boa vontade, mesmo quando as pernas fraquejam. *Ordem religiosa. (Extraído de MONTAIGNE, Michel de. “Catão, o jovem”, Ensaios, trad. Sérgio Milliet, São Paulo, Nova Cultural, 1996, p. 213) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 45. 45 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Embora me arraste ao nível do solo... O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está também grifado em: a) O fato de não ser continente não me impede de admirar e aprovar... b) ... contrariamente ao que ocorre em geral... c) ... mesmo quando as pernas fraquejam. d) Aspiro particularmente a que julguem cada qual como é... e) Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. 9. (2016/FCC/METRÔ-SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. Nascido nos Estados Unidos da América em 30 de abril de 1916, Claude E. Shannon obteve o título de doutor no MIT, em 1937, com trabalho notável em “Álgebra de Boole”, propondo circuitos elétricos capazes de executar as principais operações da Lógica clássica. Quatro anos antes (23 de junho de 1912) de seu nascimento, em Londres, nas- cera Allan M. Turing, que também se interessou por encontrar meios de realizar operações lógicas e aritméticas, fazendo uso de máquinas. Suas ideias resultaram no importante conceito de “Máquina de Turing”, paradigma abstrato para a compu- tação, apresentado durante seus estudos, no King’s College, em Cambridge, no ano de 1936. Entre 1936 e 1938, Turing viveu em Princeton-NJ onde realizou seu dou- torado estudando problemas relativos à criptografia. Assim, Shannon e Turing, de maneira independente, trabalhavam, simultaneamente, em comunicações e com- putação, dois tópicos que, combinados, hoje proporcionam recursos antes inima- gináveis para o mundo moderno das artes, da ciência, da medicina, da tecnologia e das interações sociais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 46. 46 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Contemporaneamente à eclosão da Segunda Guerra Mundial, Shannon e Turing gestavam ideias abstratas sofisticadas, tentando associá-las ao mundo concreto das máquinas que, gradativamente, tornavam-se fatores de melhoria da qualidade de vida das populações. A Segunda Grande Guerra utilizou-se de tecnologias sofisticadas para a des- truição. Os bombardeios aéreos causaram muitas mortes e devastaram cidades. Evitá-los e preveni-los eram questões de vida ou morte e, para tanto, ouvir as co- municações dos inimigos e decifrar seus códigos era uma atividade indispensável. Os países do eixo tinham desenvolvido sofisticadas técnicas de comunicação criptografada utilizada para planejar ataques inesperados às forças aliadas. Shan- non e Turing, então, com seu conhecimento sofisticado da matemática da informa- ção deduziram as regras alemãs de codificação, levando os aliados a salvar muitas de suas posições de ataques nazistas. Pode-se dizer que uma boa parte da inteligência de guerra dos aliados vinha desses dois cérebros privilegiados. Finda a guerra, Shannon passou a trabalhar nos laboratórios Bell, propondo a “Teoria da Informação”, em 1948. Com carreira profícua, notável pela longevidade e muitos trabalhos importantes, deixou sua marca nas origens das comunicações digitais. Faleceu aos 85 anos (em 24 de fevereiro de 2001), deixando grande lega- do intelectual e tecnológico. Turing, após o término da guerra, ingressou como pesquisador da Universidade de Manchester, sofrendo ampla perseguição por ser homossexual. Mesmo vivendo na avançada Inglaterra, foi condenado à castração química, em 1952. Essa sequ- ência de dissabores levou-o ao suicídio, em 7 de junho de 1954. Shannon viu sua teoria transformar o mundo, com o nascimento da internet. Turing, entretanto, não viu sua máquina se transformar em lap-tops e tablets que hoje povoam, até, o imaginário infantil. (PIQUEIRA, José Roberto Castilho. “Breve contextualização histórica”, In: “Complexidade com- putacional e medida da informação: caminhos de Turing e Shannon”, Estudos Avançados, Uni- versidade de São Paulo, v. 30, n. 87, Maio/Agosto 2016, p.340-1) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 47. 47 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br ... ouvir as comunicações dos inimigos e decifrar seus códigos era uma atividade indispensável. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está em: a) Quatro anos antes (23 de junho de 1912) de seu nascimento, em Londres, nas- cera Allan M. Turing... b) ... Shannon e Turing gestavam ideias abstratas sofisticadas... c) A Segunda Grande Guerra utilizou-se de tecnologias sofisticadas para a destruição. d) ...dois tópicos que [...] hoje proporcionam recursos antes inimagináveis... e) Os bombardeios aéreos causaram muitas mortes... 10. (2016/FCC/AL-MS/NÍVEL MÉDIO) A nuvem − Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever toda semana sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar ninguém! Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu ficar re- zingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler? Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de fo- lhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um senhor maduro duram pouco. Eles se irão como vieram, leve nuvem solta na brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas do meu crepúsculo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 48. 48 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão − e seus tradicionais buracos. (Adaptado de: BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960, p. 179/180) Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão (...) Utilizando-se o tratamento da 2ª pessoa do singular, a sequência das formas ver- bais da frase acima deverá ser: a) toma − Deixa − olha b) tomes − Deixes − olha c) tomai − Deixai − olheis d) tomes − Deixas − olhas e) toma − Deixes − olhes 11. (2016/FCC/TRT 23ª REGIÃO (MT)/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO) O que é assinatura digital? A assinatura digital é uma modalidade de assinatura eletrônica, resultado de uma operação matemática que utiliza algoritmos de criptografia assimétrica e per- mite aferir, com segurança, a origem e a integridade do documento. A assinatura digital fica de tal modo vinculada ao documento eletrônico “subscri- to” que, ante a menor alteração neste, a assinatura se torna inválida. A técnica per- mite não só verificar a autoria do documento, como estabelece também uma “imu- tabilidade lógica” de seu conteúdo, pois qualquer alteração do documento, como por exemplo a inserção de mais um espaço entre duas palavras, invalida a assinatura. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 49. 49 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Necessário distinguir assinatura digital da assinatura digitalizada. A assinatura di- gitalizada é a reprodução da assinatura autógrafa como imagem por um equipamen- to tipo scanner. Ela não garante a autoria e integridade do documento eletrônico, porquanto não existe uma associação inequívoca entre o subscritor e o texto digita- lizado, uma vez que ela pode ser facilmente copiada e inserida em outro documento. (Disponível em: http://portal.trt23.jus.br/ecmdemo/public/trt23/Informese/assinaturaDigital. Acesso em: 02.12.2015) Empregam-se todas as formas verbais de acordo com a norma culta na seguinte frase redigida a partir do texto: a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento não poderia receber qualquer tipo de retificação. b) Os documentos com assinatura digital disporam de algoritmos de criptografia que os protegeram. c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam contar com a proteção de uma assinatura digital. d) Quem se propor a alterar um documento criptografado deve saber que compro- meterá sua integridade. e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem comprometer a integri- dade dos documentos. 12. (2018/FCC/ALESE/TÉCNICO LEGISLATIVO/TAQUIGRAFIA) Como eu era protestante, não pulei Carnaval durante a minha infância, nas décadas de 1950 e 1960. No entanto, eu e meu pai cantávamos muitas das marchinhas que ouvíamos no rádio, numa época em que a TV ainda não existia. Uma de que eu gosto muito diz assim: “Iaiá, cadê o jarro? O jarro que eu plantei a flor. Eu vou te contar um caso: eu quebrei o jarro e matei a flor”. Hoje já não há marchinhas tão interessantes, quase não sinto beleza nelas. Mas gosto muito dos sambas-enredo, verdadeiras epopeias.” (Adaptado de: ROSA, Yêda Stela. 70 anos, de São Luiz. A-lá-lá- ô, ô, ô, ô, ô. Todos. São Paulo: Mol, Fevereiro/Março, p. 22) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 50. 50 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Quanto ao emprego das formas verbais destacadas, está correta a seguinte obser- vação: a) eu quebrei o jarro e matei a flor: descrevem eventos de longa duração, desace- lerando a narrativa. b) O jarro que eu plantei a flor: pela correlação com os outros eventos, deveria ser substituído por “teria plantado”. c) ouvíamos é forma que sinaliza a reiteração incessante da ação de ouvir. d) Como eu era protestante, não pulei Carnaval durante a minha infância: considera- -se um intervalo de duração mais longa, no qual se destaca um evento mais pontual. e) Eu vou te contar um caso: tem-se futuro estabelecido em relação ao evento descrito em “plantar”, isto é, em relação ao passado. 13. (2018/FCC/SEGEP-MA/AGENTE ESTADUAL AGROPECUÁRIO) ‘GATONET’ poderá render multa e cadeia para quem instala e para quem usa Ter TV por assinatura com ‘sinal pirateado’, prática mais conhecida como ‘ga- tonet’, poderá se tornar crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n.186/2013 começou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta semana e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação e recepção clandestina de sinal de TV por assinatura. Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos ‘gatonets’ quanto os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de seis meses a dois anos, com a possi- bilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a terceiros. Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema sob legislação específica. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 51. 51 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a comercialização de equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos oficialmente pelas operadoras. A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A impor- tação de produtos como esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem notícia da responsabilização penal de seus fornecedores pelo crime de contrabando. (Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br) Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos ‘gatonets’ quanto os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. (2º parágrafo) A forma verbal destacada indica a) recomendação. b) necessidade. c) certeza. d) obrigação. e) possibilidade. 14. (2017/FCC/TRT 21ª REGIÃO (RN)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Natal mudou em 1942. A chegada das tropas norte-americanas à capital poti- guar trouxe dinheiro e desenvolvimento. Em troca, a cidade cedeu sua posição ge- ográfica, considerada estratégica para o poderio militar dos EUA. Afinal, na América do Sul, Natal é o ponto mais próximo dos continentes europeu e africano. “Os EUA precisavam de um ponto de apoio que permitisse abastecer e seguir direto para a África”, explicou o professor de história Luís Eduardo Suassuna. Foi por suprir esta necessidade que Natal se transformou no “trampolim da vitória” para os EUA. Os aviões vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a tra- vessia do Atlântico. (Adaptado de: HOLDER, Caroline. Disponível em: g1.globo.com) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 52. 52 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Os aviões vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a travessia do Atlântico. Transformando-se o que se afirma acima em uma hipótese, os verbos devem as- sumir as seguintes formas: a) vieram − abasteceram − ficaram b) viriam − abasteceriam − ficariam c) tinham vindo − teriam abastecido − ficarão d) vieram − tivessem abastecido − ficavam e) viriam − haviam abastecido − ficaram 15. (2017/FCC/TRT 24ª REGIÃO (MS)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Instituições financeiras reconhecem que é cada vez mais difícil detectar se uma transação é fraudulenta ou verdadeira Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos têm dificuldades de contro- lar as fraudes financeiras online no atual cenário tecnológico conectado e complexo. Mais de um terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais difícil detectar se uma transação é fraudulenta ou verdadeira, revela pesquisa realizada por instituições renomadas. O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do nú- mero de transações on-line, e 50% das organizações de serviços financeiros pes- quisadas acreditam que há um crescimento das fraudes financeiras eletrônicas. Esse avanço, juntamente com o crescimento massivo dos pagamentos eletrônicos combinado aos novos avanços tecnológicos e às mudanças nas demandas corpora- tivas, tem forçado, nos últimos anos, muitas delas a melhorar a eficiência de seus processos de negócios. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 53. 53 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam no campo de pagamentos eletrônicos usa soluções não especializadas que, segundo as estatísticas, não são confiáveis contra fraude e apresentam uma grande porcenta- gem de falsos positivos. O uso incorreto dos sistemas de segurança também pode acarretar o bloqueio de transações. Também vale notar que o desvio de pagamen- tos pode causar perda de clientes e, em última instância, uma redução nos lucros. Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado: as instituições financeiras precisam também reduzir o número de alarmes falsos em seus sistemas a fim de fornecer o melhor atendimento possível ao cliente. (Adaptado de: computerworld.com.br. Disponível em: http://computerworld.com.br/quase- -40-dos-bancos-nao-sao-capazes-de-diferenciar-um-ataque-de-atividades-normais-de-clientes) No texto, as formas verbais flexionadas no presente do indicativo “têm” (1º parágra- fo), “acompanha” (2º parágrafo) e “apresentam” (3º parágrafo) indicam eventos que a) já aconteceram e certamente não acontecerão mais. b) ocorrem em condições hipotéticas. c) se repetem com os passar dos dias. d) não se repetirão num futuro próximo. e) raramente aconteceram ou acontecem. 16. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA IN- FORMAÇÃO) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão. Com a literatura de cordel como aliada, o clichê de “mudar o mundo” não soa tão inalcançável. Os folhetos de cordel são baratos, acessíveis e extremamente fá- ceis de transportar e de compartilhar com outras pessoas. Melhor ainda: são ideais para a sala de aula. Entre rimas, estrofes e melodias, muitos assuntos pertinentes podem ser tratados e debatidos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 54. 54 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Nos últimos quatro anos, desde que comecei a publicar os meus cordéis, rece- bi centenas de mensagens com depoimentos de educadores que compram meus folhetos e utilizam minhas rimas para falar sobre questões raciais, de gênero, de diversidade sexual e história. Com a série Heroínas Negras na História do Brasil, séculos de esquecimento começam a ser rompidos e muita gente escuta falar, pela primeira vez, sobre as mulheres negras que foram líderes quilombolas e guerreiras na luta contra a escravidão. Pelo cordel, nomes como Tereza de Benguela, Dandara dos Palmares, Zacimba Gaba e Mariana Crioula protagonizam discussões acaloradas sobre racismo e ma- chismo; até mesmo uma aula de português pode ser a oportunidade perfeita para colocar essas questões em pauta. Esse tipo de cordel com proposta social é chamado de Cordel Engajado e pode trazer política, defesa de causas e críticas sociais para a literatura de uma maneira profundamente envolvente. Afinal, a literatura de cordel é excelente para a trans- formação da sociedade em uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade. Esse respeito, aliás, pode começar pela própria valorização do cordel, algo que só deve acontecer quando todos os empecilhos preconceituosos forem tirados do caminho. Ainda há muito a se caminhar, sobretudo com o alarme do tempo piscan- do e gritando que um dia, infelizmente, o cordel pode virar artigo de museu. (Adaptado de: ARRAES, Jarid. “A literatura de cordel...”, Blooks. Rio de Janeiro: Ginga Edições, 2016, p. 12-13). ... uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade. (4º pará- grafo). A respeito do verbo sublinhado acima, afirma-se corretamente: a) O modo imperativo enfatiza o desejo do autor por uma cidade mais igualitária. b) Pode ser substituído pelo verbo “haver”, tanto no singular como no plural. c) O modo subjuntivo reforça o caráter exortativo da recomendação O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 55. 55 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br d) Pode ser substituído pela forma “existam”, sem prejuízo para a correção. e) O modo indicativo assinala a possibilidade de uma nova realidade. 17. (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA DE ORÇAMENTO) Aten- ção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. Há um comentário frequentemente encontrado nos meios de comunicação ou mesmo em conversas cotidianas: “O carnaval de hoje não é mais o mesmo. Trans- formou-se em um grande empreendimento turístico. Perdeu a autenticidade.” Em seu sentido amplo, esse comentário aplica-se a diversas modalidades de cultura popular: não só às festas, mas também ao artesanato, à música, à dança, à culi- nária. Pode ser expresso na forma de um lamento e de um incontido sentimento de nostalgia. Em outras palavras, circula de modo amplo e difuso em nosso cotidiano uma perspectiva sobre as culturas populares na qual estas são apresentadas sob o signo da perda. Supõe-se que elas conheceram em sua longa história um momento no qual teriam florescido na sua forma mais autêntica e próxima às expectativas da- queles que as produzem. Mas desde então, como consequência das transformações históricas e em especial da chamada modernização, essas formas socioculturais teriam cada vez mais perdido seus atributos definidores. Essa narrativa é segura- mente poderosa e tem notável capacidade de convencimento. No entanto, um fan- tasma ronda os estudos sobre as culturas populares. Elas não desapareceram; con- tinuam a existir e se reproduzir: festas regionais, como o bumba meu boi; as festas do Divino Espírito Santo; as festas de Reis; as inúmeras modalidades de música popular ou folclórica produzidas em diversas regiões do Brasil. Os exemplos podem se estender facilmente. O que importa assinalar, no entanto, é que essas formas de cultura popular continuam a ser produzidas no tempo presente e de modo criativo; e não parecem indicar, ao contrário do que se afirma obsessivamente, que estejam em processo de desaparecimento. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 56. 56 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br O problema evidentemente não está na cultura popular, mas nas perspectivas que postulam sua existência arcaica e seu inevitável desaparecimento. Trata-se de um fantasma produzido pelos que se recusam a reconhecer que elas expressam visões de mundo diferentes. Muitas vezes, essas formas socioculturais estão associadas à oposição entre um mundo rural estável e harmônico e um mundo urbano industrializado e “inautênti- co”. Contudo, pesquisas de antropologia social ou cultural já demonstraram que as culturas populares, estejam elas situadas no mundo rural ou nas grandes cidades, desempenham funções sociais e simbólicas fundamentais para sua persistência e reprodução. Desse modo, festas, artesanatos, lendas, formas musicais, dança, culinária articulam simbolicamente concepções coletivas de sociedade. As culturas populares não se constituem em agregados de traços culturais pas- síveis de serem inventariados. Elas consistem efetivamente em sistemas de práti- cas sociais. Os comentários usuais sobre uma suposta perda de autenticidade das culturas populares na atualidade esquecem que elas não são o espelho de nossas categorias e classificações; o que elas oferecem de mais interessante não é nem o testemunho de um passado remoto, nem a catástrofe de seu desaparecimento, mas invenções alternativas e atuais dos modos de estar no mundo. (Adaptado de: GONÇALVES, José Reginaldo Santos. “Culturas populares: patrimônio e autenticidade”. In: Agenda brasileira: temas de uma sociedade em mudança. BOTELHO, André e SHWARCZ, Lilia Moritz (org.) São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 136-139) A frase em que o tempo verbal evidencia uma hipótese está em: a) As culturas populares não se constituem em agregados de traços culturais pas- síveis de serem inventariados. b) Elas não desapareceram... c) ...essas formas socioculturais teriam cada vez mais perdido seus atributos defi- nidores. d) Perdeu a autenticidade. e) ...circula de modo amplo e difuso em nosso cotidiano uma perspectiva sobre as culturas populares... O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 57. 57 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br 18. (2015/FCC/DPE-SP/OFICIAL DE DEFENSORIA PÚBLICA) Considere a tirinha abaixo. A alternativa em que a forma verbal faça está empregada no modo imperativo, as- sim como tome, na fala da personagem no primeiro quadrinho, está destacada em: a) O antivírus de meu computador, embora faça constantes atualizações, não tem sido muito eficaz. b) Senhor usuário, faça uma atualização de seu antivírus, para que seu computa- dor continue protegido. c) Para que o antivírus faça uma varredura completa, é necessário acionar a prote- ção de arquivos e de internet. d) Precisamos de um antivírus gratuito, e que faça uma limpeza minuciosa em nossos computadores. e) Não é recomendável que se faça uso de mais de um antivírus, pois isso prejudica o desempenho do sistema. 19. (2013/FCC/SEFAZ-SP/AGENTE FISCAL DE RENDAS/GESTÃO TRIBUTÁRIA) Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 13 a 21. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 58. 58 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br Considerado o contexto, a frase em que a ação destacada, tendo ocorrido no pas- sado, é referida como sendo anterior a outra ação igualmente passada é: a) ... na efervescência da Bolonha do século XVI, uma pintura, fosse um retrato ou uma cena, fosse religiosa ou alegórica, histórica ou privada, era criada com a intenção de ser lida. b) Essa era uma característica inerente e essencial do ato estético: a possibilidade, por meio de um vocabulário compartilhado, da comunicação entre o ponto de vista do artista e o ponto de vista do público. c) Um quadro podia ser venerado pela sua arte ou seu conteúdo, mas acima da veneração estava a promessa de algo a ser aprendido ou pelo menos reconhecido. d) Ainda no século VI, o papa Gregório, o Grande, havia declarado: “Uma coisa é adorar um quadro, outra é aprender em profundidade, por meio dos quadros, uma história venerável”. e) Temos permitido que a propaganda e a mídia eletrônica privilegiem a imagem para transmitir informações instantaneamente ao maior número de pessoas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 59. 59 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br 20. (2008/FCC/MPE-RS/SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS) Voluntário O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 60. 60 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br ... no posto mais próximo do hotel em que se hospedara... O emprego da forma verbal grifada acima indica a) ação habitual e repetitiva. b) incerteza em relação a uma situação futura. c) ação passada, anterior a outra, também no passado. d) fato realizável, a depender de outro, posterior ao primeiro. e) fato passado e terminado em um momento específico. 21. (2006/FCC/TRE-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam como o meio quase mági- co que permitiria transpor enormes distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas dimensões da economia nacional e os grandes investi- mentos requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade. De um ponto de vista econômico, não seria propriamente incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não passou de um relativo fracasso - que se tradu- ziria, hoje, no predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros países de grandes dimensões. De acordo com supostas explicações, o triunfo das ro- dovias no Brasil teria sido obtido graças a um complô que envolveria governos e grandes empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que, além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo o território. Como a economia dependia da agro- exportação, o problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras aos portos marítimos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 61. 61 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da efetiva integração econômica do país como parte do processo de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários mais ágeis, necessitando de uma infraestrutura muito menor que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o trem não tinha como acompa- nhar. Isso não significa que as ferrovias não tenham desempenhado um importante papel econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado pela agro- exportação e continuaram a ser importantes também no contexto da industrializa- ção acelerada. Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas apenas mediante critérios es- tritamente econômicos. No Brasil, as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram antigas. Representaram uma experiência indelével, frequen- temente dramática, para os trabalhadores mobilizados nas construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como “ca- tedrais” da ciência e da técnica. (Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse], p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005) ... como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes distâncias... O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto, a) finalidade de uma ação no presente. b) ação anterior a outra, no passado. c) certeza futura na realização de um fato. d) situação hipotética em relação a um fato no passado. e) ação habitual, condicionada a um fato futuro. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
  • 62. 62 de 123 GRAMÁTICA Morfologia do Verbo Prof. Elias Santana www.grancursosonline.com.br 22. (2018/FCC/TRT 6ª REGIÃO (PE)/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A arte requer “explicação”? Aqui e ali, quem frequenta bienais, salões de arte ou exposições de artes plás- ticas encontrará de repente não um quadro, uma escultura ou algum objeto de significação histórica, mas uma instalação – nome que se dá, segundo o dicionário Houaiss, a “alguma obra de arte que consiste em construção ou empilhamento de materiais, permanente ou temporário, em que o espectador pode participar, ma- nipulando-a, ou, sendo, às vezes, de tamanho tão grande, que o espectador pode nela entrar”. Trata-se, em outras palavras, de materiais organizados num espaço físico de modo a constituírem uma obra de arte. Ocorre, porém, com grande parte das instalações, um fenômeno curioso: com muita frequência o criador é convidado a explicar – e o faz com linguagem muito sofisticada – o sentido profundo que pretendeu dar àquele conjunto de materiais, àquela instalação que ele concebeu. Para o público, restará a impressão final de que os materiais eram, em si mesmos, insuficientes para significarem alguma coi- sa: precisavam da explicação de quem os utilizou. As verdadeiras obras de arte se impõem por si mesmas, independentemente de qualquer explicação prévia ou justificativa final. O grande músico, o grande escritor, o grande cineasta não precisam interpor-se entre a sonata, o romance ou o filme para explicar seu sentido junto ao público. Certamente haverá oportunidade para todos refletirmos sobre o sentido dinâmico de uma obra artística que atingiu o nos- so interesse e provocou o nosso prazer; mas nada será mais forte do que a mobili- zação emocional e intelectual que a obra já despertou em nós, no primeiro contato. (Aristeu Valverde, inédito) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.